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FICHAMENTO DAS TRIBOS DE IAHWEH AO REINO DE ISRAEL

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DAS TRIBOS DE IAHWEH AO REINO DE ISRAEL (pp.60-74.) 
	CARDOSO, Ciro Flamarion. Trabalho compulsório na antiguidade: ensaio introdutório e coleção de fontes primárias. Rio de Janeiro: Graal, 2003. 
	o povo de Israel surgiu de grupos nômades que habitavam a Mesopotâmia há cerca de cinco mil anos e que posteriormente rumaram para a região do Levante por volta do ano 2000 a.C.. Dentro de um período de quatrocentos anos, com a morte de José e a sucessão do faraó, o Egito com medo do grande crescimento do povo israelita, escravizou Israel. Após o fim do cativeiro no Egito, os israelitas vagaram pela região da Península do Sinai, reconquistando uma parte de seu território original no Levante, sob o comando do rei Saul por volta de 1029 a.C, porém não há evidências arqueológicas e historiográficas que o comprovem. Segundo os relatos tradicionais, foi durante o reinado de Saul que, pressionados pelas constantes guerras com os povos vizinhos, as 12 tribos de Israel se unificaram, formando um único reino. O primeiro rei hebreu foi Saul (1010 a.C.) que liderou guerras contra os filisteus, porém morreu sem conseguir vencê-los. Foi sucedido por Davi (1006 a 966 a.C.), que conseguiu derrotar os filisteus e estabeleceu domínio sobre a Palestina, fundando o Estado Hebreu, cuja a capital passou a ser Jerusalém. No entanto a fartura e a riqueza que marcaram o seu reinado exigiam o constante aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um clima de insatisfação no povo hebreu. A monarquia entre o povo israelita substituiu o sistema das doze tribos a fim de tornar a administração do reino parecido com os países vizinhos. Portanto, como a monarquia no Oriente antigo, não se definia só por seu caráter político entre Reino e Estado; e, econômico, em forma de contribuição tributária, como também por uma ideologia onde “o rei é o pai do seu povo, encarregado por Deus”, onde o monarca é revestido do aspecto divino, pois a sua autoridade vem de Deus, que ira garantir o suprimento das necessidades do povo, através de uma organização estatal, além, da técnica, da cultura e da sabedoria. Contudo, a monarquia israelita tinha buscando um estilo próprio, seguiu o padrão de outros países de origem semítica, para depois imitar o estilo do Egito faraônico, com Salomão. Assim, a escolha de um novo regime se orientou por dois fatores. Primeiramente, a resistência contra os filisteus, povo que chegou a Canaã praticamente na mesma época que os hebreus sairam do Egito. Viveram em conflito sem parar, cada vez mais intenso a partir da confederação das tribos de Israel no período dos juízes. Embora em menor numero, os Filisteus eram militarmente mais fortes, devido a sua disciplina, à posse de melhores armas forjadas de ferro e carros de combate, aos quais as tropas judaicas tinham pouca chance de vencer. Em 1050 a. C., os filisteus venceram uma batalha pegando para si a Arca da Aliança e dominando alguns lugares estratégicos da Palestina. Sem possibilidades de resistência, a as tribos de Israel necessitavam com urgência uma renovação para que não fossem totalmente dominadas e assim, houve a degradação do sistema tribal. Nos relatos da história dos filhos de Eli, revela-se uma corrupção que aos poucos havia entrado na Confederação, gerando crise interna. Assim, surgiram reivindicações para que se criasse um governo centralizador que pudesse enfrentar e superar os filisteus e a miséria do povo hebreu. Fundou-se então, um novo regime em mimetismo do sistema de governo monárquico aplicado nas nações vizinhas. Essa opção foi feita com alguns conflitos internos, mas que no fim, prevaleceu o sistema. Os hebreus são o primeiro povo a cultuar um único deus, sendo monoteístas. No judaísmo, religião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja imagem não pode ser representada em pinturas ou estátuas, sendo baseada nos Dez Mandamentos que foram revelados a Moisés no monte Sinai por Deus. Tem como traços característicos em sua religião o monoteísmo e o salvacionismo, isto é a crença na vinda de um Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu. O Judaísmo veio a constituir como base do que viria a ser o cristianismo, e com o qual o Islamismo formou tríade das religiões universais.
A religião judaica moderna vem daquela praticada pelos hebreus antigos, onde há um calendário próprio que já se aproxima dos seis mil anos, mas não se refere-se ás origens da civilização hebraica mas sim de uma reunião de homens que determinaram por cálculos com base nos textos bíblicos, a idade do universo. Essa civilização constitui uma ponte entre as civilizações do oriente proximo e a civilização ocidental. Atraves dela, o ocidente conhece mito, ciência, práticas sociais, e valores de povos de toda a região. Através da narrativa bíblica do Gênesis, se entende que o homem possuía uma esposa principal e podia dispor de concubinas, o modo patriarcal e que a herança não era transmitida identicamente para filhos de esposas legitimas e concubinas.
Esses três princípios de um projeto de direito da família faziam parte do Código de Hamurábi, que confirma a origem mesopotâmica dos hebreus e legitima a interpretação bíblica dos especialistas. O estudo do povo hebreu também é importante, principalmente, por causa do monoteísmo ético que surgiu e se desenvolveu entre eles, que foi a partida do judaísmo, do cristianismo e do islamismo.

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