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Produção Clonal de Mudas de Eucalipto

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Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina
Jéssica Fávero Roque
Relatório Visita Técnica
Disciplina: Tecnologia de Produção de Dendroenergia
Produção clonal de mudas de Eucalipto
Empresa: Florestal Ouro Verde
Orientada pela Professora: Juliana Dotto
Local: Ouro Verde do Oeste – Paraná
Data: 05 de Junho de 2013
Palotina, junho de 2013
Sumário
1. Introdução..............................................................................................03
1.1Princípios da Silvicultura Clonal........................................................04
1.2 Estaquia em Eucalipto......................................................................04
2. Objetivos.................................................................................................05
3. Desenvolvimento.....................................................................................06
3.1 Produção de mudas clonais..............................................................07
4. Conclusão...............................................................................................09
5. Referências.............................................................................................10
1. Introdução
A propagação clonal pode ser definida como aquela em que a meta principal constitui-se em reproduzir indivíduos geneticamente idênticos, a partir de uma fonte de material vegetativo de uma planta selecionada. O processo biológico é conhecido como clonagem e a população de plantas resultantes da planta clonada é chamada de clone.
As principais características e vantagens do uso do clone na área florestal são: semelhança entre as plantas provenientes de uma mesma planta clonada, resultando em plantios com grande uniformidade em relação às características silviculturais e tecnológicas; possibilidade de obtenção de clones com boa adaptação às adversidades ambientais, permitindo contornar problemas de doenças e situações de ambientes inadequados ao plantio com material genético a partir da propagação sexuada (semente), e; incremento na produção das florestas clonais, viabilizando custos acessíveis e competitivos às empresas. Por essas razões, a utilização de clones vem sendo cada vez mais adotado nas empresas florestais, tornando-se estratégica no desenvolvimento da produção florestal no Brasil.
A “silvicultura clonal” compreende todo o processo de formação de uma floresta clonal, incluindo a seleção da árvore superior, a multiplicação vegetativa, a avaliação de árvores selecionadas em teste clonal, a produção de mudas e o estabelecimento da floresta clonal.
Nas regiões tropicais e subtropicais, o Eucalipto tem-se constituído como um dos gêneros mais explorados e tem merecido atenção na silvicultura clonal, devido aos atuais avanços obtidos na pesquisa e, de certa forma, pela facilidade na propagação vegetativa, além da característica de serem plantas consideradas de rápido crescimento.
No Brasil, relatos apontam que as plantações clonais com Eucalipto deslancharam-se a partir da década de 70, a partir do desenvolvimento da técnica de estaquia em escala operacional, motivada pelos seguintes pontos: uniformidade dos plantios, possibilitando maior controle sobre a qualidade dos produtos; aproveitamento de combinações genéticas raras, tais como híbridos de Eucalyptus grandis X E. Urophylla; maximização do ganho em produtividade silvicultural e de qualidade tecnológica da madeira em uma única geração de seleção; possibilidade de contornar problemas de doenças, como “cancro” (Cryphonectia cubensis); possibilidades de duas, três e até quatro rotações economicamente viáveis; custo acessível e competitivo às empresas; experiências já comprovadas na silvicultura convencional, e; opções de técnicas de propagação vegetativa em grande desenvolvimento nas diversas áreas da ciência.
1.1 Princípios da Silvicultura Clonal
Para maior compreensão da silvicultura clonal, torna-se imprescindível o entendimento dos princípios específicos da biologia e dos conceitos de multiplicação das plantas. Para as plantas superiores, de forma geral, a propagação pode ocorrer através de duas diferentes formas. Primeiro, a forma sexual caracteriza-se por ter a semente como elemento de propagação, acarretando variação genética entre as plantas descendentes e segundo, a forma assexuada, também denominada propagação vegetativa, não envolve recombinação genética, permitindo a reprodução fiel do genótipo de uma planta.
1.2 Estaquia em Eucalipto
A propagação clonal em Eucalipto por estaquia constitui-se no enraizamento de estacas caulinares (segmentos de 6-10cm de tamanho) confeccionadas a partir de brotações provenientes de cepas de árvore selecionada, banco clonal ou jardim clonal.
No estabelecimento de áreas de multiplicação vegetativa, o uso de jardim clonal tem sido a forma mais aplicada, permitindo um manejo intensivo e ajustado para obtenção de brotações, destinado ao êxito do enraizamento das estacas. A frequência das coletas no jardim clonal varia, em média, de 15 a 45 dias, a qual é função da espécie, clone, ambiente e da metodologia de coleta (poda drástica ou seletiva). [1]
2. Objetivos
O presente trabalho tem por objetivo apresentar as informações e conhecimentos sobre silvicultura clonal obtidos durante a visita técnica.
3. Desenvolvimento
Atualmente, o estado do Paraná apresenta um percentual de 2,3% em áreas ocupadas por plantações de Eucalipto e, dentre esses 2,3%, 11% representa áreas de florestas clonais. A utilização da matéria-prima varia conforme a demanda, tendo como destaque na região paranaense, as indústrias de papel e celulose e cavacos.
Dentre essas utilizações, temos o exemplo de fibras para indústrias de papel, os quais existem as fibras curtas e longas. Fibras curtas são feitas de Eucalipto e fibras longas de Coníferas. Como exemplo de fibras longas temos as caixas, que possuem aspectos ondulados, com cores amarronzadas, conhecidas como papelão, e como exemplo de fibras curtas tem a folha sulfite, que atende como a maior demanda em nível de mundo, e o Brasil é o segundo maior produtor desta fibra.
Hoje no Brasil, o setor florestal na parte de celulose é o mais avançado em questões de tecnologia, no entanto, os setores florestais de cerrarias, lâminas, placas, entre outros se encontra bastante atrasado.
O Brasil hoje movimenta apenas 2% de todos os produtos florestais do mundo, sendo que a Finlândia, um país da região norte da Europa com clima gelado, movimenta 8% dos produtos florestais, ou seja, um país que demora em média 70 anos para estar em ponto de corte ocupa o lugar de 8% do mercado mundial. Para termos uma base do quanto isto é significativo, a Finlândia possui em média uma área territorial baseada na soma da área dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por isso, estima-se que daqui alguns anos, esse percentual de 2% aumente, já que no Brasil, com 5-6 anos a árvore já se encontra em ponto de corte.
Em relação a florestas bioenergéticas, para geração de biocombustíveis, a dendroenergia é hoje a energia mais barata e mais sustentável, já que a matriz energética do mundo está muito focada em combustíveis fósseis, e os biocombustíveis possuem um grande destaque em termos de sustentabilidade.
No Brasil, os 2% dos produtos florestais que se tem mais de 60% provem de Eucalipto e Pinus, e o restante vem de madeiras nativas, que hoje se encontram mais na região norte do país e possuem grandes restrições devido as questões ambientais.
Em termos estratégicos de desenvolvimento, o Eucalipto, em áreas com clima mais quente, é o maior produtor de biomassa, já o Pinus possui destaque em áreas com clima mais frio. Com essa característica, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, tornam-se os maiores produtores de Pinus, contando com uma média de 600.000/há, e o Paraná também conta com uma média de 200.000/há de plantação de Eucalipto, no entanto, o destaque em biomassa é para o eucalipto, devido ao seu alto poderde competitividade.
3.1 Produção de mudas clonais
Visando o melhoramento tanto dos aspectos físicos e químicos da planta, como o financeiro, contamos hoje com a produção de mudas clonais de Eucaliptos, uma técnica desenvolvida através de micro estaquia, no qual não se utiliza mais a produção através de sementes, e sim uma micro propagação.
A empresa Florestal Ouro Verde - Paraná, no qual realizamos a visita técnica, trabalha com clonagem de Eucalipto e segue algumas informações e conhecimentos sobre clones em mudas.
 A diferença entre sementes e clones é que, a semente gera uma diversidade biológica entre os indivíduos, então, quando se planta uma floresta, germinam indivíduos altos, baixos, médios, grossos, finos, gerando uma variabilidade genética. No material clonal, normalmente são selecionadas árvores matrizes e quando se observa uma floresta de mudas clonais não há diferença entre tamanho, diâmetro, e outros aspectos, não há diferencial genético, fazendo com que o poder de produtividade seja maior.
Um dos focos da empresa Florestal Ouro Verde, no quesito de clonagem em Eucalipto está na utilização de eficientes materiais genéticos para florestas energéticas, com a finalidade de alta geração de produtividade e poder calorífico para as indústrias de cavaco e lenha. Outro foco é a região do Paraná, que é considerada uma região estratégica, por ser pioneira em exploração florestal.
A Florestal Ouro Verde vem trabalhando com cinco clones, materiais híbridos, nos quais 3 são da espécie Urograndis (Urophylla x Grandis) e 2 da espécie Camaldulensis (Camaldulensis x Grandis e Camaldulensis x Urophylla).
A produção de material clonal é feita através de estacas, necessitando de matrizes para a multiplicação. São realizadas algumas etapas até obtenção dos clones. A primeira delas inicia-se no jardim clonal, que é constituído por várias bancadas cobertas com areia onde ficam as matrizes que são cultivadas todos os dias com adubação especial que contém sais como nitratos de cálcio e fósforo, feita por gotejamento, e com controles de podas, primeiro podas de formação e logo após podas de produção de estacas. Quanto mais tempo as mudas ficarem no jardim, maior será a rentabilidade em termos de produção. Todas as mudas são provenientes do jardim clonal. Para avaliar os termos energéticos das plantas, a empresa possui em média 58 materiais genéticos implantados dentro de florestas e são realizados acompanhamentos durante anos, em torno de 6 anos, tanto com controles de pragas e doenças como com aspectos físicos e químicos. São realizadas também análises nutricionais através das folhas. Todos os dias são necessários fazer a coleta dos brotos, pois necessitam estar no tamanho correto, normalmente visto nos pares de folhas, quanto maior a quantidade de folhas menor o vigor de enraizamento do broto, e assim começa criar “calos”, porém o tamanho pode variar de acordo com o clima. 
Após as análises as mudas são levadas para o processo de estaqueamento, no qual os brotos são implantados em tubetes que contém substrato dentro, composto por casca de Pinus decomposta e fibra de coco, e em cada muda é utilizado um pó auxiliador conhecido como A e B (endol butílico) que possui a função de aumentar o enraizamento das plantas. Após este processo as mudas são colocadas nas estufas com temperatura de no máximo 37°C – quanto mais próximo de 37°C melhor – mas durante o inverno ocorre uma amplitude térmica. As mudas permanecem na estufa em torno de 110 dias e após enraizarem já podem ser levadas para fora. Neste local as mudas ficam em bancadas compostas por grades, separadas por tamanho, no qual os colaboradores da empresa fazem a seleção dos tamanhos, e neste local é feito a fertirrigação. Em média 80% das mudas enraízam, porém durante o inverno esse percentual diminui. O principal foco da muda é a quantidade de raízes. Assim que as mudas atingirem os devidos parâmetros, são retiradas dos tubetes e enroladas em papel plástico para a venda.
A empresa vem buscando melhorias nas tecnologias, e pretendem implantar novos tipos de tubetes, conhecido como “elepot”, feito de celulose, já que, com os tubetes de plásticos todas as mudas devem ser retiradas e após a retirada deve ser realizada a lavagem destes tubetes, e nos elepots as mudas não necessitam ser retiradas. Segundo fornecedores deste material, como os tubetes são uma fina camada de celulose, o enraizamento de torna melhor e consequentemente melhor vigor para a planta. A empresa ainda está realizando testas a campo pois o material ainda possui um custo elevado, mas acredita-se que com o aumento da demanda de mão de obra se tornará viável a utilização dos elepots.
A fiscalização da produção de mudas clonais é feita pelo Ministério da Agricultura.
A produção é destinada em grades escalas para indústrias como C.Vale, Frimesa e Sadia mas também há venda aberta para pequenos produtores.
 
4. Conclusão
Diante do que foi desenvolvido durante o relatório e observado durante a visita técnica, esta prática de clonagem em mudas de Eucalipto é bem inovadora tanto em aspectos tecnológicos, financeiros e sustentáveis e só tende a trazer benefícios. 
5.Referências Bibliográficas
[1] http://selvaflorestal.com/component/content/article/204-uncategorised/406-mudas-clonadas-de-eucalipthus
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