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ARTIGO DE EVIDÊNCIA TEMA CUIDADOS PALIATIVOS (1) (2)

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES EM ESTADO TERMINAL SOB 
CUIDADOS PALIATIVOS 
Isabela Biano de Farias 
Isla Sena Vieira 
Lays Dayane Silva dos Reis 
Maria Eugênia Souza Santos 
Pauliana Nascimento de Oliveira 
INTRODUÇÃO 
A mais atual definição de Cuidado Paliativo (CP), foi publicada em 2018 e desenvolvida após 
um amplo projeto envolvendo mais de 400 membros de 88 países da International Association for 
Hospice & Palliative Care (IAHPC), associação que mantém vínculo e relações oficiais com a 
Organização Mundial da Saúde (OMS)(1). Nela consta que os cuidados paliativos são definidos como 
“cuidados holísticos ativos, ofertados a pessoas de todas as idades que se encontram em intenso 
sofrimento relacionado à sua saúde, proveniente de doença grave, especialmente aquelas que estão no 
final da vida. O objetivo dos cuidados paliativos é, portanto, melhorar a qualidade de vida dos 
pacientes, de suas famílias e de seus cuidadores”(1). 
Deste modo, ofertar cuidados paliativos a pessoas com doenças graves, leva em consideração 
não apenas o doente, mas todos os envolvidos no cuidado. A doença grave é compreendida como 
“qualquer doença aguda ou crônica e/ou condição que cause deficiência significante e que possa levar 
à condição de deficiência e/ou de debilidade por um longo período, ou até a morte”(2). 
Desde os anos 70, são encontradas diversas discussões e iniciativas isoladas em Cuidado 
Paliativo no Brasil. Salienta-se que foi na década de 90 que os primeiros serviços organizados 
começaram a surgir(3). Ressalta-se que, nos anos 80, a expectativa de vida do brasileiro era de 62,5 
anos(4). No momento atual, a realidade mudou, a expectativa de vida subiu para 76 anos(4) e o número 
de serviços que disponibilizam cuidados paliativos no país, também. Esse aumento na expectativa de 
vida se deve aos investimentos em políticas públicas pelo Estado e, também, implantação e 
implementação do Sistema Único de Saúde (SUS). Conseguinte do crescimento da expectativa de vida 
da população, evidencia-se o aumento da incidência das Doenças Crônico-degenerativas Não 
Transmissíveis (DCNT), o que torna a demanda pelo serviço um problema contemporâneo de saúde 
pública. 
Até agosto de 2018, após levantamento feito pela Academia Nacional de Cuidados Paliativos 
(ANCP), foram identificados 177 serviços de cuidados paliativos distribuídos pelo país. Destes, 58% 
(103 serviços) encontram-se na região Sudeste, 20% (36 serviços) na região Nordeste, 14% (25 
serviços) na região Sul, 5% (8 serviços) na região Centro-Oeste, e, apenas 3% (5 serviços) estão 
localizados na região Norte do país(5). 
Os Cuidados Paliativos podem ser realizados em diferentes contextos, como no domicílio, 
nas instituições gerais de saúde em que o doente esteja internado, em uma unidade específica dentro 
da instituição de saúde, destinada exclusivamente a essa finalidade, e ainda em instituições sociais que 
acolhem doentes com câncer para realizar tratamento antineoplásico. Visando promover qualidade aos 
dias de vida do paciente sem possibilidades terapêuticas por meio do alívio da dor e do sofrimento 
biológico, psicológico e espiritual. Apesar de os Cuidados Paliativos constituírem uma modalidade 
terapêutica a ser empregada desde o diagnóstico de uma doença crônico-degenerativa, como o câncer, 
atualmente são utilizados somente quando a medicina tradicional não consegue resgatar a vida do 
doente. A equipe de enfermagem participa diretamente do processo de tratamento e encontra-se 
presente no fim da vida, cabendo-lhe assistir ao paciente sem possibilidades terapêuticas e seus 
familiares. Ao cuidar do paciente em estado terminal, os profissionais de enfermagem experimentam 
situações de sofrimento, angústia, medo, dor e de revolta vivenciadas pelo paciente e por seus 
familiares e, como seres humanos dotados de emoções e sentimentos, em alguns momentos 
manifestam as mesmas reações. Há um paradoxo vivenciado pela equipe de enfermagem que, por um 
lado, sente-se aliviada pelo término do sofrimento do doente e, por outro, angustia-se diante o quadro 
de dor que a morte traz consigo. No cuidado ao doente fora de possibilidades terapêuticas e sua família, 
os profissionais de enfermagem são influenciados por suas concepções, valores e experiências em 
relação à morte e ao morrer e, nessa condição, precisam trabalhar suas emoções. 
Partindo do pressuposto que cuidar requer a tríade cuidador-paciente-família, a ação do 
cuidado deve partir de quem cuida, mas quem cuida também precisa ser cuidado. Para tanto, a fim de 
compreender o papel da enfermagem no atual panorama do Cuidado Paliativo, objetivou-se analisar 
o entendimento dos profissionais acerca da assistência ao paciente em cuidados ao fim da vida e 
discutir os objetivos que buscam alcançar ao planejar a assistência na perspectiva dos cuidados 
paliativos. 
METODOLOGIA 
 
Trata-se de um estudo de Revisão Integrativa da literatura que consistiu na busca de artigos 
científicos que avaliaram a assistência de enfermagem no que se refere a pacientes sob cuidados 
paliativos. Para tanto, utilizou-se a estratégia PICO (Paciente, Intervenção, Comparação e “Outcomes” 
ou Desfecho), e para a definição da seguinte questão norteadora: “Qual o papel da assistência de 
enfermagem a pacientes em estado terminal sob cuidados paliativos? ”. 
Esta revisão foi realizada nas seguintes bases de dados: PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde 
(BVS) e Scielo. A partir da questão de pesquisa, foram selecionados termos nos Descritores em 
Ciências da Saúde (DeCS), contendo descritores adequados para a busca: “cuidados paliativos”, 
“assistência de enfermagem” e “estado terminal”. Para a combinação destes, foram utilizados os 
operadores booleanos OR, AND e NOT. 
Para seleção dos artigos foram considerados os seguintes critérios de inclusão: a) artigos 
originais; b) disponibilizados na versão completa; c) publicados no período de 2010 a 2020, últimos 
dez anos; d) estudos que avaliaram a assistência de enfermagem nos cuidados paliativos. 
Definiram-se como critério de exclusão: a) trabalhos cujo tema Cuidados Paliativos não se 
configura objeto central do estudo. A busca dos artigos foi realizada entre 17 de setembro e 04 de 
outubro de 2020. 
Após a identificação, realizou-se a seleção de acordo com a questão norteadora e os critérios 
de inclusão e exclusão previamente definidos. Essa etapa foi realizada por duas revisoras, de forma 
independente. 
RESULTADOS 
A busca de estudos publicado tendo como base a questão norteadora deu-se a partir da pesquisa através 
dos descritores: cuidados paliativos, estado terminal e assistência de enfermagem. Foram encontrados 
na base de dado da Scielo 119 artigos, sendo selecionado 14 que se enquadraram no critério de 
inclusão e exclusão. Na PubMed foram encontrados 5 mais nenhum foi selecionado. Na base de dados 
da BVS, foram encontrados 179 mais nenhum foi selecionado. A partir da seleção dos artigos, foi 
construído uma tabela para posterior análise e discussão dos resultados encontrados. 
 
 Artigos 
Nº Título Autores Base de Ano de Método 
 Dados Publicação 
01 Necessidade de cuidados de Fonseca SciELO 2010 Revisão 
 Enfermagem do cuidado da J.V.C; Rabelosistemática 
pessoa sob cuidados paliativos. T da literatura 
02 Sistematização da assistência Silva M.M; SciELO 2010 Pesquisa 
De enfermagem em cuidados Moreira M.C qualitativa 
Paliativos na oncologia: visão descritiva 
Dos enfermeiros. 
03 A importância dos cuidados Monteiro F.F; SciELO 2010 Artigo de 
Paliativos na enfermagem Vall J revisão 
04 Percepção dos enfermeiros Fernandes M.A; SciELO 2013 Estudo 
sobre o significado dos Evangelista C.B; exploratório 
cuidados paliativos em Platel I.C.S; Agra com aborda- 
paciente com câncer terminal G; Lopes M.S; gem qualita- 
 Rodrigues F.A tiva 
Tabela- Descrição dos estudos incluídos revisão Integrativa da literatura, por números, título, autoria, 
base de indexação, ano de publicação e método. 
A tabela apresentada no artigo identifica os pontos mais relevantes de cada estudo que foi utilizado 
na construção com título do estudo, autoria, ano de publicação, base de dados e método utilizado. Os 
artigos foram identificados por números, com o objetivo de obter uma melhor estruturação. 
REFERÊNCIAS 
1. International Association for Hospice Palliative Care. Global Consensus-based palliative care 
definition. [Internet]. Houston, TX: The International Association for Hospice and Palliative 
Caare; 2018 [cited Out 04, 2020]. Avaliable from: https://hospicecare.com/what-we-
do/projects/consensus-based-definition-of -palliative-care/definition/ 
2. Kelley AS. Defining “Seriou Illness”. J Palliat Med. [Internet]. 2014 [cited Out 04, 2019]; 
17(9):985. Avaliable from: https://www.liebertpub.com/doi/pdf/10.1089/jpm.2014.0164 
3. Cuidados Paliativos no Brasil. [Internet]. São Paulo: Instituto Paliar; 2019. [Acesso 20 set 
2020]. Disponível em: https://www.paliar.com.br/cuidados-paliativos 
4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 
2017: Breve análise da evolução da mortalidade no Brasil. [Internet]. 2018 [Acesso 20 set 
2020]. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9126-tabuas-
completas-de-mortalidade.html?=&t=resultados. 
5. Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Panorama dos Cuidados Paliativos no Brasil. 
[Internet]. 2018 [Acesso 20 set 2020]. Disponível em: https://paliativo.org.br/wp-
content/uploads/2018/10/Panorama -dos-Cuidados-Paliativos-no-Brasil-2018.pdf 
https://hospicecare.com/what-we-do/projects/consensus-based-definition-of%20-palliative-care/definition/
https://hospicecare.com/what-we-do/projects/consensus-based-definition-of%20-palliative-care/definition/
https://www.paliar.com.br/cuidados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9126-tabuas-completas-de-mortalidade.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9126-tabuas-completas-de-mortalidade.html?=&t=resultados

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