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Prova Final - Constituição

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1 – Quais os principais antecedentes às constituições?
Pactos	- Documentos escritos, na Idade Média, celebrados entre monarcas e seus súditos, para a fixação de limites à atuação daqueles, sobretudo concedendo a estes um conjunto de direitos individuais. Exemplos: Magna Carta, Petition of Rights e Bill of Rights.
Cartas de franquia	- Diferiam dos pactos por estarem fundamentados não em um acordo de vontades, mas sim em uma outorga, mesmo que nem sempre espontânea, e também por preverem a participação dos súditos no governo local, o que lhes conferia um elemento político, normalmente inexistente nos pactos.
Contratos de colonização	- Documentos escritos surgidos na formação das Colônias da América do Norte, consistentes em pactos (acordos de vontade) celebrados entre os colonos, porém geralmente ainda submetidos à sanção do monarca, com vistas ao estabelecimento das regras de governo a que se sujeitariam.
Leis fundamentais do reino	- Originárias da doutrina francesa, e posteriormente adotadas também na Inglaterra, consistiam no conjunto de normas relativas à aquisição, exercício e transmissão do poder, consideradas superiores às normas editadas pelo Poder Legislativo, dotadas de considerável estabilidade, e que tinham por objetivo a proteção da Coroa contra eventuais fraquezas ou instabilidades do próprio rei.
Doutrinas do pacto social	- Em que pese não guardarem perfeita identidade entre si, tinham por traço semelhante a concepção de que a sociedade tinha por fundamento um acordo ou pacto social, ainda que apenas tácito, e que se impunha aos governantes, estabelecendo as regras para exercício do poder.
2 – No que consiste o princípio da recepção?
Recepção é o instituto pelo qual a nova Constituição, independente de qualquer previsão expressa, recebe norma infraconstitucional pertencente ao ordenamento anterior, com ela compatível, dando-lhe, a partir daquele instante, nova eficácia.
Vemos que, no primeiro, o fenômeno da Recepção é aquele em que, quando nasce uma Constituição, a ordem constitucional anterior é revogada, instante em que sobrevém ordem jurídica totalmente nova. Neste instante, a nova Constituição não guarda qualquer vínculo com o ordenamento infraconstitucional anterior, mas abre-se a possibilidade de se aproveitar as normas infraconstitucionais que, porventura, não sejam contrárias à nova ordem. Assim, a partir de uma análise, apura-se quais normas são e quais não são compatíveis com o novo ordenamento. As compatíveis serão recepcionadas, já as incompatíveis serão revogadas, instante em que cessarão suas eficácias.
Saliente-se que a recepção ocorre em dois planos, formal e material. O formal diz respeito ao tipo de norma, ao quorum de aprovação e à roupagem jurídica. Aqui, a norma anterior é recepcionada levando-se em conta o novo status que quis lhe dar o novo constituinte, não se importando com o tipo e quorum anterior, vale dizer, não importa se determinada norma era ordinária e, hoje, exige-se uma lei complementar para disciplinar a matéria; se determinada lei era de competência da União e agora tenha passado para os estados ou, ainda, se o tipo de lei, vigente na constituição anterior, hoje não vige mais.Nada disso importa. Uma norma ordinária, por exemplo, poderá passar a viger, na nova era com sentido de complementar; um decreto-lei, figura não mais existente, pode viger, com o nome anterior – decreto-lei – mas com força de lei complementar, caso seja este o tipo normativo exigido pela nova ordem. Inclusive foi, justamente, isso que ocorreu com o CTN, que é lei ordinária, mas possui status de Lei Complementar, bem como com o direito do trabalhador previsto no art. 7º, I da CF, que antes era tratado por decreto-lei e, hoje, o é por lei complementar.
Vale observar que a, eventual, futura modificação de uma norma recepcionada deve obedecer ao quorum e forma exigidos na nova ordem, ou seja, o CTN, por hipótese, que é Lei Ordinária, mas possui status de Lei Complementar, será exigido, para sua modificação o quorum de maioria absoluta – não simples – típico de lei complementar, consoante prescreve o art. 69 da CF.
Em outro norte, temos o plano da recepção material, em que é levado em conta a mens legis, não podendo a norma anterior contrastar em nada o novo texto Constitucional, sob pena de não operar a recepção, mas a revogação. 
3 – Como é classificada a constituição quanto à alteração de suas normas?
A constituição é classificada como:
- Flexível: não prever mecanismo mais complexos e podem ser modificas em processo legislativo comum
- Rígida: prever um processo de alteração de suas leis mais complexo e qualificado, sendo alterada somente em um processo especial.
- Semirrígida: Já as normas da constituição semirrígida podem ser alteradas, em parte pelo processo legislativo comum e em parte, por processo especial.
A Constituição brasileira de 1824 era assim classificada em virtude de suas regras poderem ser modificadas em parte pelo processo legislativo ordinário e em parte que ela própria estabelece, só podem ser alteradas por processo especial
4 – Faça uma diferença entre poder constituinte originário e poder constituinte derivado.
O poder constituinte originário é o que expressa a vontade inicial do povo, dá origem à toda ordenação estatal, fazendo surgir a Constituição. O poder constituinte derivado é o que deriva do original, modificando o que anteriormente foi estabelecido ou estabelecendo o que não foi inicialmente previsto.
Características:
- Originário: Ilimitado, não tem limites a matéria; Inicial, vai da inicio a uma nova ordem jurídica e é incondicionada, que não tem condição para exercer.
- Derivado: Limitado, existe limites para ser alterar; derivado, deriva-se da constituição já ativa e é condicionada.
 
5 – O que são normas constitucionais de eficácia plena? Cite um exemplo. 
As normas constitucionais de eficácia plena, são aquelas que são imediatamente aplicáveis, ou seja, não dependem de uma normatividade futura que venha regulamentá-la, atribuindo-lhe eficácia.
São, pois, normas que já contém em si todos os elementos necessários para sua plena aplicação, sendo despiciendo que uma lei infraconstitucional a regulamente.
 “Normas constitucionais de eficácia plena e aplicabilidade direta, imediata e integral são aquelas normas da Constituição que, no momento em que esta entra em vigor, estão aptas a produzir todos os seus efeitos, independentemente de norma integrativa infraconstitucional (situação está que pode ser observada, também, na hipótese do art. 5º, § 3º). Como regra geral, criam órgãos ou atribuem aos entes federativos competências. Não têm a necessidade de ser integradas.”
Portanto, tais normas constitucionais são autoaplicáveis, independentemente de regulamentação por uma lei infraconstitucional.
6 – O que são normas constitucionais de eficácia contida? Cite um exemplo. 
São as normas que, também tem aplicabilidade direta e imediata. Embora não precise de qualquer regulamentação para ser alcançada poderá ver o seu alcance limitado pela superveniência de uma lei infraconstitucional. Enquanto não editada tal lei, permanece com sua eficácia de forma plena, porém, no futuro, poderá ser restringida.
Exemplo: art. 5º, XIII – É livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
7 – O que são normas constitucionais de eficácia limitada? Como elas se classificam? Cite um exemplo. 
São as normas de aplicação indireta, que não são capazes de gerar os efeitos para as quais foram criadas, pois há a necessidade da existência de uma lei para complementar/regular a sua aplicação.
Se classificam em: Norma Institutiva: Exige a instituição de órgãos ou regulamentos para a sua aplicação.
Norma Programática: São as que direcionam a atuação do Estado, instituindo programas de governo.
Exemplo: art. 5º, XXXII – O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
8 – Cite duas características do federalismo brasileiro
1- Os entes federativos tem autonomia administrativa
2- Os entes federativosparticipam da elaboração de leis que se aplicam em todo território nacional, exceto os municípios.
3- Os entes federados têm autonomia federativas
4- Os entes federados têm autonomias financeiras / tributos
9 – Qual a diferença entre uma competência privada e uma competência exclusiva? 
A palavra competência significa atribuição, alçada, conta. A CF/88 apresenta uma diferença entre as competências exclusiva e privativa. A primeira é caracterizada pelo fato de ser indelegável, ou seja, não é da alçada de nenhum outro ente, por exemplo o art. 21 da CF apresenta competência exclusiva da União, sendo elas indelegáveis, somente a União pode executá-las. Já a segunda, pode ser delegada. Como exemplo temos o art. 22 da CF que prevê competência legislativa privativa da União, quer dizer a União pode executar ou pode delegar ao Estado que o faça.
10 – O que significa direito de secessão?
O Brasil adota o princípio federativo, em decorrência do qual não se admite o direito de secessão. Isso significa que o vínculo entre as entidades componentes da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) é indissolúvel, ou seja, nenhuma delas pode abandonar o restante para fundar um novo país.
Vale observar ainda que, sendo a forma federativa de Estado cláusula pétrea, conforme o art. 60, §4º, da CF, não é possível que emenda constitucional institua a possibilidade de secessão.
 
11 – Faça uma correlação entre a característica da historicidade dos direitos fundamentais e as suas gerações 
Os Direitos Fundamentais visam assegurar a todos uma existência digna, livre e igual, criando condições à plena realização das potencialidades do ser humano. Sendo o conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder do estado e o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana.
Por serem indispensáveis à existência das pessoas, possuem as seguintes características:
1. Inalienabilidade: são direitos intransferíveis e inegociáveis.
2.Imprescritibilidade: não deixam de ser exigíveis em razão do não uso.
3.Irrenunciabilidade: nenhum ser humano pode abrir mão da existência desses direitos.
4.Universalidade: devem ser respeitados e reconhecidos no mundo todo.
5.Limitabilidade: não são absolutos. Podem ser limitados sempre que houver uma hipótese de colisão de direitos fundamentais.
As características dos direitos fundamentais são consideradas princípios norteadores, pois antecedem qualquer ordenamento jurídico. Característica da historicidade – São históricos porque foram conquistados ao longo dos tempos, adquiridos através de inúmeras revoluções no desdobrar-se da história.
1ª geração: Liberdade – Liberdades individuais
2ª geração: Igualdade – Direitos sociais, Culturais e econômicos
3ª geração: Solidariedade/Humanismo
4ª geração: Cibernética
5ª geração: Biomedicina/Engenharia genética
12 – O que são cláusulas pétreas?
É definida como um dispositivo constitucional que não pode ser alterada, modificada e nem excluída. 
O objetivo das cláusulas pétreas é impedir alterações nos direitos fundamentais dos cidadãos e que garantam a soberania da nação e seu regime democrático. Para mudar tais aspectos, toda uma nova constituição deverá ser então proposta.
São elas:
· A forma federativa de Estado;
· O voto direto, secreto, universal e periódico;
· A separação dos Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário;
· Os direitos e garantias individuais, conforme artigo 60, § 4º.
13 – Estabeleça uma diferença entre direito de associação e direito de reunião
Estes princípios universais foram incorporados ao nosso direito interno como um direito humano fundamental. Além de ser um direito individual, é também um direito coletivo.
O direito de associação, de organização, de constituição de grupos, tem como objetivo tratar de interesses comuns. O direito à reunião, cujo propósito é lícito e pacífico, deve ser exercido sem maiores restrições e independente de autorização, sendo vedado à autoridade pública analisar se é conveniente ou não a sua realização. Esses princípios estão na Constituição Federal do Brasil, estando explícitos nos incisos XVI e XVII, do Art. 5º.
14 – O que é extradição e como que ela é aplicada ao brasileiro nato e ao naturalizado?
Extradição é um pedido que um pais faz ao outro, quando alguém que está no território deste, está/foi processado ou condenado por alguma infração penal no pais que solicitou a extradição. Geralmente, ocorre nos termos de tratados internacionais bilaterais de extradição.
Ao brasileiro nato, nunca deverá ser aplicada a extradição. Ao naturalizado, só poderá ser aplicada condicionada à observância dos requisitos básicos:
1- Não ser crime político nem crime de opinião 
2- O crime a ele imputado deve ter dupla tipificação (considerado crime nos 2 países)
2- A pena imposta não pode ser superior ao máximo da lei brasileira.
15 – Qual a diferença entre mutação constitucional e interpretação conforme a constituição?
As constituições estão sujeitas a modificações necessárias à sua adaptação às realidades sociais. Assim, na mutação constitucional não há alteração do texto constitucional, mas há mudança de entendimento de um dispositivo constitucional. Já a interpretação conforme a constituição é aquela em que o intérprete adota a interpretação mais favorável à Constituição Federal, considerando-se seus princípios e jurisprudência, sem, contudo, se afastar da finalidade da lei.
16 – No que consiste o princípio da proporcionalidade em matéria de interpretação da constituição.
O princípio da proporcionalidade é utilizado quando há colisão de direitos fundamentais. Não significa que um deva ser desprezado. O que ocorrerá é que devido a certas circunstâncias um prevalecerá sobre o outro, terá precedência, naquele caso, mas sempre se buscando a concordância de ambos de uma maneira harmônica, equilibrada e proporcional.
17 – Qual a diferença entre privacidade e intimidade? Quais as consequências que decorrem da violação destes direitos na personalidade?
A Constituição protege a privacidade (gênero) ao reconhecer como invioláveis a vida privada, a intimidade, a honra e a imagem das pessoas (espécies), assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.".
A esfera pessoal abrange as relações com o meio social sem que, no entanto, haja vontade ou interesse na divulgação; a esfera privada compreende os dados relativos a situações de maior proximidade emocional ("contextos relacionais específicos"), como as opções sexuais ou a orientação sexual do indivíduo.
A esfera íntima se refere ao modo de ser de cada pessoa, ao mundo intrapsíquico aliado aos sentimentos indenitários próprios (autoestima, autoconfiança) e à sexualidade. Compreende as esferas confidencial e do segredo, referentes à intimidade.
Portanto, a vida privada é mais ampla do que a intimidade da pessoa. A vida privada é composta de informações em que somente a pessoa pode escolher se as divulga ou não. Já a intimidade diz respeito ao modo de ser da pessoa, à sua identidade, que pode, muitas vezes, ser confundido com a vida privada. Podemos dizer, assim, que dentro da vida privada ainda há a intimidade da pessoa.
18- Quais são os cargos privativos de brasileiros natos?
Atualmente, são privativos de brasileiro nato os cargos de presidente e vice-presidente da República, de presidente da Câmara dos Deputados, de presidente do Senado, de ministro do Supremo Tribunal Federal, da carreira diplomática, de oficial das Forças Armadas e de ministro da Defesa.
19 – Em que hipótese é cabíveis o Estado de defesa?
Conforme estabelece a Constituição Federal, o Presidente da República poderá, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidaspor calamidades de grandes proporções na natureza.
20 – Em que hipótese é cabível o Estado de sitio? 
O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: 
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

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