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Planejamento e 
Orçamento Empresarial
1ª edição
2017
Planejamento e 
Orçamento Empresarial
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Palavras do professor
Caro aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Planejamento e Orça-
mento Empresarial. Você talvez esteja se perguntando: afinal, qual é a 
importância do planejamento para as organizações? O que seria um 
Orçamento Empresarial? Como saber qual rumo a entidade deve seguir? 
Investir em novos produtos ou melhorar um já existente? Abrir uma nova 
filial ou, em momento de recessão, fazer contenção de custos? 
Com a Disciplina de Planejamento e Orçamento Empresarial, você poderá 
analisar, de forma clara, todos os cenários possíveis para avaliar qual é 
melhor opção.
No decorrer de cada unidade, você será municiado com diferentes fer-
ramentas essenciais ao planejamento empresarial, as quais são muito 
importantes para cargos de gestão e que também devem ser conheci-
das pelos demais colaboradores em todos os escalões: o planejamento 
e o orçamento empresarial perpassam todas as áreas e definem aonde a 
entidade deseja chegar.
Esta disciplina está dividida em oito unidades, cada uma abordando um 
aspecto do planejamento e do orçamento empresarial, começando pela 
sua importância e passando pelas diferentes fases que permitem traçar e 
definir estratégias. Você descobrirá, também, quais são os diversos tipos 
de orçamentos que existem, aprenderá como desenvolver um plano orça-
mentário de acordo com cada necessidade da entidade, como avaliar os 
investimentos necessários em função de períodos estimados, quais são as 
ferramentas financeiras para controle e gerenciamento e muito mais. Ao 
final, você terá condições de realizar análises comparativas entre o pro-
jetado e o realizado e análises que alimentarão as tomadas de decisão. 
Perceba como esses conhecimentos são fundamentais não só para o seu 
futuro profissional, mas também para a sua vida!
Seja bem-vindo(a) e um ótimo aprendizado para todos!
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Unidade 1
Alinhando as estratégias 
empresariais com o orçamento
Para iniciar seus estudos
Olá! Seja bem-vindo(a) à Unidade 1 da disciplina de Planejamento e 
Orçamento Empresarial. No decorrer desta unidade, explanaremos sobre 
o que é planejamento e orçamento, suas vantagens e desvantagens e 
alguns conceitos que devem ser dominados antes de iniciar a implanta-
ção do planejamento orçamentário nas entidades. Começaremos anali-
sando o porquê de a organização ser considerada um sistema e que, por 
isso, necessita de um planejamento. Passaremos, depois, pelos principais 
conceitos relacionados ao planejamento e orçamento empresarial e ter-
minaremos com os primeiros passos para realizar o planejamento orça-
mentário, alinhado às estratégias empresariais. Pronto para começar a 
entender o que pode ser um divisor de águas no futuro das organizações? 
Então, vamos lá!
Objetivos de Aprendizagem
• expor ao aluno a necessidade do alinhamento das necessidades 
e estratégias empresariais para a confecção do planejamento e 
controle orçamentário.
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Planejamento e Orçamento Empresarial | Unidade 1 - Alinhando as estratégias empresariais 
com o orçamento
1.1 A organização como sistema
O planejamento e o orçamento só podem ser realizados porque a organização é considerada um sistema, com 
múltiplos componentes. Se a organização fosse uma unidade, sem diferentes elementos ou sem interação com 
o ambiente, o planejamento não seria essencial. Para entender melhor essa abordagem, é importante você saber 
o que é um sistema.
Sistema é um conjunto de elementos interdependentes, que interagem entre si.
Um exemplo bem claro desse conceito são os sistemas do corpo humano, por exemplo, o sistema digestivo, que é 
composto por diversos órgãos que trabalham em conjunto para o bom funcionamento do corpo, todos atuando 
de maneira inter-relacionada. 
Se um componente do sistema não está funcionando corretamente, todo o conjunto entra em colapso. O mesmo 
ocorre com os sistemas organizacionais: se algo não for bem em uma área pode colocar em risco todo o funcio-
namento da empresa ou instituição. 
A arquitetura dos sistemas é composta por diferentes áreas. Confira.
1.1.1 Componentes de um sistema
Os sistemas possuem três grandes áreas principais:
• entradas, insumos ou impulsos: é o ponto de partida do sistema, local em que se concentra o forneci-
mento de dados ou materiais que alimentarão o sistema;
• processamento, processador ou transformador: é o agente transformador, o que promove a mudança 
das entradas, modifica os dados, materiais e insumos;
• saídas, produtos ou resultados: é o que se encontra após a transformação dos materiais, insumos ou 
dados. São os produtos acabados, por exemplo. 
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Planejamento e Orçamento Empresarial | Unidade 1 - Alinhando as estratégias empresariais 
com o orçamento
Figura 1 – Componentes de um Sistema.
.
Legenda: A arquitetura de um sistema apresenta entrada, processamento e saída.
Fonte: ID: 44636273 (123rf)
Os sistemas que possuem essa formatação podem ser classificados em sistemas 
fechados e sistemas abertos. 
1.1.2 Sistemas fechados
São sistemas em que existe pouca troca com o meio externo. Eles são mais estáveis, previsíveis e mecânicos. Um 
motor, por exemplo, apresenta um esquema de interação com o ambiente bem definido e simples.
As empresas, no entanto, possuem estruturas complexas, nas quais ocorrem muitas trocas com o ambiente. Por 
isso, vamos nos aprofundar nos sistemas abertos.
1.1.3 Sistemas abertos
São sistemas altamente permeáveis e influenciados pelo meio no qual estão inseridos. Como o sistema recebe as 
entradas do ambiente, realiza o processamento e devolve as saídas ao ambiente, existe uma constante interação 
entre essas duas áreas. Os sistemas abertos exigem maior flexibilização e capacidade de adaptação, pois o meio 
externo é incontrolável e irá impactar nos mecanismos de produção, que são internos. 
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Planejamento e Orçamento Empresarial | Unidade 1 - Alinhando as estratégias empresariais 
com o orçamento
Uma empresa é um sistema aberto, sujeito a pressões de outros sistemas: política, economia, 
mercado, concorrentes etc. Como você acha que esses outros sistemas interferem no plane-
jamento empresarial? Por que é importante uma empresa ser flexível? Ao se adaptar, ela não 
corre o risco de perder sua identidade e seus diferenciais? Pense nisso!
Um sistema aberto sofre influências tanto do meio interno quanto do meio externo. Vamos aprofundar nesses 
fatores, que são fundamentais no momento de definir o planejamento e o orçamento empresarial. 
1.1.4 Influências Internas e Externas
Você, com certeza, já pensou sobre o impacto que tem, na sua vida, o aumento da concorrência. A facilidade 
como a informação chega até você, a velocidade transformadora da tecnologia, as crises políticas, as incertezas 
sobre o futuro e assim por diante. Essas questões também fazem parte do cotidiano das empresas, e os gestores 
necessitam levá-las em consideração quando elaboram os planejamentos e projetam os orçamentos. 
Definir com segurança o que é uma “modinha” momentânea ou o que é uma tendência que se estabelecerá no 
longo prazo pode fazer toda a diferença entre o sucesso ou o fracasso de um planejamento. 
A paleta mexicana (picolé de frutas com recheio cremoso) foi uma febre: esparramaram-se 
quiosques por todos os shoppings e grandes centros comerciais, porém, passado o furor da 
novidade, a procura pelo produto caiu. Esse exemplo traz questões interessantes para você 
refletir no momento de decidir onde e no que a organização irá investir. Qual é a vida útil do 
novo produto? O retorno esperado cobrirá o investimento no período determinado? Qual 
será a política de preço para esse novo produto? As respostas a essas questões, entre outras, 
são fundamentais para a tomada de decisão do gestor.
Em relação às influências internas, não há como negar: o conhecimento vem por meio de pessoas, independen-
temente de sua posição na empresa. O estagiário que entrou na corporação somente para auxiliar no arquivopode trazer uma ideia que tornará a empresa mais competitiva. Criar um ambiente saudável para discussões de 
novas ideias é fundamental nesse processo, pois isso incentivará os colaboradores a participarem, contribuindo, 
assim, para que os objetivos planejados e as metas orçamentárias sejam atingidos. 
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Planejamento e Orçamento Empresarial | Unidade 1 - Alinhando as estratégias empresariais 
com o orçamento
O planejamento e o orçamento empresarial surgem como a resposta para fazer com que os componentes do sis-
tema organizacional funcionem da melhor forma possível, a fim de que a empresa alcance seus objetivos. Vamos 
entender, então, o que significa “planejamento” e o que significa “orçamento empresarial”.
1.2 Conceitos de planejamento e orçamento empresarial 
Caro(a) aluno(a), imagine que você é o(a) gestor(a) de uma organização em meio a uma reunião na qual é 
questionado(a) pelos acionistas quanto à estimativa de crescimento para o próximo ano. Qual seria a sua res-
posta? Quais ferramentas você apresentaria para os acionistas? Com o planejamento e o orçamento empresarial, 
fica bem mais fácil responder a questões desse tipo. Então, vamos mergulhar também nesse universo e em suas 
múltiplas ferramentas.
Quando se trata de gestão, planejamento e orçamentos, existem várias metodologias e conceitos que são empre-
gados. O modelo PDCA (Planejar, Fazer, Verificar, Agir) é um método bem antigo, originalmente criado pelos japo-
neses e muito utilizado no Brasil e no mundo. Ainda hoje, ele é considerado a alma do negócio por organizações 
como Toyota, Walmart, Votorantim etc. No entanto, essa abordagem não é exclusiva das grandes empresas, ela 
pode ser adaptada para qualquer ramo, tipo ou tamanho de organização.
Figura 1.2: O modelo PDCA.
Padronização
Ação de
correção
Verificação dos
Resultados
Identificação dos itens
Onde queremos chegar
Análise do Processo
Execução do Plano
1
2
3
56
7
8
Agir Planejar
Verificar Fazer
A
C
P
D
Legenda: 
O PDCA apresenta uma abordagem cíclica: planejar (Plan), fazer (Do), verificar (Check) e agir (Act).
Fonte: Adaptada de Falconi (2009).
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Planejamento e Orçamento Empresarial | Unidade 1 - Alinhando as estratégias empresariais 
com o orçamento
Independentemente de qual é o enfoque adotado na empresa, há um consenso de que, 
sem planejamento, não há como saber aonde se irá chegar. É como em uma viagem: mesmo 
sem perceber, você faz um planejamento, decide o local para onde quer ir, escolhe os meios 
(compra as passagens ou abastece o carro), decide datas, arruma as malas. Dessa forma, rea-
liza tudo o que for necessário para chegar ao local de destino sem maiores complicações e de 
modo a permanecer ali pelo período determinado, sem contratempos. Assim também deve 
ocorrer no âmbito corporativo, mas de forma consciente: aonde queremos chegar? Como 
chegaremos ao objetivo definido? Em quanto tempo? O planejamento orienta a resposta a 
essas perguntas.
Nesta unidade, trataremos do termo Plan, isto é, planejamento, e como é possível alinhar as estratégias das 
empresas com o planejamento e orçamento empresarial. 
1.2.1 Planejamento
Podemos definir o conceito de planejamento como o ato ou efeito de criar um método para facilitar o alcance de 
determinado objetivo, ou seja, trilhar um caminho para chegar onde se deseja. Em síntese, planejamento é o ato 
de definir e fixar objetivos, o que está ligado diretamente à missão da empresa a e traçar caminhos pelos quais 
se pode chegar a esses objetivos. 
Missão da empresa: é a finalidade máxima para a qual a empresa foi criada. É sua razão de 
ser e de existir.
Glossário
Os planejamentos podem ser classificados em: Planejamento Estratégico, Planejamento Tático e Planejamento 
Operacional.
• Planejamento Estratégico: é de longo prazo (5, 10, 20 anos). Reflete a missão, a visão e os valores da 
empresa. Define onde a organização deseja chegar.
• Planejamento Tático: é de médio prazo (inferior a cinco anos). Esse planejamento transforma objetivos 
mais abstratos e ideais (o estratégico) em propostas concretas. Define como os objetivos serão alcançados.
• Planejamento Operacional: é de curto prazo (até um ano). Nessa etapa, ocorre o detalhamento do pla-
nejamento estratégico e tático. Também são definidas as atividades específicas que devem ser cumpridas 
pela organização.
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com o orçamento
Figura 3 – Função do Planejamento.
Legenda: O Planejamento é como uma bússola e mostra o caminho a ser per-
corrido para que sejam alcançados os objetivos.
Fonte: Id: 43989869 (123rf)
Cada um desses três tipos de planejamento possui seus próprios objetivos, que devem levar em conta as limita-
ções ou oportunidades que se apresentam para a organização dentro de um tempo determinado. É por isso que 
devem ser fixados prazos, datas e períodos cobertos por determinado planejamento, visto que os esforços para 
alcançar os objetivos propostos serão concentrados nesse espaço de tempo. 
Os objetivos se desmembram em metas, as quais são quantificadas e acompanhadas por indicadores de desen-
volvimento, como o percentual de crescimento do faturamento, a queda em porcentagem da inadimplência, a 
redução do número de horas extras e assim por diante. Os indicadores auxiliam na aferição dos resultados do 
planejamento e em sua possível alteração, caso este se mostre insatisfatório. Assim, são realizados ajustes e 
mudanças para que os objetivos inicialmente propostos sejam alcançados. 
No mundo empresarial, muitas vezes, objetivos e metas são utilizados como sinônimos, dife-
renciando-se apenas pelo alcance temporal: os objetivos são de longo prazo e as metas de 
curto e médio prazos.
Glossário
Um bom planejamento implica não apenas a definição de prazos, mas também de investimentos: quanto será neces-
sário aplicar para implantar e monitorar aquele planejamento descrito? É nesse momento que entra o orçamento.
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Planejamento e Orçamento Empresarial | Unidade 1 - Alinhando as estratégias empresariais 
com o orçamento
1.2.2 Orçamento
A palavra “orçamento”, com certeza, você já deve ter ouvido quando levou algum objeto para consertar ou 
quando pensou no valor que gastaria para adquirir alguma coisa. Um orçamento, nesse sentido, é a expectativa 
do dispêndio em moeda (dinheiro) que você terá para adquirir algo que deseja, ou seja, alcançar seu objetivo. 
Um orçamento está diretamente relacionado aos objetivos: objetivos menores, orçamentos também menores; 
objetivos maiores, orçamentos maiores. Quanto maior for o orçamento, maior será a necessidade de realizar 
comparações para verificar se é possível alcançar seu objetivo, desembolsando menos.
Nas empresas é a mesma coisa, a realização do planejamento orçamentário traz inúmeros benefícios. Mas será 
que só existem vantagens na realização dos orçamentos? Vamos investigar esse assunto.
1.2.3 Vantagens e desvantagens do Orçamento Empresarial
O Orçamento Empresarial, como já vimos, é uma ferramenta do planejamento e, como qualquer ferramenta 
organizacional, apresenta aspectos positivos e negativos.
Algumas vantagens dos orçamentos são:
• auxiliar na coordenação das atividades da organização como um todo;
• ajudar a medir o desempenho no futuro, pois fornecem metas definidas;
• orientar a avaliação das necessidades de cada área, definindo a melhor alocação das verbas;
• propiciar a disseminação das metas e dos objetivos organizacionais ao serem divulgados para os colabo-
rados; 
• reduzir a necessidade de tomadas de decisão para enfrentar emergências diárias.
Já as desvantagens são:
• os valores orçados podem ser irrealistas, pois são estimativas; 
• custo elevado para realizar revisões periódicas, diante do não alcance de objetivos e metas planejados;
• é uma atividade adicional: não substitui a administração e a averiguação das reais necessidades da 
empresa.
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Figura 4 – Vantagens e desvantagens do Orçamento Empresarial.
Legenda: Podemos observar que existem mais vantagens do que desvanta-
gens no processo de elaboração do planejamento orçamentário
Fonte: ID: 43651782 (123rf)
Como as vantagens superam as desvantagens, você, com certeza, optará por realizar o planejamento orçamentá-
rio, mas que tipo de planejamento? Vamos ver os diferentes modelos de planejamento orçamentário.
1.2.4 Tipos de Planejamento Orçamentário
Sanvicente; Santos (2014) destacam que, em função do planejamento, podem ser desenvolvidos dois tipos de 
orçamento: por período de tempo coberto; e por projeto.
• Orçamento por período: como o próprio nome diz, trata-se da elaboração de orçamentos para planeja-
mentos em uma perspectiva temporal, por exemplo, curto ou longo prazo. Habitualmente, são adotados 
orçamentos anuais, de curto prazo, em decorrência das demonstrações contábeis, da obrigatoriedade de 
apresentar dados financeiros a instituições bancárias e da necessidade de as empresas de capital aberto 
apresentarem no fechamento do exercício seu lucro ou prejuízo aos acionistas.
• Orçamentos por projeto: esse tipo de orçamento é desenvolvido quando há a necessidade de acompa-
nhar o planejamento por mais de um período – por exemplo, empreendimentos imobiliários ou desenvol-
vimento de produtos, cujos processos podem levar anos, desde a concepção até a colocação no mercado, 
para o consumidor final. No caso de uma construção, o planejamento envolve desde as pesquisas de 
mercado, aquisição de terreno, elaboração das plantas à entrega das chaves.
Além disso, assim como os planejamentos se categorizam em estratégicos, táticos e operacionais, o mesmo 
ocorre com os orçamentos. Nessa etapa, vamos nos aprofundar no orçamento empresarial.
1.2.5 Orçamento Empresarial
O orçamento empresarial engloba um conjunto de planejamentos de diferentes áreas para alcançar um deter-
minado objetivo em um determinado período. Por exemplo: orçamento de receitas (expectativa de entradas); de 
custos (expectativas de saídas diretamente relacionadas ao produto ou serviço); de despesas de vendas e marke-
ting (saídas indiretas); entre outros. 
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com o orçamento
Nesse momento de planejamento orçamentário, deve-se também estabelecer ou reavaliar as políticas da 
empresa: quais serão os percentuais (%) de descontos possíveis aos clientes? Qual é o valor para lanches e refei-
ções dos colaboradores? Qual é a quantidade de horas extras admissíveis para o departamento operacional? 
Esses são apenas alguns exemplos de políticas organizacionais que devem ser definidas para que os orçamentos 
reflitam de maneira fidedigna os valores a serem orçados, de acordo com a realidade já conhecida pelos gestores.
Ao planejar suas atividades para o ano seguinte e elaborar os orçamentos correspondentes, com 
as destinações de recursos cabíveis, as políticas e os programas neles concebidos deverão estar 
necessariamente refletidos. (SANVICENTE; SANTOS, 2014, p.20).
Ao realizar e transcrever o planejamento para os orçamentos, todas as diretrizes e políticas 
da empresa devem estar ali presentes.
Existem inúmeros tipos de orçamentos empresariais, mesmo que todos busquem e trabalhem com o planeja-
mento administrativo/econômico da organização. Para Frezatti (2009), o orçamento empresarial é o plano finan-
ceiro que visa apoiar a estratégia da empresa para determinado exercício. Em resumo, pode-se afirmar que o 
orçamento da empresa se faz a partir da projeção das entradas e saídas que ela esboça ter por determinado 
período de tempo. Para fazer tal projeção, você necessita dominar os componentes de um orçamento. É o que 
veremos a seguir.
1.3 Componentes do orçamento
Os componentes fundamentais do orçamento empresarial são: Receitas, Custos e Despesas (gastos).
1.3.1 Receitas
As receitas são entradas de valores que a entidade obtém por diferentes meios, aumentando, assim, seu patri-
mônio. As receitas mais comuns decorrem da venda de produtos ou serviços, da venda de bens da entidade ou, 
até mesmo, de imóveis alugados a terceiros. Geralmente, o objetivo é aumentar a receita da organização, o que 
pode ocorrer de três maneiras: pelo aumento das quantidades vendidas; pelo reajuste de preços praticados no 
mercado; e pelo aumento da lucratividade (pode-se manter os preços praticados, por exemplo, mas reduzir os 
custos de produção).
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com o orçamento
Figura 1.5 – Receitas Crescentes.
Legenda: O aumento na entrada das receitas tende a aumentar o patrimônio da empresa.
Fonte: Id: 48790236 (123rf)
1.3.2 Custos
Os custos são os gastos relacionados diretamente à atividade-fim da entidade, ou seja, valores despendidos para 
a produção de bens e serviços a serem vendidos, como custos com matérias-primas que serão transformadas 
(aço, alumínio, borracha, madeira); mão de obra (salários da equipe de produção); energia elétrica utilizada pelos 
equipamentos da produção (mas não aquela empregada para iluminar o escritório de vendas); embalagens; 
entre outros itens para a fabricação. O ideal é ter um planejamento efetivo para alcançar a melhor utilização dos 
recursos e diminuir desperdícios, seja na matéria-prima, seja no tempo dispendido com retrabalhos. 
1.3.3 Despesa
As despesas são aqueles gastos ligados a outras áreas da empresa, como setores administrativos, RH, financeiro 
etc. Toda saída monetária que não esteja ligada diretamente à produção dos bens e serviços da atividade-fim da 
empresa é considerada despesa. Normalmente, são gastos com materiais de escritório, despesas bancárias, salá-
rios da equipe administrativa e de vendas, lanches e refeições, limpeza, segurança, comunicação, entre outros. 
Eles são necessários para o funcionamento da organização, mas não estão diretamente relacionados ao que será 
ofertado no mercado.
As despesas diminuem o patrimônio da entidade, então, quanto menor for a despesa, melhor será o resultado 
para aorganização.
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com o orçamento
1.3.4 Resultado Contábil (lucro ou prejuízo)
O resultado contábil é o produto das relações entre receitas, custos e despesas. Portanto, leva em consideração o 
resultado que a entidade quer apresentar ao final do exercício, além das relações entre receitas, custos e despesa. 
Qual é o lucro estimado, por exemplo, que a empresa deseja apresentar para os acionistas?
Com base nisso, o gestor analisa se o planejamento orçamentário comporta ou não os valores destinados, por 
exemplo, para despesas com viagens. Os objetivos norteiam possíveis cortes em gastos, ou a redução, ou, ainda, 
a ampliação em investimentos, para que os administradores cheguem a um valor satisfatório e que ele promova 
a continuidade da entidade.
Vamos tratar de resultados no âmbito contábil. Uma organização pode apresentar resultados em outras áreas, 
como resultados sociais, oriundos de ações como responsabilidade social, sustentabilidade etc. 
Veja as 10 empresas com mais responsabilidades sociais no mundo por meio do link 
Neste material, utilizamos o termo resultado como a operação em que os custos e as despesas são deduzidos 
das receitas. 
Figura 1.6: A equação do resultado.
RECEITAS(entradas 
de recursos)
-
CUSTOS E DESPESAS 
(saída de recursos)
=
RESULTADO 
(lucro ou prejuízo)
Legenda: A Equação Receita: custos e despesas são iguais ao Resultado.
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
Dessa operação, pode-se ter dois tipos de resultados: lucro ou prejuízo. Quando o resultado for menor que zero, 
teremos prejuízo, quando o resultado for maior do que zero, teremos lucro. Observe:
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com o orçamento
Figura 1.7: Prejuízo ou Lucro.
RESULTADO < <0 = = PREJUÍZO
RESULTADO> >0 = = LUCRO
Legenda: Resultado menor do que zero indica prejuízo, resultado maior do que zero indica lucro.
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
Além disso, é importante estimar os valores a serem pagos com impostos (Imposto de Renda e Contribuição 
Social), que dependem da opção de tributação escolhida pela organização. Você também deverá lançar correta-
mente os valores, o que depende do regime adotado.
1.4 Regimes
O conceito de regime adotado no setor contábil é bem relevante, mas confunde algumas pessoas. Existem dois 
tipos de regime: de caixa e de competência. Antes de começar a organização do seu planejamento e o orçamento 
empresarial, é importante que você saiba caracterizá-los. 
1.4.1 Regime de Caixa
No regime de caixa, a movimentação é contabilizada no momento da entrada ou da saída efetiva de valores do 
caixa. Exemplos: quando você paga uma conta de telefone no dia cinco de cada mês, o regime de caixa assume o 
dia cinco como a saída efetiva do valor; quando o cliente paga uma duplicata, o momento efetivo do pagamento 
é entendido como regime de caixa.
1.4.2 Regime de Competência
O regime de competência leva em consideração o fato gerador: é assumida contabilmente a realização da venda 
ou da despesa sem considerar o desembolso de caixa. Exemplo: aquisição de um veículo para a frota no mês de 
janeiro, com pagamento em 36 parcelas. No regime de competência, é assumido o valor total do veículo no mês 
de janeiro (e não cada parcela mensal). 
Na tabela seguinte, você pode observar um comparativo entre os dois tipos de regime para uma venda no mês de 
março no valor de R$ 9.000,00. O montante será recebido em 30, 60 e 90 dias. Como isso será contabilizado no 
regime de caixa e no regime de competência? Confira.
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com o orçamento
Tabela 1.1 1.8: Regime de Caixa X Regime de Competência.
  Março Abril Maio Junho
Regime de Caixa R$ - R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 
Regime de Competência R$ 9.000,00 R$ - R$ - R$ - 
Legenda: no regime de competência o valor total da venda é lançado em um só mês, refletindo o 
desembolso presente e futuro. Já no regime de caixa, é lançada cada parcela, mês a mês.
Fonte: Elaborada pelo autor (2017).
Como você pode observar, articular o planejamento orçamentário com o planejamento geral da organização é 
fundamental, mas não é tarefa fácil. Por onde começar? É o que veremos a seguir. 
1.5 Começando a planejar o orçamento
Depois de tantos referenciais teóricos que vimos durante os tópicos anteriores, você deve estar se perguntando: 
por onde começar a fazer um orçamento? Um bom planejamento orçamentário deve estar alinhado ao planeja-
mento geral da organização, ser claro e apresentar começo, meio e fim. Como o orçamento de uma organização 
afeta profundamente todos os setores, para que haja engajamento dos colaboradores, é importante que eles 
participem na elaboração do planejamento, a fim de ficarem comprometidos com a execução das propostas.
Primeiro, antes de começar a pensar em desenvolver um orçamento empresarial, é de extrema importância o ali-
nhamento de dois aspectos: quem será o responsável pelo planejamento do orçamento; e quais são as necessida-
des e estratégias organizacionais definidas para o período a ser coberto pelo planejamento. É o que veremos agora.
1.5.1 Responsabilidade 
É necessário definir quem será responsável pela confecção do orçamento. Ele pode ser desenvolvido em uma 
única área, para a empresa toda, também existe a possibilidade de um orçamento ser elaborado de maneira 
setorial e, ainda, ele pode ser construído de maneira participativa. Existem vários modelos, e a escolha de qual 
deles adotar cabe ao gestor. Um exemplo de responsabilidade de um setor é quando a Controladoria realiza o 
planejamento orçamentário de toda a organização de acordo com os valores realizados em períodos anteriores e 
aplica somente um reajuste pré-fixado.
Normalmente, o planejamento orçamentário participativo é a alternativa mais utilizada, pois proporciona a inte-
gração entre todos os departamentos. Isso permite consolidar em um único orçamento global diversos orçamentos 
parciais, sendo possível analisar e checar as prioridades, as necessidades e os cronogramas de cada setor, confron-
tando-os em relação aos investimentos despendidos. Como planejamento orçamentário participativo, cada gestor 
pode administrar seus custos e as despesas em prol dos objetivos gerais, que devem ser devidamente analisados.
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Planejamento e Orçamento Empresarial | Unidade 1 - Alinhando as estratégias empresariais 
com o orçamento
Figura 1.8: Orçamento Participativo.
Legenda: O orçamento participativo ajuda na tomada de decisões e no alinha-
mento das necessidades de diferentes setores e departamentos.
Fonte: ID: 56124526
1.5.2 Análise de necessidades e estratégias da organização
Um planejamento orçamentário é sustentado com duas variáveis: o que e quando. Portanto, é importante anali-
sar as necessidades e estratégias da empresa para um período predefinido, que geralmente é de um ano (o cha-
mado exercício). A alta administração poderá fazer as análises de acordo com o resultado esperado para o perí-
odo, ponderando sobre questões como: a inclusão de um novo produto na linha de produção; abertura de uma 
nova filial; redução do quadro de funcionários; encerramento de alguma unidade; cortes em despesas etc. Tudo 
isso é considerado ao iniciar o planejamento orçamentário de um próximo exercício. Saber avaliar o passado e o 
presente é fundamental para enfrentar desafios no futuro e manter aquilo que a entidade julga ser satisfatório.
Agora, você já sabe como iniciar o planejamento orçamentário, alinhado com o planejamento geral da empresa. 
O detalhamento de como fazer isso na prática você verá nas próximas unidades. Lembre-se sempre de que as 
empresas operam com pessoas (público interno) e para pessoas (público externo). E as pessoas são dinâmicas e 
agem subjetivamente. Embora possamos utilizar a probabilidade para verificar tendências, é impossível ter uma 
“receita de bolo” para saber qual produto ou serviço será um sucesso de vendas e qual fracassará, assim como 
não existe receita para fazer um planejamento infalível.
Por isso, realizar o planejamento e o orçamento empresarial é uma arte: é necessário considerar a interação entre 
sistemas e entre diferentes componentes. Este é o seu desafio como administrador e como gestor!
Agora que você domina os principais conceitos sobre planejamento e orçamento, vá até o 
Fórum e coloque em prática seus novos conhecimentos. Debata sobre a situação pro-
blema com seus colegas, coloque suas propostas, participe!
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Considerações finais
Nesta unidade, você viu que o Orçamento Empresarial é uma ferramenta 
indispensável para qualquer organização que queira fazer planejamentos 
futuros, de pequeno, médio ou longo prazos. Os orçamentos auxiliam na 
realização do planejamento, facilitando as tomadas de decisões. Neste 
percurso, você aprendeu que:
• as organizações podem ser consideradas sistemas abertos, com 
unidades de entrada, processamento e saída;
• por serem sistemas abertos, demandam planejamento para atin-
girem seus objetivos;
• o planejamento é um método para se alcançar um determinado 
objetivo;
• os planejamentos podem ser categorizados em estratégicos, táti-
cos e operacionais;
• o orçamento é a expectativa de dispêndio para alcançar um deter-
minado objetivo ou meta;
• o planejamento orçamentário pode ser realizado por período ou 
por projeto;
• os componentes do orçamento são: receitas, custos e despesas;
• o resultado (lucro ou prejuízo) é obtido pela equação: receita – 
custos – despesas;
• o planejamento orçamentário começa pela definição de respon-
sabilidades e pela análise dos objetivos e das estratégias empre-
sariais em um dado período de tempo.
Referências bibliográficas
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FALCONI, V. O verdadeiropoder. 2. ed. Nova Lima: Falconi, 2009.
FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 
5. ed., rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2009.
SANVICENTE, A. Z.; SANTOS, C. C. Orçamento na administração de 
empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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