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ESTUDOS DISCIPLINARES IV (ESTRATÉGIA DE LEITURA DE TEXTO NÃO VERBAL) - Slides de Aula

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Unidade I
ESTRATÉGIA DE LEITURA DE 
TEXTO NÃO VERBALTEXTO NÃO VERBAL
Prof. Adilson Oliveira
Semiótica visual: 
os percursos do olhar
Texto:
 É uma relação entre um plano de 
expressão e um plano de conteúdo.
 Plano de conteúdo: significado do texto.
 Plano de expressão: manifestação do 
conteúdo em um sistema de significação 
verbal, não verbal ou sincrético.
 Sistema verbal: línguas naturais. g
 Sistema não verbal: música, artes 
plásticas.
 Sistema sincrético: várias linguagens. 
(canções, filme etc.) 
Texto não verbal
 Plano de conteúdo: significado do texto.
Ex: futebol, natureza, nudez etc.
 Plano de expressão: manifestação do 
conteúdo em um sistema de significação 
não verbal.
Ex: linear, pictórico etc.
Plano do conteúdo: a nudez
Fotografia
Análise do plano do conteúdo da fotografia 
de E. Boubat: 
 Nu: natureza x cultura.
 Natureza: é figurativizada
no busto nuno busto nu.
 Cultura: é figurativizada
nos adereços (arranjo
do cabelo e o tecido que
envolve a cintura).
 Nu deixa de ser simplesmente o despido, 
a natureza, e passa a ser o nu 
articulado com valores culturais. 
Pintura: a nudez 
Conteúdo corpos femininos Conteúdo: corpos femininos.
 Obra de Botticelli: as mulheres são 
esguias.
 Obra de Rubens: as mulheres são 
robustas.
 Antes de retratar corpos, estes são postosAntes de retratar corpos, estes são postos 
em discursos de estéticas contrárias.
“A primavera” “As três graças” 
Botticelli Rubens
Conteúdo: valorização
 Valorização prática: valores Valorização prática: valores 
de uso (utilitários: manuseio, 
conforto, potência...). 
Ex: foto ou desenho do corpo 
em um livro de biologia.
 Valorização utópica: valores Valorização utópica: valores 
existenciais (identidade, vida, aventura...)
Ex: foto de uma atriz ou foto de moda.
 Valorização lúdica: valores artísticos 
(refinamento, luxo...)
Ex: fotos pinturas esculturasEx: fotos, pinturas, esculturas.
 Valorização crítica: relações 
qualidade/preço, custo/benefício.
Ex: foto denotando sensualidade em parte 
do corpo (fetiche por pé).
Plano da expressão
 Estilo linear: traçado feito por meio de 
linhas; próprio do Classicismo. 
(Botticelli) 
 Estilo pictórico: traçado feito por meio 
de manchas; próprio do Barroco. 
(Caravaggio) 
Caravaggio
Botticelli
Estilo linear
 Disposição de imagens representadas em 
planos.
 Formas fechadas pelas linhas.
 Pluralidade de elementos descontínuos.
 Clareza na disposição.
“Nascimento de Vênus”, Boticelli
Estilo pictórico 
Pl ti id d h Plasticidade com manchas.
 As manchas formam profundidade.
 Imagens com formas abertas, sem os 
limites das linhas do estilo linear.
 Formas abertas criam unidade entre osFormas abertas criam unidade entre os 
elementos mostrados por meio de uma 
obscuridade de sombras.
Davi com a 
cabeça de Golias 
Caravaggio
Categorias da expressão 
Linear Pictórica
desenho linha mancha
contornos fechados abertos
di i ã l f did ddisposição plano profundidade
totalidade multiplicidade unidade
clareza absoluta relativa
Interatividade 
Em texto não verbal: 
I. É mais relevante o entendimento do 
conteúdo.
II. É mais relevante o entendimento da 
expressãoexpressão.
III. Existe a relação entre conteúdo e 
expressão.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.) p
c) Apenas III está correta.
d) Apenas I e II estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão 
corretas.
Resposta 
Em texto não verbal: 
I. É mais relevante o entendimento do 
conteúdo.
II. É mais relevante o entendimento da 
expressãoexpressão.
III. Existe a relação entre conteúdo e 
expressão.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.) p
c) Apenas III está correta.
d) Apenas I e II estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão 
corretas.
Texto sincrético
texto sincrético
 Articulação entre sistema semiótico 
plástico com sistema semiótico verbal.
 Palavras: função de ancoragem (quando 
as palavras explicam a imagem). Ex: 
legenda de fotos jornalísticas.
 Palavras: função de etapa (quando entre 
palavra e imagem ocorre relação 
complementar, que se resolve na relação 
complementar). Ex: diálogos das HQs.
Texto sincrético
 Fotografia e legenda: função de etapa.
 Legenda: “Procura-se Marighela”.
 Sem a dimensão verbal, texto reduz-se à 
imagem de um homem desnudo, que 
aponta para o peito com uma das mãosaponta para o peito com uma das mãos.
Veja, nº 11
11/11/1968
Texto sincrético
 Carlos Marighela representa um dos 
nomes mais importantes da resistência 
contra o fascismo brasileiro; 
assassinado durante a ditadura de 64, foi 
considerado, pelo Governo, inimigo 
público nº 1.
 A cicatriz apontada em seu peito foi feita 
pela bala que o atravessou durante uma 
emboscada feita por policiais políticos.
 Fotografia: orienta-se pela categoria otog a a o e ta se pe a catego a
semântica opressão x liberdade.
Texto sincrético
 Texto verbal da fotografia: “Procura-se 
Marighela”.
 Voz passiva sintética.
 Marighela é o sujeito, o “-se” é pronome 
apassivadorapassivador.
 Marighela é procurado por alguém.
 “alguém” é indefinido.
 O pronome “-se” tem função de ocultar o 
sujeito.j
Texto sincrético
 Assim, não se diz quem procura 
Marighela; a frase na legenda fica 
impessoal.
 Não se mostram também os motivos 
para a procura de Marighela.para a procura de Marighela.
 Se a frase fosse: “A polícia política da 
ditadura militar procura Marighela”: o 
papel social dos perseguidores ficaria 
explicitado.
Texto sincrético
 A legenda “Procura-se Marighela” e o 
tipo de fonte remetem à famosa frase 
usada na perseguição aos “foras da lei”.
 Texto está construído na estilização 
(estilo) das fotos dos bandidos.(estilo) das fotos dos bandidos.
 O texto da legenda afirma a
opressão, que vem negada 
pela imagem de Marighela.
Texto verbal: função de etapa.
Texto sincrético: livro infantil
Fragmento do livro “Borboleta Azul”, de 
Lenira Almeida Heck.
“Cansada de voar, a Borboleta Azul pousou 
sobre um poste e, do alto, ficou a observar 
o vaivém dos homens.”o vaivém dos homens.
Borboleta Azul
 Palavras e imagem: mesmo conteúdo.
 Palavras explicam (repetem o mesmo 
conteúdo) a imagem.
função de ancoragem
O livro segue a vertente tradicional das 
obras para o público infantojuvenil:
 Criatividade é desconsiderada.
 Entre as temáticas tradicionais – Entre as temáticas tradicionais –
paisagens, vultos familiares, patrióticos –
a autora explora de bichos.
Texto sincrético: texto infantil
 MACHADO, Ana Maria. O gato do mato e 
o cachorro do morro. SP: Ática.
 Ex: imagem e palavra: função de etapa.
Texto de Ana Maria Machado
 Figura visual: construção de formas por 
meio da semelhança e do contraste entre 
linhas, figuras, planos, cores e espaços.
 As formas visuais não têm compromisso 
de fidelidade à reprodução dos objetosde fidelidade à reprodução dos objetos 
da realidade visível. 
 As figuras visuais opõem-se a qualquer 
representação verossímil que tente dar a 
ilusão de realidade.
 Na obra ocorre integração das figuras: Na obra, ocorre integração das figuras:
gato/mato; cachorro/morro.
Texto sincrético
 Há técnica da perspectiva e da 
centralização na linha do horizonte, que 
divide o quadro em dois planos básicos: 
o primeiro, frontal (figura), e o segundo, 
secundário e mais distante (fundo).
Interatividade 
Sobre a tirinha, indique a afirmação falsa:
a) A palavra e a imagem complementam-se.
b) O humor no último quadro é entendido 
pela interação verbal e imagem.
) A i t di tc) A imagem supera em entendimento.
d) A forma animal – urubu – não pode ser 
substituída por outro bicho para não 
corromper o sentido do texto.
e) A tirinha é um texto sincrético.
Resposta 
Sobre a tirinha, indique a afirmação falsa:
c) A imagem supera em entendimento.
Texto não verbal: ritmo 
 Ritmo: palavra polissêmica.Música: 
a) Ritmo é andamento da música; a 
velocidade com a qual se executa uma 
peça musical; classifica se em: adagiopeça musical; classifica-se em: adagio, 
andante e allegro.
b) Ritmo é um gênero musical; por meio de 
uma divisão regular de acentuação de 
tempos fortes e fracos, temos: samba, 
baião maracatu rock jazz etcbaião, maracatu, rock, jazz etc.
Texto não verbal: música
 O que lemos na música “Garota de 
Ipanema”, de Tom Jobim e Vinícius de 
Moraes?
Texto não verbal: música
 Ritmo: bossa nova (tipologia).
 Ritmo: andamento é andante.
 Há contraste rítmico entre a 1ª parte e a 
2ª parte da música.
 1ª parte: descreve o desfile da garota de 
Ipanema; o ritmo é mais acelerado; há 
mais acentos tônicos; essa parte é mais 
rítmica que melódica.
 2ª parte: descreve o estado passional do 
enunciador-enunciado; ritmo menos 
acelerado; essa parte é mais melódica 
que rítmica.
Ritmo na música
Da 1ª para a 2ª partes, não muda a 
batida ou andamento, mas a forma de 
subdividir os acentos tônicos e átonos.
 Categoria tonicidade: tônicos x átonos.
 Tonicidade: estabelece a forma na qual Tonicidade: estabelece a forma na qual 
os acentos podem ser sentidos em 
relação a essa extensão. Assim:
 Quanto mais acentos tônicos, mais 
marcações e mais ritmo.
 Quanto menos ritmo, mais duração 
melódica.
Texto não verbal: ritmo 
 Se há um ritmo acelerado e outro 
desacelerado em uma música, pode-se 
falar em uma pintura acelerada e em 
outra desacelerada?
 Na música, as marcações tônicas são daNa música, as marcações tônicas são da 
ordem do tempo e sua realização é uma 
duração; na pintura, são da ordem do 
espaço e sua realização é uma 
localização.
Ritmo na pintura
 Pintura “Composição com traços 
cinzentos”, de Mondrian.
 Tem mais ritmo.
 É mais acelerada.
i t “C i ãpintura “Composição 
com amarelo”, de 
Mondrian.
Tem mais melodia.
É mais desacelerada.
Conteúdo e expressão
Texto verbal, plástico ou musical:
 2 planos: conteúdo e expressão. 
Conteúdo e expressão: 
 Têm o mesmo ritmo ou têm ritmos 
contrários.
Ritmo 
Garfield, Jim Davis
Na tirinha de Garfield:
 Ritmo no plano do conteúdo e no plano 
da expressão é o mesmo: aceleração. 
Categorias 
Fotografia, pintura, HQ: 
 Bidimensionais.
 Elementos plásticos: relação linear x 
relação planar.
 Relação linear: colocação dos elementos 
lado a lado no espaço.
categoria: intercalado x intercalante
 Relação planar: colocação dos Relação planar: colocação dos 
elementos uns em torno dos outros
categoria: circundado x circundante
Categorias 
 Na tirinha de Garfield, a relação é linear 
(elementos – abóbora e gato – estão lado 
a lado).
Interatividade 
Assinale a alternativa correta:
a) A fotografia é um texto sincrético.
b) O conteúdo é a disposição clássica de 
jogadores de futebol para posar para 
fotografia.fotografia.
c) A relação é fundamentalmente planar.
d) Os elementos estão dispostos apenas 
linearmente.
e) O ritmo é acelerado.
Resposta 
Assinale a alternativa correta:
a) A fotografia é um texto sincrético.
b) O conteúdo é a disposição clássica de 
jogadores de futebol para posar para 
fotografia.fotografia.
c) A relação é fundamentalmente planar.
d) Os elementos estão dispostos apenas 
linearmente.
e) O ritmo é acelerado.
Escultura e arquitetura
Monumento de Vitor Brecheret
Estatueta de Vitalino Ferreira dos Santos
Escultura e arquitetura
Texto de Vitor Brecheret e Vitalino Ferreira:
 Feitos em materiais e tamanhos 
diferentes. 
 Brecheret é destaque da escultura 
moderna brasileira e “Monumento àsmoderna brasileira e Monumento às 
Bandeiras” é uma obra única; Vitalino é 
artesão popular, e seus “Retirantes”, 
com pequenas variações, são modelo 
repetido por ele e por outros do meio.
 No plano do conteúdo as esculturas No plano do conteúdo, as esculturas 
divergem: na de Brecheret é o fazer 
migrador explorador dos bandeirantes, 
na do mestre Vitalino é o fazer 
migrador dos retirantes.
Plano da expressão
No entanto, ambos têm algo em comum: 
elemento plástico.
 Nas esculturas: colocam-se seus 
personagens em fila
categoria anterioridade x posterioridade
Plano da expressão
anterioridade posterioridade
Plano do conteúdo
 “Monumento às Bandeiras”: trata do 
processo de expansão de território; 
imposição de uma civilização em lugar 
selvagem.
Colocados em fila, os bandeirantesColocados em fila, os bandeirantes 
caminham da anterioridade para 
posterioridade: 
natureza não natureza cultura
 “Retirantes”: trata da seca do Nordeste.
 Colocados em fila, os retirantes 
caminham da anterioridade para 
posterioridade:
morte não morte vida
Arquitetura 
 Prédio da FAU (Faculdade de Arquitetura 
e Urbanismo – USP), arquitetado por 
Vilanova Artigas.
 Desafio para o leitor: entender como o 
teto, enorme e pesado, pode ficarteto, enorme e pesado, pode ficar 
equilibrado em apoios cilíndricos. 
Arquitetura 
 Parte interna do prédio da FAU.
 Liberdade no tratamento do espaço: 
ocupação das laterais e um grande vazio 
central, formando a praça.central, formando a praça.
 Cobertura retangular, com grelha 
tridimensional com domos translúcidos.
 Rampas de ligação entre diversos níveis.
 Continuidade dos espaços.
Plano de expressão
Categoria formal: 
 continuidade x descontinuidade
 A comunicação por rampas prevalece 
b li õ dsobre as ligações por escadas; as 
rampas interligam o subsolo, térreo 
e os andares.
Plano de expressão
 Prédio da FAU: o volume, em sua 
construção, é orientado pela articulação 
de planos horizontais e verticais.
 Esses planos constroem o chão por 
onde se caminha e as paredes queonde se caminha e as paredes que 
definem seus limites.
 A categoria continuidade x 
descontinuidade realiza-se na categoria 
horizontal x vertical.
Plano do conteúdo 
 O plano do conteúdo relaciona-se com 
a continuidade/horizontalidade na 
expressão do espaço coletivo; o privado 
relaciona-se com a descontinuidade/ 
verticalidade na expressão do mesmo 
espaço.
 Texto arquitetônico – prédio da FAU: o 
espaço público, contudo, continua a se 
realizar dentro da construção, distribuído 
por seus andares; as rampas e os 
corredores amplos maximizam o efeito 
de continuidade.
Interatividade 
Sobre o texto de uma planta de prédio 
residencial, pode-se afirmar:
a) No plano da expressão, ocorre apenas a 
categoria de continuidade.
b) Proteção de grade descreve ab) Proteção de grade descreve a 
continuidade do espaço coletivo.
c) A verticalidade, marcada pelos andares, 
constitui-se de espaço privado.
d) Trata-se de um texto sincrético.
e) No plano do conteúdo, encontra-se o 
efeito de continuidade na verticalidade 
do prédio.
Resposta 
Sobre o texto de uma planta de prédio 
residencial, pode-se afirmar:
a) No plano da expressão, ocorre apenas a 
categoria de continuidade.
b) Proteção de grade descreve ab) Proteção de grade descreve a 
continuidade do espaço coletivo.
c) A verticalidade, marcada pelos andares, 
constitui-se de espaço privado.
d) Trata-se de um texto sincrético.
e) No plano do conteúdo, encontra-se o 
efeito de continuidade na verticalidade 
do prédio.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade II 
ESTRATÉGIA DE LEITURA DE TEXTO NÃO VERBAL
Prof. Adilson Oliveira
Letramento visual 
 A geração de ambientes de aprendizagem interativos inclui: 
imagens visuais, som, vídeo e animação.
 Velocidade e capacidade de armazenamento permitem 
acomodar essas formas de significação topológicas.
Letramento 
 Contexto atual: imagem, movimento, animação, som.
Letramento 
 Privilegia a análise de ações verbais e não verbais.
 Os objetos de análise são as ações de linguagem que se 
desenvolvem na atividade social.
 Realiza tarefa por meio de um conjunto de operações de 
linguagem que são aprendidas nas interações sociais.
Letramento visual: conceito
 Letramento visual: habilidade de interpretar a informação 
visualmenteapresentada, baseando-se na premissa de que 
imagens podem ser lidas, e que seu significado pode ser 
decodificado por meio de um processo de leitura.
 Habilidades: observar, identificar detalhes, compreender as 
relações visuais, pensar, analisar criticamente, criar e 
comunicar criativamente por meio de recursos imagéticos.
Letramento visual
 Imagens visuais: lidas como um texto.
 Multiplicidade de significados dos textos multimodais: pauta-
se nos contextos sociais.
 Imagens visuais – linguagem e todos os modos semióticos –
são socialmente construídas.
 Mudança no desenvolvimento da comunicação visual: tem sua 
própria mensagem, imprimindo um caráter de autonomia em 
relação ao texto verbal.
Leitura de revista
 Revista Superinteressante, maio de 1988.
 Manchete: “Forno”.
 A informação verbal é mais importante: valor simbólico.
 Imagem – foto do micro-ondas – é artificial, não fazendo parte 
do texto verbal .
Leitura de revista
 Na mídia impressa, a informação à direita constitui dado novo; 
chama mais a atenção do olhar do leitor; 
 Em 1988, o micro-ondas era pouco conhecido;
 A imagem do forno 
à direita já representa 
inovação em questão 
de importância à 
imagem em si.
Interatividade 
Sobre o letramento visual, consideram-se:
I. Há necessidade de despertar no leitor uma maior 
sensibilidade ao visual.
II. O texto multimodal exige uma leitura padrão.
III. Há convenções sociais que subjazem ao processo de 
produção textual.
a) Todas as considerações são corretas. 
b) Apenas as considerações I e II são corretas.
c) Apenas a consideração I é correta.
d) Apenas as considerações I e III são corretas.
e) Apenas a consideração II é correta.
Resposta 
Sobre o letramento visual, consideram-se:
I. Há necessidade de despertar no leitor uma maior 
sensibilidade ao visual.
II. O texto multimodal exige uma leitura padrão.
III. Há convenções sociais que subjazem ao processo de 
produção textual.
a) Todas as considerações são corretas. 
b) Apenas as considerações I e II são corretas.
c) Apenas a consideração I é correta.
d) Apenas as considerações I e III são corretas.
e) Apenas a consideração II é correta.
Leitura de revista
 Revista Superinteressante, julho de 2001.
Manchete: “Como funcionam os catalisadores dos 
automóveis?”
 Integração entre texto 
verbal e imagem.
Leitura de revista
 No esquema do catalisador, o ângulo não é frontal nem baixo, 
mas oblíquo e alto e, portanto, o desenho foi feito do ponto de 
vista de alguém situado à esquerda dos objetos e acima deles.
 Sendo uma reportagem científica, especificamente de 
tecnologia, áreas socialmente valorizadas como objetivas e 
imparciais, o não envolvimento do espectador induzido pelo 
texto expressa essa valoração e a reafirma.
Leitura de revista
Diferenças entre “Forno” e “Como funcionam os catalisadores dos automóveis?”
“FORNOS” (1988)
“COMO FUNCIONAM OS CATALISADORES 
DOS AUTOMÓVEIS?” (2001)
¼ da página ½ página
Imagem subserviente ao verbal Imagem independente
Ângulo frontal Ângulo oblíquo
Ângulo horizontal Ângulo alto
Ausência de plano de fundo Presença de plano de fundo azul
Baixa modalidade Média modalidade
Letramento visual: texto multimodal
Há três princípios de composição:
1. Valor de informação: o local dos elementos (Participantes e 
sintagmas que relatam uns aos outros e ao Espectador) tem 
específicos valores informacionais anexados às várias zonas 
da imagem: direita e esquerda, parte superior e parte inferior, 
centro e margem.
Valor de informação
 Dado conhecido: à esquerda
 Dado novo: à direita
Letramento visual: texto multimodal
2. Saliência: é ela que pode estabelecer uma hierarquia de 
importância entre os elementos que são feitos para atrair a 
atenção do Espectador em diferentes graus: plano de fundo 
ou primeiro plano, tamanho, contrastes de tons e cores, 
diferenças de nitidez etc.
Saliência 
 Hierarquia de importância entre elementos feitos para atrair 
atenção do leitor em diferentes graus:
Saliência
linhas etc. vetores invisíveis
Letramento visual: texto multimodal
3. Estruturação: a presença ou ausência de planos de 
estruturação (realizado por elementos que criam linhas 
divisórias, ou por linhas de estruturação reais) desconecta ou 
conecta elementos da imagem, significando que eles 
pertencem ou não ao mesmo sentido.
Estruturação 
,
.
Multimodalidade 
 Infográfico 
 Diagramas
 Mapas mentais
 Fotografias
 Desenhos
 Hipertexto...
Multimodalidade 
 Contexto;
 Audiência (leitor/ouvinte/espectador);
 Propósito (enunciado);
 Produtor;
 Layout (elementos da imagem);
 Textos: união social e cultural;
 Imagens: representam ação, objeto e situação;
 Imagem: produz interação ou significado interpessoal entre o 
que vê e o que é visto pelo uso de características como cor, 
ângulos, distância e tipo de mídia empregada (fotografia, 
desenho, diagrama etc.).
Interatividade 
Na análise dos dois textos da revista Superinteressante, 
conclui-se que:
a) O letramento visual abrange apenas o texto verbal. 
b) Houve mudanças no status da imagem, tornando-a 
complementar ao texto verbal.
c) A imagem tem uma constituição única.
d) A multimodalidade é de nível alto na comparação 
entre os textos. 
e) Não houve alteração nos recursos visuais (imagens, 
gráficos, esquemas, boxes).
Resposta 
Na análise dos dois textos da revista Superinteressante, 
conclui-se que:
a) O letramento visual abrange apenas o texto verbal. 
b) Houve mudanças no status da imagem, tornando-a 
complementar ao texto verbal.
c) A imagem tem uma constituição única.
d) A multimodalidade é de nível alto na comparação 
entre os textos. 
e) Não houve alteração nos recursos visuais (imagens, 
gráficos, esquemas, boxes).
Letramento visual: charge
Charge: 
 Imagem e palavra se complementam.
 Texto visual, porque grande parte se efetua por meio da 
imagem.
Angeli
Letramento visual: charge
 Humor na charge: visa persuadir o leitor do ponto de vista do 
autor.
 Tema: assuntos atualizados, reais, temas que estão sendo 
debatidos naquele momento na sociedade, por isso prendem-
se ao tempo, ou seja, é um texto temporal e sua interpretação 
depende, muitas vezes, de relações intertextuais.
 Leitor: inteirado com o que se passa no mundo à sua volta e 
faz inferências para realizar a leitura da charge ou, ainda, para 
buscar complementar a leitura deste texto com a leitura de 
outros textos.
Leitura de charges
 Em que tipo de veículo de comunicação a charge está sendo 
publicada? Qual o posicionamento ideológico desse veículo? 
 Quem produziu a charge? De que lugar social o autor fala? 
Com que propósito a charge foi produzida?
 Quem é o interlocutor pretendido? Que reação-resposta o 
interlocutor pode dar a essa charge? 
 Em que meio histórico a charge foi produzida? Que fatos 
estavam em pauta na sociedade no momento da produção?
Charge 
Gazeta do Povo, 22 mar. 2008.
Leitura de charges
 Produtor: Arnaldo Angeli Filho
 Lugar de onde fala: chargista do jornal Folha de S. Paulo
- E aquilo gosmento boiando ao lado da Educação?
- Bem, pelo cheiro, só pode ser o Sistema de Saúde.
Balanço 2007 SISTEMA DE ENSINO PÚBLICO NO BRASIL
Leitura de charges
 Personagens anônimos, pessoas comuns, para demonstrar 
a realidade;
 Traços nos desenhos não caracterizam a fisionomia 
das personagens;
 Charges escolhidas são de denúncia e têm como tema a 
educação no Brasil.
Leitura de charges
 Charge: pessoas importantes e bem relacionadas, pois estão 
todos bem vestidos de terno e gravata, levando o leitor a 
pensar que fazem parte de alguma fiscalização.
 Denúncia: a respeito da Educação e do Sistema de Saúde.
 Estão olhando para a entrada de uma 
rede de esgoto, onde recursos se 
encontram e representam a decadência.
“E aquilo gosmento boiando ao lado da 
Educação? Bem, pelo cheiro, só pode ser 
o Sistema deSaúde.” 
Balanço 2007
- E aquilo gosmento boiando ao lado da Educação?
- Bem, pelo cheiro, só pode ser o Sistema de Saúde.
Leitura de charges
 Imagem: livros, carteiras, mesas e cadeiras jogadas no 
esgoto, todos esses objetos que deveriam estar nas salas de 
aula estão indo para o lixo.
Imagem: criança saindo dos canos: não sobrará nada da 
educação brasileira? SISTEMA DE ENSINO PÚBLICO NO BRASIL
Habilidades na leitura de charge
Localizar informações: 
 Capacidade de localizar uma ou mais informações objetivas 
marcadas no texto.
 Capacidade para responder às questões do tipo: O quê? 
Quem? Onde? Como? Quando? Qual? Para quê?
Inferir informação implícita: 
 Chegar às informações que não estão presentes claramente 
na base textual, sugeridas pelas marcas textuais ou 
pistas textuais. 
 Leitor perspicaz consegue ler o que está por trás das linhas 
(intenção maliciosa e subentendidos).
Habilidades na leitura de charge
Identificar o tema:
 Tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutura.
 Capacidade de construir o tema do texto a partir da 
interpretação que faz dos recursos utilizados pelo autor.
Perceber os efeitos de ironia e humor:
 Humor e ironia exigem o conhecimento de situações que não 
são mencionadas no texto.
 A percepção da ironia pode ser mais difícil do que a do humor, 
uma vez que ela costuma ser apresentada de forma mais sutil 
nos textos.
Interatividade 
Sobre a seguinte charge, é falso dizer: 
a) Há integração imagem/palavra.
b) Exige conhecimento prévio do leitor sobre quem é 
Erenice e o filho Israel.
c) O texto não se relaciona a uma situação real.
d) Constata-se a ironia entre a situação atual da patroa e a 
pergunta da empregada.
e) Apesar de deslocada, a charge é inserida em 
contexto sociopolítico.
Tiago Recchia
A Gazeta do Povo, 
22/9/2010
DONA
ERENICE...
É VERDADE
QUE A
SENHORA
PERDEU SEU
EMPREGO?
NÃO SE
PREOCUPE,
DONA MARIA...
MEU FILHO
ISRAEL VAI
PAGAR SEU
SALÁRIO.
Resposta 
Sobre a seguinte charge, é falso dizer: 
c) O texto não se relaciona a uma situação real.
 Situação política em período pré-eleitoral; Ministra-Chefe da 
Casa Civil, Erenice Guerra, é envolvida em escândalo após 
seu filho Israel Guerra ser acusado de ser lobista, de favorecer 
empresas em licitações públicas; após as acusações, Erenice 
Guerra pede demissão do cargo.
Tiago Recchia
A Gazeta do Povo, 
22/9/2010
DONA
ERENICE...
É VERDADE
QUE A
SENHORA
PERDEU SEU
EMPREGO?
NÃO SE
PREOCUPE,
DONA MARIA...
MEU FILHO
ISRAEL VAI
PAGAR SEU
SALÁRIO.
Leitura hipertextual
Hipertexto:
 Base da Internet;
 Ao acessar um site, por exemplo, escolhe o caminho que 
deseja seguir e, ao clicar o mouse em determinadas frases ou 
palavras, novos textos saltam aos olhos;
 A estrutura textual permite que o leitor, ao escolher a 
sequência de leituras, seja coautor do texto;
 Conjunto de nós ligados por conexões;
 Nós: palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de 
gráficos, sequências sonoras, documentos complexos.
Leitura hipertextual
 WWW (World Wide Web): foi criada em 1991, corresponde à 
parte da Internet construída a partir de princípios do 
hipertexto.
 Permite o acesso de dados diversos: textos, músicas, sons, 
animações, filmes etc.
 Devido à facilidade que sua interface oferece, a Web vem 
crescendo de uma forma vertiginosa. Somente o site de 
buscas Google possui mais de 8 bilhões de páginas 
cadastradas (dados de 2005).
 Google: mais conhecido site de buscas da Internet.
Leitura hipertextual
 Transmissão eletrônica dos textos e as maneiras de ler que 
ela impõe indicam uma atual revolução;
 A “materialidade” das obras virtuais quebra o elo físico que 
existia entre objeto impresso e o escrito que ele veicula. 
Van Gogh
Leitura hipertextual
 O leitor passa a dominar a aparência e a disposição do texto 
que aparece na tela do computador.
 Os gestos mudam segundo os tempos e lugares, os objetos 
lidos e as razões de ler; novas atitudes são inventadas, outras 
se extinguem.
 Leitura: mais ágil e sem limites do hipertexto, em relação ao 
texto, se deve à infinidade de links disponíveis. Esses 
mecanismos se conectam a outros hipertextos de forma não 
linear e não sequencial.
Hipertexto: características
1. Não linearidade (geralmente considerada a 
característica central);
2. Volatilidade, devido à própria natureza (virtual) do suporte;
3. Espacialidade topográfica, por se tratar de um espaço de 
escritura/leitura sem limites definidos, não hierárquico, 
nem tópico;
4. Fragmentariedade, visto que não possui um centro 
regulador imanente;
Hipertexto: características
5. Multissemiose, por viabilizar a absorção de diferentes 
aportes sígnicos e sensoriais numa mesma superfície de 
leitura (palavras, ícones, efeitos sonoros, diagramas, tabelas 
tridimensionais);
6. Interatividade, devido à relação contínua do leitor com 
múltiplos autores praticamente em superposição em 
tempo real;
Hipertexto: características
7. Interatividade, em decorrência de sua natureza 
intrinsecamente polifônica; e 
8. Descentração, em virtude de um deslocamento indefinido de 
tópicos, embora não se trate, é claro, de um agregado 
aleatório de fragmentos textuais.
Leitura hipertextual
 Navegar na Internet pode ser comparado ao labirinto
fio que nos possibilite o retorno:
 Um dos recursos utilizados na WWW é o botão back, 
que permite o retorno às páginas anteriores, por ordem 
de visitação.
 Outro recurso é o botão exit, 
que possibilita a saída imediata.
 Mais importante que este, porém, é o botão back, que guia o 
leitor numa possível reconstrução, passo a passo, do 
caminho percorrido.
Leitura hipertextual
 Opção por um site de procura.
 Em pesquisa, digita 
endereço de outro site. Ex.: 
Interatividade 
A leitura hipertextual traz novas concepções de texto e leitor. 
Qual afirmação não condiz com essa nova realidade?
a) O ciberespaço configura-se como uma infinidade 
de leituras possíveis.
b) O hipertexto modifica as práticas de leitura.
c) O texto não é mais em papel, mas em bits.
d) A leitura é definida durante o processo, sem 
delimitações espaciais.
e) O leitor percorre vários links, em construção 
textual, de forma linear.
Resposta 
A leitura hipertextual traz novas concepções de texto e leitor. 
Qual afirmação não condiz com essa nova realidade?
a) O ciberespaço configura-se como uma infinidade 
de leituras possíveis.
b) O hipertexto modifica as práticas de leitura.
c) O texto não é mais em papel, mas em bits.
d) A leitura é definida durante o processo, sem 
delimitações espaciais.
e) O leitor percorre vários links, em construção 
textual, de forma linear.
ATÉ A PRÓXIMA!

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