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Revolução Russa

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Revolução Russa
	No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).
	O principal aspecto da Revolução Russa é ela ter sido orientada pela doutrina comunista, desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx no século XIX – com a ressalva de que tal doutrina foi complementada e acrescida de um plano estratégico por aquele que se tornou o mais importante líder da revolução: Lenin.
	Na virada do século XIX para o século XX, a Rússia, então um império czarista que vinha sendo governado por mais de trezentos anos pela mesma dinastia (Romanov), começava a sofrer pressões de ordem econômica e de ordem política. Um dos grandes problemas que a Rússia enfrentava era o atraso tecnológico. O Império Romanov não havia conseguido ainda promover transformações profundas na área da indústria e permanecia sendo uma sociedade profundamente agrária e com uma população insatisfeita, tanto camponeses e operários quanto a classe burguesa que se formava.
	Como a industrialização foi feita com capital inglês e francês, majoritariamente, naquele momento a Rússia não viu surgir uma burguesia local que pudesse alterar a dinâmica política do país. Em contrapartida, os operários – que ainda formavam um grupo pequeno – passaram a se organizar cada vez mais. Os operários, que recebiam influência de ideias vindas da Europa Ocidental e mantinham contato com os camponeses, formaram grupos de oposição ao czarismo. Mesmo os partidos políticos sendo proibidos, vários existiam clandestinamente. O Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), inspirado nos ideais marxistas e liderado por Plekhanov e Lenin, era o mais famoso deles.
	As divergências ideológicas dentro do partido fizeram surgir dois grupos essenciais na Revolução Russa:
· Mencheviques: palavra russa para “minoria”, liderados por Plekhanov, acreditava que era possível chegar ao poder de maneira pacífica, como por meio de eleições. Apesar de defender a implantação do socialismo na Rússia, os mencheviques acreditavam que a transição para esse tipo de governo deveria ser gradual e feita por reformas políticas e econômicas.
· Bolcheviques: a “maioria”, os bolcheviques eram liderados por Lenin e defendiam a necessidade de uma revolução armada para tirar o czar do poder. Os bolcheviques também pretendiam instalar o socialismo no país, mas de maneira imediata.
	
Domingo sangrento:
	Por Domingo Sangrento entende-se um episódio funesto ocorrido em 9 de janeiro de 1905, na cidade de São Petersburgo, Rússia. Na ocasião, milhares de pessoas que estavam nas imediações do Palácio de Inverno – residência dos czares –, determinadas a entregar em mãos de Nicolau II uma carta de reivindicações de melhorias das condições de trabalho nas fábricas da cidade, foram fuziladas pelos guardas imperiais. 
Revolta de 1905:
	O imperialismo russo estava dirigido à Ásia e o interesse do czar era absorver a região da Manchúria, espaço chinês que também interessava ao Japão. O deslocamento de tropas para aquele espaço configurou uma guerra entre Japão e Rússia, entre 1904 e 1905.
	A derrota frente ao Japão repercutiu no interior do Império Russo, pois manifestações foram organizadas, populares foram para as ruas, grupos políticos defendiam abertamente a mudança na estrutura do Estado e participação política por meio de um parlamento regular. Trabalhadores organizaram greves em Moscou e Petrogrado, as maiores cidades russas, e houve insubordinação militar. Foi a primeira Revolução Russa, em 1905, considerada como o ensaio geral para a revolução que ocorreu depois, a Revolução Russa de 1917.
	No processo revolucionário de 1905, foi instituído o Parlamento russo (Duma), com a organização de partidos políticos e a realização de eleições. No entanto, o parlamento russo não era autônomo, pois todas as votações da Duma eram encaminhadas para o czar. Este tinha poder de veto sobre as decisões do Parlamento: o centralismo político czarista não foi alterado.
Revolta do encouraçado Potemkin:
	Na Marinha ocorreu o motim do encouraçado Potemkin: os marinheiros se sublevaram contra a rigidez de seus comandos nos últimos dias de junho de 1905, pois eram diariamente humilhados e submetidos a trabalhos estafantes. Após uma resistência infrutífera, os amotinados entregaram-se às autoridades. O levante foi um símbolo para os revolucionários de 1917.
	O czar Nicolau II reprimiu as manifestações populares ordenando que se atirasse na população, o que redundou em massacres.
Rússia na 1° Guerra Mundial:
	Nos campos de batalha a situação dos combatentes russos não era melhor, pois os soldados eram obrigados a racionar munição e sofriam com a superioridade bélica dos inimigos – a Rússia não tinha condições financeiras para manter seus soldados na guerra. Em março, o movimento revolucionário foi deflagrado, com greves se iniciando em São Petersburgo e que se espalharam por vários centros industriais. Os camponeses também se rebelaram. A maior parte dos militares aderiu aos revolucionários e força a abdicação do czar Nicolau II, em fevereiro de 1917.
Fim do czarismo:
	Após a abdicação do czar, forma-se um Governo Provisório, sob a chefia de Kerensky, que se veria envolvido em disputas entre liberais e socialistas.
	Sofrendo pressões dos sovietes, o governo concedeu anistia aos prisioneiros e exilados políticos. De volta à Rússia, os bolcheviques, liderados por Lenin e Trotsky, organizaram um congresso onde defendiam lemas como: “Paz, terra e pão” e “Todo o poder aos sovietes”.
	No dia 7 de novembro (25 de outubro no calendário gregoriano), operários e camponeses, sob a liderança de Lenin, tomaram o poder. Os bolcheviques distribuíram as terras entre os camponeses e estatizaram os bancos, as estradas de ferro e as indústrias, que passaram para o controle dos operários.
	Os quatro primeiros anos de governo bolchevique foram marcados por uma guerra civil que abalou profundamente o país.
Igualmente, para evitar qualquer tentativa de restauração monárquica, o czar Nicolau II e sua família foram assassinados sem qualquer tipo de julgamento, em julho de 1918.
	O Exército Vermelho, criado por Leon Trotsky, derrotou o Exército Branco, formado por nobres e burgueses, garantindo a permanência dos bolcheviques no poder. A revolução estava salva, mas a paralisação econômica era quase total.
	Para restaurar a confiança no governo, foi criada a NEP (Nova Política Econômica), que permitia a entrada de capital estrangeiro e o funcionamento de empresas particulares.A aplicação da NEP resultou no crescimento industrial e agrícola da Rússia.
	Em 1922 foi estabelecida a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sob liderança de Lenin. Após sua morte, em 1924, iniciou-se uma luta pelo poder entre Trotsky e Stalin.
	Derrotado, Trotsky foi expulso do país e, em 1940, foi morto na cidade do México, por um assassino a serviço de Stalin. Sob seu governo, a URSS conheceu uma das mais violentas ditaduras da história, ao mesmo tempo que passava por um crescimento econômico vertiginoso.
	Durante a II Guerra Mundial, o país seria um dos principais inimigos do nazismo, aliado dos Estados Unidos e do Reino Unido.
	Após o conflito, seria alçada à condição de segunda potência mundial.

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