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Disciplina: Teoria Macroeconômica II ● Tópico 3: O sistema keynesiano I (O papel da demanda agregada) 1. Considere a função consumo como C=200+0,75(Y-T), o investimento igual a 100 e as compras do governo e impostos iguais a 100. a) Qual é o nível de renda de equilíbrio? 𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 𝑌 = 200 + 0, 75(𝑌 − 𝑇) + 𝐼 + 𝐺 𝑌 = 200 + 0, 75(𝑌 − 100) + 100 + 100 𝑌 = 200 + 0, 75𝑌 − 75 + 100 + 100 𝑌 − 0, 75𝑦 = 325 𝑌(1 − 075) = 325 𝑌 = 10,25 · 325 𝑌 = 4 · 325 𝑌 = 1300 O nível de renda de equilíbrio é 1300 b) Se as compras do governo aumentam para 125, qual é a nova renda de equilíbrio? 𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 𝑌 = 200 + 0, 75(𝑌 − 𝑇) + 𝐼 + 𝐺 𝑌 = 200 + 0, 75(𝑌 − 100) + 100 + 𝑌 = 200 + 0, 75𝑌 − 75 + 100 + 12 𝑌 − 0, 75𝑦 = 350 𝑌(1 − 0, 25) = 250 𝑌 = 10,25 · 350 𝑌 = 4 · 350 𝑌 = 1400 a nova renda de equilíbrio é 1400 c) Que nível de compras do governo é necessário para se alcançar uma renda de 1.600? 1 𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 𝑌 = 200 + 0, 75(𝑌 − 𝑇) + 𝐼 + 𝐺 𝑌 = 200 + 0, 75(𝑌 − 100) + 100 + 𝐺 𝑌 = 200 + 0, 75𝑌 − 75 + 100 + 𝐺 𝑌 = 225 + 0, 75𝑌 + 𝐺 1600 = 225 + 0, 75 · 1600 + 𝐺 1600 = 225 + 1200 + 𝐺 − 𝐺 =− 1600 + 1425 (×− 1) 𝐺 = 1600 − 1425 𝐺 = 175 O nível de compras do governo de 175, pode alcançar a renda de 1600. 2. Considere o impacto de um aumento da parcimônia na cruz keynesiana. Suponha que a função consumo seja: a) O que acontece com a renda de equilíbrio quando a sociedade se torna mais parcimoniosa, como se representa um declínio em ? Quando os consumidores diminui o consumo autônomo ( ) , ou seja decide poupar mais, que vai causar uma redução do consumo, porque . Então, se reduz o consumo, aumenta a poupança em um dado nível de renda disponível. À medida que as pessoas poupam no nível de renda inicial ,elas diminuem seu consumo. Logo,o consumo reduzido, vai diminuir a demanda e produção. Podemos, ver no gráfico abaixo que a reta de gastos planejado, quando tem uma redução de consumo autônomo ( ) , desloca-se para baixo. Assim, há uma diminuição do consumo autônomo, que vai diminuir a demanda agregada, ou seja, com o deslocamento da curva para baixo, diminuirá o nível de renda. Dessa forma, antes do equilíbrio, o nível de renda tava em Y₁ e depois no novo nível de renda tava em Y₂, assim vemos no gráfico que houve uma redução de Y₁ para Y₂. Portanto, numa sociedade parcimoniosa a renda de equilíbrio vai diminuir. 2 b) Ainda em relação à questão acima, como se representa um declínio em c? Podemos observar no gráfico, a propensão marginal se altera a consumir, que vai mudar a inclinação. Porque, quando diminui o (propensão marginal a consumir) deixa a reta𝑐 mais horizontal, e também a renda de equilíbrio se tornará menor que a anterior. Portanto, teve uma inclinação na reta de gastos planejados, que fica mais horizontal, assim tendo um deslocamento da curva, porque a propensão marginal a consumir está multiplicando os gastos autônomos. Então, quando diminuir essa propensão marginal a consumir, vai causar um deslocamento na curva de gastos planejados para baixo. Em resumo, a propensão marginal quando consumida está relacionada em um valor entre zero e um, logo, representa o percentual da renda corrente quando o indivíduo gasta 3 consumindo por determinado período. Desse modo, é parcialmente improvável que pessoas de uma determinada economia não consumiram nada em um período, já entende o motivo do valor está entre zero e um, logo, é impossível que o C seja zero. c) O que acontece com a poupança de equilíbrio quando a sociedade se torna mais parcimoniosa? Keynes considera que se a renda de uma economia tende a crescer, mais o nível de consumo da mesma aumenta, entretanto em menores dimensões, pois entende-se, que a poupança aumenta coincidentemente. d) Por que você acha que esse resultado é chamado de paradoxo da parcimônia? O conceito antagonismo da parcimônia, refere-se que se a procura por uma maior poupança individual, de forma difundida, pode desencadear uma menor poupança bruta.Pois, se todos os indivíduos pouparem, o consumo vai cair, e com isso a demanda agregada reduz, e a renda diminui. 4 ● Tópico 4: O sistema keynesiano II (moeda, juros e renda) 3. Conforme a teoria keynesiana, explique a determinação da taxa de juros de equilíbrio. A taxa de juros na teoria keynesiana será determinada pela oferta e demanda de moedas, teoria da liquidez a taxa de juros se ajusta com objetivo de equilibrar a oferta e demanda do ativo mais líquido da economia que é a moeda corrente. Assim, de acordo com a teoria da preferência da liquidez, a oferta e demanda por encaixes monetários reais, ou seja, o mercado de ativos que é representado pela demanda de moedas, determina a taxa de juros que prevalece na economia. Pois, a taxa de juros se ajusta a fim de equilibrar o mercado monetário. Então, na taxa de juros de equilíbrio a demanda de encaixes monetários reais, é igual a respectiva quantidade ofertada do ajuste que ocorre quando o mercado monetário não está em equilíbrio, pois as pessoas tentam ajustar suas carteiras de ativo e nesse processo vão alterar a taxa de juros. Em resumo, a teoria da preferência pela liquidez de Keynes estabelece que a taxa de juros é determinada no curto prazo para equilibrar a demanda e a oferta de moeda. Logo, a taxa de juro deve ser determinada, portanto, no mercado monetário, resultando de um equilíbrio entre a oferta e a demanda de dinheiro ou, equivalentemente, de um equilíbrio entre a quantidade de moeda e a preferência pela liquidez. Assim, baixas taxas de juro implicam excesso de demanda por dinheiro, uma vez que se tem de pagar pouco para acessar a liquidez, por outro lado, altas taxas de juro implicam excesso de oferta de dinheiro, uma vez que os indivíduos consideram vantajoso abrir mão da liquidez pela recompensa que lhes é oferecida. 4. Em relação ao modelo IS-LM, por que a curva LM é positivamente inclinada e por que a curva IS é negativamente inclinada? No modelo IS-LM a curva LM é positivamente inclinada, porque para uma dada taxa de juros, o aumento da renda, aumenta a demanda por moeda, pois a demanda por moeda para transações varia positivamente com a renda. Para restabelecer a demanda num nível igual ao do estoque fixo de moeda, a taxa de juros deve ser maior. A taxa de juros mais alta resulta numa demanda especulativa por moeda menor, reduzindo a demanda por transações, qualquer que seja o nível de renda. A taxa de juros deve subir, até que a queda na demanda por moeda 5 seja exatamente igual ao aumento inicial da demanda por transações, induzido pelo incremento na renda. Portanto, A curva LM é positivamente inclinada, pois um aumento na renda eleva a demanda por moeda e, dada a oferta monetária fixa, a taxa de juros sobe até reequilibrar o mercado monetário (até que a demanda por moeda se reduza compensatoriamente). Já, na curva IS nos mostra todas as combinações de renda e taxa de juros que equilibram o mercado de bens, portanto, todas as combinações de renda e taxa de juros que fazem com que a demanda agregada seja igual a oferta agregada. Assim, a curva IS com inclinação negativa mostra todos os pontos de equilíbrio no mercado de bens. Em um gráfico a curva IS se apresenta negativamente inclinada, o que significa que quanto maior a taxa de juro (i) da economia, menor o produto ou renda obtida (Y), ou vice-versa. Portanto, a curva IS é negativamente inclinada, pois a redução da taxa de juros aumenta o investimento, refletindo-se em um maior nível de produção. ● Tópico 5: O sistema keynesiano III (Efeitos de políticas econômicas no modelo IS-LM) 5. Em relação à eficácia das políticas econômicas e a inclinação da curva IS, explique o efeito de um aumento no estoque de moeda (política monetária expansionista) e sua eficácia quando temos uma baixa elasticidade da demanda por investimento em relação aos juros (IS muito inclinada). Como a curva IS, é muito inclinada, refletindo a baixa elasticidadeda demanda por investimentos em relação aos juros. Assim, podemos observar que a política monetária é relativamente ineficaz nesse caso, pois a renda aumenta muito pouco, como resultado do aumento no estoque de moedas. Logo, a política monetária expansionista tem um efeito pequeno na produção, onde a curva IS é muito inclinada 6. Em relação à eficácia das políticas econômicas e a inclinação da curva LM, explique o efeito de um aumento no gasto do governo (política fiscal expansionista) quando temos uma alta elasticidade da demanda por moeda em relação aos juros (LM pouco inclinada). Como a curva LM, e pouco inclinada, podemos observar o efeito sobre a renda nessa medida expansionista fiscal e maior, logo podemos notar que a elasticidade da demanda por moeda em relação aos juros é maior, assim tornando a curva LM relativamente pouco 6 inclinada. Porque, o efeito do ajuste na taxa de juros sobre o investimento, está acompanhando a mudança na política fiscal, que com um aumento dos gastos do governo causa um aumento na renda. Logo, à medida que a renda aumenta, a demanda por saldos por transação aumenta, e o retorno de equilíbrio no mercado monetário com um estoque de moeda inalterado exige um aumento na taxa de juros. O aumento da taxa de juros deve diminuir a demanda especulativa de moedas e fazer os indivíduos e as firmas economizem no uso de saldos para transações. Então, se a demanda por moedas for altamente sensível às mudanças na taxa de juros, somente um pequeno aumento na taxa de juros será necessário para restabelecer o equilíbrio da moeda. Portanto, a política fiscal tem mais eficaz, quando a curva LM, é pouca inclinada 7
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