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- ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA - GERENCIAMENTO DE UC´S

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GERENCIAMENTO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
PAULO ROBERTO NASCIMENTO DA SILVA
01308831
GESTÃO AMBIENTAL 
No Brasil, as unidades de conservação (UCs) são definidas como áreas naturais delimitadas pelo Poder Público municipal, estadual e federal, reguladas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Estas áreas, são protegidas por possuírem características naturais importantes para a conservação, seja do habitat, da preservação de espécies e da manutenção da qualidade de nascentes e córregos.
Em virtude da maior demanda de áreas para as atividades econômicas, muito da riqueza natural do meio ambiente vem sendo perdida através de desmatamentos e queimadas que geram a fragmentação florestal, um processo cujos efeitos não são conhecidos em toda sua amplitude. Um fragmento florestal compreende uma unidade de floresta natural contínua, interrompida por barreiras naturais ou antrópicas, tendo como efeitos principais a perda de biodiversidade e o efeito de borda. Assim, torna-se fundamental o incentivo a ações de preservação dos fragmentos florestais, buscando, se possível, a conexão dos remanescentes florestais.
O Estado do Amazonas possui 27% de seu território protegidos por Unidades de Conservação, incluindo as federais (15%) e estaduais (12%), totalizando 42.335.533,20 milhões de hectares. A partir de 2003, houve um incremento de 157% no número de unidades de conservação estaduais como uma estratégia para a conservação da biodiversidade, reconhecimento e valorização das populações tradicionais e controle do desmatamento, que à época era de 1.552 km2 de área desmatada, principalmente no Sul do Estado. 
A gestão das áreas protegidas estaduais está sob a coordenação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável por meio do Centro Estadual de Unidades de Conservação.
Unidades de Conservação localizadas no Estado do Amazonas.
A Estação Ecológica Alto Maués – A unidade possui uma área de 668.170 hectares, é a mais nova Unidade de Conservação (UC) do estado do Amazonas. O decreto da Presidência da República foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17). A nova Esec é uma das UCs com o maior número de primatas brasileiros, apresentando 13 espécies, sendo três delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem na região. Também habitam o local 624 espécies de aves, sendo 28 migrantes do hemisfério norte e duas do hemisfério sul, além de três espécies ameaçadas de extinção. Segundo o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), o habitat da região também é adequado à sobrevivência e reprodução da onça pintada.	 Os objetivos da nova Estação Ecológica são proteger a biodiversidade local, garantir a frequência dos serviços ecossistêmicos e contribuir para a estabilidade ambiental da região. A UC faz divisa com outras áreas protegidas, como o Parque Nacional da Amazônia e as Florestas Nacionais de Pau-Rosa e do Amanã. A Estação Ecológica Alto Maués não possui ocupação humana e por isso mantém integridade da cobertura vegetal florestada. A UC faz parte das metas do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM) e consta no documento Área Prioritária para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira.
 (A Estação Ecológica Alto Maués)
Parque Estadual da Serra do Aracá - O Parque Estadual da Serra do Aracá foi criado em 1990, com área de 1.818.700 hectares. Até 2016 não havia sido publicado seu plano de manejo, o que significa um entrave à sua implementação. Com o objetivo de subsidiar a elaboração do plano, uma equipe de pesquisadores e organizações não governamentais iniciaram em 2006 uma série de expedições em busca de informações sobre a pouco conhecida diversidade biológica da região, suas paisagens e diversidade social. Uma grande porção do Parque apresenta sobreposição com a Terra Indígena Yanomami (82%) e com a Floresta Nacional do Amazonas (58%). A situação é bastante complexa, pois, sendo o Parque uma categoria de proteção integral, faz-se necessária uma aproximação e um plano de gestão elaborado entre as instituições envolvidas (FUNAI, governo estadual do Amazonas e as comunidades indígenas). 
O Parque está localizado ao norte do estado do Amazonas e faz fronteira com a Venezuela e com o estado de Roraima. Sua área está totalmente inserida no município de Barcelos, a cerca de 200km de sua sede, sendo possível percorrer esta distância de voadeira, seguindo pelo Rio Cuieiras, tributário do rio Aracá (AMAZONAS, 2007). Outra opção é fretar um hidroavião. Em ambos os casos, para subir do pé da serra ao pico, só há duas opções: helicóptero (45 minutos) ou a pé (4 a 5 dias) (AMAZONAS, 2007). De Manaus, dista 534km.
O parque está situado na bacia do Rio Demini e é cortado pelo rio de mesmo nome, um afluente do Rio Negro. Localiza-se entre os rios Negro e Branco, na Floresta de Altitude das Guianas. Segundo a publicação Unidades de Conservação do Estado do Amazonas (AMAZONAS, 2007) destacam-se unidades de relevo como o Planalto de Roraima, a Depressão Amazônica Setentrional e a Depressão do Rio Branco-Rio Negro e Planície Fluvial. A vegetação se divide em Floresta Ombrófila Densa (Montana e submontana) e campinaranas, além de Campos Rupestres e sua vegetação associada. O maior atributo natural do parque é a Serra do Aracá, com platô de formato tabular, resíduo da formação geológica do Monte Roraima, que chega a uma altura de 2000 metros, sendo o Tepuí mais ao Sul, dentro da Região Amazônica.
Possui fauna típica de regiões de montanha, com destaque para espécies de beija-flor. Algumas espécies de plantas novas para a ciência foram coletadas no parque e há a presença de espécies andinas registradas ali, como o podocarpos sp.
Apresenta alto potencial para o ecoturismo, não só pela beleza cênica, mas também por seus mananciais, com elevado número de espécies de peixes ornamentais.
(Parque Estadual da Serra do Aracá)
Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã - A Reserva cobre uma área de aproximadamente 2.350.000 hectares, constituindo a maior área protegida em floresta tropical na América do Sul. Criada em 1998, a unidade é gerida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas e tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável das populações que habitam sua área e garantir a proteção dos recursos naturais e socioculturais existentes. Associada às unidades de conservação vizinhas, PARNA do Jaú e RDS Mamirauá, forma uma área contigua de proteção com cerca de 5.746.000 hectares (INSTITUTO MAMIRAUÁ, 2015). O nome da RDS se refere ao Lago Amanã, um dos maiores lagos existentes na Amazônia (INSTITUTO MAMIRAUÁ, 2015). 
A RDS foi criada por ser uma área de extrema importância biológica, localizada entre as bacias de um rio de águas pretas (Rio Negro) e dois rios de águas brancas (Rio Japurá e Rio Solimões), apresentando espécies raras e ameaçadas, além da presença de espécies que demandam extensa área para migração, como o peixes-boi. A reserva faz parte do Corredor Ecológico da Amazônia Central e do Mosaico Baixo Rio Negro, e foi declarada como Patrimônio Natural da Humanidade. Em termos de gestão, teve seu conselho deliberativo formado em 2014 e, até o mês de junho de 2015, ainda não apresentava um plano de manejo. 
O Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro foi criado em 2010, englobando onze unidades de conservação. A criação do mosaico pretende contribuir no fortalecimento de políticas públicas e ações integradas numa escala territorial mais ampla, formando um corpo único com diversos de atores sociais e facilitando os processos de comunicação, interação e gestão de projetos de desenvolvimento territorial e conservação ambiental da região (CARDOSO, 2010).
Localizada nos municípios de Maraã, Codajás, Coari e Barcelos, todos no estado Amazonas, encontra-se na região do médio curso do rio Solimões, próximo à confluência com o rio Japurá, a aproximadamente650 km, a oeste da cidade de Manaus (INSTITUTO MAMIRAUÁ, 2015). O acesso pode ser fluvial no trecho Manaus-Amanã, ou aéreo Manaus-Tefé, seguindo de barco até a reserva. 
A população de Amanã vive principalmente de atividades de subsistência como a agricultura, a caça, a pesca e o extrativismo de cipó, de óleos de copaíba e andiroba e de frutos selvagens. Todas as comunidades envolvidas no gerenciamento da reserva localizam-se na bacia do rio Solimões, parte delas em ambiente de várzea e parte em ambiente de terra firme associado à várzea ou igapó (INSTITUTO MAMIRAUÁ, 2015).
A RDS Amanã situa-se inteiramente no bioma amazônico e pertence as bacias do Rio Negro e Rio Japurá que exercem forte influencia sobre sua biodiversidade, oferecendo uma vasta gama de habitats naturais distribuídos entre florestas de várzea e terra firme. Um dos fatores mais importantes na distribuição, comportamento e diversidade de formas de vida presentes na reserva é a variação sazonal no nível da água, causada pelo padrão anual do regime de inundação dos rios e lagos da região. No período de cheia, forma-se uma área de floresta inundada (igapó) que, como resultado, aumenta a disponibilidade de habitat para a fauna aquática. Já na seca, a perda de habitat aquático resulta num aumento de predação e, na medida em que os animais se tornam mais concentrados em áreas de água livre, oferecem pouco ou nenhum abrigo (INSTITUTO MAMIRAUÁ, 2015).
A vegetação é formada por formações pioneiras, contato Campinarana-Floresta Ombrófila e, em sua maior parte, Floresta Ombrófila Densa. Com relação à fauna, a UC apresenta espécies como o uacari-preto (Cacajao melanocephalus), o jacaré-açu (Melanosuchus niger), jacaré-tinga (Caiman crocodilus), o peixe-boi (Trichechus inunguis), o boto (I. Geoffrensis), a onça pintada (Panthera onca), o gavião real (Harpia harpyja), o pirarucu (Arapaima gigas). A região conta com apoios do Instituto Mamirauá, organização social que atua com pesquisa, manejo e assessoria técnica nas reservas Amanã e Mamirauá.
(Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã)
Fontes: 
https://uc.socioambiental.org
ARPA – Programa Áreas Protegidas da Amazôniaarpa.mma.gov.br
www.ambientebrasil.com.br

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