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Teoria e Política Macroeconômica I Lista de Exercícios 5 Felipe Moreti Bolini

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Teoria e Política Macroeconômica I – Lista 5 – Felipe Moreti Bolini
1. No modelo IS-LM, qual seria o efeito de um aumento autônomo na poupança acompanhado de uma queda equivalente do consumo, ou seja, uma queda em na função consumo ()? Qual curva se deslocaria? Como a renda e a taxa de juros seriam afetadas?
	Tendo em vista que toda a renda ou é consumida, ou é poupada, de fato um aumento autônomo na poupança leva a uma queda equivalente do consumo, de tal forma que, quando isso ocorre, a uma renda e taxa de juros fixas, a demanda agregada diminui, haja vista que o consumo diminuiu. Nesse sentido, tendo em vista que os fatores alterados são apenas o nível de poupança e de consumo, a curva afetada é a IS (Investment and Savings), que é deslocada para a esquerda.
	Considerando que os níveis de poupança aumentaram, agora a demanda por títulos é maior, portanto os preços dos títulos aumentam e, portanto, a taxa de juros diminui. Acompanhado do aumento dos níveis de poupança, houve a redução dos níveis de consumo, de tal forma que os níveis de estoque aumentam e, portanto, há uma redução nos níveis de produção. Uma redução nos níveis de produção levam a uma redução na renda.
2. Suponha que tivéssemos um caso em que a elasticidade-juros tanto da demanda por moeda como da demanda por investimento fossem muito baixa. A política fiscal ou a política monetária seriam muito eficazes? Como você interpretaria essa situação?
	Nessa situação, nem uma política fiscal, que afeta a curva IS, nem uma política monetária, que afeta a curva LM, seriam eficazes se feitas de forma isolada, haja vista que ambas as curvas são muito inelásticas (íngremes – verticais). Uma política efetiva seria uma combinação da fiscal com a monetária, que alterariam ambas as curvas (IS e LM) e moveriam a renda para um patamar desejado. Essa situação recai sobre um caso em que alterar apenas a taxa de juros, por exemplo, não leva a nenhum resultado efetivo na economia, por os investimentos e as demandas por moeda são pouco sensíveis a esse fator, de tal forma que é necessário alterar ambas as curvas para que haja um novo ponto de equilíbrio.
3. Explique por que a curva de demanda agregada keynesiana tem inclinação negativa quando traçada em relação ao nível de preços.
	Pensando na intuição econômica, quanto mais alto o nível de preços, menor é o salário real e, portanto, os patamares de consumo e poupança também, de tal forma que, com um nível de consumo mais baixo, a demanda agregada se reduz. Para um nível de preços , temos a renda sendo disposta da seguinte forma , onde é a renda, é o nível de poupança e é o consumo. Dessa forma, se os níveis de preços aumentam e a renda segue constante, e/ou devem diminuir, de tal forma que qualquer dos movimentos leva a uma redução na demanda agregada. De maneira análoga, se os níveis de preços diminuem e a renda segue constante, e/ou devem aumentar, de tal forma que qualquer dos movimentos leva a um aumento na demanda agregada. Com isso, fica visível a relação inversa entre níveis de preços e demanda agregada, o que é representado em um gráfico através de uma curva negativamente inclinada. (A intuição básica da resposta é que quanto mais caro um produto, menor é o seu consumo e, portanto, menor é a demanda agregada).
4. Derive a curva de demanda agregada keynesiana para o caso em que o investimento é completamente inelástico em relação aos juros e, portanto, a curva IS é vertical. Explique a inclinação resultante da curva de demanda agregada nesse caso.
	Se a curva é vertical (inelástica), então um aumento nos níveis de preços leva a um	 deslocamento da curva para a esquerda: mantendo níveis constantes de reserva monetária, a oferta monetária real diminui com o aumento do níveis de preços, o que leva a uma menor oferta de moeda transacional e, portanto, ocorre uma diminuição nos níveis de demanda por títulos, o que leva a uma redução de seus preços e, portanto, a um patamar de taxas de juros maiores. Contudo, tendo em vista que a relação entre investimentos e taxa de juros é inelástica, os níveis de investimentos e a demanda agregada não diminuem, de tal forma que a curva de demanda agregada será vertical, pois mudanças nos níveis de preços não afetam a demanda agregada.

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