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MARIA CRISTIANE DE OLIVEIRA LIMA - FUNDAMENTOS SOCIOANTROPOLOGICOS

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FACULDADE METROPOLITANA DE HORIZONTE
MARIA CRISTIANE DE OLIVEIRA LIMA
PROFESSOR: ANDRÉ SILVA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SOCIOANTROPOLOGICOS
RESUMO DO FILME: O PREÇO DO AMANHÃ
O filme “O Preço do Amanhã” se passa em uma sociedade que as pessoas vivem até os 25 anos, quando completam 25 anos, cada um possui apenas mais um ano de vida, para viver mais do que um ano de vida tem que conseguir mais tempo.
O tempo restante aparece no braço, tipo um relógio em contagem regressiva. O tempo lá marcado é igual à duração restante da vida da pessoa. Quando o relógio é zerado a pessoa morre. O tempo define também o tamanho da riqueza de cada um. Não há mais centavos ou reais, somente segundos, minutos, horas. Dessa forma, para pagar contas ou fazer compras, as pessoas precisam usar o tempo da própria vida como forma de pagamento. 
Em resumo, a moeda corrente é “tempo de vida”. Ou seja, caso o indivíduo obtenha recursos poderia viver eternamente. As pessoas pobres trabalham arduamente, pedem esmolas, pegam emprestado ou roubam horas para conseguirem chegar vivos até o final do dia.
Os pobres vivem correndo, sempre na iminência da morte, e os ricos sem pressa alguma, pois a eternidade é algo acessível, a menos que sejam mortos por causas não naturais. É uma urgente corrida contra o tempo para as classes mais baixas e um calmo passeio para os ricos.
As classes são divididas em zonas de tempo, de modo que os ricos vivem em uma cidade diferente separada por caros pedágios da área da população carente.
O protagonista é Will, que vive em uma zona pobre e sempre com as horas contadas. No começo do longa, ele perde a sua mãe, ela morre em seus braços por causa do aumento das tarifas de ônibus, que a obriga a caminhar para chegar em sua casa sem tempo suficiente para isso.
A história muda quando ele recebe mais de um século de um milionário que não via mais sentido em sua vida. Essa transferência gera suspeita dos “guardiões do tempo”, uma espécie de polícia que combate roubos e assaltos desse bem tão precioso. Com isso, o personagem resolve passar as diversas fronteiras entre as cidades e desafiar o sistema.
Ao chegar à área dos ricos, envolve-se com a filha de um poderoso banqueiro. Perseguido pela “polícia do tempo”, para escapar, ele a sequestra e vira uma espécie de “Robin Hood”, roubando tempo dos ricos e distribuindo entre os pobres. A filha do magnata, Silvia, acaba apoiando a causa do jovem, unindo-se a ele aos assaltos nesse mundo no qual tempo é literalmente dinheiro. 
É possível explorar o filme “O Preço do Amanhã” a partir de diversos aspectos;
O filme não é muito diferente da nossa realidade, nessa dinâmica do “tempo é dinheiro”. O filme é uma crítica ao sistema econômico atual (capitalismo), com destaque para a desigualdade social, muitos tendo pouco para que poucos possam ter muito. 
A divisão de classes em si e a concentração de riquezas (o tempo) revelam que enquanto poucos podem viver eternamente, o restante da população deve se sacrificar para conseguir o próximo dia de vida. 
No filme, essa questão mostra-se bastante evidente no fato de existirem duas cidades na trama: uma para os ricos e outra para os pobres.
No “mundo” dos ricos, os hábitos são diferentes. As pessoas estão sempre tranquilas, sem pressa, afinal, possuem todo o tempo necessário, não havendo motivo para correr. Já no “mundo” dos pobres, as pessoas precisam sempre se apressar para sobreviver. 
Além disso, os mais pobres não conseguem chegar no centro de poder e riqueza da sociedade por causa dos diversos pedágios que cobram anos de vida a cada parada. O que impede um simples mortal de chegar até lá é justamente a falta de “tempo”.
Quando Will resolve sair da cidade pobre, gasta muitos anos no pagamento dos pedágios e demora para chegar. Vale refletir sobre essas fronteiras; às vezes invisíveis que separam o espaço urbano dos ricos do espaço urbano dos pobres e as dificuldades de fazer a travessia tanto na realidade quanto no filme.
No mundo fora da ficção, a morte é o que iguala a todos. Não haver mais a possibilidade da morte é um outro modo cruel de distinção social, com apenas os ricos tendo a possibilidade de viver para sempre.
Aqui, vale fazer um paralelo com a realidade, considerando que as pessoas com maior poder aquisitivo têm acesso a serviços de saúde de qualidade que possibilitam prolongar suas vidas. 
E essa relação pode ser estabelecida tanto com o custo de caros tratamentos, quanto com os problemas que as pessoas com menos recursos enfrentam sem acesso a saneamento básico, psicológico, remédios por exemplo. 
Durante o filme, a frase de uma das personagens reflete essa questão: “os pobres morrem e os ricos não vivem”.

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