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DISCURSIVA_TRIBUTÁRIO

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A propositura de uma Execução Fiscal (Lei n.º 6.830/1980) para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias, parte de um procedimento específico, permeado pela ideia da indisponibilidade do erário público e pela celeridade quanto à satisfação dos créditos fazendários. A simplificação do procedimento, por vezes, pode deixar para trás a existência de vícios praticados tanto no seu curso em si, quanto no que diz respeito à constituição do título executivo de que se constituí a Certidão de Dívida Ativa (CDA). Neste contexto, o domínio dos instrumentos de defesa do executado é de fundamental importância, para o adequado manejo e para que surtam os seus devidos efeitos corretivos em âmbito judicial.
Considerando as informações apresentadas, disserte acerca das defesas do Executado no âmbito da Execução Fiscal, especificamente quanto aos Embargos do Devedor ou Embargos à Execução e quanto à chamada Exceção de Pré-executividade. Justifique sua resposta.
A Execução Fiscal é regida por uma lei específica a lei nº 6.830/80, aplicando-se subsidiariamente o Código de Processo Civil.
Os Embargos na Execução Fiscal é prevista no art. 16 da Lei de Execuções Fiscais:
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III - da intimação da penhora.
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.
§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão arguidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos.
Assim, o prazo para o oferecimento dos embargos são de 30 dias a contar da garantia do juízo, devendo alegar toda e qualquer matéria de defesa, de acordo com os incisos do art. 914 do NCPC, aplicável subsidiariamente, haja vista a Lei 6.830/80 ser omissa a respeito.
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa;
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
Além disso deve requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
Os embargos possui natureza jurídica de ação autônoma, haja vista serem uma ação independente, autuada em apartado.
Quem possui legitimidade ativa para opor os embargos à execução fiscal, são aqueles elencados no art. 4º, da Lei de Execução Fiscal: 
Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e
VI - os sucessores a qualquer título.
O embargante pode requerer efeito suspensivo a execução fiscal, porém, a concessão ou não fica a cargo do juiz.
Já a Exceção de Pré-Executividade trata-se de uma intervenção no curso da execução, noticiando a existência de algum óbice ao prosseguimento. Tal defesa é uma criação da doutrina e da jurisprudência, não havendo disposição legal, não sendo necessário a garantia do juízo para o Executado utilizar esse meio de defesa, tendo em vista que a ocorrência de um sério problema que impossibilita o andamento do processo, e essa gravidade torna desnecessário a garantia do juízo. 
As hipóteses de cabimento da exceção de pré-executividade, são aquelas que existindo prova pré-constituída, qualquer matéria pode ser alegada, uma vez que esse meio de defesa não admite dilação probatória, por serem matérias de ordem pública que deveriam ter sido reconhecidas, mas não foram.
Possui legitimidade para apresentar exceção de pré-executividade quem faz parte do polo passivo da execução fiscal, elencados no art. 4º da Lei de Execução Fiscal, sendo: o devedor; o fiador; o espólio; a massa; o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado e os sucessores a qualquer título.
Dessa forma, ante o exposto, verifica-se que tanto os embargos quanto a exceção de pré-executividade, possuem diferenças entre si e características próprias, mas ambas são formas de defesa do devedor na execução fiscal, uma vez que privilegiam os princípios da ampla defesa e do contraditório.

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