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Editora Poisson Tópicos em Ciências da Saúde Volume 11 1ª Edição Belo Horizonte Poisson 2019 Editor Chefe: Dr. Darly Fernando Andrade Conselho Editorial Dr. Antônio Artur de Souza – Universidade Federal de Minas Gerais Msc. Davilson Eduardo Andrade Dra. Elizângela de Jesus Oliveira – Universidade Federal do Amazonas Msc. Fabiane dos Santos Dr. José Eduardo Ferreira Lopes – Universidade Federal de Uberlândia Dr. Otaviano Francisco Neves – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Dr. Luiz Cláudio de Lima – Universidade FUMEC Dr. Nelson Ferreira Filho – Faculdades Kennedy Msc. Valdiney Alves de Oliveira – Universidade Federal de Uberlândia Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) T674 Tópicos em Ciências da Saúde-Volume 11/ Organização Editora Poisson – Belo Horizonte - MG: Poisson, 2019 Formato: PDF ISBN:978-85-7042-157-9 DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9 Modo de acesso: World Wide Web Inclui bibliografia 1. Saúde 2.Medicina 3. Enfermagem I. Título CDD-610 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores. www.poisson.com.br contato@poisson.com.br SUMÁRIO Capítulo 1: Confecção de equipamentos de cinesioterapia e material lúdico através de materiais recicláveis. ................................................................................................................................ 08 Pammala Mirelly Soares Vasconcelos, Erica Laiza Alves de Souza, Hellen Karoline Martins de Lima, Lizandra Mayrane Leite Melo Raulino, Thassiany Sarmento Oliveira de Almeida. DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.01 Capítulo 2: Análise dos efeitos da cinesioterapia, eletroterapia e terapias manuais no tratamento de gonartrose: Um estudo de caso ............................................................................. 12 Pedro Afonso Rocha Ribeiro, Patrícia Brandão Amorim, Daniella Souza Santos, Catiane de Morais Dias DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.02 Capítulo 3: Análise dos efeitos da cinesioterapia, laserterapia e eletroterapia no tratamento pós-cirúrgico de fratura da cabeça do rádio proximal no idoso: Um estudo de caso.......................................................................................................................................................................20 Daniella Souza Santos, Patricia Brandão Amorim, Catiane de Morais Dias, Pedro Afonso Rocha Ribeiro, Rodrigo Antônio Montezano Valintin Lacerda DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.03 Capítulo 4: Análise retrospectiva da concessão do auxílio benefício por Gonartrose no Brasil ................................................................................................................................................................ 28 Marília Caroline Ventura Macedo, Karinna Soares Oliveira, Thiago de Oliveira Assis DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.04 Capítulo 5: Intervenção Fisioterapêutica no alívio da Sintomatologia provocada por Cervicobraquialgia: Um estudo de caso ........................................................................................... 33 Catiane de Morais Dias, Patrícia Brandão Amorim, Daniella Souza Santos, Pedro Afonso Rocha Ribeiro DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.05 Capítulo 6: Tratamento fisioterapêutico em mulheres com disfunção sexual .............. 42 Gabriela Roberta Campos Vaz, Valéria Lourenço da Silva, Kelley Cristina Coelho DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.06 Capítulo 7: Protocolo fisioterapêutico no pré operatório de cirurgia bariátrica: Pet- Saúde/ Graduasus ...................................................................................................................................... 50 Kamylla Caroline Santos, Patrícia Leão da Silva Agostinho, Keila Márcia Ferreira de Macêdo, Claurestina Ramires da Silva, Ariella Rodrigues Cordeiro Rozales, Daisy de Araújo Vilela DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.07 SUMÁRIO Capítulo 8: Normalização de tônus muscular em paciente praticantes de equoterapia ............................................................................................................................................................................ 55 Fabiana Santos Franco, Thatyane Cruvinel Silva Hungria, Talita Helrigle Andrade, Kele Emídio Firmiano, Patrícia Leão da Silva Agostinho DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.08 Capítulo 9: Elaboração de site sobre a morfologia do tecido ósseo e sistema esquelético ............................................................................................................................................................................ 59 Bruna Elisa Bührer, Elizangela dos Anjos Silva, Simone Martins de Oliveira DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.09 Capítulo 10: Análise de completude das fichas de notificação da Hanseníase, de residentes do Município de Petrolina (PE), no período de 2011 a 2016 ........................... 78 Larissa de Sá Carvalho, Lorena Maria Souza Rosas, Herydiane Rodrigues Correia Wanderley, Maiara Leite Barberino, Marcelo Domingues de Faria DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.10 Capítulo 11: Epidemiologia da embolia pulmonar no Estado de Goiás ............................ 83 Ana Laura de Freitas Nunes, Juciele Faria Silva, Kássia Ferreira Santana, Klara Gomes Caitano, Mariel Dias Rodrigues, Patrícia Leão da Silva Agostinho DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.11 Capítulo 12: Análise do consumo alimentar e de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em mulheres atendidas em ambulatório de nutrição de Maringá-PR. ............................................................................................................................................................................ 87 Alexia Satiko Kawata, Ana Carolina Caputi Gonçalves de Azevedo, Isabelle Zanquetta Carvalho DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.12 Capítulo 13: Abordagem e a prevenção sobre Diabetes Mellitus envolvendo alunos do ensino médio da Escola Estadual Ezequiel Bertino de Almeida, Cupira-PE. .................... 96 Renato Batista dos Santos, Elvis da Silva Lima, Fábio Júnior João da Silva, Liberata Batista de Almeida, Chrisjacele Santos Ferreira de Araújo DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.13 SUMÁRIO Capítulo 14: Prevalência de disfunção sexual em sobreviventes de câncer de mama ............................................................................................................................................................................ 107 Ana Carla Gomes Canário de Araújo, Conceição de Maria Lima Nascimento, Paulo Francisco de Almeida Neto, Brunna Rafaella do Carmo Silva, Karoline Queiroz Martins Almeida de Araújo, Ana Katherine Gonçalves DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.14 Capítulo 15: Vinho tinto na prevenção de doenças cardiovasculares: Revisão da literatura ........................................................................................................................................................ 117 Valério Marcelo Vasconcelos do Nascimento, Eneas Ricardo de Morais Gomes, Maria do Socorro Lopes Casimiro, Emerson Célio da Nóbrega Casimiro, Lucas Barbosa Carneiro Vasconcelos do Nascimento DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.15 Capítulo 16: Aspectos epidemiológicos das internações por Hepatite Aguda B no Brasil ............................................................................................................................................................................ 124 Quéren Suelen Oliveira Carvalho, Isabela Santos Lima, Nathália Muricy Costa, Eloisa Araújo Souza, Rodrigo Paschoal Prado DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.16 Capítulo 17: Vale Azul: Conhecer para atuar na saúde ............................................................ 129 Geovana Scaldelai Oliveira, Beatriz Paula de Lima, Ana Claudia Baladelli Silva Cimardi DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.17 Capítulo 18: Obesidade, preconceito e depressão. Relações reais? ................................... 138 Romero Henrique de Almeida Barbosa, Adirlene Pontes de Oliveira Tenório, Ana Elisabeth Cavalcanti Santa Rita, Vicente da Silva Monteiro, Diana Maria Alexandrino Pinheiro, Cristiany Araujo Santos, William Novaes de Gois DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.18 Capítulo 19: A importância das inteligências interpessoal e intrapessoal na assistência de enfermagem prestada à família de Neonatos em uma unidade de terapia intensiva neonatal .......................................................................................................................................................... 142 Izandra Vittoria Santana da Silva DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.19 SUMÁRIO Capítulo 20: Fatores associados ao desmame precoce em crianças acompanhadas em Unidade Básica de Saúde da cidade de Maringá-PR ................................................................... 151 Rebecca Dias Zaia, Maria Abud Haddad Franco, Maryanne Rodrigues Lemes, Marcela de Oliveira Demitto, Angela Andréia França Gravena DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.20 Capítulo 21: Projeto “EMABEM”: Atuação multiprofissional na promoção da saúde de crianças escolares. ..................................................................................................................................... 159 Maria Carollina Vieira Cardoso, Ailton de Souza Aragão, Letícia Carolina Buscaratti, Fernanda Sousa Bastos de Moraes DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.21 Capítulo 22: Influência da faixa etária e do sexo no número de hospitalizações por asma em Goiás ......................................................................................................................................................... 167 Maristela Lúcia Soares Campos, Beatriz Julia Pimenta, Bruna Cristina Campos Pereira, Leandra Aparecida Leal, Nathália Muricy Costa, Gustavo Carrijo Barbosa, Mariel Dias Rodrigues Patrícia Leão da Silva Agostinho DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.22 Capítulo 23: A visão de acadêmicos de terapia ocupacional na ludoterapia dos palhaços doutores com os pacientes idosos em tratamento de Hemodiálise: Relato de experiência ............................................................................................................................................................................ 171 Maria Rosa da Silva, Karina Santos de Moura, Lucas Kayzan Barbosa da Silva, Eduarda Michaelle da Silva Alves DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.23 Capítulo 24: Prevalência e grau de severidade da síndrome da disfunção temporomandibular em docentes do ensino superior .............................................................. 175 Brenda Gabriela Cavagnini dos Santos, Rafaela Rodrigues DOI: 10.36229/978-85-7042-157-9.CAP.24 Autores: ......................................................................................................................................................... 182 Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 8 Capítulo 1 Confecção de equipamentos de cinesioterapia e material lúdico através de materiais recicláveis Pammala Mirelly Soares Vasconcelos Erica Laiza Alves de Souza Hellen Karoline Martins de Lima Lizandra Mayrane Leite Melo Raulino Thassiany Sarmento Oliveira de Almeida Resumo: Introdução A fisioterapia vem ganhando cada vez mais espaço, principalmente através da utilização das técnicas de cinesioterapia. No entanto, por conter instrumentos de alto custo e difícil acesso, a cinesioterapia pode ter seus materiais substituídos por materiais reciclados. Objetivos Mostrar a realização de construção de instrumentos de cinesioterapia de material lúdico de boa qualidade, baixo custo e acessível a qualquer indivíduo utilizando materiais reciclados. Metodologia O material utilizado para desenvolver atividades lúdicas em cinesioterapia foi totalmente de uso reciclável: utilizamos garrafas pets e tampas de garrafas pet, papelão, isopor, além de areia, fitas adesivas, bexigas, farinha, emborrachado. Discussão e Resultados É importante destacar que a reciclagem é um processo em que determinados tipos de materiais, que no cotidiano são reconhecidos como lixos são reutilizados como matéria-prima para a criação e\ou fabricação de novos produtos. Conclusão Os materiais recicláveis além de se tratar de recursos alternativos de baixo custo, estão disponíveis para todas as classes sociais, tendo em vista que estes materiais vindos do lixo, podem transformar-se em equipamentos de cinesioterapia. Palavras-Chave: Cinesioterapia. Material Reciclável. Lúdico. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 9 1.INTRODUÇÃO A fisioterapia vem ganhando cada vez mais espaço no processo terapêutico da patologia, principalmente através da utilização das técnicas de cinesioterapia. O termo cinesioterapia, significa o tratamento das doenças através do movimento. É uma área da fisioterapia que se utiliza do movimento provocado pela atividade muscular do paciente com uma finalidade precisamente terapêutica (ROSA, 2006). A cinesioterapia é uma modalidade de reabilitação que engloba os movimentos em geral, é amplamente utilizada em pacientes com distúrbios musculoesqueléticos. Os exercícios realizados são importantes para nutrição adequada da articulação e manutenção da amplitude do movimento dentro dos limites fisiológicos. Eles podem ser realizados ativamente (pelo próprio paciente) ou passivamente (com ajuda) (PINHEIRO; CHRISTOFOLETT, 2012). Um programa efetivo de cinesioterapia pode consistir em exercícios de fortalecimento muscular, atividades aeróbicas gerais e treino cardiorrespiratório. Ao evoluir no tratamento, podem ser somados exercícios isotônicos e isocinéticos aplicando uma carga progressiva para o fortalecimento muscular (HECKER et al, 2011). No entanto, por conter instrumentos de alto custo e difícil acesso, a cinesioterapia pode ter seus materiais substituídos por materiais reciclados. Segundo Souza (2015), os materiais recicláveis podem atuar como recursos alternativos para a prática de atividades físicas, seu fácil acesso e baixo custo podem levar a Educação Física e a Educação Ambiental à toda população. A presença das atividades lúdicas pode ocorrer de maneira intencional e planejada pelo fisioterapeuta, durante os atendimentos de cinesioterapia, seja esse atendimento com idosos, crianças ou qualquer indivíduo que necessite. Fujisawa (2000) refere que a presença do lúdico na fisioterapia caracteriza-se como uma atividade-meio, ou seja, um recurso que tem como finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos. Porém, deve ser assegurado que a utilização dos jogos e das brincadeiras durante a sessão tenha finalidade terapêutica. Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificaram os benefícios que este procedimento traz para o planeta Terra (FONSECA, 2012). De acordo com Zordan (1998), a reciclagem contribui no aspecto econômico, âmbito social e também no meio ambiental, onde pode reduzir a acumulação progressiva de resíduos a produção de novos materiais, como por exemplo, o papel, que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás carbônico; as agressões ao solo, ar e água; entre outros tantos fatores negativos. A reciclagem protege o meio ambiente, prolonga a vida de aterros sanitários, gera empregos, diminui o desperdício e protege a saúde da população. Contudo, o presente estudo objetivou mostrar a realização de construção de instrumentos de cinesioterapia de material lúdico de boa qualidade, baixo custo e acessível a qualquer indivíduo utilizando materiais reciclados, visto que, “os materiais recicláveis vindos do lixo como as garrafas PETs, os cabos de vassouras, cordas, pneus, entre outros, podem ser reutilizados como recursos alternativos acessíveis a toda a população, levando a atividade física para qualquer classe social.” (SOUZA, 2015). 2.METODOLOGIA A partir de então, decidimos criar através de materiais recicláveis equipamentos de cinesioterapia e jogos lúdicos, que podem ser utilizados durante a terapia de qualquer indivíduo necessitado. Entre eles: halteres de garrafa pet, bolinhas de bexiga com farinha, jogo de alvo (argola na garrafa), Vai-e-Vem, jogos como ''jogo da velha'', jogo da memória, caça-palavras. Tudo para trabalhar além do entretenimento, o psicológico e funcionalidade de cada paciente. O material utilizado para desenvolver atividades lúdicas em cinesioterapia foi totalmente de uso reciclável: utilizamos garrafas pets e tampas de garrafas pet, papelão, isopor, além de areia, fitas adesivas, bexigas, farinha, emborrachado, mas sem deixar de lado a qualidade do tratamento oferecido. Todo material confeccionado teve como objetivo, realizar exercícios de cinesioterapia, como também de despertar o lado lúdico através dos jogos. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 10 A arrecadação e confecção do material foi totalmente feita na própria instituição de ensino pelos alunos e professores participantes. Grupos foram divididos a fim de que todos participassem das etapas do processo de criação e confecção. Cada instrumento foi elaborado pensando em melhor atender às necessidades dos pacientes, que a priori seriam os pacientes da área de hemodiálise do Hospital Dr. Edgley na cidade de Campina Grande-PB. Os halteres foram confeccionados com a junção de duas metades de garrafas pets, colocando um quilo de areia dentro e isolando com fita adesiva. Com bolas de futebol realizamos exercícios de isometria com cada paciente ajudando na amplitude de movimento. Quanto aos jogos, foram confeccionados também com garrafas pets um jogo de argolas, onde as garrafas foram enfeitadas com fitas adesivas, areia dentro para dar estabilidade e então, o paciente jogava a argola para laçar a garrafa. Com isso, era possível ajudar a movimentação de membros superiores, melhora a amplitude de movimento, além de melhorar a interação entre pacientes e melhorar o psicológico de cada um. O vai-e-vem utilizou duas garrafas pet unidas por fitas adesivas e duas cordas finas passando por dentro delas. Assim, duas pessoas poderiam brincar e ao mesmo tempo trabalharem juntas a abdução e adução dos membros superiores. O caça palavras foi confeccionado com tampinhas de garrafas pet contendo letras dentro delas, todas as tampinhas fixas em pedaços de papelão para dar sustentação e então, quando encontradas as palavras, as letras eram unidas por ligas de elástico. Os jogos de memória e jogo da velha, foram feitos com bandejas de isopor e papel, dessa forma, é possível criar uma interação entre pacientes. Já as bolas de bexigas com farinha dentro como forma de cada pessoa massagear as mãos. Dessa forma, é possível promover saúde e divertimento, através da criação de instrumentos lúdicos de baixo custo e alta qualidade, utilizando materiais recicláveis. 3.DISCUSSÃO E RESULTADOS É importante destacar que a reciclagem é um processo em que determinados tipos de materiais, que no cotidiano são reconhecidos como lixos são reutilizados como matéria-prima para a criação e\ou fabricação de novos produtos. Além de se apresentarem com propriedades físicas diferentes, estes também possuem uma nova composição química – fator principal que difere o reaproveitamento da reciclagem, conceitos esses muitas vezes confundidos (FONSECA, 2012). Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 11 4.CONCLUSÃO A população atual a cada dia tem se utilizado mais produtos de origem descartáveis, por serem mais práticos e de baixo preço, porém, estes causam prejuízos ambientais por se tratarem de produtos que demoram muito a se decompor e por liberarem sustâncias tóxicas quando queimadas. Além disso, o acúmulo excessivo desses produtos, superlotam os aterros e lixões, o que dificulta ainda mais a degradação de outros resíduos, poluindo assim, o meio ambiente. Com isso, se torna ainda mais importante o uso da reciclagem, como forma de diminuir a agressão de produtos descartáveis ao meio ambiente. Conclui-se então, que os materiais recicláveis além de se tratar de recursos alternativos de baixo custo, estão disponíveis para todas as classes sociais, podendo também levar educação ambiental para toda população através de conscientização, tendo em vista que estes materiais vindos do lixo, podem transformar-se em equipamentos de cinesioterapia, possíveis de se adequar à todo e qualquer paciente. Contribuindo assim, nos aspectos econômicos, por serem de baixo custo; ambientais, pois reduzem o acúmulo de resíduos; e sociais. Dessa forma, a cinesioterapia torna-se acessível à todos, de forma que seus equipamentos podem ser confeccionados com materiais reciclados, trazendo benefícios físicos. REFERÊNCIAS [1] Fonseca, Lúcia Helena Araújo. Reciclagem: o primeiro passo para a preservação ambiental. 2012. Disponível em: <https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/reciclagem.pdf>. Acesso em: 1 maio 2017. [2] Fujisawa, Dirce Shizuko; Manzini, Eduardo José. Formação Acadêmica do Fisioterapeuta: A Utilização das Atividades Lúdicas nos Atendimentos de Crianças. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v. 1, n. 12, p.65-84, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S1413-65382006000100006&pid=S1413- 65382006000100006&pdf_path=rbee/v12n1/31985.pdf&lang=pt>. Acesso em: 1 maio 2017. [3] Hecker, Celina Dani et al. Análise dos efeitos da cinesioterapia e da hidrocinesioterapia sobre a qualidade de vida de pacientes com fibromialgia – um ensaio clínico randomizado. Fisioter. Mov, Curitiba, v. 1, n. 24, p.57-64, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/fm/v24n1/v24n1a07.pdf>. Acesso em: 1 maio 2017. [4] Pinheiro, A. R; Christofoletti, G. Fisioterapia motora em pacientes internados na unidade de terapia intensiva: uma revisão sistemática. Rev. bras. ter. intensiva, v. 24, n. 2. São Paulo, abr/jun. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 507X2012000200016&lang=pt&tlng=. Acesso em: 30 de abril de 2017. [5] Reboredo, Maycon de Moura et al (Comp.). Exercício físico em pacientes dialisados. Bras Med Esporte, Juiz de Fora, v. 13, n. 6, p.427-430, dez. 2007. [6] Rosa, F. B. J. Cinesioterapia Ativa (noções básicas). Disponível em: HTTP://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cinesioterapia.htm. Acesso em: 30 de abril de 2017. [7] Souza, Renata Cassemiro de. Efeitos da Prática da Dança com o Uso de Materiais Recicláveis na Promoção da Saúde de Moradores de Vitória de Santo Antão. 2015. 26 f. TCC (Graduação) - Curso de Educação FÍsica, Núcleo de Educação FÍsica e Ciências do Esporte, Universidade Federal de Pernambuco, Vitória de Santo Antão, 2015. Cap. 1. Disponível em: <http://repositorio.ufpe.br/bitstream/handle/123456789/18131/Souza, Renata Cassemiro de.pdf?sequence=4&isAllowed=y>. Acesso em: 25 maio 2017. [8] Zordan; Sérgio Eduardo. A Utilização do Entulho Como Agregado, na Confecção do Concreto. 1998. Disponível em: <http://www.ietsp.com.br/static/media/media-files/2015/01/23/Dissert_Sergio_Zordan_- _Entulho_Agregado_para_Concreto.pdf>. Acesso em: 1 maio 2017. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 12 Capítulo 2 Análise dos efeitos da cinesioterapia, eletroterapia e terapias manuais no tratamento de gonartrose: Um estudo de caso Pedro Afonso Rocha Ribeiro Patrícia Brandão Amorim Daniella Souza Santos Catiane de Morais Dias Resumo: Introdução: A Osteoartrose (OA) é uma doença crônica progressiva, caracterizada principalmente pela degeneração da cartilagem articular. A articulação mais afetada é a do joelho, sendo denominada de AO de joelho (gonartrose). Objetivo: Analisar os efeitos da fisioterapia no tratamento de gonartrose. Procedimentos Metodológicos: Trata-se de um estudo de caso de uma paciente do sexo feminino com diagnóstico clínico de gonartrose no joelho direito e esquerdo, avaliada no Centro de Assistência à Saúde da UNEC (CASU). Foram realizadas no total 9 (nove) sessões de fisioterapia pelos alunos do CASU. Diante dessas situações, o estudo adotou e utilizou das técnicas fisioterápicas, dentre elas cinesioterapia, eletroterapia e terapias manuais para a evolução do quadro da paciente. Resultados: Ao final do tratamento, observou-se melhora da autonomia funcional, diminuição significativa do nível de dor e aumento da amplitude de movimento, comprovando assim, a eficácia das intervenções fisioterápicas no tratamento da gonartrose. Palavras-chave: gonartrose, fisioterapia, alívio de dor, amplitude de movimento, funcionalidade. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 13 1.INTRODUÇÃO A osteoartrose (OA), também chamada de doença articular degenerativa, é uma condição músculo- esquelética importante caracterizada pela perda da cartilagem articular que leva à dor e à perda de função. A articulação mais comumente afetada é o joelho, sendo a OA de joelho denominada gonartrose, pode resultar em mudanças que afetam não só tecidos intracapsulares, mas também periarticulares, como ligamentos, cápsulas, tendões e músculos (Raymundo, 2014). A articulação do joelho é uma das articulações mais afetadas pela osteoartrite, devido à função mecânica que esta desempenha no membro inferior. Por ser a articulação central dos membros inferiores e ser estabilizada especificamente por ligamentos, a articulação do joelho está susceptível a lesões e a sobrecarga articular devido à obesidade, atividades ocupacionais repetitivas, períodos prolongados em posição agachada e ajoelhada, lesões de meniscos e ligamentos, atividades esportivas de alto impacto, fatores endócrinos, genéticos e idade (Rodrigues e Camargo, 2017). Em relação à etiologia, o conhecimento atual sugere que a gonartrose possui uma origem multifatorial, podendo ocorrer por influência genética, distúrbios metabólicos, fenômenos mecânicos, hormonais e biológicos que alteram o equilíbrio existente entre a síntese e a degradação da cartilagem e do osso subcondral (BASÍLIO, 2013). Segundo Abbott et. al (2009), a fisioterapia, é uma das intervenções mais utilizadas como tratamento da gonartrose. A literatura refere que a fisioterapia reduz a intensidade da dor e o nível de incapacidade funcional em utentes com esta condição (Basílio, 2013). Em um esforço mais recente para definir OA, a European League Against Rheumatism (Eular) sugeriu que um diagnóstico clínico confiável de gonartrose pode ser feito de acordo com três sintomas (dor no joelho persistente, rigidez matinal e função reduzida) e três sinais (crepitação, de circulação restrita e alargamento ósseo) (Raymundo, 2014). O tratamento da gonartrose é dirigido à redução da dor e rigidez nas articulações; manutenção e melhora da mobilidade articular; redução da incapacidade física, a qual limita as atividades da vida diária; melhora da qualidade de vida; limitação da progressão das lesões articulares; educação dos pacientes sobre a natureza da doença e seu tratamento (Raymundo, 2014). Esse artigo tem por objetivo analisar os efeitos da fisioterapia no tratamento de gonartrose, realizado com cinesioterapia, eletroterapia e terapias manuais através de um estudo comparativo entre o antes e o depois da intervenção profissional. 2.REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. O QUE É GONARTROSE? A gonartrose, osteoartrite, osteoartrose ou, simplesmente, artrose do joelho, é um processo degenerativo que pode ou não estar ligado a processos inflamatórios. Sua evolução é progressiva, com perda de cartilagem e mais tardiamente de tecido ósseo (Dadalto et. al, 2013) 2.2. ETIOLOGIA Acredita-se que a OA seja desenvolvida por alterações intrínsecas do tecido articular, decorrentes de fatores genéticos, hormonais, ósseos, mecânicos e metabólicos (Bley, 2016). Segundo a etiologia, a OA é classificada como primária, que surge de maneira insidiosa, sem uma causa desencadeante aparente e é comum no envelhecimento. Nesses casos, a doença geralmente é oligoarticular, mas pode ser generalizada. Entretanto, quando acomete indivíduos mais jovens (cerca de 5% dos casos) denomina-se osteoartrite secundária. Geralmente está relacionada a distúrbios predisponentes como obesidade acentuada, lesões microtraumáticas repetidas ou macrotraumáticas, deformidade congênita relacionada ao desenvolvimento de uma ou várias articulações (Sanchez, 2007). Independentemente do agente causador, tanto a osteoartrite primária quanto a secundária culminarão na destruição da cartilagem articular (Sanchez, 2007). Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 14 2.3. QUADRO CLÍNICO Os principais sintomas que o paciente acometido pela gonartrose apresenta é a dor articular, rigidez matinal, crepitação, diminuição da amplitude de movimento articular e muscular, bem como redução do trofismo muscular e a sobrecarga ligamentar (Rodrigues e Camargo, 2017). 2.3.1. DOR A dor normalmente surge durante o movimento e é aliviada no repouso. Em estágios mais avançados, pode surgir durante o repouso e como conseqüência da restrição de mobilidade articular há diminuição da força muscular e da flexibilidade, promovendo restrições funcionais na marcha e menor estabilidade articular. A dor e edema podem acarretar inibição reflexa do quadríceps, contribuindo com o declínio da força e da funcionalidade dos membros inferiores, além de favorecer o processo de degradação (Bley, 2016). 2.3.2. RIGIDEZ ARTICULAR A gonartrose é uma das causas mais frequentes de incapacidade devido à diminuição da mobilidade articular, que pode surgir de forma precoce. Grande parte dos pacientes vê-se confrontados com as dificuldades que surgem na realização de atividades comuns do dia-a-dia. (PINTO, 2017). A sensação de rigidez articular é relatada pela maioria dos utentes com OA, principalmente após períodos de inatividade. Esta ocorre de manhã ou após períodos de repouso e alivia com o movimento (Basílio, 2013). 2.3.3. CREPITAÇÕES As crepitações articulares também presentes nos pacientes com gonartrose, podem ser causadas pelas irregularidades ósseas devido à perda de cartilagem. Já o aumento do volume articular pode ser causado pela sinovite que produz aumento no líquido sinovial e as mudanças na cartilagem ou osso por osteófitos (Alfredo, 2011). 2.3.4. EPIDEMIOLOGIA Segundo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), a OA seria a quarta causa mais importante de incapacidade entre as mulheres e a oitava entre os homens (Souza, 2016). No Brasil, essa enfermidade representa a segunda maior causa das faltas ao trabalho e da aposentadoria por invalidez. De acordo com dados da Previdência Social, a OA é responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho. A doença é a segunda causa da prorrogação do auxílio-doença, com 10,5%, e o quarto motivo das aposentadorias precoces, com 6,2% (Souza, 2016). A prevalência aumenta com a idade avançada, afetando mais de 75% das pessoas acima de 65 anos de idade, e 10% da população com mais de 60 anos possuem limitação física por OA. Estima-se que 4% da população brasileira possuam OA, sendo o joelho (gonartrose) uma das articulação mais acometida pela doença , com 37% dos casos. Afeta ambos os sexos, embora exista maior incidência em mulheres (acima dos 50 anos de idade) nas mãos, joelhos e pés influenciados pelos fatores hormonais e alterações morfológicas presentes nesta população (Assis, 2013). 2.3.5. INTERVENÇÃO FISIOTERÁPICA NA GONARTROSE O tratamento da gonartrose é dirigido à redução da dor e rigidez nas articulações; manutenção e melhora da mobilidade articular; redução da incapacidade física, a qual limita as atividades da vida diária; melhora da qualidade de vida; limitação da progressão das lesões articulares; educação dos pacientes sobre a natureza da doença e seu tratamento (Raymundo, 2014). Uma das formas de recurso terapêutico na gonartrose é a eletroterapia, definida como uma forma de tratamento através da aplicação da eletricidade diretamente no paciente, uma vez que o corpo humano se apresenta como um sistema de células líquidas polarizadas e ricas em eletrólitos de diferentes polaridades. Os aparelhos eletroterapêuticos indicados para a gonartrose são: emissor de corrente interferencial, ondas curtas, tens, correntes diadinâmicas, corrente russa e ultrassom (Oliveira, 2015). Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 15 Para Roimisher (1980), os exercícios de fortalecimento muscular têm sua importância, pois a fraqueza dos músculos que envolvem a articulação osteoartrítica contribui para a incapacidade do paciente. Os exercícios terapêuticos em si sós, além de melhorar a função muscular, melhoram também a capacidade aeróbica em pacientes com gonartrose (Souza, 2013). Os exercícios isotônicos e isocinéticos são dinâmicos e podem ser usados de forma concêntrica (contração de encurtamento) ou excêntrica (contração com alongamento) com níveis variados de carga e velocidade. Os exercícios isotônicos demandam movimento articular, sendo mais efetivos na aquisição de massa muscular e melhora da resistência. Os exercícios isocinéticos devem ser realizados em equipamentos especializados, os quais muitas vezes não estão à disposição da população geral. 2.3.6. CINESIOTERAPIA A fisioterapia vem ganhando cada vez mais espaço no processo terapêutico da patologia, principalmente através da cinesioterapia, que significa o tratamento das doenças através do movimento. A cinesioterapia ativa é a área da fisioterapia que utiliza o movimento provocado pela atividade muscular do paciente com uma finalidade precisamente terapêutica (De Paula et. al, 2010). De acordo com Raymundo (2014) a cinesioterapia é um programa de tratamento cujo foco é melhorar a aptidão global geral, o equilíbrio corporal, a coordenação motora, a flexibilidade, a resistência e a força muscular dos membros inferiores, melhorando a função global e os sintomas de pacientes com OA. Os exercícios de alongamento muscular são indicados em indivíduos com gonartrose, pois estes apresentam encurtamentos musculares adaptativos principalmente dos músculos flexores do joelho. Para Di Alencar e Matias, o alongamento muscular é uma técnica terapêutica utilizada para favorecer o aumento da mobilidade dos tecidos moles, promovendo o aumento do comprimento das estruturas que sofreram encurtamentos adaptativos, aumentando assim, a flexibilidade articular e restaurando a amplitude de movimento. Com a melhora da mobilidade articular e da flexibilidade muscular induzida pelo exercício, a dor articular na osteoartrite é reduzida e a função do segmento comprometido melhora consideravelmente (Rodrigues e Camargo, 2017). 2.3.7. LASERTERAPIA A Laserterapia de Baixa Intensidade (LBI) é um recurso relativamente recente, porém seus efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes têm sido amplamente estudados e citados na literatura. Não apresenta efeitos colaterais e tem poucas contra-indicações. A LBI possui efeitos bio-estimuladores, particularmente aqueles atribuídos à rápida absorção da energia pulsada por organelas celulares específicas e membranas em tecidos subcutâneos, que poderiam beneficiar os pacientes com gonartrose. Tais efeitos, podem aumentar o alívio da dor e, ou o reparo tecidual devido à rápida resolução do processo inflamatório e do edema, da síntese de colágeno e/ou aumento da atividade dos condrócitos (Alfredo, 2011). 2.3.8. TENS A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS), desde sua introdução em 1967, tem sido utilizada intensivamente como modalidade terapêutica para o alívio da dor na gonartrose, sendo que o mecanismo exato da neuromodulação da dor não está definitivamente esclarecido (MORGAN e SANTOS, 2017). A TENS tem sido aplicada como uma modalidade terapêutica para promover a analgesia em indivíduos com osteoartrose, porém o mecanismo fisiológico que promove a modulação da dor ainda permanece obscuro. Este método nas lesões do joelho é indicado para alívio de dores agudas ou crônicas que dificultem a progressão do programa de reabilitação, baseado na teoria das comportas. Um dispositivo especial transmite baixa tensão de impulsos elétricos através de eletrodos sobre a pele a uma área do corpo que está lesada. Morgan e Santos realizaram um estudo em 10 individuos com osteoartrose de joelho, em 4 semanas, totalizando 10 sessões de 30 minutos cada. Os autores observaram redução da dor e melhora da capacidade funcional dos indivíduos com osteoartrose de joelho (Rodrigues e Camargo, 2017). Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 16 2.3.9. TERAPIAS MANUAIS Segundo Ladeira (2007), a origem da Terapia Manual vem da Grécia Antiga e, mesmo sendo esquecida pelos médicos dos Séculos XVIII e XIX, sua prática voltou com força nas últimas décadas e atualmente é um grande auxílio da medicina moderna. A terapia manual inclui: mobilização articular da patela, quando indicado; alongamento passivo dos músculos articulares do joelho e do quadril (gastrocnêmio, isquiotibiais, retofemoral) (Souza, 2013). A terapia manual é um tratamento físico utilizado pelos fisioterapeutas, quiropráticos, osteopatas e outros profissionais no tratamento da dor músculo-esquelético e deficiência, e inclui massagem terapêutica, mobilização articular e manipulação (Raymundo, 2014). A importância dos exercícios terapêuticos e terapia manual no tratamento de gonartrose é primordial, destacando-se a orientação ao paciente de um programa de exercícios domiciliares, que executados de forma segura podem proporcionar melhora na ADM (amplitude de movimento), no desempenho muscular tornando-o mais resistente à fadiga (Oliveira, 2015). 2.3.10. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Trata-se de um estudo de caso realizado no Centro de Assistência à Saúde (CASU) em Nanuque-MG. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: ficha de avaliação contendo dados pessoais, Escala Visual Analógica de Dor (EVA), teste de força e goniometria. Para obtenção do valor da EVA, a paciente foi interrogada sobre a posição que melhor representasse a dor que ela estava sentindo naquele momento. Analisou-se do outro lado da escala o valor numérico sendo registrado em sua ficha de avaliação referido pela paciente sem que ela visse o valor de 0 a 10 da escala (De Rezende, 2007). A paciente L.F.S, 49 anos, doméstica, residente em Nanuque-MG, foi encaminhada ao CASU da UNEC no dia 04/04/2018. À análise radiológica, observou-se presença de osteófitos e como diagnóstico clínico, gonartrose bilateral. De acordo com a história atual da doença, a paciente relatou que há pelo menos um ano começou sentir fortes dores nos joelhos, na época em que trabalhava como cuidadora de idosos, o que a fez largar sua profissão devido ao baixo rendimento por conta das dores. E poucos meses depois, resolveu procurar um médico para saber o de fato o que tinha. Para isso, fez exame de Raio-X que constatou a gonartrose bilateral. O médico então encaminhou à fisioterapia no CASU. Durante a coleta de dados, perguntada sobre sua queixa principal a paciente relatou que o maior incômodo era as fortes dores, principalmente no joelho direito, o que a impedia de realizar atividades diárias. Em relação aos medicamentos, faz uso de Hidroclorotiazida, Losortana, e Alodipeno. Para a avaliação da Amplitude de Movimento (ADM), foi utilizado um goniômetro de plástico, sendo obtidos os dados angulares nos movimentos de flexão e extensão de joelho. Sendo os parâmetros normais de joelho: flexão 140º e extensão 0 ou 180º. Após a avaliação, os estudantes do CASU dividiram o plano de tratamento em 9 sessões que foram trabalhadas em três momentos: curto e médio prazo. Os objetivos a curto prazo foram: inibir ou diminuir o quadro álgico, promover a regeneração tecidual, orientação para as atividades diárias da paciente, melhorando assim a qualidade de vida da mesma e educação sobre a natureza da doença e seu tratamento. Em médio prazo, visou-se o ganho de ADM e melhora da propriocepção, fortalecimento. Em longo prazo, em estágios mais avançados o tratamento é cirúrgico, como artrodese, ou colocação de prótese total de joelho. As condutas fisioterápicas adotadas pelos estudantes para analgesia foram: laser de baixa potência com dosagem de 3 J (jaules) em 5 pontos, totalizando 5 minutos. Tens Burst 170x50 mmHz por 20 minutos no joelho direito, onde a paciente relatava maior dor. Para o ganho de ADM realizou-se mobilização patelar bilateral e movimento passivo e ativo de joelho. Além de exercícios de fortalecimento com uso de caneleiras para ganho de força. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 17 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES De acordo com o estudo, a paciente chegou ao CASU apresentando muitas limitações ao movimento, quadro álgico aumentado, diminuição da amplitude de movimento, diminuição da força, alterações na marcha e equilíbrio. Na inspeção, o fisioterapeuta observou na vista anterior cabeça anteriorizada e joelho valgo e na vista lateral, pé plano. Ao realizar a palpação, a paciente não sentiu dor e não foi constatada nenhuma alteração. Já no teste de encurtamento constataram-se encurtamentos dos músculos cadeia extensora de quadril e joelhos. No teste de força a paciente apresentou grau de força 3 nos músculos da flexão, extensão, rotação interna e rotação externa de joelho. Durante a avaliação da marcha, a mesma, apresentava: cabeça anteriorizada, tomada de peso para o membro inferior direito, ausência de choque de calcanhar, equilíbrio regular e ausência de dissociação de cintura. Conforme a coleta de dados da pesquisa através da avaliação, os resultados serão abordados abaixo. Nota-se que na Figura 1, a paciente obteve melhora significativa do quadro álgico, de grau 8 para grau 2, isso comprova a eficácia da eletroterapia utilizada no tratamento. Figura 1 – Representação da intensidade da Dor (EVA) da 1ª e 9ª sessão. Fonte: Dados da pesquisa, 2018 Segundo Morgan e Santos (2017), a TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Subcutânea), em pacientes com gonartrose tem como objetivo terapêutico provocar a diminuição da dor e, assim, melhorar a atividade funcional. Com a utilização de escalas de dor, que facilitou o entendimento da doença, é possível tratar e diminuir os sintomas que limitam muito os indivíduos. O National Institute for Health and Clinical Excellence (Nice) recomenda aos pacientes com gonartrose a utilização do TENS para diminuição da rigidez e da dor, principalmente quando se almeja analgesia a curto prazo, ressaltando que a sua utilização deve ser apenas para auxiliar o tratamento (Oliveira, 2015). De Assunção (2012) afirma que a dor na OA, em geral, piora com a sustentação de peso e atividade, e melhora com o repouso, bem como a rigidez da articulação envolvida, após períodos de inatividade. As Tabelas 1 e 2 demonstram os valores goniométricos do membro esquerdo e direito do joelho, coletados na 1ª e 9ª sessão. Nelas, pode-se observar um aumento da ADM durante os movimentos de flexão e extensão de joelho. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 18 Tabela 1: Representação da goniometria na 1ª e 9ª sessão Movimentos do Membro Esquerdo 1ª sessão 9ª sessão Flexão de Joelho 110º 120º Extensão de Joelho 150º 175º Fonte: Dados da pesquisa, 2018. Tabela 2: Representação da goniometria na 1ª e 9ª sessão Movimentos do Membro Direito 1ª sessão 9ª sessão Flexão de Joelho 110º 120º Extensão de Joelho 160º 175º Fonte: Dados da pesquisa, 2018. Segundo Biasoli (2003), a cinesioterapia, modalidade da reabilitação que engloba os movimentos em geral, é amplamente utilizada em pacientes com OA. A técnica mais elementar de mobilização articular é aquela que promove o movimento da articulação ao longo de seu eixo fisiológico. Os exercícios realizados são importantes para nutrição adequada da articulação e manutenção da amplitude do movimento dentro dos limites fisiológicos. Freitas (2012) em seu estudo demonstra que um programa de caminhada aeróbia de 12 semanas, prescrito com base nos princípios da progressão da carga, foi eficaz para aprimorar o desempenho físico de idosos com gonartrose do presente estudo. Imoto et. al, (2012) mostraram a efetividade de um protocolo de exercícios para fortalecimento do quadríceps por meio da avaliação da dor, teste TUG e qualidade de vida, com duração de 8 semanas, realizado em uma frequência semanal de duas vezes. Também constataram que os exercícios de fortalecimento do quadríceps inserido em um programa de reabilitação são efetivos na melhora da dor, função e aspectos da qualidade de vida de pacientes com gonartrose. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com o estudo, é possível afirmar que os recursos fisioterápicos como cinesioterapia, eletroterapia e terapias manuais, promovem efeitos satisfatórios para pacientes com gonartrose. É importante ressaltar que mesmo dispondo desses recursos, a gonartrose é uma doença progressiva e degenerativa, ou seja, não tem cura. Porém, salienta-se que o papel da fisioterapia nesses pacientes é retardar este processo degenerativo, melhorar a independência funcional e garantir uma vida melhor. Assim, verifica-se a necessidade de futuros estudos e pesquisas científicas para que novos recursos sejam disponibilizados ao tratamento individual de pacientes com gonartrose, a fim de aumentar a efetividade dos resultados nas intervenções fisioterápicas. REFERÊNCIAS [1] Alfredo, Patricia Pereira. Eficácia da laserterapia de baixa intensidade associada a exercícios em pacientes com osteoartrose de joelho: um estudo randomizado e duplo-cego. 2011. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. [2] Assis, Juvêncio César Lima et al. Efeitos de um programa de exercícios cinesioterapêuticos em idosas com osteoartrose de joelho. Id on Line Revista DE Psicologia, v. 7, n. 21, p. 45-53, 2013. [3] Basílio, Sandra. Intervenção da fisioterapia em indíviduos com osteoartrose do joelho: características da prática clínica, resultados obtidos e fatores de prognóstico para os resultados de sucesso. 2013. Tese de Doutorado. [4] Biasoli, Maria Cristina; Izola, Laura Nascimento Tavares. Aspectos gerais da reabilitação física em pacientes com osteoartrose. Rev Bras Med, v. 60, n. 3, p. 133-6, 2003. [5] Bley, Andre Serra et al. efeitos DO treinamento de força e flexibilidade em Pacientes com Osteoartrite de joelho. Revista CPAQV–Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida| Vol, v. 8, n. 2, p. 2, 2016. [6] Cunha, Aimê et al. A Fisioterapia Na Saúde Do Idoso Com Osteoartrite: Uma Revisão de Literatura. Revista Interdisciplinar de Ensino, pesquisa e Extensão, v. 5, n. 1, 2017. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 19 [7] Dadalto, Thais Varanda; de Souza, Cintia Pereira; da Silva, Elirez Bezerra. Eletroestimulação neuromuscular, exercícios contrarresistência, força muscular, dor e função motora em pacientes com osteoartrite primária de joelho [I]. Fisioterapia em movimento, v. 26, n. 4, 2013. [8] De Assunção, Maria Laura Aquino Calado; RAMOS, Ana Angélica Tsingos; de Lima, Bianca Alves. Termoterapia profunda como tratamento fisioterapêutico na osteoartrite. Revista de Ciências Médicas, v. 19, n. 1/6, p. 73-79, 2012. [9] De Paula, Bruno Lionardo; Soares, Michelle Barbosa; Lima, Geovane Elias Guidini. A Eficácia da Associação da Cinesioterapia e da Crioterapia nos Pacientes Portadores de Osteoartrite de Joelhos utilizando questionário algo funcional de Lequesne. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 17, n. 4, p. 18-26, 2010. [10] De Rezende, Mário José. estudo da eficácia da Laserterapia de baixa potência (Gaalas 830 nm) no tratamento da Osteoartrite de joelho. estudo clínico controlado, 2007. [11] Freitas, Daniel Almeida et al. Efeito de um programa de treinamento aeróbio na dor, desempenho físico e funcional e na resposta inflamatória em idosos com osteoartrite de joelho-Resultados preliminares. Manual Therapy, Posturology & Rehabilitation Journal, v. 10, n. 47, 2012. [12] Imoto, Aline Mizusaki; Peccin, Maria Stella; Trevisani, Virgínia Fernandes Moça. Exercícios de fortalecimento de quadríceps são efetivos na melhora da dor, função e qualidade de vida de pacientes com osteoartrite do joelho. Acta Ortopédica Brasileira, 2012. [13] Morgan, Charles Ricardo; Santos, Franklin Santana. Estudo da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) nível sensório para efeito de analgesia em pacientes com osteoartrose de joelho. Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 4, 2017. [14] Oliveira, Janaísa Gomes Dias et al. Uso da eletroterapia associado a cinesioterapia no tratamento de pacientes com osteoartrite. O efeito da eletrolipofores no fibroedemagelóide, p. 103, 2015. [15] Pinto, Ana Cláudia Albino. Funcionalidade e qualidade de vida em pacientes com osteoartrose submetidos a artroplastia total do joelho. 2017. Tese de Doutorado. [16] Raymundo, Stela Freitas et al. Comparação de dois tratamentos fisioterapêuticos na redução da dor e aumento da autonomia funcional de idosos com gonartrose. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 17, n. 1, p. 129-140, 2014. [17] Rodrigues, Andressa Juliane; Camargo, Rachel Schettert de. Tratamento fisioterapêutico na osteoartrite de joelho: revisão de literatura. Cadernos da Escola de Saúde, v. 2, n. 14, 2017. [18] Sanchez, Fernanda Figueirôa et al. Cinesioterapia como tratamento para osteoartrite no joelho. Rev Omnia Saúde, v. 4, n. 2, p. 32-6, 2007. [19] Souza, Erlaine Da Silva et al. Fatores Biomecânicos Do Joelho E Quadril Como Causa De Osteoartrite. Anais Simpac, v. 6, n. 1, 2016. [20] Souza, Luciana; de, Matos Patêz. A Reabilitação Fisioterapêutica de Idosos Portadores de Osteoartrose e Submetidos à Artroplastia Total de Joelho. 2013. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 20 Capítulo 3 Análise dos efeitos da cinesioterapia, laserterapia e eletroterapia no tratamento pós-cirúrgico de fratura da cabeça do rádio proximal no idoso: Um estudo de caso Daniella Souza Santos Patricia Brandão Amorim Catiane de Morais Dias Pedro Afonso Rocha Ribeiro Rodrigo Antônio Montezano Valintin Lacerda Resumo: A articulação do cotovelo é considerada uma das principais e mais estáveis articulações do corpo, tornando atividades simples e complexas realizáveis. É também constituída por três ossos, úmero, rádio e ulna. Especificamente o rádio, osso lateral, é o mais curto dos ossos do antebraço, as fraturas em sua cabeça são classificadas como uma das mais numerosas lesões traumáticas do cotovelo, não tanto pela frequência que ocorrem, mas, por interferir na funcionalidade do membro acometido, dificultando seu tratamento, pelas complicações como, dor, diminuição da mobilidade articular, instabilidade, fraqueza muscular, compensações, acarretando sequelas irreverssíveis (URQUIZA et al, 2012). OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar os efeitos da cinesioterapia, laserterapia e eletroterapia no tratamento pós-fratura da cabeça do rádio proximal (FRP). PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Trata-se de um estudo de caso de uma paciente com 75 anos de idade, atendida no Centro de Assistência à Saúde Unec (CASU), com diagnóstico clínico de fratura da cabeça do rádio proximal, resultando na perda dos movimentos cinético-funcionais de flexão/extensão, pronação/supinação da articulação do cotovelo, sendo submetida a 09 sessões de fisioterapia, 03 vezes por semana, por meio de cinesioterapia como forma de reabilitação, laserterapia para acelerar a cicatrização, reparo tecidual, diminuição de edema e da eletroterapia para analgesia local. PRINCIPAIS RESULTADOS: Observou-se benefícios na recuperação da paciente, como melhora na amplitude de movimento (ADM) e força muscular, eliminação da dor, consolidação da fratura óssea e recuperação da funcionalidade do membro afetado, bem como o retorno gradual às atividades básicas e instrumentais da vida diária. Palavras chave: fratura da cabeça do rádio, fisioterapia, cinesioterapia, eletroterapia, laserterapia. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 21 1. INTRODUÇÃO O cotovelo é uma articulação intermediária do membro superior que parece uma simples dobradiça, mas quando se compreende a complexidade dos movimentos e da interação do cotovelo com o antebraço e punho, fica fácil entender como as alterações estruturais do cotovelo podem trazer grande desconforto ao paciente. Articulação do cotovelo é composta pelos ossos: úmero, rádio e ulna, apresentando três articulações: úmero-ulnar, úmero-radial, rádio-ulnar proximal. Para utilizar-se a mão no dia a dia, depende-se de um ombro e cotovelo estáveis, móveis e principalmente sem dor. No decorrer da vida, qualquer indivíduo está sujeito a inúmeras situações que poderão resultar em perda da autonomia e da independência, e uma dessas situações é a fratura. Fraturas são lesões que causam rupturas parciais ou totais da continuidade dos ossos, podendo ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura simples não há o rompimento da pele sobre a lesão e nas expostas sim, na qual, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente, possibilitando recidivas, sangramentos e um aumento do risco de infecção. As fraturas costumam acorrer após queda sobre o cotovelo e punho, principalmente em pessoas da terceira idade, sendo caracterizadas pela perda da continuidade óssea, partindo desde a desorganização de seu tecido até a ruptura de um segmento ósseo com total deslocamento, causando dor e consequentemente perda da função. Em idosos a queda pode ser provocada por fatores extrínsecos relacionados ao ambiente que está inserido e dos desafios enfrentados nas atividades de vida diária (AVD’s) para se locomover como, escadas sem corrimão, pisos escorregadios, locais e objetos de difícil acesso e a fatores intrínsecos decorrentes de alterações biológicas, como perda de acuidade auditiva e visual, reações adversas ao uso de medicação, depressão, alterações hormonais e diminuição do metabolismo (TAVARES ALVES et al, 2017). Sabe-se que as fraturas em idosos são mais difíceis de cicatrizar, porque, há uma menor deposição de cálcio nos ossos, sarcopenia (diminuição de massa muscular) que contribui para menor densidade óssea, deixando-os mais frágeis e quebradiços. Qualquer queda aparentemente simples pode causar uma fratura óssea importante e trazer consigo inúmeras complicações. Nesta faixa etária há uma maior dificuldade na regeneração óssea, o que significa que a fratura demora muito mais tempo para ser curada nos idosos do que em adultos e crianças saudáveis. Portanto, após fratura é necessário fazer imobilização para manter as partes quebradas no alinhamento natural e consequentemente para a formação do calo ósseo, porém os efeitos deletérios da imobilização desencadeiam perda mineral do osso e diminuição da função do membro imobilizado. A prevenção de tais complicações deve ser o principio básico de qualquer plano de tratamento, que para bons resultados, deve ser iniciado precocemente. O tratamento fisioterapêutico após o processo cirúrgico, tem um papel de grande importância para os pacientes fraturados, visando a mobilização precoce e outras técnicas de tratamento para restaurar possíveis disfunções. O principal intuito da fisioterapia na abordagem pós-operatória em pacientes com fratura, é controlar a inflamação, acelerar a cicatrização, diminuir edema e dor, aumentar a força muscular e amplitude de movimento. As várias formas de tratamento com diferentes técnicas e recursos cinesioterapêuticos têm sido utilizadas, visando restaurar a função, proporcionando o retorno da paciente às suas AVD’s e profissionais o quanto antes. O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da intervenção fisioterapêutica na evolução funcional da paciente idosa após fratura da cabeça do rádio proximal, através da utilização da cinesioterapia, laserterapia e da eletroterapia no tratamento da disfunção. 2. REFERENCIAL 2.1 COMPLEXO DO COTOVELO E IMOBILIZAÇÃO A articulação do cotovelo é composta por três ossos: úmero, rádio e ulna. Juntos eles determinam os movimentos de flexão, extensão, pronação e supinação do cotovelo. As extremidades das superfícies articulares, as cápsulas, os ligamentos e os músculos promovem a estabilidade articular, que ajudam admitir a grande amplitude de movimento (TORTORA, 2012). Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 22 Segundo Urquiza et al, (2012), o cotovelo é uma das articulações mais importantes do corpo humano, funcionando como dobradiça. Sua livre movimentação previne alterações na funcionalidade do membro superior, sabendo que este é indispensável para movimento das mãos nas AVD’s. A fratura da cabeça do rádio por traumatismo é uma das lesões que podem ocorrer no complexo do cotovelo, prevalecente em indivíduos entre 20 e 60 anos de idade. O cotovelo é uma articulação estável, graças aos complexos ligamentares e uma cápsula articular espessas que possui. A ulna e o úmero são ossos responsáveis por estabilizarem a rotação no plano ântero- posterior e no sentido valgo e varo, resistindo em 55%. 30% da resistência ao stress em valgo, corresponde a cabeça do rádio, além de transmitir força para o úmero durante a pronação. Os traumas não são incomuns e em alguns casos pode ou não ser de fácil solução. O processo coronóide opõe o desvio posterior dos ossos do antebraço e serve de inserção para o ligamento colateral medial, um dos principais responsáveis pela estabilização do cotovelo (ZEMIANI et al, 2015). As fraturas de cotovelo que não promovem o deslocamento de parte óssea, são imobilizados por aproximadamente seis semanas, na postura de 90º. Os exercícios começam em dois ou três dias, pronação e supinação, e duas semanas após podem ser realizadas flexão e extensão em ADM reduzidas, flexão total apenas depois de dois meses e exercícios resistidos em até três meses após a consolidação. As fraturas que promovem rompimento ou trincamento ósseo requerem cirurgia para recuperação, nesses casos o tratamento depende do tipo de procedimento cirúrgico e do tempo de imobilização do membro adequado os exercícios de reabilitação de acordo com o estado e com as condições de cada indivíduo (NASCIMENTO et al, 2010). A imobilização é o procedimento de maior comprometimento do sitema osteomioarticular, podendo ocorrer hipotrofia/atrofia muscular, contraturas, osteroporose/esteopenia, danificação articular; ossificação heterotópica, osteomielite e deformidades (SILVA et al, 2008). 2.2 ENVELHICIMENTO DO TECIDO ÓSSEO Conforme Fechine e Trompieri (2015), aproximadamente a partir dos 30 anos de idade, a densidade dos ossos começa a diminuir em homens e mulheres. Nas mulheres a perda de densidade óssea acelera depois da menopausa, pois caem os níveis de estrógeno, ocasionando um déficit na absorção de cálcio no trato intestinal e aumento da perda de cálcio na urina, além da perda da função, como resultado, os ossos tornam-se mais frágeis e propensos a fraturas especialmente na velhice. 2.3 LASERTERAPIA Relatos clínicos indicam que a terapia com laser de baixa intensidade (LTBI) tem sido utilizada como forma de tratamento alternativo e não invasivo em diversas condições patológicas, obtendo êxito nos efeitos, incluindo a cicatrização de tecidos moles e duros (NASCIMENTO et al, 2010). Estudos comprovam que o laser não atua no organismo de forma isolada, e sim uma ação conjunta de seus efeitos analgésico, antiedematoso, bioestimulador, anti-inflamatório, objetivando acelerar a cicatrização, diminuir a inflamação, promover a regeneração tecidual, aliviar a dor e otimizar o processo de reparo do tecido osséo (SILVA et al, 2013). 2.4 ELETROTERAPIA - ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) Florentino et al, (2012) afirmam que o termo TENS advindo das iniciais do termo em inglês “Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation”, que é definida como Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea. Consistindo na aplicação de eletrodos sobre a pele intacta com o objetivo de estimular as fibras nervosas grossas A-alfa mielinizadas de condução rápida. Esta ativação desencadeia a nível central, os sistemas analgésicos descendentes de caráter inibitório sobre a transmissão nociceptiva conduzida pelas fibras não mielinizadas de pequeno calibre, gerando desta forma a redução da dor. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 23 2.5 CINESIOTERAPIA Segundo a unidade de reabilitação/014/2016 a cinesioterapia é um protocolo de tratamento que melhora a aptidão global geral, onde a mobilização articular é benéfica, pois resulta em aumento da amplitude de movimento, diminuição da dor, atenuação da formação de contraturas, favorecimento da produção do líquido sinovial, responsável por lubrificar a articulação, facilitando a regeneração tissular (HC-UFTM, 2016). 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Trata-se de um estudo de caso clínico realizado no Centro de Assintência à Saúde Unec (CASU) do Centro Universitário de Caratinga (UNEC), em Nanuque – MG, três vezes por semana durante as aulas práticas de fisioterapia Traumato-ortopédica, realizada através da comparação das fichas de evolução de atendimento fisioterapêutico realizado em paciente do sexo feminino, com diagnóstico clínico de fratura da cabeça do rádio proximal. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram inseridos ordenadamente em uma ficha avaliativa de fisioterapia ortopédica, contendo dados pessoais da paciente, anamnese, exame físico, inspeção (paciente deve ser examinado de frente, de costas e de ambos os lados), palpação, (localizar o sintoma doloroso, pontos de edema, temperatura da pele, flexibilidade e densidade do tecido mole), goniometria (técnica de avaliação muito utilizada com objetivo de mensurar as amplitudes de movimento articular), escala visual analógica de dor (EVA), que é normalmente categorizada como “sem dor” (0) “dor leve” (1 a 3), “dor moderada” (4 a 7) e “dor intensa” (8 a 10). O teste de força muscular classificado de 0 a 5 graus: 0 se não houver uma contração visível e/ ou palpável, 1 se houver um pequena contração porém não é capaz de produzir movimento, 2 se completar toda a amplitude articular, 3 contra-resistência leve, 4 contra-resistência moderado, 5 contra-resistência máximo (VASCONCELOS e TOMÉ-PEREIRA 2005). Teste de sensibilidades superficial ( térmica, dolorosa e tátil ) e profunda ( propriocepção consciente e sensibilidade vibratória ou palestésica ). Os materiais utilizados durante as sessões foram: Aparelho de Laser e TENS, theraband e halter. A intervenção fisioterapêutica foi realizada no primeiro dia da consulta e a paciente foi reavaliada no útimo dia do tratamento. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A paciente H.G.M, de 75 anos, aposentada, residente em Nanuque – MG, foi atendida na Clínica da UNEC no dia 03/04/2018. Em seu diagnóstico clínico de fratura da cabeça do rádio proximal. Em sua consulta fisioterápica na anamnese a queixa principal (QP) da paciente era intensas dores na região do cotovelo e do punho. Na história da moléstia atual (HMP), a paciente relatou que passou por um desconforto súbito em sua própria casa ocasioando uma queda sobre o braço direito, sendo assim encaminhada para o hospital, onde após o atendimento emergencial foi diagnosticada com FRP. Uma semana depois do atendimento, a paciente passou por um procedimento cirúrgico. Após o período de imobilização a paciente relatou que estava sentindo fortes dores, mesmo fazendo administração de anti- inflamatórios, além da disfunção articular, sendo, por este motivo encaminhada para a fisioterapia. No exame físico a paciente apresentou pressão arterial (PA): 120x80 mmHg, frequência cardíaca (FC): 91 bpm (batimentos cardíacos por minuto) e frequência respiratória (FR): 17 ipm (incursões por minuto), considerados parâmetros normais, perdurando durante todo tratamento. Na inspeção observou-se edema na região póstero-lateral do cotovelo e no punho direito. Durante a palpação, na vista lateral o cotovelo estava fletivo, sensibilidade superficial e profunda estavam preservadas de acordo com o teste realizado. Durante a avaliação da dor a paciente relatou quadro álgico na região lateral do cotovelo, classificando a dor em grau 9, “dor intensa”, irradiada para o punho. Com o processar do tratamento o quadro álgico da paciente foi estabilizando, apartir da 6ª sessão a paciente estava com 0 dor, perdurando até o final do tratamento (Gráfico 1). Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 24 Gráfico 1: Representação da Intensidade da dor (EVA) da 1ª a 9ª sessão de Fisioterapia Fonte: Dados da pesquisa do próprio autor (2018) Utilizou-se ainda a goniometria para verificar a ADM, foi utilizado um goniômetro de plástico. De acordo Marques, Amélia Pasqual (2003) a angulação normal do cotovelo em flexão/extensão é de 145º e pronação/supinação 90º. Na paciente foram obtidos os seguintes dados angulares nos movimentos: flexão: 100º, extensão: 35º, pronação: 30º, supinação: 25º. Demonstrando déficit cinético-funcional, com encurtamento dos músculos bíceps braquial, braquirradial, tríceps braquial, pronador redondo, pronador quadrado e supinador. A paciente foi submetida a mensuração goniométrica do membro afetado após a nove sessões de tratamento o ganho na ADM, teve bons resultados, mesmo a paciente tendo passado por poucas sessões, conforme os resultados flexão: 130º, extensão: 80º, pronação: 74º, supinação: 90º (Gráfico 2). Gráfico 2 – Média de Amplitude articular da paciente inicial e final Fonte: Dados da pesquisa do próprio autor (2018) Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 25 Outro item de grande importância é a força muscular. Para se realizar o teste muscular, utiliza-se um método onde é avaliado a capacidade de ativação dos músculos e a sua força. A paciente ao chegar na clínica relatou muita dor, em consequência disto sua musculatura apresentou limitação para a realização dos movimentos do complexo do cotovelo, causada por hipotrofia muscular após imobilização (Tabela1). Tabela 1: Resultados da força Muscular – Avaliação Fisioterapêutica Músculo Grau Indicador Bíceps braquial 3 Contra-resistência leve Tríceps braquial 3 Contra-resistência leve Pronador redondo e quadrado 3 Contra-resistência leve Supinador 3 Contra-resistência leve Fonte: Dados da pesquisa do próprio autor, 2018. A força muscular é de grande importância para a vida do paciente, por uma boa condição física muscular permite maior capacidade para realizar as atividades diárias com mais eficiência e menos fadiga. Também permite realizar atividades esportivas com melhor desempenho e menor risco de lesões, além de ajudar a manter uma boa postura. No entanto, no decorrer das sessões o ganho de força muscular da paciente foi bastante significativo pelo processo de intervenção fisioterápica que devolveu trofismo muscular (Gráfico 3). Gráfico 3 – Teste e força muscular incial e final Fonte: Dados da pesquisa do próprio autor (2018) O protocolo de tratamento fisioterapêutico foi baseado em curto, médio e longo prazo. No tratamento da paciente em curto prazo foram: Promover regeneração tecidual e remodelação óssea, abolir ou diminuir o quadro álgico. Em médio prazo: Ganho de ADM. Longo prazo: Consolidou-se no fortalecimento da articulação do cotovelo e retorno das AVD’s. Condutas de tratamento realizadas: 1ª sessão 04/04/2018: TENS burst 250x50 Hz 30 minutos, Laser 5 J/cm² em varredura. 2ª sessão 09/04/2018: Mobilização passiva, TENS 175x50 Hz 30 minutos, Laser 5 J/cm² em varredura, exercícios ativos de flexão/extensão, pronação/supinação 03 séries de 10. 3ª sessão 10/04/2018: Mobilização passiva, alongamento muscular passivo 03 séries de 20 segundos de flexores, extensores de cotovelo, exercícios ativos de flexão/extensão, pronação/supinação 03 séries de 12, Laser 5 J/cm² em varredura. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 26 4ª sessão 11/04/2018: Mobilização passiva, alongamento muscular passivo 03 séries de 20 segundos de flexores e extensores de cotovelo, exercícios ativos de flexão/extensão, 20 segundos de flexores e extensores de cotovelo, exercícios ativos de flexão/extensão, pronação/supinação 03 séries de 15, Laser 5 J/cm² em varredura. 5ª sessão 16/04/2018: Mobilização passiva, alongamento muscular passivo passivo 03 séries de 20 segundos, exercícios ativos de flexão/extensão, pronação/supinação 03 séries de 20. 6ª sessão 18/04/2018: Alongamento muscular passivo 03 séries de 20 segundos, mobilização passiva, fortalecimento muscular com halter e theraband 03 séries de 15. 7ª sessão: 23/04/2018: Alongamento muscular passivo 03 séries de 20 segundos, mobilização passiva, fortalecimento muscular com halter e theraband 03 séries de 15. 8ª sessão 24/04/2018: Alongamento muscular passivo 03 séries de 20 segundos, mobilização passiva, fortalecimento muscular com halter e theraband 03 séries de 15. 9ª sessão: 25/04/2018: Alongamento muscular passivo 03 séries de 20 segundos, mobilização passiva, fortalecimento muscular com halter e theraband 03 séries de 15. Os dados coletados durante todo o processar do tratamento demonstraram os benefícios dos recursos fisioterapêuticos, sendo utilizada neste estudo, a laserterapia, eletroterapia e os exercícios cinesioterapêuticos, cocomitantemente relatados pela própria paciente. A TENS em pacientes com FRP tem como objetivo terapêutico provocar a diminuição da dor e, assim, melhorar a atividade funcional, sendo uma coadjuvante, proporcionando redução da ingestão de medicamentos quando for indicada e diminuição de custos com a medicação com a devida orientação. Entre vários procedimentos não farmacológicos existentes menos agressivos e a TENS tem se destacado como um excelente recurso terapêutico; amplamente utilizado pelos profissionais da saúde, para o tratamento sintomático da dor (SLUKA et al, 2003). Sabe-se que a TENS não vai curar a dor da paciente, ela auxiliará no alívio, sendo que tais informações foram reafirmadas pela própria paciente que sentiu alívio imediato logo na primeira sessão de atendimento. Portanto, é importante agregar um tratamento multidisciplinar de reabilitação. A TENS promove analgesia, porque suprime a dor enganando o sistema nervoso central e o centro da dor no cérebro, fazendo com que ele libere substâncias responsáveis pela redução do quadro álgico. A dor faz com que a musculatura se contraia, por isso é necessário o uso da TENS na primeira fase de reabilitação que irá promover o relaxamento da musculatura, para que a reabilitação progrida para fase de cinesioterapia, restaurando os movimentos e recrutando a musculatura afetada. Para Morgan e Santos (2017), a dor é inibida pela via aplicação de estimulação em fibras aferentes grossas, que inibem as respostas nociceptivas no corno posterior da medula espinhal via inibição segmentar – Teoria das Comportas. Quanto a aplicação em várias condições patológicas que causam dor, pesquisas têm encontrado efeitos analgésicos da irradiação à Laser em diferentes tipos de dor crônica, como também em síndromes de dor neuropática e neurogênica. Esse feito analgésico do Laser é comprovado por ter característica anti-inflamatória, estimula à liberação de opióides endógenos, por evitar que haja a redução do limiar de excitabilidade dos nociceptores; eliminação de algumas substâncias e pela manutenção do equilíbrio energético local (MARZULLO et al, 2006). A consolidação do osso ocorre pela capacidade regenerativa do tecido ósseo, podendo ser bem sucedido pela reparação ou remodelação através da atividade osteoblástica, acelerando a síntese dos componentes orgânicos da matriz óssea (SANTOS et al, 2008). De acordo com De Souza (s/d) a adesão do laser de baixa intensidade com ação com outros recursos fisioterapêuticos é uma das principais vantagens, pois melhora a resistência do tecido ósseo durante o processo de cicatrização. Tais como o alongamento, responsável por aumentar a flexibilidade muscular, proporcionado maior mobilidade e elasticidade, recuperando e prevenindo novas lesões. Sabe-se que no pós-operatório, a musculatura também passa por um processo de atrofia significativa devido à própria cirurgia. Nessas situaçãoes fisioterapia entrou com um trabalho de fortalecimento por meio da cinesioterapia, em que há a aplicação de várias técnicas específicas para ganhar força muscular, diminuir rigidiz, além de aumentar a ADM. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 27 Outro recurso utilizado para o tratamento foi a junção de cinesioterapia com alongamentos e laser, onde verificou-se grande melhora de ADM e força muscular, apartir da quinta sessão. Ao final das nove sessões do tratamento, observou-se uma evolução na funcionalidade da articulação do cotovelo. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nas análises realizadas antes, durante e após as nove sessões de Fisioterapia, conclui-se que o laser, TENS, associados à cinesioterapia, propiciou resultados relevantes de tratamento da fratura da cabeça do rádio proximal, resultando em uma melhora significativa da paciente, que pode retornar as suas atividades laborais. Apesar do relevante ganho da amplitude nos movimentos de pronação, supinação, flexão e extensão no estudo foram obtidos resultados que mostram a eficiência do tratamento proposto, quando comparamos os dados iniciais e finais nos ganhos das amplitudes de movimento docotovelo, redução total do quadro álgico e aumento da força muscular e funcionalidade do membro. Acredita-se que, considerando a escassez de estudos na literatura sobre o tema deste estudo e o pequeno número de sessões torna-se necessário o desenvolvimento outras pesquisas para validar a eficiência da fisioterapaia na reabilitação de fratura da cabeça do rádio proximal noidoso. REFERÊNCIAS [01] DA SILVA, Rafael Medeiros; DE ANDRADE, Palloma Rodrigues. A LASERTERAPIA NA OSTEOGÊNESE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Revista de Atenção à Saúde (antiga Rev. Bras. Ciên. Saúde), v. 10, n. 34, 2013. [02] DE SOUZA, Daniel Tadeu Carvalho; NETO, Luis Ferreira Monteiro. Laserterapia no reparo ósseo. Disponível em: http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/34/247-Laserterapia_no_reparo_Ysseo.pdf Acesso em: 09/08/2018 [03] FECHINE, Basílio Rommel Almeida; TROMPIERI, Nicolino. O processo de envelhecimento: as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. InterSciencePlace, v. 1, n. 20, 2015. [04] FRANTZ, Ana Cristine et al. Efeito do tratamento fisioterapêutico em paciente com suspeita de síndrome do impacto do ombro: estudo de caso. Revista Caderno Pedagógico, v. 9, n. 2, 2012. [05] FLORENTINO, Danielle de M. et al. A fisioterapia no alívio da dor: uma visão reabilitadora em cuidados paliativos. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v. 11, n. 2, p. 50-57, 2012. [06] HC-UFTM, administrado pela Ebserh - Ministério da Educação POP: Fisioterapia Ambulatorial na Reabilitação de lesões dos membros superiores –Unidade de Reabilitação do HC-UFTM – Uberaba:, 2016. 36p. Disponível em: http://studylibpt.com/doc/939378/pop-unidade-de-reabilitação-014-2016-fisioterapia Acesso em: 09/08/2018. [07] MARQUES, A. Ângulos articulares dos membros inferiores. Manual de Goniometria. 2003. [08] MARZULLO¹, Carla F. et al. Atualidades do Efeito Analgésico após Aplicação do Laser de Baixa Potência. 2006. [09] MORGAN, Charles Ricardo; SANTOS, Franklin Santana. Estudo da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) nível sensório para efeito de analgesia em pacientes com osteoartrose de joelho. Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 4, 2017. [10] SANTOS, Késia Sousa. PRINCÍPIOS DA CICATRIZAÇÃO ÓSSEA. [11] SILVA MR, ANZOLIN RM, CLARO TC, MEDEIROS, TC. Efeitos deletérios: ausência da cinesioterapia na mobilidade articular em politraumatizado. Fisioter. Mov, 21(2): 39-45, 2008. 10. ZILLMER VD. Luxação [12] TAVARES ALVES, Raquel Letícia et al. Avaliação dos fatores de risco que contribuem para queda em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 20, n. 1, 2017. [13] TORTORA, G. J. (2012). Corpo Humano – Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 8ª Edição. Artmed. [14] URQUIZA, Patrícia Karla; DE SANTANA, Emanuelle Malzac Freire; DE ALENCAR,Jerônimo Farias. Tratamento Cinesioterapêutico nas Sequelas de Fraturas de Cabeça de Rádio. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 16, n. 3, p. 333-336, 2012.9. HAYDAR, M. G. L.; BORGES, L. L.; [15] VASCONCELOS, Wínea Leila Ribeiro; TOMÉ-PEREIRA, A. P. Proposta de ficha de avaliação goniométrica e de teste de força muscular para a clínica escola de fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Fisioterapia/MONITORIA, 2005. ZEMIANI, Lana Paula; FLORIANI, Pamela Regina e PEREIRA JÚNIOR, Altair Argentino. Fraturas do cotovelo: revisão da literatura. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 211, Diciembre de 2015. Tópicos em Ciências da Saúde – Volume 11 28 Capítulo 4 Análise retrospectiva da concessão do auxílio benefício por Gonartrose no Brasil Marília Caroline Ventura Macedo Karinna Soares Oliveira Thiago de Oliveira Assis Resumo: Algumas profissões exigem dos trabalhadores movimentos de flexão prolongada e repetitiva dos joelhos, assim comprometendo a saúde e o desempenho profissional do mesmo. Devido o stress mecânico repetitivo exercido sobre a articulação, torna a mesma sujeita a lesões e patologias como a Gonartrose ou artrose do joelho, no qual é uma doença degenerativa que acomete a articulação do joelho, em razão da sobreposição de um peso anormal em uma cartilagem normal, gerando uma incapacidade funcional nos trabalhadores. Dessa forma, o auxílio-doença oferecido pela Previdência Social é essencial para reabilitação da saúde do trabalhador. Nesse sentido o objetivo deste trabalho foi analisar as ocorrências de gonartrose notificados a partir da concessão auxílio benefício acidentário oferecido pela Previdência Social nos últimos dez anos. Trata-se de um estudo transversal e documental com abordagem quantitativa, realizado a partir da compilação de dados disponíveis no site da previdência social do Brasil entre os anos 2006 a 2016. Onde ocorreu um aumento de concessões para gonartrose no mês de Outubro, identificando-se que o ano de 2008 se destacou gerando mais concessões para o benefício auxílio-doença, devido a introdução do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário no ano de 2007, com isso os registros das doenças cresceram três vezes mais. Além disso, a diminuição notável no ano de 2015 se deve a ações conjuntas desenvolvidas entre o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério da Saúde e da Previdência Social que objetivaram intensificar as ações fiscais, medidas de prevenção, regulamentação e divulgação de normas de segurança de trabalho, através do Plano Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador - PNSST aprovado no Decreto nº 7602/2011. Assim sendo, enquanto as regras aprovadas no PNSST continuarem sendo seguidas por trabalhadores, empresas e pela Previdência Social, o número de concessões do benefício auxílio-doença para gonartrose se manterá, sem prejudicar a saúde
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