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EM_V08_BIOLOGIA PROFESSOR

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Prévia do material em texto

Livro do Professor
Biologia
Volume 8
©Editora Positivo Ltda., 2015
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
B663 Bobato, Vilmarise.
 Biologia : ensino médio / Vilmarise Bobato ; reformulação dos originais de Augusto 
 Borba ; ilustrações Divo ... [ et al. ]. – Curitiba : Positivo, 2016.
 v. 8 : il.
 
 Sistema Positivo de Ensino
 ISBN 978-85-467-0404-0 (Livro do aluno)
 ISBN 978-85-467-0405-7 (Livro do professor)
 1. Biologia. 2. Ensino médio – Currículos. I. Borba, Augusto. II. Divo. III. Título.
 CDD 373.33
Presidente: Ruben Formighieri
Diretor-Geral: Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial: Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial: Júlio Röcker Neto
Gerente de Arte e Iconografia: Cláudio Espósito Godoy
Autoria: Vilmarise Bobato; reformulação dos originais de Augusto Borba
Supervisão Editorial: Jeferson Freitas
Edição de Conteúdo: Milena dos Passos Lima (Coord.), Ana Paula de Amorim, 
Cláudia Wagner de Castro e Luciane Lazarini
Edição de Texto: Paula Garcia da Rocha
Revisão: Mariana Bordignon e Willian Marques
Supervisão de Arte: Elvira Fogaça Cilka
Edição de Arte: Angela Giseli de Souza
Projeto Gráfico: YAN Comunicação
Ícones: ©Shutterstock/ericlefrancais, ©Shutterstock/Goritza, ©Shutterstock/Lightspring, 
©Shutterstock/Chalermpol, ©Shutterstock/Macrovector e ©Shutterstock/Blinka
Imagens de abertura: ©iStockphoto.com/pixdeluxe e ©iStockphotor/Asiseeit 
Editoração: Rafaelle Moraes
Ilustrações: Divo, Eduardo Borges, Jack Art, Luis Moura, Marcos Gomes e Thiago Brayner
Pesquisa Iconográfica: Janine Perucci (Supervisão) e Marina Gonçalves Grosso 
Engenharia de Produto: Solange Szabelski Druszcz
Produção
Editora Positivo Ltda.
Rua Major Heitor Guimarães, 174 – Seminário
80440-120 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3312-3500
Site : www.editorapositivo.com.br
Impressão e acabamento
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC
81310-000 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3212-5451
E-mail : posigraf@positivo.com.br
2018
Contato 
editora.spe@positivo.com.br
Todos os direitos reservados à Editora Positivo Ltda. 
15
16
Sumário
O projeto gráfico atende aos objetivos da coleção de diversas formas. As ilustrações, os diagramas e as figuras contribuem para a 
construção correta dos conceitos e estimulam o envolvimento com os temas de estudo. Assim, fique atento aos seguintes ícones:
Fora de escala numéricaFormas em proporçãoColoração artificial
Imagem ampliadaImagem microscópicaColoração semelhante ao natural
Representação artísticaEscala numéricaFora de proporção
Fisiologia humana: excreção e reprodução .....4
Sistema urinário ....................................................................................................5
Sistema genital ...................................................................................................10
Fisiologia humana: controle e percepção ...... 32
Sistema endócrino ...............................................................................................33
Sistema nervoso ..................................................................................................40
Sistema sensorial ................................................................................................48
Noções de primeiros socorros ..............................................................................56
Acesse o livro digital e 
conheça os objetos digitais 
e slides deste volume.
4
Os rins são órgãos altamente vascularizados e ligados a importantes artérias e veias. São responsáveis por filtrar 
o sangue, retirando resíduos metabólicos e controlando a quantidade de água e sais do corpo. Também auxiliam no 
controle da pressão arterial e produzem hormônios relacionados ao metabolismo do cálcio.
1. A excreção realizada pelos rins é uma das funções vitais dos seres humanos, e alterações em seu funcionamento 
podem desencadear graves consequências ao organismo. O que devemos fazer para manter o bom funciona-
mento dos rins?
2. De que maneira a complexa rede sanguínea dos rins está ligada às funções que esses órgãos desempenham no 
organismo?
Os rins são órgãos altamente vascularizados e ligados a importantes artérias e veias São responsáveis por filtrar
Ponto de partida 
Fisiologia humana
: 
excreção e reprodu
ção 
15
1
Getty Images/MedicalRF.com
55
Objetivos da unidade:
 reconhecer as estruturas e as fun-
ções do sistema urinário humano;
 identificar as diferenças anatômi-
cas e fisiológicas entre os sistemas 
genitais do homem e da mulher e 
discutir aspectos da sexualidade 
humana;
 compreender o processo de game-
togênese humana.
Objetivos da unidade:
reconhecer as estruturas e as fun-
Sistema urinário
Constituído por dois rins e pelas vias urinárias, atua de 
forma harmoniosa com diversos outros sistemas do orga-
nismo, o que favorece a existência de um ambiente interno 
equilibrado, ou seja, a homeostase. Isso se deve ao fato de 
o sistema urinário retirar do sangue os compostos nitrogena-
dos, como amônia, ureia e ácido úrico, produzidos pela degra-
dação de proteínas durante o metabolismo celular, os quais, 
em alta concentração no corpo, tornam-se extremamente 
tóxicos.
Nas mulheres, a uretra 
é mais curta e elimina 
apenas urina.
Nos homens, a uretra 
é mais longa e, além
da urina, também
elimina o sêmen.
Sistema urinário
do homem
Sistema urinário
da mulher
Ureteres
Bexiga
urinária
Uretra
Rins
Rins
Pênis
Bexiga urinária
Ureteres
Testículos
OváriosUretra no
interior
do pênis
Útero
Bexiga urinária
Bexiga urinária
D
iv
o.
 2
01
3.
 D
ig
ita
l.
 Representação esquemática dos sistemas urinários do homem e da mulher
A eliminação de resíduos celulares do corpo humano denomina-se excreção, e os mecanismos utilizados nesse 
processo envolvem diferentes estruturas. Por exemplo, o gás carbônico é transportado pelo sangue e eliminado pelo 
sistema respiratório na expiração; os compostos nitrogenados dissolvidos no sangue são eliminados no suor e, princi-
palmente, na urina.
As fezes, no entanto, não são consideradas uma excreção, pois são formadas pelos restos do processo de digestão, 
e não do metabolismo celular, não sendo resíduos das reações químicas que ocorrem nas células.
Rins 
São dois órgãos castanho-avermelhados que se encontram 
na região abdominal, um de cada lado da coluna vertebral. Apre-
sentam, aproximadamente, 12 cm de comprimento e sua função 
está relacionada à filtragem do sangue, retirando os resíduos me-
tabólicos nitrogenados, principalmente a ureia, que, com a água, 
compõe a maior parte da urina.
Durante a formação da urina, os rins regulam a maioria dos 
constituintes do plasma sanguíneo, como água, sais minerais 
(potássio, cloreto, sódio), glicose, aminoácidos, vitaminas e mui-
tas outras substâncias em menor quantidade. Com isso, o sangue 
conserva as concentrações de seus componentes. 
Ressalte que a composição do suor é semelhante à da urina. Contudo, o que os diferencia é o fato de a 
concentração de sais minerais, ureia e ácido úrico ser bem maior na urina que no suor.
 Córtex
renal
Veia
renal
Artéria
renal
Ureter
Pelve renal
Medula renal
}
 Representação esquemática da 
estrutura interna dos rins
D
iv
o.
 2
01
2.
 D
ig
ita
l.
Veia
renal
Artéria
renal
Medula
Córtex
Cápsulas glomerulares
Artéria
Veia
Ducto coletor Capilares
Ducto
coletor
Alça néfrica
Cápsula
glomerular
Glomérulo
Túbulo contorcido
proximal
Túbulo contorcido
distal
Formação da urina 
A urina é formada seguindo estas três etapas: filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular.
Filtração glomerular
O sangue a ser filtrado entra no rim pela artéria renal e 
chega ao glomérulo sob pressão, fazendo com que apro-
ximadamente 12% de seu plasma passe para a cápsula 
glomerular. Ascélulas do sangue e as moléculas grandes 
(maioria das proteínas) ficam retidas, pois não conseguem 
atravessar as paredes do glomérulo, e voltam para o san-
gue circulante.
O líquido recolhido pela cápsula glomerular contendo 
moléculas pequenas, como água, glicose, aminoácidos, sais 
minerais, ureia, ácido úrico e amônia, denomina-se urina 
primária, que segue pelo túbulo contorcido proximal.
Néfrons 
A formação da urina ocorre no interior das unidades funcionais dos rins, denominadas néfrons (do grego nephros, 
rim). Cada rim apresenta cerca de 1 milhão dessas unidades, as quais são constituídas pela cápsula glomerular (cápsula 
de Bowman) e pelo túbulo renal.
 • Cápsula glomerular: trata-se de uma porção dilatada e em forma de taça que se localiza na extremidade de cada 
néfron. Dentro dessa cápsula, há um pequeno novelo de capilares sanguíneos, denominado glomérulo renal. 
Esses capilares formam-se a partir das ramificações da artéria renal e são responsáveis pela filtração do sangue.
 • Túbulo renal: tubo que, ao sair do glomérulo, percorre um caminho sinuoso e apresenta três regiões, onde 
ocorrem as etapas da formação da urina – túbulo contorcido proximal, alça néfrica (alça de Henle) e túbulo 
contorcido distal, que termina no ducto coletor.
D
iv
o.
 2
01
2.
 D
ig
ita
l.
 Representação esquemática da 
estrutura de um néfron
Capilares do glomérulo
Cápsula
glomerular
Filtrado
glomerular
Solutos
Proteínas
Arteríola
eferente
Arteríola
aferente
Ja
ck
 A
rt
. 2
01
2.
 D
ig
ita
l.
 A passagem de substâncias menores caracteriza a 
filtração glomerular.
Ingerir pouca água dificulta a atividade dos rins e pode ocasionar a crista-
lização de ácido úrico e sais minerais nos inúmeros túbulos no interior desses 
órgãos, formando os cálculos renais, popularmente chamados de “pedras 
nos rins”. Esses cálculos dificultam o funcionamento renal, e sua eliminação 
pode ocorrer com a urina, processo muito doloroso, ou por meio de cirurgia.
 Cálculos renais 
de diferentes 
formas e 
tamanhos
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
Ev
an
 L
or
n
e
6 Volume 8
Reabsorção tubular
Ocorre durante o percurso da urina primária no interior do túbulo renal. Cerca de 99% da água da urina primária 
volta à circulação sanguínea por meio desse processo; apenas 1% dessa água compõe a urina final. Além da água, sais 
minerais, moléculas de glicose e aminoácidos são reabsorvidos e devolvidos ao sangue. 
Após o mecanismo de reabsorção, o líquido que chega ao ducto coletor (final do túbulo renal) apresenta concen-
tração e composição bem diferentes das do plasma sanguíneo.
Secreção tubular
Os capilares sanguíneos localizados ao redor dos túbulos renais condu-
zem, especialmente, ureia do sangue para o interior desses túbulos. Desse 
modo, o excesso de água e sais minerais e os produtos nitrogenados, como 
ureia (excreta principal) e uma pequena quantidade de ácido úrico, che-
gam aos ductos coletores, ocorrendo a formação da urina. 
Do ducto coletor, a urina é conduzida para uma cavidade denominada pelve renal e daí para o ureter. Este conduz 
a urina até a bexiga urinária, que tem capacidade de armazená-la.
Vias urinárias 
Após a filtração do sangue pelos rins, forma-se a urina, líquido que deve ser conduzido pelas vias urinárias para 
posterior eliminação do organismo. Essas vias são formadas pela pelve renal, pelos ureteres, pela bexiga urinária e 
pela uretra.
 • Pelve renal: região dilatada em forma de funil que recebe a urina produzida e a encaminha aos ureteres.
 • Ureteres: dois tubos finos e compridos (25 a 30 cm) que realizam contrações musculares para que a urina possa 
chegar à bexiga urinária.
 • Bexiga urinária: bolsa muscular que armazena a urina até o momento da micção. À medida que a urina se acu-
mula na bexiga, suas paredes elásticas se distendem. A vontade de urinar acontece porque, ao se dilatarem, as 
terminações nervosas dos músculos da parede da bexiga urinária levam o impulso nervoso ao SNC, informando 
que a urina precisa ser eliminada.
 • Uretra: canal que leva a urina da bexiga ao exterior do corpo no momento da micção. Nos homens, a ure-
tra também propicia a passagem do sêmen durante a ejaculação. Neles, esse canal mede, aproximadamente, 
20 cm de comprimento. Já nas mulheres, a uretra é bem menor (medindo entre 4 e 5 cm) e, em seu interior, 
ocorre somente a passagem da urina.
Controle hormonal da excreção urinária 
A reabsorção tubular é controlada por mecanismos hormonais, ou seja, algumas glândulas liberam hormônios que 
atuam na permeabilidade das membranas celulares dos túbulos renais. Com isso, ocorre a passagem de substâncias 
das células tubulares ao sangue.
A aldosterona é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais (adrenais), localizadas acima dos rins. Sua 
função é aumentar a reabsorção ativa de íons, como sódio (Na+). Desse modo, o sangue fica mais concentrado e, por 
osmose, a água passa do túbulo para a corrente sanguínea, ocasionando um aumento na pressão arterial.
Todos os dias, o volume de sangue do co
rpo 
é filtrado várias vezes, mantendo a home
os-
tase e eliminando as excretas. Quanto maior 
a quantidade de líquidos ingerida, maior 
é o 
volume de urina produzida.
Sugestão de texto complementar.2
Biologia 7
 A excreção é uma das funções vitais dos seres vivos, ou seja, se ela não for realizada, em pouco tempo o organismo 
morre. Em relação a esse assunto, elabore um quadro elencando o modo de excreção realizada por peixes, anfíbios, 
répteis, aves e mamíferos. Indique, sobretudo, as diferenças nas principais substâncias excretadas nos ambientes 
aquático e terrestre.
O ADH (hormônio antidiurético ou vasopressina) é produzido 
no hipotálamo e liberado pela região posterior da glândula hipófise 
ou neuro-hipófise. Ao ser lançado na corrente sanguínea, o ADH 
passa a atuar sobre os túbulos renais, tornando as células tubula-
res mais permeáveis à passagem de água, ou seja, esse hormônio 
amplia a capacidade de reabsorção tubular, aumentando o retorno 
da água à corrente sanguínea. Com isso, a urina torna-se menos 
diluída, pois seu volume diminui e sua concentração aumenta.
As bebidas alcoólicas inibem a produção do ADH, diminuindo 
a reabsorção tubular. Isso faz aumentar a quantidade de água na 
urina, deixando-a mais diluída e com volume maior. Consequen-
temente, a pessoa tem mais vontade de urinar.
Problemas renais 
Qualquer problema que afete o funcionamento dos rins ou do sistema urinário ocasiona graves consequências em 
todo o organismo, pois a eliminação dos compostos nitrogenados é interrompida, levando à intoxicação. A água e os 
sais minerais também passam a se acumular nos tecidos e no sangue, fazendo com que a pessoa fique inchada e a 
pressão arterial se eleve.
A perda da função renal, se não tratada, leva a pessoa à morte em duas semanas. Atualmente, esse problema pode 
ser tratado de três maneiras, e todas elas têm como objetivo substituir as funções dos rins: diálise peritoneal, hemodiá-
lise e transplante renal.
A diálise peritoneal é um processo artificial que retira, por meio da filtração, as substâncias indesejáveis acumula-
das pela insuficiência renal crônica. Isso pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana 
peritoneal do próprio paciente.
Na hemodiálise, é feita a filtragem mecânica do san-
gue por meio de uma máquina, o que deve ser realizado 
em hospitais e com intervalos de dois ou três dias, com uso 
concomitante de medicamentos. Esse procedimento debili-
ta os pacientes, que precisam realizá-lo até encontrarem um 
doador compatível para fazer um transplante renal.
Em todos os casos que envolvem transplantes de ór-
gãos, como no transplante renal, a situação é muito de-
licada, pois a pessoa doadora deve ser compatível com o 
paciente receptor. Encontrar um doador compatível não é 
uma tarefa fácil. Por esse motivo, existem muitas pessoas 
aguardando para fazer um transplante.
O diabetes insipidus,doença não relacionada à falta
 de 
insulina ou ao aumento de glicose no san
gue, ocorre 
especialmente por dois motivos: por um
 defeito no 
SNC, que inibe a produção e a secreção de
 ADH, mes-
mo em casos de desidratação, e por uma
 deficiência 
nas células dos túbulos renais, que não re
spondem à 
presença do hormônio. Nos dois casos, o
 resultado é 
uma intensa diurese (poliúria) e, por isso
, as pessoas 
que sofrem desse problema se desidratam
 facilmente 
e têm muita sede.
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
Pi
cs
fiv
e
 Na hemodiálise, uma máquina desempenha 
a função dos rins de filtrar o sangue.
Sugestão de encaminhamento sobre transplante de órgãos.3
Organize as ideias
4 Sugestão de resposta.
8 Volume 8
1. Como os rins auxiliam na manutenção da homeos-
tase no corpo humano? Qual é a relação desse pro-
cesso com o equilíbrio das substâncias dissolvidas no 
sangue?
Os rins realizam a eliminação dos compostos nitrogenados, 
que são tóxicos ao organismo. Além disso, ao filtrarem o 
sangue, possibilitam que este conserve as concentrações de 
seus componentes, mantendo seu equilíbrio também nos 
outros tecidos do corpo.
2. (UEPG – PR) A figura abaixo representa o funciona-
mento de um nefro humano para os mecanismos de 
filtração, reabsorção e secreção. Com relação a todo 
o processo que ocorre no nefro, assinale o que for 
correto.
Fonte: Linhares, S.; Gewandsznajder, F. Biologia hoje, os 
seres vivos. Volume 2. Editora Ática. São Paulo. 2010
X (01) Em 1 e 2, glomérulo e cápsula, respectivamente, 
ocorre a filtração. Nessa etapa, a pressão do san-
gue expulsa, do glomérulo para a cápsula, a água 
e as pequenas partículas dissolvidas no plasma, 
como sais, moléculas orgânicas simples e ureia.
X (02) Em 3 está representado o túbulo contorcido pro-
ximal. As células da parte inicial desse túbulo 
reabsorvem, por transporte ativo, quase toda a 
glicose, os aminoácidos e parte dos sais.
Atividades
X (04) Após a reabsorção da glicose, dos aminoácidos e 
dos sais, o sangue fica mais concentrado que o 
líquido do túbulo. Nessa etapa, boa parte da água 
é reabsorvida por osmose.
(08) Em 5 e 6, alça de Henle e túbulo distal, respec-
tivamente, ocorre a ação dos hormônios aldos-
terona e antidiurético (ADH). Ambos agem para 
eliminar o máximo de água na urina.
(16) Na fisiologia humana, o sistema de controle da 
pressão arterial não está envolvido com os hor-
mônios e o sistema de excreção e reabsorção de 
um nefro.
3. (UFG – GO) Em relação à excreção humana, responda.
a) Quais são os órgãos do aparelho renal humano?
Rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.
b) Quais são as estruturas microscópicas dos rins res-
ponsáveis pela filtração e regulação da composição 
química do sangue?
Néfrons.
c) Qual é a composição normal da urina humana?
A urina deve conter apenas água, sais minerais e excretas 
nitrogenadas, como ureia e traços de ácido úrico.
d) Quais os principais processos que ocorrem, respec-
tivamente, no glomérulo localizado na cápsula de 
Bowman e no túbulo do néfron?
Nos glomérulos, ocorre a filtração do sangue arterial e, 
nos túbulos do néfron, ocorre a reabsorção das substâncias 
úteis ao organismo.
e) Cite uma substância orgânica filtrada que será 
reabsorvida pelo sangue e dê o nome da principal 
substância tóxica que será filtrada e posteriormente 
eliminada pela urina.
Glicose e ureia.
Biologia 9
4. O diabetes mellitus é uma doença relacionada ao aumento da concentração de glicose no sangue em virtude de 
uma deficiência na produção de insulina ou na resposta a esse hormônio, o que afeta de diversas maneiras o 
metabolismo corporal. Um dos sintomas que ajuda a identificar esse problema são os altos níveis de produção de 
urina. Como isso pode ser explicado?
Como o nível de glicose no sangue é alto, esse excesso, que não é reabsorvido nos rins, é eliminado na urina, sendo necessária uma
quantidade maior de água para dissolver a glicose. Assim, o volume de urina aumenta, e a pessoa passa a tomar mais água para repor
o líquido eliminado. O diabetes mellitus difere do diabetes insipidus, pois, no segundo caso, a maior eliminação de água na urina é
causada por uma deficiência na produção de ADH ou na resposta a esse hormônio.
Sugestão de atividades: questões 1 a 4 da seção Hora de estudo.
Sistema genital
Na espécie humana, a maturidade sexual possibilita que o organismo tenha condições biológicas de produzir 
hormônios sexuais e células reprodutivas (gametas), tornando-se apto a gerar descendentes por meio do processo 
reprodutivo. Os sistemas genitais do homem e da mulher estão envolvidos nesse processo, produzindo e sofrendo a 
ação de hormônios, o que desencadeia mudanças fisiológicas e anatômicas que propiciam a produção de gametas e 
o desenvolvimento do embrião no interior do corpo da mulher.
Sistema genital do homem 
É formado pelo pênis, bolsa escrotal (que abriga os testículos), glândulas acessórias e vias espermáticas (incluindo 
a uretra, canal compartilhado com o sistema urinário). Além das funções relacionadas ao ato sexual, esse sistema é 
responsável pela produção do hormônio sexual (testosterona) e das células reprodutivas (espermatozoides).
Rins
Ureteres
Vesícula seminal
Ducto
ejaculatório
Bolsa escrotal
Epidídimo
Glândula
bulbouretral
Ureter liga os rins
à bexiga urinária
Ducto deferente
Bexiga urinária
Próstata
Uretra
Testículo
Pênis
Porção do
intestino grosso
Ânus
Bexiga urinária
D
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01
5.
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 Representação esquemática do sistema genital do homem
Formação e maturação dos espermatozoides 
Os testículos são duas glândulas sexuais (gônadas) que apresentam a forma oval, com cerca de 5 cm de compri-
mento, e se localizam fora da cavidade abdominal, no interior da bolsa escrotal. As paredes da bolsa escrotal são finas e 
auxiliam na manutenção da temperatura interna ideal para a produção de espermatozoides, que é, aproximadamente, 
3 °C mais baixa que a temperatura corporal.
Neste material, foram utilizados os termos homem e mulher, me-
nino e menina como denominações relacionadas à determinação 
de sexo biológico, o qual corresponde às características fenotípicas 
e genotípicas do corpo, não envolvendo questões de gênero.
10 Volume 8
Cada testículo é formado por uma rede de numerosos canais fortemen-
te enovelados, denominados túbulos seminíferos. Nas paredes desses finíssi-
mos túbulos, inicia-se a produção de espermatozoides, processo denominado 
espermatogênese. Dos túbulos seminíferos, os espermatozoides seguem para 
o epidídimo (canal enovelado com cerca de 6 m), onde amadurecem. Os esper-
matozoides levam dois dias para passar pelo epidídimo, período em que adquirem 
motilidade.
A espermatogênese dura cerca 
de 70 dias. Os dois testículos pro-
duzem, em média, 120 milhões 
de espermatozoides por dia.
Os testículos contêm células (epi-
teliócitos sustentadores) que nutrem os 
espermatozoides e células intersticiais (de 
Leydig), as quais secretam testosterona, 
hormônio que atua na formação dos es-
permatozoides e no desenvolvimento e 
manutenção das características sexuais 
secundárias do homem, como engros-
samento das pregas vocais, presença 
de pelos pubianos e desenvolvimento 
muscular.
Epidídimo
Ducto deferente
Túbulos
seminíferos
Testículo
Ja
ck
 A
rt
. 2
01
2.
 D
ig
ita
l.
D
iv
o.
 2
01
4.
 D
ig
ita
l.
 Representação esquemática de corte longitudinal do testículo 
mostrando a disposição dos túbulos seminíferos
Armazenamento e liberação dos espermatozoides
Depois de formados, os espermatozoides ainda percorrem canais com diâmetro 
variável até serem eliminados pela uretra. Para que possam ser liberados pela 
ejaculação, ondas de contração muscular comprimem os espermatozoides em seus 
fluidos, possibilitando que saiam do epidídimo e se encaminhem ao longo do ducto 
deferente. Além de propiciar a liberação dos espermatozoides, o ducto deferenteos armazena, mantendo a fertilidade dos gametas por até um mês. Se não forem 
eliminados, os espermatozoides se degenerarão e serão reabsorvidos.
O ducto deferente direito liga-se ao esquerdo, chegando à porção posterior da bexiga urinária, onde recebe o con-
duto secretor das vesículas seminais e passa a se chamar ducto ejaculatório. Ao atravessar a próstata, o ducto ejacula-
tório abre-se na uretra. No homem, a uretra apresenta dupla função, conduzindo a urina durante a micção (eliminação 
da urina) e os espermatozoides na ejaculação.
Glândulas acessórias
São glândulas anexas do sistema genital do homem responsáveis pela produção de secreções que se misturam aos 
espermatozoides, constituindo o sêmen. Essas secreções têm a função de facilitar o deslocamento e a nutrição dos 
espermatozoides.
 • Vesículas seminais: são duas glândulas responsáveis pela formação do líquido (ou fluido) seminal que é lan-
çado no ducto ejaculatório. Localizadas logo abaixo da bexiga urinária, sua secreção é clara, fluida e alcalina, 
auxiliando na neutralização da acidez vaginal. As secreções dessas vesículas correspondem a cerca de 60% do 
volume do sêmen e são compostas de carboidratos, como a frutose, utilizada pelos espermatozoides na produ-
ção de energia em suas mitocôndrias para a mobilidade.
 • Próstata: glândula de consistência esponjosa com, aproximadamente, 4 cm de diâmetro. Sua função é produzir 
secreções prostáticas, que auxiliam na condução dos espermatozoides. Essas secreções correspondem a cerca 
de 30% do sêmen. Além de produzir o líquido prostático, a próstata enche-se de sangue durante o estímulo 
sexual. Isso faz aumentar seu tamanho, auxiliando na obstrução do canal urinário que sai da bexiga urinária. 
Desse modo, o homem não consegue urinar e ejacular ao mesmo tempo.
Durante a ejaculação, a urina não 
é liberada, pois o esfíncter (anel 
muscular) da base da bexiga 
urinária se fecha.
Biologia 11
Envoltório fibroso
Corpos cavernosos
Glande
Prepúcio
Veias dorsais
Artérias e
nervos dorsais
Corpo esponjoso
Uretra
Corpos cavernosos
 • Glândulas bulbouretrais: produzem uma secreção viscosa (correspondente a 5% do sêmen) que, por ação 
nervosa, lubrifica a glande do pênis, facilitando o ato sexual. Essa secreção também neutraliza a acidez dos 
restos de urina que existem na uretra.
Pênis 
É o órgão sexual do homem. Em seu interior, encontram-se a uretra (canal comum aos sistemas urinário e genital) 
e os tecidos esponjosos (corpo esponjoso e corpos cavernosos), ricos em vasos sanguíneos. Em grande parte, a uretra 
localiza-se no interior de uma estrutura esponjosa longitudinal ao pênis, denominada corpo esponjoso. Os corpos 
cavernosos dispõem-se paralela e dorsalmente ao corpo esponjoso. Em função de estímulos do sistema nervoso au-
tônomo, os vasos sanguíneos que irrigam os corpos cavernosos e o corpo esponjoso intensificam o fluxo de sangue 
nessas estruturas, o que possibilita o aumento e a maior rigidez do pênis, provocando a ereção.
A região terminal do pênis forma a glande, estrutura constituída de uma pele fina e muitas terminações nervosas, 
apresentando grande sensibilidade à estimulação sexual. A glande é recoberta por uma prega protetora denominada 
prepúcio, que pode ser removida por meio de um procedimento cirúrgico conhecido como circuncisão. A completa 
retração do prepúcio, para higienização da glande, é muito importante, principalmente para prevenir problemas como 
a fimose e o câncer de pênis.
O câncer de pênis está relacionado à má higien
ização do pênis e a 
relações sexuais sem camisinha (há dado
s científicos que sugerem que 
o vírus HPV, transmitido sexualmente e 
que pode ocasionar câncer de 
útero nas mulheres, também pode desen
cadear essa doença).
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 Representação esquemática do corte transversal da estrutura interna do pênis
Organize as ideias
Desde a produção até a liberação para o meio externo na ejaculação, os espermatozoides passam por diversos 
órgãos do sistema genital do homem e se misturam a diferentes secreções.
 Monte um esquema elencando essa sequência de eventos ou produza um texto resumindo as principais etapas.
Sugestão de resposta.5
12 Volume 8
Sistema genital da mulher 
É formado pelos órgãos externos (pudendo ou vulva e abertura vaginal) e internos (ovários, útero, tubas uterinas e 
vagina). A sustentação dos órgãos genitais internos é realizada por um conjunto de ligamentos constituídos por cor-
dões fibrosos de tecido conjuntivo denso modelado.
Tuba uterina
Útero
Ovário
Vagina
Clitóris
Conjunto de lábios
Abertura da vagina
Bexiga
urinária
Uretra
Abertura da uretra
Porção do
intestino
grosso
Ânus
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 Representação esquemática do sistema genital da mulher
Ovários 
São duas pequenas glândulas sexuais (gônadas), com aproximadamente 3 cm de comprimento, localizadas no 
abdômen, à direita e à esquerda do útero. Sua função é produzir o ovócito secundário (gameta) durante o ciclo repro-
dutivo. Os ovários também produzem os hormônios estrogênio e progesterona.
O estrogênio é o hormônio sexual responsável pelas características sexuais secundárias da mulher, como aumen-
to da vagina e desenvolvimento dos lábios que a circundam, presença de pelos pubianos, alargamento dos quadris e 
desenvolvimento das mamas. Esse hormônio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puber-
dade, porém provoca rápida calcificação óssea. Por isso, a mulher cresce mais rápido que o homem nessa fase. Além 
disso, o estrogênio é fundamental para o desenvolvimento do endométrio (revestimento da parede uterina) durante o 
ciclo reprodutivo.
A progesterona tem pouca relação com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos. Sua principal função 
é a preparação do útero para a implantação do embrião e das mamas para a lactação.
Tubas uterinas 
São dois ductos (canais), com cerca de 12 cm de 
comprimento cada, que ligam os ovários ao útero. 
Quando o folículo maduro, situado na parede do ová-
rio, se abre, o ovócito secundário é guiado pelas fím-
brias (franjas que envolvem o ovário) para o interior da 
tuba uterina. Em seguida, as contrações musculares da 
tuba uterina, com o movimento ciliar ondulatório de 
seu revestimento interno, possibilitam que o ovócito 
secundário siga em direção ao útero.
De modo geral, o processo de fecundação ocorre 
no terço final da tuba uterina, próximo à região das 
fímbrias.
 Representação esquemática do caminho percorrido pelo 
ovócito secundário, após sua liberação do ovário, e da fixação 
do embrião no útero, depois da fecundação
Útero
Tuba uterina
Ovócito
secundário
Fímbrias Ovário
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Biologia 13
Útero 
O útero é um órgão musculoso que aloja o embrião 
durante a gestação. É formado por uma parede muscular 
espessa, denominada miométrio, com grande capacidade 
de distensão. Seu revestimento interno é constituído por 
um tecido bastante vascularizado chamado endométrio, 
local onde o embrião geralmente se fixa (nidação) após a 
fecundação. O colo uterino é a região inferior do útero 
que se estende em direção à vagina. Ao final da ges-
tação, essa região se torna mais fina e macia, favore-
cendo o parto.
A menstruação consiste na descamação da parte su-
perficial do endométrio e acontece quando não ocorre a 
fecundação. A constrição e a ruptura de vasos sanguíneos 
da camada superficial do útero liberam grande quanti-
dade de água e sangue, que se exterioriza pela vagina, 
caracterizando o fluxo menstrual.
Vagina 
É formada por um canal muscular com cerca de 8 cm 
de comprimento que se estende desde o orifício vaginal 
até o colo do útero, constituindo o órgão copulatório da 
mulher. As paredes vaginais apresentam grande elastici-
dade e contratilidade, possibilitando a eliminação do san-
gue menstrualdo endométrio e a saída do bebê durante 
o parto. 
Na vagina, aproximadamente a 2 cm da abertura vagi-
nal, existe uma membrana mucosa perfurada e altamente 
vascularizada, denominada hímen, cuja função é proteger 
a entrada da vagina. O hímen apresenta um orifício central 
que possibilita a saída do fluxo menstrual. Essa membrana 
geralmente é rompida durante a primeira relação sexual, 
provocando ou não um sangramento, que pode variar em 
quantidade.
Ao redor da vagina, situam-se os ductos das glândulas 
vestibulares maiores, que a lubrificam durante o estímulo 
sexual, facilitando o ato sexual.
Pudendo (vulva) 
Constitui a genitália externa da mulher, por onde o 
canal vaginal se abre para o meio exterior. O pudendo é 
formado pelos grandes e pequenos lábios e pelo clitó-
ris, pequena saliência arredondada e erétil encontrada 
na junção superior dos pequenos lábios. O clitóris tem 
a função de estímulo sexual semelhante à sensibilidade 
da glande do pênis, pois apresenta muitas terminações 
nervosas.
Gametogênese humana 
Os sistemas genitais da mulher e do homem apre-
sentam órgãos que produzem células reprodutivas ou 
gametas. O conjunto de mecanismos que possibilita essa 
produção denomina-se gametogênese e forma óvulos 
(no caso das mulheres) e espermatozoides (no caso dos 
homens).
Os gametas, originados de células das gônadas (glân-
dulas sexuais), são haploides (n), mas as células que 
formam os gametas são originalmente diploides (2n). 
Por isso, é necessário que sofram uma redução cromos-
sômica durante a meiose. Essas transformações são im-
portantes para que ocorra a fecundação, ou seja, a fusão 
dos gametas, restabelecendo o número cromossômico 
diploide no zigoto.
Durante a gametogênese, as células sexuais do 
homem e da mulher passam por três fases: de multipli-
cação (sucessivas mitoses), de crescimento (as células 
cessam as mitoses e aumentam de volume) e de matu-
ração (meiose).
Espermatogênese 
Os espermatozoides constituem as células reproduti-
vas dos homens e sua formação, ou seja, a espermato-
gênese, inicia-se na puberdade, em torno dos 12 anos. 
Esse mecanismo se processa no interior dos testículos, 
na parede dos túbulos seminíferos.
Até a puberdade, os túbulos seminíferos são maciços, 
existindo apenas algumas células sexuais primárias ou 
germinativas em suas paredes internas. Por meio da ação 
do hormônio sexual testosterona, os túbulos seminíferos 
amadurecem, e essas células se multiplicam, iniciando as 
etapas da espermatogênese.
 • Fase de multiplicação: etapa em que as mito-
ses das células germinativas (2n) se intensificam, 
formando as espermatogônias (2n). Essa fase se 
inicia na puberdade e prossegue até o fim da vida 
do homem, havendo, assim, uma grande quanti-
dade de gametas sendo produzida. No entanto, 
essa produção diminui com a idade em virtu-
de da redução da testosterona no processo de 
envelhecimento.
14 Volume 8
Células germinativas
(2n)
2n
Crescimento
sem divisão
celular
Túbulo seminífero
(em corte
transversal)
Espermatogônia
Espermatócitos I
(2n)
Espermatócitos II
(n cromossomos
duplicados)
Espermátides
(n)
Espermatozoides
Epiteliócito
sustentador
Testículo
Ducto
deferente
Fase de
multiplicação
Fase de
crescimento
Fase de
maturação
Espermiogênese
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Mitose
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Meiose I
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Epidídimo
Meiose II
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 Representação esquemática da espermatogênese e do túbulo seminífero, com destaque para a produção e maturação 
dos espermatozoides
 • Fase de crescimento: um grupo de espermatogônias cessa a mitose e, em virtude da intensa síntese proteica, 
aumenta de volume. Formam-se, assim, os espermatócitos primários (espermatócitos de primeira ordem), que 
continuam sendo diploides (2n). O aumento do volume celular sem que ocorram divisões caracteriza essa fase.
 • Fase de maturação: cada espermatócito primário (2n) inicia a primeira divisão da meiose (I), originando dois 
espermatócitos secundários (n). Depois disso, os espermatócitos secundários realizam a segunda divisão da 
meiose (II) e formam quatro espermátides, que continuam haploides (n). Cada espermatogônia forma, portan-
to, quatro espermátides.
Na finalização da espermatogênese, cada espermátide se diferencia em 
um espermatozoide, etapa denominada espermiogênese. Nesse processo, 
o complexo golgiense origina o acrossomo, bolsa que contém a enzima 
hialuronidase; o núcleo torna-se compacto e o citoplasma que o circunda é 
eliminado; os centríolos formam o flagelo do espermatozoide; e as mitocôndrias 
migram do citoplasma concentrando-se próximo ao flagelo, formando a peça 
intermediária. Essas organelas fornecem energia para a mobilidade do flagelo.
O processo de espermatogênese, desde a espermatogônia até a formação do espermatozoide, demora entre 64 e 
74 dias.
A ação da enzima hialuronidase 
possibilita o rompimento da mem-
brana do ovócito II.
Complexo
golgiense
Mitocôndria
Espermátide
Acrossomo
Fragmento
citoplasmático
Núcleo
Peça intermediária
Cauda (flagelo)
Mitocôndrias
Formação
do flagelo
Migração das
mitocôndrias
Cabeça
 Representação esquemática da formação do acrossomo no espermatozoide
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primeira divisão da meiose: etapa reducional da meiose. Nela, ocorre o crossing-over durante a prófase I.
Biologia 15
6 Sugestão de encaminhamento e atividade complementar.
A espermatogênese é um mecanismo fisiológico sensível a temperaturas elevadas. A localização dos testículos 
no interior da bolsa escrotal, fora da cavidade abdominal, possibilita essa diminuição de temperatura. De modo geral, 
acontece algo semelhante com os outros mamíferos, com exceção dos coelhos, que têm os testículos localizados 
dentro da cavidade abdominal, os quais descem para a bolsa escrotal somente no período reprodutivo.
O hábito de utilizar roupas muito justas, realizar exercícios por períodos prolongados com roupas apertadas ou 
permanecer muito tempo em banhos de imersão pode aumentar a temperatura dos testículos e prejudicar a produção 
de espermatozoides.
Ovulogênese 
Apesar de apresentar as mesmas fases e os mesmos processos de divisão celular, a ovulogênese é bem diferente da 
espermatogênese. Essas diferenças referem-se ao tamanho do gameta feminino, às células que apresentam atividades 
funcionais, à duração e ao local de ocorrência do processo.
A ovulogênese ocorre no interior dos ovários, em pe-
quenas bolsas denominadas folículos ovarianos. De modo 
geral, em cada ciclo reprodutivo de 28 dias (esse número 
pode variar), apenas um folículo amadurece liberando a 
célula reprodutiva para fecundação.
 • Fase de multiplicação: a gametogênese na mulher 
inicia-se antes de ela nascer. As células germinativas 
(primordiais) começam a realizar atividade mitótica 
a partir do quinto mês de desenvolvimento embrio-
nário. Nessa etapa da vida, ocorre a multiplicação 
das células, em que as ovogônias (2n) realizam 
sucessivas mitoses. Ao final dessa fase, as mitoses 
param, e as ovogônias não se dividem mais.
 • Fase de crescimento: as ovogônias aumentam con-
sideravelmente o volume celular, transformando-se 
em ovócitos primários (2n). Comparando com a 
gametogênese masculina, a fase de crescimento da 
ovulogênese tem duração maior pelo fato de essas 
células realizarem intensa síntese proteica. Isso pos-
sibilita o acúmulo de reservas nutritivas necessá-
rias ao processo de fecundação e às fases iniciais do 
desenvolvimento embrionário.
 • Fase de maturação: depois do sétimo mês de 
vida intrauterina, os ovócitos primários realizam a 
primeira etapa da meiose (I). Ao chegar quase ao 
final da prófase I, verifica-se um fenômeno muito 
curioso: os ovócitos primários (2n) interrompem a 
meiose ao mesmo tempo. Essa interrupção, deno-
minada dictióteno (do grego diktyon, rede), perma-
nece até a puberdade. Nessa etapa, verifica-se um 
grande crescimento celular.
Normalmente,as mulheres desenvolv
em 
somente uma célula ativa na ovulogênese, 
ciclo que se repete a cada mês. Se a gam
e-
togênese na mulher formasse quatro célu
las 
haploides funcionais, existiria a possibilid
a-
de de formação de muitos gêmeos fratern
os, 
os quais se formam apenas quando oco
rre 
mais de um processo de ovulogênese 
no 
mesmo ciclo. Assim, os espermatozoid
es 
podem fecundar ovócitos secundár
ios 
diferentes.
Ovócito
Tecido do ovário
Células foliculares
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 Secção do ovário, com destaque para três folículos ovarianos 
em diferentes estágios de desenvolvimento. Micrografia óptica, 
sem informação de aumento.
16 Volume 8
Na puberdade, quando se iniciam as atividades dos hormônios sexuais que atuam no desenvolvimento das carac-
terísticas sexuais secundárias da mulher, a meiose prossegue, porém apenas um ovócito primário completa o processo 
em cada ciclo reprodutivo, formando duas células haploides (n) de tamanhos diferentes: o ovócito secundário (ovóci-
to II) e uma célula pequena que não apresenta função. Essa célula não funcional denomina-se primeiro corpúsculo 
ou glóbulo polar.
O ovócito secundário é o gameta feminino, ou seja, a célula que o ovário libera na tuba uterina quando o folículo 
ovariano está totalmente maduro. Esse processo é conhecido como ovulação, e a presença do ovócito secundário 
disponível para fertilização caracteriza o período fértil da mulher.
A meiose II ocorre apenas se o ovócito secundário for fecundado. Nesse caso, ele dá origem a duas células desi-
guais: o óvulo, que já apresenta o núcleo do espermatozoide em seu interior, e outro corpúsculo polar. O primeiro 
corpúsculo polar também completa a meiose II, formando dois corpúsculos polares inativos. Portanto, caso ocorra a 
fecundação, ao final do processo, formam-se um óvulo e três corpúsculos polares, células menores que se degeneram.
No entanto, se não ocorrer a fecundação, o processo de ovulogênese é encerrado com a produção do ovócito 
secundário, que é eliminado antes da menstruação. Assim, quando ovulam, as mulheres liberam o ovócito secundário, 
que, na maior parte das vezes, não completa a divisão meiótica.
Células germinativas
(2n)
2n
Crescimento
sem divisão
celular
Fase de
multiplicação
Fase de
crescimento
Fase de
maturação
2n 2n
Mitose
2n
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Meiose I
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Ovogônia
Ovogônias
Ovócito I
Ovócito II
(n cromossomos
duplicados)
Óvulo
(n)
3 corpúsculos polares
Folículo
maduro
Ovário
Corpo lúteo
Ovócito II
OvulaçãoFolículo
ovariano
primário
Meiose II
(se houver
fecundação)
 1º. corpúsculo
polar
Núcleo
Ovócito
Células que revestem o folículo
e o conectam com o tecido do ovário
Fluido folicular
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 Representação esquemática da ovulogênese e do ovário; em destaque, o folículo ovariano. 
Micrografia óptica, sem informação de aumento, colorido artificialmente.
Organize as ideias
 A espermatogênese e a ovulogênese apresentam as mesmas fases: multiplicação, crescimento e maturação. Ela-
bore um quadro comparando o que ocorre em cada uma dessas três fases dos processos de espermatogênese e 
ovulogênese.
Ciclo reprodutivo da mulher
A ovulogênese está relacionada ao ciclo reprodutivo, conjunto de alterações que ocorrem no sistema genital da 
mulher periodicamente (em média, a cada 28 dias). Durante esse período, há uma intensa oscilação entre os hormô-
nios hipofisários e ovarianos.
Sugestão de resposta.7
Biologia 17
O primeiro dia do ciclo reprodutivo caracteriza-se 
pelo sangramento, denominado menstruação ou fluxo 
menstrual, que é liberado pela vagina e ocorre até o 
quinto dia, aproximadamente. Em geral, a cada ciclo, de 
forma intercalada, um dos ovários produz e libera um 
ovócito secundário.
O primeiro ciclo, que geralmente ocorre entre 11 e 13 
anos, caracteriza a menarca. A interrupção do ciclo, por 
volta dos 50 anos, denomina-se menopausa. As etapas 
do ciclo reprodutivo, envolvendo as variações hormonais 
e as transformações que ocorrem no folículo e no útero 
(endométrio), são as seguintes:
 • o hormônio folículo-estimulante (FSH) propicia o 
desenvolvimento do folículo, que passa a produzir 
o hormônio estrogênio, o qual atua na proliferação 
do endométrio uterino. O aumento de estrogênio 
inibe a produção de FSH pela adeno-hipófise 
(feedback negativo) e estimula a produção do 
hormônio luteinizante (LH); 
 • por volta do 14.º dia (metade do ciclo), o aumento 
da concentração de LH estimula o rompimento do 
folículo maduro e, consequentemente, a saída do 
ovócito secundário para a tuba uterina. Esse pro-
cesso denomina-se ovulação e constitui o perío-
do fértil da mulher (pode ser de 48 horas), pois o 
ovócito está sujeito a encontrar um espermatozoi-
de e ser fecundado; 
 • após a ovulação, a maior concentração de LH pos-
sibilita a formação do corpo lúteo, que, originado 
do folículo rompido que acabou de liberar o ovó-
cito secundário, inicia a secreção de progesterona. 
O corpo lúteo também secreta estrogênio, porém 
em menor quantidade;
 • a maior quantidade de progesterona inibe a se-
creção de LH (feedback negativo) e possibilita a 
manutenção do endométrio, estimulando o cres-
cimento de vasos sanguíneos e de glândulas que 
produzem secreções nutritivas;
 • se não ocorrer fecundação, o corpo lúteo atrofia-se, 
transformando-se em corpo albicans ou branco. 
Esse fato provoca diminuição do estímulo hormo-
nal sobre o endométrio. Com isso, esse tecido ute-
rino sofre rompimento e descamação, produzindo 
um sangramento que caracteriza a menstruação. 
É o início de um novo ciclo reprodutivo;
 • caso o ovócito secundário seja fecundado, o em-
brião (blastocisto) adere ao endométrio uterino, o 
que possibilita a formação da placenta, estrutura 
que produz o hormônio gonadotrofina coriônica 
(HCG). Esse hormônio mantém o corpo lúteo fun-
cionando, propiciando a manutenção da proges-
terona e do estrogênio e, consequentemente, do 
endométrio. Por isso, a suspensão da menstrua-
ção é um dos indicadores da gravidez (ainda que 
possa ocorrer em algumas mulheres nesse perío-
do), pois o endométrio não é liberado, atuando na 
sustentação do embrião no útero.
O ciclo reprodutivo pode variar entre as mulheres, 
e a ovulação, para mulheres de ciclos irregulares, 
pode não corresponder exatamente ao 14.º dia.
 2. Um dos folículos 
amadurece pela
ação do FSH
 3. As células foliculares
nutrem o ovócito I e 
secretam estrogênio
 4. A meiose I determina a formação
do ovócito II no interior do folículo maduro
5. Ruptura do folículo
e ovulação
Tuba uterina
Vasos
sanguíneos
do sistema
porta-hipofisário
Hipófise 
posterior
Hipófise
anterior
Hormônio
LH
Hormônio
FSH
Progesterona
Estrogênio
 6. Se não ocorrer gravidez, 
o corpo lúteo se transforma 
em corpo albicans e 
se degenera
 1. Ovócitos primários
dentro de folículos
imaturos
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 Representação esquemática do ciclo reprodutivo da mulher
18 Volume 8
Organize as ideias
As pílulas anticoncepcionais contêm hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona), que inibem a produção 
normal de hormônios hipofisários (FSH e LH) por meio do mecanismo de feedback negativo. Com isso, o folículo não 
se desenvolve e, consequentemente, não ocorre a ovulação.
MENSTRUAÇÃO
PRÉ-OVULAÇÃO
(FASE PROLIFERATIVA)
OVULAÇÃO PÓS-OVULAÇÃO
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FSH
Inicia o
desenvolvimento
dos folículos
ovarianos
Estrogênio
Produzido pelo folículo
em desenvolvimento,
seu ponto máximo
ocorre imediatamente
antes da ovulação
LH
Dá início à ovulação
aproximadamente
no 14º. dia do ciclo
reprodutivo
Progesterona
Produzida pelo corpo
lúteo, leva ao espessamento 
do endométrio
O ovócito começa
a crescer
O FSH estimula
o folículo
ovarianoOvócito em
desenvolvimento
Ovócito
secundário
Rompimento
do folículo
O ovócito secundário
é liberado durante
a ovulação
Corpo lúteo
Secreta
progesterona
Corpo albicans
do ciclo reprodutivo
Ovócito secundário liberado deslocando-se em direção ao útero Corpo lúteo em redução
Sangue e células tissulares
O útero desprende
sua mucosa no
início do ciclo
Ovócito 
secundário 
não fertilizado
Deixa o útero
durante a
menstruação
Vasos sanguíneos
O aumento dos níveis
de estrogênio leva à
proliferação dos vasos
sanguíneos
Mucosa
espessada
Ovócito
não
fertilizado
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 1
Dias do ciclo reprodutivo
 O ciclo reprodutivo da mulher é coordenado por uma complexa rede de controle hormonal por feedbacks positivo 
e negativo. Monte um esquema representando esse controle, indicando com “−” o feedback negativo e com “+” o 
 feedback positivo.
Sugestão de resposta.8
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 Representação esquemática das etapas do ciclo reprodutivo mostrando as variações hormonais, os acontecimentos no ovário e o 
revestimento uterino
Biologia 19
A sexualidade, portanto, não se baseia apenas no sexo 
biológico, pois a identidade de gênero é influenciada por 
fatores pessoais, culturais e realidade social. Ao garantir 
direitos iguais para todos se expressarem, diminui-se o 
espaço para preconceitos e discriminação. Além disso, a 
completa saúde do corpo passa pela sexualidade, ela nos 
acompanha desde o nascimento até a velhice, e todas as 
pessoas têm o direito de receber orientações para lidar 
com a sexualidade com responsabilidade.
Ter informações sobre o próprio corpo, sobre maneiras 
de prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DST), 
cuidado pessoal, gravidez e métodos contraceptivos está 
entre os temas que auxiliam na expressão da sexualidade 
de maneira positiva e saudável.
Métodos contraceptivos 
A reprodução na espécie humana envolve, além do 
ato sexual, demonstração de emoções, carinho, afeto e 
prazer. Os métodos contraceptivos possibilitam que 
homens e mulheres estabeleçam esses vínculos e, ao 
mesmo tempo, façam seu planejamento familiar, ou 
seja, decidam se terão filhos, em qual momento e quan-
tos serão.
Existem diferentes tipos de métodos contraceptivos, e 
a escolha de qual usar deve ser orientada por um médico. 
Isso porque alguns métodos evitam a gravidez, mas não 
previnem infecções sexualmente transmissíveis, visto que 
não evitam o contato entre a mucosa e as secreções da 
vagina e do pênis.
ConexõesConexões
A maioria das espécies de mamíferos placentários apresenta mudanças fisiológicas, conhecidas como cio ou ciclo 
estral, em razão dos hormônios sexuais. Os ciclos estrais começam depois da puberdade em fêmeas sexualmente 
maduras e são intercalados por fases anaestrais ou descanso sexual. Durante tais ciclos, as fêmeas apresentam sinais de 
receptividade sexual, seguidos de ovulação. Essa fase é controlada pela integração entre os hormônios FSH, LH, estro-
gênio e progesterona, comuns nas diversas espécies de mamíferos. No entanto, seus padrões de secreção e seus efeitos 
variam entre as diferentes espécies. Essas diferenças provocam variações na extensão das fases luteínica e folicular do 
ciclo, assim como na duração do cio.
Sexualidade humana 
A sexualidade sofre influências dos valores e das nor-
mas da cultura, da família, da comunidade e do período 
em que se vive.
As pessoas nascem com o sexo biológico, ou seja, 
conjunto de características que identificam externamen-
te a carga genética do homem (XY) ou da mulher (XX). 
Essas características influenciam, desde o nascimento, 
como a pessoa será educada e envolvem costumes, tipos 
de roupas, divisão de trabalho e comportamentos que 
são instituídos nas relações sociais, variando nos diferen-
tes grupos humanos ou épocas históricas.
9 Sugestão de abordagem sobre a sexualidade.
10 Sugestão de encaminhamento sobre intersexo.
11 Sugestão de 
encaminhamento sobre a 
sexualidade.
Existem situações em que não se observa uma 
exata definição das características sexuais, ou seja, 
não há sintonia entre o sexo aparente e o biológico. 
Esse fenômeno se denomina intersexo.
O intersexo pode expressar-se de diferentes ma-
neiras, como ter órgãos genitais exteriores de mulher, 
mas órgãos genitais internos de homem, ou vice- 
-versa; uma menina nascer sem abertura vaginal e 
clitóris grande (aparentando sexo masculino); e um 
menino nascer com saco escrotal não totalmente 
fundido, assemelhando-se com lábios do puden-
do (aparentando sexo feminino). Pessoas intersexo 
podem identificar-se com o gênero masculino ou o 
feminino, independentemente de seus órgãos geni-
tais, e, até mesmo, passar boa parte da vida sem o 
conhecimento dessa variação.
20 Volume 8
a) Métodos de barreira: impedem que os espermatozoides entrem no útero da mulher.
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Diafragma
Anel de látex que deve ser colocado, com espermicida, na entrada do 
útero até 6 horas antes da relação sexual e retirado de 6 a 24 horas depois. O 
diafragma é produzido sob prescrição médica para cada mulher especificamente. 
Ele não protege os parceiros sexuais de infecções sexualmente transmissíveis, 
pois não evita o contato entre a vagina e o pênis.
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Preservativo para homens e mulheres
Nos homens, o envoltório de látex deve ser colocado no pênis ereto, impedindo que o sêmen seja liberado 
dentro do corpo da mulher. Nas mulheres, a bolsa de látex deve ser inserida na vagina antes da relação sexual.
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 O uso dos dois tipos de preservativos (separadamente), além de evitar uma gravidez não planejada, é o único 
método que previne doenças sexualmente transmissíveis, como a aids (síndrome da imunodeficiência adquiri-
da) e o HPV (papilomavírus humano), principal causador de câncer no colo uterino.
b) Métodos hormonais: medicamentos que atuam na produção de hormônios, impedindo que ocorra a ovu-
lação. Como qualquer outro medicamento, devem ser prescritos e avaliados por um médico, principalmente 
porque podem apresentar efeitos colaterais em mulheres sensíveis às formulações hormonais. Esses métodos 
não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis.
12 Sugestão de encaminhamento sobre planejamento familiar.
espermicida: substância química em forma de creme, gel ou espuma que destrói os espermatozoides, impedindo que entrem no útero e cheguem 
até o ovócito.
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vaginal
Útero
Tubas uterinas
Ovários
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Dispositivo intrauterino (DIU de cobre)
Estrutura de cobre que libera íons Cu2+
 
que atuam como espermicida. Além 
disso, o DIU causa uma pequena inflamação, atraindo macrófagos que destroem 
os eventuais embriões que tentam se implantar na mucosa uterina. O método 
exige acompanhamento médico periódico.
Biologia 21
Implante hormonal subcutâneo
Por meio de uma cirurgia com anestesia local, é introduzido no 
tecido subcutâneo um bastonete, com cerca de 4 cm de comprimento, 
com o hormônio sintético (semelhante à progesterona), que é liberado 
lentamente na corrente sanguínea. Seu efeito pode durar três anos ou 
mais, havendo a necessidade de novo procedimento para substituição 
ao fim de seu prazo de validade.
Dispositivo intrauterino hormonal (DIU hormonal ou SIU)
Estrutura plástica que é inserida no interior do útero e libera 
hormônios progestágenos, os quais atrofiam e prejudicam o 
funcionamento das glândulas endometriais, tornando o endométrio 
mais fino. 
Anticoncepção de emergência
Chamada popularmente de “pílula do dia seguinte”, pois precisa ser 
ingerida até no máximo 72 horas após a relação sexual desprotegida. 
Comumente, apresenta progesterona sintética, que atua alterando a 
motilidade nas tubas uterinas,dificultando o deslocamento dos gametas. Além 
disso, causa a regressão do endométrio, inibindo a implantação do blastocisto. 
Seu uso é indicado em casos eventuais em que tenha ocorrido uma relação 
sexual desprotegida. A anticoncepção de emergência não deve substituir 
os métodos contraceptivos de uso regular, que apresentam mais eficácia e 
menos efeitos colaterais.
Divo. 2013. Digital.
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Anticoncepcionais em pílulas
Constituídos, principalmente, por hormônios ovarianos sintéticos 
(estrogênio e progesterona, ou somente progesterona), os anticoncepcionais 
em pílulas devem ser tomados diariamente. A progesterona inibe a produção 
dos hormônios hipofisários FSH e LH, que impedem, respectivamente, a 
maturação e a liberação do ovócito secundário durante o ciclo reprodutivo. 
Além de inibirem a ovulação, as pílulas alteram o muco cervical, a 
motilidade tubária e o endométrio, fatores que interferem na mobilidade dos 
espermatozoides. 
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22 Volume 8
c) Métodos comportamentais: métodos baseados no acompanhamento do ciclo reprodutivo, identificando o 
período de ovulação.
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Menstruação
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Método da tabela
Também conhecido como “tabelinha”, é um método rítmico que considera 
o período fértil do ciclo reprodutivo, em que as relações sexuais devem ser 
evitadas de três a quatro dias antes da ovulação, no dia da ovulação e de 
três a quatro dias depois. Isso considerando que a mulher produz apenas um 
ovócito secundário em cada ciclo, que sobrevive entre 24 e 48 horas, e que os 
espermatozoides podem sobreviver até 72 horas dentro do sistema genital da 
mulher. Entretanto, existe um problema em sua aplicação, pois é difícil saber ao 
certo qual é o dia fértil. Diversos fatores, inclusive emocionais, podem interferir na 
atividade hormonal e, consequentemente, o suposto dia fértil pode sofrer alteração. 
Para as mulheres jovens, esse método é mais arriscado, pois muitas delas 
apresentam um ciclo bastante inconstante e em fase de regularização. 
Além disso, não previne contra infecções sexualmente transmissíveis.
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 Representação esquemática do 
método de tabela para um ciclo 
regular de 28 dias
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d) Métodos cirúrgicos: podem ser realizados tanto em homens quanto em mulheres, porém, por envolverem 
intervenção cirúrgica e na maioria das vezes serem irreversíveis, precisam ser bem avaliados. Além disso, não 
evitam infecções sexualmente transmissíveis.
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Vagina
Útero
Tubas uterinas
Ovários
As tubas uterinas 
são cortadas e 
amarradas
Deferentectomia (vasectomia)
Procedimento relativamente simples que consiste na secção dos ductos deferentes por meio de um pequeno corte 
na pele da bolsa escrotal. Com isso, impede-se apenas que os espermatozoides cheguem à uretra, não modificando 
o comportamento sexual do indivíduo, pois o hormônio testosterona continua a ser secretado na corrente sanguínea. 
Além disso, a produção do sêmen se mantém pelas glândulas acessórias, embora não contenha espermatozoides.
Ligadura tubária (laqueadura)
Procedimento cirúrgico que consiste em seccionar as 
tubas uterinas para que não ocorra o encontro dos gametas. 
A mulher continua ovulando, mas não acontece a fecundação, 
pois a ligação do ovário com o útero foi interrompida.
Infecções sexualmente transmissíveis (IST) 
Constituem um grupo de doenças infecciosas que apresentam, entre diversas causas, a transmissão por contato 
sexual. Sua importância se deve ao grande risco de disseminação e aos graves efeitos à saúde humana. As principais 
consequências para o organismo são distúrbios emocionais, doenças inflamatórias e infecciosas, problemas de inferti-
lidade, lesões fetais, câncer e, até mesmo, morte.
13 Informações sobre a terminologia IST.
Biologia 23
 • Sífilis: doença transmitida por contato sexual (ou sanguíneo) causada pela bactéria Treponema pallidum. Apre-
senta evolução lenta e se desenvolve em três estágios, produzindo diferentes sintomas.
• Estágio primário: surge, aproximadamente, um mês após o contato sexual, com inflamação dos linfonodos 
(gânglios linfáticos).
• Estágio secundário: disseminação da doença pela corrente sanguínea, caracterizada pelo aparecimento de 
erupções cutâneo-maculosas (roséolas sifilíticas).
• Estágio terciário: ocorre a localização visceral, afetando o coração e o sistema nervoso. Esses sintomas podem 
provocar graves alterações nervosas e a morte do indivíduo.
 O diagnóstico se dá por meio de exames de sangue, e o tratamento, em qualquer dos estágios, é feito com o 
uso de antibióticos. Pode ser causa de infertilidade, abortos espontâneos e má-formação fetal, pois a bactéria 
(presente na gestante portadora) pode atravessar a barreira placentária e alcançar o feto.
 • Blenorragia (gonorreia): causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, caracteriza-se pela eliminação de uma 
secreção amarelada e fétida pela uretra (uretrite gonocócica) e pela sensação de ardência ao urinar. A blenor-
ragia é transmitida durante as relações sexuais desprotegidas e aparece entre dois e seis dias após o contato 
sexual. Pode causar a infertilidade masculina. Nas mulheres, essa infecção bacteriana pode não ser aparente, 
o que é grave, porque faz com que a mulher não se trate e continue transmitindo a doença caso não utilize 
preservativos em suas relações sexuais. Se passar despercebida, pode se tornar crônica e atingir os órgãos inter-
nos do sistema genital feminino (tubas uterinas, útero e ovários), além de causar doença inflamatória pélvica e 
infertilidade. O tratamento é feito sob orientação médica, com uso de antibióticos.
 • Herpes simples: doença causada pelo vírus da Família Herpesviridae. Geralmente, aparece após certas doenças, 
como pneumonia e gripe, ou quando o indivíduo está com o sistema imunitário debilitado. O quadro clínico 
constitui-se de pequenas vesículas agrupadas, antecedidas de minúsculas elevações avermelhadas. Essas vesí-
culas desenvolvem-se e arrebentam, causando ferimentos na pele, que regridem e desaparecem espontanea-
mente. A herpes também pode ocorrer na região genital. Nesse caso, denomina-se herpes genital.
 • Tricomoníase: provocada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, é transmitida pelo contato entre a mucosa in-
fectada de um indivíduo e a mucosa de outro durante a relação sexual sem a utilização de preservativos, sendo 
mais comum nas mulheres. Muitas delas não apresentam sintomas e, quando estes ocorrem, os principais são 
corrimento amarelo-esverdeado e fétido, desconforto durante as relações sexuais, ardência ao urinar e prurido 
vaginal. Quando os sintomas aparecem no homem, ocorre irritação na glande, ardência uretral e secreção pu-
rulenta amarelada. O período de incubação é, em média, de 10 a 30 dias.
 • Clamídia: causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, manifesta-se em um período de 10 a 12 dias após o 
contato sexual sem proteção. Na fase inicial, as lesões vaginais são muito pequenas e quase imperceptíveis. 
 • Aids: causada pelo vírus HIV (human immunodeficiency virus ou vírus da imunodeficiência humana), afeta o sis-
tema imunitário, tornando-o deficiente. Isso faz com que o indivíduo passe a desenvolver doenças oportunistas, 
ou seja, causadas por diversos agentes que se instalam no corpo em virtude de sua imunidade debilitada. O 
contágio ocorre, principalmente, por meio de sêmen, sangue, leite materno, placenta e secreções vaginais que 
entram em contato com o sangue de outra pessoa por meio de lesões na pele ou nas mucosas.
 • HPV: corresponde ao papilomavírus humano, que pode infectar a pele e as mucosas. Existem inúmeros tipos 
desse vírus,e cerca de 40 deles podem infectar o sistema genital e ser transmitidos em relações sexuais. Nos 
casos sintomáticos da doença, ocorre o aparecimento de verrugas (condilomas acuminados) nos órgãos geni-
tais. Entretanto, a maioria das infecções é assintomática. Normalmente, essas infecções regridem espontanea-
mente, porém alguns tipos do vírus podem ocasionar lesões microscópicas, que, se não forem diagnosticadas, 
podem levar ao desenvolvimento de câncer, principalmente no colo do útero e no pênis. A maneira mais efi-
ciente de evitar o contágio com o HPV é pelo uso de preservativos e pela vacinação.
14 Sugestão de site com diversas informações sobre a aids.
24 Volume 8
Ao perceber um ou mais desses sintomas, procure assistência médica. Evite a automedicação.
Direitos humanos, saúde sexual, saúde reprodutiva: o que os adolescentes têm a ver 
com isso? 
[...] Os Direitos Humanos são direitos considerados fundamentais das pessoas. O direito à vida, à 
alimentação, à saúde, à moradia, à educação, ao afeto e à livre expressão da sexualidade são alguns dos 
Direitos Humanos fundamentais porque, sem eles, a pessoa não é capaz de se desenvolver e de participar 
plenamente da vida. Nas últimas décadas, leis internacionais e nacionais vêm reconhecendo os direitos 
sexuais e os direitos reprodutivos como Direitos Humanos, considerando-os como direitos fundamentais 
das pessoas – obviamente, que os adolescentes e os jovens estão incluídos nesses direitos, visto que eles 
dizem respeito a todas as pessoas.
[...]
Entre os direitos reprodutivos estão:
• o direito de as pessoas decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quan-
tos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas;
• [...]
• o direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência.
E entre os direitos sexuais temos:
• o direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições, 
e com total respeito pelo corpo do(a) parceiro(a);
• o direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual;
• o direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças;
• [...]
• o direito de ter relação sexual independentemente da reprodução;
[...]
ABREU, Isa Paula Hamouche. Direitos humanos, saúde sexual, saúde reprodutiva: o que os adolescentes têm a ver com isso? In: CIÊNCIA Hoje 
na Escola. Conversando sobre saúde com adolescentes. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje, 2007. p. 17-23.
ConexõesConexões
Atividades
1. Sobre o sistema genital da mulher, assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas.
a) ( V ) Os ovários, além de liberarem o ovócito secundário a cada ciclo reprodutivo, secretam os hormônios estrogênio 
e progesterona.
b) ( F ) As fímbrias revestem todo o interior das tubas uterinas, facilitando o deslocamento do ovócito secundário até o útero.
c) ( V ) O útero é formado por uma parede muscular, denominada miométrio, e um revestimento interno de tecido 
vascularizado, chamado endométrio.
d) ( F ) De modo geral, a fecundação ocorre no interior do útero.
No homem, podem aparecer pequenas lesões ou ocorrer a formação de pequenas quantidades de secreções 
purulentas que saem pela uretra. No estágio secundário, pode causar inflamação dos linfonodos (ínguas). Além 
disso, as clamídias podem atingir as pálpebras e provocar cegueira e afetar os pulmões.
Biologia 25
2. Na ovulogênese, a fase de crescimento apresenta um tempo de duração maior se comparada à mesma fase na es-
permatogênese. Explique a que se deve essa maior duração e sua importância para a fecundação.
Nessa fase, as ovogônias aumentam consideravelmente o volume celular, transformando-se em ovócitos primários (2n). A maior 
duração se deve à intensa síntese proteica realizada, possibilitando o acúmulo de reservas nutritivas, que serão utilizadas no processo 
de fecundação e nas fases iniciais do desenvolvimento embrionário.
3. Milhares de espermatozoides são produzidos diariamente no sistema genital do homem. Na ejaculação, é liberado o 
sêmen, formado pelos espermatozoides e pelas secreções produzidas por glândulas anexas.
a) Qual é a importância dessas secreções para a manutenção dos espermatozoides até serem eliminados na 
ejaculação?
Essas secreções nutrem, protegem da acidez da uretra e da vagina e facilitam a movimentação dos espermatozoides pelos canais 
do sistema genital do homem.
b) Indique, no esquema, o nome das estruturas do sistema genital do homem e circule as glândulas que contribuem 
com secreções para a formação do sêmen.
Vesícula seminalBexiga urinária
Ducto deferente
Uretra
Pênis
Epidídimo 
Testículo
Bolsa escrotal
Porção do intestino grosso
Ânus
Glândulas bulbouretrais
Ducto ejaculatório
Próstata
4. (UFRJ) A pílula anticoncepcional feminina compõe-se de estrógenos e progestacionais sintéticos. Em geral, a mulher 
toma a pílula por 21 dias consecutivos, interrompe o uso por alguns dias e, em seguida, inicia uma nova série. Alguns 
médicos, entretanto, prescrevem o uso continuado da pílula, sem interrupções.
a) Como atua a pílula anticoncepcional?
A pílula anticoncepcional inibe (feedback negativo) a secreção de LH e FSH (hormônios gonadotróficos secretados pela hipófise). 
Sem o FSH, não ocorre a formação do ovócito secundário e, sem o LH, não acontece a ovulação. Ao finalizar a cartela de pílulas, 
em razão dos baixos níveis de estrogênio e progesterona, ocorre a menstruação.
b) Que diferença no ciclo feminino, particularmente no útero, terá o segundo procedimento, quando comparado ao 
uso interrompido do medicamento?
Se a mulher usar a pílula anticoncepcional continuamente, os níveis de estrogênio e progesterona nas concentrações sanguíneas 
continuarão altos. Assim, não ocorrerá a menstruação.
26 Volume 8
Biologia em foco
Adolescente e grávida. E agora?
A adolescência é uma das etapas de desenvolvimento mais significativas pela qual passa todo ser 
humano. [...] Entre as experiências importantes dessa fase, temos o início da vida sexual e reprodutiva 
e as expectativas levantadas em torno da vida produtiva.
Nesse contexto, temos a gravidez na adolescência, um grave problema de saúde pública. [...]
No Brasil o número de grávidas adolescentes é alarmante. Pesquisas mostram que 1/3 dos bebês 
nascidos no Brasil são filhos de “meninas” com menos de 18 anos de idade, a grande maioria solteiras. 
E quando falamos em “meninas” temos que considerar inúmeros aspectos: encontram-se em plena fase 
de desenvolvimento, a maioria não possui condições financeiras nem emocionais para compreender e 
assumir em toda a sua plenitude o real sentido da maternidade. [...] Sendo assim, algumas adolescentes 
grávidas saem de seus lares e parte delas evade-se da escola, abandonando seus projetos de vida, inter-
rompendo seu processo de socialização e abdicando de sua cidadania.
Contudo a gravidez na adolescência não é unicamente uma responsabilidade das meninas, pois esse 
filho não é gerado por uma única pessoa. O jovem pai também deve saber sobre os riscos da gravidez 
não planejada em todos os seus aspectos, do moral ao social, assim como também da grande responsa-
bilidade e da privação que pode ocasionar ao gerar um filho.
[...]
Por esse e outros motivos, os pais precisam estar conscientes de que na hora de esclarecer dúvidas 
sobre sexo ou sexualidade, inclusive gravidez, é bem melhor que os filhos os procurem, que se sintam 
seguros para essa abordagem e saibam que esse tipo de dúvida é muito natural nessa idade. Dessa 
forma, os pais devem estar atentos e acompanhar as mudanças pelas quais os adolescentes passam, e 
assim tornarem-se disponíveis para um diálogo franco e aberto. Guiando-os e informando-os não so-
mente sobre gravidez e sexualidade, mas também sobre métodos anticoncepcionais, DST e, acima de 
tudo, sobre virtudes e sentimentos como afeto, amor e respeito a si mesmo e ao próximo, irão possibi-
litar independência e segurançapara assumirem as atitudes e consequências próprias a uma vida sexual 
ativa e responsável.
LIMA, Christiane. Adolescente e grávida. E agora? Disponível em: <http://elo.com.br/portal/colunistas/ver/218236/adolescente-e-grÁvida-e-
agora-.html>. Acesso em: 20 maio 2015.
 Discuta com os colegas e o professor sobre os impactos de uma gravidez não planejada na adolescência para meni-
nos e meninas e a respeito do que define uma vida sexual ativa e responsável.
Sugestão de resposta.
Sugestão de atividade complementar.
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16
5. Em cada ciclo reprodutivo da mulher, ocorre a liberação do ovócito secundário do ovário para a tuba uterina.
a) Que hormônios desencadeiam o processo de ovulação e como eles agem nesse processo?
O hormônio folículo-estimulante (FSH) desencadeia o início da maturação dos ovócitos primários e o hormônio luteinizante (LH) 
promove a saída dos ovócitos secundários para a tuba uterina.
b) Após a ovulação, células do ovário produzem estrogênio e progesterona por, aproximadamente, duas semanas. 
Qual é a atuação desses hormônios?
Esses hormônios atuam estimulando o crescimento e a manutenção do endométrio, que fica mais espesso em virtude do aumento 
da quantidade de sangue e de secreções nutritivas.
Sugestão de atividades: questões 5 a 14 da seção Hora de estudo.
Biologia 27
Hora de estudo
A resolução das questões discursivas desta seção deve ser feita 
no caderno.
17 Gabaritos
numerações na figura abaixo e assinale a alternativa 
correta.
a) O sangue chega aos rins (3) proveniente das veias 
(7) e artérias renais (8).
b) O sangue atravessa o córtex renal (1) e penetra os 
néfrons, localizados na medula renal (2).
c) Nos néfrons estão os glomérulos renais, que filtram 
o sangue liberando na urina, através dos ureteres 
(4), proteínas de baixo peso molecular.
X d) A bexiga (5) contém a urina que é amarelada devido 
à presença de resquícios de hemoglobina.
e) A urina acumula-se na bexiga devido ao relaxamen-
to do esfíncter uretral e depois é liberada através da 
uretra (6).
3. (UFCG – PB) Cálculos renais ou pedras nos rins são 
nomes populares para a calculose urinária ou litíase 
urinária, uma doença comum, que atinge três vezes 
mais homens do que mulheres a partir dos 20 anos de 
idade, com maior incidência entre os 50 e os 60 anos 
de vida. O principal resíduo eliminado pela urina é a(o) (I) 
 (proveniente da digestão de carne, fer-
mentos e algumas verduras). Mas existem também 
outras substâncias que, quando em excesso no orga-
nismo, acabam sendo eliminadas pela filtragem dos 
rins, é o caso de (II) e (III) . 
Quando essas substâncias estão no corpo em excesso, 
ou quando se consome pouca água, surge a possibili-
dade de formação de cálculos renais.
 Para completar corretamente as lacunas, assinale a 
alternativa:
1. (UNIFACS – BA) 
Ao completar dois anos e meio, uma criança 
terá usado até 5 000 fraldas descartáveis. É pre-
ciso testar vários modelos e marcas até chegar 
à fralda que melhor se adapte à anatomia dos 
bebês. Há diferenças significativas entre as fral-
das descartáveis. É o que revela um estudo téc-
nico comparativo feito a pedido da Pro-Teste, 
entidade de defesa do consumidor. Uma fralda 
eficaz deve absorver um mínimo de 250,0 mL 
sem vazar.
SANDOVAL, Gabriella. O teste das fraldas. Veja. São Paulo: 
Abril, ed. 2154, ano 43, n. 9, 3 mar. 2010. p. 118-120.
 De acordo com o conhecimento relacionado à consti-
tuição da urina humana e a sua forma de eliminação, 
analise as afirmativas, marcando com V as verdadeiras 
e com F as falsas.
( V ) A urina é um fluido aquoso, que contém ureia e pe-
quenas quantidades de ácido úrico, amônia e sais.
( F ) Indivíduos, em condições normais, apresentam ín-
dices elevados de glicose e aminoácidos secreta-
dos na urina.
( V ) Durante o processo de formação da urina, ocorre 
reabsorção de substâncias úteis ao organismo.
( F ) A cor amarelada da urina é decorrente de altas 
concentrações de ácido úrico presentes nessa ex-
creta.
 A alternativa que indica a sequência correta, de cima 
para baixo, é a
(01) F V V F
(02) F F F V
x (03) V F V F
(04) V F V V
(05) V V F V
2. (UESPI) A excreção da urina compreende um proces-
so fisiológico que visa à retirada do sangue de com-
postos como a ureia e, assim, garantir a homeostase 
hídrica do organismo. Sobre este assunto, observe as 
28 Volume 8
a) ácido úrico, ureia e cloreto de sódio.
b) ácido úrico, ureia e sais (cálcio e oxalato).
c) cloreto de sódio, ácido úrico e ureia.
X d) ureia, ácido úrico e sais (cálcio e oxalato).
e) ureia, sais (cálcio e oxalato) e ácido úrico.
4. (PUCSP) Uma pessoa apresenta o seguinte quadro de 
sintomas: eliminação de grande volume de urina, sede 
e desidratação. Exames clínicos revelaram alteração 
hormonal, tratando-se de
a) aumento do hormônio aldosterona, produzido pela 
adrenal, que levou a um aumento na reabsorção de 
água pelos rins.
b) diminuição do hormônio aldosterona, produzido pela 
hipófise, que levou a um aumento na reabsorção de 
água pelos rins.
c) aumento do hormônio antidiurético, produzido pela 
adrenal, que levou a uma diminuição na reabsorção 
de água pelos rins.
X d) diminuição do hormônio antidiurético, produzido 
pela hipófise, que levou a uma diminuição na reab-
sorção de água pelos rins.
e) aumento do hormônio antidiurético, produzido pela 
hipófise, que levou a uma diminuição na reabsorção 
de água pelos rins.
5. (UEG – GO)
Disponível em: <http://saude.discoveryportugues.com/verticalz/
z129/dsez12901.asp>.
 Sobre o sistema reprodutor masculino, é correto afirmar.
a) Os espermatozoides maduros são produzidos nos 
testículos e armazenados no epidídimo desde os pri-
mórdios da formação do indivíduo do sexo masculino, 
quando este ainda se encontrava no interior do útero.
b) A próstata é um órgão muito importante, pois du-
rante o estado de excitação envia líquidos para os 
corpos esponjosos do pênis, permitindo a ereção.
c) Por estar conectada diretamente com o pênis, a be-
xiga urinária também faz parte do sistema reprodu-
tor masculino, pois a passagem da urina lubrifica a 
uretra, facilitando a passagem dos espermatozoides.
d) O prepúcio é uma membrana que envolve a glande 
do pênis e que geralmente se solta durante a pu-
berdade. Caso haja a persistência dessa membrana, 
recomenda-se cirurgia de laqueadura.
X e) Os testículos são normalmente originados na cavida-
de abdominal e descem para a bolsa escrotal duran-
te o período fetal, onde encontram uma temperatura 
mais amena para a produção dos espermatozoides.
6. (UEM – PR) Sobre o processo de gametogênese huma-
na, assinale o que for correto.
(01) A ovulogênese inicia-se durante o desenvolvi-
mento embrionário das mulheres. Quando elas 
nascem, todos os seus óvulos já estão formados 
nos ovários.
X (02) Espermiogênese é o processo de transformação 
das espermátides em espermatozoides, também 
conhecida como fase de especialização.
(04) Durante o processo de gametogênese, a divisão 
reducional ocorre para a formação das ovogônias 
e das espermatogônias.
X (08) O número de cromossomos do ovócito primário é 
diferente do número de cromossomos do ovócito 
secundário.
(16) Durante o processo de espermatogênese serão 
produzidos, a partir de 100 espermatócitos pri-
mários, 400 espermatócitos secundários e 1 600 
espermatozoides.
7. Sobre a figura a seguir, referente ao sistema genital da 
mulher, marque a alternativa correta.
Biologia 29
a) Os espermatozoides são liberados na estrutura 5 e 
migram até o útero, onde ocorre a fecundação.
b) Os ovócitos secundários são liberados pela estru-
tura 1 e migram pela estrutura 2 até o útero, onde 
ocorre a fecundação.
X c) A estrutura 1 é denominada ovário e, além de liberar 
o ovócito secundário, sintetiza hormônios.
d) As fímbrias são encontradas nas estruturas 2 e 3 e 
auxiliam na movimentação do ovócito secundário.
8. Em relação aos processos de gametogênese humana,

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