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SUMÁRIO 
AULA 01.............................................................................................................................................................................................. 2 
AULA 02.............................................................................................................................................................................................. 3 
AULA 03.............................................................................................................................................................................................. 3 
AULA 04.............................................................................................................................................................................................. 4 
AULA 05.............................................................................................................................................................................................. 5 
AULA 06.............................................................................................................................................................................................. 5 
AULA 07.............................................................................................................................................................................................. 7 
AULA 08.............................................................................................................................................................................................. 8 
AULA 09.............................................................................................................................................................................................. 9 
AULA 10.............................................................................................................................................................................................. 9 
AULA 11............................................................................................................................................................................................ 12 
AULA 12............................................................................................................................................................................................ 15 
AULA 13............................................................................................................................................................................................ 17 
AULA 14............................................................................................................................................................................................ 18 
AULA 15............................................................................................................................................................................................ 20 
AULA 16............................................................................................................................................................................................ 21 
AULA 17............................................................................................................................................................................................ 21 
AULA 18............................................................................................................................................................................................ 23 
AULA 19............................................................................................................................................................................................ 24 
AULA 20............................................................................................................................................................................................ 26 
AULA 21............................................................................................................................................................................................ 27 
AULA 22............................................................................................................................................................................................ 28 
AULA 23............................................................................................................................................................................................ 29 
AULA 24............................................................................................................................................................................................ 31 
AULA 25............................................................................................................................................................................................ 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 01 
 
Interpretação de textos 
Vamos sair da intuição? 
 
FCC, ESAF, CESGRANRIO, IMPARH, CCV etc. 
 
 
 
 Texto 
 
 
 
 
 
 
Enunciado Itens 
 
 
 
 
 
Texto 
 
 
 
 
 
Enunciado + Item 
 
 
Dicas para a leitura do texto 
 
 
01- Considerar, sempre, que o contexto interfere na sua leitura e na sua interpretação. 
02- Não confunda fato com opinião. 
03- A opinião do autor é relevante, mas a opinião do leitor não importa. 
04- Faça marcações no texto: destaque passagens importantes, palavras que você não saiba o significado 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 02 
 
05- É nos extremos do texto que se localiza o assunto principal ou o resumo. 
06- No título, há o resumo da ideia principal. 
07- No meio do texto, encontra-se a argumentação, ou seja, a defesa da principal ideia. 
08-Lembre-se de que um texto trata de muitos assuntos, mas somente um será principal. 
 
 
Dicas para o enunciado 
 
01- Reconheça e destaque o “comando” da questão. 
02- Seja fiel ao “comando”. 
03- Releia o “comando” antes de acessar cada item. 
04- Inferir é deduzir a partir do texto e do contexto. 
05- Depreender é “coletar” do texto o que lá se encontra de maneira velada. 
 
 
 
AULA 03 
 
Dica para os itens 
 
01- Nos itens, há sempre um “podre”. 
02- Muita atenção com o vocabulário. 
03- Cuidado com palavras de sentido genérico: todas, nada, sempre, nenhum, nunca etc. 
04- Cuidado com itens que dizem verdades sobre o mundo, mas não sobre o texto. 
 
O QUE É INFERIR? 
 
Inferir é deduzir a partir do texto, do contexto e da realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de inferência 
 
A- “Depois do que aconteceu, ele mandou pôr cercas elétricas no muro da sua casa”. 
 
- Infere-se que.... 
 
B- “Seu olho estava roxo e bastante inchado, mas, mesmo assim, foi ao trabalho”. 
 
- Infere-se que.... 
 
 
 
AULA 04 
 
Acentuação gráfica 
 
Princípio básico: tonicidade. 
 
Proparoxítona Paroxítona Oxítona 
 
Acento tônico: sapato, camisa, ferrolho. 
 
Acento gráfico: Lâmpada, chá, fácil. 
 
REGRAS 
 
01 – Todas as palavras proparoxítonas (que têm o acento tônico na antepenúltima sílaba) são acentuadas: 
 
Árvore 
Lâmpada 
Esplêndido 
Assimétrico 
 
02 – Acentuam-se as palavras paroxítonas (que têm o acento tônico na penúltima sílaba) terminadas em: 
 
Formas de memorização: 
 
Sérios Amáveis Órfãos Estudam Prótons 
Álbuns e criam um RouXiNoL 
 
a) ditongo crescente: sério, ânsia, Mário, mágoa, espontâneo;b) ão, ãos, ã, ãs: órfão, órfãos, órfã, órfãs; 
c) i, is: júri, júris, lápis, jóquei, jóqueis, amáveis, quisésseis ; 
d) on, ons: próton, prótons, nêuton, neutrons; 
e) um, uns, us: álbum, álbuns, bônus, vênus; 
f) l n r x: amável, hífen, revolvér, félix, tórax. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 05 
 
03 – As palavras oxítonas acentuadas são as que terminam em: 
 
a) a, e, o, seguidos ou não de “s” : 
vatapá, café, cipó, avô, você, vocês etc... 
 
b) ém, éns, excluindo-se os monossílabos: armazém, armazéns, alguém, também, parabéns. 
 
04 – Os monossílabos tônicos acentuados são os que terminam em: 
 
a) a, e, o: seguidos ou não de “s”: cá, fé, pó, mês, três etc... 
 
 
05 – Acento nas vogais i e u: para serem acentuadas, as vogais I e U, precisam preencher as seguintes 
condições: 
 
a) ser tônica 
b) ser precedidas de vogal 
c) formar sílabas sozinha ou com S 
 
Exemplo:. aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, saúde, gaúcho, balaústre. 
 
Basta falhar uma dessas condições para não mais haver acento: vai, cai, juiz, caindo, Luiz. 
 
Exceção: rainha, moinho. 
 
 
 
 
 
AULA 06 
 
 
Predicação Verbal 
 
É a capacidade que o verbo tem de oferecer elementos sintáticos que serão agregados ao próprio verbo a 
fim de que formem o predicado da oração. 
 
Só lembrando: 
 
Quando o predicado está formado, ele pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal. 
 
Regência verbal 
 
É a relação que se dá entre um verbo e os elementos que dele advêm. Na regência, os significados do ver-
bo são importantíssimos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: 
A moça precisou o valor do carro. 
A moça precisou do valor do carro. 
 
As regências, portanto, desenvolvem relações sintático-semânticas. 
 
 
O PREDICADO: UM TERRITÓRIO DE CONFLITOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicativo básico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A, de, em, para, 
com, por. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 07 
 
 
Três tipos de transitividade 
 
GRUPO A (regências cotidianas) 
Ex.: 
Comprar 
Queimar 
Gostar / Concordar 
Falar 
Existir 
 
GRUPO B (regências clássicas) 
Ex.: 
Assistir 
Aspirar 
Esquecer-se / Lembrar-se 
Visar 
Implicar 
Chegar 
Preferir 
GRUPO C (regências incomuns) 
Ex.: 
Proceder (sentido de fazer) 
Sobrelevar 
Obstar 
Anuir 
Ansiar 
Chamar (sentido de denominar) 
 
Dicas de nomenclatura 
 
Complemento direto = objeto direto. 
Complemento indireto = objeto indireto. 
Termo regente = verbo ou nome. 
Termo regido = O.D., O.I. ou C.N. 
Sintagma = termo sintático. 
Verbo de dupla regência = pode ser VTD ou VTI (sem que os sentidos mudem). 
Complemento circunstancial = adjunto adverbial. 
 
Complemento Direto 
 
Complemento (raramente introduzido por preposição*) que cumpre o papel de tornar a frase mais deta-
lhada. Sua ausência faz com que o verbo se torne intransitivo. 
 
*Aqui, referimo-nos ao objeto direto preposicionado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Objeto Direto (O.D.) pode ser representado por: 
a) Um substantivo. 
b) Um numeral. 
c) Uma oração. 
d) Um pronome. 
 
 Exemplos 
 
-Os pesquisadores avaliaram a dieta de 300 pessoas. 
- Trabalhadores asfaltaram dois terços da cidade. 
- Reitor da UnB investiga se houve ou não negligência no campus. 
- O governo destacou isto: sua incompetência. 
 
 
 
 
AULA 08 
 
O falso Objeto Direto 
 
- Escreveu-se uma nova lei. 
- Pode-se observar uma mudança na sociedade. 
- Não se costumam dividir os lucros da empresa. 
Obs. 1: o que se imagina ser o objeto direto é, na verdade, o sujeito paciente. 
Obs. 2: o “se” é um pronome apassivador. 
 
 
Complemento Indireto 
 
Objeto indireto: complemento (introduzido sempre por uma preposição) que cumpre o papel de tornar 
a frase mais detalhada. Sua ausência também faz com que o verbo se torne intransitivo. 
Os Objetos Indiretos (O.I.)podem ser representados por: 
Um substantivo. 
Um numeral. 
Uma oração. 
Um pronome. 
 
Exemplos 
 
-Segundo jornal, a ministra, na semana passada, discordou dos projetos apresentados. 
- Mercado recorre aos 25% dos jovens brasileiros. 
- O governador lembrou-se de que todos questionavam a greve. 
- Ganhou livros e sapatos. Contudo, a garota só gostou destes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 09 
 
Verbos Intransitivos 
São aqueles cuja significação é cheia, completa, satisfatória. Também são chamados de “verbos que não 
pedem complemento” ou de “verbos de sentido completo”. 
 
Exemplos: 
 
- Essa cidade não existe. 
- O mundo parou. 
- Choveu ontem. 
- Saiu o edital. 
- Terminou a aula. 
 
 
Verbos de ligação 
 
São aqueles que têm pouca ou nenhuma significação. Seu objetivo é atribuir ao sujeito um estado ou uma 
qualidade. 
 
- Ser, estar permanecer, ficar, andar, parecer, tornar-se, andar, viver. 
 
Exemplos: 
- Nossos políticos são incompetentes. 
- Parece confusa esta redação. 
- Tornou-se um caos a nossa cidade. 
 
Cuidado!!! 
 
- Meu filho já anda. 
- Meu filho anda preocupado. 
 
 
 
 
 
AULA 10 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
O conceito de Regência Verbal. 
 
Ocorre quando o termo regente (um verbo) se liga ao seu termo regido (o complemento verbal) por meio 
de uma preposição ou não. Aqui, é fundamental o conhecimento das transitividades verbais. Os verbos 
podem assumir as seguintes transitividades: 
 
a) Verbo transitivo direto (vtd) 
b) Verbo transitivo indireto (vti) 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Verbo transitivo direto e indireto / bitransitivo (vtdi) 
d) Verbo intransitivo (vi) 
 
 
REGÊNCIAS CLÁSSICAS 
 
As regências clássicas são aquelas que devem ser memorizadas por você. Por quê? Simplesmente porque 
elas caem em provas, só por isso. Fechado? 
 
1 – AGRADAR/DESAGRADAR (Duas possibilidades) 
 
Sentido 1: Causar agrado, ser agradável (VTI). 
Preposição exigida: a 
Exemplo: Estes projetos já não agradam aos alunos. 
 
Sentido 2: Acariciar; mimar (VTD). 
Preposição exigida:  
Exemplo: Ele agradava o pelo do animal. 
 
2 – ASPIRAR (Duas possibilidades) 
 
Sentido 1: Desejar, pretender, ter como objetivo (VTI). 
Preposição exigida: a 
Exemplo: O homem aspirava a este posto de trabalho. 
 
Sentido 2: Sorver, respirar (VTD). 
Preposição exigida:  
Exemplo: Aspire seu carro uma vez por semana. 
 
 
3 – ASSISTIR (Quatro possibilidades) 
 
Sentido 1: Ajudar, auxiliar (VTD) ou (VTI). 
Preposição:  ou “a”. 
Exemplo: Os pais assistem os filhos desde cedo. 
Exemplo: Os pais assistem aos filhos desde cedo. 
 
 
 
Sentido 2: Presenciar, ver (VTI). 
Preposição exigida: a 
Exemplo: Eu assisti a uma cena degradante. 
Exemplo: Vamos assistir ao jogo do Brasil. 
 
Sentido 3: Morar, ter residência ou fixar-se (VI). 
Exemplo: Ele assiste em Fortaleza. 
Exemplo: A loja de tintas assiste na avenida João Pessoa. 
Os dois exemplos acima estão corretos e dizem, semanticamente, a mesma coisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ou seja, para concursos (que seguem a tradição), “em Fortaleza” e “na avenida João Pessoa” NÃO são 
objeto indireto, mas sim ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR (também chamado de LOCATIVO ou mesmo 
COMPLEMENTO CIRCUNSTANCIAL). 
 
Sentido 4: Ter direito; Caber (VTI). 
Preposição: a 
Exemplo: Este é um direito que assiste a todo trabalhador. 
 
4 - CHEGAR 
 
Sentido: Atingir o término do movimento de ida ou vinda (VI). 
Preposição exigida: Ø 
 
Um porém: este verbo costuma ser acompanhado de uma expressão introduzida por “A”. Tal expressão 
NÃO é o objeto indireto, mas sim o ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR, também conhecido como locativo 
ou complemento circunstancial. 
 
Exemplo: 
- Ele chegou ao colégio cedo. 
- Minha filha nunca chegava cedo ao trabalho. 
 
Obs.: É errada a construção que usa a preposição EM para indicar o adjunto adverbial de lugar. Assim, em 
“Ele chegou em casa” é, para a gramática tradicional, um erro. A forma corretaé “Ele chegou a casa”. Deta-
lhe: não se usa crase em “a casa”, pois não está especificada. Caso estivesse, aí teria: “Ele chegou à casa 
das primas”. Fechado? Muito bem! 
 
5 – IR 
Sentido: Deslocar-se de um lugar para outro (VI). 
 
Obs.: Esse verbo costumeiramente vem acompanhado de um complemento circunstancial, o qual poderá 
ser introduzido ou por “a” ou por “para”. 
 
- Para: Quando há intenção de permanecer, de fixar residência. 
 
Ex.: Ele ia para Belém no fim deste ano. 
 
- A: Quando há intenção de não se demorar, de não fixar residência. 
 
Ex.: Ele irá a Sobral no próximo mês. 
 
6 – MORAR 
 
Sentido: Ter habitação ou residência, habitar (VI). 
Preposição: Ø 
 
Exemplos: 
- Moro em Porto Alegre desde os sete anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Nunca morei só. 
 
Obs.: “em Porto Alegre” é adjunto adverbial de lugar e, “desde os sete anos”, é de tempo. 
 
7 – NAMORAR 
 
Sentido: Cortejar, desejar(VTD). 
Preposição:  
 
Exemplos: 
- Janaina namora seu primo desde a época do colégio. 
- Depois da estressante festa do casamento, os noivos não namoraram. 
 
 
 
 
 
AULA 11 
 
 8 – OBEDECER/DESOBEDECER 
 
Sentido: Submeter-se à vontade de alguém (VTI). 
Preposição: a 
Exemplo: O atleta obedeceu às orientações do técnico. 
Exemplo: O cão obedecia ao dono. 
 
 
9 – PAGAR (Também com AVISAR, DIZER, REVELAR, INFORMAR etc.). 
Sentido: Satisfazer dívida, encargo etc. 
De acordo com a tradição gramatical é: Transitivo Direto e Indireto. 
 
Exemplos: 
 
- Paguei a consulta (vtd). 
- Paguei ao médico (vti). 
- Paguei a consulta ao médico (vtdi). 
 
 
10 – PISAR 
 
Sentido: Pôr os pés sobre, humilhar, moer (VTD). 
 
Exemplos: 
 
Não pise o tapete da sala. 
Ele sempre pisava os seus adversários. 
O chef pisava as especiarias para compor o tempero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 – PREFERIR 
Sentido: Dar primazia a (VTDI). 
Preposição: a 
 
Exemplo: O governador preferiu investir em novas escolas a recuperar a penitenciária da cidade. 
Exemplo: Eu prefiro caju a goiaba. 
Exemplo: Ele prefere Raul Seixas a Lobão. 
 
 
12 – QUERER 
Sentido 1: Ter afeto, amar, estimar (VTI). 
Preposição: a 
Exemplo: 
- Os pais querem bem aos filhos. 
 
Sentido 2: Ter posse (VTD). 
Preposição:  
Exemplo: Ele só queria diversão. 
 
 
13 – VISAR 
 
Sentido 1: Almejar, ter em vista, objetivar (VTI). 
Preposição: a. 
Exemplo: Aqueles jovens profissionais visam a fins nobres. 
 
Sentido 2: Ver, dar visto (VTD). 
Preposição:  
Exemplo: A professora visou a tarefa da aluna. 
 
14- IMPLICAR 
 
Sentido 1: Provocar, acarretar: VTD. 
Exemplo: Essa decisão deve implicar mudanças significativas. 
 
Obs.: alguns gramáticos consideram o verbo “implicar”, no sentido de “provocar”, VTI, regendo a preposi-
ção EM. Tal ideia não é consensual. 
 
Ex.: O depoimento implicou na descoberta dos fatos. 
 
Sentido 2: Envolver (alguém ou a si mesmo) em complicação: VTDI, regendo preposição “em”. 
Exemplo: O depoimento que prestou implicava Fulano na fraude. 
 
Sentido 3: Ser incompatível; não estar de acordo: VTI, regendo preposição “com”. 
Exemplo: Tal atitude implica com as normas prescritas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS REGÊNCIAS 
 
ABDICAR 
 
Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. 
 Exemplo: 
- O príncipe abdicou. (VI) 
- Não abdicarei das minhas ideias. (VTI) 
 
 AGRADECER 
 
Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto. 
 
Exemplo: 
- Agradeci as flores. (VTD) 
- Agradeci aos diretores. (VTI) 
- Agradeci o presente ao amigo. (VTDI) 
 
 
 CHAMAR 
 
Será transitivo direto no sentido de convidar, convocar. 
 
Exemplo: 
- Nós chamamos todos os presentes. 
 
No sentido denominar há 4 construções possíveis: 
- Eles chamaram o político de ladrão. ( transitivo direto); 
- Eles chamaram o político ladrão. (transitivo direto); 
- Eles chamaram ao político de ladrão. (transitivo indireto); 
- Eles chamaram ao político ladrão. (transitivo indireto). 
 
 Obs.: todas as formas acima estão corretas e dizem a mesma coisa. 
 
CUSTAR 
 
- No sentido de ser custoso, ser difícil será transitivo indireto. 
 
Exemplo: 
Aquela difícil meta custou ao governo. 
 
- No sentido de acarretar será transitivo direto e indireto. 
 
 Exemplo: 
A insensatez custou a ele os bens. 
 
 
PRECISAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No sentido de marcar com precisão é transitivo direto. 
 
Exemplo: 
- Ele precisou a hora e o local da consulta. 
No sentido de necessitar é transitivo indireto. 
 
Exemplo: 
- Nós precisamos de bons políticos. 
 
ESQUECER/ LEMBRAR 
 
Serão transitivos diretos se não forem pronominais. 
 
Exemplo: 
-Esqueci o nome da rua. 
-Lembrei um caso antigo. 
 
Serão transitivos indiretos se forem pronominais. 
 
Exemplo: 
-Esqueci- me do nome da rua. 
-Lembrei-me de um caso antigo. 
 
 
 
 
 
AULA 12 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
 Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbio – exigem complemento 
para que os sentidos da frase fiquem estabilizados. Essa relação entre o nome e seus complementos é 
estabelecida pela presença de preposição e gera uma função sintática chamada Complemento Nominal. 
 
Exemplos: 
 
1- Reconheceu o respeito ---------- a + o trabalhador. 
2- O aluno saiu confiante ---------- em + a aprovação. 
3- Votou favoravelmente ------------a + a paz. 
 
Observação: Existem nomes que admitem mais de uma preposição; comportamento absolutamente nor-
mal. 
 
Exemplo: 
Tenha amor a seus filhos. 
Renato não morria de amor por Paula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOMES QUE ADVÊM DE VERBOS 
 
1- Ele avançou 200 metros. 
 
1.1- O avanço de 200 metros ocorreu em seguida. 
 
 
2- O convidado gostou do que foi oferecido pelo chef árabe. 
 
2.1- O gosto pela gastronomia árabe é comum no Brasil. 
 
 
3- O motorista atrasou o ônibus. 
3.1- O atraso do ônibus foi causado pelo motorista. 
 
 
4- Ele não confia em você. 
 
4.1- A confiança em Deus é fundamental. 
 
Obs.: Perceba que, em quase todos os casos, quando o verbo transformou-se em nome, a regência foi 
alterada. Portanto, atenção a esses movimentos. 
► A seguir veremos a relação de alguns nomes e as suas preposições mais usuais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 13 
 
O ESTUDO DAS ORAÇÕES 
 
CONCEITOS-CHAVE: 
 
FRASE: 
 
Todo enunciado linguístico dotado de sentido pode ser chamado de frase. 
 
- Até a próxima, meu bom amigo! 
- Tchau! 
- Não consigo esquecer aquele dia! 
 
ORAÇÃO: 
 
Todo enunciado linguístico dotado de sentido e com presença de verbo ou locução verbal. 
 
- As verdades esquecidas mostraram que somos um país sem memória histórica. 
 
PERÍODO: 
 
É a frase constituída de uma ou mais orações. 
 
► O período pode ser simples ou composto. 
 
 
1. Período Simples 
 
É aquele formado apenas por uma oração. 
 
Detalhe: A oração que constitui o período simples é chamada de absoluta. 
 
"Abria-se uma nova era." 
 
"Na rua Direita, diante das lojas mais elegantes da capital cearense, transita um carro aberto, com cores 
chamativas." 
 
 2. Período Composto 
 
É aquele formado por mais de uma oração. 
 
"Abria-se uma nova era, pois o primeiro carro de motor à explosão circulava no Brasil." 
 
♦ Primeira oração: "Abria-se uma nova era" 
♦ Segunda oração: "pois o primeiro carro de motor à explosão circulava no Brasil." 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORAÇÕES COORDENADAS 
As orações coordenadas podem ser: 
 
1. Assindéticas 
 
► Quando estão simplesmente colocadas uma ao lado da outra, sem qualquer conjunção entre elas (a = 
"não"; síndeto = palavra de origem grega quesignifica "conjunção" ou "conectivo"). 
 
"Subo por uma velha escada de madeira mal iluminada, chego a uma espécie de salão." 
"Grita, sacode a cabeleira negra, agita os braços, para, olha, ri." 
 
2. Sindéticas 
 
► Quando vêm introduzidas por conjunção. 
 
"A luz aumentou E espalhou-se na campina”. 
"Seu projeto era ambicioso, MAS não recebeu o apoio necessário". 
 
 
 
 
 
 
AULA 14 
 
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
 
As orações coordenadas sindéticas são ligadas pelas conjunções que as introduzem. Podem ser: 
 
1. Aditivas 
 
► Expressam uma adição, uma sequência de informações: 
 
Ele fez um belo ravióli E O SERVIU À COMPANHEIRA. 
 
"Não olha para trás, não sente saudades, não deixa NEM CARREGA CONSIGO AMOR NENHUM." 
 
Detalhe: Principais conjunções aditivas: e, nem, (não só)... mas também, mas ainda, senão também, como 
também, bem como. 
 
2. Adversativas 
 
Expressam a ideia de oposição, contraste ou restrição: 
 
- A vida é frágil e complexa, MAS É A ÚNICA DE QUE DISPOMOS. 
- Foi ao cinema, PORÉM NÃO ASSISTIU AO FILME DESEJADO. 
- Foi ao cinema; NÃO ASSISTIU, PORÉM, AO FILME DESEJADO. 
- O professor não proíbe perguntas, NÃO OBSTANTE não tolera qualquer indagação boba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhe: Principais conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, em 
contrapartida, senão, não obstante. 
 
3. Alternativas 
 
Expressam alternância de ideias: 
 
- "Cale-se OU EXPULSO A SENHORA DA SALA." 
 
- "ORA DORMIAM, ORA JOGAVAM CARTAS." 
- "OU toma este comprimido OU FICA COM DOR DE CABEÇA." 
 
Detalhe: Principais conjunções alternativas: ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja...seja.... 
 
4. Conclusivas 
 
Expressam ideia de conclusão, consequência: 
 
 "O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; MERECE, POIS, TODA A CONFIANÇA DA EM-
PRESA." 
 
"Os cães passaram três dias sem comer, LOGO ESTAVAM FAMINTOS." 
 
☼ Detalhe: Principais conjunções conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo) e 
por isso. 
 
5. Explicativas 
 
Indicam uma justificativa ou uma explicação ao fato expresso na primeira oração: 
 
"Acendi o fogo, POIS ACORDARA FAMINTO e cozinhei o caldo." 
“Vista-se logo, que seu pai já está chegando”. 
 
 Detalhe: Principais conjunções explicativas: porque, que, pois (anteposto ao verbo) etc. 
 
PARTICULARIDADES 
 
► Com relação às orações coordenadas ainda se deve levar em conta que: 
 
1) As orações coordenadas sindéticas aditivas podem estar correlacionadas através das expressões: (não 
só)... mas também, (não somente)... mas ainda, (não só)... como também. Exemplo: 
 
"Não só se dedica aos esportes, COMO TAMBÉM À MÚSICA." 
 
Não só fez o gol do título, mas também se sagrou artilheiro do campeonato. 
 
3) A conjunção E pode assumir valor adversativo ou conclusivo, também: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Vi um vulto estranho, e não senti medo." 
 
 
 
AULA 15 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 
A origem dessas orações 
 
Essas orações recebem esse nome porque exercem função própria dos substantivos: objeto direto, objeto 
indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal e aposto. São introduzidas por conectores específicos: 
que, se, quem, quanto e como. 
 
 Exemplo: 
 
1- A jornalista expôs o escândalo. 
 
Desenvolvendo: 
2- A jornalista expôs.............................................. 
 
3- ............................................ expôs o escândalo. 
 
Ou seja: 
 
- A jornalista expôs que o ministro traficava pessoas. 
- Quem investigou o caso expôs o escândalo. 
 
 
 
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta 
 
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta funciona como objeto direto da Oração Principal. 
 
- As alunas decidiram que a aula será adiada. 
- O médico não sabe se tudo isso é mesmo verdade. 
- O jornalista percebeu como tudo aconteceu. 
 
 
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta 
 
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta funciona como objeto indireto da Oração Principal. 
 
- Os gerentes duvidaram de que tudo estivesse sob controle. 
- Os condutores não obedecem a quem organiza as leis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 16 
 
 Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
 
A Oração Subordinada Substantiva Subjetiva funciona como sujeito da Oração Principal. 
 
- É previsível que a crise também chegue a outros países. 
- Trouxe os livros quem recebeu o aviso. 
 
 Oração Subordinada Substantiva Predicativa 
 
A Oração Subordinada Substantiva Predicativa funciona como predicativo da Oração Principal. 
 
- O certo é que todos deixarão o país depois da crise. 
- O importante é como a cidade receberá todas as mudanças. 
 
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal 
 
 A Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal funciona como complemento nominal da Oração 
Principal. 
 
- O ministro tem a convicção de que os fatos serão esclarecidos. 
- Os números não são favoráveis a quem fez a declaração. 
 
Oração Subordinada Substantiva Apositiva 
 
A Oração Subordinada Substantiva Apositiva funciona como aposto da Oração Principal. 
 
- Só queremos uma coisa: que você procure um outro lugar. 
- O propósito era este ─ que todos os brasileiros fossem comunicados antes. 
 
 
 
 
AULA 17 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
A origem dessas orações: 
 
1- O homem espacial. 
 
2- O homem do espaço. 
 
3- O homem que vem do espaço. 
 
4- O homem que vem do espaço é um cientista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dossiê sobre o CUJ- 
 
1- Está ligado ao termo de trás, mas concorda com o termo da frente. 
 
2- O termo da frente será, sempre, um substantivo. 
 
3- Não permite artigos depois dele. 
 
4- Como estabelece relação de posse, será, sintaticamente, adjunto adnominal. 
 - O homem cujo filho é trabalhador vive satisfeito. 
 
- A cidade de cujas ruas não me orgulho tem belas praias. 
 
1. Oração adjetiva: é aquela que caracteriza o substantivo a que se refere. Logo, seu papel é de adjetivo. 
É sempre introduzida por um pronome relativo. 
 
2. Pontuação: interfere tanto na interpretação da frase, como na classificação da oração. Se houver vírgu-
las, a oração será explicativa; se não, restritiva. 
 
1. Meus livros, que estão rasgados, foram levados ao livreiro. (Note que a leitura é pausada) 
Leitura e interpretação permitidas: 
 
1.1. Meus livros foram levados ao livreiro porque estão rasgados. 
 
1.2. Não é possível deduzir que existam outros livros, além dos rasgados. 
Logo, a oração classificada é adjetiva explicativa. 
 
2. Meus livros que estão rasgados foram levados ao livreiro. (Note que a leitura é rápida) 
Leitura e interpretação permitidas: 
 
2.1. Somente os meus livros que estão rasgados foram levados ao livreiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. É possível deduzir que existem outros livros, e que não devem estar rasgados. 
Logo, a oração classificada é adjetiva restritiva. 
 
OUTROS EXEMPLOS 
 
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 
 
Restringem a significação do nome que se refere. 
 
Ex¹ : A cidade /onde cresci/ era arborizada. 
 
EX²: Os jogadores /que foram convocados / representaram bem a seleção de seu país. 
 
Ex³ : O homem/ que trabalha/ dá orgulho à família. 
 
 
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa 
 
Não restringem a significação do nome; pelo contrário, acrescentam uma característica que é própria do 
elemento a que se refere. 
 
Ex¹ : Letícia gosta do professor de matemática/, que tem olhos azuis,/desde o primário. 
 
EX² : O funcionário da escola/, que se aposentou mês passado,/ está muito feliz. 
 
Ex³: Joana/, cujo bom gosto esteve sempre ao seu lado/, recebeu mais umahomenagem. 
 
 
 
 
AULA 18 
 
Orações subordinativos adverbiais 
 
 
Origem 
 
1- O resultado saiu à noite. 
2- O resultado saiu quando já caía a noite. 
 
 
TIPOS: 
 
1- Causais 
2- Comparativas 
3- Concessivas 
4- Condicionais 
5- Conformativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
6- Consecutivas 
7- Temporais 
8- Finais 
9- Proporcionais. 
 
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. 
 
Conjunções ou locuções: porque, porquanto, visto que, já que, pois (que), uma vez que, sendo que, como, 
dado que, na medida em que, que. 
Também pode ser iniciada pela preposição “por,” estando o verbo no infinitivo. 
 
- Já que a polícia não conseguiu prender ninguém, a imprensa vem questionando a eficiência dos investi-
gadores. 
- Por ter perdido tempo, não resolveu o problema no banco. 
 
B) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência. 
Na oração principal normalmente surge um advérbio de intensidade tal, tanto, tamanho(a): 
(tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. 
 
O esforço do presidente foi tal, que as obras terminaram antes do prazo previsto. 
 
Tamanha era impaciência do aluno que não conseguia ficar concentrado nem por um minuto. 
 
 
 
AULA 19 
 
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão. 
 
Uma concessão é uma ação incapaz de impedir que outra ação (anterior ou posterior) venha a ocorrer. 
 
Conjunções e locuções: embora, conquanto, apesar de (que), se bem que, mesmo que, posto que, ainda 
que, em que pese, malgrado, a despeito de, não obstante, inobstante. 
 
Conquanto a comunidade venha reclamando do acúmulo de lixo, não é novidade vê-la despejando-o em 
qualquer lugar público. 
 
O homem é um ser dotado de inteligência e capacidade, não obstante nem todos as aproveitem para o 
bem de si e dos outros. 
 
Ele foi sempre um bom pai, em que pese sua ausência durante os primeiros anos de vida da criança. 
 
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição. 
 
Conjunções e locuções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que. 
 
Também pode ser iniciada pela preposição “a”, estando o verbo no infinitivo. 
 
O governo fará as obras prometidas, contanto que todos os ministros se empenhem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A continuar essa chuva, toda a colheita será perdida. 
 
E) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. 
 
Geralmente, o verbo fica subentendido. 
 
É iniciada por uma conjunção subordinativa comparativa. 
São elas: (mais) ... que, (menos)... que, (tanto)... como.... 
 
A economia do Brasil é mais equilibrada (do) que a da Argentina. 
 
Detalhe sobre as orações comparativas: 
 
As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais mau”, “mais grande” e “mais pequeno”, apenas 
devem ser utilizadas quando se comparam duas características de um mesmo ser. 
 
Exemplos: 
 
Pedro é mais bom (do) que esforçado. 
O garoto é mais mau (do) que esperto. 
Aquele cão é mais pequeno (do) que bravo. 
 
F) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. 
 
Conjunções: como, conforme, segundo, consoante. 
 
Segundo revelou o IBGE, brasileiros estudam mais hoje do que na década passada. 
 
Consoante divulgou o governo, o Brasil não deve sofrer com a crise da Europa. 
 
G) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. 
Conjunções: a fim de que, para que. 
Também pode ser iniciada pela preposição “para”, estando o verbo no infinitivo. 
 
O brasileiro procura economizar no fim do ano para que consiga comprar mais em janeiro. 
 
Para sair mais cedo, o funcionário adiantou os compromissos. 
 
 
H) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção. 
 
Conjunções e locuções: à proporção que, à medida que, tanto mais, ao passo que. 
 
- À medida que o país se desenvolve, o nível se satisfação da população aumenta. 
- Ao passo que todos pensam do mesmo jeito, a sociedade deixa de evoluir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. 
 
Conjunções e locuções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal. 
 
Também pode ser iniciada por “ao”, estando o verbo no infinitivo. 
 
-O homem sofre na vida quando se vê sem norte. 
-Ele fica triste enquanto vê cenas de violência. 
 
 
LOCUÇÕES OU CONJUNÇÕES MISTAS: 
 
a) Porque: causal / explicativa. 
b) Pois (que): causal / explicativa. 
c) Desde que: condicional / temporal. 
d) Não obstante: adversativa / concessiva. 
e) Ao passo que: proporcional / concessiva. 
f) Como: causal / conformativa. 
 
 
LOCUÇÕES OU CONJUNÇÕES PARECIDAS: 
 
a) Porquanto = Porque = Ideia de CAUSA/EXPLICATIVA. 
b) Conquanto = Embora = ideia de CONCESSÃO. 
c) Contanto que = Caso = ideia de CONDIÇÃO. 
d) Portanto = Logo = ideia de CONCLUSÃO. 
e) Entretanto = Mas = ideia de ADVERSIDADE. 
 No entanto = Contudo = ideia de ADVERSIDADE. 
 
 
 
AULA 20 
 
Pontuação (uso da vírgula). 
 
Regra básica 
S + V + C + Adj. Adv. 
 ( ) ( ) ( ) 
 
Os comentários provocaram controvérsia ontem. 
Uns saem, trabalham e vencem; outros, ficam, sofrem e perecem. 
 
Usa-se a vírgula para isolar o vocativo: 
 
O que acontece, Ricardo, é que você não escuta ninguém. 
 
Usa-se a vírgula para isolar o aposto: 
 
- Juan Miró, um dos gênios da pintura espanhola, apresenta figuras não muito claras em suas telas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Usa-se a vírgula para isolar o adjunto adverbial: 
 
Ontem à tarde, todos assistiram ao jogo do Brasil. 
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente. 
Os livros chegaram, ontem. 
 
 
 
 
AULA 21 
 
Usa-se a vírgula para isolar orações coordenadas: 
_____________ , e _______________ 
_____________ , mas_____________ 
_____________ , porém ___________ 
Ou __________ , ou _______________ 
_____________ , pois______________ 
_____________ , porque___________ 
_____________ , que______________ 
_____________ , portanto _________ 
 
Usa-se a vírgula para isolar orações adjetivas explicativas: 
 
- O homem que é racional não bate em mulher. 
- Meu irmão que mora em São Paulo chegou hoje. 
 
Usa-se a vírgula para isolar orações intercaladas: 
 
- A maior invenção do mundo, exemplifica o escritor em entrevista ao jornal, é o papel higiênico. 
- Não lhe posso, respondi secamente, garantir nada. 
 
Usa-se o ponto e vírgula para separar orações coordenadas cujo sentido anterior deve ser enfatiza-
do: 
 
-Ele chegou adiantado; portanto presenciou a cena desde o começo. 
- A maioria dos alunos passou de ano; porém não houve a tradicional festa de formatura. 
 
Usa-se o ponto e vírgula, num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais for-
te: 
 
-Vamos formar três equipes: João, Paulo e Carlos pertencem ao grupo azul; Maria, Jorge e Rute, ao verme-
lho; e Otávio, Andréa e Lucas, ao branco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 22 
 
Usam-se os dois pontos para estabelecer uma enumeração: 
 
-Ele comprou dois presentes: um livro e um computador. 
 
Obs.: Veja que, se os dois-pontos fossem substituídos por vírgula, os sentidos originais seriam alterados, 
mas a correção gramatical seria preservada. 
 
Usam-se os dois pontos para indicar uma citação: 
- Visto que ela nada declarasse, o marido indagou: 
― Afinal, o que houve? 
 - Irritada, a ministra declarou: “Não há crise em nosso país”. 
 
Usam-se os dois pontos para fazer um esclarecimento: 
 
- Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. 
 
Usam as aspas antes e depois de citações textuais: 
 
- Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os 
alunos necessitam para a comunicação quotidiana". 
 
Usam-se as aspas para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões popularesou 
vulgares: 
 
- O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez 
mais descarado. 
 
- Depois daquele encontro, ele saiu “queimado” da reunião. 
 
- Com a chegada da polícia, os três suspeitos "puxaram o carro" rapidamente. 
 
Usam-se as aspas para realçar uma palavra ou expressão: 
 
Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro. 
O “se” é uma palavra cheia de classificações. 
 
Usa-se o travessão para indicar a mudança de interlocutor no diálogo: 
 
 ― Que gente é aquela, seu Alberto? 
 ― São japoneses. 
 ― Japoneses? E... é gente como nós? 
 ― É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos. 
 ― Mas, então não são índios?(Ferreira de Castro) 
 
Usam-se os travessões para colocar em relevo certas palavras ou expressões: 
 
- Um novo livro ─ muito bem comentado pela crítica ─ foi lançado na livraria do centro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Um grupo de turistas estrangeiros ― todos muito ruidosos ― invadiu o saguão do hotel no qual estáva-
mos hospedados. 
 
Usam-se os parênteses para destacar num texto qualquer explicação ou comentário: 
 
- Além dos bombeiros e da Defesa Civil, trabalham no resgate equipes do Instituto Geológico (IG) e Instituto 
de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do governo de São Paulo, e a Polícia Civil do Guarujá (litoral de SP). 
 
 
 
 
 
AULA 23 
 
SITUAÇÃO COMUNICATIVA 
 
Diz respeito ao contexto de produção do texto. Muitas vezes, sem o apoio dessas informações prévias, o 
leitor fica absolutamente sem entender o conteúdo da mensagem. 
 
 
Ex.: 
Em 1990, um jornal deu a seguinte notícia: 
 
CAMARÕES ENVENENADOS ESTRAGAM FESTA NA EMBAIXADA ARGENTINA. 
 
Contexto: Argentina 0 x 1 Camarões, Copa de 1990. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pressuposição 
Ocorre quando o redator (locutor) parte do princípio de que os leitores (interlocutores) já conheçam o as-
sunto sobre o qual ele está falando. Quando não se dá esse processo, podem ocorrer muitos problemas no 
entendimento da mensagem. 
Veja o exemplo a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFERÊNCIA 
Processo intelectual que faz o leitor chegar a conclusões sem que elas estejam explícitas no texto. É quan-
do o leitor exerga além do que as palavras afirmam. 
 
- Quando João chegou, mandou o seu funcionário soltar todos os cães da fazenda. 
 
AMBIGUIDADE 
Ocorre quando o texto (propositalmente ou não) deixar transparecer duas mensagens aos seus leitores. 
 
-A cadela da minha tia é muito chata. 
-Conheci o pai do João, que gosta muito de praia. 
 
 
Ironia 
Ocorre quando o texto apresenta uma informação que contraria a lógica, mas que faz todo sentido. O obje-
tivo da ironia é ridicularizar algo ou alguém. 
 
Ex.: 
O filho faz uma bagunça, daí a mãe fala em tom sério: 
─ Muito bonito o que você fez, né? 
 
Polissemia 
 
Poli quer dizer vários, e Semia quer dizer sentidos. Ocorre polissemia, portanto, quando uma palavra acei-
ta significar mais de um valor semântico. 
 
A bola está na rede. 
Ela dormiu na rede. 
A rede de notícias explicou tudo. 
Ele sempre pesca com a rede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 24 
 
Intertextualidade 
Ocorre quando há a criação de um texto a partir de outro pré-existente. A intertextualidade pode apresentar 
funções diferentes, as quais dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, depen-
dendo da situação comunicativa. 
Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão, conotação, versão, plágio, tradução e paródia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
Narrativo 
Em que um narrador (na 1ª ou 3ª pessoa) conta um fato real (quando pessoas são os protagonistas do 
evento) ou ficcional (quando personagens de todo tipo são os protagonistas da trama). 
Um texto narrativo responde às seguintes perguntas: 
- Quem? 
- Quando? 
- Onde? 
- O quê? 
- Como? 
 
 
Exemplo de texto extraído do site do governo de Vitória (ES): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fragmento de texto de Machado de Assis: 
 
 
 
Descritivo 
 
Esse texto apresenta uma cadeia de características ou procedimentos. 
Nesse modelo, algo ou alguém é escolhido como objeto de apreciação. 
Esse tipo de texto costuma fazer parte dos textos narrativos e dissertativos, quando funciona como uma 
ambientação ou um detalhamento das ideias. 
 
Exemplo de texto descritivo: 
“Como você pode ver, uma garotinha está deitada displicentemente no colo de um senhor bem velhinho e 
bem simpático. Ela parece um anjo. Loirinha, cabelo castanho claro, encaracolado, nariz e boca perfeitos, 
ar inteligente e sadio, uma dessas crianças que a gente vê em anúncios. Pelo jeito, deve ter uns três ou 
quatro anos, não mais que isso. Ela está vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas 
azuis e vermelhas e uma malha creme por baixo. Calçando um tênis transadíssimo nas discretas cores 
amarelo, vermelho e azul, o que nos mostra que a mocinha não é apenas novinha, mas moderninha tam-
bém. O velhinho tem um tipo bem italiano”. 
 
Dissertativo: 
Nesse tipo de texto, o autor (na 1ª ou na 3ª pessoa) tem como objeto principal manipular ideias (fatos, pro-
blemas sociais, leis, acontecimentos históricos, questões filosóficas, descobertas científicas etc.) que po-
derão ser apenas expostas; porém poderão ser também discutidas. Daí dois formatos: 
 
Dissertação expositiva: não há uma tomada de partido ou presença de tese, pois o autor apenas apre-
senta ideias. Ele não se compromete com elas, tão só diz o que ocorreu, está ocorrendo ou irá ocorrer. 
 
Exemplo extraído do jornal Correio Braziliense: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação argumentativa: há uma tomada de partido. O autor trabalha em função de uma tese e 
usa argumentos (exemplos, números, citações etc.) para fundamentar seu ponto de vista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Injuntivo 
Nesse modelo de texto, o autor indica ao leitor como realizar uma ação, orienta um procedimento, dá ins-
truções ao leitor, enfim. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos desses textos são, em sua maioria, 
empregados no modo imperativo. 
 
Ex.: 
Ordens, pedidos, súplica, desejo; 
manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; 
textos com regras de comportamento; 
textos de orientação (ex.: recomendações de trânsito); 
receitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preditivo 
 
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocor-
rer. É o tipo predominante nos seguintes gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previ-
sões escatológicas/apocalípticas etc. 
 
 
Dialogal / Conversacional 
 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros entrevista, conversa 
telefônica, chat, peças teatrais etc. 
 
 
AULA 25 
 
Alguns gêneros textuais 
 
Carta 
Quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo com 
uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a 
presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. 
 
Propaganda 
É um gênero textual dissertativo-expositivo em que há a o intuito de propagar informações sobre algo, bus-
cando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam 
as emoções e a sensibilidade do mesmo. 
 
Editorial 
É um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determi-
nado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. 
 
Notícia 
Podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinadomomento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, 
bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos. 
 
Reportagem 
É um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar 
e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. 
 
Entrevista 
É um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, 
o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro 
assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de 
entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na 
entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
 
Variação linguística de uma língua é o modo pelo qual ela se diferencia, sistemática e coerentemente, de 
acordo com o contexto histórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam 
verbalmente. 
É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma língua. Tais 
diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário, mas comportar vários eixos de dife-
renciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. 
O conjunto dessas mudanças constitui a “evolução” dessa língua. 
 
A variedade ou variação linguística refere-se a cada uma das modalidades em que uma língua se diversifi-
ca, em virtude das possibilidades de variação dos elementos do seu sistema (vocabulário, pronúncia, sinta-
xe) ligadas a fatores sociais ou culturais (escolaridade, profissão, sexo, idade, grupo social etc.) e geográfi-
cos (tais como o português do Brasil, o português de Portugal, os falares regionais etc.).

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