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Fisiopatologia da Angina A angina, também reconhecida como angina pectoris ou angina de peito, trata-se de uma condição fisiopatológica onde o musculo cardíaco, o miocárdio, recebe menos sangue que o necessário para seu desempenho funcional normal, originando-se assim um desconforto e/ou dor no peito de origem isquêmica. O coração assim como o organismo humano em sua integra, requer oxigenação para que seja possível desempenhar de modo eficaz suas funções fisiológicas. Quanto maior o esforço físico, mais oxigênio é preciso, assim como em períodos de repouso o coração tende a apresentar batimentos mais lentos e consequentemente a sua demanda por oxigênio reduz. Como dito anteriormente, a angina origina-se pelo déficit de suprimento de sangue/ oxigenação ao coração. Tal condição comumente se faz presente em situações que requerem grandes esforços, como em execução de atividades físicas intensas e quando sessadas, logo o desconforto passa ao individuo ficar em repouso. Indivíduos jovens e saudáveis conseguem executar atividades que requerem grandes esforços à longos períodos, de maneira com que o coração capte toda demanda necessária de sangue/oxigenação, já idosos e indivíduos portadores de doenças cardiovasculares podem apresentar angina aos pequenos esforços, como subir degraus de uma escada. Opostamente ao Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), a angina não leva à morte e/ou necrose do tecido cardíaco e sim a uma isquemia. A angina pode ser subdividida em duas, a estável e a instável. No quadro da angina estável, esta condição é previsível e apresenta-se em latência quando o indivíduo se expõe a grandes esforços ou a grande estresse emocional, tendo duração curta onde ao repouso o individuo passa não sentir mais tal desconforto. Em contrapartida, a angina instável como propriamente dita, ela apresenta-se de forma imprevisível e com o indivíduo em repouso, sua duração ultrapassa 20 minutos e geralmente se apresenta já em grau elevado. Alguns fatores são contribuintes para o surgimento e desenvolvimento de tal condição, como o acúmulo de gordura nas paredes das artérias coronarianas que reduzem significativamente o diâmetro destas, dificultando a passagem de sangue precisa para nutrição do miocárdio. Referencia Bibliográfica MALTA, Deborah Carvalho et al. Prevalência e fatores associados da angina do peito na população adulta do Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 24, 2021. image1.jpeg image2.jpeg image3.jpeg