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Apostila Doutrina e Exercício Roberto Quintino

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PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL
1 – Conceito de princípio – Princípios são os valores fundamentais que inspiram a criação e a manutenção do sistema jurídico. 
Os princípios têm a função de orientar o legislador quando da criação e o aplicador do direito para a manutenção. No intuito de limitar o poder punitivo estatal, freiar o poder do Estado.
 
2 - PRINCÍPIOS EM ESPECIE 
a) Princípio da Reserva legal ou estrita legalidade 
Está previsto no art. 5º, XXXIX da CF como também no art.1º CP “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
Basicamente, determina a exclusividade da lei para a criação de crimes (infração penal crime e contravenções penais)e cominação de penas (sanção penal pena e a medida de segurança)
É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal (CF, art. 62, § 1.º, inc. I, alínea b). (Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: b) direito penal) Mesmo que a MP seja favorável ao réu. O texto constitucional não deixa dúvida quanto a isso, é proibido sem exceção. 
O Direito Penal não tolera a analogia in malam partem. 
No direito penal é tolerado a analogia, desde que seja para beneficiar o réu. É a chamada analogia in bonam partem.
b) PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Decorre também do art. 5.º, XXXIX, da Constituição Federal, e do art. 1.º do Código Penal (não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal). 
Estabelece que a tipificação do crime e cominação da pena deve ocorrer antes da prática da conduta.
Só pode ser considerado crime aquela conduta que já estava tipificada quando eu pratiquei. Ex. hoje dia 17/07 resolvi andar pela rua sem camisa. Hoje essa minha conduta não é crime. Mas amanha 18/07 entra em vigor uma lei estabelecendo que andar sem camisa pela rua é crime – pena de 01 a 02 anos de detenção.
A lei penal produz efeitos a partir da data em que entra em vigor. Assim, se no dia 19/07 eu sair na rua sem camisa terei cometido um crime, pois já tipificado. 
Mas a pergunta que se faz e a seguinte a conduta realizada no dia 17/08 poderá ser alcançada pela lei??
Regra a lei penal não retroage, salvo para beneficiar o réu.
C) PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU DA CRIMIMALIDADE DE BAGATELA 
Ex: Pai que vai ao supermercado e furta carne.
Este princípio é calcado em valores de política criminal, funciona como causa de exclusão da Tipicidade (tipicidade material).
Pessoal qual a lógica deste princípio? Direito Penal não deve se ocupar de assuntos irrelevantes, incapazes de lesar o bem jurídico legalmente tutelado. O idealizador deste princípio no direito penal foi Claus Roxin.
O STF estabeleceu alguns requisitos: objetivos e subjetivos
- a mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica.
OBS: o reduzido valor patrimonial do objeto material não autoriza, por si só, o reconhecimento da criminalidade de bagatela.
SUBJETIVAS: importância do objeto material para a vítima (disco de ouro de um cantor), a sua condição econômica (furto de uma bicicleta que usava para poder trabalhar), o valor sentimental do bem.
Cumpre destacar que não há um valor máximo (teto) a limitar a incidência do princípio da insignificância. Sua análise há de ser efetuada levando-se em conta o contexto em que se deu a prática da conduta.
OBS: Segundo o STF o princípio da Insignificância não é aplicado aos crimes cometidos por militares, pela elevada reprovabilidade da conduta. 
Lembrando também pessoal que o princípio não incide em crimes cometidos com emprego de violência e grave ameaça, ainda que a coisa subtraída apresente valor ínfimo. Ex: Roubo de carteira sem dinheiro.
Pacifico também que não há incidência deste princípio aos crimes da lei de drogas.
INFRAÇÃO PENAL: ESPÉCIES 
As infrações penais, no Brasil, dividem-se em:
a) crimes ou delitos;
b) contravenções.
A estrutura jurídica de ambas, todavia, é a mesma, ou seja, as infrações, incluindo os crimes e as contravenções, caracterizam-se por serem fatos típicos e antijurídicos. 
Em razão disso é que Nélson Hungria definiu a contravenção como “crime anão”, já que ela nada mais é do que um “crime” causador de menores danos e com sanções de menor gravidade. Por isso diz-se diz que a tipificação de um fato como crime ou contravenção depende exclusivamente da vontade do legislador, ou seja, se considerado mais grave, deve ser tipificado como crime; se menos grave, como contravenção.
Então, como diferenciá-los?
A diferença mais importante é dada pelo art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal e refere-se à pena:
Art. 1º Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
CONDUTA
1 – CONCEITO
Conduta é um agir humano, ou um deixar de agir, de forma consciente e voluntária, dirigido a determinada finalidade.
2 – FORMAS DA PRÁTICA DA CONDUTA
Crimes comissivos ou de ação: são os praticados mediante uma conduta positiva, um fazer.
Ex: Subtrair no crime de furto, matar no crime de homicídio. Nessa categoria se enquadra a ampla maioria dos crimes.
Crimes omissivos ou de omissão: são os cometidos por meio de uma conduta negativa, de um não fazer.
Subdividem-se em:
a) Crimes omissivos próprios ou puros: a omissão está contida no tipo penal, ou seja, a descrição da conduta prevê a realização do crime por meio de uma conduta negativa. 
Não há previsão legal do dever jurídico de agir, de forma que o crime pode ser praticado por qualquer pessoa.
A conduta omissiva está descrita na lei, “deixar de prestar”.
Exemplo típico é o crime de omissão de socorro, definido pelo art. 135 do Código Penal:
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo.”
 
Não tenho dever jurídico pode ser praticado por qualquer pessoa.
Crimes omissivos impróprios,: o tipo penal aloja em sua descrição uma ação, uma conduta positiva, mas a omissão do agente, que descumpre seu dever jurídico de agir, acarreta a produção do resultado.
Tem o dever jurídico de agir e não pode ser praticado por qualquer pessoa, mas somente as elencadas no 13 §2 CP.
Está previsto no art. 13, §2º CP:
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
        a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (obrigação dos pais com relação aos filhos). 
        b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (por exemplo salva vidas de um clube ) 
        c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (não sabe que o agente não sabe nadar e empurra na piscina.)
3 – CONDUTA DOLOSA OU CULPOSA
Conduta dolosa é aquela em que o agente quer a produção do resultado.
Ex: A dar dois tiros em B com a intenção de mata-lo.
Conduta culposa não quero a produção do resultado, nem assumo o risco de produzir, mas a minha conduta contribui para o resultado.
Ex: carro em alta velocidade.
4 – AUSÊNCIA DE CONDUTA
Conduta humana é um ato de consciência e vontade, na falta destes requisitos, não há que se falar em conduta. Nessa situação, não haverá crime por ausência de seu primeiro elemento (fato típico). 
Tem-se as seguintes hipóteses:
a) coação física irresistível:hipóteses em que opera sobre o homem uma força de tal proporção que o faz intervir como uma mera massa mecânica.
Ex.: 'A' domina totalmente 'B' e coloca uma faca em sua mão. Em seguida, segurao braço e a mão de 'B' e empurra a faca no coração de 'C'. Nesse caso, 'B' não praticou nenhuma conduta, mas sim 'A'.
b) inconsciência: é a falta de capacidade psíquica de vontade, que faz desaparecer a conduta. Ex.: movimentos praticados em estados de sonambulismo.
Não há conduta nos chamados " atos reflexos" diante da ausência de voluntariedade. Ex.: a pessoa assustou e ao erguer o braço, em razão do susto, acerta o olho de terceiro, resultando em ferimentos. Não há crime pela ausência de conduta.
TIPICIDADE
A tipicidade, elemento do fato típico, divide-se em formal e material.
Tipicidade formal é o juízo de subsunção entre a conduta praticada pelo agente no mundo real e o modelo descrito pelo tipo penal (“adequação ao catálogo”).
É a operação pela qual se analisa se o fato praticado pelo agente encontra correspondência em uma conduta prevista em lei como crime ou contravenção penal. A conduta de matar alguém tem amparo no art. 121 do Código Penal. Há, portanto, tipicidade entre tal conduta e a lei penal.
De seu turno, tipicidade material (ou substancial) é a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado em razão da prática da conduta legalmente descrita.
A presença simultânea da tipicidade formal e da tipicidade material caracteriza a tipicidade penal.
ILICITUDE
1 – CONCEITO
Ilicitude é a contrariedade entre o fato típico praticado por alguém e o ordenamento jurídico, capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente tutelados.
O juízo de ilicitude é posterior e dependente do juízo de tipicidade, de forma que todo fato penalmente ilícito também é, necessariamente, típico.
2 – CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE
1 – INTRODUÇÃO
Em face do acolhimento da teoria da tipicidade como indício da ilicitude, uma vez praticado o fato típico, isto é, o comportamento humano previsto em lei como crime ou contravenção penal, presume-se o seu caráter ilícito. A tipicidade não constitui a ilicitude, apenas a revela indiciariamente.
Essa presunção é relativa, iuris tantum, pois um fato típico pode ser lícito, desde que o seu autor demonstre ter agido acobertado por uma causa de exclusão da ilicitude.
Presente uma excludente da ilicitude, estará excluída a infração penal. Crime e contravenção penal deixam de existir, pois o fato típico não é contrário ao Direito. Ao contrário, a ele se amolda.
Há quatro causas de exclusão da ilicitude previstas na Parte Geral do Código Penal (art. 23):
a) legítima defesa;
b) estado de necessidade;
c) estrito cumprimento do dever legal;
d) exercício regular de direito.
2 – ESTADO DE NECESSIDADE
1 – CONCEITO
Estado de necessidade é a causa de exclusão da ilicitude que depende de uma situação de perigo, caracterizada pelo conflito de interesses lícitos, ou seja, uma colisão entre bens jurídicos pertencentes a pessoas diversas, que se soluciona com a autorização conferida pelo ordenamento jurídico para o sacrifício de um deles para a preservação do outro.
2 – REQUISITOS
O art. 24, caput, e seu § 1.º, do Código Penal, elencam requisitos cumulativos para a configuração do estado de necessidade como causa legal de exclusão da ilicitude.
São eles: (a) perigo atual, (b) perigo não provocado voluntariamente pelo agente, (c) ameaça a direito próprio ou alheio, e (d) ausência do dever legal de enfrentar o perigo.
Em relação ao titular do bem jurídico preservado pela lei penal, o estado de necessidade pode ser:
a) Próprio: protege-se bem jurídico pertencente ao autor do fato necessitado.
b) De terceiro: o autor do fato necessitado tutela bem jurídico alheio.
3 – LEGÍTIMA DEFESA
1 – CONCEITO
O conceito decorre do art. 25 do Código Penal: trata-se da causa de justificação consistente em repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente dos meios necessários.
2 – REQUISITOS
A análise do art. 25 do Código Penal revela a dependência da legítima defesa aos seguintes requisitos cumulativos: (1) agressão injusta; (2) atual ou iminente; (3) direito próprio ou alheio; (4) reação com os meios necessários; e (5) uso moderado dos meios necessários.
4 – ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL
1 – CONCEITO
Não há crime quando o agente atua no estrito cumprimento de um dever legal. Esse dever deve constar de lei, decretos, regulamentos ou atos administrativos fundados em lei e que sejam de caráter geral. Exs.: oficial de justiça que apreende bens para penhora; policial que lesiona assaltante em fuga etc.
5 – EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
1 – CONCEITO
Consiste na atuação do agente dentro dos limites conferidos pelo ordenamento legal. O sujeito não comete crime por estar exercitando uma prerrogativa a ele conferida pela lei. Exs.: na recusa em depor em juízo por parte de quem tem o dever legal de guardar sigilo; na intervenção cirúrgica (desde que haja consentimento do paciente ou de seu representante legal); nas lesões esportivas, desde que respeitadas as regras do esporte etc.
A palavra “direito” foi empregada em sentido amplo, de forma a abranger todas as espécies de direito subjetivo, penal ou extrapenal.
CULPABILIDADE
1 – CONCEITO
Culpabilidade é o juízo de censura, o juízo de reprovabilidade que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de imposição de pena.
2 – EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE
Imputabilidade, potencial consciências da ilicitude e exigibilidade de conduta adversa.
2.1 – IMPUTABILIDADE
2.1.1 CONCEITO
É a possibilidade de atribuir a alguém a responsabilidade por algum fato, ou seja, o conjunto de condições pessoais que dá ao agente a capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de uma infração penal.
O Código Penal não define a imputabilidade. Ao contrário, enumera apenas as hipóteses de inimputabilidade
O Brasil adotou um critério cronológico. Toda pessoa, a partir do início do dia em que completa 18 anos de idade, presume-se imputável.
2.1.2 – CAUSAS DE INIMPUTABILIDADE 
O Código Penal apresenta como causas de inimputabilidade:
- menoridade (art. 27);
- doença mental (art. 26, caput);
- desenvolvimento mental incompleto (arts. 26, caput, e 27);
- desenvolvimento mental retardado (art. 26, caput); e
- embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (art. 28, § 1.º).
2.1.2.3 – MENORIDADE
Em relação aos menores de 18 anos de idade adotou-se o sistema biológico para a constatação da inimputabilidade.
Tais pessoas, independentemente da inteligência, da perspicácia e do desenvolvimento mental, são tratadas como inimputáveis. Podem, inclusive, ter concluído uma faculdade ou já trabalharem com anotação em carteira de trabalho e previdência social. A presunção de inimputabilidade é absoluta (iuris et de iure), decorrente do art. 228 da Constituição Federal2 e do art. 27 do Código Penal,3 e não admite prova em sentido contrário.
Nos termos da Súmula 74 do Superior Tribunal de Justiça, a prova da menoridade deve ser feita por documento hábil. Esse documento pode, mas não deve ser necessariamente a certidão de nascimento. Serve qualquer documento de identidade, certidão de batismo, carteira escolar etc.
Redução da maioridade penal
Muito se discute sobre a possibilidade da diminuição da maioridade penal, e qual seria o instrumento necessário para tanto, visando considerar imputáveis as pessoas a partir de idade inferior a 18 anos. Recorde-se que os menores de 18 anos são inimputáveis por expressa determinação constitucional (art. 228). Sobre o assunto há duas posições:
1) A redução da maioridade penal somente seria possível com o advento de uma nova Constituição Federal, fruto do Poder Constituinte Originário. A maioridade penal constitui em cláusula pétrea implícita, referente ao direito fundamental de todo menor de 18 anos de não ser processado, julgado e condenado pela Justiça comum.
2) É suficiente uma emenda constitucional, por não se tratar de cláusula pétrea, mas de norma constitucional inserida no capítulo inerente à família, à criança, ao adolescente e ao idoso.
2.1.2.3 – PORDOENÇA MENTAL
O art. 26, caput, do Código Penal, adotando o critério biopsicológico, estabelece que é “isento de pena (inimputável) o agente que, por doença mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”.
São, em verdade, dois os requisitos que devem coexistir:
a) Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. A doença mental abrange a demência, psicose maníaco-depressiva, histeria, paranoia, psicose traumática por alcoolismo, esquizofrenia etc. O desenvolvimento mental incompleto ocorre em relação aos menores de idade (para os quais, entretanto, existe regra própria no art. 27) e silvícolas não adaptados à vida em sociedade. Desenvolvimento mental retardado é característico em pessoas oligofrênicas (idiotas, imbecis, débeis mentais) e nos surdos-mudos (dependendo do caso).
b) Que, ao tempo da ação ou omissão, tenham retirado do agente toda a capacidade de entendimento e de autodeterminação.
Adotou-se, portanto, quanto aos doentes mentais, o critério biopsicológico.
Semi-imputabilidade 
Nos termos do art. 26, parágrafo único, do Código Penal, se, em razão da doença mental ou do desenvolvimento mental incompleto ou retardado, o agente, ao tempo da ação ou omissão, estava parcialmente privado de sua capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com tal entendimento, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3. Nesse caso, o agente é chamado de semi-imputável, pois perde apenas parcialmente a capacidade de entendimento e de autodeterminação.
2.1.2.4 – EMOÇÃO E PAIXÃO
O Código Penal dispõe, em seu art. 28, I, que a emoção ou a paixão não excluem a imputabilidade penal.
Utilizou-se, pois, de um critério legal, ao estatuir taxativamente que tais estados de ânimo não elidem o apontado elemento da culpabilidade.
Emoção e paixão são perturbações da psique humana.
Emoção é o estado afetivo que acarreta na perturbação transitória do equilíbrio psíquico, tal como na ira, medo, alegria, cólera, ansiedade, prazer erótico, surpresa e vergonha.
Paixão é a emoção mais intensa, ou seja, a perturbação duradoura do equilíbrio psíquico. Dela são exemplos, entre outros, o amor, a inveja, a avareza, o ciúme, a vingança, o ódio, o fanatismo e a
ambição.
2.1.2.5 – EMBRIAGUES
É a intoxicação aguda produzida no corpo humano pelo álcool ou por substância de efeitos análogos, apta a provocar a exclusão da capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
A embriaguez acidental ou fortuita, se completa, capaz de ao tempo da conduta tornar o agente inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, exclui a imputabilidade penal (CP, art. 28, § 1.º).
Por outro lado, a embriaguez acidental ou fortuita incompleta, isto é, aquela que ao tempo da conduta retira do agente parte da capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, autoriza a diminuição da pena de 1 (um) a 2/3 (dois terços).
Equivale, portanto, à semi-imputabilidade (CP, art. 28, § 2.º).
EXERCÍCIOS
1 - O principio da insignificância considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, entre os quais não se inclui:
(A) A mínima ofensividade da conduta do agente. 
(B) Nenhuma periculosidade social da ação. 
(C) Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento. 
(D) Expressividade da lesão jurídica provocada.
2 - Com relação aos princípios constitucionais de Direito Penal, examine as seguintes afirmativas: 
I- Reza o princípio da reserva legal que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
II- De acordo com o princípio da irretroatividade, a lei penal não retroagirá, salvo disposição expressa em lei. 
III- Segundo o princípio da pessoalidade, nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do limite do valor do patrimônio transferido.
Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
(B) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas, 
(d) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
3 - Relativamente aos princípios de direito penal, assinale afirmativa incorreta.
(A) Não há crime sem lei anterior que o defina. 
(B) Não há pena sem prévia cominação legal. 
(C) Crimes hediondos não estão sujeitos ao principio da anterioridade da lei penal. 
(D) Ninguém pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de considerar crime. 
(E) A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos casos anteriores.
4 - Ana e Bruna desentenderam-se em uma festividade na cidade onde moram e Ana, sem intenção de matar, mas apenas de lesionar, atingiu levemente, com uma faca, o braço esquerdo de Bruna, a qual, ao ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima de acidente de automóvel, vindo a falecer exclusivamente em razão de traumatismo craniano. Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz do CP, que Ana
(A) não deve responder por delito algum, uma vez que não deu causa à morte de Bruna. 
(B) deve responder apenas pelo delito de lesão corporal. 
(C) deve responder pelo delito de homicídio consumado. 
(d) deve responder pelo delito de homicídio na modalidade tentada.
5 - Carlos Cristiano trabalha como salva- vidas no clube municipal de Tartarugalzinho. O clube abre diariamente ás 8hs, e a piscina do clube funciona de terça a domingo, de 9 às 17 horas, com um intervalo de uma hora para o almoço do salva-vidas, sempre entre 12 e 13 horas. Carlos Cristiano é o único salva-vidas do clube e sabe a responsabilidade de seu trabalho, pois várias crianças utilizam a piscina diariamente e muitas dependem da sua atenção para não morrerem afogadas. Normalmente, Carlos Cristiano trabalha com atenção e dedicação, mas naquele dia 2 de janeiro estava particularmente cansado, pois dormira muito tarde após as comemorações do reveillon. Assim, ao invés de voltar do almoço na hora, decidiu tirar um cochilo. Acordou às 15 horas, com os gritos dos sócios do clube que tentavam reanimar uma criança que entrara na piscina e fora parar na parte funda. Infelizmente, não foi possível reanimar a criança. Embora houvesse outras pessoas na piscina, ninguém percebera que a criança estava se afogando. Assinale a alternativa que indique o crime praticado por Carlos Cristiano.
(A) Homicídio culposo. 
(B) Nenhum crime. 
(C) Omissão de socorro 
(D) Homicídio doloso, na modalidade de ação comissiva por omissão. 
(E) Homicídio doloso, na modalidade de ação omissiva.
6 - Acerca dos princípios aplicáveis ao direito penal, assinale a opção correta à luz do entendimento do STF e do STJ. 
a) Conforme entendimento do STF, os dois únicos requisitos necessários para a aplicação do princípio da insignificância são nenhuma periculosidade social da ação e inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
b) A aplicação do princípio da insignificância implica reconhecimento da atipicidade formal de perturbações jurídicas mínimas ou leves, as quais devem ser consideradas não só em seu sentido econômico, mas também em relação ao grau de afetação à ordem social. 
c) O princípio da adequação social surgiu como uma regra de hermenêutica, ou seja, possibilita a exclusão de condutas que, embora se ajustem formalmente a um tipo penal- tipicidade formal - não são mais consideradas objeto de reprovação social e, por essa razão, se tornaram socialmente aceitas e adequadas. 
d) O princípio da insignificância propõe ao ordenamento jurídico uma redução dos mecanismos punitivos do Estado ao mínimo necessário, de modo que a intervenção penal somente se justificarianas situações em que fosse definitivamente indispensável à proteção do cidadão. 
e) O agente que pratica constantemente infrações penais que tenham deixado de ser consideradas perniciosas pela sociedade poderá alegar que, em conformidade com o principio da adequação social, o qual tem o condão de revogar tipos penais incriminadores, sua conduta deverá ser considerada adequada socialmente.
7 - Em relação aos principias norteadores do Direito Penal, aponte a afirmativa INCORRETA. 
a) O principio da legalidade ou da reserva legal constitui efetiva limitação ao poder punitivo estatal. 
b) O principio da insignificância refere-se à aplicação da pena. 
c) Pelo principio da fragmentariedade, a proteção penal limita-se aos bens jurídicos relevantes. 
d) Pelo principio da individualização da pena, a sanção a ser aplicada deve considerar todas as circunstâncias da conduta do agente.
8 - Com relação aos principias penais, assinale a opção correta. 
a) O principio da humanidade das penas proíbe, em qualquer hipótese, a pena de morte no ordenamento jurídico brasileiro. 
b) O principio da especialidade consagra que a lei penal geral deve afastar a lei penal especial naquilo em que elas forem conflitantes. 
c) O princípio da legalidade permite a criação de tipos penais incriminadores através da edição de medidas provisórias. art. 62, § 1°, b,
d) Segundo o principio da Intervenção mínima, o direito penal deve atuar como regra e não como exceção. 
e) Segundo o principio da transcendência, a pena não pode passar da pessoa do condenado.
9 - São elementos do fato típico: 
a) conduta, resultado, relação de causalidade e tipicidade . 
b) conduta, resultado, relação de causalidade e culpabilidade. 
c) conduta, resultado, antijuridicidade e culpabilidade. 
d) conduta, resultado, nexo de causalidade e antijuridicidade. 
e) conduta, relação de causalidade, antijuridicidade e tipicidade.
10 - Durante um assalto a uma instituição bancária, Antônio e Francisco, gerentes do estabelecimento, são feitos reféns. Tendo ciência da condição deles de gerentes e da necessidade de que suas digitais fossem inseridas em determinado sistema para abertura do cofre, os criminosos colocam, à força, o dedo de Antônio no local necessário, abrindo, com isso, o cofre e subtraindo determinada quantia em dinheiro. Além disso, sob a ameaça de morte da esposa de Francisco, exigem que este saia do banco, levando a sacola de dinheiro juntamente com eles, enquanto apontam uma arma de fogo para os policiais que tentavam efetuar a prisão dos agentes. 
Analisando as condutas de Antônio e Francisco, com base no conceito tripartido de crime, é correto afirmar que 
a) Antônio não responderá pelo crime por ausência de tipicidade, enquanto Francisco não responderá por ausência de ilicitude em sua conduta. 
b) Antônio não responderá pelo crime por ausência de ilicitude, enquanto Francisco não responderá por ausência de culpabilidade em sua conduta. 
c) Antônio não responderá pelo crime por ausência de tipicidade, enquanto Francisco não responderá por ausência de culpabilidade em sua conduta. 
d) Ambos não responderão pelo crime por ausência de culpabilidade em suas condutas.
11 - Considere as assertivas abaixo relativamente a erro sobre a ilicitude do fato. 
I. O desconhecimento da lei penal é inescusável; no entanto, nesta hipótese, deve o juiz atenuar a pena do condenado. 
II. O erro de proibição, quando inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, pode o juiz diminui -la de um sexto a um terço. 
III. Considera-se evitável o erro de proibição quando o agente atua ou se omite por não ter se informado sobre a ilicitude do fato, sendo-lhe isso possivef. nas circunstâncias. 
Quais são corretas? 
a) Apenas I 
b) Apenas II 
c) Apenas III 
d) Apenas I e III 
e) I, II e III
12 - Juan, 19 anos, argentino residente em Córdoba/Argentina, recebeu um convite de seu amigo Pedro, brasileiro, residente em Teresina, para passar as férias no Delta do Parnaíba. Juan, entusiasmado com a possibilidade de conhecer o Brasil, aceitou o convite. Porém, Pedro, quando convidou o amigo, solicitou que trouxesse consigo 10 vidros de lança-perfume (cloreto de etila), e Juan, tendo total desconhecimento de que esta substância fosse proibida no Brasil, pois na Argentina tal substância circula livremente, prontamente atendeu ao pedido. Sendo Juan, em tese, apreendido com tal mercadoria, que excludente é possível alegar ao seu favor? 
a) A excludente é o erro de tipo Inevitável, que afasta o dolo e a culpa. 
b) A excludente é o erro de tipo evitável, que afasta o dolo, mas permite a punição por culpa. 
c) A excludente é o erro de proibição, que afasta a ilicitude do fato. 
d) A excludente é o erro de proibição, que afasta o potencial conhecimento da Ilicitude do fato. 
e) A excludente é o erro na execução, que também é chamado de aberratius ictus.
13 - Pedro, não observando seu dever objetivo de cuidado na condução de uma bicicleta, choca-se com um telefone público e o destrói totalmente. Nesse caso, é correto afirmar que Pedro 
a) deverá ser responsabilizado pelo crime de dano simples, somente. 
b) deverá ser responsabilizado pelo crime de dano qualificado, somente. 
c) deverá ser responsabilizado pelo crime de dano qualificado, sem prejuízo da obrigação de reparar o dano causado. 
d) não será responsabilizado penalmente.
14 - E correto afirmar que a coação irresistível: 
a) é circunstância atenuante em relação ao coagido e circunstância agravante para o coator; 
b) é causa excludente da antijuridicidade em relação ao coagido; 
c) exclui o próprio fato típico em relação ao coagido, desde que física; 
d) sendo morai, responde pelo fato apenas o coator, a titulo de autoria imediata; 
e) quando praticada mediante vis absoluta exclui a culpabilidade do coagido por inexigibilidade de conduta diversa.
15 - A omissão é penalmente relevante quando o emitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
I. tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
II. de outra forma, assumiu a responsabilidade pelo resultado; 
III. com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
Completa, corretamente, a afirmação Inicial, o contido em 
a) I e lI, somente. 
b) I e III, somente. 
c) li e I lI, somente. 
d) l,lI e lIl. 
e) I, somente.
Art.13 CP.
16 - Considera-se em estado de necessidade quem: 
a) pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício. 
b) exclusivamente em situação de calamidade pública, pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
c) pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
d) exclusivamente em situação de calamidade pública, pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio (excluído direito alheio), cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
e) pratica o fato para salvar de perigo iminente ou atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício_
17 - Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão pitbull na direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a criança, Carlos, que estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o dono do animal. Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamenteda casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando constatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. 
Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta a situação jurídica de Carlos. 
a) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de Leandro. 
b) Carlos atuou em estado de necessidade defensivo, devendo responder, porém, pela morte de Leandro. 
c) Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro.
d) Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder pela morte de Leandro.
18 - Analise o caso a seguir. 
Para repelir a arremetida de um cão feroz, o agente usa uma arma de fogo matando o animal. O animal tinha sido instado ao ataque pelo seu dono, o que era do conhecimento do agente. 
O agente praticou o fato 
a) em estado de necessidade. 
b) em legítima defesa. 
c) em exercício regular de direito. 
d) em inexigibilidade de outra conduta.
19 - As situações abaixo caracterizam o estado de necessidade, EXCETO 
a) Médico que deixa de atender um paciente para salvar outro, não tendo meios de atender a ambos. 
b) Bombeiro que deixa de atender um incêndio de pequenas proporções para atender outro de maior gravidade. 
c) "A" que dolosamente põe fogo num barco e depois mata outro passageiro para se salvar. 
d) Mãe miserável que subtrai gêneros alimentícios para alimentar filho faminto. 
20 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
a) em estado de necessidade; em legítima defesa; e sob o domínio de emoção ou paixão. 
b) em estado de embriaguez; em estado de necessidade; em legitima defesa; e sob coação. 
c) em estado de necessidade; em legítima defesa; e em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
d) em legítima defesa; em estrito cumprimento de dever legal; em estado de necessidade; e sob coação moral.
21 - São pressupostos da culpabilidade 
a) a possibilidade de conhecer a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta diversa. 
b) a imputabilidade e a falta de dever de cuidado. 
c) a previsibilidade do resultado e a exigibilidade de conduta diversa. 
d) a falta de dever de cuidado e a previsibilidade do resultado. 
e) a possibilidade de conhecer a ilicitude do fato e a falta de dever de cuidado.
22 - Patrício e Luiz estavam em um bar, quando o primeiro, mediante ameaça de arma de fogo, obriga o último a beber dois copos de tequila. Luiz ficou inteiramente embriagado. A dupla, então, deixou o local, sendo que Patrício conduzia Luiz, que caminhava com muitas dificuldades. Ao encontrarem Juliana, que caminhava sozinha pela calçada, Patrício e Luiz, se utilizando da arma que era portada pelo primeiro, constrangeram-na a com eles praticar sexo oral, sendo flagrados por populares que passavam ocasionalmente pelo local, ocorrendo a prisão em flagrante. Denunciados pelo crime de estupro, no curso da instrução, mediante perícia, restou constatado que Patrício era possuidor de doença mental grave e que, quando da prática do fato, era Inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do seu comportamento, situação, aliás, que permanece até o momento do julgamento. Também ficou demonstrado que, no momento do crime, Luiz estava completamente embriagado. O Ministério Público requereu a condenação dos acusados. 
Não havendo dúvida com relação ao injusto, tecnicamente, a defesa técnica dos acusados deverá requerer, nas alegações finais, 
a) a absolvição dos acusados por força da inimputabilidade, aplicando, porém, medida de segurança para ambos. 
b) a absolvição de Luiz por ausência de culpabilidade em razão da embriaguez culposa e a absolvição imprópria de Patrício, com aplicação, para este, de medida de segurança. 
c) a absolvição de Luiz por ausência de culpabilidade em razão da embriaguez completa decorrente de força maior e a absolvição imprópria de Patrício, com aplicação, para este, de medida de segurança. 
d) a absolvição imprópria de Patrício, com a aplicação de medida de segurança, e a condenação de Luiz na pena mínima, porque a embriaguez nunca exclui a culpabilidade.
23 - Um determinado agente comete um crime sob coação a que podia resistir. Nesse caso, a consequência jurídica será a: 
a) atipicidade da conduta. 
b) exclusão da Ilicitude da conduta. 
c) exclusão da culpabilidade do agente. 
d) aplicação de uma causa de diminuição de pena. 
e) aplicação de uma atenuante genérica.
24 - O erro sobre a ilicitude do fato 
a) reflete na culpabilidade, de modo a excluir a pena ou diminui-la. 
b) exclui o dolo e a culpa. 
c) reflete na culpabilidade, sempre isentando de pena. 
d) extingue a punibilidade. 
e) exclui o dolo, mas permite a punção por crime culposo, se previsto em lei.
25 - De acordo com regra da Parte Geral do Código Penal, a pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente, por embriaguez 
a) culposa, por álcool ou substância análoga, era inteiramente incapaz de compreender o caráter ilícito do ato. 
b) completa, decorrente de força maior, era, ao tempo da ação ou omissão, inteiramente Incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de comportar-se de acordo com esse entendimento. 
c) proveniente de caso fortuito, não possuía, ao tempo da ação ou omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de comportar-se de acordo com esse entendimento. 
d) preordenada, por álcool ou substância análoga, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de comportar-se de acordo com esse entendimento.
26 - Julgue as seguintes assertivas: 
I. Em qualquer caso, a embriaguez acidental afasta a imputabilidade penal. 
II. A coação moral irresistível (vis compulsiva) exclui a ação, por inexistência de vontade. 
III. A ausência da potencial consciência da ilicitude dá lugar ao erro de proibição (art. 21, CP), que, quando inescusável, é causa excludente de culpabilidade. 
IV. A cooperação dolosamente distinta é circunstância atenuante que somente se aplica à modalidade de participação, não abrangendo os casos de coautoria. 
a) I, II, III e IV estão corretas. 
b) I, II, III e IV estão erradas. 
c) Apenas I e IV estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas.
27 - Na imputabilidade penal, 
a) a emoção não exclui o crime e não poderá ser considerada como causa de diminuição de pena, uma vez que não concorre a liberdade psíquica, não havendo, portanto, a vontade integrante da conduta. 
b) é isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
c) exclui-se a culpabilidade do sujeito que pratica o fato típico sob coação física irresistível, posto que, não concorre a liberdade psíquica ou física, não havendo a vontade integrante da conduta, pelo que não há o próprio comportamento, primeiro elemento do fato típico. 
d) se o fato típico é cometido em obediência hierárquica à ordem não manifestamente ilegal, responderá pelo crime apenas o superior hierárquico, inclusive por todos os excessos perpetrados pelo subordinado durante a execução da determinação.
28 - A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeito análogo: 
a) isenta o réu de pena, mas pode ser recepcionada como crime independente punido com pena de detenção. 
b) é sempre considerada atenuante na prática de qualquer delito. 
c) não exclui a imputabilidade penal. 
d) só tem relevância penal quando a embriaguez atinge percentual perceptfvel por exame de bafômetro.
29 - Para aferição da inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, assinale a alternativa que indica o critério adotado pelo Código Penal vigente. 
a) Biológico. 
b) Psicológico. 
c) Psiquiátrico. 
d) Biopsicológico.
30 - A respeito do conflito aparente de normas penais, dos crimes tentadose consumados, da tipicidade penal, dos tipos de imprudência e do arrependimento posterior, julgue os itens seguintes. 
A coação física irresistível configura hipótese jurídico-penal de ausência de conduta, engendrando, assim, a atipicidade do fato. Correta.
CONCURSO DE PESSOAS
1 – CONCEITO
Ocorre o concurso de pessoas (ou concurso de agentes, codelinquência) quando uma infração penal é cometida por duas ou mais pessoas.
2 – AUTORIA, COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO
2.1 – AUTORIA
O Código Penal adotou a teoria restritiva, segundo a qual autor é apenas aquele que executa a conduta típica descrita na lei, ou seja, quem realiza o verbo contido no tipo penal. Ex.: no homicídio, a conduta é “matar alguém” e, assim, autor do crime é aquele que, por exemplo, efetua disparos contra a vítima, coloca veneno em sua bebida etc.
2.2 – COAUTORIA
Existe quando duas ou mais pessoas, conjuntamente, praticam a conduta descrita no tipo. Ex.: se duas pessoas, concomitantemente, efetuam disparos de arma de fogo contra a vítima, são elas coautoras do homicídio.
Há crimes cujo tipo penal descreve mais de uma conduta típica. O roubo, por exemplo, consiste em uma subtração praticada com emprego de violência ou grave ameaça. Nesse crime, portanto, é possível uma divisão de tarefas, ou seja, enquanto uma pessoa aponta o revólver para a vítima (grave ameaça), a outra tira a sua carteira (subtração). No caso, também há coautoria, pois ambos praticaram pelo menos uma das condutas típicas.
2.3 – PARTICIPAÇÃO
Na participação, o agente não comete qualquer das condutas típicas (verbos descritos na lei), mas de alguma outra forma concorre para o crime. O art. 29 do Código Penal estabelece que o agente que, de qualquer modo, concorre para um crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Assim, o partícipe responde pelo mesmo crime que o autor ou os coautores. Ex.: A empresta duas armas para B e C matarem D. Nessa hipótese, B e C são coautores do homicídio, e A é partícipe.
A participação pode ser:
a) Moral. Feita por induzimento ou instigação. No induzimento, o agente faz nascer a ideia do crime na mente do sujeito. Na instigação, o agente reforça a ideia do crime já existente no sujeito.
b) Material. O agente auxilia na prática do crime, de forma acessória, secundária. Ex.: emprestar uma arma para o homicida.
3 – TEORIA UNITÁRIA OU MONISTA
Quanto ao concurso de pessoas, esta foi a teoria adotada pelo Código Penal. Segundo ela, todos os que contribuem para um resultado delituoso devem responder pelo mesmo crime.
4 – REQUISITOS
a) Pluralidade de condutas, sem a qual não se pode pensar em concurso.
b) Relevância causal das condutas. Sem que haja essa relevância causal, não se pode cogitar que todos tenham contribuído para o crime
c) Liame subjetivo. Significa que o partícipe deve ter ciência de estar colaborando para o resultado criminoso visado pelo outro. Segundo a melhor doutrina, é desnecessário o prévio ajuste entre as partes, bastando a unidade de desígnios, ou seja, que uma vontade adira à outra. Ex.: por desavenças anteriores, uma pessoa deixa a porta da casa da vítima aberta, e o ladrão se aproveita desse fato para praticar um furto. O autor da subtração não sabe que foi ajudado, mas quem ajudou é partícipe do furto.
d) Identidade de crime para todos os envolvidos. Havendo o liame subjetivo, todos os envolvidos devem responder pelo mesmo crime (fora as exceções já estudadas). Assim, se duas pessoas entram armadas em uma casa para roubar os moradores e uma delas consegue fugir levando alguns objetos, enquanto a outra é presa ainda dentro da residência, ambas responderão por roubo consumado.
DAS PENAS
1 - CLASSIFICAÇÃO DAS PENAS
Encontra previsão legal no art. 32 do CP. As penas são: privativa de liberdade, restritiva de direitos e multa.
a) Pena privativa de liberdade: retira do condenado o seu direito de locomoção, em razão da prisão por tempo determinado. 
No Brasil cabe prisão perpetua? Não .
Qual o tempo Maximo que um sujeito pode ficar preso? 30 anos, por praticar um crime art.75 CP. ( Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos) .
b) Pena restritiva de direitos: limita um ou mais direitos do condenado, em substituição à pena privativa de liberdade. Está prevista no art. 43 do Código Penal. 
Art. 43. As penas restritivas de direitos são:  
        I - prestação pecuniária;  
        II - perda de bens e valores;
        III - limitação de fim de semana.  
        IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;  
        V - interdição temporária de direitos;  
        VI - limitação de fim de semana
c) Pena de multa: incide sobre o patrimônio do condenado.
É possível a pena de morte no Brasil? Admite-se, excepcionalmente, a pena de morte, em caso de guerra declarada contra agressão estrangeira (CF, art. 5.º, XLVII, “a”).
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
1 – CONCEITO
Pena privativa de liberdade é a modalidade de sanção penal que retira do condenado seu direito de locomoção, em razão da prisão por tempo determinado.
2 – ESPÉCIES
Temos três espécies de pena privativa de liberdade são: reclusão, detenção e a prisão simples.
3 – REGIMES PENITENCIÁRIOS
É o meio pelo qual se efetiva o cumprimento da pena privativa de liberdade.
São três os regimes: fechado, semiaberto, aberto.
a) fechado: a pena privativa de liberdade é executada em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) semiaberto: a pena privativa de liberdade é executada em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; 
c) aberto: a pena privativa de liberdade é executada em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
4 – FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL
Com a leitura do art.33, §§2º e 3º nos revela como requisitos para se estabelecer o regime inicial temos: reincidência, quantidade da pena e circunstancias judiciais.
4.1 – PENA DE RECLUSÃO
Deve ser inicialmente cumprida nos regimes fechado, semiaberto ou aberto. Vamos as regras:
a) o reincidente inicia o cumprimento da pena privativa de liberdade no regime fechado, independentemente da quantidade da pena aplicada.
b) o primário, cuja pena seja superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la no regime fechado;
c) o primário, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
d) o primário, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
4.2 – PENA DE DETENÇÃO
Deve ser inicialmente cumprida nos regimes semiaberto ou aberto.
Critérios:
a) o condenado reincidente inicia o cumprimento da pena privativa de liberdade no regime semiaberto, seja qual for a quantidade da pena aplicada;
b) o primário, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos, deverá cumpri-la no regime semiaberto;
c) o primário, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la no regime aberto.
5 – PROGRESSÃO DE REGIME
O CP art.33,§2º diz que ““as penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva”.
Por esta razão o CP adotou o sistema inglês ou progressivo: baseia-se no isolamento do condenado no início do cumprimento da pena privativa de liberdade, mas, em um segundo momento, é autorizado a trabalhar na companhia de outros presos. E, na última etapa, é colocado em liberdade condicional.
Como ocorre na prática: no regime fechado o condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno. O trabalho será em comum dentro do estabelecimento. 
Em seguida, se cumpridos os requisitos legais, passa ao regime semiaberto, com trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 
Por fim, e se novamente satisfeitos os requisitos legais, o condenado é transferido ao regime aberto, poderá trabalhar fora da unidade prisional sem vigilância, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias defolga.
 A progressão de regime busca aos poucos ir colocando o condenado no convívio da sociedade. Busca sua reinserção na sociedade.
Mas para poder ser beneficiada pela progressão de regime dois requisitos devem ser preenchidos pelo condenado. Um de ordem objetiva e outro de ordem subjetiva. Requisitos cumulativos.
O requisito objetivo é o cumprimento de ao menos 1/6 da pena no regime anterior.
Ex: condenado a uma pena de 12 anos de reclusão. Cumprido 2 anos já terá alcançado o requisito objetivo, ou seja, 1/6 da pena.
Pergunto a vocês A foi condenado a 120 anos de prisão, depois de quanto tempo ele poderá progredir de regime? 20 anos.
Nas condenações superiores a 30 (trinta) anos, o montante de 1/6 deve ser calculado sobre o total da pena imposta, pois esse limite destina-se exclusivamente ao efetivo cumprimento da pena privativa de liberdade.
Já o requisito subjetivo é o mérito, presente quando o condenado “ostentar bom comportamento carcerário”.
Esse requisito deve ser observado durante todo o periodo em que o condenado esteve preso, não causando nenhum problema dentro da unidade prisional.
5.1– PROIBIÇÃO DE PROGRESSÃO POR SALTOS
O sistema progressivo acolhido pelo direito brasileiro é incompatível com a progressão “por saltos”, consistente na passagem direta do regime fechado para o aberto.
Para afastar qualquer controvérsia acerca do assunto, o Superior Tribunal de Justiça editou a
Súmula 491: “É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional”.
5.2 – PROGRESSÃO E CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Tenho que cumprir 1/6 ter bom comportamento e um requisito específico, consistente na reparação do dano causado ou na devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 
Art.33,§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.
Ex: caso mensalão todos os envolvidos só conseguiram progredir de regime depois da reparação do dano que causaram a adm. Pública.
APLICAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
1 – CRITÉRIO UTILIZADO PARA A APLICAÇÃO DA PENA
O CP adotou o critério trifásico.
Na primeira, o juiz fixa a pena-base, com apoio nas circunstâncias judiciais. Em seguida, aplica as atenuantes e agravantes, e, finalmente, as causas de diminuição e de aumento da pena.
Analisando o CP algumas regras são extraídas sobre a aplicação da pena utilizando o critério trifásico:
a) na pena-base o juiz deve navegar dentro dos limites legais cominados à infração penal, isto é, não pode ultrapassar o patamar mínimo nem o patamar máximo.
b) se estiverem presentes agravantes ou atenuantes a pena não pode ser elevada além do máximo abstratamente cominado nem reduzida aquém do mínimo legal.
c) as causas de aumento e de diminuição são aplicáveis em relação à pena resultante da segunda fase. Se existirem causas de aumento ou de diminuição, a pena pode ser definitivamente fixada acima ou abaixo dos limites máximo e mínimo.
Macete: trifásico. 1 fase circunstancias judiciais; 2 fase atenuantes e agravantes; 3 fase causas de aumento e diminuição. 
PENAS RESTITIVAS DE DIREITOS
 
1 – CONCEITO
As penas restritivas de direitos são também chamadas de “penas alternativas”, pois têm o propósito de evitar a desnecessária imposição da pena privativa de liberdade.
2 – REQUISITOS
Os requisitos estão estabelecidos no art.44, I a III do CP. São requisitos objetivos e subjetivos.
2.1 – REQUISITOS OBJETIVOS
- Natureza do crime
Crime doloso, deve ter sido cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa. No crime culposo em qualquer de suas espécies.
- Quantidade da pena aplicada
A pena aplicada no caso concreto terá que ter sido no Maximo de 04 anos.
2.2 – REQUISITOS SUBJETIVOS
O agente não pode ser reincidente em crime doloso.
3 – REGRAS PARA A SUBSTITUIÇÃO
No momento da sentença após passar pelas três fases de aplicação da pena e observando o juiz que o crime foi praticado sem violência ou grave ameaça e a pena aplicada foi de 04 anos, ele juiz irá fazer a substituição da pena PL por RD, observando as seguintes regras.
Art.44, § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
Deste parágrafo extraímos as seguintes conclusões:
1 - na condenação igual ou inferior a 1 (um) ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos.
2 - se a condenação for superior a 1 (um) ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
Pergunta se o agente deixar de cumprir com sua pena restritiva de direitos o que acontece com ele? Terá sua pena restritiva de direito convertida em pena privativa de liberdade, o agente será preso.
OBS: Não cabe substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em delitos militares.
PENA DE MULTA
1 – CONCEITO
É a espécie de sanção penal, de cunho patrimonial, consistente no pagamento de determinado valor em dinheiro em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
2 – APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA
Para a aplicação da pena de multa o Magistrado leve em consideração um sistema bifásico:
1.ª fase: O juiz estabelece o número de dias-multa, que varia entre o mínimo de 10 (dez) e o máximo de 360 (trezentos e sessenta).
 Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
2.ª fase: Já definido o número de dias-multa, cabe agora ao magistrado a fixação do valor de cada dia-multa, que não pode ser inferior a um trigésimo do maior salário-mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a cinco vezes esse salário
 art.49,§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
Nesta fase o Magistrado deve levar em conta a situação econômica do réu.
Sistema bifásico:
3 – EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA
O não pagamento voluntário da pena de multa gera uma execução da pena, sendo vedada a sua conversão para pena privativa de liberdade.
Não sendo feito o pagamento o nome do réu será lançado em divida ativa, e o processo de execução não será encerrado.
4 – Pena de multa x PRD Prestação Pecuniária
PM: o valor arrecadado vai para o fundo Penitenciário nacional; a pena de multa é calculada entre 10 a 360 dias multa; no caso de não cumprimento da pena de multa será o agente executado judicialmente, não podendo ser preso. 
PP: Consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes, ou a entidade pública ou privada com destinação social; o valor da prestação pecuniária não pode ser inferior a 01 salário mínimo e nem superior a 360 salários; No caso de não cumprimento da prestação pecuniária a pena restritiva de direitos se convertera em pena privativa de liberdade o agente será preso;
EXERCÍCIOS
1 - Maria Joaquina, empregada doméstica de uma residência, profundamente apaixonada pelo vizinho Fernando, sem que este soubesse, escuta sua conversa com uma terceira pessoa acordando o furto da casa em que ela trabalha durante os dias de semana à tarde. Para facilitar o sucesso da operação de seu amado, ela deixa a porta aberta ao sair do trabalho. Durante a empreitada criminosa, sem saber que a porta da frente se encontrava destrancada, Fernando e seu comparsa arrombam a porta dos fundos, ingressam na residência e subtraem diversos objetos. 
Diante desse quadro fático, assinale a opção que apresenta a correta responsabilidade penal de Maria Joaquina. 
a) Deverá responder pelo mesmo crime de Fernando, na qualidade de participe, eisque contribuiu de alguma forma para o sucesso da empreitada criminosa ao não denunciar o plano. 
b) Deverá responder pelo crime de furto qualificado pelo concurso de agentes, afastada a qualificadora do rompimento de obstáculo, por esta não se encontrar na linha de seu conhecimento. 
c) Não deverá responder por qualquer infração penal, sendo a sua participação irrelevante para o sucesso da empreitada Criminosa. 
d) Deverá responder pelo crime de omissão de socorro.
2 - Com relação a concurso de pessoas, assinale a opção correta. 
a) Ser coautor de um crime significa ter sido um agente de menor participação na empreitada criminosa. 
b) O partícipe, para ser considerado como tal, não pode realizar diretamente ato do procedimento típico, tampouco ter o domínio final da conduta. 
c) A participação maior ou menor do agente no crime não influencia na pena. 
d) Não existe a possibilidade de coautoria em crime culposo. 
e) O autor intelectual é assim chamado por ter sido quem planejou o crime, não é necessariamente aquele que tem controle sobre a consumação do crime.
3 - Sobre o tema autoria e participação, assinale a alternativa correta: 
a) ocorre a autoria colateral quando ações paralelas de agentes diversos lesionam um mesmo bem jurídico, como resultado de prévio planejamento conjunto. 
b) na autoria mediata, o terceiro utilizado como instrumento pelo autor mediato para a prática do crime, pode ser um sujeito inimputável ou imputável. conforme a hipótese concreta. 
c) no crime de peculato (Código Penal, art. 312), a qualidade de funcionário público do autor não se comunica ao participe que não é funcionário público, ainda que aquela qualidade seja de pleno conhecimento deste último. 
d) A, B e C resolvem praticar furto noturno em residência, quando então A, por decisão e execução exclusiva, pratica estupro contra a vitima D, que acordara durante a execução do crime patrimonial. Assim, a prática do crime sexual também é imputável a B e C, ainda que não tenha ingressado na esfera de previsibilidade destes últimos.
4 - Com relação ao tema concurso de pessoas, analise as seguintes afirmações. 
1) O Código Penal, no art. 29, adotou a Teoria Monista extremada com relação ao concurso de pessoas. 
2) No concurso de pessoas, autores e partícipes respondem pelo mesmo crime e, consequentemente pela mesma pena em abstrato, porém, no momento da fixação da pena, o partícipe recebe uma causa de diminuição de pena por ter sua culpabilidade diminuída. 
3) São requisitos do concurso de pessoas nos crimes dolosos: a pluralidade de condutas e participantes, a relevância causal de cada conduta, o vinculo subjetivo entre os participantes e a identidade de infração penal. 
4) Mesmo que o autor não realize atos de execução, é possível punir o participe. 
5) Na autoria colateral, existe concurso de pessoas devendo todos os autores responder conjuntamente pelo resultado delituoso. 
Estão corretas apenas: 
a) 1,2e4 
b) 3,4e 5 
c) 2e3 
d) 2,3e4 
e) 1 e5
5 - Em tema de concurso de pessoas, é possível afirmar que 
a) o concorrente, na chamada cooperação dolosamente diversa, responderá pelo crime menos grave que quis participar, mas sempre com aumento da pena. 
b) indispensável a adesão subjetiva à vontade do outro, embora desnecessária a prévia combinação. 
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio nunca são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
d) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, ainda que elementares do crime. 
e) a participação de menor importância constitui causa geral de diminuição da pena, incidindo na segunda etapa do cálculo.
6 - A previsibilidade do resultado mais grave do crime na hipótese de concurso de pessoas, quando um dos agentes quis participar de crime menos grave conduz, em relação a esse, à 
a) aplicação da pena prevista para (o resultado do crime na exata medida de sua culpabilidade). 
b) diminuição da pena de 1/6 a 1/3 por se tratar de participação de menor importância qualquer que seja o resultado. 
c) aplicação da pena prevista para o crime de que queria participar. 
d) aplicação da pena prevista para o crime de que queria participar, aumentada até a metade. 
e) diminuição da pena de 1/6 a 1/3 por se tratar de participação de menor importância desde que o resultado possa lhe ser imputado a titulo de culpa.
7 - Deoclides e Odilon deliberam a prática conjunta de furto a uma residência. Sem o conhecimento de Odilon, Deoclides, para a segurança de ambos, arma-se de um revólver carregado com 02 cartuchos. Os dois entram na casa. Enquanto Odilon furtava os bens que se encontravam na área externa, Deoclides é surpreendido com a presença de um morador que reage e acaba sendo morto por Deoclides. 
Marque a alternativa CORRETA. 
a) Deoclides responderá pelo latrocínio e pelo furto, enquanto Odilon apenas pelo furto. 
b) Os dois responderão por latrocínio. 
c) Deoclides responderá por latrocínio e Odilon pelo crime de furto. 
d) Deoclides responderá pelo latrocínio, pelo furto e pelo porte ilegal de arma, enquanto Odilon apenas pelo furto.
8 - Segundo a doutrina dominante e o CP, o juiz, ao aplicar a pena, deve 
a) aplicar pena inferior ao mínimo legal se houver circunstância atenuante. 
b) agravar a sanção a ser aplicada a quem tiver coagido outrem a praticar o crime no caso de concurso de pessoas. 
c) valer-se de sua discricionariedade no que diz :espeito à fixação do regime prisional em que o condenado começará a cumprir a sanção. 
d) indicar, no caso de condenado a pena de reclusão, que o cumprimento da sanção deve ser iniciado em regime fechado. 
e) considerar eventuais causas de aumento de pena do condenado na segunda fase da dosimetria.
9 - Estando presentes circunstâncias atenuantes e causas especiais de diminuição, pode o julgador fixar a pena-base em quantidade inferior à estabelecida na lei? 
a) Não. 
b) Sim, desde que não se trate de crime hediondo. 
c) Sim. 
d) Sim, na hipótese de crime praticado sob violenta emoção e coação irresistível.
10 - Tício praticou um crime de furto (art. 155 do Código Penal) no dia 10/01/2000, um crime de roubo (art. 157 do Código Penal) no dia 25/11/2001 e um crime de extorsão (art. 158 do Código Penal) no dia 30/5/2003. Tício foi condenado pelo crime de furto em 20/11/2001, e a sentença penal condenatória transitou definitivamente em julgado no dia 31/3/2002. Pelo crime de roubo, foi condenado em 30/01/2002, com sentença transitada em julgado definitivamente em 10i06/2003 e, pelo crime de extorsão, foi condenado em 20/8/2004, com sentença transitando definitivamente em julgado no dia 10/6/2006. Com base nos dados acima, bem como nos estudos acerca da reincidência e dos maus antecedentes, é correto afirmar que 
a) na sentença do crime de furto, Tício é considerado portador de maus antecedentes e, na sentença do crime de roubo, é considerado reincidente. 
b) na sentença do crime de extorsão, Tício possui maus antecedentes em relação ao crime de roubo e é reincidente em relação ao crime de furto. 
c) cinco anos após o trânsito em julgado definitivo da última condenação, Tício será considerado primário, mas os maus antecedentes persistem. 
d) nosso ordenamento jurídico-penal prevê como tempo máximo para configuração dos maus antecedentes o prazo de cinco anos a contar do cumprimento ou extinção da pena e eventual Infração posterior.
11 - A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento determinado pelo art. 75 do Código Penal 
a) é considerada para a concessão livramento condicional. 
b) é considerada para o cálculo da prescrição da pretensão executória em caso de evasão do sentenciado. 
c) não é considerada para a concessão de progressão ao regime mais favorável na execução da pena. 
d) não deve ser considerada porque este artigo foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e não há limite para o cumprimento de pena privativa de liberdade. 
e) obriga o cumprimento integral em regime fechado da pena unificada independentemente do total das penas aplicadas.
12 -Em relação aos regimes de cumprimento da pena privativa de liberdade: 
1) No regime fechado, o condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno. 
2) O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. 
3) No regime aberto, o condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
a) É correta apenas a afirmativa 1. 
b) É correta apenas a afirmativa 2.
c) É correta apenas a afirmativa 3. 
d) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. 
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
13 - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
a) o condenado reincidente, cuja pena seja igual a 4 (quatro)anos, deverá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. 
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a6 (seis) anos e não exceda a 12 (doze), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto. 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. 
d) o condenado reincidente, cuja pena seja inferior a 4 (quatro) anos, deverá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
14 - Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A prestação pecuniária somente se aplica em substituição à pena privativa de liberdade. 
b) A prestação pecuniária consiste em quantia fixada pelo juiz que é paga à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social. 
c) A quantia estipulada a título de prestação pecuniária deve variar entre um e trezentos e sessenta salários mínimos. 
d) A prestação pecuniária pode ser aplicada em substituição à pena privativa de liberdade ou cumulativamente com ela. 
e) É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária.
15 - Analise as afirmações a seguir a assinale a alternativa correta. De acordo com o Código Penal, as penas restritivas de direitos são, dentre outras: 
I. Perda de bens e valores e prestação pecuniária. 
11. Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas. 
111. Interdição temporária de direitos. 
IV. Limitação de fim de semana e interdição permanente de direitos. 
A) Todas as afirmações estão corretas. 
B) Apenas I, lI e IV estão corretas. 
C) Apenas II e IV estão corretas. 
D) Apenas III e IV estão corretas. 
E) Apenas I, II, III estão corretas.
16 - NÃO se inclui dentre as penas restritivas de direito a 
a) multa. 
b) perda de bens e valores. 
c) prestação de serviços à comunidade. 
d) interdição temporária de direitos. 
e) limitação de fim de semana.
PARTE ESPECIAL
1 - O agente que, para livrar sua esposa, deficiente física em fase terminal em razão de doença incurável, de graves sofrimentos físicos e moral, pratica eutanásia com o consentimento da vítima, deve responder, em tese: 
a) por homicídio qualificadora pelo feminicídio, pois o consentimento da ofendida nenhuma consequência gera. 
b) por homicídio qualificado pelo feminicídio, agravado pelo fato de ter sido praticado contra pessoa deficiente, já que o consentimento da ofendida é irrelevante para efeitos penais. 
c) por homicídio privilegiado, já que agiu por relevante valor social, que compreende também os interesses coletivos, entre eles os humanitários. 
d) por homicídio privilegiado, já que agiu por relevante valor moral, que compreende também seus interesses individuais, entre eles a piedade e a paixão. 
e) por homicídio privilegiado, pois o estado da vítima faz com que pratique o crime sob o domínio da violenta emoção.
2 - Maria mantém relacionamento clandestino com João. Acreditando estar grávida, procura o seu amigo Pedro, que é auxiliar de enfermagem, e implora para que ele faça o aborto. Pedro, que já auxiliou diversas cirurgias legais de aborto, acreditando ter condições técnicas de realizar o ato sozinho, atende ao pedido de sua amiga, preocupado com a situação pessoal de Maria, que não poderia assumir a gravidez por ela anunciada. Durante a cirurgia, em razão da imperícia de Pedro, Maria vem a falecer, ficando apurado que, na verdade, ela não estava grávida. 
Em razão do fato narrado, Pedro deverá responder pelo crime de: 
a) aborto tentado com consentimento da gestante qualificado pelo resultado morte. 
b) aborto tentado com consentimento da gestante. 
c) homicídio culposo. 
d) homicídio doloso.
3 - João, de vinte anos de idade, induz Lúcio, de vinte e cinco anos de idade e inimputável, e Elísio, de trinta anos .de idade e imputável, a praticarem suicídio por enforcamento. No instante do fato, Lúcio pratica em si o enforcamento, enquanto Elísio, sem força suficiente, pede que João segure a corda, no que é atendido. Lúcio e Elísio vêm a óbito em razão da situação narrada. Quais os delitos praticados por João? 
a) Homicídio em relação a Lúcio e homicídio em relação a Elísio. 
b) Homicídio em relação a Lúcio e auxílio ao suicídio em relação a Elísio. 
c) Auxilio ao suicídio em relação a Lúcio e homicídio em relação a Elísio. 
d) Auxílio ao suicídio em relação a Lúcio e auxílio ao suicídio em relação a Elísio. 
e) As alternativas a, b, c e d são incorretas.
4 - Imagine a seguinte hipótese: Caio, com a intenção de apenas atingir fatalmente Lúcia, efetua vários disparos de arma de fogo e acaba atingindo o ombro da vítima e também toda a lataria do carro desta. Assinale a alternativa que tipifica a situação descrita. 
a) Caio responderá pelo crime de lesão corporal. 
b) Caio responderá por tentativa de homicídio em concurso material com o crime de dano. 
c) Caio responderá por tentativa de homicídio em concurso formal com o crime de dano. 
d) Caio responderá pelo crime de lesão corporal em concurso formal com o crime de dano. 
e) Caio responderá pela tentativa de homicídio.
5 - Paloma, sob o efeito do estado puerperal, logo após o parto, durante a madrugada, vai até o berçário onde acredita encontrar-se seu filho recém-nascido e o sufoca até a morte, retornando ao local de origem sem ser notada. No dia seguinte, foi descoberta a morte da criança e, pelo circuito interno do hospital, é verificado que Paloma foi a autora do crime. Todavia, constatou-se que a criança morta não era o seu filho, que se encontrava no berçário ao lado, tendo ela se equivocado quanto à vítima desejada. 
Diante desse quadro, Paloma deverá responder reto crime de 
a) homicídio culposo. 
b) homicídio doloso simples. 
c) infanticídio. 
d) homicídio doloso qualificado.
6 - Se da lesão corporal dolosa resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado morte, nem assumiu o risco de produzi-lo, configura(m)-se 
a) lesão culposa e homicídio culposo, cujas penas serão aplicadas cumulativamente. 
b) lesão corporal segui da de morte. 
c) homicídio culposo qualificado pela lesão. 
d) homicídio doloso (dolo eventual). 
e) homicídio doloso (dolo indireto)
7 - Agindo dolosamente, Fulano referiu-se a Sicrano, dizendo tratar-se de indivíduo que exercia atividade contravencional como banqueiro do jogo do bicho, diretamente envolvido com essa prática ilícita. Supondo-se que tal imputação seja falsa, a conduta de Fulano, em tese, pode configurar 
a) injúria. 
b) calúnia. 
c) difamação. 
d) fato atípico.
8 - Marcondes, necessitando de dinheiro para comparecer a uma festa no bairro em que residia, decide subtrair R$ 1.000,00 do caixa do açougue de propriedade de seu pai. Para isso, aproveita-se da ausência de seu genitor, que, naquele dia, comemorava seu aniversário de 63 anos, para arrombar a porta do estabelecimento e subtrair a quantia em espécie necessária. 
Analisando a situação fática, é correto afirmar que 
a) Marcondes não será condenado pela prática de crime, pois é isento de pena, em razão da escusa absolutória. 
b) Marcondes deveráresponder pelo crime de furto de coisa comum, por ser herdeiro de seu pai. 
c) Marcondes deverá responder pelo crime de furto qualificado. 
d) Marcondes deverá responder pelos crimes de dano e furto simples em concurso formal.
9 - Nos estritos termos do CP, aquele que faz ligação clandestina de energia elétrica junto a poste instalado na via pública e a utiliza em proveito próprio 
a) comete fato típico equiparado a furto. 
b) comete fato típico equiparado a apropriação indébita. 
c) não comete crime algum, por falta de expressa previsão legal. 
d) comete estelionato.
10 - Roberto, com 23 anos de idade, subtraiu para si um aparelho celular avaliado economicamente em R$ 900,00, pertencente ao seu pai, Alberto, de 63 anos de idade, e em seguida, vendeu-o por R$ 200,00 para Felipe, o qual sabia que o aparelho não custava tão barato. 
Considerando a situação hipotética acima descrita, assinale a opção correta no referente aos crimes contra o patrimônio. 
a) Roberto é isento de pena, por ter praticado o crime contra ascendente, ocorrendo, assim, uma escusa absolutória legalmente prevista. 
b) Felipe praticou crime de receptação culposa, mas será isento de pena em face da extensão da escusa absolutória aplicável a Roberto. 
c) Roberto praticou, em tese, crime de furto, e Felipe, receptação culposa, porque, pela desproporção entre o valor e o preço do aparelho celular, deveria presumir ter sido obtido por meio criminoso. 
d) Se Felipe revender o aparelho celular para Frederico, este não responderá por crime algum, pois não se pune a receptação de coisa já receptada. 
e) Roberto não responderá por crime algum, em face da aplicação do principio da insignificância, já consolidado na jurisprudência dos tribunais superiores como aplicável aos bens avaliados em até R$ 1.000,00.
11 - Analise o caso a seguir. 
Após terem subtraído significativa quantia de dinheiro de um estabelecimento comercial, mediante grave ameaça, objetivando a detenção dares furtiva e a impunidade do crime, os agentes efetuaram disparos de arma de fogo contra policiais militares que os aguardavam na porta do estabelecimento. Embora não tenham conseguido fugir da ação policial e nem atingir nenhum dos milicianos, os agentes atuaram com evidente animus necandi em relação aos policiais militares. 
Conforme o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, nesse caso, ocorreu 
a) roubo consumado em concurso material com homicídio tentado. 
b) roubo tentado em concurso material com resistência. 
c) latrocínio consumado. 
d) latrocínio tentado. 
12 - Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, pode-se afirmar, relativamente ao crime de latrocínio, que 
a) não é admissível a figura da tentativa. 
b) se o agente não consegue subtrair a coisa alheia móvel, mas mata a vítima, responde por latrocínio consumado. 
c) se o agente não consegue subtrair a coisa alheia móvel, mas mata a vítima, responde por latrocínio tentado. 
d) se o agente consegue subtrair a coisa alheia móvel, e fica com ela por pouco tempo em razão de ser flagrado pela polícia, mas mata a vítima, responde por latrocínio tentado. 
13 - Antônio, munido de arma de fogo, atira em Paulo, matando-o, com o propósito de roubar seu carro. Contudo, logo após assumir a direção de veículo para empreender fuga, Antônio colide com um carro que vinha na direção oposta e acaba sendo preso. Qual foi o crime cometido por Antônio? 
a) Latrocínio tentado. 
b) Homicídio consumado em concurso material com roubo tentado. 
c) Homicídio consumado em concurso formal com roubo tentado. 
d) Extorsão qualificada pela morte da vitima. 
e) Latrocínio consumado.
14 - A e B, agindo de comum acordo, apontaram revólveres para C exigindo a entrega de seus bens. Quando B encostou sua arma no corpo de C, este reagiu entrando em luta corporal com A e B, recusando a entrega da •res furtiva". Nesse entrevere, a arma portada por B disparou e o projétil atingiu C, que veio a falecer, seguindo-se a fuga de A e B, todavia, sem levar coisa alguma de C. Esse fato configura 
a) roubo tentado e lesão corporal seguida de morte. 
b) roubo tentado e homicídio consumado. 
c) latrocínio. 
d) homicídio consumado.
15 - O funcionário público que, mediante grave ameaça com arma de fogo, subtrai um automóvel de um particular, utiliza-o para viagem de turismo e depois o abandona em frente à residência da vítima, comete 
a) roubo de uso. 
b) roubo simples. 
c) peculato. 
d) roubo qualificado. 
e) violência arbitrária.
16 - Fazendo-se passar por um manobrista, o agente faz com que a própria vítima lhe entregue as chaves do carro, oportunidade em que se retira tranquilamente do local, fugindo com o veículo. Nesse caso, podemos afirmar que o agente praticou o delito de: 
a) furto mediante fraude. 
b) furto qualificado pelo abuso de confiança. 
c) estelionato. 
d) apropriação indébita. 
e) furto simples. 
17 - Tício, funcionário público federal, em fiscalização de rotina, constatou que Paulo, proprietário de uma mercearia, estava devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu-lhe o prazo de quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e mandou colocar uma faixa na porta do estabelecimento, dizendo: “Este comerciante deve ao Fisco e deverá pagar o tributo devido em quarenta e oito horas”. A conduta de Tício caracterizou o crime de: 
(A) prevaricação. 
(B) calúnia. 
(C) concussão. 
(D) corrupção passiva. 
(E) excesso de exação. 
18 - Sobre o peculato, é INCORRETO afirmar: 
(A) Se culposo, a reparação do dano dá causa à extinção da punibilidade, desde que completa e anterior ao trânsito em julgado da sentença. 
(B) Trata-se de crime próprio. 
(C) Admite a forma tentada. 
(D) O ressarcimento do dano ou a restituição da coisa apropriada com dolo extingue a punibilidade. 
(E) Haverá a redução de metade da pena imposta, se culposo, caso haja reparação do dano posterior à sentença irrecorrível. 
19 - A respeito dos crimes contra a Administração Pública, considere: 
I. O funcionário público que obtém vantagem ilícita em proveito próprio e em prejuízo alheio, adquirindo mercadorias em supermercado com cheque sem fundos, comete crime de peculato. 
II. O particular pode ser coautor de crime de concussão praticado por servidor público. 
III. O crime de corrupção passiva se consuma no momento da entrega pela vítima ao funcionário público da vantagem indevida solicitada. 
Está correto o que consta SOMENTE em: 
(A) I e III. 
(B) I e II. 
(C) II. 
(D) II e III. 
(E) III. 
20 - O fiscal da Fazenda Pública, aprovado em concurso, nomeado, mas ainda não empossado, que comparece em estabelecimento comercial e a pretexto de exercer fiscalização sobre livros fiscais exige importância em dinheiro para livrar o comerciante da autuação: 
(A) pratica crime de corrupção ativa. 
(B) pratica crime de corrupção passiva. 
(C) pratica crime de excesso de exação. 
(D) pratica crime de concussão. 
(E) o fato é atípico. 
21 - Relativamente ao tema dos crimes contra a administração pública, analise as afirmativas a seguir.
I. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente exerce cargo, emprego ou função pública, excetuados aqueles que não percebam qualquer tipo de remuneração. 
II. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, mas não quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada para a execução de atividade típica da Administração Pública. 
III. A pena é aumentada da terça parte quando o autor do crime praticado por funcionário público contra a administração em geral for ocupante de cargo em comissão de órgão da administração direta. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
22 - Se Marcos exigiu de Maria o pagamento de um tributo que ele sabia ser indevido, ele cometeu o crime de: 
(A) concussão. 
(B) peculato mediante

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