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1 FARO – FACULDADE DE RONDÔNIA 788 (DECRETO FEDERAL Nº 96.577 DE 24/08/1988) 453 (PORTARIA MEC DE 29/04/2010) INSTITUTO JOÃO NEÓRICO 3443 (PORTARIA MEC / SESU Nº 369 DE 19/05/2008) CURSO DE ENGENHARIA CIVIL HIZORRANA NATHIELI FEITOZA ESTEVES MECANICA DOS SOLOS PORTO VELHO – RO 2 FARO – FACULDADE DE RONDÔNIA 788 (DECRETO FEDERAL Nº 96.577 DE 24/08/1988) 453 (PORTARIA MEC DE 29/04/2010) INSTITUTO JOÃO NEÓRICO 3443 (PORTARIA MEC / SESU Nº 369 DE 19/05/2008) HIZORRANA NATHIELI FEITOZA ESTEVES COMPACTAÇÃO DOS SOLOS Trabalho de pesquisa sobre COMPACTAÇÃO DOS SOLOS para nota parcial da N2. Sob orientação do professor Franchel Pereira Fantinatti Neto. 3 ÍNDICE 1.INTRODUÇÃO 2 DIFERENÇAS ENTRE COMPACTAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO 3 ENERGIA DE COMPACTAÇÃO 4 COMPACTAÇÃO EM LABORATÓRIO 4.1 Ensaio Proctor Normal 4.2 Ensaio Modificado 4.3 Ensaio Intermediário 5 COMPACTAÇÃO NO CAMPO 6 MÉTODOS ALTERNATIVOS DE COMPACTAÇÃO 6.1 Ensaio em solo com pedregulho 6.2 Outros processos de compactação 4 1. INTRODUÇÃO A compactação de solos consiste no procedimento de melhorar as propriedades do terreno através de processos manuais ou mecânicos. Geralmente, um solo quando é transportado e aterrado está num estado relativamente fofo e heterogêneo e, portanto, pouco resistente e muito deformável. Os procedimentos de compactação visam fornecer ao solo melhorias destes aspectos. A compactação é um processo que visa melhorar as propriedades do solo através da redução dos seus vazios pela aplicação de pressão, impacto ou vibração. Além disso, esse processo torna o maciço mais homogêneo. Esta operação resulta no aumento do peso específico aparente do solo. Com a diminuição dos vazios do solo, espera-se uma redução da variação dos teores de umidade, da compressibilidade e da permeabilidade e um aumento da resistência ao cisalhamento e à erosão. Ensaio de compactação Proctor é um dos mais importantes procedimentos de estudo e controle de qualidade de aterros de solo compactado. Através dele é possível obter a densidade máxima do maciço terroso, condição que optimiza o empreendimento com relação ao custo e ao desempenho estrutural e hidráulico. 5 A metodologia foi desenvolvida pelo engenheiro Ralph Proctor em 1933, sendo normatizada nos Estados Unidos pela A.A.S.H.O - American Association of State Highway Officials e no Brasil sua execução segue a norma ABNT NBR 7182/1986 - Ensaios de Compactação. O ensaio consiste em compactar uma porção de solo em um cilindro com volume conhecido, fazendo-se variar a umidade de forma a obter o ponto de compactação máxima no qual obtém-se a umidade ótima de compactação. O ensaio pode ser realizado em três níveis de energia de compactação, conforme as especificações da obra: normal, intermediária e modificada. A energia de compactação é dada pela equação: Onde: • E - energia a ser aplicada na amostra de solo; • n - número de camadas a serem compactadas no cilindro de moldagem; • N - número de golpes aplicados por camada; • P - peso do pilão; • H - altura de queda do pilão; • V - volume do molde. A compactação dos solos é geralmente representada em um gráfico da variação do peso específico aparente seco (γd) versus o teor de umidade (w) correspondente durante o processo de compactação. 6 O ramo ascendente da curva de compactação é denominado ramo seco e o ramo descendente de ramo úmido. No ramo ascendente, a água lubrifica as partículas e facilita o arranjo destas, ocorrendo, por esta razão, o acréscimo da massa específica aparente seca. Já no ramo descendente, a água amortiza a compactação e a amostra passa a ter mais água que sólidos, levando a um decréscimo da massa específica aparente seca. Durante o processo de compactação dos solos, o teor em água no solo mantém-se praticamente constante, sendo esta característica frequentemente referida como a principal diferença entre a compactação e a consolidação de solos. 2. DIFERENÇAS ENTRE COMPACTAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO A compactação é um processo adquirido através da redução do volume de vazios, ou ar, entre as partículas do solo. Já na consolidação, que também é um processo que se deseja a redução do índice de vazios e da compressibilidade dos solos, ocorre a expulsão da fase líquida, havendo alteração do teor de água dos solos. 7 A consolidação está associada a processos relativamente lentos, provocados pela atuação de uma solicitação estática e contínua, que dá origem à aproximação progressiva das partículas, ao mesmo tempo em que se verifica o escoamento (expulsão) da fase líquida. Já a compactação é geralmente entendida como um processo rápido, com a aplicação de cargas variáveis no tempo por uma ação mecânica, através do qual se procura alterar a estrutura do solo de forma a criar uma nova disposição das partículas. Na compactação o teor de umidade mantem-se constante. 3. ENERGIA DE COMPACTAÇÃO Chama-se energia ou esforço de compactação (Ec) o trabalho realizado durante o processo de compactação de uma amostra de solo de volume final V. Considere um soquete de massa (M) caindo (n) vezes de uma altura (H) sobre a amostra de solo, logo, a energia de compactação por camadas é: Ec = M.H.N.Nc/ V Onde: • Ec = energia de compactação • M = massa do soquete • H = altura de queda do soquete • N = número de golpes por camada • Nc = número de camadas • V = volume da amostra 4. COMPACTAÇÃO EM LABORATÓRIO 4.1 Ensaio Proctor Normal O ensaio Proctor Normal utiliza o cilindro de 10 cm de diâmetro, altura de 12,73cm e volume de 1.000cm3 é submetida a 26 golpes de um soquete 8 com massa de 2,5Kg e caindo de 30,5cm. Corresponde ao efeito de compactação com os equipamentos convencionais de campo. 4.2 Ensaio Modificado O ensaio Modificado utiliza o cilindro de 15,24 cm de diâmetro, 11,43 cm de altura, 2.085 cm3 de volume, peso do soquete de 4,536 kg e altura de queda de 45,7 cm aplicando-se 55 golpes por camada. É utilizado nas camadas mais importantes do pavimento, para os quais a melhoria das propriedades do solo, justifica o emprego de uma maior energia de compactação. 4.3 Ensaio Intermediário O ensaio denominado Intermediário difere do modificado só pelo número de golpes por camada que corresponde a 26 golpes por camada, sendo aplicado nas camadas intermediárias do pavimento. Com os resultados obtidos no ensaio de compactação são efetuados cálculos para a determinação do peso específico aparente seco (γd) e a determinação da curva de saturação. O peso específico aparente seco é dado pela fórmula: Onde: • γd = peso específico aparente seco, em g/cm³; • Ph = peso úmido do solo compactado, em g; • V = volume útil do molde cilíndrico (interno), em cm³; • W = teor de umidade do solo compactado em %. 9 Para determinação da curva de saturação de um solo, utiliza-se a fórmula: Onde: • γd = peso específico aparente seco, em g/cm³; • Sr = grau de saturação, considerado igual a 100%; • w = teor de umidade em %; • γw = peso específico da água, considerado igual a 1,0 g/cm³; • γg = peso específico dos grãos do solo, em g/cm³). 5. COMPACTAÇÃO NO CAMPO Os princípios que regem a compactação no campo são semelhantes aos de laboratório. Assim, os valores de peso específico seco máximo são fundamentalmente obtidos em função do tipo do solo, da quantidade de água utilizada e da energia específica aplicada pelo equipamento que será utilizado, a qual depende do tipo e peso do equipamento e do número de passadas sucessivas aplicadas. As curvas de compactação para os equipamentos e o número de passadas, desempenham o mesmo papelque o número de golpes de soquete em laboratório. Para um dado equipamento, a energia de compactação é diretamente proporcional ao número de passadas e inversamente proporcional à espessura da camada compactada. 10 Na compactação de campo, diz-se que houve uma passada do equipamento quando este executou uma viagem de ida e volta, em qualquer extensão, na área correspondente a sua largura de compactação. 6. MÉTODOS ALTERNATIVOS DE COMPACTAÇÃO A norma Brasileira de ensaio de compactação prevê as seguintes alternativas de ensaio: a) Com pré-secagem até a umidade higroscópica e reutilização do material; b) Com pré-secagem até a umidade higroscópica e sem reutilização do material; c) Sem reuso de material com umidade colocada a 5% abaixo da ótima; d) Sem reuso de material com umidade colocada a 3% acima da ótima. A reutilização de material pode alterar o s máx e a hót em solos que possuam grãos quebradiços. A pré-secagem pode provocar influenciar no s máx e na hót de forma aleatória. 6.1 Ensaio em solo com pedregulho Quando o solo apresenta quantidade considerável de pedregulhos, a sua compactação no cilindro com 10 em de diâmetro apresenta dificuldades. Por um lado, a quantidade de pedregulhos presente em cada ponto pode ser diferente e isto influi. É fácil perceber que um pedregulho com 2 cm3 de volume, por exemplo, requer muito menos água do que 2 cm3 de solo compactado e pesa bem mais; a comparação entre os resultados dos diversos pontos fica comprometida. Por outro lado, na interface do solo com o cilindro podem se formar ninhos. Por isto, o ensaio de compactação no cilindro de 1.000 em- só é feito com solos com diâmetro máximo de 4,8 mm. 11 Quando o solo contiver pedregulhos, a norma NBR 7.182/2016 indica que a compactação seja feita num cilindro maior, com 15,24 em de diâmetro e 11,43 em de altura, volume de 2.085 cm3. Neste caso, o solo é compactado em cinco camadas, aplicando-se 12 golpes por camada, com um soquete mais pesado e com maior altura de queda do que o anterior (massa de 4,536 kg e altura de queda de 45,7 cm). Note-se que a energia aplicada por volume de solo compactado é a mesma, sendo considerada igual ao produto da massa pela aceleração da gravidade, pela altura de queda e pelo número total de golpes. Verifica-se facilmente que a mesma energia seria obtida aplicando-se 54 golpes do soquete pequeno em 3 camadas. Se o solo tiver partículas maiores do que 19 mm, estas são substituídas por igual massa de pedregulhos com diâmetro entre 4,8 e 19 mm, mantendo-se a mesma quantidade em massa de pedregulhos da amostra original, embora de tamanhos menores. 6.2 Outros processos de compactação a) Vibração – não existe nenhuma normalização. b) Compactação estática – reduzida aplicação. c) Compactação por pisoteamento – utiliza um pistão com uma mola. 12 CONCLUSÃO O ensaio de compactação é de primordial importância para que se classifique o solo. A compactação é um método que se dá por meio de transferência de energia mecânica à estabilização dos solos. Constata-se que a adição de água a um solo seco facilita a sua compactação, ou seja, cada vez que se adiciona água a esse solo pouco úmido, a densidade do material compactado aumenta. Na verdade, o acréscimo de água não tem um efeito benéfico enquanto não se alcança certo teor de umidade, denominada umidade ótima. Através dos cálculos realizados conclui-se que a umidade ótima é de 9,31%, e o seu peso específico máximo 2,780g/cm3. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Disponível em:<HTTP://PROFESSOR.UCG.BR/SITEDOCENTE/ADMIN/ARQUIVOSUP LOAD/17403/MATERIAL/NBR%207182%20%20ENSAIO%20DE%20COMP ACTA %C3%A7%C3%A3O.PDF>. NBR 7182/86. Acesso em: 17 de agosto de 2014. CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Fundamentos. Vol. 1. 6ª ed. Editora JC. Rio de Janeiro, 2000. CEZAR BASTOS. Apostila compactação dos solos. Disponível em:<ftp://ftp.ifes.edu.br/cursos/Transportes/CelioDavilla/Solos/Literatura%20 complementar/Apostila%20FURG%20Solos/07%20COMPACTACAO.pdf>. Acesso em: 17 de agosto de 2014.
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