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A Teoria Da Formação Escalonada Do Sistema Jurídico de Hans Kelsen
A CONSTITUIÇÃO: 
 A Constituição é entendida como o escalão de direito positivo mais elevado. Essa Constituição pode ser produzida pelo costume ou através de um ato de um ou mais indivíduos, fala-se de uma Constituição escrita, para distinguir da Constituição consuetudinária.
 A Constituição regula, a produção de normas gerais, podendo também determinar o conteúdo das novas leis, prescrevendo ou excluindo determinados conteúdos. Em geral, a Constituição prescreve para a sua modificação um processo mais exigente, com um quórum mais elevado, diferente do processo legislativo comum (Constituição Rígida).
LEGISLAÇÃO E COSTUME:
 O escalão imediatamente seguinte ao da Constituição é constituído pelas normas gerais criadas pelo legislativo ou pelo costume. Contudo, a validade do costume dentro de uma comunidade jurídica é limitada.  As normas gerais estão imediatamente colocadas após a Constituição. Estas normas são criadas pela legislação, ou ainda através dos costumes.
LEI E DECRETO:
  Kelsen ainda faz a diferenciação entre lei e decreto. Ele os considera como subdivisões do escalão da produção de normas gerais. Em regra as leis são produzidas por um parlamento, porem a Constituição permite que em certos casos excepcionais o governo ou determinado órgão administrativo editem normas gerais.
DIREITO MATERIAL E DIREITO FORMAL:
 Para Kelsen, é Direito Formal o que regula a organização e o processo das autoridades administrativas e judiciais, como o Processo Civil, Processo Penal e Processo Administrativo. Entende ele que o Direito Material encerra as normas gerais que determinam o conteúdo dos atos daquelas autoridades.
AS CHAMADAS “FONTES DO DIREITO”:
 Chamamos de fontes do direito cada um dos diversos processos de criação de normas jurídicas, entendidas estas como regras heterônomas e coercitivas que são impostas a uma determinada sociedade. E as fontes que dão origem a normas cuja validade é reconhecida pelo Estado são as chamadas fontes do direito positivo.
CRIAÇÃO DO DIREITO, APLICAÇÃO DO DIREITO E OBSERVÂNCIA DO DIREITO:
  Kelsen faz uma separação absoluta entre Direito e os conceitos de Moral e Justiça, alegando que estas não podem servir de fundamentação para a Ciência Jurídica. Ele concebeu a norma como único elemento essencial do Direito, cuja validade não depende de conteúdos morais.
  Kelsen pretendeu purificar o Direito, libertando-o de especulações filosóficas e sociológicas. O teórico austríaco adotou o raciocínio de Kant da distinção entre ser e dever-ser.
  Já a observância do direito é, antes de tudo, a conduta que evita a sanção, o cumprimento do dever jurídico presente na norma.
JURISPRUDÊNCIA:
 Kelsen pretendia a independência científica do Direito, sendo que o método e o objeto da ciência jurídica deveria ser apenas a norma. Com a Teoria Pura do Direito, ele proporciona objetividade, autonomia e neutralidade ao Direito. Seu principal objetivo foi criar uma teoria que impusesse o Direito como ciência para que não continuasse sendo abordado por outras ciências, como a Sociologia e a Filosofia, por exemplo. Kelsen construiu os conceitos de jurisprudência normativa e jurisprudência sociológica.
O CARATER CONSTITUTIVO DA DECIÇÃO JUDICIAL:
 Para Hans kelsen um caráter constitutivo, o tribunal deverá primeiramente verificar a constitucionalidade da norma a ser aplicada, e só depois de ter feito toda analise necessária é que a norma tornar-se-á passível de aplicação ao caso concreto.
A RELAÇÃO ENTRE A DECISÃO JUDICIAL E A NORMAA JURIDICA GERAL APLICADA:
 Significa que, mesmo que esteja em vigor uma norma geral que deve ser aplicada pelo tribunal e que predetermina o conteúdo da norma individual a produzir pela decisão judicial, pode entrar em vigor uma norma individual criada pelo tribunal de última instância cujo conteúdo não corresponda a esta norma geral. O fato de a ordem jurídica conferir força de caso julgado a uma decisão judicial de última instância significa que está em vigor não só uma norma geral que predetermina o conteúdo da decisão judicial, mas também uma norma geral segundo a qual o tribunal pode, ele próprio, determinar o conteúdo da norma individual que há de produzir. Estas duas normas formam uma unidade.
AS CHAMADAS “LACUNAS” DO DIREITO:
 Falar em lacuna significa dizer que o direito objetivo não oferece, uma solução para a solução de uma questão jurídica. Entende que a “lacuna é uma imperfeição insatisfatória dentro da totalidade jurídica, representa uma falha ou uma deficiência do sistema jurídico”.
CRIAÇÃO DE NORMAS JURÍDICAS GERAIS PELOS TRIBUNAIS: O JUIZ COMO LEGISLADOR, FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO E SEGURANÇA JURÍDICA:
 Para Kelsen a lei é considerada como a principal fonte do direito e também fonte de segurança jurídica. A vantagem da lei escrita consiste no fato de o cidadão poder prever a sua conduta, e o juiz não poder decidir por casos particulares e cotidianos em que se apresentam dilemas morais, mas com base na lei, o que faz com que as decisões sejam previsíveis.
 Hans Kelsen esclarece que os diversos sistemas traduzem diferentes graus de centralização ou descentralização da produção do Direito e, consequentemente, diferentes graus de efetivação do princípio da flexibilidade do Direito, que é inversamente proporcional ao princípio da segurança jurídica.
O NEGÓCIO JURÍDICO:
 - COMO FATO CRIADOR DO DIRETO:
 O negócio jurídico como fato produtor de Direito, determina aos indivíduos que estão subordinados, o poder de regular as suas relações mútuas, dentro dos quadros das normas gerais criadas por via legislativa, através de normas criadas pela via jurídico-negocial. O negócio jurídico é, uma conduta contrária ao negócio jurídico e o delito da não-indenização do prejuízo tal conduta causado, pressuposto da sanção civil.
 - O CONTRATO:
  O negócio jurídico típico é o contrato. Em um contrato as partes contratantes acordam em que devem conduzir-se de determinada maneira, em face da outra.
 - ADMINISTRAÇÃO:
 Ao lado da legislação e da jurisdição é também menciona a administração como uma das três funções que, na teoria tradicional, são consideradas as funções essenciais do Estado. 
CONFLITO ENTRE NORMAS DE DIFERENTES ESCALÕES:
 - A DECISÃO JUDICIAL “ILEGAL”:
  Estes vocábulos exprimem a existência de um Direito “antijurídico”, que deve ser eliminado através da revogação de normas contraditórias.
 - A LEI “INCONSTITUCIONAL”:
 Por Hans Kelsen, não existem atos jurídicos nulos. A Corte Constitucional não declara a nulidade da lei contrária à Constituição, mas a anula. Logo, enquanto o pronunciamento da Corte não for publicado, a norma jurídica tida como inconstitucional é válida e eficaz, apesar de inconstitucional.
 - NULIDADE E ANULIDADE:
 A teoria da nulidade declara que o ato normativo inconstitucional tem sua validade abalada ab initio, sendo ato que já nasceu viciado e, portanto, insuscetível de gerar qualquer efeito válido.
 Teoria da Anulabilidade trata, genericamente, da anulação das normas que possuem incompatibilidade com o texto constitucional.
ALUNO: Alex Wanderley Mendonça de Oliveira
MATRÍCULA: 2020102354

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