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Aula 2 – 25/07/19
Contração do musculo cardíaco
Na contração do musculo existem dois períodos: período refratário absoluto e período refratário (retardar) relativo. 
· Período refratário absoluto: é período não há a possibilidade de acontecer outro P.A. acontece somente um P.A. 
· Período refratário relativo: há a possibilidade de acontecer outro P.A. é nesses períodos refratários que surgem as arritmias. Canais de sódio em repouso. 
· Na taquicardia, onde o coração esta acelerado, acima de 100 batimentos por minuto, onde acontece por mexer nos períodos refratários acontecendo mais P.A. Na bradicardia, onde o coração esta lento, com batimentos a baixo de 60 batimentos por minuto, ou seja, diminui os P.A em um determinado tempo. 
· P. R. Absoluto: diminui o período refratário absoluto resulta em uma taquicardia e a bradicardia é causada pelo aumento do período refratário absoluto. 
· Os períodos refratários absoluto encontram-se na fase 0. Estão relacionados a repouso-ativação-inativação dos canais de sódio. Ou seja, na fase 0,1 e 2 é o período refratário absoluto e na fase 3 e 4 final é período refratário relativo. 
· Contração do m. cardíaco: célula muscular cardíaca não precisa necessariamente de um neurônio motor, ate existe neurônio moduladores, porem são auto excitáveis. Ou seja, a membrana da célula cardíaca já é mais eletropositiva (-55 Mv). Onde já tem aberto nessa célula canais de Na+ do tipo rápido (inicio da etapa 0). Quando abre canais de Na+ (influxo), entrando sódio deixa a membrana mais positiva facilitando a abertura de novos canais de sódio por toda a membrana. Quando a membrana atinge um P.A, começa a abertura de canais de Na+/Ca2+ do tipo L (lento) dependente de voltagem. O cálcio ele sofre influxo do leq para o liq. O cálcio ativa rianodina que faz a abertura de canais de cálcio que esta no R. sarcoplasmático. A concentração de cálcio da célula m. cardíaca é muito maior pois existe duas fontes dele do leq e do R.S, tendo concentrações alta a contração torna-se mais forte. Com o cálcio dentro, ele se ligara a troponina C, que desloca a tropomiosina, que deixa livre a actina livre para se ligar a miosina que tem que estar energizada e dai realiza a contração. A repolarização acontece a partir da saída do cálcio do liq que vai para o R.S através do transporte primário (bomba de cálcio) e o cálcio que veio do leq tem que voltar para o leq, através de transporte ativo secundário (bomba de sódio e potássio), o qual coloca 2 potássio para dentro e coloca 3 sódio para fora, não consegue tirar o cálcio mas, tem um controle de gradiente de concentração. Com isso, com o gradiente de concentração da bomba secundaria de sódio e potássio, logo a célula começa a colocar sódio para dentro e saindo pela outra, mantendo a diferença de concentração. E da energia para o cálcio sair da célula, ou seja, um antiporte/contratransporte só de cálcio. 
· Relaciona-se P.A com contração muscular cardíaca: etapa 4 é a eletropositividade de -55 mV mantido pelo vazamento de canais de K+ e pela bomba de sódio e potassio. A etapa 0, é a abertura de canais de Na+ e fazendo abrir canais de Ca2+ que começa e vai ate a fase 2 (mescla a entrada de potássio e saída de cálcio). Na fase 1, não tem como representar. Na fase 3, tem a abertura de canais de potássio lento, fazendo sair potássio e predominando a saída de carga positiva, além de ser a fase que faz sair o cálcio de dentro da célula para realizar o relaxamento. E a 4 é a volta para o -55Mv. 
· ICC: é a diminuição da força cardíaca. Alguns remédios fazem aumentar a entrada de cálcio. Atuando e mantendo o cálcio através do bloqueio da bomba de sódio e potássio que não tem a energização do cálcio para ele sair para o leq e faz aumentar o cálcio no liq deixando a contração mais forte. 
· Ciclo cardíaco: é o período de uma sístole ate a outra ou o período de uma diástole a outra diástole. o ciclo cardíaca envolve sístole e diástole ventricular e atrial. 
Átrios: o átrio é uma bomba como o ventrículo, no entando, funciona como uma pré bomba ou bomba em escova, ou seja, quando o átrio contrae e uma contração de varreção. O sangue passa do átrio para o ventrículo através das valvas atrioventriculares (AV). é dito em bomba vassoura, o átrio direito recebe todo o sangue que toda periferia do corpo através da veia cava superior. Ou seja, as valvas AV são abertas e não fechadas, logo, quando o sangue chega no átrio D, ele escorre para o ventrículo, ou seja, o sangue que chega escorra passivamente cerca de 80% do sangue para o ventrículo sendo independente da sístole. E quando acontece a sístole atrial o restante do sangue consegue ser mandado para o ventrículo. 
Portanto, o mais importante é as bombas cardíaca que é dita como os ventrículos. o ventrículo esquerdo, cria uma pressão para ter uma força para mandar o sangue para o pulmão (V. E -> artéria pulmonar -> c. pulmonares -> veias pulmonares -> átrio esquerdo). O ventrículo esquerdo vai para a artéria aorta -> arteríola -> capilares -> vênulas -> veias -> Atrio direito.
· A contração ventricular acontece em 4 partes:
Período de enchimento: depende da valva esta aberta e principalmente do sangue que retorna para o coração (retorno venoso – edema é o principal sintoma que o retorno venoso não esta bom). Os 80% de sangue passivo, vai se acumulando no ventrículo e quando tem a sístole atrial vem o resto do sangue. O enchimento ventricular em repouso é de 110 ml. Quando já tem o sangue no ventrículo ele tem que ir p artérias pulmonar ou aorta. Isso acontece devido a despolarização que começa a contrair, porem ele não ejeta de uma vez. Logo, a contração do ventrículo é dividida em duas etapas:
Contração isovolumétrica: só acontece no ventrículo. O motivo dela é para não ocorrer as regurgitações, ou seja, para dar tempo das valvas fechar para o sangue não voltar e só enviar para as artérias. Ou seja, esse tipo de contração gera o aumento da pressão intraventricular fazendo as partículas chocarem mais contra a parede. Quando o sangue pela pressão chocar com as valvas ela fecha para não houver a regurgitações. portanto, esse periodo faz aumentar a pressão e fechar as valvas AV. conforme aumenta a pressão sobre a semilunar faz abri-las. As semilunares clássicas são as valvas aórticas e pulmonares. Abrindo as valvas semilunares ai acontece a ejeção.
Ejeção:
Período de relaxamento isovolumétrico: acontece pela abertura das valva AV e fechamento das valvas semilunares (acontece pelo fluxo retrogrado da aorta). A pressão do ventrículo cai e com isso as valvas AV não estão mais sendo “seguradas”. Em períodos de ejeção em repouso, cerca de 60% é ejetado o restante é armazenado para momentos de luta e fuga que precisa de sangue rapidamente. 
*Prova explica o ciclo cardíaco a partir do relaxamento isovolumétrico.
Relaxamento isovolumétrico -> diminuir pressão intraventricular -> abre as valvas atrioventriculares -> resulta no período de enchimento (dependente do retorno venoso) -> contração isovolumétrica (aumentar a pressão intraventricular) -> fecha as valvas AV e abre as valvas semilunares -> ejeção -> fluxo retrógado da artéria -> resulta no fechamento das semilunares -> relaxamento isovolumétrico.
- volume diastólico final: refere-se a diástole, dentro do ciclo cardíaco o volume diastólico final é a quantidade de enchimento do coração que é diretamente proporcional ao retorno venoso. 
- Debito cardíaco: volume de sangue que seu coração perdeu, ejetou. 
- Volume sistólico final: entende-se do que sobrou da sístole, ou seja, a reserva cardíaca. 
Ex: ICC de alto debito, o paciente ejeta todo o sangue do coração e não fica a reserva. E quando o paciente faz pequenos exercícios não tem essa reversa para realiza-lo, não conseguindo então. 
Músculos papilares: eles fazem as valvas semilunares fecharem corretamente. Pré-carga: antes do batimento cardíaco, logo, é igual a quantidade de sangue de retorna para o coração ou retorno venoso. O pós carga é igual ao que o coração esta ejetando, por ex, a ICC deminui a pos carga.Final da Aula 2 – 26/07/19
· GRAFICO VOLUME POR PRESSÃO – VENTRICULO: 
A a B = fase do enchimento, ganhando volume e aumentando um pouco a pressão. E essa pressõa faz com que o sangue bate nas valvas AV e fechando. Então o ventrículo não ganha mais volume e sim pressão. Entra na fase volume isovolumétrica. Portanto a B a C é a fase do contração isovolumétrica, onde a pressão começa a subir. E com isso, esse aumento da pressão faz as valvas S.L. abrindo S.L o coração perde volume. Portanto fase C a D. Nessa fase da uma leve aumentada na pressão para conseguir ejetar rapidamente o sangue. Na fase D a A é o relaxamento isovolumétrico diminuindo a pressão ventricular que faz abrir de novo as valvas AV. 
· Pressão diastólica e pressão sistólica:
PROVA: PARTE VERMELHA DO GRAFICO.
· Regulação do bombeamento cardíaco: 
1- Intrínseca- frank starling
2- Sistema nervoso autônomo
3- Íons potássio, cálcio e temperatura.
1- O coração é capaz de bombear todo o volume sanguíneo. O que afirma isso é o principio de frank, logo, o coração é capaz de bombeiar toda a pré-carga, ou seja, tudo que chega é igual tudo que sai. As proteínas da contração é a actina e miosina. Quando o coração contraem muito, isso faz afastar a actina e miosina, isso resulta em uma contração ainda mais forte. Ou seja, na pré-carga, as actina e miosina ganha mais nas ligações. Isso faz aumentar o volume e distender o musculo cardíaco, afastando-a. no caso de hipertrofia do coração (esportes), faz com que a actina e miosina perdem o contado e com isso o coração não se contraem mais. 
2- Simpático (NOR) – beta 1: acoplada a proteína Gs, ativa a adenilato ciclase que transforma ATP em AMPc que ativa varias enzimas como a pKa que faz a abertura de canais de cálcio do tipo L, logo aumenta a pos-carga e parassimpático (Ach) – M2 acoplada a proteína Gi, inibitória, tem como efeito diminuir AMPc fazendo fechar canais de cálcio do tipo L, logo Ach diminui o pos-carga. 
3- Hipercalemia: excesso de potássio, usados na repolarização. Quando sai em excesso ela entra novamente e causa a despolarização causando a arritmias (taquicardia). 
Hipercalcemia: aumenta a pos carga, podendo causar insuficiência cardíaca. Ou também a falta do cálcio também da insuficiência cardíaca. 
Hipertermia: 
Hipotermia: a pos-carga, pois diminui o trabalho no coração. 
RESUMO CAP 9 GUYTON – O musculo cardíaco; o coração como uma bomba e a função das valvas cardíacas. 
· Introdução: o coração é na verdade formado por duas bombas distintas, o coração direito que bombeia o sangue para os pulmões, e o coração esquerdo, que bombeia o sangue para os órgãos periféricos. Por sua vez, cada um desses corações é bomba pulsátil de duas câmara, composta por um átrio e um ventrículo. Cada átrio é fraca bomba de escova para o ventrículo, ajudando a escorrer o sangue para o seu interior. Os ventrículos, por sua vez, fornecem a força de bombeamento principal que propele o sangue através da circulação pulmonar, partindo do ventrículo direito, ou da circulação periférica, do ventrículo esquerdo. 
Mecanismos especiais no coração promovem a sucessão continua de contrações cardíacas, chamadas ritmo cardíaco, transmitindo P.A pelo musculo cardíaco, causando batimentos rítmicos do coração. 
· Fisiologia do musculo cardíaco: o coração é composto por três tipos principais de musculo, o m. atrial, o m. ventricular e as fibras especializadas excitatórias e condutoras. Os tipos atrial e ventricular de musculo contraem-se quase como os músculos esqueléticos, mas com duração muito maior da contração. 
· Anatomia fisiológica do musculo cardíaco: o musculo cardíaco é estriado (típico de esquelético), possuem miofibrilas típicas com filamentos de actina e miosina. 
- O miocárdio como um sincício: as células do coração através dos discos intercalares que se fundem formando as junções comunicantes que possuem comunicações. Promovendo livre difusão dos íons. Assim, os íons se movem com facilidade pelo fluido intracelular, ao longo do eixo longitudinal das fibras miocárdicas, com os potenciais de ação se propagando facilmente de uma célula muscular cardíaca para outra, através dos discos intercalares. O coração na verdade é composto por dois sincício, o sincício atrial e o sincício ventricular. 
Os átrios são separados dos ventrículos por tecido fibroso que circunda as aberturas das valvas atrioventriculares. Normalmente, os potenciais de ação não atravessam essa barreira fibrosa para atingir diretamente os ventrículos a partir do sincício atrial. Essa divisão do musculo cardíaco em dois sincícios funcionais permite que os átrios se contraiam pouco antes da contração ventricular, o que é importante para a eficiência do bombeamento cardíaco. 
- potenciais de ação no musculo cardíaco: 
- O que causa o potencial de ação prolongado e o platô? No musculo cardíaco, o P.A é originado pela abertura de canais de dois tipos: canais de sódio rápidos e canais de cálcio-sódio do tipo L (lento). Essa população de canal cálcio-sodio lento permanecem abertos por mais tempo por serem mais lentos. Durante esse tempo, grande quantidade de íons cálcio e sódio penetra nas fibras miocárdicas por esses canais mantendo o prolongado período de despolarização, causando o platô do P.A. Com a entrada dessa cálcio ativa-se um processo de contração muscular. Ademais, a membrana perde a permeabilidade de potássio (K+), com isso ele começa a sair da célula. Essa permeabilidade reduzida ao potássio pode ser o resultado do influxo excessivo de cálcio pelos canais de cálcio-sodio, independente da causa essa redução faz durante o platô a célula ficar mais eletropositiva. Ao final da fase 2, quando os canais de cálcio-sodio lentos se fecham e cessa o influxo de cálcio e sódio, a permeabilidade da membrana aos íons potássio aumenta rapidamente; essa perda rápida de potássio do interior da fibra provoca o retorno imediato do potencial de membrana da fibra em seu nível de repouso, encerrando assim o potencial de ação. 
- Período refratário do miocárdio: o musculo cardíaco, como todos os tecidos, é refratário à reestimulação durante o potencial de ação. Assim, o período refratário do coração é o intervalo de tempo durante o qual o impulso cardíaco normal não pode reexcitar área já excitada do miocardio. O período retratario relativo durante o qual é mais difícil excitar o musculo do que nas condições normais, mas que ainda assim pode ser excitado por impulso excitatório mais intenso. O período refratário do musculo atrial é bem mais curto que o dos ventrículos. 
· acoplamento excitação-contração: função dos íons cálcio e dos túbulos transversos. 
O termo “acoplamento excitação-contração” refere-se ao mecanismo pelo qual o P.A provoca a contração das miofibrilas. Assim como no musculo esquelético, quando o potencial de ação cursa pela membrana do miocardio, o potencial de ação se difunde para o interior da fibra muscular, passando ao longo das membranas dos túbulos transversos (T). O potencial dos túbulos T, por sua vez, age nas membranas dos túbulos sarcoplasmáticos longitudinais para causar a liberação de íons cálcio pelo reticulo sarcoplasmático no sarcoplasma muscular. Esses íons cálcio se dispersam para as miofibrilas, quando catalisam as reações químicas que promovem o deslizamento, um contra o outro, dos filamentos de miosina e actina, produzindo assim a contração muscular. 
Além dos íons cálcio, liberados das cisternas do R.S para o sarcoplasma, grande quantidade de íons cálcio adicionais também se difunde para o sarcoplasma, partindo dos próprios túbulos T no momento d P.A por canais dependentes de voltagem na membrana. A entrada de cálcio ativa canais de liberação de cálcio, também chamados canais de receptores de rianodina, na membrana do R.S o que desencadeia a liberação de cálcio para o sarcoplasma. Em seguida, íons cálcio no sarcoplasma interagem com a troponina para iniciar a formação de pontes cruzadas e contração. 
Sem esse cálcio adicional dos túbulos T, a força da contração miocárdica ficaria consideravelmentereduzida, pois o R.S do miocardio é menos desenvolvido e não armazena cálcio suficiente para produzir a contração completa. A força da contração cardíaca depende muito da concentração de íons cálcio nos líquidos extracelulares. As contrações desse tipo de musculo são causados quase que interamente pelos íons de cálcio liberados pelo R.S no interior das fibras musculares. 
Ao final do platô do potencial de ação cardíaco, o influxo de íons cálcio para o musculo cardíaco é bruscamente interrompido, e os íons cálcio no sarcoplasma são rapidamente bombeados de volta para fora das fibras musculares, tanto para o R.S como para o leq dos túbulos T. O transporte de cálcio de volta para o R.S é realizado com o auxilio de bomba de cálcio-ATPase. Os íons cálcio são removidos da célula também por trocador de sódio-calcio. O sódio que entra na célula durante essa troca é então transportado para fora da célula pela bomba de sódio-potassio-ATPase. Como resultado, a contração cessa ate que ocorra novo potencial de ação. 
· O ciclo cardíaco: 
O conjunto dos eventos cardíacos que ocorre entre o inicio de um batimento e o inicio do próximo é denominado ciclo cardíaco. Em virtude da disposição especial do sistema de condução, ocorre retardo na passagem do impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos, bombeando assim sangue para o interior dos ventrículos antes do começo da forte contração ventricular. Assim, os átrios agem como bomba de escova para os ventrículos; e os ventrículos por sua vez fornecem a fonte principal de força para propelir o sangue pelo sistema vascular do corpo. 
- diástole e sístole: o ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado sístole. A duração total do ciclo cardíaco, incluindo a sístole e a diástole é a reciproca da frequência cardíaca. Por exemplo, a F.C é de 72 batimentos/minuto, a duração do ciclo cardíaco é de 1/72 batimentos/minuto. 
- efeito da frequência cardíaca na duração do ciclo cardíaco: quando a F.C aumenta, a duração de cada ciclo cardíaco diminui, incluindo as fases de contração e relaxamento. A duração do P.A e o período de contração (sístole) também diminui. Isso significa que o coração, em frequência muito rápida, não permanece relaxado tempo suficiente para permitir o enchimento completo das câmaras cardíacas antes da próxima contração.
- função dos átrios como bombas de escova: normalmente, o sangue flui de forma continua, vindo das grandes veias para os átrios; cerca de 80% do sangue fluem diretamente dos átrios para os ventrículos, mesmo antes da contração atrial. Então essa contração representa cerca de 20% adicionais para acabar de encher os ventrículos. Assim, quando os átrios deixam de funcionar a diferença dificilmente será notada, a menos que a pessoa se exercite, onde sinais de ICC podem aparecer, principalmente falta de ar. 
- função dos ventrículos como bombas:
· Enchimento dos ventrículos durante a diástole: durante a sístole ventricular, grande quantidade de sangue se acumula nos átrios direito e esquerdo, uma vez que as valva atrioventriculares estão fechadas. Dessa maneira, assim que a sístole termina e as pressões ventriculares retornam aos baixos valores diastólicos, as pressões moderadamente altas que se desenvolveram nos átrios durante a sístole ventricular forçam de imediato as valvas AV a se abrirem aumentando o volume ventricular. Esse é o chamado período de enchimento rápido ventricular. O período de enchimento rápido ocorre aproximadamente durante o primeiro terço da diástole. No segundo terlo, quantidade pequena de sangue nas condições normais flui para os ventrículos, sendo esse o sangue que continua a chegar aos átrios, vindo das veias e fluindo para os ventrículos. Durante o ultimo terço da diástole, os átrios se contraem, dando impulso adicional ao fluxo sanguíneo para os ventrículos; iss responde por mais ou menos 20% do enchimento ventricular total em cada ciclo cardíaco. 
- esvaziamento ventricular durante a sístole: 
· Período de contração isovolumétrica: imediatamente após o inicio da contração ventricular, a pressão ventricular sobe rapidamente, fazendo com que as valvas AV se fechem. Após isso, o ventrículo também gera uma pressão suficiente para empurrar e abrir as valvas semilunares (aórtica e pulmonar) contra a pressão nas artérias aorta e pulmonar. Portanto, durante esse período os ventrículos estão se contraindo mas não ocorre esvaziamento. Esse é o chamado período de contração isovolumétrica, significando que a tensão aumenta no musculo, mas ocorre pouco ou nenhum encurtamento das fibras musculares.
· Período de ejeção: quando a pressão do interior do ventrículo esquerdo aumenta forçando a abertura das valvas semilunares. Imediatamente, o sangue começa a ser lançado para diante, para as artérias. Cerca de 70% do seu esvaziamento ocorrem durante o primeiro terço do período de ejeção e os 30% restantes do esvaziamento nos outros dois terços do período. Assim, o primeiro terço é o chamado período de ejeção rápida, e os demais dois terços, período de ejeção lenta. 
· Período de relaxamento isovolumétrico: ao final da sístole, o relaxamento ventricular começa de modo repentino, fazendo com que as pressões intraventriculares direita e esquerda diminuam rapidamente. As altas pressões nas artérias distendidas que acabaram de ser cheias com o sangue vindo dos ventrículos contraídos voltam a empurrar o sangue de volta para os ventrículos, causando o fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Durante esse período o musculo ventricular continua a relaxar, mesmo que o volume não se altere, originando o período de relaxamento isovolumétrico. Portanto, as pressões intraventriculares diminuem rapidamente de volta aos valores diastólicos. É então que as valvas AV se abrem para iniciar novo ciclo de bombeamento ventricular. 
· Volume diastólico final, volume sistólico final e debito sistólico: durante a diástole, o enchimento normal dos ventrículos aumenta o volume de cada um deles. Esse volume é chamado volume diastólico final. Então, a medida que os ventrículos se esvaziam durante a sístole, o volume diminui, o que é chamado de DEBITO SISTOLICO. 
- Funcionamento das valvas: 
· Valvas atrioventriculares: As valvas AV evitam o refluxo/regurgitação de sangue dos ventrículos para os átrios durante a sístole. E as valvas semilunares impedem o refluxo da aorta e das artérias pulmonares para os ventrículos durante a diástole. as valvas do ventrículo esquerdo, abrem e fecham passivamente. Isto é, elas se fecham quando o gradiente retrógado força o sangue de volta, e se abrem quando o gradiente de pressão para diante leva o sangue à frente. Por razões anatômicas para se fecharem, as valvas AV quase não requerem pressão retrógada, enquanto as semilunares requerem fluxo retrogrado rápido. 
· Função dos músculos papilares: os músculos papilares são ligados aos folhetos das valvas AV pelas cordas tendineas. Os músculos papilares contraem-se ao mesmo tempo que as paredes dos ventrículos, mas não ajudam as valvas a fechar. Em vez disso, elas ajudam as valvas puxando-as em direção do ventrículo, pois quando houver a contração ventricular ela não se abrir muito e ficar abaulada para o lado do átrio. Problemas nas cordas tendineas resulta em refluxo do sangue para o átrio causando uma ICC. 
· Valvas das artérias pulmonar e aórtica: funcionam de modo diferente das valvas AV. Primeiro, as altas pressões nas artérias , ao final da sístole, fazem com que as valva sejam impelidas, de modo repentino, de volta a posição fechada, de forma muito diferente do fechamento mais suave das valvas AV. Segundo, por terem aberturas menores, a velocidade da ejeção do sangue através das valvas aórtica e pulmonar é muito maior que pelas valvas AV. Finalmente, as valvas AV são contidas pelas cordoalha tendinea, o que não ocorre com as semilunares. 
· Curva da pressão aórtica: Quando o ventrículo esquerdo se contrai, a pressão ventricular aumenta rapidamente atéque a valva aórtica se abra. Então, após sua abertura , a pressão no ventrículo se eleva bem lentamente, pois o sangue já flui de imediato do ventrículo para a aorta e de la para as artérias sistêmica de distribuição. A entrada de sangue nas artérias faz com que suas paredes sejam distendidas, e a pressão sobe. Em seguida, ao final da sístole, quando o ventrículo esquerdo para de ejetar sangue e a valva aórtica se fecha, as paredes elásticas das artérias mantem a pressão elevada nessas artérias mesmo durante a diástole. 
· Conceitos de pré-carga (RETORNO VENOSO) e pós-carga (DEBITO CARDIACO): ao avaliar as propriedades contrateis do coração, é importante especificar o grau de tensão do musculo quando ele começa a se contrair, que é a chamada pré-carga, e especificar a carga contra a qual o musculo exerce sua força contrátil, chamada pós-carga. Para a contração cardíaca, a pré-carga é geralmente considerada como a pressão diastólica final quando o ventrículo esta cheio. A pós-carga do ventrículo é a pressão na aorta à saída do ventrículo. A importância dos conceitos de pré-carga e pós-carga é atribuída principalmente ao fato de que, em muitas condições funcionais anormais do coração ou da circulação, a pressão durante o enchimento do ventrículo (pré-carga), a pressão arterial contra a qual o ventrículo deve exercer a contração (a pós-carga), ou ambas, podem estar seriamente alteradas em relação ao normal. 
· Regulação do bombeamento cardíaco: quando a pessoa encontra-se em repouso, o coração bombeia apenas 4 a 6 litros de sangue por minuto. Durante o exercício intenso, pode ser necessário que esse coração bombeie de quatro a sete vezes essa quantidade. Os meios básicos de regulação do volume bombeado são: 1- regulação cardíaca intrínseca, em resposta às variações no aporte do volume sanguíneo em direção ao coração e 2- controle da frequência cardíaca e da força de bombeamento pelo sistema nervoso autonômico. 
- Regulação intrínseca do bombeamento cardíaco – o mecanismo de frank-starling: na maioria das condições, a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto em geral é determinada pelo volume de sangue que chega ao coração pelas veias, o chamado retorno venoso. Cada tecido periférico do corpo controla seu fluxo local de sangue, e todos os fluxos locais se combinam e retornam pelas veias para o átrio direito, compondo o retorno venoso. O coração, por sua vez automaticamente bombeia esse sangue que chegou ate ele para as artérias, para que volte a circular ao longo do circuito. Essa capacidade intrínseca do coração de se adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo é conhecida como mecanismo cardíaco de Frank-Starling. Basicamente, o mecanismo de Frank-Starling afirma que quanto mais o miocárdio for distendido durante o enchimento, maior será a força da contração e maior será a quantidade de sangue bombeada para a aorta. Ou, em outras palavras, dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias. 
· Explicação: Quando a quantidade adicional de sangue chega aos ventrículos, o musculo cardíaco é distendido. Isso por sua vez leva o musculo a se contrair com força aumentada, pois os filamentos de miosina e actina ficam dispostos em ponto mais próximo do grau ideal de superposição para a geração de força. 
· Curvas de função ventricular: a medida que a pressão atrial aumenta em qualquer dos lados do coração, o trabalho sistólico desse mesmo lado também aumenta, ate alcançar seu limite de capacidade de bombeamento ventricular. Quando se elevam as pressões atriais esquerda e direita, o volume ventricular por minuto respectivo também aumenta. Enquanto os ventrículos se enchem em resposta a maiores pressões atriais, o volume de cada ventrículo e a força da contração cardíaca também se elevam, levando o coração a bombear maiores quantidades de sangue para as artérias. 
· Controle do coração pela inervação simpática e parassimpática: a eficiência do bombeamento cardíaco é também controlada pelos nervos simpáticos e parassimpáticos que inervam de forma abundante o coração. Para determinados níveis de pressão atrial, a quantidade de sangue bombeada a cada minuto (o debito cardíaco) com frequência pode ser aumentada por mais de 100% pelo estimulo simpático. E, por outro lado, o debito pode ser diminuído ate zero, ou quase zero por estimulo parassimpático.
- mecanismo de excitação cardíaca pelos nervos simpáticos:
Estímulos simpáticos potentes podem aumentar a FC. Além disso, estímulos simpáticos aumentam a força da contração cardíaca ate o dobro da normal, aumentando desse modo o volume bombeado de sangue e aumentando desse modo o volume bombeado de sangue e aumentando sua pressão de ejeção. Portanto, a estimulação simpática com frequência é capaz de aumentar o debito cardíaco ate seu dobro ou triplo, além do aumento do debito, originado pelo mecanismo de Frank-Starling. Quando a atividade do sistema simpático é deprimida ate valores abaixo do normal, ocorre a diminuição da frequência cardíaca e da força de contração muscular ventricular, diminuindo dessa forma o bombeamento cardíaco por ate 30% abaixo do valor normal. 
- efeito dos íons potássio e cálcio no funcionamento cardíaco: a concentração desses íons nos líquidos extracelulares tem efeitos importantes sobre o bombeamento cardíaco.
· Efeitos dos íons potássio: o excesso de potássio nos líquidos extracelulares pode fazer com que o coração se dilate e fique flácido, além de diminuir a frequência dos batimentos. Grandes quantidades podem vir a bloquear a condução do impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos pelo feixe AV. Esses efeitos resultam, em parte, do fato da alta concentração de potássio nos líquidos extracelulares diminuir o potencial de repouso das membranas das fibras miocárdicas. Isto é, a alta concentração de potássio, no fluido extracelular, despolariza parcialmente a membrana celular, deixando o potencial de membrana diminui, a intensidade do potencial de ação também diminui, o que faz as contrações do coração serem progressivamente mais fracas. 
· Efeitos dos íons cálcio: o excesso de íons cálcio causa efeitos quase opostos aos dos íons potássio, induzindo o coração a produzir contrações espasticas. A causa disso é o efeito direto dos íons cálcio nna deflagração do processo contrátil cardíaco. 
- Efeito da temperatura no funcionamento cardíaco: em casos de hipertermia (temperatura elevada), causa um aumento na frequência cardíaca de ate o dobro do valor normal. Em casos de hipotermia (temperatura baixa) provoca a queda da frequência cardíaca. Provavelmente, isso é, decorrente do fato de o calor aumentar a permeabilidade das membranas do musculo cardíaco aos íons que controlam a frequência cardíaca.

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