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Fundamentos de Estatística e Epidemiologia Prof. MSc. PAULO RENATO M. Vaz (CD) - Mestre em Odontologia - Especialista em Odontopediatria - Especialista em Saúde Coletiva Aula 8 Estudos de Intervenção Apresentação: • Os estudos epidemiológicos podem ser classificados em não experimentais (observacionais) e experimentais (de intervenção). Prof. Paulo Renato Aula 8 Estudos de Intervenção Apresentação: • Estudaremos os Ensaios Clínicos Randomizados (ECR), que são o padrão-ouro do delineamento dos estudos experimentais. O padrão ouro é um teste padrão que serve de comparação para outros testes, de forma que se possa verificar a exatidão dos resultados destes, assegurando o máximo de acertos para o estabelecimento do diagnóstico real. Prof. Paulo Renato Aula 8 Estudos de Intervenção Apresentação: • Verificaremos também os processos de validação de eficácia e efetividade em ECR, abordando a confiabilidade, os confundimentos e os demais vieses inerentes aos estudos epidemiológicos. Entenderemos ainda a importância das evidências científicas como base da prática da saúde no processo de tomada de decisão. Prof. Paulo Renato Aula 8 Estudos de Intervenção Objetivos: • Descrever o processo de desenho e Explicar os processos de organização dos ECR; • Examinar as questões de validade, confiabilidade, confundimento e outros vieses dos estudos epidemiológicos; • Reconhecer a importância da atuação clínica baseada em evidências científicas. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção O que são estudos experimentais? Os estudos experimentais são também conhecidos como estudos de intervenção, clinical trials (Quando aplicados a conjuntos de indivíduos) ou community trials (Quando aplicados a comunidades inteiras). Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção O que são estudos experimentais? • Esses estudos se caracterizam pelo fato de o investigador determinar os grupos de expostos (a+b) e de não expostos (c+d) a um certo fator e, posteriormente, medir os resultados. • O ponto de partida do estudo, portanto, é a variável independente. Já a distribuição dos participantes nos grupos de expostos e de não expostos se faz de modo intencional. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção O que são estudos experimentais? • Os estudos experimentais podem ser representados esquematicamente em uma tabela 2x2: Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) • Embora a nomenclatura ensaio clínico randomizado seja, com frequência, usada acompanhada do acrônimo ECR, o delineamento desse tipo de ensaio também é aplicável em estudos fora do cenário clínico, como os ensaios de base comunitária. Por essa razão, usamos a expressão ensaio randomizado. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) • Sugestões de muitos elementos importantes para ensaios randomizados podem ser vistas em diversos relatos de casos de ensaios iniciais. Ensaios podem ser usados para diversos propósitos, como para a avaliação de novas drogas e de outros tratamentos, incluindo testes de novas tecnologias de cuidado médico e de saúde. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) • Alguns ensaios também podem ser usados para avaliar novos programas de rastreamento e detecção precoce de doenças, ou novas formas de organização e distribuição de serviço de saúde. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Coleta de Dados do Sujeito Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Coleta de Dados do Sujeito Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Desfecho • A necessidade de medidas comparáveis em todos os grupos de estudo é particularmente verdadeira para medidas de desfechos. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Desfecho Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Cegamento • O cegamento envolve vários componentes. Primeiramente, gostaríamos que os sujeitos não soubessem para qual dos grupos foram designados. Isso é de grande importância quando o desfecho é uma medida subjetiva, como dor de cabeça ou dor lombar. Se o paciente souber que está recebendo uma nova terapia, o entusiasmo e certos fatores psicológicos podem atuar na indução de uma melhor resposta. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Cegamento • Como os sujeitos podem ser cegos (mascarados)? Um modo é pela utilização de um placebo. • O uso de placebo não garante automaticamente que os pacientes estejam cegos. Alguns participantes podem tentar determinar se estão tomando o placebo ou a substância ativa. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Cegamento Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Seleção dos Sujeitos • O critério para determinar quem será ou não incluído no estudo deve ser explicado detalhadamente com grande precisão e por escrito. Um excelente teste da adequação desses critérios escritos é perguntar: Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Seleção dos Sujeitos Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Seleção dos Sujeitos Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Alocação de sujeitos para os Grupos de Tratamento • A melhor abordagem ao se delinear um ensaio é a randomização. Esta tem como elemento crucial a imprevisibilidade da próxima alocação (GORDIS, 2017). • Segundo Gordis, randomizar significa, de fato, jogar uma moeda para decidir a alocação do paciente para um dos grupos de estudo. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Confusão, mediação e modificação de efeito em epidemiologia Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Confusão, mediação e modificação de efeito em epidemiologia Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Validade dos Testes de Rastreamento • A validade de um teste é definida como a habilidade de diferenciar entre quem tem ou não a doença. A validade possui dois componentes: - Sensibilidade; - Especificidade. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Validade dos Testes de Rastreamento Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Confiabilidade (reprodutibilidade) dos Testes • Vamos considerar outro aspecto da avaliação diagnóstica e dos testes de rastreamento: O quanto um teste é confiável ou reproduzível. Os resultados obtidos podem ser reproduzidos se o teste for repetido? Está claro que, independentemente da sensibilidade e da especificidade do teste, se os resultados não puderem ser reproduzidos, o valor e a utilidade dele serão mínimos. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Confiabilidade (reprodutibilidade) dos Testes Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Vieses da Pesquisa Clínica • A prática da saúde é baseada, principalmente, em informações produzidas por pesquisas científicas e publicadas em periódicos médicos. A rápida aceitação de uma pesquisa publicada e a incorporação da informação na prática da saúde sem uma avaliação crítica do estudo podem levar a graves erros e ao uso inadequado de recursos. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Vieses da Pesquisa Clínica • Os resultados de determinado estudo podem ser verdadeiros, mas podem ter sido gerados por acaso (erros aleatórios) ou por desvios sistemáticos da verdade. Portanto, quando se lê um estudo científico, duas questões principais devem ser consideradas: Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Vieses da Pesquisa Clínica Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Vieses da Pesquisa Clínica • A primeira questão se refere ao conceito de validade interna do estudo, ou seja, a capacidade de os resultados do estudo serem verdadeiros para aquela população que foi estudada. A validade interna pode ser afetada pelo erro aleatório ou pelo erro sistemático. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Vieses da Pesquisa Clínica • A segunda questão se refere ao conceitode validade externa, ou seja, até que ponto os resultados de um estudo são aplicáveis a outras situações ou outros pacientes. A validade externa também é denominada capacidade de generalização. Apesar de a nomenclatura não ser padronizada, os principais tipos de vieses podem ser inseridos em três grupos principais: Seleção, informação e confusão. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Vieses da Pesquisa Clínica Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Saúde Baseada em Evidências • A Medicina Baseada em Evidências (MBE), movimento médico que teve início por volta da década de 1970, propõe que a prática médica deva seguir o rigor do método científico. Esse tema é de especial interesse para a população para que haja um entendimento de como os médicos atualmente estruturam o raciocínio e adotam condutas perante os pacientes. Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Saúde Baseada em Evidências Prof. Paulo Renato Estudos de Intervenção Saúde Baseada em Evidências Prof. Paulo Renato Aula 8 Estudos de Intervenção Objetivos: • Descrever o processo de desenho e Explicar os processos de organização dos ECR; • Examinar as questões de validade, confiabilidade, confundimento e outros vieses dos estudos epidemiológicos; • Reconhecer a importância da atuação clínica baseada em evidências científicas. Prof. Paulo Renato Fundamentos de Estatística e Epidemiologia Prof. MSc. PAULO RENATO M. Vaz (CD) - Mestre em Odontologia - Especialista em Odontopediatria - Especialista em Saúde Coletiva
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