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DERMATOLOGIA DE CÃES E GATOS

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DERMATOLOGIA DE CÃES E GATOS
· SEMIOLOGIA DA PELE (10/06)
· Casuística: 30-75%
· Maior órgão do organismo
· Barreira anatômica e sensível 
· Função:
- Proteção contra perdas (água, ex.) e injúrias (agente infeccioso, físico/químico, alérgenos, fatores endógenos...)
- Produção de estruturas queratinizadas: pelos, unhas...
- Flexibilidade e reservatório (de gordura, por ex.)
- Termorregulação e imunoregulação
- Pigmentação: melanócitos também tem função de proteção, peles mais claras são mais sensíveis. Melanócitos respondem exarcebado frente a agressão hiperpigmentação
- Secreção de glândulas sudoríparas e sebáceas
- Produção de vitamina D
- Identificação e percepção
· Revisão anatômica e fisiológica:
- Espessura: variável, pele de felinos é menos espessa que de caninos
- Recobrimento piloso variável, acompanha espessura da pele
- pH cutâneo entre 5,5-7,5
- Epiderme (camadas de células que se renovam, descamação), derme (mais folículos pilosos e gland. sebáceas), hipoderme (gordura acumulada)
· Epiderme: em torno de 4 camadas (basais, espinhosas, granulosas, córneas – de baixo pra cima); epidermopoiese células da camada córnea descamando e das basais multiplicando; 3 semanas pra céls da camada basal chegar na córnea (algumas raças possuem renovação acelerada, tipo Cocker Spaniel, Dobermann, Basset Hound, Beagle – animais seborreicos, se enxerga a descamação cutânea) (pele agredida também renova/descama mais rápido)
· Camada basal (1): células basais (as que sobem pra córnea), melanócitos (produzem melanina, produz mais se a pele é agredida), céls de Langerhans (primeiras céls defesa da pele), céls de Merkel (sensibilidade)
· Camada espinhosa (2): quando a pele está mais espessada; liquenificação
· Camada granulosa (3)
· Camada córnea (4): hiperqueratose 
** Hiperpigmentação é sinal clínico, e não diagnóstico!
· Derme: folículo do pelo (fase anágena onde o pelo cresce, catágena onde o pelo cai, telógena fase de repouso; animal de pelo curto perde mais pelos porque passam por essas fases mais rápido do que os de pelos longos. Perder pelos é normal, a questão é quando, quanto e se tem falhas), glândulas sebáceas (sebum), glândulas sudoríparas (nos coxins plantares), músculo eretor do pelo, vasos sanguíneos, linfáticos e estruturas nervosas
** Existe alguns gatos, especialmente machos não castrados possuem “cauda de garanhão”, produzem uma maior secreção sebácea na cauda. Essa maior concentração de glândula sebácea na cauda pode estar relacionada com os hormônios sexuais, produzindo mais sebo.
** Região interdigital, perianal, perilabial possuem maior secreção de sebo (+ gls sebáceas), são onde normalmente se encontram as infecções por Malassezia porque ela se alimenta de gordura.
** Seborreia apenas não coça, se coçar deve ser investigado!
· Hipoderme: camada mais profunda; adipócitos; depósito de reserva, participa do processo de isolamento térmico e proteção mecânica
· Examinando a pele:
1. Identificação
· Espécie: cães tem mais dermatopatias que gatos
· Identificação etária: < 6m: pensar em sarna primeiramente, fungos, impetigo (não muito comum; pústulas abdominais), celulite juvenil, papilomatose. Alergia alimentar é mais raro, pois os filhotes ainda não possuem o sistema imunológico pronto pra desenvolver respostas contra os alérgenos.
· Identificação sexual: abscessos (machos brigam mais), neoplasias testiculares, fístulas perianais, escabiose
· Identificação racial: existem raças mais predispostas a algumas dermatopatias do que outras (ex: dermatite psicogênica em Labradores/Golden)
** Algumas raças (especialmente orientais, Samoieda, Chow Chow) fazem alopecia pós-tosa, entram em fase telógena;
2. Anamnese
· Queixa principal
· Antecedentes: pai, mãe, irmão se tiveram problemas
· Inicio do quadro e evolução: desde quando começou e se evoluiu (ex, se coçava menos e agora coça mais)
· Tratamentos já efetuados e consequências
· Periodicidade: se é sazonal ou perene (se o problema é em uma época especifica do ano ou se é sempre)
· Ambiente, manejo e hábitos
· Contactantes: humanos ou animais
· Ectoparasitos: necessário saber qual produto é utilizado e como/quando é usado
· Alimentação: interessante saber qual tipo de proteína tem a ração, para cães com alergia alimentar, ou pra fazer o teste de exclusão
· Prurido: uma das principais queixas do tutor; gato é chamado de pruriginoso oculto, ele se esconde pra se coçar, o cachorro se coça na frente do tutor; importante identificar presença, intensidade, manifestação, localização. Pedir pro tutor dar uma nota de 0 a 10; de 6 para cima é considerado doença pruriginosa, de 6 para baixo é classicamente não pruriginosa.
3. Exame físico:
· Palpação
· Olfação
· Inspeção direta
- Lesões cutâneas:
· Alopecia
· Eritema
· Prurido
· Seborreia
- Classificação das lesões:
I. Distribuição:
· Localizada: de 1 a 3 lesões
· Disseminada: 3 a 5 lesões e até 50% da superfície corporal
· Generalizada: mais de 50% da superfície corporal
II. Topografia (simetria):
· Maioria não vai ser simétrico
III. Profundidade:
· Pode ter os dois tipos em superfícies diferentes do corpo
IV. Configuração:
· Circular dermatofitose, demodicose localizada
· Geográfica LMC
· Linear granulona eosinofílico felino
· Puntiforme dermatite miliar dos felinos
V. Morfologia:
· Lesões elementares
- Alterações de cor:
· Manchas vásculo-sanguineas:
- Eritema: pele avermelhada/inflamada, se fizer pressão digital a pele volta a cor normal, quando soltar volta a ficar inflamada.
- Petéquia e púrpura: relacionadas a coagulopatias, pouca importância na dermato
- Teleangiectasia: visualização dos vasos sanguíneos; HAC
· Manchas pigmentares ou discrômicas:
- Hiperpigmentação e hipercromia: estimulação dos melanócitos; relacionado a cronicidade 
- Mancha senil: não tem características patológicas, tem a ver com a idade.
- Hipopigmentação, hipocromia
- Alterações de espessura:
· Liquenificação ou lignificação: pele espessada; associada a cronicidade e acompanhada da hiperpigmentação
· Hiperqueratose ou queratose: pele espessada
· Edema: não tão comum, mais nas picadas de inseto
· Esclerose: quando tem doenças hormonais
· Cicatriz: quando houve injúria 
- Formações sólidas:
· 
Processo inflamatório, infeccioso ou neoplásico
- Pápula e placa: pápula é o “empipocado”, placa são várias pápulas
- Nódulo e tumor
- Vegetação: TVT por exemplo
** Cães de pelo curto e adultos é comum pápulas disseminadas e que se instala infecção bacteriana, infecção fúngica é mais comum em gatos.
-Coleções líquidas:
· Pústula: na maioria das vezes é sinal de infecção bacteriana.
· Vesícula e bolhas: raras na veterinária
- Perdas e reparos teciduais:
· Escama: na seborreia seca
· Erosão
· Escoriação
· Ulceração
** Lambedura das patas geralmente está relacionado a prurido.
· Colarinho epidérmico
· Crosta: produto final das escamas, erosões, etc...
· Fístulas
4. Exames complementares:
· Inspeção indireta:
- Parasitológico de raspado cutâneo
- Teste fita adesiva
- Exame micológico
- Luz de Wood
- Citologia
- Tricograma
- Diascopia
- Cultura e antibiograma
- Biópsia e exame histopatológico
- Alergologia 
· DERMATOLOGIA 12/06
· Tratamento tópico:
- Princípio ativo: deve atingir a pele diretamente
- Tricotomia: ajuda o produto a atingir a pele
- Banhos prévios: geralmente não é necessário, só se o animal está muito sujo e peludo (exceção Amitraz para demodicose)
- Frequência: não há necessidade de dar banhos semanais se o animal tem boa saúde de pele, dermatopatas a frequência oscila de 2-3 vezes/semana, as vezes 1x/semana dependendo do produto. 
- Tempo de ação: ideal que o produto aja por 8-10 minutos antes do enxágue.
· SEBORRÉIA:
- Primária: distúrbio genético; Basset, Cocker...
- Secundária: patológico, células se renovando com rapidez devido a agressão da pele.
- Seborréia seca: escamas aderidas ao pelo; mais acinzentadas; se desprendem com facilidade quando passa a mão; pelo mais ressecado
- Seborreia oleosa: mais amarelada, untuosa; não se desprende com facilidade da superfície cutânea; cheiro característico tipo de Malassezia- Seborreia mista: tem as duas características, oleosa e seca.
- TRATAMENTO:
· Anti-seborreicos:
- Queratolíticos: desprendem a camada córnea; Peróxido de benzoíla
- Queratoplástico: auxiliam na queratinização e epitelização
** Existem produtos com ambas as funções, são os melhores
· Seborréia seca:
- Enxofre: queratolitico/plástico, antibacteriano, antifúngico, antiparasitário e antipruriginoso; ação sinérgica com ácido salicílico
- Ácido salicílico: queratolitico/plástico; ação antibacteriana e antipruriginosa fraca 
· Seborréia oleosa: 
- Peróxido de benzoíla: queratolitico, desengordurante, antibacteriano e antipruriginoso; muito ressecante se usado com frequência
- Sulfeto de selênio: queratolitico/plástico, desengordurante e antifúngico 
** Usar um ou outro, nunca juntos
· Seborreia mista:
- Alcatrão: serve para os 3 tipos de seborreias 
** A partir disso, escolher o produto que contenha os princípios ativos adequados para o tipo de seborreia
** Maioria dos produtos antisseboreicos tem ação antibacteriana e antipruriginosa junto, não tem necessidade de comprar um shampoo pra cada coisa, se tiver infecção bacteriana associada a piodermite.
· Pústulas geralmente estão na região abdominal; algumas podem ser estéreis, mas a maioria é bacteriana
· DEMODICOSE:
- Demodex spp.
- Habitante normal do folículo piloso de cães, em gatos também é normal mas não causa doença importante.
- Multiplicação exagerada do ácaro no folículo piloso
- Transmitido da mãe para os filhotes nas primeiras 72 horas de nascimento, normalmente se dissemina do focinho para o resto do corpo
- Supressão de linfócitos T se dissemina de força desgovernada foliculite furunculose rompe e parasito causa a doença
- Animal com infecção ativa é encontrado todas os estágios do ácaro no raspado de pele, segundo a literatura
- Dividido em juvenil e adulto; não é comum em adultos, mas pode acontecer quando o animal é imunossuprimido
· Juvenil <18 meses:
- Idade: 3 a 12 meses
- Pode ocorrer surtos em algumas raças da “moda”
· Adulto >4 anos:
- Associado a doenças ou uso de fármacos imunossupressores
- Classificada em localizada e generalizada;
· Localizada:
- Enfermidade benigna (remissão espontânea em +- 1 mês)
- Até 3-5 lesões alopecicas na cabeça e extremidade dos membros (<2,5cm)
- Não tem prurido
- Não tem necessidade de tratamento, só observar para ver se vai ter remissão
· Generalizada:
- Mais de 5 lesões
- Dermatite crônica com alopecia, eritema, descamação, crostas e piodermite secundária prurido (5-6)
- Pododermatite: lesões interdigitais
- Linfadenomegalia: aumento de linfonodos generalizado
** Pode ter uma foliculite/furunculose bacteriana secundária devido as lesões da pele; Demodex propicia a infecção bacteriana
** NÃO é zoonose
- DIAGNÓSTICO:
- Parasitológico de raspado cutâneo: padrão ouro segundo literatura; raspar com a lamina de bisturi na lesão até sair um pouquinho de sangue
- Impressão em fita adesiva: pressão digital com durex em cima da lesão; tem resultados tão fidedignos como o raspado
- O importante para ambas as técnicas é a força da pressão digital
- Ideal fazer em 3-5 lugares; patas, cabeça e focinho são onde os ácaros são mais encontrados, vantagem da fita adesiva que não é tão incomodo para o animal.
** Em Sharpei é indicado fazer biopsia de pele caso os resultados do raspado e da impressão seja negativo, devido a muita mucina na pele (mais espessa)
- Presença de um ácaro + sinal clinico POSITIVO
- TRATAMENTO:
· Remissão espontânea em animais jovens quando localizada deve ser informado ao tutor que pode generalizar, aí será necessário tratamento. Deve ser observado por pelo menos 1 mês.
· Comprovar se tem doença ou faz uso de imunossupressor 
· Castração animais no cio acabam piorando a demodicose e para que esse defeito genético não seja transmitido (supressão do linfócito T)
· Controle da infecção bacteriana secundária:
- Uso de shampoos antibacteriano: Peróxido de benzoíla (tem vantagem pela facilidade de remoção das crostas e limpa bem o folículo piloso, além da ação antibacteriana), Clorexidine...
- Antimicrobianos sistêmicos: como terapia empírica se usa amoxi com ác calvulânico OU cefalosporinas (Cefalexina) por 3 semanas quando superficiais, quando profundas até 6 semanas; enrofloxacina deve ser deixado para pacientes que apresente sensibilidade para ela no antibiograma e resistência para cefalexina
· Controle parasitário:
- Fluralaner (Bravecto), imidacloprid/moxidectin (Advocate) ou afoxolaner tem mostrado bons resultados para controle parasitário, incluindo o Demodex
** NÃO se trata o paciente para demodicose sem o diagnóstico definitivo, mesmo que pareça óbvio as lesões e sinais clínicos
· Tratamento acaricida:
- Amitraz:
· FDA Solução 0,025%-0,05% a cada 7-14 dias
· Tratamento durante 6 semanas – 6 meses
· Cuidados: perde eficácia com matéria orgânica, se diluído e não for usado na hora, tóxico para a pele humana
· Efeito colateral: seda o animal por +- 2d
· Idade mínima para uso de 3 meses
- Ivermectina:
· Sem aprovação do FDA
· Se mostrou eficaz apenas com uso diário para sarna demodécica, diferente das outras sarnas que é uso semanal
· Dose: 0,4 – 0,6mg/kg/PO/SID/10-18 semanas
· Cuidar com raças que tem defeito no MDR1 (Collie, Pastor, Sheepdog...)
· Mectimax ivermectina especifica para pequenos animais
- Moxidectina:
· Também é para grandes animais, mas tem no Advocate
· Dose: 0,2 – 0,4 mg/kg, a cada 3 dias, PO, 3-7 semanas
· Spot on Advocate calcular a dose que será utilizada mensalmente para comprar o Advocate que tenha essa dosagem (ex: cão de 10kg, 8mg por semana, 32mg por mês)
** TODA VEZ que usar um produto extra bula (ex: produto de grandes para usar em pequenos) deve ser pedido autorização pro tutor
· CURA?
- Quando se atinge a cura clinica (sem sinais) se faz o raspado ou fita de pele onde ele teve a ultima lesão (geralmente na pata, ultimo local a ser repilado), se ainda tiver resultado positivo deve continuar tratamento por mais 30 dias, repete o exame, se tiver positivo ainda continua o tratamento. Alguns animais nunca terão a cura parasitológica, só cura clinica, ele vai viver bem se fizer manutenção sempre.
- Se apresenta cura clinica e raspado negativo, suspende o tratamento, mais 2 raspados negativos pode ser dado alta clínica. Se ficar 1 ano sem tratamento e sem recidiva é considerado cura.
· SARNA SARCÓPTICA:
- Sarcoptes scabiei var. canis
- Cava galerias na epiderme e fica localizado ali, causando piodermite; presença de ovos na epiderme e ambiente
- Idade: 1-6 meses
- Prurido intenso (11)
- ZOONOSE e transmissão entre animais
- 50% dos animais expostos a ele terão a doença, mas nem todos os animais manifestarão
- Ruim de encontrar no raspado/fita
- Lesões primárias: eritema, pápulas, crostas e escoriações
 PRURIDO!
- Locais: cabeça (borda da orelha), abdomen e patas 
- Precisa ter contato com outros animais ou ambientes contaminados, por isso apesar de ser comum mais em jovens não deve ser desconsiderado em adulto que tenha contato com outros animais
- Não esperar encontrar a sarna apenas em animais de rua, em animais com proprietário e bem cuidados também podem ter, porém com sinais mais discretos
- DIAGNÓSTICO:
· Reflexo oto-podal: fricciona uma margem da orelha na outra e animal tem o reflexo de coçar; 80% dos casos; não é patognomônico mas é muito indicativo
· EPP (40-60%): melhor com fita porque é menos agressivo; encontra-se ovos e o parasita adulto
- TRATAMENTO:
· Acaricidas tópicos:
- Amitraz
- Fipronil spray (filhotes)
· Acaricidas sistêmicos:
- Isoxiazaline
- Ivermectina: 0,2-0,4mg/kg, cada 7-14 dias, por 4-6 semanas
- Selamectina: 6-12mg/kg, cada 14 dias, 3 aplicações
- Maxidectina: 0,2mg/kg, cada 7 dias, durante 3-6 semanas
** Deve ser tratado mesmo quando EPP for negativo e sintomatologia for muito evidente, e tratar todos os contactantes também
· SARNA NOTOÉDRICA:
- Notoedres
- Muito prurido nos gatos, principalmentena cabeça e pescoço
- Gato é pruriginoso oculto, se esconde do tutor para se coçar
- Sarna notoédrica e doenças alérgicas prurido na região de cabeça; deve ser feito diferencial
- Se manifesta em gatos de qualquer idade, desde que tenha tido contato com outro infectado
- Muitas crostas nas orelhas e face; essas crostas estão cheias de ácaros
- ZOONOSE
- Diagnóstico: EPP
- TRATAMENTO:
· Acaricidas sistêmicos:
- Ivermectina
- Selamectina
** Não tem necessidade de remoção manual das crostas, com o tratamento elas vão caindo sozinhas
** Importante higienização do ambiente e manter animal isolado
· SARNA OTODÉCICA:
- Otodectes cynotis
- Cães e gatos
- Causa uma secreção mais escura no conduto auditivo e não tem cheiro
- Encontra-se os ácaros caminhando no conduto quando visto com o otoscópio, podendo fechar o diagnóstico
- Não é comum, mas pode atingir a região da cabeça, pois quando o animal se coça espalha o ácaro na superfície cutânea
- NÃO É ZOONOSE mas altamente contaminante entre animais
- TRATAMENTO:
· Fipronil gotas: 2gts dentro do ouvido
· Produtos tópicos com ação acaricida 
· Ivermectina, selamectina...
· PIOLHO:
- Incomum, mas ainda pode ocorrer
- Coloração mais clara, mas tamanho parecido com da pulga
- Encontra-se as lêndeas presas na haste pilosa
- Se movimentam muito rápido na superfície cutânea 
- Alta disseminação pela proximidade
- Tratamento: selamectina, fipronil, bravecto... Qualquer antipulgas; piolhos falsos são os que se alimentam da queratina, piolhos verdadeiros se alimentam de sangue, para o sugador é eficaz o produto sistêmico, para o mastigador o tópico.
· PIODERMITES:
- Infecções bacterianas
- Primárias (raro) ou secundárias (maioria das vezes)
- Staphylococcus spp. 97% habitantes da flora crescimento bacteriano quando há imunossupressão
- CLASSIFICAÇÕES:
· Piodermites de superfície: relacionados apenas as camadas superiores da epiderme
· Piodermites superficiais: também na camada superficial mas já tem envolvimento da haste pilosa
· Piodermites profundas: já tem envolvimento do bulbo piloso, podendo romper e ocorrer a furunculose
1. PIODERMITE SUPERFICIAL:
- Impetigo: pústulas abdominais ou região perivulvar de animais imaturos, normalmente não tem impacto clinico nenhum; diferente da cinomose, não há outros sinais clínicos
- Piodermite mucocutânea: lesões nas junções mucocutâneas, muitas vezes associadas a lesão bacteriana comum
- Foliculite bacteriana superficial: muito comum; frequente em animais adultos de pelo curto; lesões redondas geralmente 
2. PIODERMITES DE SUPERFICIE:
-Dermatite piotraumática (Hotspot, dermatite aguda úmida): atrito/trauma físico por objeto ou coceira; mais branda na forma de tratar, apenas limpeza; não é incomum após tosa com lâmina muito quente
- Intertrigo: dermatite de dobra cutânea (Sharpei por exemplo)
** Não é tão frequente em felinos
** Ideal tricotomia para facilitar a limpeza
3. PIODERMITE PROFUNDA:
- Foliculite furunculose profunda: uma das doenças primárias mais responsáveis por isso é a demodicose
- QUANDO O CLÍNICO DEVE SUSPEITAR?
· Pústulas: sinal clássico; principalmente abdominal; mas nem todos apresentam
· Pápulas
· Vesículas
· Alopecia
· Crostas
· Colarinho epidérmico
· Erosão
· Foliculite
· Furunculose
· Celulite
- COMO O CLÍNICO DEVE DIAGNOSTICAR?
· Citologia: saber coletar e analisar o material na clínica; procurar a presença de coccus ou bacillus;
· Cultura e antibiograma: não é solicitado com frequência na rotina
- COMO O CLÍNICO DEVE TRATAR?
· Tratamento tópico ESSENCIAL! sprays, shampoos, géis ou loções, pomadas, cremes; Clorexidina 3% e Peróxido de Benzoíla 2,5% são os mais frequentes de receitar, mas o peróxido resseca mais a pele
· Terapia empírica com ATB:
- Cefalexina: 30mg/kg 2x/dia
- Amoxi + clavulanato: 15mg/kg 2x/dia
- Clindamicina: 11mg/kg 2x/dia (não é usada com tanta frequencia na vet)
** O que NÃO devemos usar em primeira instancia, é a enrofloxacina e a cefovecina sódica, deixar para pacientes resistentes às outras drogas
** Podemos começar com a terapia tópica e avaliar se será necessário iniciar a sistêmica
** Se optar pelo ATB sistêmico em uma piodermite superficial, o tratamento é por 21 dias, em piodermite profunda por 30 dias. 
** Piodermites recurrente: pulsoterapia usar o mesmo medicamento em doses ou frequências alteradas, para poder usar por mais tempo. Na dermatopatia, se altera a frequência e não a dose (ex: paciente melhorou, se usa a mesma dose do ATB apenas no fds); indicado para piodermite recurrente idiopática
· DERMATOPATIAS FÚNGICAS SUPERFICIAIS
- Malasseziose (Malassezia pachydermatis); secundária; levedura
- Dermatofitose (Microsporum, Trychophyton); primária, causam problema nos animais; fungos
1. MALASSEZIA: 
- Comum em pacientes dermatopatas crônicos
- Orelhas, face, região interdigital, perianal...
- Muitas vezes associada apenas com otopatia, mas é comum ser dermatopatia 
- Bactérias o prurido pode ou não acontecer, já a Malassezia é muito pruriginosa
- DIAGNÓSTICO:
· Exame citológico ou microbiológico: presença de leveduras em nº elevado (pele swab (+2), raspado cutâneo (+3), fita adesiva (+5); Ouvido +15/campo)
** O tratamento não vai eliminar ela por completo, só diminuir a população para que não cause problemas.
2. DERMATOFITOSE:
- M. canis (70% cães e 98% gatos)
- Mais comum em gatos do que em cães; lesões são mais assimétricas; estima-se que 8-80% dos gatos possam ser portadores, e podem não apresentar sinais clínicos
- SINAIS CLÍNICOS:
· Prurido ausente (as vezes em Yorkshire pode ter mais prurido)
· Configuração variável (mais redondas)
· Rarefação ou alopecia com descamação
· Localização: cabeça e membros
** Kerion: resposta inflamatória que alguns pcts fazem, lesão ulcerada, parece eczema úmido; resposta do individuo ao fungo
- DIAGNÓSTICO:
· Luz de Wood: só Microsporum floresce e só 50% deles
· Cultura fúngica: padrão ouro; limpar lesão com álcool 70% (se tiver Kerion só sol fisiológica) e coletar pelos da borda da lesão para enviar para cultura fúngica
- TRATAMENTO:
· Fungicidas tópicos (essencial, diminui a contaminação ambientes; Microsporum é zoonótico):
- Xampus:
· Miconazol 2% + clorexidine 3%
· Cetoconazol 2-3%
** Uso de 3-3 dias; 
- Creme, gel ou loção:
· Imidazóis: cetoconazole, miconazole, clotrimazole e tiabendazole (comuns em uso auricular, costuma ter antibiótico e corticóide associados)
· Malassezia não se preconiza tratamento sistêmico, só se paciente não apresentar melhora. Dermatofitose se usa tratamento sistêmico, só o tópico vai demorar a resposta do animal Itraconazole 5mg/kg SID/6 semanas
· Isolar animais positivos
· Tosa
· Identificar portadores
· Higiene ambiental: hipoclorito de sódio 1:10
** Portador só tratamento tópico pra não contaminar ambiente, já que ele não tem sinais; dermatopatas tópico e sistêmico
· DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PRURIDO EM CÃES
1. DERMATITE ATÓPICA CANINA
- Alérgica, pruriginosa, inflamatória, predisposição genética; associada a IdE direcionada, na maioria das vezes, a alérgenos ambientais
- PATOGÊNESE:
· Predisposição genética
· Alteração na barreira cutânea: deficiência de ceramidas, perda de água transepidérmica
· Suscetíveis a infecções secundárias: Malassezia e Stafilococcus
· Alérgenos ambientais: ácaros, poeira doméstica
· Trofoalérgenos: alérgenos alimentares 
- PATOFISIOLOGIA:
I. Sensibilização
II. Estímulo neuronal
III. Inflamação
- Raça: West Terrier é o mais comum, Maltês, York, Schnauzer, Shih Tzu, Dálmata, Lhasa Apso...
- Idade: normalmente iniciam o quadro entre 1-3 anos de vida
- Se apresentam com prurido sine matéria (não tem lesão de pele e começou a se coçar, depois apresenta lesões)
- Sazonal (grande indicador) ou perene
- Eritema e pápulas
- Localizado ou generalizado
- Extremidade distal de membros, face, abdômen, pavilhão auricular e áreas de flexura
- Lambedura de membros (os 4 membros; discromia ferruginosa) e atrito da face contra o chão
- Otite externa (86% dos pacientes)
- Conjuntivite, epífora e blefaroespasmo (rinite)
- Cronicidade: liqueificação, hiperpigmentação...
- DIAGNÓSTICO:· DAPE, DAC e alergia alimentar casualmente iniciam na mesma idade e são muito frequentes na rotina clínica; DAC e alergia alimentar tendem a ter a mesma apresentação clínica Diagnóstico diferencial
· Critérios de Fravot (2010):
- Inicio antes dos 3ª
- Cães vivem dentro de casa
- Corticosensível
- Prurido sine matéria
- Afeta patas anteriores
- Afeta orelhas
- Não afeta margem de orelha
- Não afeta área dorsolombar
** 5 critérios já indica suspeita forte dele ser atópico, mas ainda necessita o diagnóstico diferencial para DAPE e alergia alimentar.
** Uma das questões da atopia é a “redoma de vidro” colocada sobre os animais atualmente, onde eles vivem dentro de casa, andam de sapato na rua, utilizam antipulgas e vermífugos seguidamente... O sistema imunológico deles acaba respondendo a antígenos ridículos, como ácaros por exemplo.
· Testes in vitro ou in vivo se faz após o diagnóstico definitivo da DAC, para saber ao que o animal é alérgico e poder fazer terapia de desensibilização
- TRATAMENTO:
· Doença usualmente progressiva e sem cura zona de conforto 50-80% de melhora
· Pulicose: exclusão DAPE e “efeito somatório”
· HA: exclusão HA e “efeito somatório”
· Piodermite e malassezíase geralmente estão associadas
· Terapia tópica:
- Xampus: ceramidas e ácidos graxos
- Aceponato de hidrocortisona: Cortavance, não tem absorção sistêmica, pode ser usado topicamente principalmente nas patas, que é um local difícil de diminuir a coceira
- Tacrolimus 0,1%
** Sempre tentar a terapia tópica, se não funcionar passar para a sistêmica
· Terapia Sistêmica:
- AH
- Ácidos graxos
- GC: prednisona
- Ciclosporina
· DAC AGUDA:
- Focar na terapia tópica; banhos com ceramidas e ácidos graxos, spray aceponato de hidrocortisona
- Prednisona 1mg/kg pra retirar da crise
· DAC CRÔNICA:
- Terapia tópica: ???, levar em consideração o aspecto da pele e pelos para escolher o shampoo, spray de aceponato de hidrocortisona, Tacrolimus 0,1% pomada
- Terapia sistêmica: AH (hidroxizine 2mg/kg BID), ácidos graxos, prednisona, ciclosporina
** Apoquel:se liga na enzima JanosKinase depois que ela se ligou nos receptores, mas impede a transmissão nervosa, age dentro da célula.
 Cytopoint: neutraliza a interleucina antes dela se ligar aos receptores, age fora da célula; anticorpo monoclonal.
- Prednisona intermitente (2-3 semanas a cada 3-4 meses, não vai ter a supressão do eixo hipotalâmico-hipofisário)
- Prednisona continuamente q. 24-48h
1. Prednisona:
· 1mg/kg, SID/15 dias 0,5mg/kg, SID/15 dias 0,5mg/kg, 48h 0,5mg/kg, 72h...
2, Ciclosporina:
· 5mg/kg, SID/2 meses suspender 1 dia sem/2 sem 4x/semana...
- Exclusão de alérgenos (pó e ácaros de pó, bolores e fungos, pólen...)
- Imunoterapia: aumentar o limiar de tolerância do animal ao alérgeno; doses crescentes do alérgeno a partir do teste; eficácia 60-80%, resposta clinica 6-8 meses.
2. DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE ECTOPARASITOS (DAPE)
- Alérgenos presentes na saliva de pulgas
- Cão atópico tem 4x mais chances de ter DAPE
- ASPECTOS CLÍNICOS:
· Prurido (normalmente sazonal), com escoriações, perda de pelos, liquenificação e hiperpigmentação
· Localização: região dorso-lombar (76%), cauda e região inguinal
** Gatos é frequente o envolvimento da região do pescoço
· É preciso que a pulga pique o animal a cada 5-7 dias para que a hipersensibilidade ocorra no animal suscetível; nem sempre vamos encontrar as fezes da pulga, só se houver infestação maciça.
** Tem pulga? Utiliza antiparasitário? Qual? Que frequência? 
- TRATAMENTO:
· Fipronil 15/15 dias, 4 aplicações
· Acetamiprina
· Imidacloprida
· Fluralaner, Spinosad, Selamectina, Nitempiran absorção sistêmica, pulga precisa picar o animal para morrer, não são as melhores escolhas para diagnóstico de DAPE
· Animal com DAPE geralmente vai ter que usar a cada 25 dias o antipulgas
· Não esquecer da descontaminação ambiental
3. HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR/DERMATITE TROFOALÉRGICA
- Hipersensibilidade a 1 ou mais componentes da dieta, normalmente proteína bovina (maior peso molecular)
- Não é normal a colite
- Mais em animais adultos
- 60% recebem a ração há mais de 2 anos
- 25% dos atópicos tem HÁ
- SINAIS CLÍNICOS:
· Pápulas e eritema
· Piodermite, colaretes epidérmicos, seborréia, hiperpigmentação
· Face, orelhas, região axilar, região inguinal
· Otite externa (80%)
· IGUAL a atopia, não tem como diagnosticar um ou outro apenas pelos sinais 
- DIAGNÓSTICO:
· Dieta de eliminação (6 a 8 semanas): ração comercial (Hills e Royal Canin), caseira (cordeiro, coelho, salmão) e arroz/batata 
· Animal respondeu bem a dieta de eliminação, parou o prurido, inicia a dieta de provocação para fechar o diagnóstico
· Dieta de provocação: volta a alimentação anterior do animal, recomeça o prurido em 7-14 dias
· Fechou o diagnóstico, pode voltar a dieta de eliminação para o resto da vida se quiser OU vai introduzindo outros alimentos aos poucos como petisco (mamão, cenoura...) e observa se vai ter reação
· Cura? Tem HA, vai receber pro resto da vida aquela alimentação. Prurido residual (antes coçava 10, agora coça 4)? Tem atopia junto
Muitas vezes o paciente com atopia tem característica corticosensível, o paciente com HA pode não ter!

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