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UNIP - Universidade Paulista _ Direito adm modulo 8

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07/11/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/19
 SERVIDOR PÚBLICO[1]
Servidor público é espécie do gênero agente público, daí porque é necessário
conceituar e classificar agente público para obter o conceito de servidor público. 
1. Conceito: Agente público é toda pessoa física incumbida de uma função pública,
seja em caráter transitória ou definitiva, com ou sem remuneração. Como exemplo,
podemos citar mesários, magistrados, membros do Ministério Público, chefes do
Executivo etc.
Quanto aos direitos dos servidores o art. 39, §3° da CF, determina que sejam
aplicados vários direitos dos trabalhadores em geral aos ocupantes de cargos
públicos, tais como: 13° salário, licença-gestante, licença-paternidade, adicional de
férias, repouso semanal remunerado, etc.
2. Classificação: agentes políticos, ocupantes em cargo em comissão, contratados
temporários, agentes militares, servidores públicos estatutários, empregados
públicos e particulares em colaboração com o poder público.
a) Agentes Políticos
 Não uniformidade na doutrina sobre o conceito de agente político, existe o
conceito amplo e o conceito restrito. No sentido amplo, quem quer que exerça a
atribuição constitucional com independência funcional é considerado agente político,
assim são agentes políticos, os chefes do poder executivo, seus auxiliares, membros
do poder legislativo (vereador, deputados e senadores), membros do judiciário (juiz,
desembargado e ministro), membros do MP, membros dos do tribunal de contas e os
representantes diplomáticos.
Este entendimento é defendido por Hely Lopes Meirelles, para quem os agentes
políticos ficam a salvo de responsabilização civil por simples erros de atuação,
respondendo somente se atuarem como culpa grosseira, má-fé ou abuso de poder.
 Já pelo conceito restrito, agente político liga-se a idéia de agente função
política e de governo que é destinada a direção geral e suprema do estado. Com
fixação de diretrizes, metas, planos governamentais, bem como é exercida a priori.
Assim, no Brasil somente seriam agentes políticos os chefes do poder Executivo, seus
auxiliares imediatos e os membros do poder legislativo. Nem mesmo os magistrados
em geral seriam considerados agentes políticos, pois o que o judiciário faz é o direito
mediante um controle a posteriori.
 O STF já entendeu que magistrado é agente político, pois investido no
exercício de atribuições constitucionais, dotados de plena liberdade funcional com
prerrogativas próprias e legislação especifica.[2] Nesta linha de entendimento, é
defensável que os membros do Ministério Público, sejam considerados agentes
políticos, notadamente em razão das ações de controle a eles atribuídas na CF, art.
129[3], este conceito restrito é defendido por Maria Sylvia Zanella di Pietro.
b) Ocupantes de Cargos em Comissão
07/11/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/19
Conhecidos popularmente como “cargos de confiança”, os cargos em comissão ou
comissionados estão reservados as atribuições de direção, chefia e
assessoramento (artigo 37, V, da CF).
O regime jurídico dos ocupantes de cargos em comissão vem parcialmente
disciplinado, no âmbito federal, pela Lei nº 8112/90 – Estatuto do Servidor Público.
(ver referido Lei).
Esses cargos são acessíveis sem concurso público, mas providos por nomeação
política. De igual modo, a exoneração é ad nutum, podendo os comissionados ser
desligados do cargo imotivadamente, sem necessidade de garantir o contraditório,
ampla defesa e direito ao devido processo legal.
Exemplos de cargos em comissão os de assessoria parlamentar e os subprefeitos.
Cabe ressaltar que os comissionados, como não exigem concurso, podem ser
ocupados por indivíduos sem qualquer relação permanente com o Estado. Porém, a
legislação estabelecerá os casos, condições e percentuais em que os cargos em
comissão deve ser preenchidos por servidores públicos de carreiras (art. 35, V, da
CF).
No âmbito federal, o Decreto n. 5.497/2005 definiu os percentuais. (ver referido
Decreto).
NÃO SE DEVE CONFUNDIR: cargo de confiança (comissionado) com função de
confiança. As funções de confiança também se relacionam exclusivamente com
atribuições de direção, chefia e assessoramento (ar. 37, V, CF), mas só podem ser
exercidas por servidores de carreira. Pressupõem, portanto, que o indivíduo que
irá exercer a função de confiança pertença aos quadros de pessoal da Administração.
Exemplo: a função de chefia na procuradoria do município só pode ser exercida por
um procurador concursado. A livre nomeação para funções de confiança, portanto,
depende de vinculação prévia com o serviço público.
c) Contratados Temporários
Esses ocupam função temporária, ele é contratado por tempo determinado a atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme artigo 37, IX da
CF[4]. Na esfera federal a Lei 8.745/93 regulou o disposto no referido artigo, bem
como no seu art. 2° enumerou as causas de necessidade temporária de excepcional
interesse público. Como exemplo, podemos citar combate a surtos endêmicos,
admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro e etc.
Para a função temporária não se exige o concurso público, o que a lei prevê em
alguns casos é o processo seletivo simplificado.
 d) Agentes Militares
São os membros das policias militares e dos corpos de bombeiros militares, dos
Estados, do DF, dos Territórios e também das forças armadas (marinha, exercito e
aeronáutica), submetidos respectivamente aos artigos 42 e 142 da CF.
Aos militares são vedados os direitos de greve a associação sindical, conforme
art.142, § 3°, IV e 42 da CF.
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/19
 e) Servidores Públicos Estatutários
Já se viu que servidos público é aquele que mantém com o estado da administração
pública direta vinculo empregatício, sendo remunerado pelos cofres públicos. No
sentido estrito, servidor público é aquele quem mantém com o estado ou com
entidade de direito público da administração indireta, vinculo empregatício, sendo
remunerado pelo cofres públicos.
 A distinção é relevante, pois a CF, no Capitulo VII, Título III, traz duas
seções, com regra aplicáveis ao servidor público, sendo que na sessão primeira, as
regras são dirigidas ao servidor público em sentido amplo, e na sessão segunda, cuja
a rubrica é “dos servidores públicos”, há regras aplicáveis ao servidor público em
sentido restrito.
A propósito, antes da EC 19/98, a rubrica desta cessão era dos servidores públicos
civis. Assim, o estatuto federal sobre os servidores públicos, ou seja, a Lei 8.112/90,
enunciava “a lei dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis, da
união, das autarquias públicas federais”.
O servidor estatutário ocupa cargo público submete-se a regime institucional, pois é
regido por lei (estatuto) de cada ente da federação. A lei que estabelece o regime
jurídico do servidor público pode ser alterada por nova lei, desde que não prejudique
o direito adquirido.
Na esfera federal a Lei de regência é a 8.112/90. (ver referida Lei)
f) Empregados Públicos
Ocupam empregos públicos, submetem-se a contrato de trabalho, são regidos pela
CLT, como o regime é contratual ele não pode ser alterado unilateralmente pela
administração pública.
Empregos públicos existem nas pessoas jurídicas de direito privado na administração
pública indireta, ou seja, nas fundações de direito privada instituídas pelo poder
público, nas empresas públicas e nas sociedades de economia mista, alias para as
empresas públicas e sociedades de economia mista que exploram a ordem economia,
isso decorre do disposto no artigo 173, §1°, II da CF, como exemplo CEF e Banco do
Brasil.
Pesquisar medida cautelardos autos da ADI 2135-4 o STF suspendeu a
eficácia do artigo 39 caput da CF com a redação dada pela EC n. 19/98, com efeitos
ex nunc de sorte que voltou a vigorar a redação original do artigo 39 caput que
vigorou o regime jurídico único.
g) Particulares em Colaboração com o Poder Público
São pessoa alheias ao poder estatal que prestam serviços ao estado, sem vinculo
empregatício com ou sem remuneração. Os serviços que prestam decorrem de:
- Delegação do poder público: são os empregados dos concessionários, os que
exercem serviços notariais e de registros, os leiloeiros, os tradutores e interpretes
públicos, submetem-se a fiscalização do poder público e são remunerados pelos
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usuários do serviço. Também denominados por HeLy Lopes Meirelles por agentes
delegados.
- Nomeação, designação ou requisição: são os que prestam serviços relevantes
ou funções públicas relevantes, ou seja exercem um munus público. Como exemplo
podemos citar os mesários, jurados, membros do conselho tutelar, membros de
comissões de estudo ou de trabalho e etc. em geral não são remunerados. Também
denominados por HeLy Lopes Meirelles por Agentes honoríficos
- Gestão de negócios: São os que assumem a gestão da coisa pública em razão de
situações excepcionais para fazer frente as necessidades urgentes como em casos de
enchentes, epidemias e etc.
3. Considerações sobre Cargo Público
a) Criação e extinção
Os cargos públicos são criados por lei, que fixa sua atribuição e seus vencimentos,
com exceção dos serviços auxiliares do legislativo que se criam por atos da câmara
dos deputados e do senado federal conforme artigos 51, IV e 52 ,XII da CF. No
entanto, como a EC 19/98 alterou a disposição a redação destes dispositivos exigindo
lei para fixação da remuneração dos cargos, na pratica a lei será necessária, pois de
nada adianta criar cargos sem fixar remuneração.
A extinção dos cargos públicos obedece a mesma forma de sua criação, trata-se a
aplicação do principio do paralelismo das formas.
b) Classificação dos cargos públicos
Os cargos públicos pertencem ao quadro do órgão público que se inserem, os cargos
podem ser classificados em isolados ou de carreira. Os cargos de carreira são os
escalonados em classes sendo que, as classes são os degraus na carreira. O
escalonamento em classes é feito de acordo com o nível de responsabilidade e a
complexidade das atribuições. Classe é o conjunto de cargos de mesma natureza de
trabalho. Já os cargos isolados são os que não se inserem em carreira.
Lotação ou redistribuição, lotação é o numero total de um quadro de funcionários de
um órgão público, a redistribuição é a passagem de um cargo de determinado
quadro, para outro quadro relativo a outro órgão.
c) Provimento
Para alguns é o ato pelo o qual o servidor é investido no cargo, para outros é o ato
pelo qual o servidor é investido no cargo, emprego ou na função. O provimento
classifica-se em: provimento originário e provimento derivado.
O provimento originário é aquele que vinculo o servido em cargo, emprego ou
função. Para o cargo, o provimento originário é a nomeação. Para o emprego ou
função temporária é a contratação. Para função de confiança é a nomeação.
O provimento derivado é aquele que depende de anterior vinculação do servidor com
a administração.
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A atual constituição, no art. 37, II, estabelece que a investidura em cargo ou
emprego público, necessita de concurso público. A Constituição revogada exigia
concurso público para a primeira investidura, o que possibilitava a existência de
certas modalidades de provimento derivado como a readmissão. No entanto diante
da nova ordem constitucional que exige o concurso público a investidura, não apenas
a primeira, algumas modalidades de provimento derivado tornaram-se incompatíveis
com a nova ordem constitucional.
São modalidades compatíveis com a Constituição Federal de 1988, as seguintes
modalidades de provimento derivado:
Reversão ex oficio: a reversão é sempre a volta do aposentado ao serviço público e
se tratando da reversão ex oficio, ela é determinada pela administração quando o
servidor aposentado por invalidez não mais ostentar a incapacidade que determinou
sua aposentadoria. No estatuto federal, a reversão esta prevista no art. 25, I, da Lei
8112/90
Reversão a pedido: tal previsão esta prevista no art. 25, II, da Lei 8112/90.
d) Aproveitamento
É o reingresso do servidor estável que estava em disponibilidade remunerada no
mesmo cargo ou em outro cargo de compatíveis atribuições e remuneração.
e) A estabilidade
 Com o encerramento do estágio probatório, e sendo confirmado na carreira, o
servidor público adquire direito à permanência no cargo, ficando protegido contra a
exoneração "ad nutum". A esse direito de permanência no cargo dá-se o nome de
estabilidade.
É adquirida após três anos exercidos no cargo, e o servidor estável somente perderá
o cargo em situações excepcionais, conforme art. 41, da CF. Exceção feita aos
cargos vitalícios (magistrados, membros do Ministério Público e membros dos
Tribunais de Contas), cujo estágio probatório sempre foi indubitavelmente de dois
anos.
Durante ao estágio probatório, o servidor somente licenças e afastamentos nas
hipóteses do artigo 20, § 4º da Lei n. 8112/90 (ver referido dispositivo).
 f) Reintegração:
É o direito do servidor estável de retornar ao cargo que titularizava em razão de
ilegal desligamento do cargo. Na CF/88 esta prevista no art. 41, §1°. Neste sentido
estabelece que a invalidação por sentença judicial da demissão do servidor estável
da direito a reintegração, não obstante como a administração pode anular seus atos
ilegais em razão do poder de autotutela. A doutrina entende que a reintegração
também pode advir de decisão administrativa (Sumulas 346 e 473 do STF – referem-
se à autotutela).
Embora a Constituição e a doutrina, nesta última quando conceitua reintegração
disponha que ela é direito de servidor estável, também o servidor não estável, caso
seja desligado do cargo por ato da administração, tem direito a que se observe o
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contraditório e a ampla defesa no processo administrativo, como impõe o art. 5º, inc.
LXXV, da CF/88.
Na hipótese do não estável ser ilegalmente desligado do cargo, e caso ele consiga
anular o ilegal desligamento o efeito será a reintegração. Pois neste caso a anulação
tem efeitos ex tunc, ou seja, retirando todos os atos ilegais e todos os efeitos deles
decorridos. 
Recondução: é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, por
ter sido inabilitado em estagio probatório relativo a outro cargo ou em razão da
reintegração de anterior ocupante art. 29 da Lei 8112/90.
g) Readaptação:
 É uma espécie de transferência efetuada a fim de prover o servidor em cargo mais
compatível com a superveniente limitação de sua capacidade física ou mental,
conforme apurado em inspeção médica. Exemplo: motorista de caminhão de
prefeitura que, após acidente causador de deficiência visual parcial, é readaptado
para a função de auxiliar de garagem.
Na hipótese de o readaptado, diante da gravidade de sua limitação, se julgado
incapaz para o serviço público, ele será aposentado.
h) Promoção
É uma forma de provimento derivado, pois só pode favorecer os servidores públicos
que já ocupam cargos públicos em caráter efetivo.
Além da aprovação em concurso público, os demais requisitos para o ingresso e o
desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos
pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública
Federal e seus regulamentos (ver artigo10, parágrafo único , da Lei n.
8112/90)
i) Vacância
É o ato administrativo pelo qual o servidor é destituído do cargo, emprego ou função.
Na Lei 8112/90, conforme art. 33, as hipóteses de vacância são:
-exoneração
-demissão
-promoção
-readaptação
-aposentadoria
-posse em outro cargo inacumulável
-falecimento.
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4. Normas Constitucionais sobre Servidores Públicos
a) Acessibilidade para cargos, funções e empregos públicos
O art. 37, I, CF/88, dispõe que os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos previstos em lei, assim como
aos estrangeiros na forma da lei. Quanto aos brasileiros, somente a CF pode
distinguir os natos dos naturalizados, como faz no art. 12, §3° da CF, ao enumerar os
cargos privativos de brasileiros natos.
Quanto aos estrangeiros, a menção a respeito deles no inciso 1° do art. 37 foi
introduzida pela EC 19/98. Não obstante, antes desta Emenda já se admitia a
contratação de estrangeiro para função temporária do art. 37, IX, CF. Assim é que a
Lei 8.745/93, no art. 2°, V, previu a contratação de professor e professor-visitante
estrangeiro. Também a EC 11/96 que acrescentou o §2° ao art. 207, CF, facultando
as universidades e as instituições de pesquisa científica e tecnológica a admissão de
professores, técnicos e cientistas estrangeiros na forma da lei.
b) Condições de ingresso
O art. 37, II, estabelece que a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
conforme o caso, ressalvadas as nomeações para os cargos em comissão.
Concurso público é o procedimento administrativo instaurado pelo Poder Público para
selecionar os candidatos mais aptos ao exercício de cargos e empregos públicos.
Importante destacar que a CF/88 não admite concurso público exclusivamente
de títulos.
O art. 37, III, dispõe que o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez por igual período.
O prazo de validade inicial do concurso é de até dois anos, e não necessariamente de
dois anos. Por igual período, deve-se entender prazo equivalente ao prazo de
validade inicial.
Com igual teor, o artigo 12 da Lei nº 8112/90: “o concurso público terá validade de
dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período”.
O prazo de validade deve ser contado a partir da data da homologação do concurso.
O art. 37, IV, CF, estabelece que durante o prazo prorrogável previsto no edital de
convocação, aquele aprovado no concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade para assumir cargo ou emprego na carreira.
A Lei 8112/90 veda a abertura de novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
O art. 37, § 8º, da CF/88 determina que a lei reserve percentual dos cargos e
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência, e defina os
critérios de sua admissão. A Lei 8112/90 no art. 5°, 2 §° assegura às pessoas
portadoras de deficiência o direito de se inscreverem em concurso público para
07/11/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que
são portadoras e para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas
no concurso. Há autores que defendem que ao menos uma vaga deve ser oferecida
nos concursos públicos às pessoas portadoras de deficiência.
O objetivo do constituinte foi estabelecer uma espécie de “reserva de mercado”,
criando condições para as pessoas com deficiência disputarem vagos no serviço
público. A reserva de vagas é , assim, um desdobramento da proibição de
discriminação contra o trabalhador portador de deficiência (art. 7º, XXXI, da CF).
c) Estágio probatório
No exato momento em que entra em exercício, o servidor ocupante de cargo público
ou vitalício inicia o estágio probatório, um período de avaliação durante o qual
deverá demonstrar aptidão e capacidade para o exercício do cargo, observados os
fatores: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade,
responsabilidade.
Durante o período de estágio probatório, o servidor poderá exercer quaisquer cargos
de provimento em comissão ou função de direção ou chefia ou assessoramento,
desde que no mesmo órgão ou entidade.
Nos casos dos três únicos cargos públicos vitalícios existentes no Brasil,
magistrados, membros do Ministério Público e membros do Tribunal de Contas, o
estágio probatório tem duração de 2 anos, após os quais o servidor adquire
vitaliciedade, só podendo perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
Quanto aos cargos efetivos, a duração do estágio probatório envolve controvérsia,
e a despeito dela, a corrente majoritária sustenta que a duração atual do estágio
probatório é de 3 anos.
Para melhor doutrina, desde a promulgação da EC 19-98, a duração do estágio
probatório e o período de aquisição de estabilidade foram simultaneamente ampliado
para 3 anos.
E o que se entende por estabilidade ?
Com o encerramento do estágio probatório, e sendo confirmado na carreira, o
servidor público adquire direito à permanência no cargo, ficando protegido contra
exoneração ad nutum. A esse direito à permanência no cargo dá-se o nome de
estabilidade.
Assim, o servidor estável só perderá o cargo em virtude de:
- sentença judicial transitada em julgado
- processo administrativo disciplinar com garantia de ampla defesa.
- procedimento de avaliação periódica de desempenho, assegurada a ampla
defesa (artigo 41, parágrafo 1, III da CF)
- redução de despesas (artigo 169, parágrafo 4 da CF). Esse dispositivo foi
acrescentado pela EC 19-98, medida posteriormente regulamentada pela Lei
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Complementar n. 101-2000- Lei de Responsabilidade Fiscal. O objetivo dessas novas
regras foi estabelecer mecanismos para diminuir despesas públicas com o
funcionalismo.
d) Direito à livre associação sindical
O art. 37, VI, CF garante ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
Trata-se de norma de aplicação imediata que não exige qualquer regulação por lei.
Recorde-se que aos militares é vedada a sindicalização.
e) Direito de greve
O art. 37, VII, CF concede aos servidores públicos o direito de greve, que será
exercido nos termos e nos limites concedidos em lei específica. Ao tempo da redação
original da CF o exercício do direito de greve dependia de lei complementar. A EC
19/98 alterou o art. 37, VII, substituindo lei complementar por lei específica.
O STF entendia que os servidores tinham direito de greve, mas que enquanto não
fosse editada a lei mencionada no art. 37, VII, o direito de greve não poderia ser
exercido (MI 485/MT- julgamento de 22/04/2002).
Recentemente, o STF modificou a jurisprudência julgando os mandados de injunção
670, 708 e 712 passando a entender que diante da omissão legislativa em dar
cumprimento ao disposto no art. 37, VII, CF, aplicar no que couber a lei da iniciativa
privada sobre a greve (Lei 7883/89). Ficou decidido que essa solução pode ser
estendida às impetrações futuras de mandado de injunção por meio de decisão
monocrática do relator.
Obs.: aos militares é vedado o direito de greve.
f) Sistemas remuneratórios
São dois os sistemas remuneratórios existentes: o sistema de remuneração e o
sistema de subsídio.
O sistema de subsídio é fixado em parcela única, vedado o acrescimento de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória (art. 39, §4°).
Apesar de a CF mencionar parcela única, vedando acréscimos, os agentes em regime
de subsídio, a eles cabeindenização pelos gastos efetuados em razão da função.
Caso contrário, haveria enriquecimento ilícito do Estado. Assim, admite-se
pagamento de diárias, ajudas de custo, etc. Igualmente incidem os direitos relativos
ao art. 39, §3°, CF, tais como: adicional de férias, 13° salário, licença-gestante, etc.
Serão obrigatoriamente remunerados por subsídios:
i) os membros de Poder (os Chefes do Poder Executivo, os membros do Poder
Legislativo e os membros do Poder Judiciário- art. 39, § 4º) e seus auxiliares
imediatos;
ii) ministros de Estados e os secretários estaduais e municipais, que também
constam do art. 39, §4° da CF;
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iii) os membros do MP (art. 128, §5°, I,”c” da CF);
iv) os ministros do TCU (art. 73, §6°,V CF);
v) os integrantes da AGU, os procuradores dos Estados e do DF e os Defensores
Públicos (art. 135, CF);
vi) os servidores policiais (art. 144, §9° da CF).
São facultativamente remunerados por subsídios os servidores públicos organizados
em cargos de carreira, desde que haja opção nesse sentido pela lei da respectiva
esfera de governo. Assim é que os procuradores municipais que sejam organizados
em carreira poderão ter sua remuneração fixada em subsídio desde que haja lei
nesse sentido.
Sistema de remuneração ou de vencimentos, por sua vez, é reservado para
servidores públicos não sujeitos ao sistema de subsídios.
Os vencimentos compõem-se do padrão fixado em lei, ou vencimento-base,
vencimento-padrão ou simplesmente vencimento, e mais as vantagens pecuniárias.
As vantagens pecuniárias são de três ordens: as indenizações, os adicionais e as
gratificações.
As indenizações ou verbas indenizatórias destinam-se a compensar o servidor pelas
despesas efetuadas em razão do exercício do cargo. Ex: diária, ajuda de custo,
auxílio-transporte, etc.
g) Teto de remuneração e subsídios
A CF sempre preocupou-se em fixar um teto (ou seja, um valor máximo para
pagamento do pessoal da Administração Pública), mas o entendimento
jurisprudencial no sentido de que as vantagens pessoais e as vantagens relativas à
natureza e ao local do trabalho não se incluíam no teto impediu que a norma
constitucional fosse inteiramente aplicada.
As emendas 19/98 e 41/03 alteraram a redação do art. 37, XI na tentativa de impor
o teto remuneratório. O dispositivo em apreço impõe que no valor do teto sejam
computadas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, e, com isso,
pretende-se evitar o entendimento jurisprudencial antes mencionado.
A EC 97/05 que tem efeitos retroativos à EC 41/03, acrescentou o inciso XI ao art.
37, estabelecendo que não serão computadas as verbas de caráter indenizatório
previstas em lei para efeito do limite remuneratório de que trata o inciso XI do art.
37, isto é, as verbas indenizatórias ficam de foram da aplicação do teto.
O teto abrange toda Administração direta e indireta, inclui os agentes de todos os
Poderes, das diversas esferas de governo, excluindo tão somente o pessoal das
empresas públicas, das sociedades de economia mista e de suas subsidiárias que não
recebam recursos das pessoas políticas para pagamento de despesas de pessoal ou
de custeio em geral (art. 37, §8° da CF).
O teto abrange os vencimentos, os subsídios, os proventos (valor que recebe aquele
que está em inatividade) e pensões (valor que recebe o dependente do servidor
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público falecido).
O servidor em regime de acumulação lícita de cargos, empregos ou funções, está
submetido à regra do teto, o que significa que todos os valores recebidos devem ser
somados e detidos pela aplicação do teto.
O limite remuneratório é o subsídio mensal em espécie dos Ministros do STF. Além
disso, no âmbito dos estados do DF valem como teto (subteto) do Poder Executivo o
subsídio mensal do Governador. No âmbito do Poder Legislativo, o subsídio mensal
dos Deputados Estaduais e Distritais, e no âmbito do Poder Judiciário o subsídio dos
desembargadores dos TJ, limitado a 90, 25% dos subsídios dos Ministros do STF, o
qual é aplicável também aos membros do MP, aos procuradores e aos defensores
públicos.
A EC 47/05 acrescentou ao art. 37, §12°, possibilitando aos Estados e ao DF fixar,
em seu âmbito, mediante emenda as respectivas constituições e lei orgânica como
limite único o subsídio mensal do respectivo Tribunal de Justiça, não se aplicando
esta disposição aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais. Nos municípios, o
subsídio do prefeito é o teto de remuneração.
h) Proibição de acumulação remunerada de cargos empregos e funções
O artigo 37 inc. XVI e XVII veda a acumulação de cargos empregos e funções na
administração direta e indireta, incluído ainda, as subsidiárias de empresas publicas
e sociedades de economia mista alem das sociedades controladas direta ou
indiretamente pelo poder publico.
Existem algumas exceções as primeiras delas constam no art. 37, XVI, “a”, “b”,
“c” da CF, e havendo compatibilidade de horários e observado o disposto o
art. 37, XI, podem ser acumulados, dois cargos de professor, um cargo de
professor, com outro técnico ou cientifico, por fim, dois cargos ou empregos
privativos do profissional de saúde com profissões regulamentadas.
Ainda temos outras regra com relação a cumulação, conforme Art. 38 inc. III, da
CF dispõe que o servidor publico da administração publica direta, autárquica e
fundacional, investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo.
Referente a este tema, não havendo compatibilidade de horários ele será afastado de
seu cargo emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
Art. 95, parágrafo único, I da CF veda que os juízes exerçam ainda que
indisponibilidade outro cargo ou função, salvo uma de magistério. A jurisprudência
tem entendido que não importa quantos vínculos profissionais o magistrado mantém
com as instituições de ensino, pois tudo se resume a uma função de magistério.
A resolução n.° 13 do CNJ, estabelecei no art. 8°, II, a, que a remuneração ou
provento decorrente do exercício do magistério fique excluída da incidência do teto
remuneratório constitucional.
Art. 128, §5°, II, d, da CF, veda aos membros do MP, o exercício ainda que
indisponibilidade de outra função pública, salvo uma de magistério.
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i) Aposentadoria
Conceito: é o direito a inatividade remunerada, o aposentado recebe proventos que
é espécie de remuneração. Que em esta em disponibilidade remunerada também
recebe proventos.
As normas constitucionais sofreram modificações pelas emendas 20/98, 41/03 e
47/05, sendo que esta ultima tem efeitos retroativos a emenda 41/03.
O regime de previdência do servidor publico que esta no artigo 40 da CF, aplica-se
aos ocupantes de cargos efetivos e também aos ocupantes de cargos vitalícios.
O caput do art. 40 da CF prevê o regime de previdência do servidor publico de
caráter contributivo e solidário tendo em vista que, se apresenta como
contraprestação do poder publico em relação as contribuições recolhidas pelo ente
publico, pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas dos servidores
falecidos.
Como foi dito, o servidor inativo e seu pensionista, também contribuem para o
regime de previdência de servidor publico, ou seja, a contribuição incide sobre
proventos e pensões.
Relativamente ao regime de previdência complementar, dispõe o artigo 40, § 14º, da
CF que os entes da federação desde que instituam o regime de previdência
complementar para os servidores de cargos efetivos poderão fixar para o valor de
aposentarias e pensõeso limite Maximo do RGPS. Quer dizer enquanto não instituído
pelo ente da federação o regime de previdência complementar não é possível aplicar
esta regra. A propósito o regime de previdência complementar do artigo 40, § 14º
estabelece que será instituído por lei de iniciativa do Executivo observando-se as
demais disposições ali contidas.
Essa regra somente será aplicada no serviço público a partir da instituição da
previsão da previdência complementar, bem como a quem ingressou antes disso se
expressamente concordar, artigo 40, §16.
A previdência complementar servirá para compor o restante dos proventos que
superem o limite do RGPS. Provavelmente, por se tratar de previdência
complementar, mesmo aquele que ingresse após a instituição dela não estará
obrigado a contribuir para previdência complementar, mas se não o fizer estará
sujeito a receber do cofre no máximo o limite estabelecido para o RGPS.
A aposentadoria pelas atuais regras admitem três modalidades:
a) Por invalidez permanente, decorrente de incapacidade física ou psíquica, sendo
os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, salvo se decorrente de
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável
na forma da lei, conf. art. 40, parágrafo 1º, inc. I da CF;
b) Compulsória, aos 75 anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, conf. art. 40, §1°, inc. II da CF; ( dispositivo alterado de 70 para 75
anos de acordo com a Emenda Constitucional n 88 de 07 de maio de 2015. Assim, os
servidores da União, dos Estados, do DF e dos municípios poderão trabalhar até os
75 anos antes de serem obrigados a se aposentar. A presidente da República
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promulgou, a LC 152/15, que dispõe sobre a idade máxima para permanência no
serviço público) 
c) Voluntária, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício
no serviço publico e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria,
observadas as seguintes condições: i) 60 anos de idade e 35 de contribuição se
homem, e 55 de idade e 30 de contribuição se mulher; ii) 65 anos de idade se
homem e 60 anos de idade e mulher com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.
Para as pessoas portadoras de deficiência para que exerça a atividade de risco e para
aquelas cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a
saúde ou integridade física, lei complementar poderá estabelecer requisitos e
critérios diferenciados para concessão de aposentadoria, conf. art. 40, §4°.
Para os professores no magistério infantil, ensino fundamental e médio, segundo o
artigo 40, § 5º da CF, os requisitos de idade e tempo de contribuição serão
reduzidos em 5 anos em relação ao disposto no art. 40, §1°, III, “a” da CF.
RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES PÚBLICOS
 Algumas noções sobre responsabilidade do servidor público.
Uma única conduta do servidor público pode desencadear três processos distintos
e independentes:
- Civil : relacionado à reparação de dano patrimonial
- Penal: para apuração de eventual crime
- Administrativo: voltado à aplicação de punições funcionais.
 Daí o Estatuto afirmar que o servidor responde civil, penal e
administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições (art. 121, da Lei nº
8112).
 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou
culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. A responsabilidade penal
abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. A
responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado
no desempenho do cargo ou função.
 A independência das três instâncias vem declarada no artigo 125 da Lei nº
8112/90: “ As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo
independentes entre si”.
 O Estatuto do Servidor Público contempla a única hipótese em que a
decisão de um processo repercute nas outras duas instâncias: a responsabilidade
administrativa e civil do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que
negue a existência do fato ou de sua autoria. 
 Importante destacar que a sentença penal absolutória somente produzirá o
efeito nas demais esferas se o fundamento expresso da decisão for a inexistência do
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fato ou a negativa de autoria. Tendo a absolvição penal qualquer outro fundamento,
como a falta de provas, não haverá repercussão nos processos civis e
administrativos.
 Por fim, é interessante notar que a responsabilidade decorrente de
improbidade administrativa pode ser considerada a quarta esfera de
responsabilidade do agente público.
 
OBSERVAÇÃO: OS ARTIGOS E AS LEGISLAÇÕES MENCIONADAS AO LONGO
DESSE TEXTO DEVERÃO OBRIGATORIAMENTE SER LIDOS PARA MELHOR
COMPREENSÃO E ENTENDIMENTO DA MATÉRIA.
 
 
[1] LER OBRIGATORIAMENTE OS ARTIGOS 39 ATÉ 41 DA CF e a Lei nº
8112/90
[2] RE 228.977/SP
[3] Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I – promover,
privativamente, a ação penal pública, na forma a lei; II – zelar pelo efetivo respeito
dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III –
promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV –
promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção
da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V – defender
judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI – expedir
notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva; VII – exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior; VIII – requisitar diligências
investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos
jurídicos de suas manifestações processuais; IX – exercer outras funções que lhe
forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
[4] IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; ( Lei nº 8.745,
de 9-12-1993, dispõe sobre a contratação de servidor público por tempo
determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público.) servidor público
Exercício 1:
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No que tange às regras da Constitução Federal de 1988 sobre a Administração
Pública, é correto afirmar:
A)
não está vedada a equiparação de remuneração de pessoal do serviço público.
B)
o acréscimo pecuniário percebido pelo servidor deve ser computado para fim de
concessão de acréscimos ulteriores.
C)
a Administração Pùblica, pode, mesmo antes de findar o prazo de validade de um
concurso, realizar um novo concurso e convocar os aprovados neste antes dos
aprovados naquele
D)
os cargos públicos, em tese, podem ser ocupados por estrangeiros.
E)
N.D.A.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 2:
Sobre a acumulação de cargos públicos, assinale a opção correta.
A)
admite-se, excepcionalmente, que o servidor tenha exercício simultâneo em mais de
um cargo em comissão.
B)
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a proibição de acumular não se estende a funções em estatais vinculadas a outro
ente da Federação, desde que já compatibilidade de horários.
C)
via de regra, o servidor pode ser remunerado pela participação em órgãos de
deliberação coletiva
D)
a legislação pátria não admite que o servidor que acumule dois cargos efetivos possa
investir-se de cargo de provimento em comissão
E)
como regra, a proibição de acumular não se estende à acumulação de proventos de
inatividade com a percepção de vencimentos na ativa.,
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 3:
Integra o regime constitucional dos servidores públicos a regra segundo a qual:
A)
as funções de confiança, exercidas exclusivamente por indivíduos que não ocupem
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas ás atribuições de direção, chefia e assessoramento.
B)
é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, mediante
autorização, em casa caso, da pessoa da Administração a que se vincule.
C)
os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
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forma da lei.
D)
a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas, de provas e títulos, ou de títulos, de acordo com a
natureza e complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comoissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração.
E)
o prazo de validade do concurso público será de até quatro anos, prorrogável uma
vez, por igual período.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 4:
As modalidades de aposentadoria no serviço público são
A)
inatividade remunerada, forma e direito de afastamento
B)
formal, por inatividade e voluntária
C)
por invalidez, formal e inatividade remunerada
D)
por invalidez, compulsória e voluntária
E)
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compulsória, inatividade remunerada e direito de afastamento
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 5:
Entre as opções apresentadas, é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, EXCETO quando houver compatibilidade de horários de:
A)
dois cargos de técnico
B)
dois cargos de engenheiro
C)
um cargo de administrador com outro técnico
D)
um cargo de professor com outro técnico ou científico
E)
um cargo de auxiliar administrativo com outro técnico ou científico
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 6:
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Marque a alternativa que apresenta forma de provimento originário de servidor
público civil:
A)
Nomeação
B)
readaptação
C)
remoção
D)
ascensão
E)
N.D.A
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A)

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