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Apostila Conhecimentos Pedagógicos

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www.pontodosconcursos.net Página 1 (79) 3246 2418 / 3302 0022 
 
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
 
PROFESSOR ADEMIR DA COSTA 
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS 
 
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS 
Módulo I 
 
1. Planejamento e organização do trabalho peda-
gógico. 
Entendendo por Organização do Trabalho Pedagógico o 
trabalho efetivo desenvolvido na escola, no interior da 
sala de aula e as ideias e ações que permeiam o projeto 
político-pedagógico. Assim, consideramos o Trabalho 
enquanto condição de produção do conhecimento; a 
Educação - enquanto práxis transformadora do sujeito; o 
Conhecimento - enquanto libertador do homem e 
possibilidade de superação do real. 
O trabalho pedagógico compreende todas as atividades 
teórico- práticas desenvolvidas pelos profissionais do 
estabelecimento de ensino para a realização do processo 
educativo escolar. 
Todos os processos que ocorrem em sala de aula devem 
ser entendidos e explicados sempre em uma perspectiva 
mais ampla da organização do trabalho pedagógico na 
escola e esta organização no contexto sócio‐cultural 
maior da sociedade capitalista, tendo como princípio 
fundante o trabalho. 
Consideramos que a organização do trabalho pedagógico 
assume, no espaço escolar, a forma global do trabalho do 
pedagogo, contemplando o planejamento, a gestão 
escolar e a docência. Portanto, a organização do trabalho 
pedagógico deve ser pensada a partir das relações 
dialéticas estabelecidas entre a escola, enquanto espaço 
privilegiado de educação, e o modo de produção 
capitalista. 
✓ Natureza do Trabalho Pedagógico 
Para que a escola contribua na construção da cidadania, 
por meio da transmissão significativa dos conhecimentos 
historicamente construídos, faz-se necessário repensar 
as relações de poder e a organização do trabalho 
pedagógico procurando compreender a natureza e 
especificidade do trabalho educativo. 
Como substrato de análise a dialética historicista, 
procuramos entender o espaço escolar, com suas 
múltiplas redes de relações e neste sentido se põe como 
o lugar que apresenta uma dupla perspectiva: 
a) Dimensão Ontológica - se define como um espaço 
formador dos sujeitos históricos, pois, estes a partir de 
suas práticas sociais cotidianas se relacionarão mediados 
por relações sociais de trabalho. 
b) Dimensão Epistemológica - constitui-se como um lugar 
"privilegiado" de apropriação do conhecimento 
historicamente produzido pela humanidade bem como, 
um lugar de produção de conhecimento: o conhecimento 
educativo. 
1.1.2. Distinção em Marx 
Há algum tempo vem sendo estimulada a figura do 
especialista, a racionalização administrativa, a hierarquia 
de funções, enfim, um modelo técnico-burocrático de 
organização escolar tido como “moderno”. 
➢ A distinção entre essas análises tem se baseado muito 
em conceitos desenvolvidos por Marx. A questão do tra-
balho produtivo/trabalho improdutivo é um exemplo. 
➢ Para Marx, trabalho produtivo é todo o trabalho que 
produz mais-valia, que valoriza o capital. 
➢ Marx, em suas obras, vale-se de vários exemplos pa-
ra distinguir um trabalho do outro: casos do cantor, do 
professor, do médico. Para ele, o que importa é a forma 
como e por quem o trabalho é apropriado. Se um cantor, 
como diz Marx, pratica a sua arte em público sem ser 
contratado por um empresário da arte, ficando para si 
mesmo com o tota
➢ l
➢ arrecadado, seu trabalho é improdutivo. 
➢ No entanto, se este trabalho é realizado por troca de 
salário, ficando o excedente com o capitalista, seu traba-
lho é produtivo. 
➢ Por este raciocínio, os professores que atuam na rede 
privada são trabalhadores produtivos, enquanto os pro-
fessores da rede pública são trabalhadores improdutivos. 
Essa discussão, em termos da escola de hoje, não parece 
conduzir a lugares frutíferos. 
 
1.1.3. Educação e Trabalho em Gramsci 
 
➢ As relações sociais engendradas no fordismo requere-
ram uma nova educação das pessoas. Novas subjetivida-
des tiveram que ser construídas socialmente para que se 
instaurasse essa conformação social, que tinha – e tem – 
o trabalho como o eixo central da vida social. Foi neste 
contexto que Gramsci desenvolveu o conceito do trabalho 
como princípio educativo. 
➢ O princípio educativo do trabalho são as formas como 
a sociedade educa a subjetividade dos indivíduos e a vida 
social para o trabalho e para a vida social. São as rela-
ções sociais que formam o trabalhador. 
➢ No caso do fordismo, Gramsci (1988) mostra como as 
relações sociais conformaram e disciplinaram o trabalha-
dor parcelarizado, ou seja, como as relações de trabalho 
e o disciplinamento da vida social despiram a identidade 
do trabalhador artesão e educaram-no segundo a identi-
dade do trabalhador operário. 
 
1.1.4. O trabalho pedagógico em Frigotto 
 
➢ Portanto, a escola não é uma mera ferramenta e cria-
ção do capital, mas um espaço de contradições que toma 
determinada direção de acordo com a luta de classes, 
cabendo destacar que “não é da natureza da escola ser 
capitalista, senão que por ser o modo de produção social 
da existência dominantemente capitalista, tende a medi-
ar os interesses do capital” (FRIGOTTO, 1989: 223). 
➢ A função social da escola, transmitir o conhecimento 
produzido pela humanidade, pode ser funcional ao capital 
na medida em que possibilita o desenvolvimento das for-
ças produtivas e, hegemonizada pelas relações capitalis-
tas, pode reproduzir a força de trabalho, tal como se ne-
cessita hoje, um saber fragmentado e não um saber em 
que predomine os fundamentos do trabalho. Além disso, 
podemos destacar o interesse do capital sobre a escola 
pela sua dimensão socializadora, de coesão e adaptabili-
dade social. Com efeito, observamos que a escola, na 
etapa da acumulação flexível, é o único direito social que 
se expande. Isso ocorre por fatores combinados, seja 
para dar a população a sensação de humanização já reti-
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
rada em outras esferas, seja por que sua negação pode-
ria provocar um dano maior que suas concessões home-
opáticas, ou ainda a quebra de empresas que obtêm lu-
cro como fornecedoras no entorno das escolas. 
➢ Portanto, a escola não é uma mera ferramenta e cria-
ção do capital, mas um espaço de contradições que toma 
determinada direção de acordo com a luta de classes, 
cabendo destacar que “não é da natureza da escola ser 
capitalista, senão que por ser o modo de produção social 
da existência dominantemente capitalista, tende a medi-
ar os interesses do capital” (FRIGOTTO, 1989: 223). 
 
1.1.5. Trabalho pedagógico em Libâneo 
➢ Situa a educação como fenômeno social universal 
determinando o caráter existencial e essencial da 
mesma. 
➢ Educação, a não intencional - refere-se a influências 
do contexto social e do meio ambiente sobre os 
indivíduos. 
➢ Educação intencional - refere-se àquelas que têm 
objetivos e intenções definidos. 
➢ A educação pode ser também, formal ou não-formal, 
dependendo sempre dos objetivos. 
a) A educação não-formal é aquela realizada fora 
dos sistemas educacionais convencionais, e 
b) A educação formal é a que acontece nas escolas, 
agências de instrução e educação ou outras. 
➢ Coloca as ideologias como valores apresentados pela 
minoria dominante, politizando a prática educativa e de-
monstrando o seu envolvimento com o social. 
➢ Escola é o campo específico de atuação política do 
professor, politizando ainda mais o ambiente escolar. 
 
✓ 1.1.6. Trabalho pedagógico em Saviani 
Com o início da Modernidade o desempenho das fábricas 
passa ser uma referência para o funcionamento das 
escolas. Nesse sentido,Saviani (2006), afirma que a 
produção capitalista dita normas de relacionamento e 
traz a universalização do ensino. Contudo, continua 
mantendo a dualidade da educação. Uma educação para 
o disciplinamento e com um currículo mínimo capaz de 
garantir a formação de um trabalhador com as 
elementares noções de leitura e de escrita e a 
matemática prática elementar. E a outra escola destinada 
à formação da elite dominante. 
1.1.7. Fontana e Tumolo 
Apresentam, para fins didáticos, quatro situações 
ilustrativas de trabalho docente da nossa realidade: 
a) a docência como um processo simples de 
trabalho, como produção de valor e não de mais valia. É 
o caso, por exemplo, do professor que ensina o seu filho 
a ler; 
b) a docência como produção de valor de troca, isto 
é, vendida pelo próprio trabalhador, tal como o professor 
que ministra aulas particulares que não produz mais-
valia; 
c) a docência na escola pública, que não produz 
mais valia para o capital e sim valor de uso e 
d) a docência que produz mais- valia, quando o 
professor vende sua força de trabalho ao proprietário da 
escola privada. 
Os autores consideram limitada a discussão sobre o 
trabalho docente que tem por base o processo de 
trabalho ao invés da relação social de produção. 
Discutindo a tese da proletarização docente, os autores 
ressaltam, primeiramente, que apenas o trabalho 
docente na escola privada poderia ser considerado como 
proletário, propondo, então, a seguinte distinção: 
a) o trabalho docente da escola privada não é 
proletário porque é feito pelo professor, e muito menos 
porque suas condições de trabalho se deterioraram, ou 
porque seu trabalho pode ser padronizado, fragmentado 
e flexibilizado, tal qual acontece com outros 
trabalhadores. 
b) Nem é proletário porque há uma desqualificação 
de sua força de trabalho e uma perda do controle de seu 
trabalho, mas sim, porque, independentemente das 
características do processo de trabalho, esse professor é 
um trabalhador inserido num processo de produção de 
capital. 
c) “Como proletário, ele ‘deixa de ser’ professor, 
‘deixa de ser’ categoria profissional de professores e 
‘passa a ser’ classe: classe proletária. Como classe 
proletária, o professor não se distingue dos outros 
trabalhadores proletários [...]”(FONTANA e TUMOLO, 
2006, p.11) que estabelecem a relação capitalista de 
produção e produzem capital. 
1.2. Processo de planejamento. 
 
O planejamento é um processo de sistematização e or-
ganização das ações do professor. É um instrumento da 
racionalização do trabalho pedagógico que articula a ati-
vidade escolar com os conteúdos do contexto social (LI-
BÂNEO, 1991). 
 
Planejamento é um processo de busca de equilíbrio entre 
meios e fins, entre recursos e objetivos, na busca da me-
lhoria do funcionamento do sistema educacional. (SO-
BRINHO, 1994, p.3). 
 
Planejamento é um “processo de tomada de decisão so-
bre uma ação. Processo que num planejamento coletivo 
(que é nossa meta) envolve busca de informações, ela-
boração de propostas, encontro de discussões, reunião 
de decisão, avaliação permanente”. Planejamento é pro-
cesso de reflexão, de tomada de decisão [...] enquanto 
processo, ele é permanente (VASCONCELOS, 1995, 
p.43). 
 
1.2.1. Concepção, importância, dimensões e ní-
veis. 
 
Em síntese, o planejamento é uma tomada de decisão 
sistematizada, racionalmente organizada sobre a educa-
ção, o educando, o ensino, o educador, as matérias, as 
disciplinas, os conteúdos, os métodos e técnicas de ensi-
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
no, a organização administrativa da escola e sobre a co-
munidade escolar. 
 
❖ Níveis de organização do planejamento da edu-
cação 
 
✓ Macro no Planejamento do Sistema de Educação, 
que corresponde ao planejamento da educação em âmbi-
to nacional, estadual e municipal. Este planejamento ela-
bora, incorpora e reflete as políticas educacionais. 
 
✓ O planejamento global da escola corresponde às 
ações sobre o funcionamento administrativo e pedagógi-
co da escola; para tanto, este planejamento necessita da 
participação em conjunto da comunidade escolar. 
Nos dias atuais, em que o trabalho pedagógico tem sido 
solicitado em forma de projeto, o planejamento escolar 
pode estar contido no Projeto Político Pedagógico – PPP, 
ou no Plano de Desenvolvimento Escolar – PDE. 
✓ O planejamento curricular é a organização da di-
nâmica escolar. É um instrumento que sistematiza as 
ações escolares do espaço físico às avaliações da apren-
dizagem. 
✓ O planejamento de ensino envolve a organização 
das ações dos educadores durante o processo de ensino, 
integrando professores, coordenadores e alunos na ela-
boração de uma proposta de ensino, que será projetada 
para o ano letivo e constantemente avaliada. 
✓ O planejamento de aula organiza ações referentes 
ao trabalho na sala de aula. É o que o professor prepara 
para o desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos 
coerentemente articulado com o planejamento curricular, 
com o planejamento escolar e com o planejamento de 
ensino. 
 
❖ Dimensões do planejamento 
Todo planejamento deve retratar a prática pedagógica da 
escola e do professor. No entanto, a história da educação 
brasileira tem demonstrado que o planejamento 
educacional tem sido uma prática desvinculada da 
realidade social, marcada por uma ação mecânica, 
repetitiva e burocrática, contribuindo pouco para 
mudanças na qualidade da educação escolar. 
A importância do planejamento como uma prática crítica 
e transformadora do pedagogo; por isso, faz-se 
necessário que você compreenda as duas dimensões que 
constituem o planejamento: 
✓ Dimensão política – toda ação humana é eminen-
temente uma ação política. O planejamento não pode ser 
uma ação docente encarada como uma atividade neutra, 
descompromissada e ingênua. Mesmo quando o docente 
“não” planeja, ele traduz uma escolha política. A ação de 
planejar é carregada de intencionalidades, por isso, o 
planejamento deve ser uma ação pedagógica comprome-
tida e consciente. 
 
✓ Dimensão técnica – o saber técnico é aquele que 
permite viabilizar a execução do ensino, é o saber fazer a 
atividade profissional. No caso da prática do planejamen-
to educacional, o saber técnico determina a competência 
para organizar as ações que serão desenvolvidas com 
visando à aprendizagem dos alunos. Cabe ao professor 
saber fazer, elaborar, organizar a prática docente. Veja, 
o que diz Morin (1999) sobre as quatro aprendizagens 
fundamentais para alicerçarem o conhecimento. Verifique 
que a dimensão técnica é a segunda aprendizagem: 
aprender a fazer - para poder agir sobre o meio envol-
vente. A dimensão técnica do conhecimento é o aprender 
do aluno a fazer fazendo. 
 
1.3. Planejamento participativo. 
 
Para que a escola possa se organizar e funcionar de ma-
neira eficaz, bem como cumprir suas funções sociais e 
educacionais, o planejamento participativo é um recurso 
extremamente importante na busca do aperfeiçoamento 
dos afazeres e auxilia, sobremaneira, na realização do 
trabalho coletivo. 
 
Ao implementar o planejamento participativo, os gesto-
res desvinculam-se das tomadas de decisões centraliza-
das e alinham-se às possibilidades de trabalho participa-
tivo e coletivo com vistas a eliminar os improvisos e 
ações isoladas. 
 
1.3.1 Concepção, construção, acompanhamento e 
avaliação. 
 
Nesse sentido, planejamento, plano de aulas e necessi-
dades educativas devem caminhar paralelamente juntas 
para o bom aproveitamento e desenvolvimento da insti-
tuição escolar (LUCK, 2008). 
 
✓ Não possui caráter técnico e burocrático; 
✓ Um instrumento crítico e não excludente às opiniões 
dos envolvidos,respeitando e colocando em prática a 
participação de todos; 
✓ Compromisso com a transformação social e educacio-
nal; 
✓ Encontra respaldo na teoria cognitiva encontramos 
fundamentos de desenvolvimentos e participação, explo-
rando a capacidade cognitiva na prática dos educadores; 
✓ Também se fundamenta na teoria afetiva, encontra-
mos o engajamento e encorajamento entre as equipes 
que interagem entre si para um determinado objetivo. 
 
❖ Fases do planejamento participativo 
 
✓ preparação do Plano Escolar, entendido como o re-
gistro sistematizado e justificado das decisões tomadas 
pelos agente educacionais que vivenciam o dia-a-dia da 
escola; 
✓ acompanhamento da execução das operações pen-
sadas no Plano Escolar, de forma a fazer, caso seja ne-
cessário, as alterações nas operações de forma que essas 
alcancem os objetivos propostos; 
✓ revisão de todo o caminhar, avaliando as operações 
que favoreceram o alcance dos objetivos e aquelas ope-
rações que pouca influência tiveram sobre o mesmo, ini-
ciando-se assim um novo planejamento. 
 
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
Em síntese, 0 planejamento caracteriza-se, desta forma 
como um processo ininterrupto de planejar, acompanhar, 
avaliar, replanejar... 
❖ Avaliação 
A democratização desse espaço pela via da participação é 
extremamente relevante para que a escola supere o 
ritual puro e simples de identificação de problemas e 
avance para o patamar de um diagnóstico emancipador, 
capaz de confrontar diferentes visões sobre uma mesma 
realidade para tomada de decisões, o que amplifica as 
possibilidades de ações e de acertos. 
Entretanto, não é possível identificar problemas sem que 
a autoavaliação institucional seja considerada, pois essa 
se insere como instrumento democrático de 
aperfeiçoamento e recondução das ações e como forma 
de sistematização escolar, num movimento de prática 
reflexiva sob o exercício da ação-reflexão-ação, tendo 
como referência a realidade/situação que a escola se 
encontra, seus indicadores e as metas a serem 
alcançadas e o quanto a escola tem que caminhar para 
realizar a missão prevista no seu projeto político 
pedagógico. 
Auto avaliação e as avaliações externas são 
ferramentas capazes de fornecer elementos que 
conduzam a uma melhor organização do trabalho 
escolar, pelo reconhecimento dos seus pontos fortes 
(potencialidades) e seus pontos fracos (fragilidades), 
reafirmando a necessidade da avaliação percorrer todas 
as etapas do planejamento. 
1.3. Planejamento escolar 
 
O planejamento é de extrema importância, desde que, na 
sua elaboração, os principais autores saibam relacionar 
os conteúdos com a realidade educacional. O plano não 
deve estar desvinculado das relações que há entre a es-
cola e a realidade do aluno, no sentido de buscar novos 
caminhos, cujo objetivo é transformar a realidade exis-
tente. 
 
1.3.1 Planos da escola, do ensino e da aula. 
 
a) Plano da escola 
Como afirma Libaneo, (2001, p. 225): “[...] É o 
documento mais global; expressa orientações gerais que 
sintetizam, de um lado, as ligações do projeto 
pedagógico da escola com os planos de ensino 
propriamente ditos”. 
No entanto, o planejamento escolar é apontado como 
alternativa de organização coletiva, em que diversos 
segmentos envolvendo (professores das diversas áreas, 
alunos, funcionários administrativos e comunidade) 
discutir e decidir coletivamente e publicamente os 
objetivos, metas, finalidades, valores, atitudes e 
solucionem os problemas comuns à escola, viabilizando 
assim a materialização de uma escola realmente 
democrática e objetiva. 
Planejar consiste em prever e decidir sobre: 
➢ o que pretendemos realizar; o que vamos fazer; 
➢ como vamos fazer; 
➢ como devemos analisar a situação a fim de verificar 
se o que pretendemos foi atingido. 
O planejamento escolar inclui tanto a previsão das 
atividades didáticas em termos da sua organização e 
coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a 
sua revisão e adequação no decorrer do processo de 
ensino. O planejamento é um meio para se programar as 
ações docentes, mas é também um momento de 
pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação. 
b) Plano de Ensino 
O planejamento de ensino configura-se como um roteiro 
organizado de unidades didáticas para um ano ou 
semestre composto dos seguintes elementos: 
justificativa da disciplina; conteúdos; objetivos gerais e 
específicos; metodologia e avaliação. 
Assim, Um planejamento de ensino deverá prever: 
➢ Objetivos (para que ensinar e aprender?); 
➢ Conteúdos (o que ensinar e aprender?); 
➢ Métodos (como e com o que ensinar e apren-
der?); 
➢ Tempo (quando e onde ensinar e aprender?) e 
➢ Avaliação (como e o que foi efetivamente ensi-
nado e aprendido?). 
 
Estes elementos estão todos ligados à concepção que a 
escola e os professores tem como principio básico: 
➢ a função da educação; 
➢ a função da escola, 
➢ das especificidades das disciplinas; 
➢ e sobre seus objetivos sociais e pedagógicos. 
 
Tais elementos visam a assegurar a racionalização, a 
organização e a coordenação do trabalho docente, de 
modo que a previsão das ações docentes possibilite ao 
professor a realização de um ensino de qualidade e evite 
a improvisação e a rotina. Sobre esses elementos 
materializam-se os referenciais político-pedagógicos da 
prática pedagógica dos professores. 
Podemos dizer que o planejamento de ensino é a 
especificação do planejamento de currículo. Onde traduz 
em termos mais concretos e operacionais o que o 
professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a 
alcançar os objetivos educacionais propostos. 
c) Plano de aula 
Na elaboração do plano de aula, deve-se levar em 
consideração, em primeiro lugar, que a aula é um 
período de tempo variável, as características dos alunos, 
suas possibilidades, necessidade e interesses. Por isso é 
importante que o professor faça uma sondagem do que 
os alunos já sabem sobre os conhecimentos a serem 
abordados. 
O processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma 
sequência articulada de fases: 
➢ Preparação e apresentação dos objetivos, conte-
údos e tarefas; 
➢ Desenvolvimento da matéria nova; 
➢ Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, 
sistematização); Síntese integradora e aplicação 
e Avaliação. 
A aula é a forma predominante de organização didática 
do processo de ensino. É na aula que organizamos ou 
criamos as situações docentes, isto é, as condições e 
meios necessários para que os alunos assimilem 
ativamente conhecimentos, habilidades e desenvolvam 
suas capacidades cognoscitivas. 
Um plano para ser considerado adequado deve seguir 
alguns princípios, como: Coerência e unidade; 
➢ Continuidade e sequência; 
➢ Flexibilidade; 
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
➢ Objetividade e funcionalidade e a Precisão. 
 
Como o planejamento requer que se pense no futuro. Ele 
é formado também pelos 
componentes básicos do planejamento de ensino, onde o 
objetivo é a descrição clara do que se pretende alcançar 
como resultado da nossa atividade, eles nascem da 
própria situação da comunidade, da família, da escola, da 
disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os 
objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o aluno. 
 
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS 
Módulo II 
 
2. Currículo do proposto à prática. 
 
O termo currículo é usado dentro e fora da sala de aula 
de várias maneiras e com vários sentidos, conceitos ou 
definições. Assim sendo, para distinguir o uso dessetermo ou palavra no sentido de denotar o conteúdo 
programático de um assunto ou da área de estudos 
específicos, no sentido d e se referir ao programa 
total das disciplinas de uma escola de qualquer nível ou 
grau de ensino. 
2.1. Definições 
2.1.1. Concepção de Edgar Morin 
Define currículo como terreno fértil para a constituição de 
uma teoria educacional mais ampla, tendo em vista que 
permite a interação coletiva de vários sujeitos, tais como, 
professores e alunos, nos espaços formal e informal. 
2.1.2. Concepção de Macedo (2002), Saviani 
(2003), Silva (1999) 
Identificam o currículo como produto da seleção cultural, 
onde estão inclui avaliação, organização, distribuição e 
conteúdos programáticos, compreendendo não apenas 
um conjunto de conhecimentos acadêmicos ou científicos 
e saberes organizados estruturalmente através de uma 
grade ou desenho curricular, acontecendo aí, também a 
ligação dos saberes e/ou conhecimentos científicos com o 
processo didático-pedagógico. 
2.2. Tipos de currículo 
 
O currículo escolar pode ser formal, real e oculto. É assim 
que tipificam os teóricos preocupados com a temática em 
qualquer academia em que qualquer continente até o 
momento conhecido e habitável humanamente falando. 
2.2.1. Currículo formal 
 
Assim sendo, entende-se por currículo formal o conjunto 
de prescrições oriundas das diretrizes curriculares, 
produzidas tanto no âmbito nacional, a exemplo dos 
PCNs – Planos Currículares Nacionais da Educação 
Infantil, do Ensino Fundamental I e II e do Ensino Médio, 
quanto nas secretarias de educação estaduais e 
municipais e bem assim na própria escola, onde indica os 
documentos oficiais, nas propostas pedagógicas e nos 
regimentos escolares das instituições educacionais em 
todos os níveis e graus de ensino da Educação Básica, 
segundo a Lei nº 9.93/96 (BRASIL, 1996). 
 
2.2.2. Currículo real 
 
Por outro lado, entende-se como currículo real a 
transposição pragmática do currículo formal, a 
interpretação que professores e alunos constroem, 
conjuntamente, no exercício cotidiano de enfrentamento 
das dificuldades, sejam conceituais, materiais, de relação 
entre professor e alunos e entre os alunos. São os 
resumos e ou as sínteses construídas por professores e 
alunos, a partir dos elementos do currículo formal e das 
experiências pessoais vivenciadas de cada um na 
construção de sua aprendizagem escolar e social. 
 
2.2.3. Currículo oculto 
 
O currículo oculto é aquele que escapa das prescrições, 
não foi planejamento, não consta dos conteúdos 
originários do currículo formal ou do real. São as práticas 
preconceituosas, discriminatórias e formas de 
compreensão e tratamentos envolvendo professor aluno. 
O currículo oculto também vai se manifestar, entre 
outras formas, na maneira como os funcionários tratam 
os alunos e seus pais, no modo de organização das salas 
de aula, no uso da quadra de esportes, no tipo de cartaz 
pendurado nas paredes, nas condições de higiene e 
conservação dos sanitários, no próprio espaço físico da 
escola como um todo. 
 
2.2.4. Currículo integrado 
 
Para Santomé (1996, p.64), o currículo integrado é a 
“[…] forma de organizar os conteúdos culturais dos 
currículos de maneira significativa, de tal forma que 
desde o primeiro momento os alunos e alunas 
compreendem o quê e o porquê das tarefas escolares nas 
quais se envolvem”. Diante de tal afirmação o uso de 
vídeo em sala de aula passa a ter um papel especial, 
agradável e contextualizado no tocante a aprendizagem 
dos alunos, além de ser mais uma fonte de pesquisa 
usada pelos discentes, além de mostrar parte de sua 
realidade social e educacional. 
 
Segundo Bernstein, a integração coloca as disciplinas e 
cursos isolados numa perspectiva relacional, de tal modo 
que o abrandamento dos enquadramentos e das 
classificações do conhecimento escolar promove maior 
iniciativa de professores e alunos, maior integração dos 
saberes escolares com os saberes cotidianos dos alunos, 
combatendo, assim, a visão hierárquica e dogmática do 
conhecimento. 
 
No ‘currículo integrado’, conhecimentos de formação 
geral e específicos para o exercício profissional também 
se integram. Um conceito específico não é abordado de 
forma técnica e instrumental, mas visando a 
compreendê-lo como construção histórico-cultural no 
processo de desenvolvimento da ciência com finalidades 
produtivas. Em razão disto, no ‘currículo integrado’ 
nenhum conhecimento é só geral, posto que estrutura 
objetivos de produção, nem somente específico, pois 
nenhum conceito apropriado produtivamente pode ser 
formulado ou compreendido desarticuladamente das 
ciências e das linguagens. 
 
2.3. Teorias curriculares 
2.3.1. As Teorias Curriculares Tradicionais 
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https://www.nucleodoconhecimento.com.br/tag/educacao-infantil
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http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/curint.html
http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/curint.html
 
 
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
Afirmam que “o currículo aparece, assim, como o 
conjunto de objetivos de aprendizagem selecionados que 
devem dar lugar à criação de experiências apropriadas 
que tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que 
se possa manter o sistema numa revisão constante, para 
que nele se operem as oportunas reacomodações” 
(SACRISTÁN, 2000, p. 46). 
Nesse sentido, a elaboração do currículo limitava-se a ser 
uma atividade burocrática, desprovida de sentido e 
fundamentada na concepção de que o ensino estava 
centrado na figura do professor, que transmitia 
conhecimentos específicos aos alunos, estes vistos 
apenas como meros repetidores dos assuntos 
apresentados. 
2.3.2. Teorias Curriculares Críticas 
Definem que “o currículo oculto é constituído por todos 
aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer 
parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma 
implícita para aprendizagens sociais relevantes […]o que 
se aprende no currículo oculto são fundamentalmente 
atitudes, comportamentos, valores e orientações…”, Silva 
(1999). 
Assim sendo, a função do currículo, mais do que um 
conjunto coordenado e ordenado de matérias, seria 
também a de conter uma estrutura crítica que permitisse 
uma perspectiva libertadora e conceitualmente crítica em 
favorecimento das massas populares. As práticas 
curriculares, nesse sentido, eram vistas como um espaço 
de defesa das lutas no campo cultural e social. 
2.3.3. Teorias Curriculares Pós-críticas 
Afirmam que “…o conhecimento não é exterior ao poder, 
o conhecimento não se opõe ao poder. O conhecimento 
não é aquilo que põe em xeque o poder: o conhecimento 
é parte inerente do poder […], o mapa do poder é 
ampliado para incluir os processos de dominação 
centrados na raça, na etnia, no gênero e na sexualidade 
“, na concepção de Silva. 
Desse modo, mais do que a realidade social dos 
indivíduos, era preciso compreender também os estigmas 
étnicos e culturais, tais como a racialidade, o gênero, a 
orientação sexual e todos os elementos próprios das 
diferenças entre as pessoas. Nesse sentido, era preciso 
estabelecer o combate à opressão de grupos 
semanticamente marginalizados e lutar por sua inclusão 
no meio social. 
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS 
Questões dos Módulos I e II 
 
O planejamento ajuda-nos a garantir a diversidade da 
interação e da efetiva participação dos alunos no dia-a-
dia. Com certeza, no cotidiano, várias situações 
envolvem o ato de planejar. Temos a sensação de que 
nossas experiências terão mais sucesso se planejarmos 
tudo antes de realizá-las. A intencionalidade do 
planejamento diz respeito também a como relacionamosas atitudes dos alunos com os conhecimentos 
sistematizados. 
Em relação às ideias e às estruturas do texto acima, 
julgue os itens seguintes. 
1. O planejamento educacional tem como principal obje-
tivo harmonizar as utopias dos professores e realizar 
seus desejos educacionais, excluindo as crianças. 
 
2. O planejamento auxilia o professor unicamente no seu 
trabalho com os alunos, sem se preocupar com o com-
portamento pessoal. 
 
3. O planejamento assegura a presença dos conheci-
mentos sistematizados no dia-a-dia. 
 
4. O planejamento engloba o presente e o futuro dos 
alunos, garantindo relações com a aprendizagem futura. 
 
5. Planejamento de ensino é o processo de decisão sobre 
atuação concreta dos professores, no cotidiano de seu 
trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, 
em constante interações entre professor e alunos e entre 
os próprios alunos. 
O ato de planejar é um ato decisório político, científico e 
técnico. Político na medida em que se estabelece uma 
finalidade a ser intencionalmente alcançada; cientifico, 
pois a ciência desvenda conexões objetivas da realidade 
e permite uma ação consciente; técnico, pois se refere à 
construção de modos operacionais que vão mediar a 
decisão política e a compreensão científica do processo 
de nossa ação. (Adaptado. Cipriano C. Luckesi. Avaliação 
da Aprendizagem Escolar). 
Em relação às ideias e às estruturas do texto acima, 
julgue os itens seguintes. 
6. O planejamento escolar consiste num documento ela-
borado pela equipe pedagógica da escola e executado 
pelo professor em sala de aula e num ato decisório que 
indica o caminho a seguir pelo professor e aluno durante 
o ano letivo. 
 
7. O planejamento escolar consiste num ato burocrático 
de preencher formulários e na ação do professor isolado 
desvinculada do Projeto Pedagógico. 
 
8. O Planejamento, plano e projetos pressupõem a com-
preensão sobre as relações de aproximação entre eles e 
traduzem projetos políticos pedagógicos distintos quanto 
ao lugar e ao papel da educação e da gestão escolar. 
 
Com relação ao processo de planejamento em educação, 
julgue os itens subsequentes. 
 
9. Como características essenciais do planejamento edu-
cacional brasileiro em diversos momentos históricos, des-
tacam-se a descontinuidade das ações governamentais e 
a redução das ações de planejamento à elaboração e 
execução de orçamentos. 
 
10. O estabelecimento da missão da instituição constitui 
ação de planejamento de nível estratégico, e a elabora-
ção dos objetivos departamentais, de nível operacional. 
 
11. O Plano Nacional de Educação é instrumento de pla-
nejamento educacional pertencente ao nível tático de 
planejamento. 
 
12. Na composição de grupos para a construção de pla-
nejamento participativo, deve-se priorizar a reunião de 
participantes com ideias afins, evitando-se, desse modo, 
a ocorrência de conflitos que possam atrapalhar a conse-
cução das ações e metas previstas. 
 
13. Segundo a abordagem tradicional de planejamento, 
que se apoia na teoria positivista, as ações de planeja-
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
mento cabem aos especialistas que ocupam os mais ele-
vados níveis hierárquicos. 
 
14. Para que o planejamento seja efetivamente instru-
mento para a ação, ele deve ser um guia de orientação 
deve ser objetivo, coerente, flexível e organizado. O pla-
nejamento não deve ser rígido, não deve ser restrito (te-
ológico - questões religiosas) e não pode servir apenas 
como instrumento para a transmissão de conteúdos e 
conhecimentos na sala de aula. 
 
15. O planejamento de ensino, processo de sistematiza-
ção dos conteúdos e ações docentes, visa organizar o 
trabalho pedagógico, racionalizando as atividades do pro-
fessor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem. 
 
16. Em uma perspectiva tradicional de planejamento, ao 
realizar o planejamento de ensino de sua disciplina, o 
professor deve traçar objetivos gerais e específicos, de-
vendo estes ser alcançáveis em menor tempo que aque-
les e explicitar desempenhos observáveis. 
 
17. Na elaboração do planejamento de ensino, a organi-
zação sequencial de conteúdos apresenta duas dimen-
sões: a vertical, que é o sequenciamento dos conteúdos 
pelo seu grau de complexidade, e a horizontal, que está 
relacionada aos diferentes campos do conhecimento. 
 
18. Sobre o planejamento educacional participativo, ela-
borado na perspectiva das teorias críticas, traz consigo 
duas dimensões fundamentais: o trabalho individual e o 
compromisso com a transformação social. Concebe e 
realiza o planejamento dentro de um modelo de decisão 
unificado e homogeneizador. 
 
19. O planejamento de ensino deve ser articulado, por 
isso os níveis de abrangência favorecem apenas uma 
análise organizacional e não devem delimitar o seu uni-
verso de forma específica. 
 
20. A prática educativa requer organização prévia por 
meio do planejamento das ações didáticas e pedagógicas 
da escola. Uma vez estabelecido, esse planejamento 
educacional não pode ser mudado, pois constitui um do-
cumento formal. 
 
21. Os planos de aula são os principais instrumentos do 
nível de planejamento escolar. 
 
22. Os interesses, desejos, ideologias e propostas dos 
educadores influenciam o planejamento de ensino, uma 
vez que as visões de mundo e de sociedade desses pro-
fissionais se consolidam no ato de planejar os objetivos e 
metas de ensino. 
 
23. No planejamento de ensino, entende-se por objetivo 
geral a seleção, pelo professor, de experiências adequa-
das de aprendizagem, a comunicação aos alunos do que 
se espera deles e a padronização da avaliação. 
 
A função social da escola tem sido cada vez mais diversi-
ficada. Ela se funda na premente necessidade do acom-
panhamento, por parte das instituições educativas, das 
mudanças que se processam aceleradamente em função 
dos avanços da ciência e da tecnologia e o mundo do 
trabalho. 
Em relação às ideias e às estruturas do texto acima, 
julgue os itens seguintes. 
24. Os conteúdos curriculares devem reforçar o ensino de 
conteúdos da prática e minimizar os conteúdos teóricos. 
 
25. A cultura escolar deve desenvolver um ensino que 
crie conexões entre o que o aluno aprende e as experiên-
cias de vida. 
26. As questões sobre o currículo estão no centro das 
discussões atuais. Segundo Marisa Vorraber Costa 
(2001), as teorias curriculares expressam determinadas 
visões de mundo e de currículo. Na teoria pós-crítica, o 
currículo precisa levar em consideração, principalmente, 
identidades, diferenças, alteridades, gênero e 
multiculturalismo. 
27. Entre as várias definições o currículo constitui um 
conjunto articulado de saberes, regidos por uma ordem 
social que elege determinadas narrativas consideradas 
válidas, envolve elementos culturais e diz respeito 
unicamente a uma listagem de conteúdos a serem 
transmitidos aos educandos. 
Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental 
e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser 
complementada, em cada sistema de ensino e em cada 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, 
exigida pelas características regionais e locais da 
sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. 
Em relação às ideias e às estruturas do texto acima, 
julgue os itens seguintes. 
28. O currículo oculto expressa uma operação 
fundamental da análise sociológica, que consiste em 
descrever os processos sociais que moldam nossa 
subjetividade como que por detrás de nossas costas, sem 
nosso conhecimento consciente. 
29. Currículo prescrito é aquele preestabelecido em todo 
um território, seja nacional ou estatal, que todos os 
professores devemseguir e executar. Ele atribui à escola 
o papel de reproduzir a cultura e é imposto por 
documentos oficiais como Lei. 
30. Currículo real é aquele que acontece dentro da sala 
de aula entre educadores e seus alunos. Tendo caráter 
bem prático e flexível, ele diz respeito às atividades 
planejadas e desenvolvidas no Projeto 
Político‐Pedagógico da escola e os planos de aula 
realizados pelos professores. 
31. Currículo oculto são as influências externas e internas 
que afetam a aprendizagem dos alunos de alguma 
maneira, as manifestações e simbologias no ambiente 
escolar. Este tipo de currículo diz respeito aos conteúdos 
diários que os alunos aprendem durante as aulas, seus 
atos, comportamentos, gestos, percepções, mas que não 
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são oficiais, ou seja, não se encontram documentados 
em papel. 
32. Conteúdos, códigos e práticas são elementos 
essenciais da estrutura do currículo, sendo os códigos 
oriundos das concepções epistemológicas e opções 
políticas que embasam o currículo da escola. 
Em sua contestação das subjetividades modernas, as 
teorias pós-críticas não apontam nenhum telos 
perfeccionista, salvacionista ou progressista. Elas não 
supõem uma exegese pela qual buscariam a 
interpretação mais coincidente como o sujeito ‘real’. Não 
constituem uma doutrina geral sobre o que é ‘bom ser’, 
nem um corpo de princípios imutáveis do que é ‘certo 
fazer’. Tampouco normatizam as condutas humanas, 
escorando-as em verdades seguras ou em fundamentos 
racionais” (CORAZZA, 2002, p.56). 
Em relação às ideias e às estruturas do texto acima, 
julgue os itens seguintes. 
33. O currículo a partir das teorias pós-criticas em 
educação é um modo de subjetivação, vinculado a modos 
de saber e de poder. É uma linguagem, é o que dizemos 
e fazemos, é a compreensão de nossa temporalidade e 
espaço. 
34. O currículo a partir das teorias pós-criticas em 
educação acredita que não existe posição neutra e que a 
reprodução das desigualdades sociais ocorre nos 
discursos e conteúdos trabalhados em sala de aula. 
São muitos os trabalhos que defendem propostas de 
integração do conhecimento escolar, tanto em 
concepções curriculares tradicionais como em concepções 
curriculares críticas. 
Em relação aos currículos integrados, julgue os itens 
seguintes. 
35. São baseados nos interesses e necessidades dos 
alunos e na relevância social do conhecimento. 
36. Adaptam-se mais facilmente aos atuais processos de 
trabalho e à crescente mobilidade nos empregos. 
37. Possibilitam analisar problemas e buscar soluções do 
cotidiano, ampliando o conhecimento de alunos e de 
professores. 
38. Sustentam uma organização do trabalho pedagógico, 
mantendo relações hierárquicas e assimétricas entre 
docentes. 
Currículo é uma construção social do conhecimento, 
pressupondo a sistematização dos meios para que esta 
construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos 
historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, 
portanto, produção, transmissão e assimilação são 
processos que compõem uma metodologia de construção 
coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo 
propriamente dito. 
Em relação às ideias e às estruturas do texto acima, 
julgue os itens seguintes. 
39. Atitudes e valores transmitidos no cotidiano escolar 
que não estão explicitados em documentos fazem parte 
do currículo oculto da escola e O educador tem papel 
fundamental no processo curricular. 
40. O currículo real é aquele que acontece em 
decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de 
ensino. 
 
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS 
Módulo III 
 
3. Tecnologias da Informação e comunicação na 
educação. 
 
3.1. Contextualização e definição 
Segundo Chiavenato (2002, p.142), comunicação “é a 
troca de informações entre indivíduos. Significa tornar 
comum uma mensagem ou informação. Constitui um dos 
processos fundamentais da experiência humana e da 
organização social”. A comunicação pode ser feita de 
maneira verbal (oral e escrita) e não verbal na qual 
ocorre a troca de sinais, com os movimentos com a 
cabeça, expressão do solhos e da face, postura, mímica, 
paralinguagem, dentre outras formas de expressão 
(ROSA,LANDIM,2009). 
A crescente globalização e criação de novas tecnologias 
ao longo dos anos têm proporcionado à população, novos 
meios de comunicação (SALGADO, 2002). Por 
consequência, a sociedade tem descoberto novas formas 
de ensinar e aprender, no entanto, não é o suficiente 
(MORAN, 2004). Além, do ato da aprendizagem, os 
alunos precisam ser inovadores, empreendedores, 
criativos, independentes, com comportamento ético e 
preocupações sociais (MORAN, 2004). 
Desta maneira, as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC) são um conjunto de recursos 
tecnológicos e computacionais, presentes no processo de 
utilização da informação (VELLOSO, 2003). Elas estão 
cada vez mais presentes na vida da população e 
inseridas no processo educacional (CRUZ et al, 2010). A 
nova era da tecnologia está produzindo mudanças 
mundiais tanto na economia e comunicação, quanto no 
modo de pensar a educação (RIBAS, 2008). 
3.2. As tecnologias da educação e educação 
A introdução das tecnologias da informação e da 
comunicação no processo educacional tem a finalidade de 
intensificar a melhoria dos recursos midiáticos utilizados 
em sala de aula pelos professores que atuam em uma 
instituição de ensino, seja ela particular ou pública. A 
tecnologia vem modificando os conceitos de toda a 
sociedade ao longo de sua evolução pela história. No 
campo educacional, o resultado não seria diferente, ela 
torna-se mais uma ferramenta no processo de ensino-
aprendizagem. 
As grandes mudanças que ocorreram na educação, e, 
mais precisamente, na teoria pedagógica estão de certo 
modo ligadas às transformações que se deram nos meios 
de comunicação: ora da educação realizada por meio da 
oralidade e da imitação ao ensino por meio da linguagem 
escrita, tendo como seu principal suporte o livro 
impresso, ora dos recursos computacionais hoje 
disponíveis. 
3.3. O professor e as TIC 
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(SANTOS et al., 2010) afirma que o desenvolvimento das 
novas tecnologias na sala de aula não diminui o papel 
dos educadores, pelo contrário, ele deixa de ser o 
transmissor do saber, tornando-se um elemento do 
conjunto, organizando o saber coletivo. 
As tecnologias não substituem o professor, mas 
permitem que algumas das tarefas e funções dos 
professores possam ser modificadas (MORAN, 1998). A 
tarefa de passar informações pode ser deixada aos 
bancos de dados, livros, vídeos ou programas em 
CDROM, segundo Freire e Shor (1986). 
a) O professor deve ser motivador: 
 
Muitas vezes, o professor em sala de aula não utiliza uma 
TIC, pois acredita que os estudantes já as dominam de 
forma facilitada. Nesses casos, em virtude desse 
conhecimento projetado, cabe ao professor permitir que 
eles façam uso das TIC para beneficiar-se em função do 
conteúdo programático apresentado. 
 
b) O professor deve ser um líder: 
 
O professor deve conhecer a TIC inserida para transmitir 
o conhecimento de um determinado conteúdo. Ele deve 
agir estrategicamente e buscar junto aos estudantes so-
luções colaborativas e que permitam a participação de-
les. É necessário lembrar que ser um líder também re-
quer ser aprendiz. 
 
c) O professor deve planejar: 
 
O docente deve conhecer seus conteúdos programáticos 
e planejar o uso das TIC em relação a eles. De nada adi-anta utilizar uma TIC sem o planejamento adequado, 
pois a intenção de uma ferramenta como esta é auxiliar o 
professor no processo ensino aprendizagem e não torná-
la um recurso isolado para ajudar o docente, quando este 
não possui suas aulas previamente preparadas. 
 
d) O professor deve gerenciar o tempo: 
 
Muitos usuários acreditaram que as TIC poderiam realizar 
a demissão de diversos trabalhadores. Pode-se dizer, 
nesse sentido, que essa informação é um conceito intan-
gível e inadequado. O professor deve conhecer o mo-
mento certo de trazer para o ambiente escolar a relação 
entre a teoria e a prática, e nada mais concreto do que 
gerenciar o fator tempo para essa finalidade. Impor a 
condição de que a TIC é uma forma de aprendizado rápi-
da, é um conceito errôneo, pois mesmo com a inserção 
da tecnologia, o tempo de aprendizado é relevante para 
que o docente ensine e o aluno aprenda o conteúdo. 
 
e) O professor deve harmonizar os conteúdos e as 
tecnologias: 
 
Em um ambiente, o docente deve ser o responsável pela 
escolha das tecnologias com que irá trabalhar no proces-
so ensino-aprendizagem. Para isso, é preciso que o pro-
fessor conheça as TIC disponíveis na escola em que se 
insere e, dessa forma, saiba utilizá-las de acordo com os 
conteúdos ministrados por ele em sala de aula. 
 
f) O professor deve fazer a avaliação: 
 
O propósito da avaliação com o uso da TIC deixa de ser 
aquele que está apenas no papel. Com o uso da tecnolo-
gia, os processos de interação e a construção do conhe-
cimento por parte do aluno permitem que esse construa 
suas habilidades e demonstre competências de acordo 
com a evolução do aprendizado. 
 
USO DAS TICS NA EDUCAÇÃO 
 
PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS 
As TIC no processo 
educacional podem 
enriquecer as aulas, 
diversificando as 
metodologias de ensino e 
aprendizagem onde os 
professores deixam de ser 
mestres e passam a ser 
facilitadores deste 
processo, proporcionam 
agilidade e eficiência tanto 
para os professores quanto 
para os alunos (RIBAS, 
2008) (SOLTOSKI, SOUZA, 
2011). 
 
As ferramentas 
tecnológicas ainda não 
foram absorvidas de 
maneira efetiva, motivos: 
despreparo inicial de 
professores que 
desconhecem o modo de 
utilizá-las e muitas vezes 
elas acabam não atuando 
como ferramentas 
pedagógicas, dificuldade de 
investimento financeiro, 
limitação de banda em 
algumas regiões do país e 
possíveis conflitos culturais 
(ALVES, 2012). 
 
A introdução das TIC nas 
salas de aula auxilia no 
processo de ensino e 
aprendizagem, 
proporcionando o aluno 
todo tempo a construir 
conhecimento, uma vez 
que facilitam o acesso a 
informações (RIBAS, 2008) 
 
Facilidade de divulgação de 
informações, que muitas 
vezes são equivocadas ou 
até mesmo erradas, além 
disso, os alunos podem ser 
prejudicados por materiais 
retirados de fontes nada 
confiáveis, duvidosas ou 
sem nenhuma 
fundamentação teórica. 
(SOLTOSKI, SOUZA, 
2011). 
 
A flexibilidade da internet 
valoriza a importância do 
auto estudo e 
aprendizagem dirigida, 
destacando a atuação do 
professor que na maior 
parte do tempo 
acompanha, gerencia, 
supervisiona, avalia o 
aluno (MORAN, 2009). 
 
As cópias ou plágios dos 
conteúdos disponibilizados 
na internet em trabalhos 
escolares. Nesse ponto de 
vista, a internet acaba 
facilitando a vida do aluno, 
prejudicando o seu 
desenvolvimento 
intelectual (CRUZ, 2010). 
 
O uso do computador no 
processo de ensino e 
aprendizagem permite para 
os alunos e professores um 
espaço amplo de pesquisa, 
poderoso em recursos, 
comunicação e velocidade 
(REIS, SANTOS, TVARES, 
2012). 
Falta de preparo dos 
usuários para a utilização 
das TIC associada à 
precariedade de estrutura 
para a utilização de tais 
recursos acaba tornando os 
equipamentos mal 
utilizados ou até inúteis 
(SOLTOSKI, SOUZA, 
2011). 
 
As TIC permitem estreitar 
as relações entre alunos e 
professores através da 
utilização de programas 
que permitem à 
comunicação à distância 
como e-mails e chats, 
expandindo o processo de 
ensino para além da sala 
de aula servindo como 
meio de troca de materiais, 
desenvolvimento de 
Este novo homem precisa 
ser capaz de resolver 
problemas, precisa 
dominar as novas TIC e 
estar em constante busca 
pelo conhecimento para 
não ser deixado para trás 
(BUENO, VARELLA, 2010). 
 
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trabalhos em conjuntos, 
novos conhecimentos 
compartilhados, etc. 
(CARDIM, 2009) (RIBAS, 
2008). 
 
3.3. TIC no processo de ensino e aprendizagem e 
seus benefícios e uso 
 
O docente, a fim de dinamizar suas aulas, no intuito de 
que os alunos aprendam o conteúdo programático de 
uma forma diferente e interessante, pode usar a todo o 
momento um leque de estratégias metodológicas. Dentre 
essas possibilidades, as TIC se encaixam perfeitamente, 
pois proporcionam uma troca de informações de diversas 
formas que podem levar ao conhecimento (FREIRE, 
2011). 
 
✓ Em se tratando de sala de aula, as TIC são vistas co-
mo molas propulsoras e recursos dinâmicos para a edu-
cação, uma vez que, quando utilizadas de maneira corre-
ta pelos educadores e educandos permitem intensificar a 
melhoria das práticas pedagógicas desenvolvidas em sala 
de aula e fora dela (FREIRE, 2011). 
 
✓ O uso das TIC no processo de ensino e aprendizagem 
estimula os alunos, permite a dinamização dos conteú-
dos, e o desenvolvimento da autonomia e criatividade 
dos mesmos (ANDRADE, 2011). 
 
✓ Essas tecnologias, facilitam também as trocas interin-
dividuais levando o aluno todo tempo a construir conhe-
cimento, pois facilitam o acesso a informações (RIBAS, 
2008). 
 
✓ Como já dito, a sociedade de hojê exige um cidadão 
mais criativo, autônomo e atento às novidades e mudan-
ças que ocorrem todo o tempo no mundo. A introdução 
das TIC na educação ajuda significativamente nesse con-
texto, sendo vistas então como um benefício em se tra-
tando dessa formação do cidadão moderno. 
 
3.4. As TICS em sala de aula 
 
3.4.1. Planejamento didático 
 
O planejamento didático pode ser uma organização fe-
chada e rígida quando o professor trabalha com esque-
mas, aulas expositivas, apostilas e avaliação tradicional e 
que, de certa maneira, pode facilitar para os alunos, 
mas, por outro lado, transfere para o aluno um pacote 
pronto do conhecimento (MORAN, 2009). 
 
No planejamento didático com uso das TICs, prevalece 
uma organização aberta e flexível quando se trabalha 
com projetos a partir de experiências adquiridas. Profes-
sores ao elaborarem um planejamento didático devem 
saber que existe a necessidade de saber escolher aquilo 
que melhor possa atender aos alunos em consonância 
com a realidade atual (MORAN, 2009). 
 
3.4.2. Pesquisa 
 
A internet tem se tornado, cada vez mais, um dos princi-
pais meios de acesso às informações, e, com isso, uma 
fonte de pesquisa inesgotável. Acesso a portais de busca 
e pesquisa de textos científicos facilitam muito as pesqui-
sas na busca das informações. 
 
Mas, os conteúdos disponibilizados devem ser analisados 
criticamente para que o acesso às tecnologias existentes 
seja democratizado. O uso e adequação das TICs em sala 
de aula exigem um planejamento e uma metodologia da 
prática de ensino. 
 
Nesse processo, o professor continua tendo um papel 
fundamental, não como transmissor do conhecimento, 
mas sim como mediador no acesso e organização dos 
processos. Pode ajudar os alunos a serem criteriosos nas 
escolhas de conteúdo e, comparar textos com múltiplas 
visões. Com base em temas de interesse, pode propor 
investigações das mais simples até as mais complexase 
assim ajudar no desenvolvimento de um pensamento 
construtivista e organização semântica continua (MORAN, 
2009). 
 
3.5. Hipertexto 
 
Os textos, ao longo da história da humanidade, 
apresentam-se, em sua maioria, como narrativas 
retóricas e lineares, ou seja, a narrativa segue uma 
temporalidade linear, com acontecimentos subsequentes. 
Mas nem sempre foi assim, e hoje em dia também não é 
mais só assim. 
O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na 
década de 1960, para denominar a forma de escrita e de 
leitura não linear na informática. O hipertexto se 
assemelha à forma como o cérebro humano processa o 
conhecimento: fazendo relações, acessando informações 
diversas, construindo ligações entre fatos, imagens, 
sons, enfim, produzindo uma teia de conhecimentos. 
No hipertexto, o leitor passa a ter uma participação mais 
ativa, pois ele pode seguir caminhos variados dentro do 
texto, selecionando pontos que o levam a outros textos 
ou outras mídias para complementar o sentido de sua 
leitura. O leitor torna-se, assim, um coautor do texto, 
pois constrói tramas paralelas de acordo com seu 
interesse. 
No entanto, o hipertexto não está somente na internet. 
Um livro de formato tradicional também pode ter sua 
estrutura interna em forma de hipertexto. Um livro de 
contos, por exemplo, pode ser lido sem seguir a ordem 
em que os contos foram organizados. As enciclopédias e 
os dicionários também apresentam estrutura 
hipertextual, já que indicam outros verbetes que 
complementam a consulta do leitor. E ainda há livros em 
que o autor coloca nas margens informações 
complementares ao texto principal, buscando o formato 
hipertextual. 
3.6. Cibercultura 
O filósofo Pierre Lévy, traça suas percepções sobre a o 
crescimento do ciberespaço, novo meio de comunicação 
que surge da interconexão de computadores e o 
consequente surgimento da cibercultura. Segundo ele, “a 
cibercultura expressa o surgimento de um novo 
universal, diferente das formas que vieram antes dele no 
sentido de que ele se constrói sobre a indeterminação de 
um sentido global qualquer” (LÉVY, 1999, p. 15). 
Assim, Cibercultura é a cultura que surgiu, surge, ou está 
surgindo, a partir do uso da rede de computadores, e de 
outros suportes tecnológicos (como, por exemplo, o 
smartphone) através da comunicação virtual, a indústria 
do entretenimento e o comércio eletrônico, no qual se 
configura o presente. O prefixo ciber vem da palavra 
inglesa cybernetics. 
http://www.pontodosconcursos.net/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_computadores
https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_eletr%C3%B4nico
 
 
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
O termo Cibercultura tem vários sentidos, mas se pode 
entender como a forma sociocultural que advém de uma 
relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas 
tecnologias de base micro-eletrônicas surgidas na década 
de 1970, graças à convergência das telecomunicações 
com a informática. A cibercultura é um termo utilizado na 
definição dos agenciamentos sociais das comunidades no 
espaço eletrônico virtual. Estas comunidades estão 
ampliando e popularizando a utilização da Internet e 
outras tecnologias de comunicação, possibilitando assim 
maior aproximação entre as pessoas de todo o mundo, 
seja por meio da construção colaborativa, das 
multimodalidades e/ou da hipertextualidade. 
Por outro lado, o ciberespaço ao funcionar como um 
novo lugar de sociabilidade, acaba por originar novas 
formas de relações sociais, com códigos, estruturas e 
especificidades próprias. Entretanto, esses novos códigos 
não são completamente inéditos e sim uma reformulação 
das possibilidades já conhecidas de sociabilidade, tanto 
de espaço/tempo virtuais, quanto de seus agentes 
sociais, cuja capacidade de metamorfose é levada às 
últimas consequências. 
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS 
Questões do Módulo III 
 
Ao navegar na internet, podemos acessar ambientes e 
conteúdos virtuais como recursos tecnológicos a serviço 
da aprendizagem. Para Lévy (2010), o hipertexto é uma 
tecnologia da inteligência. 
Sobre o texto e a sua temática, julgue os itens 
subsequentes: 
41. O hipertexto constitui uma rede de interfaces e cria 
possibilidades de pesquisa por palavras-chave. 
42. O hipertexto apresenta uma interface de leitura linear 
e possibilita a visualização gráfica de mapas interativos. 
A inserção da tecnologia da informação e da comunicação 
na sociedade trouxe transformações diversas ao ser 
humano, pois, por meio dela, é possível gerir 
conhecimento em qualquer lugar do mundo, permitindo 
que a troca de informações entre as pessoas seja 
possível e facilitada, independentemente do formato ou 
da distância envolvida. 
Sobre o texto e a sua temática, julgue os itens 
subsequentes: 
43. Um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) permite 
integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, 
apresentar informações de maneira organizada, 
desenvolver interações entre pessoas, elaborar e 
socializar as produções considerando determinados 
objetivos. 
44. O professor deve ser um usuário alerta, crítico e 
seletivo do que propõem os especialistas 
dos softwares educativos, na tomada de decisão sobre o 
uso desses recursos didáticos em suas aulas. 
45. O uso dos softwares educativos determina os 
objetivos de aprendizagem no planejamento de 
sequências didáticas e, desta feita, na atualidade, as TIC 
têm avançado de maneira que podem ser usadas para 
substituir o trabalho educativo do professor e de outros 
atores na escola. 
Com o uso das tecnologias da informação e da 
comunicação no trabalho pedagógico, o professor precisa 
se dar conta que pode potencializar a comunicação e a 
aprendizagem utilizando interfaces da Internet. 
Sobre o tema, julgue as afirmativas a seguir. 
46. A ferramenta está para a sociedade industrial como 
instrumento de fabricação, de manufatura. A interface 
está para a cibercultura como espaço on-line de encontro 
e de comunicação entre duas ou mais faces. É mais do 
que um mediador de interação ou tradutor de 
sensibilidades entre as faces. Isso sim seria 
"ferramenta", termo inadequado para exprimir o sentido 
de "ambiente", de "espaço" no ciberespaço ou "universo 
paralelo de zeros e uns. 
47. O professor pode lançar mão das interfaces para a 
co-criação da comunicação e da aprendizagem em sua 
sala de aula presencial e on-line. Elas favorecem 
integração, sentimento de pertença, trocas, crítica e 
autocrítica, discussões temáticas, elaboração, 
colaboração, exploração, experimentação, simulação e 
descoberta. 
48. Apenas de forma mediada, o chat permite discussões 
temáticas e elaborações colaborativas que estreitam 
laços e impulsionam a aprendizagem. O texto das 
participações é quase sempre telegráfico, ligeiro, não 
linear e próximo da linguagem oral, efervescente e 
polifônico. 
Considerando que o uso da Internet na escola é 
exigência da cibercultura, isto é, do novo ambiente 
comunicacional-cultural que surge com a interconexão 
mundial de computadores em forte expansão no início do 
século XXI, novo espaço de sociabilidade, de 
organização, de informação, de conhecimento e de 
educação, julgue as afirmativas a seguir as afirmativas a 
seguir. 
49. A educação do cidadão não pode estar alheia ao novo 
contexto socioeconômico-tecnológico, cuja característica 
geral não está mais na centralidade da produção fabril ou 
da mídia de massa, mas na informação digitalizada como 
nova infraestrutura básica, como novo modo de 
produção. C 
50. Na cibercultura, a lógica comunicacional não supõe 
rede hipertextual, multiplicidade, interatividade, 
imaterialidade, virtualidade, tempo real, 
multissensorialidade e multidirecionalidade.51. O computador e a Internet definem essa nova 
ambiência informacional e dão o tom da nova lógica 
comunicacional, que toma o lugar da distribuição em 
massa, própria da fábrica e da mídia clássica, até então 
símbolos societários. 
52. A contribuição da educação para a inclusão do 
aprendiz na cibercultura exige um aprendizado prévio por 
parte do professor. Uma vez que não basta convidar a 
um site para se promover inclusão na cibercultura, ele 
precisará se dar conta de pelo menos quatro exigências 
da cibercultura oportunamente favoráveis à educação 
cidadã. 
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS 
Módulo IV 
 
4 Educação a distância 
4.1. Contextualização 
O desenvolvimento da tecnologia e da internet 
possibilitou um avanço em uma modalidade de ensino: a 
educação a distância (EaD). No início o ensino era feito 
por meio de correspondência com apostilas impressas. 
Nos anos 1970, além dos materiais impressos a educação 
a distância tinha como suporte a TV, o rádio e até 
mesmo o telefone. Atualmente destacam-se as infinitas 
possibilidades que a internet oferece para a EaD. Com 
isso a busca por cursos na modalidade ensina a distância 
tem crescido cada vez mais. É possível obter certificados 
de nível técnico até de pós-graduação. 
4.2. Conceitos 
4.2.1. Conceito de Keegan em 1991 
O autor define a Educação a Distância como a separação 
física entre professor e aluno, que a distingue do ensino 
presencial, comunicação de mão dupla, onde o estudante 
http://www.pontodosconcursos.net/
 
 
www.pontodosconcursos.net Página 12 (79) 3246 2418 / 3302 0022 
 
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
beneficia-se de um diálogo e da possibilidade de 
iniciativas de dupla via com possibilidade de encontros 
ocasionais com propósitos didáticos e de socialização. 
4.2.2. Conceito de Chaves, em 1999. 
A Educação a Distância, no sentido fundamental da 
expressão, é o ensino que ocorre quando o ensinante e o 
aprendente estão separados (no tempo ou no espaço). 
No sentido que a expressão assume hoje, enfatiza-se 
mais a distância no espaço e propõe-se que ela seja 
contornada através do uso de tecnologias de 
telecomunicação e de transmissão de dados, voz e 
imagens (incluindo dinâmicas, isto é, televisão ou vídeo). 
4.2.3. O conceito de Educação a Distância no 
Brasil[ 
O conceito de Educação a Distância no Brasil é definido 
oficialmente no Decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 
2005 (BRASIL, 2005): 
Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza- -se a 
Educação a Distância como modalidade educacional na 
qual a mediação didático-pedagógica nos processos de 
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios 
e tecnologias de informação e comunicação, com 
estudantes e professores desenvolvendo atividades 
educativas em lugares ou tempos diversos. 
Em síntese a educação a distância funciona a partir de 
uma integração virtual, em uma plataforma, entre um 
aluno e um tutor EAD, separados por tempo e espaço, 
mas que se relacionam de maneira eficiente no sentido 
de garantir um aprendizado completo e eficaz. 
4.3. Especificidades 
➢ Democratização do acesso ao ensino: A educação 
a distância possibilita que o ensino seja democratizado e 
alcance todas as esferas sociais e econômicas. Além dis-
so, outra possibilidade importante que a educação a dis-
tância possibilita é a inclusão de pessoas com deficiência, 
seja física ou mental, que não podem ou conseguem fre-
quentar uma instituição convencional. 
➢ Flexibilidade de horários: educação a distância 
possibilita que o aluno tenha mais flexibilidade de horá-
rios para estudar, o que ajuda muito quem trabalha ou 
faz outros cursos presenciais. As aulas online permitem 
cronogramas alternativos de acordo com a disponibilida-
de do aluno. 
➢ Acesso a cursos de graduação e pós-graduação: 
Na modalidade de ensino a distância é possível conseguir 
um diploma em diferentes cursos, de idiomas, técnicos, 
atividades variadas e até mesmo graduação e pós-
graduação. De acordo com o Ministério da Educação 
(MEC) os cursos de graduação necessariamente precisam 
um mínimo de classes presenciais. 
➢ Personalização da aprendizagem: Na modalidade 
de educação a distância (EaD) o aluno é a principal peça 
dentro do processo de aprendizagem. O aluno tem auto-
nomia e é auto responsável pelo se rendimento e ritmo 
de estudo. O aluno tem a possibilidade de seguir a se-
quencia de aprendizagem que lhe é mais agradável, sem 
fugir do plano de aula do curso. 
4.4. Educação a Distância e currículo 
O ensino à distância tem percorrido um longo caminho 
desde a sua entrada na arena educacional, há décadas. O 
seu processo de ensino e aprendizagem teve início por 
meio de conteúdo impresso, por correspondência, e 
evoluiu para o modo de aprendizagem on-line, o qual foi 
completado pelo desenvolvimento de ambientes 
multimídias, possibilitando a disponibilização de 
ferramentas tecnológicas flexível. 
4.4.1. EAD e a construção do currículo 
Com a finalidade de desenvolver o desenho de um 
currículo consoante às demandas sociais, consideramos 
que algumas estratégias devem ser consideradas tais 
como: 
a) a identificação do grupo de estudantes-alvo, com a 
análise de suas características e estilos de aprendizagem, 
seus conhecimentos prévios, fatores motivacionais, sua 
intenção de fazer o curso e a capacidade de aplicar o que 
foi aprendido; 
b) a identificação dos resultados de aprendizagem do 
curso e com base no grupo alvo, desenvolver objetivos 
que são realistas, assim como mensuráveis, a fim de 
alcançar os resultados pretendidos; 
c) a identificação do modo de entrega do conteúdo 
instrucional em um processo de aprendizagem à 
distância proposto, bem como as ferramentas de ensino 
disponíveis para o programa de distância no método de 
entrega de conteúdo selecionado e que podem ser 
apresentações, vídeo, podcasts, arquivos PDF, imagens, 
etc.; 
d) a identificação dos métodos disponíveis para a 
interação como os fóruns de discussão e bate-papo; 
e) o desenvolvimento de material instrucional que 
considera as características dos estudantes, os objetivos 
e eficácia da aprendizagem; 
f) apresentação do conteúdo instrucional por meio de 
estratégias designadas dentro de um prazo realista e 
com orientação adequada. O programa deve promover a 
disciplina para o estudo, bem como manter a motivação 
adequada; 
g) o desenvolvimento de um mecanismo em que o 
feedback seja contínuo e incentivador, dando a devida 
atenção ao estudante em trajetória e evolução. 
 
O currículo na Educação a distância deve contemplar: 
✓ As dimensões sociais, políticas, educativas, cognitivas 
e relacionais dos estudantes na construção do conheci-
mento. 
✓ Metodologicamente, a participação dos estudantes 
nos fóruns, para debater os textos estudados e as ideias 
suportadas pelas reflexões feitas a partir deles. 
✓ O uso dos materiais didáticos, utilizando as mídias 
digitais, a avaliação e a participação autônoma e consci-
ente são aspectos essenciais para garantir experiências 
exitosas na educação a distância on-line. 
4.5. EAD e as ferramentas 
Para que um curso em ead seja bem executado é 
necessário conhecer as ferramentas para ead disponíveis 
e usá-las. 
Cada uma das ferramentas têm suas particularidades e 
podem ser ou não utilizadas juntas. Veja a lista de 
ferramentas que separamos para você analisar e utilizar 
as que mais se adequam a sua realidade: 
4.5.1. AVA 
O AVA (ambiente virtual de aprendizagem) é uma das 
ferramentas mais conhecidas e utilizadas. Nela ficam 
armazenadas todas as outras ferramentas que poderão 
ser utilizadas dentro do curso. Por exemplo, os materiais 
de estudo que serão lidos, links para artigos, vídeos ou 
áudios que possam complementar o aprendizado, entre 
outros. O AVA pode ser personalizado de acordo comas 
necessidades de cada um e oferece uma melhor 
experiência para o aluno que for utilizar. 
4.5.2. Fóruns 
http://www.pontodosconcursos.net/
http://www.estudiosite.com.br/site/educacao-a-distancia/vantagens-e-limitacoes-do-ead/
https://www.edools.com/faq/o-que-e-ava/
 
 
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
Dentro de cada aula ou módulo é possível deixar um 
espaço para um fórum de discussão. Para que assim os 
alunos participem, interagindo com outros alunos. Essa 
ferramenta possibilita a troca de experiências e 
conhecimentos. Os fóruns de discussão são fixos e 
visíveis para todos os participantes, sendo um ótimo local 
para que alunos e professores compartilharem links e 
materiais de apoio. 
4.5.3. Chat 
O chat, diferente do fórum, é um espaço para interação 
durante uma aula. Dessa forma, alunos e professores 
conseguem trocar experiências sobre o assunto. Essa 
ferramenta visa a criação de vínculo entre os 
participantes. 
4.5.4. E-mail 
Apesar de haver locais dentro da plataforma para troca 
de experiência, o e-mail é uma ótima ferramenta para 
contato direto entre alunos e professores. Com ela, 
alunos com dúvidas mais específicas, problemas 
relacionados com o conteúdo ou a plataforma, ou mesmo 
contato para a posterioridade, podem entrar contato com 
o professor. 
4.5.5. Blog 
O blog é uma das ferramentas para ead que possibilita 
um aprendizado mais profundo de conteúdos 
relacionados com o que é apresentado nas aulas. Nele é 
possível disponibilizar conteúdos diversificados, servindo 
como um material auxiliar ao apresentado em curso. 
Além disso, é um excelente canal para divulgação do seu 
curso. Nele é possível compartilhar de textos, áudios, 
vídeos e imagens sobre o conteúdo abordado, sendo uma 
ferramenta de fácil manuseio e edição. 
4.5.6. Biblioteca virtual 
É dentro das bibliotecas virtuais que os alunos podem 
consultar materiais que serão apoio durante o curso. Por 
exemplo, o professor cita uma obra em que o conteúdo 
todo é embasado, ele pode disponibilizá-lo para os alunos 
na biblioteca virtual. 
4.6. Diferença de ferramentas assíncronas e 
síncronas 
4.6.1. Ferramentas síncronas: são online e que 
permitem interação em tempo real, instantaneamente. 
Webconferência, Audioconferência e Chat, são algumas 
das ferramentas síncronas comuns na EAD. 
4.6.2. Ferramentas assíncronas: são as desconectadas 
de tempo e espaço. Também tem uma interação online 
(por se tratar de EAD), mas a relação entre o aluno e o 
professor é de acordo com o tempo de cada um. As 
ferramentas assíncronas da EAD permitem uma reflexão 
antes de conversar, são menos constrangedoras para 
pessoas mais tímidas e menos extrovertidas. Fórum, e-
mail e blog são algumas ferramentas assíncronas comuns 
na EAD. 
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS 
Questões do Módulo IV 
 
Os ambientes virtuais reúnem as ferramentas usadas no 
decorrer do curso, como materiais de estudo, links para 
vídeos, chats e fóruns. Para acessá-los, os alunos 
inserem login e senha, e o uso fica restrito aos 
participantes cadastrados. Por ser online, eles podem ser 
acessados de qualquer local, em qualquer horário. Além 
de personalizados de acordo com o que a instituição 
busca oferecer, esse ambientes dão ao estudante uma 
visão organizada das possibilidades do curso e permitem 
uma navegação facilitada. 
Acerca da temática acima, julgue os itens subsequentes 
53. Na prática de EaD (Ensino a Distância), existe um 
recurso de comunicação síncrono, isto é, em tempo real, 
pelo qual os participantes recebem mensagens no 
momento que alguém os enviou e vice-versa. Para ser 
realizado, é necessário determinar horários e o número 
de participantes, além de um mediador para organizar as 
perguntas, as respostas e os comentários. Esse recurso 
chama-se: Chat. 
Considerando a educação a distância (EAD), julgue os 
itens abaixo. 
54. A EAD no Brasil iniciou-se em 1904, com a instalação 
das escolas internacionais abertas, instituições 
basicamente privadas, que ofereciam cursos pagos por 
correspondência. 
55. A LDB vigente considera a EAD um instrumento 
importante na formação e na capacitação de professores 
em serviço. A EAD propicia a redução de custos de médio 
e longo prazos, comparativamente à prática de ensino 
presencial tradicional. 
56. A televisão, o vídeo, o rádio e o computador são 
instrumentos pedagógicos auxiliares e podem substituir a 
interação direta entre professores e alunos. 
57. As possibilidades da EAD são relevantes com relação 
ao crescimento dos índices de conclusão do ensino médio 
e fundamental. 
Uma das competências individuais é o saber fazer, ou 
seja, a habilidade de transformar o conhecimento em 
ações concretas. A respeito das atribuições de tutores, 
professores e alunos no âmbito da educação à distância 
(EAD), julgue os itens subsequentes. 
58. O tutor representa um elo entre docente e discente, 
pois auxilia nas atividades de competência do primeiro, 
bem como acompanha e apoia pedagogicamente o 
segundo. 
59. O perfil do aluno da EAD é previsível, uma vez que as 
pessoas que buscam essa modalidade de ensino possuem 
fácil acesso aos meios tecnológicos e estão preparadas 
para lidar com tecnologias de informação e comunicação 
(TIC), o que facilita a ação dos profissionais que 
trabalham com a EAD. 
60. Entre as competências do professor que atua na EAD 
incluem-se capacitar equipes, desenvolver metodologias 
de ensino à distância, coordenar o trabalho dos tutores e 
propor metodologias de avaliação à distância. 
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS 
Módulo V 
 
5 Educação para a diversidade, cidadania e 
educação em e para os direitos humanos. 
5.1. Educação em direitos humanos 
 A educação como direito humano é considerada um 
direito social integrante da denominada segunda geração 
de direitos, formulados e afirmados a partir do século 
XIX. São muitas as referências à importância do direito à 
educação, mas poucas as reflexões que têm se dedicado 
a aprofundar o conteúdo deste direito numa perspectiva 
ampla, sem reduzi-lo à escolarização, abordagem que 
constitui a tendência quase exclusiva dos trabalhos que 
vêm sendo realizados. 
Sergio Haddad afirma, na introdução do Relatório sobre o 
Direito à Educação, realizado pela Plataforma Brasileira 
de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais, 
em 2004: 
a) Conceber a Educação como Direito Humano diz res-
peito a considerar o ser humano na sua vocação ontoló-
gica de querer "ser mais", diferentemente dos outros 
seres vivos, buscando superar sua condição de existência 
no mundo. Para tanto, utiliza-se do seu trabalho, trans-
forma a natureza, convive em sociedade. Ao exercitar 
sua vocação, o ser humano faz História, muda o mundo, 
http://www.pontodosconcursos.net/
 
 
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS – ADEMIR COSTA 
 
por estar presente no mundo de uma maneira permanen-
te e ativa. 
b) A educação é um elemento fundamental para a reali-
zação dessa vocação humana. Não apenas a educação 
escolar, mas a educação no seu sentido amplo, a educa-
ção pensada num sistema geral, que implica na educação 
escolar, mas que não se basta nela, porque o processo 
educativo começa com o nascimento e termina apenas 
no momento da morte do ser humano. Isto pode ocorre 
no âmbito familiar, na sua comunidade, no trabalho, jun-
to com seus amigos, nas igrejas, etc. Os processos edu-
cativos permeiam a vida das pessoas. 
c) Os sistemas escolares são parte deste processo edu-
cativo em que aprendizagens básicas são desenvolvidas. 
Ali, conhecimentos essenciais são transmitidos, normas, 
comportamentos e habilidades

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