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UTILIZAÇÃO DE AGENTES NATURAIS NO COMBATE A PRAGAS URBANAS COM ÊNFASE EM INSETOS PROJETO PILOTO NA CRECHE ALECRIM

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PROJETO RONDON
UnB – UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
DEX – DECANATO DE EXTENSÃO
UTILIZAÇÃO DE AGENTES NATURAIS
NO COMBATE A PRAGAS URBANAS COM ÊNFASE EM INSETOS
PROJETO PILOTO NA CRECHE ALECRIM
MARIA ISABELLA CRISTINA COELHO DOS REIS
ALINE KARINA DE ARÁUJO DIAS
THAYS DINIZ BRANDI
BRASÍLIA
2015
1) IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do projeto: “Utilização de agentes naturais no combate a pragas urbanas com ênfase em insetos – Projeto Piloto na Creche Alecrim”
Local de implementação: Creche Alecrim – Quadra 1 Conjunto 4 Lote 1, Setor Leste, Cidade Estrutural/DF
Duração do projeto: 2h/dia para palestras (13/10/2015 e 14/10/2015)
 5h/dia para minicursos (15/10/2015 e 16/10/2015)
 carga horária total = 14h
 Visitas mensais dos executores do projeto após sua
 implementação (16/11/2015 a 15/04/2016)
2) INTRODUÇÃO
Segundo o IBGE o Brasil possui mais de 11,42 milhões de pessoas vivendo em aglomerados subnormais. Um aglomerado subnormal é um conjunto constituído por 51 ou mais unidades habitacionais caracterizadas pela ausência de títulos de propriedade e pelo menos uma das seguintes características: irregularidade das vias de circulação, irregularidade no tamanho e forma dos lotes e/ou carência de serviços públicos essenciais (como coleta de lixo, rede de esgoto, rede de água, energia elétrica e iluminação pública (IBGE, 2013). Cerca de 25,2% dos setores de aglomerados subnormais estão localizados na região centro oeste do país (28% dos domicílios) e cerca de 2,4 % das pessoas que vivem nesses locais estão abaixo da linha da pobreza (PDAD, 2013).
No Distrito Federal a regularização dos terrenos da Cidade Estrutural teve início apenas no ano de 2012, através do Decreto nº 33.781, 21 anos após a construção dos primeiros barracos (GDF, 2012). Hoje a área urbana conta com aproximadamente 36 mil habitantes (PDAD, 2013). Porém apesar da contínua regularização dos terrenos a região continua com baixa infraestrutura (Fig.1).
Construções de baixa qualidade, esgoto a céu aberto e contato diário com ambientes não higiênicos fazem parte do dia a dia da população que vive na Estrutural. A proximidade com o Aterro Sanitário do Distrito Federal torna a situação ainda mais grave. A população encontra-se exposta e vulnerável a enfermidades como esquistossomose, doença de chagas, tuberculose, dengue, leishmaniose visceral e diarreias. Essas são as chamadas, doenças da pobreza, doenças que não tem relevada importância para a indústria farmacêutica, mas que atingem a maior parte da população carente.
As doenças da pobreza são causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são endêmicas das populações de baixa renda. São na maioria das vezes transmitidas por animais sinantrópicos que se adaptam ao estilo de vida do ser humano e são atraídos pela grande oferta de comida e abrigo nas cidades, vivendo no lixo e do lixo que produzimos. Exemplos desses animais são: aranhas, baratas, carrapatos, escorpiões, formigas, lacraia ou centopeia, morcego, mosca, mosquito, pombo, pulga, rato, taturana, vespa.
As medidas preventivas para que se afastem os animais sinantrópicos da comunidade são conhecidas. Porém a população carente não possui amplo acesso às informações acerca desse assunto e também não é alertada corretamente sobre o risco a saúde devido à infestação de pragas. Por isso faz-se necessário difundir conhecimento básico sobre a vida desses animais bem como da importância de se adotar medidas preventivas nas casas, creches, escolas e demais espaços comunitários.
Figura 1: Chácara Santa Luzia – Cidade Estrutural/DF (Foto: Vianey Bentes TV Globo / Fonte: g1.globo.com)
3) OBJETIVO GERAL: 
Este projeto tem como objetivo geral reduzir o contato direto ou indireto do ser humano com animais sinantrópicos transmissores de doenças através da conscientização da população sobre a prevenção a infestação desses animais bem como do uso de agentes naturais no combate a pragas urbanas. Pretende-se controlar mais especificamente a infestação de insetos no interior das moradias, escolas e locais comunitários, através do cultivo de plantas repelentes não tóxicas e do uso de seus derivados naturais.
JUSTICATIVA: 
O programa de atividades tem como público alvo as comunidades mais carentes do Distrito Federal. Terá início com um projeto piloto na Creche Alecrim, localizada na Cidade Estrutural-DF, onde serão dadas palestras e minicursos para conscientizar os voluntários da creche a respeito das pragas urbanas e ensina-los a cultivar, e até mesmo multiplicar, as mudas das espécies de plantas repelentes escolhidas para o trabalho, além de fabricar repelentes caseiros naturais a partir delas.
 - OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA ESPECÍFICOS
A Creche Alecrim foi escolhida como primeiro local para a aplicação do presente projeto devido a infestação do seu ambiente interno pela Musca domestica, popularmente conhecida como mosca-doméstica, constatada em visita de campo na data de 17 de abril de 2015. Tal infestação está intimamente ligada a proximidade do local com o Aterro Sanitário do Distrito Federal. A creche está situada geograficamente na Zona 23L com coordenas UTM 8252953 S / 179917 E e dista em aproximadamente 1Km, em linha reta, do perímetro do lixão, que ocupa uma área com cerca de 203 hectares (Fig. 2) (dados obtidos através do programa Google Earth Pro).
Essa primeira ação na Creche Alecrim trata-se de um piloto para testar a eficácia do uso de agentes naturais no combate a pragas urbanas, com ênfase em insetos. Ao fim do projeto, caso seja constatada melhoria no controle das pragas no local, este poderá ser estendido para as demais localidades próximas ao Lixão da Estrutural bem como servir de modelo para aplicabilidade em outras regiões que sofrem com a infestação de insetos.
Ao final das atividades desse projeto piloto pretende-se obter como resultados:
· Conscientização do voluntariado da Creche Alecrim sobre as doenças transmitidas por animais sinantrópicos e a necessidade de prevenção e combate a essas pragas;
· Ensino do conhecimento popular e científico sobre o cultivo e uso doméstico de espécies de plantas repelentes;
· Consequente prevenção das doenças transmitidas por insetos;
· Melhoria da qualidade de vida das crianças e das condições de trabalho dos voluntários da Creche Alecrim (Fig. 3).
Figura 2: Imagem de satélite com a localização da Creche Alecrim. Em amarelo o perímetro do Aterro Sanitário do Distrito Federal. A linha vermelha marca a distância entre creche e lixão (Fonte: Google Earth Pro).
Figura 3: Crianças atendidas pela Creche Alecrim com a fundadora Maria de Jesus. (Fonte: correiobraziliense.com.br).
4) METODOLOGIA
Nesse projeto o enfoque é dado no controle da infestação de insetos, como moscas, baratas e pernilongos no interior das moradias, escolas e locais comunitários. Inicialmente o projeto piloto será aplicado na Creche Alecrim – Cidade Estrutural/DF.
As atividades serão executadas de acordo com o cronograma apresentado no tópico 5 desse projeto. As palestras e minicursos se darão no período noturno para que possa haver efetiva participação do corpo voluntariado da creche. As visitas posteriores por parte dos executores do projeto, para controle e aquisição de dados, se darão no período diurno, horário de atividade dos insetos.
As palestras com os temas “Animais sinantrópicos, como prevenir infestações?” e “Agricultura Urbana” serão dadas aos voluntários da Creche Alecrim de forma expositiva por meio de Datashow nas próprias dependências da creche. Ao final serão distribuídas cartilhas informativas referentes aos temas abordados.
Os minicursos serão ministrados também na própria creche quando se dará também o plantio das espécies de plantas repelentes. Trata-se de ensino teórico-prático de aplicabilidade imediata.
Com relação a escolha do tema para o projeto. A ação repelente de certas plantas já é conhecida popularmente há muito tempo. O conhecimento científicoa respeito das mesmas comprova tal efeito através da aplicabilidade das mesmas nas indústrias químicas para a fabricação de inseticidas artificiais. Devido ao risco de intoxicação principalmente de crianças e animais domésticos no uso de inseticidas químicos faz-se necessária a busca por alternativas naturais menos agressivas no combate as pragas urbanas. 
As espécies de plantas escolhidas para esse projeto levaram em conta a sua ação repelente, a facilidade no cultivo, a disponibilidade de mudas no mercado e o custo de cada uma. O nome científico, nome popular e a forma de utilização das plantas repelentes escolhidas para eesse projeto encontram-se na tabela seguinte:
	NOME CIENTÍFICO
	NOME POPULAR
	UTILIZAÇÃO
	FORMA DE CULTIVO NO PROJETO
	Calendola officinalis
	Calêndula ou Maravilha
	A pulverização do chá feito a partir das flores tem ótima ação inseticida.
	
	Capsicum annum
	Pimenta
	Repelente de insetos em geral.
	
	Coriandrum sativum
	Coentro
	A pulverização do chá feito a partir das folhas combate ácaros e pulgões.
	
	Cymbopogon nardus
	Citronela
	Velas feitas a partir da planta repelem insetos, principalmente os pernilongos.
	
	Helianthus annuus
	Girassol
	A pulverização do chá feito a partir das flores e folhas é excelente repelente de insetos.
	
	Mentha piperita
	Hortelã
	O plantio em canteiros ou vasos afasta formigas e outros insetos. Também afasta ratos.
	
	Ocimum basilicum
	Manjericão
	O plantio em canteiros ou vasos afasta moscas e mosquitos.
	
	Syzygium aromaticum
	Cravo-da-índia
	O botão seco da flor é utilizado na fabricação de ótimo repelente caseiro contra pernilongos, borrachudos e mosquitos da dengue.
	
Após a semana de palestras e minicursos os executores do projeto realizarão visitas a Creche Alecrim num período de um semestre, com espaçamento de 1 mês entre elas, afim de verificar as condições das plantas e também o resultado da ação repelente das mesmas no local.
Todas as informações seguintes sobre recursos humanos, físicos e financeiros para a aplicação do projeto se referem apenas ao piloto na Creche Alecrim. Para a ampliação do projeto será necessária nova pesquisa de orçamento.
- RECURSOS HUMANOS
A execução do projeto ficará a cargo de professores e estudantes universitários da Universidade de Brasília participantes do projeto RONDON.
- RECURSOS FÍSICOS
· Espaço físico para ministrar as palestras e minicursos;
· Espaço físico para a acomodação das plantas repelentes;
- RECURSOS FINANCEIROS
Os materiais utilizados para a execução das atividades serão fornecidos pela UnB – Universidade de Brasília. Caso o projeto piloto prove sua eficácia os executores do projeto tentarão parceria com o GDF – Governo do Distrito Federal e MMB – Ministério do Meio Ambiente para obter recursos financeiros para uma implementação mais ampla, EMPRAPA – para o fornecimento de mudas e sementes e SENAR – Serviço de Aprendizagem Rural que gere cursos voltados às atividades rurais.
O Datashow utilizado para ministrar as palestras e minicursos será empréstimo da UnB para a execução do projeto.
Segue a seguir as tabelas de custos para realização do projeto:
	TABELA DE CUSTOS - PALESTRAS
	CARTILHA
	QUANTIDADE
	PREÇO
	Animais Sinantrópicos – Como Prevenir (Manual do Educador) Prefeitura da cidade de São Paulo
	20
	R$ 2,20
	Agricultura Urbana
	20
	R$ 4,00
	TOTAL
	R$ 124,00
	TABELA DE MATERIAISPARA CULTIVO DE PLANTAS
	MATERIAL
	QUANTIDADE
	PREÇO
	Terra
	
	
	Adubo
	
	
	Vasos de plásticos para plantas
Tamanho 
	
	
	Pulverizadores de plástico
	
	
	
	
	
	TOTAL
	
	TABELA DE CUSTOS – ESPÉCIES DE PLANTAS REPELENTES
	ESPÉCIE
	QUANTIDADE
	PREÇO
	Calêndula ou Maravilha
	
	
	Pimenta
	
	
	Coentro
	
	
	Citronela
	
	
	Girassol
	
	
	Hortelã
	
	
	Manjericão
	
	
	Cravo-da-índia
	
	
	TOTAL
	
- PALESTRAS E MINICURSOS
5) CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
O cronograma de execução das atividades foi montado com base na necessidade de um projeto rápido e de fácil execução prática. Segue na tabela a seguir:
	CALENDÁRIO DE ATIVIDADES 2015
	13/10 e 14/10
	PALESTRAS
	 
 
 
	13/10
	Animais sinantrópicos, como prevenir infestações?
	
	14/10
	Agricultura Urbana
	15/10 a 16/10
	MINICURSOS
	 
 
 
	15/10
	Cultivo de plantas repelentes (teórico/prático)
	
	16/10
	Fabricação e uso de repelentes caseiros (teórico/prático)
	16/11 a 15/04
	CONTROLE E AQUISIÇÃO DE DADOS SEMESTRAL
	
	16/11
	Visita dos executores do projeto a Creche Alecrim
	
	16/12
	Visita dos executores do projeto a Creche Alecrim
	
	15/01
	Visita dos executores do projeto a Creche Alecrim
	
	16/02
	Visita dos executores do projeto a Creche Alecrim
	
	16/03
	Visita dos executores do projeto a Creche Alecrim
	
	15/04
	Visita dos executores do projeto a Creche Alecrim
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Mini Curso 01 
21\10 a 22\10
Cultivo e multiplicação de espécies.
Dia 01
Definição de semente:
Estrutura formada a partir do óvulo fecundado das plantas angiospermas e gimnospermas e que ger. consiste em um ou mais tegumentos que envolvem o embrião e o material nutritivo para o seu desenvolvimento em plântula.
 
PRODUÇÃO DE MUDAS
 
· Crisântemo
Nome científico: Dendranthema grandiflora
A principal espécie: Dendranthema morifolium Ramat.
Nome popular: Monsenhor.
Originário: China
Método de propagação:
A propagação de mudas de crisântemos geralmente é feito através do método de estaquia, e deverá proceder da seguinte forma:
Retirar estacas das ponteiras da planta matriz.
As estacas deverão medir mais ou menos 10 cm de comprimento;
As estacas depois de tratadas com hormônios reguladores de crescimento, deverão ser plantadas em substrato adequado, geralmente preparado com terra vegetal e palha de arroz carbonizada.
Após duas semanas, as estacas já estarão enraizadas, quando iniciará o transplante para seus locais definitivos (vasos ou, canteiros), com solo ou substrato devidamente preparados com antecedência, elaborado com: esterco de curral curtido, fibra de coco, areia, etc.
Características gerais:
Crisântemos são plantas geralmente destinadas para vasos, comercializados especificamente para adornar interiores de residências. Porém, quando bem aclimatada, a planta torna-se bastante resistente ao sol, sendo possível plantá-las externamente em jardins.
O crisântemo apresenta floração em cores diferenciadas que vai do: branco, roxo, amarelo, vermelho, salmão e muitas outras tonalidades e nuances entre todas essas cores.
 O crisântemo é uma planta típica de dias curtos e clima temperado. Trata-se de uma planta adaptada para florir em pleno inverno. No entanto plantas cultivadas em estufas climatizadas, flora o ano todo, desde que o produtor utilize técnicas específicas de escurecimento com lonas plásticas pretas, induzindo as plantas a produzirem suas flores.
 Tratos culturais:
O crisântemo é sensível a algumas doenças como: ferrugem, podridão das raízes e hastes.
A planta também poderá ser atacada por algumas pragas como: ácaros, mosca minadora, etc.
O controle, e o combate dessas doenças e pragas deverá ser de caráter preventivo.
< http://comofazermudas.com.br/como-fazer-mudas-de-crisantemo/> acesso em 25 de junho de 2015.
 
· Citronela
Nome científico: Cymbopogon winterianus
Nome popular: Citronela.
Originário: Ceilão, Índia, Java
Método de propagação: 
Não se faz com semente; planta estério.
Pode ser confundida com a erva-cidreira.
Distinguível pelo cheiro (eucalipto) erva cidreira (adocicado)
Para reproduzir uma muda de citronela use esterco bem curtido no canteiro, revire bem a terra e incorpore o adubo disponível (orgânico). Risque um sulco bem cumprido. Escolha as hastes mais viçosas e retire o que está seco. Faça toalete básico retirando o que está seco. Corte a base e retire o que está seco. A muda está pronta. A cada 30 ou 40 enterre a planta (com as mãos mesmo) na linha de touceira.
Nos oito primeiros dias se rega até o enraizamento. Após o enraizamento, de dois em dois dias se deve regar. 
Após 60 dias já é possível retirar folhas. A cada dois anos é necessário repetir esse replantio.
Característicasgerais:
Funciona como controlador biológico do Aedes aegypti.
Lembra a erva cidreira, mas que tem resultados bem diferentes.
Pode ser cultivada em jardins e vasos nas entradas das portas e janelas. Cada planta, quando desenvolvida, cobre como repelente 50m2.
A citronela é bastante conhecida pelos seus efeitos repelentes, principalmente contra mosquitos e borrachudos. Ela forma uma touceira densa, suas folhas são longas, com bordas cortantes e de coloração verde clara, idêntica ao capim-limão.
Tratos culturais
Constarão de replantes das falhas, de capinas, irrigações e adubações de cobertura.
< http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/v/especialista-da-dicas-para-formar-mudas-de-citronela-a-partir-de-sementes/3522756/> acesso em 25 de junho de 2015
< http://www.revistavigor.com.br/2008/09/23/citronela-planta-que-combate-o-mosquito-da-dengue/>acesso em 25 de junho de 2015
 
 
 
Dia 02
· Manjericão
Nome científico: Ocimum basilicum
Nome popular: Manjericão.
Originário: Nativo da Índia
Método de propagação: 
Em vasos, assegure-se de que a terra seja fértil e de granulação média.
Plante a muda de manjericão no mês de setembro, início da primavera. É quando ocorrem as primeiras chuvas da estação. Use estacas de ponteiro, colocadas em bandejas de isopor de 200 células com substrato comercial. Elas devem ser mantidas irrigadas. O espaçamento depende do sistema de cultivo adotado, mas recomenda-se a distância de 60 centímetros entre linhas e 40 centímetros entre plantas. O primeiro corte somente após três meses do plantio. Ele deve ser a 40 centímetros do nível do solo. Repita o processo a cada 50 ou 60 dias, ou quando observar que há uma aproximação das copas, a ponto de prejudicar as folhas mais baixas por impedir a luminosidade. Os cortes favorecem a produtividade, pois o manjericão volta a brotar e a ramificar.
PRAGAS E DOENÇAS - embora seja bastante resistente, o manjericão pode ser atacado principalmente pela larva minadora, pelo bicho-mineiro e pelas doenças rhizoctoniose, fusariose e cercosporiose.
Tratos culturais
Em plantas que exigem cortes sucessivos, alguns tratos são necessários. Faça com frequência capinas e controle de doenças e fertilizações. Assegure a disponibilidade de água. As folhas podem ser colhidas quando a planta atingir cerca de 1,2 metro de altura. Em geral, isso ocorre aos 60 dias. A primeira colheita, no entanto, é indicada somente após três meses do plantio. O solo é fértil e de granulação média. O clima ideal é na faixa de 21 a 25 graus. Pode ser feita pequenas hortas, caixotes ou vasos, e pode ser colhida a cada 60 dias. 
· Cravo da índia
Nome científico: Syzygium aromaticum L
Nome popular: Cravo
Originário: Ilhas Molucas, na Indonésia
 
Método de propagação: 
O cravo-da-índia é propagado por meio de sementes, também conhecidas como cravão. Podem ser adquiridas nas regiões produtoras de dois a três meses após a realização da colheita. A semente germina melhor quando a polpa é eliminada. Para facilitar a retirada da polpa, mantenha o cravão em recipiente com água por 24 horas. Em seguida, coloque as sementes diretamente em saquinhos de polietileno preenchidos com mistura de terriço e esterco curtido. Mantenha o material sob sombreamento de 50% e irrigue com frequência. De 10 a 15 dias é o tempo que leva para ocorrer a germinação das mudinhas. 
As mudas podem ser plantadas ao atingirem 30 centímetros de altura, o que ocorre de oito a 10 meses após a semeadura e nos meses mais chuvosos. Escolha as mudas mais vigorosas e bem formadas para o local de plantio, que deve ser sombreado durante os primeiros dois anos para proteger as plantas da incidência do sol. 
As medidas utilizadas para o espaçamento entre plantas dependem da fertilidade do solo. As mais comuns são 8 x 8 metros e 10 x 10 metros. Recomenda-se tamanho de covas de 40 x 40 x 40 centímetros. Devem ser abertas e adubadas de 30 a 45 dias antes do plantio. 
Tratos culturais
Na fase inicial do cultivo, procure controlar plantas invasoras, por meio de coroamento e roçagem. Evite ainda a possibilidade de ataques de formigas, com a aplicação de formicida granulado ou em pó, e da broca do caule, com produtos específicos encontrados em lojas de produtos agropecuários. Com a pulverização de ácido etilfosfônico, os botões florais caem entre o terceiro e o quinto dia após a aplicação. Como o produto não é tóxico, não causa danos à saúde humana nem ao meio ambiente.
< http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1693044-4529,00.html> Acesso em 25 de junho de 2015.
 
Substratos Alternativos
Geralmente usa-se o que se tem de disponível: mistura de areia grossa lavada com casca de arroz carbonizada. Porém, cinza, esfagno, turfa, perlita, vermiculita, carvão picado, terra vegetal, etc. também poderão ser aproveitados com sucesso.
 
 
MINI CURSO 02 
23 /10 e 24/10
MANEJO DE ESPECIES REPELENTES
Neste curso iremos trabalhar no manejo de hortas urbanas com base na cartilha “Manual Clube do Jardim: Horta Orgânica Domestica” Disponível gratuitamente no site https://permacoletivo.files.wordpress.com/2008/06/manual-horta-organica-domestica.pdf. <acesso em 25 de junho de 2015>.
O objetivo desse manual é ensinar passo-a-passo com fotos e ilustrações como planejar, implantar, cultivar e manter uma HORTA ORGÂNICA DOMÉSTICA.
Está dividido nos seguintes MÓDULOS:
Dia 01
INTRODUÇÃO: Neste capítulo iremos salientar a importância da agricultura orgânica e apresentaremos a importância e as principais funções das vitaminas e dos sais minerais para o corpo humano, observando que as verduras, ervas e legumes são as melhores fontes desses nutrientes.
Módulo 1 - PLANEJANDO A SUA HORTA: Aqui daremos os fundamentos básicos para se implantar uma horta, desde a escolha do local com sugestão de lay-outs, detalhando as ferramentas e utensílios que serão necessários e apresentando as fichas e tabelas de plantio e cultivo de 50 espécies. Aqui também colocamos um passo-a-passo para você fazer um suporte para ferramentas pequenas.
Dia 02
Módulo 2 - EXECUÇÃO E PLANTIO: Neste ponto já estamos com mãos à obra. Desde a construção dos canteiros, produção de mudas em sementeiras, sugestão para o cultivo em pequenos canteiros e floreiras e as hortas completas do plantio à colheita.
Módulo 3 - MANEJO E TRATOS CULTURAIS: Esta é a etapa mais importante para o sucesso da sua horta. Aqui você vai aprender como manter, defender, manejar e adubar a sua horta. Podendo assim dar continuidade a sua plantação para nunca faltar verduras e legumes orgânicos em sua mesa.
 
MINICURSO 03 – Compostagem
25/10
- Neste minicurso será ensinado passo a passo como se fazer compostagem em casa, de forma fácil e eficiente. O composto produzido poderá ser usado nas hortas urbanas.
Em primeiro lugar deve escolher onde vai acumular os restos orgânicos e se vai fazer a compostagem em recipientes de compostagem ou se vai fazer uma pilha de compostagem. Será mais cômodo fazê-lo num recipiente, uma vez que tem a possibilidade de o fechar.
Escolher o local para o recipiente, preferivelmente numa zona abrigada e quente e que esteja próxima do jardim como por exemplo, a cozinha, uma vez que irá transportar regularmente restos destas donas para o compostador.
Comece por encher o recipiente com uma camada seca e lenhosa e alguns punhados de esterco para servirem como levedura.
Encha com uma segunda camada de restos orgânicos. Tente alternar camadas de materiais secos com materiais úmidos. A relva cortada, os restos de colheitas, as folhas secas e a palha também são muito úteis.
Acrescente uma camada de composto velho ou de esterco que atuará como levedura, assim como pó de rocha ou cinza previamente umedecida.
Depois de misturar mais de metade do recipiente, deve remexer bem e misturar todos os materiais em decomposição.
Regue de vez em quando, sobretudo se notar que o composto está muito seco. Pode misturar a água (opcional) com um pouco de esterco ou líquido do esterco.
Continue enchendo o compostador alternando camadas e continue misturando e arejando sempre que fornecessário.
Aos 4 ou 5 meses, as camadas inferiores do compostador estarão fermentadas corretamente e poderá retirá-las para usar o composto no jardim. Terá uma cor escura, cheiro agradável e textura solta.
Para fazer composto em cada pode comprar diferentes tipos de compostadores em lojas online, onde disponibilizam compostadores de diferentes tamanhos e capacidades. 
 
 
MINI-CURSO 04
Beneficiamento de espécies repelente
Dia 01
No primeiro dia do nosso minicurso iremos ensinar a produção de pot pourri, uma forma simples de espalhar as essências repelentes pela casa, escola e locais de trabalho, o beneficamente destas espécies também poderá trazer benefícios a comunidade pois o pot porri poderá ser vendido em toda a região.
FAZENDO POT POURRI
Observe que os ingredientes básicos do pot-pourri são derivados dos seguintes constituintes:
Flores aromatizadoras e/ou suas pétalas
Madeiras, raízes ou galhos fragrantes
Ervas
Temperos
Fixativos (de origem vegetal): raízes como as de lírio e de vertiver, galhos/madeiras como raspas de sândalo ou de cedro; resinas como o patchouli, a benzoína em goma (benjamim) ou olíbano; sementes, como as de baunilha ou de fava-tonca; cascas de frutas cítricas (a raiz de lírio e as frutas cítricas tendem a ser comumente usadas por serem mais baratas e fáceis de obter)
Óleos essenciais ou óleos fragrantes de qualidade.
Seja artístico quanto a o que você usa como ingrediente. Ainda que flores aromatizadas, madeiras, etc. devam formar a maior parte do pot-pourri, formas modernas dessa decoração tendem a ter uma aparência mais marcante que o odor – portanto, ainda há espaço para a adição de itens sem odor que pareçam adoráveis.
Itens sem aroma podem receber cheiros através da adição de óleos essenciais. Por exemplo, nozes e pinhas podem ser esfregadas com óleos essenciais para melhorar o aroma.
Escolha recipientes apropriados para expor o pot-pourri. O pot-pourri pode ser armazenado em diversos tipos de recipientes, desde que eles possam segurar o material e permitir que o odor escape livremente. Ainda que haja recipientes customizados para pot-pourri, muitos itens caseiros podem ser utilizados, como bandejas, tigelas, cestos, jarras, conchas grandes, sacos, pratos e até travesseiros e almofadas.
MÉTODO 02
Esse método de criação é o mais rápido entre os dois pelos quais é possível fazer pot-pourri. É também o método mais comumente utilizado.
Use material seco. Todas as plantas precisam ser secadas primeiro para não transferir umidade durante a mistura.
Quando reunir plantas, faça isso após o orvalho secar, mas antes do sol brilhar na planta por muito tempo, pois isso poderia reduzir os óleos voláteis. Note, porém, que nem todo criador de pot-pourri acha que isso seja um problema. Se você vive num ambiente agreste e seco, colher as plantas durante a tarde pode ser o suficiente.
Sempre use as flores e ervas mais frescas e brilhantes. Descarte qualquer material que pareça danificado ou que esteja se deteriorando.
Tantas as flores como as pétalas podem ser secadas em bandejas ou em telas de papel ou de arame.
Pétalas podem ser usadas imediatamente em pot-pourris secos quando se encontram crocantes ao toque. Quando secá-las, mexa nelas regularmente para garantir que o ar circule e que a secagem seja agilizada.
Ao usar cascas de frutas cítricas, sempre remova a polpa e o âmago antes de secar a casca. Esses elementos úmidos podem causar a formação de mofo.
Coloque temperos moídos e um fixativo dentro de uma pequena tigela. O fixativo mais comum e barato é o de lírio, disponível em floriculturas ou em lojas de artes. As quantidades variarão de acordo com sua receita, mas tome como regra geral:
Cada 4 copos de material seco (plantas) requer 2-3 colheres-de-mesa de temperos em pó, 2 colheres-de-mesa de raiz moída de lírio (ou outro fixativo), uma faixa de casca cítrica e 2-3 gotas de óleo essencial.
Adicione diversas gotas de óleo essencial. Quanto mais óleo adicionar, mais forte será o odor final.
Adicione o óleo, o fixativo e os temperos. Para distribuir igualmente o óleo essencial, esfregue a mistura usando as pontas dos dedos.
Numa tigela de mistura maior, adicione todos os ingredientes secos restantes. Os componentes serão determinador por sua receita, mas normalmente eles são: pétalas/flores secas, folhas secas, sachês de temperos, musgo seco, pinhas, ervas, etc.
Combine a mistura fixativa com ingredientes secos numa tigela maior. Misture com suas mãos para distribuir tudo uniformemente.
Coloque os ingredientes em um recipiente com tampa ou lacre. Encontre um lugar seco e escuro para guardar o pot-pourri por quatro/oito semanas, ou por quanto tempo for necessário para a receita. Isso dará tempo para que os odores se misturem e formem uma fragrância madura.
Pela primeira semana, sacuda o recipiente diariamente.
Deixe-o separado o quanto quiser depois que o tempo sugerido passar: a fragrância continuará a se fortalecer.
Qualquer parte da mistura que não seja necessária pode ser deixada em um recipiente lacrado para mais tarde.
Coloque o pot-pourri seco num recipiente de exibição. Depois de colocar o pot-pourri no novo recipiente, sempre o organize para garantir que os pedaços mais atraentes fiquem visíveis no topo do arranjo. Coloque no lugar que precisar de novos odores.
Dia 02
No segundo dia iremos ensinar de forma prática e eficiente a fazer velas aromáticas com óleo de citronela, o óleo poderá ser substituído por outras essências das plantas com as quais estaremos trabalhando.Uma forma simples de espalhar as essências repelentes pela casa, escola e locais de trabalho, o beneficamente destas espécies também poderá trazer benefícios a comunidade pois as velas poderão ser vendidas em toda a região.
FAZENDO VELAS AROMÁTICAS
Ingredientes
-Flocos de cera (pode ser comprado em loja de artesanato);
-Um par de hashi;
-Frascos de conserva;
-Pavios de vela;
-Óleo de citronela;
-Duas panelas ou uma double boiler;
-Cola quente ou fita adesiva.
 
Procedimento
1. Selecione os frascos de conserva em que você irá colocar as velas de citronela. Depois, insira o pavio da vela no fundo de cada frasco, prendendo-o com a ajuda de uma fita ou cola quente;
2. Depois que os pavios estiverem afixados, mantenha os frascos no interior do forno, com a temperatura mínima até que a cera esteja pronta para ser introduzida neles. Frascos quentes vão assegurar que a cera arrefece de maneira uniforme e prevenirão qualquer contratempo que possa surgir, devido à alta temperatura da cera, quando ela for introduzida nos frascos;
3. A cera em flocos perde muito do seu volume quando esquentada e transmutada para a forma sólida. Portanto, separe cerca de duas xícaras do produto para cada vela que você irá criar (como a cera em flocos perde cerca da metade do volume quando se torna sólida, adicione uma quantidade maior do produto, caso haja a utilização de um frasco muito grande);
4. A tarefa agora é derreter a cera. Para isso, use a técnica de banho maria, utilizando duas panelas. Na de baixo, coloque apenas água. Na de cima, insira os flocos de cera e um pouco de água. Em seguida, é só ligar o fogo para iniciar o processo;
5. Acrescente cerca de três gotas de óleo de citronela para cada xícara de floco de cera presente na mistura;
6. Após o derretimento completo da cera, despeje a mistura nos frascos (para fazer ceras coloridas, como no caso da azul abaixo, insira pedaço de giz de cera no momento do derretimento dos flocos de cera). Para evitar submergir os pavios, prenda-os com os hashi, para que se mantenham centrados;
7. Uma vez que as velas tenham arrefecido, corte os pavios em cerca de um centímetro ou menos a partir da superfície da vela;
 
MINI-CURSO 05
Agricultura Urbana
29/10 - 30/10 - 31/nc10
Dia 01
No primeiro dia iremos introduzir a população ao conceito de agricultura urbana, ressaltando a importância nas mudanças da forma de produção de alimentos. Demonstrando que é possível obter a independência alimentar, e que falta de dinheiro não é sinônimo de pobreza.No primeiro dia será aberta uma roda de conversa entre a comunidade e os apresentadores.
O que é Agricultura Urbana:
A agricultura urbana é realizada em pequenas áreas dentro de uma cidade, ou no seu entorno (periurbana), e destinada à produção de cultivos para utilização e consumo próprio ou para a venda em pequena escala, em mercados locais. Difere da agricultura tradicional (rural) em vários aspectos: Inicialmente, a área disponível para o cultivo é muito restrita na agricultura urbana. Além disso, há escassez de conhecimentos técnicos por parte dos agentes/produtores diretamente envolvidos; freqüentemente não há possibilidade de dedicação exclusiva à atividade; a atividade destina-se, normalmente, para utilização ou consumo próprio; há grande diversidade de cultivos; e a finalidade da atividade é distinta, pois normalmente não é requisito para a agricultura urbana a obtenção de lucro financeiro. A agricultura urbana pode ser realizada em qualquer ambiente urbano ou periurbano, podendo ser praticada diretamente no solo, em canteiros suspensos, em vasos, ou onde a criatividade sugerir. Qualquer área disponível pode ser aproveitada, desde um vaso dentro de um apartamento até extensas áreas de terra, sob luz natural ou artificial.
Dia 02
Mercado
6) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://dedetizadoraonline.com/produtos-naturais-para-dedetizacao/
http://www.agronomianet.com.br/receitas_da_vovo_tabelas2.htm
http://www.crotalaria.com.br/
http://www.tuasaude.com/remedio-caseiro-para-piolhos/
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/animais_sinantropicos/index.php?p=4378
https://crechealecrim.wordpress.com/fotos/
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/08/grupo-faz-barricada-em-area-invadida-mas-gdf-nao-cumpre-desocupacao.html 
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/09/02/interna_cidadesdf,445116/ex-catadora-de-material-reciclavel-se-torna-dona-de-creche-na-estrutural.shtml
http://www.df.gov.br/noticias/item/2719-cidade-estrutural-%C3%A9-regularizada.html
http://www.scia.df.gov.br/sobre-a-administracao/a-administracao.html

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