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Pág. 1 DIREITO TRIBUTÁRIO I Pág. 2 Olá, estudante! É com grande alegria que compartilhamos o Caderno – Direito Tributário I. O Caderno Acadêmico é um material digital, na qual pretende proporcionar aos estudantes de Direito uma experiência inovadora durante os estudos, temos como pilares: • Planejamento de estudo individualizado para cada disciplina; • Um bom caderno, isto é, um caderno que possui os principais assuntos; • Estímulo de aprendizagem visual através de ilustrações dos assuntos; e • Aplicação do conhecimento através da resolução de questões. Todos os cadernos possuem um compilado de resumos dos principais temas cobrados em provas da ordem, este em especial, você irá encontrar: • Teorias do Direito Tributário • Sistema Tributário • Competência Tributária • Limitações do Poder de Tributar • Obrigação e Responsabilidade Tributária • Classificação dos Tributos • Tributos em Espécie • Extinção do Crédito Tributário • Exclusão do Crédito • Suspensão do Crédito Tributário Além do conteúdo, contém checklist de planejamento de estudo e 50 questões com gabarito. Orientações Gerais O arquivo é de uso pessoal para o titular do e-mail cadastrado, proibido o repasse, sendo permitido tão somente a impressão do material para melhor aproveitamento nos estudos. Para sugestões, críticas ou elogios entre em contato pelo e-mail contatocadernoacademico@gmail.com, ou nos envie uma mensagem no Instagram @cadernoacademico. Esperemos que o material possa auxiliar nos seus estudos e atenda às suas necessidades de aprendizagem. No mais, estamos à disposição nas redes sociais para eventuais dúvidas sobre o caderno. Para ficar por dentro das novidades, dicas jurídicas diárias dos assuntos mais recorrentes no exame e os temas da atualidade, basta acompanhar nas redes sociais. Com carinho, Caderno Acadêmico! Pág. 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..............................................................................05 2. SISTEMA TRIBUTÁRIO .............................................................06 3. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA .................................................08 4. LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR ..............................11 4.1- Princípio da legalidade.....................................................11 4.2 - Princípio da Isonomia.....................................................12 4.3 - Princípio da anterioridade..............................................12 4.4 - Princípio do Não Confisco..............................................13 4.5 - Princípio da não cumulatividade...................................13 4.6 - Imunidades........................................................................13 5. OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA...........16 6. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS............................................20 6.1 - Vinculado e não Vinculado.............................................20 6.2 - Fiscais, Extrafiscais e Parafiscais.....................................20 7. TRIBUTO EM ESPÉCIE ................................................................21 7.1 - Impostos.............................................................................21 7.2 - Taxas...................................................................................30 7.3 - Contribuição de Melhoria...............................................31 7.4 - Empréstimo Compulsório ..............................................32 7.5 - Contribuições Especiais...................................................36 8. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...............................37 9. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...............................39 10. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...........................40 11. LISTA DE EXERCÍCIOS..............................................................42 12. GABARITO....................................................................................61 13. REFERÊNCIA.................................................................................62 Pág. 4 CHECK-LIST DE ESTUDO 1 - INTRODUÇÃO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 2 - SISTEMA TRIBUTÁRIO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 3 - COMPETÊNCIA LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO TRIBUTÁRIO 4 - LIMITAÇÃO DO PODER LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO DE TRIBUTAR 5. OBRIGAÇÃO E LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 6. CLASSIFICAÇÃO DOS LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO TRIBUTOS 7. TRIBUTOS EM ESPÉCIE LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 8. EXTINÇÃO DO CRÉDITO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO TRIBUTÁRIO 9. EXCLUSÃO DO CRÉDITO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO TRIBUTÁRIO 10. SUSPENSÃO DO CRÉDITO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO TRIBUTÁRIO Orientação: O Check-list de Estudos tem o objetivo de auxiliar no processo dos estu- dos, é recomendado que siga as etapas descritas (primeira leitura do conteúdo, leitura dos artigos, resolução de questões e por fim, a revisão). A cada etapa concluída deverá marcar da forma de sua preferência, fun- ciona também como um estimulo de metas. Pág. 5 DIREITO TRIBUTÁRIO 1. INTRODUÇÃO Direito Tributário é o ramo que estuda as rela- ções entre o fisco e os contribuintes, sendo matéria de Direito Público. Os sujeitos da relação jurídica são os credo- res (polo ativo - fisco: União, Estados, Municípios e o Distrito Federal) e o contribuinte ( polo passivo - pes- soas físicas ou jurídicas). • Teorias do Direito Tributário - Quantos tributos existem no ordenamento ? - Teoria bipartite: Reconhece apenas dois, sendo eles, impostos e taxas; - Teoria tripartite: Reconhece como espécies tributá- rias os citados no art. 5º do CTN “os tributos são im- postos, taxas e contribuições de melhoria.”; - Teoria tetrapartida: Reconhece como tributo os im- postos, as taxas, as contribuições de melhorias e o em- préstimo compulsório; - Teoria pentapartite: Por fim, a teoria pentapartite considera como tributo os impostos, as taxas, as con- tribuições de melhoria, empréstimo compulsório e as contribuições especiais, previstas no art. 149 e 149-A da Constituição Federal. Como já mencionado, o art. 5º do CTN dispõe que “os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”, sendo assim, o Código Tributário Na- cional, entende que existem apenas três tributos, a sa- ber: impostos, taxas e contribuições de melhoria, por tanto, adotando a teoria tripartite. Em contrapartida, o Supremo Tribunal Fede- ral – STF entende que existem cinco espécies de tri- butos, a saber: a) impostos; b) taxas; c) contribuições de melhoria; d) empréstimos compulsórios; e) con- tribuições especiais, sendo assim, adotando a teoria pentapartite. Pág. 6 2. SISTEMA TRIBUTÁRIO • O que é tributo ? Art. 3º, CTN: É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda oucujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e co- brada mediante atividade plenamente vinculada. - Características: 1- Toda prestação pecuniária compulsó- ria que é pago em moeda. • Em regra, é pago em dinheiro • Exceção: será permitido o pagamento do cré- dito tributário, através da dação em pagamento de bem imóvel (art. 156, XI CTN) - somente poderá acontecer na existência de lei especifica do ente competente autorizando essa forma de pagamento. (apenas excepcionalmente poderá pagar com a entrega de bem imóvel em caso de autorização em lei) - lei 13.259/16. - NÃO se trata de uma opção do contribuinte. 2- Pago de forma compulsória. • Isto significa que é obrigatório o pagamento. • Com a prática do fato gerador (situação elen- cada pelo legislador, como sendo passível de ser objeto de tributos), nasce a obrigação de pagar. 3- Que não constitua sanção por ato ilí- cito. • Isto significa que o tributo não pode ser utili- zado como uma forma de penalização para o contribuinte. • Do mesmo raciocínio, não poderá ser exigido de ato ilícito (ex.: não pode exigir tributos de vendas de drogas, armas etc.) Pág. 7 Os frutos decorrentes da atividade ilícita po- derão ser tributados (art.118, I, CTN) - A atividade vender drogas, jogo do bicho, por exemplo, não pode ser tributada, porém os frutos decorrentes dessas atividades poderão ser tributados. (a renda que o traficante aufere este pode ser tributada, isto porque se abstrai a validade da ativida- de ilícita para cobrar tributos dos frutos) - Princípio da Pecúnia non olet (o dinheiro não tem cheiro) refere-se à questão que o Estado não está impedido de tributar uma renda pelo fato dela ser ilícita. - Princípio da Isonomia (art.150, II, CF) - Princípio da capacidade contributiva (art. 145, §1º, CF) Em síntese, não é cobrada ICMS perante a atividade, mas os frutos/renda são tributados. - Menores de idade pagam tributos? Sim, para o direito tributário o que importa é a prática do fato gerador (art. 126,I, CTN) 4- Instituído por lei. - Não existe tributo sem lei que o prever (o tri- buto deve estar previsto em lei) - Princípio da taxatividade 5- Atividade vinculada da administração - A cobrança do tributo independe dos cri- térios de conveniência e oportunidade, sendo clara- mente um ato vinculado. Todos devem pagar tributos nos termos da lei. Pág. 8 3. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA • Quem pode criar tributos ? De início vale mencionar que, a Constituição federal NÃO cria tributos, apenas outorga poderes para os entes (pessoas jurídicas de direito público). A competência tributária é a atribuição dada pela Constituição Federal aos entes políticos do Esta- do (União, governos estaduais, Municípios e Distrito Federal) da prerrogativa de instituir (criar e majorar tributos) os tributos. Em síntese, a CF não cria, atribui competência para que a UNIÃO, DF, ESTADOS E MUNICÍPIOS, pos- sam criar tributos. Os Entes podem criar tributos (gênero) que contém 5 espécies: - Imposto - Taxas - Contribuição de melhoria - Contribuição especial - Empréstimo compulsório • Características da Competência Tributária 1- Indelegável: Significa que a criação, majo- ração, redução ou extinção, não poderá ser delegado para outro ente. A competência tributária (criar, majorar, re- duzir ou extinguir) não poderá ser delegada, mas a capacidade ativa (funções administrativas - arrecadar, fiscalizar e executar) podem ser delegadas para outra pessoa jurídica de direito público. - art. 7º CTN po- dendo ser revogadas a qualquer tempo, por ato unila- teral, inclusive. O ato de arrecadação também poderá ser dele- gada para pessoa jurídica de direito privado. 2 - Facultativa: A competência tributária será fa- cultativa (cria se quiserem) - art. 145, Cf. Pág. 9 3- Irrenunciável: Não se pode abrir mão dela. 4- Inalterável: Não pode ser alterada mediante norma infraconstitucional. 5 - Incaducável: Não prescreve. IMPOSTOS Competência PRIVATIVA (A Constituição determina o rol de impostos inerentes a cada ente, na qual cada ente pode criar seus tipos de impostos). Mas se tratando do DF, este tem competência concorrente. União - Art. 153, CF Estados - Art. 155, CF Distrito Federal - Art. 155, CF Municípios - Art. 156, CF Imposto de Importação (II) Imposto sobre circu- lação de mercadorias e serviços (ICMS Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) Imposto de Exportação (IE) Imposto sobre a pro- priedade de veículos automotores (IPVA) Imposto sobre a proprie- dade de veículos automo- tores (IPVA) Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) Imposto sobre Produto Industrializados (IPI) Imposto sobre trans- missão causa mortis e doação de qualquer bem ou direito (IT- CMd) Imposto sobre transmis- são causa mortis e doação de qualquer bem ou direi- to (ITCMd) Imposto sobre transmissão de bens imóveis intervivos (ITBI) Imposto sobre Opera- ções de Crédito, câm- bio e seguro (IOF) O DF ACUMULA OS IMPOSTOS MUNICI- PAIS, NA FORMA DO ART. 147 NA CF Imposto de renda (IR) Imposto sobre a pro- priedade territorial rural (ITR) Imposto sobre grandes fortunas (IGF) não regulamentado Residual - Novo im- posto (art.154,cf) Imposto extraordinário (art.154,cf) Pág. 10 TAXAS e CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA Art. 145, II e III, CF a competência é comum para todos os entes, ou seja, todos eles podem criar para suas respectivas taxas de serviços e contribuição de melhoria Competência COMUM; todos podem criar para seus respectivos serviços e obras públicas. União Estados Distrito Federal Município Comum Comum Comum Comum CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS Na forma do artigo 149, caput CF via de regra será da união. Na forma do mesmo artigo, os estados, DF e municípios poderão criar a contribuição previdenciária para os seus servidores públicos. Através de uma emenda constitucional, o DF e municípios ganharam mais uma atribuição, a contribui- ção de iluminação pública. (artigo 149-A, CF) Competência EXCLUSIVA DA UNIÃO (em regra) União Estados Distrito Federal Município Seguridade Social Contribuição previdenci- ária para servidores (regi- me próprio para servidor) Contribuição previdenci- ária para servidores (regi- me próprio para servidor) Contribuição previdenci- ária para servidores (regi- me próprio para servidor) Intervenção no domínio econômico Contribuição de ilumina- ção pública (COSIP) Contribuição de ilumina- ção pública (COSIP) Contribuição de catego- ria profissional Contribuição previdenci- ária para servidores (regi- me próprio para servidor) EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Competência exclusiva da UNIÃO. Art. 148, CF Pág. 11 4. LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR • O que limita a competência de tributar? Limitações ao poder de tributar são ferramen- tas de proteção ao contribuinte, tais ferramentas são previstas na Constituição Federal. São divididas em: • Princípios • Imunidades 4.1- Princípio da legalidade (dirá de que forma que o ente irá exercer sua competência) Art. 150, I, CF. Art. 97, I, II, CTN. Esses artigos dizem que os entes apenas po- derão criar, majorar, reduzir ou extinguir tributo por intermédio de lei. - Via de regra mediante LEI ORDINÁRIA. - Exceção: Existem 4 espécies tributárias que apenas poderão ser criadas por meio de LEI COM- PLEMENTAR (criar, majorar, reduzir ou extinguir), sendo esses: - IGF (ART. 153, VII, CF) - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (art. 148, CF) - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL RESIDUAL (ART.195, iv, cf) - IMPOSTO RESIDUAL (ART. 154, I,CF) Exceções ao Princípio da Legalidade: 1- Em regra, apenas lei (poder legislativo) pode- rá criar, majorar, reduzir ou extinguir. Porém o poder executivo, também poderá fazer isso, por meio de de- creto (art. 153 §1º, CF). - Poderá o poder executivo por meio de decreto,portaria ou resolução, alterar (majorar, reduzir, resta- belecer ou zerar) as alíquotas dos seguintes impostos: II - Imposto de Importação IE- Imposto de Exportação IOF - Imposto sobre operação financeira IPI - Imposto sobre produto industrializado - Isso porque esses impostos são conhecidos como impostos fiscal com o objetivo de regular o mercado. Pág. 12 2- Outra maneira que o poder executivo poderá atuar é na forma do artigo 177, §4º, I - B, CF/ art. 155, §4º, IV- C, CF. Por meio de decreto, portaria ou convênio po- derá reduzir ou restabelecer as alíquotas da: CIDE - Combustível ICMS - Combustível 4.2 - Princípio da Isonomia: De acordo com o art. 150, II da CF, fica vedado o tratamento desigual entre os contribuintes, sendo assim todos terão trata- mento igualitário perante a norma tributária. 4.3 - Princípio da anterioridade: Tal princípio tem relação com o que dispõe o art. 150, III, ‘‘b” e “c” da CF: Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias assegu- radas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios... III – cobrar tributos (...) b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. • Refere-se à anterioridade anual ou anteriorida- de de exercício, na qual, instituído novo tributo ou majorado, deverá aguardar o exercício se- guinte para que seja cobrado, sendo que exercí- cio é o primeiro dia do ano seguinte. c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; • Refere-se à anterioridade nonagesimal, na qual sendo o tributo, majorado ou instituído, deve- rá ser exigido apenas depois de decorridos 90 (noventa) dias da publicação da lei. Exceções ao Princípio da Anterioridade: Não se enquadra nas regas do princípio da anterio- ridade de exercício os seguintes tributos: - Imposto de Importação; - Imposto de Exportação; - Imposto Extraordinário de guerra; Pág. 13 - Imposto sobre Produtos Industrializados; - Imposto sobre Operações Financeiras; - Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública ou para Guerra Externa; - CIDE-Combustível e ICMS-Combustível. Não se enquadra as regas do princípio da anteriori- dade nonagesimal os seguintes tributos: - Imposto de Importação; - Imposto de Exportação; - Imposto de Renda; - Imposto sobre Operações Financeiras ; - Imposto Extraordinário; - Empréstimo Compulsório para Calamidade Pú- blica ou para Guerra Externa; - Alterações na base de cálculo do IPTU e do IPVA. 4.4 - Princípio do Não Confisco: Trata-se da proibição de ente público em estabelecer ou exigir tributos com caráter confiscatório, um ente público poderá estabelecer ou exigir tributo com caráter con- fiscatório, ou seja, que impeça o uso adequado da pro- priedade/bens. 4.5 - Princípio da não cumulatividade: É a proibição de serem criados pela União, novos tributos que sejam cumulativos ou tenham base de cálculo ou fato gerador próprios dos discriminados na CF. 4.6 IMUNIDADES A imunidade é uma das hipótese de limitação constitucional ao poder de tributar, em sua ocorrên- cia, fica proibido a cobrança de tributos, em alguns casos. • Diferença entre incidência e a não incidên- cia: Incidência: Ocorrência de um fato gerador previsto na legislação que gera a obrigação tributária. Não incidência: É a ausência da previsão legal de um determinado fato que gere a incidência de um tributo. Pág. 14 • Diferença entre imunidade e isenção tribu- tária: Imunidade: É o impedimento constitucional, isto é, a Constituição impede a incidência de tribu- tação. Em outras palavras, a imunidade retira do ente (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) o po- der de tributar determinadas pessoas ou bens. Isenção: É uma hipótese de não incidência le- galmente qualificada ou a dispensa legal do pagamen- to do tributo devido. 1- Imunidade Tributária: É a dispensa constitucional ao poder de tributar, na qual a cons- tituição impossibilita o poder que o ente competente tem. É dividida em: - Imunidade específicas; - Imunidade genéricas (imposto, art.150, VI, CF); a) Imunidade Recíproca (apenas imposto) (art.150, VI, “a”,CF) - Os entes competentes (União, DF, Estados e Municípios) não poderão cobrar impostos entre eles sob seus patrimônios, rendas ou serviços. EX.: É vedado ao estado cobrar impostos de bens, rendas ou serviços do município. Art.150, §2 e 3º da CF, diz que essa imunida- de recíproca se estende para as autarquias e fundações públicas SOB A CONDIÇÃO de: - Instituídas ou mantidas pelo poder público - Não poderão cobrar taxa ou tarifas - Não poderão entrar na concorrência priva- da. b) Imunidade Religiosa (apenas impostos) - (art. 150, VI, “b”, CF) É vedado aos entes instituir impostos sob tem- plos de qualquer culto, pois tens o desejo de tutelar a liberdade religiosa e com isso, o papel dessa imunida- de é conceder a todo e qualquer templo a imunidade para que não paguem impostos sobre seus patrimô- nios, rendas ou serviços. Pág. 15 “TODO E QUALQUER TEMPLO” = todo templo que tem um Deus (igreja evangélica, católica ou de qualquer outra religião) Não se aplicando à maçonaria, isso porque maço- naria é filosofia de vida, não sendo religioso. Para gozar de tal imunidade é necessário o cumprimento dos requisitos previstos no art. 150, §4º,CF, isto é, devem reverter toda a renda, serviço e patrimônio ao cumprimento de sua finalidade essen- cial (adoração a palavra divina), em outras palavras, os bens e rendas devem pertencer ao templo. NÃO SE APLICA PARA BENS EM NOMES DE PA- DRES, PASTORES ETC. c) Imunidade Subjetiva (apenas impostos) - (art. 150, VI, “c”, CF): - Trata-se de Entidade de Assistência Social sem fins lucrativos. Essas também não pagam con- tribuição de seguridade social, ou seja, o empregador fica imune na contribuição, mas nada impede de co- brarem do funcionário (que seja pago a sua parte de- vida à seguridade social). - Entidades de educação sem fins lucrativos - Partidos e suas fundações - Sindicados dos trabalhadores • Terão imunidade, não podendo ser exigido impostos sobre seus respectivos patrimônios, rendas ou serviços, desde que: - Reverta seus patrimônios, rendas ou serviços a sua finalidade essencial. Art. 150 §4º, CF. - Requisitos do art. 14 do CTN. Não dividir renda entre seus diretores, não enviar dinheiro para o exterior e cumprir com as escritas contábeis. d) Imunidade Cultural (apenas de impos- to) (art. 150, VI, “d”, CF) - É uma imunidade puramente objetiva. - É a proibição dos Entes federados em insti- tuir tributos sobre: 1. Livros 2. Periódicos/ revistas 3. Jornais 4. Papéis destinados a sua im- pressão Pág. 16 É imune todos os livros e revistas seja ele de cunho sexual (playboy), conhecimento ou fofoca,- mesmo que dentro deles existam alguns anúncios de marcas diversas, isso porque o intuito da revista não é de venda direta pelo anúncio. - O livro é imune, mas tal imunidade não é estendida à livraria, às editoras, aos autores, etc. Des- ta forma, não há imunidade do IPTU do imóvel ou do IR da pessoa jurídica, por exemplo. - Não é qualquer papel que terá a imunidade, é conferido imunidade apenas para papeis destinados a impressão de algum dos outros objetos listados, ou seja, livros, revistas, jornais que transmitam pensa- mento/conhecimento/informação. Objetos com cunho publicitário, isto é, com a intenção de vendas não terá imunidade. Ex.: Revista da Avon não tem imunidade, ten- do em vista o seu cunho publicitário, a revista é feita com a intenção clara de obter vendas, logo os papeis destinados a impressão dessa revista não terá imuni- dade. A imunidade objetiva pertence aos objetos listados, desde que: - Transmitam pensamento - Tenham uma ideia formal orientada - Não tenham objetivopublicitário e) Imunidade genérica (apenas de impostos) - CD’S e DVD’S art.150, VI, “e”,CF A produção de cd’s e dvs’s, produzidos no Bra- sil por artistas e/ou interpretes brasileiros será imune, porém, a replicação não tem imunidade. A produção será imune, mas não abrange re- alizar cópias para venda. 5. OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDA- DE TRIBUTÁRIA A obrigação tributária legal em que o sujeito passivo tem que prestar (pagar) ao sujeito ativo pelo tributo correspondente (fisco). Na forma do art. 113, CTN, temos obrigações: Pág. 17 ▶ Principais (art. 113, § 1, do CTN): é toda obrigação de pagar (dar), podendo ser o pagamento de tributo ou multa decorrente do objeto. - Surge quando se tem a ocorrência do fato ge- rador previsto na legislação. ▶ Acessórias (art. 113, § 2, do CTN): é toda obrigação de prestação a ser cumprida, fazer ou não fazer, podendo ser, emissão de notas fiscais, balanço contábil, etc. tendo o objetivo de evitar sonegação fis- cal. ✳No direito tributário não existe relação entre as obrigações principais e acessórias, ou seja, as aces- sórias não seguem as principais, como no direito civil. ✳Mesmo alguém sendo imune não estará dis- pensado das obrigações acessórias, ex.: as entidades sem fins lucrativos, elas são imunes mas não são dis- pensadas das obrigações acessórias, ou seja, elas de- verão emitir notas fiscais, balanço contábil e demais escrituras contábeis. ✳O descumprimento das obrigações acessó- rias gera o pagamento de MULTA. Em relação ao sujeito ativo da relação obriga- cional, o art. 119 do CTN dispõe que este é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o cumprimento. Se tratando do sujeito passivo, a definição se encontra nos arts. 121 e 122 do CTN, em que este po- derá ser o contribuinte ou responsável. Contribuinte: é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador. → A responsabilidade é originária. Responsável: é aquele que mesmo sem ter en- volvimento direito ao fato gerador ou da condição de contribuinte, tem sua obrigação decorrente de dispo- sição expressa de lei. → A responsabilidade é derivada. Pode ser dividida em: 1. Por Substituição - Ocorre quando a legislação atribui o dever de pagar a outra pessoa diversa daque- la que deu origem ao fato gerador, neste caso o con- tribuinte é afastado da relação originária onde o seu substituto é um terceiro (desde a ocorrência do fato gerador). Podendo ser subdividida em: Pág. 18 1.1 - Substituição regressiva (antecedente ou “para trás”): Representa, o fenômeno conhecido por diferimento , no qual os ocupantes das posições anteriores nas cadeias de produção e circulação são substituídas por aquelas que ocupam as posições pos- teriores. Em linhas gerais, ocorre o adiamento do reco- lhimento do tributo devido para um momento poste- rior à ocorrência do fato gerador. Exemplo: O produto leite cru. Aqui temos o produtor rural versus a empresa de laticínio, se tratando da substituição regressiva, a legislação determina como substituto para recolher o tributo a empresa de laticínios sendo que o fato gera- dor ocorreu "lá trás". 1.2 - Substituição progressiva (subsequente ou “para frente”): Ao contrário da repressiva, a subs- tituição progressiva é a antecipação do recolhimento do tributo na qual o fato gerador se quer aconteceu (ocorrerá), sendo assim, uma expectativa/ fato gera- dor presumido. Em linhas gerais, o fato gerador ocorre “lá na frente”, enquanto o pagamento é antecipado, ou seja, é realizado o recolhimento do tributo sem que haja o fato gerador. Exemplo: Veículos novos. Aqui temos a indústria automobilística versus as concessionárias, se tratando da substituição pro- gressiva, o fato gerador vai ocorrer "lá na frente" com a venda na concessionária porém o ICMS é recolhido antes da ocorrência do fato. 2. Por Transferência - Ocorre com a "transfe- rência" do ônus tributário para um terceiro determi- nado em lei após a ocorrência do fato gerador. Podendo ser subdividida em: • Responsabilidade solidária (CTN, arts. 124 a 125); • Responsabilidade dos sucessores (CTN, arts. 130 a 133); • Responsabilidade de terceiros (CTN, arts. 134 e 135). 1. Responsabilidade Solidária - São solidariamente obrigadas: a. as pessoas que tenham interesse comum na si- tuação que constitua o fato gerador da obrigação principal; → Solidariedade natural. Pág. 19 b. as pessoas expressamente designadas por lei; → Solidariedade legal. ✳ Importante destacar que os devedores soli- dários respondem pelo todo, na qual não comporta benefício de ordem, ou seja, o Fisco pode exigir a to- talidade do crédito de qualquer dos codevedores. 2. Responsabilidade por sucessão - A obrigação tributária se transfere a terceiro em de- corrência do "desaparecimento" do sujeito passivo original. Podendo ser por: a) Transferência causa mortis: por morte do primei- ro devedor, recaindo o ônus aos herdeiros, havendo a responsabilidade pessoal (art. 131, II e III, CTN); ou b) Transferência inter vivos: a obrigação se transfere para o adquirente, nas 4 (quatro) hipóteses: • 1ª Hipótese – art. 130: transmissão de imóveis (su- cessão imobiliária); • 2ª Hipótese – art. 131, I: transmissão de bens mó- veis (sucessão mobiliária); • 3ª Hipótese – art. 133: transmissão de estabeleci- mento comercial, industrial ou profissional (su- cessão comercial); • 4ª Hipótese – art. 132: transmissão decorrente de fusão, incorporação, transformação ou cisão (su- cessão empresarial). 3. Responsabilidade de terceiros - Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuin- te, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem res- ponsáveis: a - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; b - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; c - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; Pág. 20 d - o inventariante, pelos tributos devidos pelo es- pólio; e - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; f - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos prati- cados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; g - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infra- ção de lei: a - as pessoas referidas no artigo anterior; b - os mandatários, prepostos e empregados; c - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 6. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS 6.1 - Vinculado e não Vinculado: O Tributo Vinculado é aquele que têm por fato gerador uma atividade estatal voltada diretamente para a prestação de um serviço específico ao contri- buinte, isto é, somente haverá essa cobrança quando existir uma atuação do Estado diretamente dirigida para beneficiar o particular. Exemplo: taxas e contribuições de melhoria. O Tributo Não Vinculado é aquele tipo de tri- buto que o fato gerador independe de qualquer ati- vidade estatal específica em relação ao contribuinte, sendo assim, os valores arrecadados podem ser desti- nados a qualquer prestação diversa inclusive daquele que lhe deu causa. Exemplo: são os impostos especificados nos arts. 153, 155 e 156 da CF/88 + o imposto extraordi- nário e o residual. 6.2 - Fiscais, Extrafiscais e Parafiscais Os tributos fiscais são aqueles que tem por fi- nalidade a mera arrecadação de receita, não existindo nenhuma prestação recíproca por parte do Estado. Ou seja, é a mera captação de receita para os cofres públi- cos. Pág. 21 Os tributos extrafiscais além de possuir finali- dade arrecadatória, exercem a função de controle de mercado, corrigindo anomalias. Exemplo: Impostode Exportação. O termo parafiscal, tem por finalidade o dire- cionamento para abastecer os recursos financeiros de entidades com atribuições específicas. Isto é, os valo- res arrecadados recaem para as entidades diversas do Estado. 7. TRIBUTOS EM ESPÉCIE Defende a maioria da doutrina que existem cinco tributos no atual sistema tributário constitucio- nal brasileiro (teoria pentapartite), sendo eles: a) impostos; b) taxas; c) contribuição de melhoria; d) empréstimo compulsório; e) contribuições gerais ou especiais. 7.1 - IMPOSTOS O conceito poderá ser retirado do art. 16, CTN: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qual- quer atividade estatal específica, relativa ao contri- buinte. ↓ Isso quer dizer que o fato gerador não depende de uma atividade estatal, sendo atividade a ser praticada pelo contribuinte. (Pessoa física ou jurídi- ca). - EM REGRA, Impostos são criados por lei ORDI- NÁRIA. - De finalidade meramente fiscal. Exceção: como regra, pois alguns impostos assumem natureza extrafiscal, tais como o II, IE, IPI e IOF. - É uma espécie tributária cujo fato gerador não está vinculado a nenhuma atividade estatal diretamente relacionada com o contribuinte. Não há retorno direito em termos de serviços e bens para os seus pagadores. (Diferentemente da taxa, por exemplo). Pág. 22 - Não há afetação - não há vinculação a receita pro- veniente de impostos a qualquer fundo ou despesa pré-estabelecida. Atenção: existem 3 exceções: 1. Repartição constitucional dos impostos: Cada tipo de imposto vai para um determinado ente federativo (União, Estados, DF e Municípios) *Veja que a União recebe mais impostos, por isso, uma porcentagem prevista na constituição desses impostos da União será enviado para os outros entes da federação. (art. 157 e 158, CF) 2. Destinação de recursos para área priori- tárias: saúde, educação + atividade tributária 3. Prestação de garantias: a) operação de crédi- to por antecipação de receita; b)União federal; c) pagamento de débitos com a União Federal → Impostos diretos e indiretos Diretos: São os impostos que os governos (federal, estadual e municipal) arrecadam sobre o patrimônio (bens) e renda (salários, aluguéis, rendi- mentos de aplicações financeiras) dos trabalhadores. São considerados impostos diretos, pois o governo arrecada diretamente dos cidadãos. Ex.: IRPF, IPVA, IPTU Indiretos: São os impostos que incidem sobre os produtos e serviços que as pessoas con- somem. São cobrados de produtores e comerciantes, porém acabam atingindo indiretamente os consu- midores, pois estes impostos são repassados para os preços destes produtos e serviços. Ex.: ICMS, ISS, IPI União Estados DF Municípios Pág. 23 → Impostos pessoais e reais Pessoais: São aqueles que estabelecem diferen- ças tributárias em função das condições próprias do contribuinte. Exemplo: Imposto de Renda das Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas. Vinculados à pessoa. Reais: São aqueles que não levam em conside- ração as condições do contribuinte, indicando igual- mente a todas as pessoas. Exemplo: IPTU. Vinculados à coisa, ou seja, a obrigação nasce da coisa. → Impostos fiscais e extrafiscais Fiscais: Criado para arrecadar recursos a pes- soa jurídica de direito público interno, para que possa cobrir seus gastos. Exemplo: Imposto de Renda. Extrafiscais: Quando não visa só a arrecada- ção, mas também, corrigir anomalias. Exemplo: Im- posto de Exportação. → Proporcionalidade São caracterizados quando os impostos são es- tabelecidos em porcentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável .Exemplo: ITBI. → Progressividade São os impostos cujas alíquotas são fixadas em percentagens variáveis e crescentes, mas a base de cál- culo será fixa . Exemplo: Imposto de Renda – Pessoa Física. Competência PRIVATIVA (cada ente pode criar seus tipos de impostos). Mas se tratando do DF, este tem competência concorrente. Ver tabela 01 • Impostos municipais: - Art. 156, CF > cabe aos municípios criar: IPTU ISS ITBI → Em razão do art. 147, CF, os impostos de competência dos municípios também são recepcionados pelo Distrito Federal. Pág. 24 1. IPTU - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDA- DE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA - Tem previsão no art. 156, I, CF e arts. 32 a 34, CTN O fato gerador é ser proprietário de imóvel urbano Aqui temos uma divergência legislativa, no entendi- mento entre a Constituição Federal e o Código Tribu- tário Nacional: CF → o imposto é devido pelo proprietário. CTN → o imposto é devido pelo proprietário, também pelo possuidor ou detentor do imóvel - em casos de pagamento pelo locatário, será a título de transmissão por contrato cível, pois, tributariamente não é o sujeito passivo. O CTN é de 66 e a CF é de 88, pela hierarquia, apli- ca-se o que diz a CF, porém por ter sido recepcio- nado, irá ter a aplicação do CTN, no que se refere ao pagamento feito pelo possuidor (desde que este tenha animus domini - animus de ser proprietário, ex. promitente comprador que já tem a posse do imóvel) e o detentor. • O que é um imóvel urbano? O imóvel é considerado urbano pela locali- zação, se este estiver na zona urbana, deverá pagar o IPTU, caso esteja na zona rural, pagará ITR. Em casos de dúvidas quanto ao local, cabe a lei municipal dizer qual zona é aquela. →Porém, não cabe apenas a lei munici- pal relatar, para caracterizar zona urbana o art. 32, CTN estabelece que aquela área deverá conter ao menos 2 melhoramentos dos 5 citados no art. 31, §1º. → Se houver um imóvel dentro da zona urbana mas com destinação econômica rural, este deverá recolher ITR. → É permitido alíquotas diferenciadas em razão da uti- lidade do imóvel (residencial ou comercial). Pág. 25 2. ITBI - IMPOSTO SOBRE A TRANSFE- RÊNCIA DE BENS IMÓVEIS INTERVIVOS - Tem previsão no artigo 156, II, CF e arts. 35 a 42, CTN. O fato gerador é a transferência de imóvel por título oneroso (compra e venda de casas e apartamen- tos). Existindo mais duas incidências também pre- vistos no artigo 156, II, CF: Transmissão de direitos reais de bens imóveis por título onerosos (exceto os de garantias); Cessão de direitos a sua utilização (dação em pagamento de bem imóvel). 3. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - Tem previsão art. 156, III e lei complementar 116/03. O fato gerador será sobre: 1) Serviços: desde que não estejam na competência do ICMS (transporte intermunicipal ou interestadual/ serviço de comunicação) e que tenha previsão em lei complementar. - Súmula vinculante 31: é inconstitucional a inci- dência do ISS sobre locação de bens móveis. • Impostos Estaduais e Distritais: - Tem previsão no art. 155, CF > cabe aos Estados e Distrito Federal, criar: ICMS ITCMd IPVA 1. ICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - Tem previsão art. 155, II e lei complementar 87/96. O fato gerador deste imposto é na incidência de: 1. Operações de circulação de mercadorias; 2. Serviço de transporte intermunicipal e interestadual; Pág. 26 3. Serviço de comunicação; 4. Energia elétrica; 5. Importação. Princípios: Seletividade - De acordo com a necessidade da mercadoria, quanto mais essencial o bem, menor será a tributação, quanto menos essencial a merca- doria, maior será a tributação do produto. Não cumulatividade - Compensando-seo que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o mon- tante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. 2. ITCMD - IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS OU DOAÇÃO - Tem previsão no artigo 155, I, CF e 35-a - 42, CTN. ITCMD ITBI Estados e DF Municípios e DF Gratuito Oneroso Causa mortis ou doação Compra e venda ou permuta Qualquer bem - imóvel e móvel Apenas imóveis → Súmula 112: o imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. → Súmula 113: o imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação. → Súmula 114: o imposto de transmissão "causa mortis" não é exigível antes da homologação do cál- culo. → Súmula 115: sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante, com a homologação do juiz, não incide o imposto de transmissão causa mor- tis. Pág. 27 - Em caso de imóveis (causa mortis ou doação) o estado que irá receber o imposto é o do local do bem. Em caso de móveis → Art. 155, §1º, III, CF - Caberá a lei complemen- tar dizer qual estado competente para ficar com o im- posto caso os fatos geradores ocorrer no exterior. → Se tratando de causa mortis = pagará os herdei- ros. → Causa mortis = o estado que ficará com o im- postos será aquele em que for processado o inventário. → Doação = estado do domicilio do doador. → Se tratando de causa mortis = pagará os herdei- ros. → Se tratando de doação = pagará o doador ou quem a lei dizer. 3. IPVA - IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEICULO AUTOMOTOR - Tem previsão no art. 155, III, CF. Incide apenas em veículos terrestres; O STF decidiu por meio do RE 255.111/SP, que so- mente veículos automotores terrestres devem ser tri- butados. Poderá ter alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do veículo. Causa mortis = o estado que ficará com o imposto será aquele em que for processa- do o inventário. Doação = Estado do domicílio do doador. Pág. 28 • Impostos Federais: - Previsão nos arts. 153 e 154, CF. Art. 153, CF Art. 154, CF IPI RESIDUAL IE GUERRA IR II ITR IOF IGF 1. IMPOSTO RESIDUAL - art. 154, I Requisitos : - Apenas a união pode criar. - Deve ser criado por meio de lei complementar. - Não cumulativo = quando se pode compensar na cadeia posterior com o que foi pago na cadeia ante- rior. - Fato gerador e base de cálculo diferente dos im- postos já criados/previstos. 2. IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA - art. 154, II Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos ex- traordinários. 3. IE IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO - II IMPOS- TO DE IMPORTAÇÃO - IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS II - O fato gerador do Imposto de Importação se dá quando ocorre a entrada de produtos estrangeiros (de outros países) no território nacional. IE - O fato gerador do Imposto de Exportação se dá quando ocorre a saída de produtos nacionais (ou nacionalizados) para o exterior. IOF - Ocorre com as operações relativas a títulos mobiliários quando da emissão, transmissão, paga- mento ou resgate destes títulos. Pág. 29 4. IPI - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUS- TRIALIZADOS O IPI é o Imposto sobre Produtos Industrializa- dos, ele incide nos produtos industrializados, nacio- nais e estrangeiros. Esse imposto está previsto no art. 153, IV, da Constituição Federal, sendo que suas disposições es- tão descritas no Decreto nº7.212, de 15 de junho de 2010, que regulamenta a cobrança, fiscalização, arre- cadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados. Fato gerador: saída de produto do estabeleci- mento industrial (ou equiparado a industrial) ou o desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira. 5. IR - IMPOSTO DE RENDA Imposto de renda significa o valor anual des- contado do rendimento do trabalhador ou da empre- sa e entregue ao governo federal, sendo que a porcen- tagem de desconto é fixada pelo governo de cada país onde é aplicado tal imposto. 6. ITR - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL É um tributo federal que se cobra anualmente das propriedades rurais. Precisa ser pago pelo pro- prietário da terra, pelo titular do domínio útil ou pelo possuidor a qualquer título. 7. IGF – IMPOSTO SOBRE GRANDES FOR- TUNAS Imposto sobre grandes fortunas, trata-se de um imposto federal, ou seja, de competência exclusiva da União para sua instituição e aplicação (Constituição Federal, art. 153, inciso VII), demanda lei comple- mentar para a sua regulamentação que não foi apro- vada até os dias de hoje. Pág. 30 7.2 - TAXAS Taxa é o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua dis- posição. Taxas são tributos, previstos no art. 5º, do CTN e no artigo 145, II, Constituição Federal. • Existe duas formas de taxas: 1. Taxa decorrente do poder de polícia (vincu- lada ao artigo 78, CTN) - também conhecida como taxa de fiscalização 2. Taxa decorrente serviço público - art. 77, 78 e 79 - Não haverá sobre serviço particular, exceto se for prestado por uma pessoa jurídica de direito pri- vado licitada pelo Poder Público; ex.: coleta de lixo. É disponibilizado ao contribuinte, este usando ou não do serviço, visto o que diz art. 77, CTN (é devido por serviço efetivo ou posto a sua disposição - efetiva ou potencial). As taxas podem ser exigidas dos cidadãos em duas situações: (1) quando o Poder Público prestar ao contribuinte um serviço público, específico e di- visível. Neste caso denominamos de taxa de serviço. Ou então (2) quando houver o exercício regular do Poder de Polícia. • Especifico > Ele será específico quando pu- der ser apontado qual é o serviço. Por exemplo, o ser- viço de coleta de lixo, o serviço de segurança pública, de coleta de esgoto, entre outros. • Divisível > Essa característica se encontrará sempre que for possível determinar quem é o benefi- ciado do serviço. Diferença entre taxa e tarifa Pág. 31 Taxa Tarifa Objeto Exercício do poder de polícia ou a utilização de serviços públicos específicos e di- visíveis. Art. 145, II, CF. Serviços públi- cos explorados por conces- sionários. Art. 175, parágrafo único, III, CF. Obrigatorie- dade Existente por se tratar de tributo. A contrapresta- ção pelo serviço é devida inde- pendentemente da vontade do contribuinte. Art. 145, II, CF Inexistente. Fica obrigado a pagar somente aquele que opta pelo serviço. Finalidade Lucrativa Não há. A pres- tação pecuniária existe apenas para cobrir os custos da atividade. Existente como o principal interesse do particular em explorar uma atividade pú- blica. Natureza jurídica Tributo Preço público 7.3 - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA Contribuição de melhoria é o tributo cobrado pelo Estado em decorrência de obra pública que pro- porciona valorização do imóvel do indivíduo tributa- do. A contribuição de melhoria é um tributo que pode ser exigido pelo Poder Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) quando houver: (1) a realização de uma obra pública e (2) uma valorização imobiliária decorrente desta obra. Sem estas duas características, ou então ocor- rendo somente uma delas (apenas a obra pública ou a valorização), não é possível criar uma contribuição de melhoria. A finalidade desse tributo é custear a obra pública. Não é uma cobrança pela obra, não é o preço da obra > é o pagamento de um valor pela valorização imobiliária decorrente das melhorias feitas ; diz res- peito à valorização imobiliária pela obra pública. Pág. 32 Pode ser cobrado pelo Poder Público nas seguintes situações: 1. Realização de uma obra pública; 2. Valorização imobiliária decorrente de uma obra pública ( o valor do imóvel é maior depois da obra em relação ao que era antes da obra).Obs.: o que se leva em consideração, para efeitos de cálculo, não é o valor inicial do imóvel, nem o valor final do imóvel, mas a diferença entre eles, ou seja, a valorização. Obs.: em caso de desvalorização, o poder público será responsabilizado, por indenização de compe- tência cível. Obs.: deve ser imóvel particular (não cobrança para imóveis de poder público) - apenas proprietá- rio (locatário não pode ser cobrado). Obs.: não cabe contribuição de melhoria em casos de obra de reforma/melhoria de patrimônio pú- blica (deve ser uma obra para construção de algo novo). Obs.: não pode ser obra executada por pessoa pri- vada. Quanto ao valor da contribuição de melhoria exis- tem duas limitações: (1) limite individual. > Cada proprietário de um imóvel valorizado por uma obra pública não pode ser cobrado mais do que sua valorização. (2) limite global. > A soma de todas as contribui- ções de melhoria cobradas não pode ser maior que o preço total de uma obra pública. 7.4 - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Os empréstimos compulsórios são regulados no artigo 148 da Constituição Federal e art. 15 do Có- digo Tributário Brasileiro, em caráter de tributo como uma forma de um empréstimo obrigatório, forçado. Ou seja, todos os indivíduos serão obrigados a em- prestar dinheiro para o Poder Público, mas em con- trapartida a devolução deste valor é garantida pelo próprio. Pág. 33 Os empréstimos compulsório faz parte da te- oria pentapartite, sendo assim, é uma espécie tribu- tária. - São compulsórios mas sempre são emprésti- mos, e dessa forma deve ser devolvido. (caráter res- tituibilidade). A lei que institui o empréstimo deverá regulamentar a devolução. Obs.: A súmula 418, STF, dispondo que o em- préstimo compulsório não seria um tributo, está su- perada. Súmula 418 O empréstimo compulsório não é tributo, e sua ar- recadação não está sujeita à exigência constitucional da prévia autorização orçamentária. ↓ Essa súmula está revogada, visto que à época de sua edição, fixou a orientação de que o empréstimo compulsório não era tributo. - Deve ainda, ser instituto por meio de lei com- plementar. Também dependem de lei comple- mentar: Imposto residual, imposto sobre grandes fortunas e da contribuição so- cial residual. Obs: todos aqueles que dependem de lei complementar, ainda não foram ins- tituídos. - É de competência privativa da união, em nenhu- ma hipótese haverá declinação da competência. ↓ Alguns livros constitucionais usam o termo competência exclu- siva, porém no âmbito tributário o termo usado é privativa. Obs.: STF reconhece competência concorrente de estados, DF, municípios e União no combate à Co- vid-19. Pág. 34 O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, confirmou o entendimento de que as medidas adotadas pelo Governo Federal na Medida Provisória (MP) 926/2020 para o enfrentamento do novo coronavírus não afastam a competência con- corrente nem a tomada de providências normativas e administrativas pelos estados, pelo Distrito Fede- ral e pelos municípios. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (15), em sessão realizada por videocon- ferência, no referendo da medida cautelar deferida em março pelo ministro Marco Aurélio na Ação Di- reta de Inconstitucionalidade (ADI) 6341. http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?id- Conteudo=441447 ↓ O STF em sua decisão confirmou a competên- cia concorrente de Estados, Distrito Federal, Municí- pios e União para o enfrentamento da pandemia do Covid-19. Isto é, Governadores e Prefeitos tem au- tonmia para estabelecer medidas como o isolamento social e o fechamento do comércio de acordo com a sua situação local. Deve ter atenção, pois, tal decisão diz respeito tão somente para medidas de competência concor- rente, logo, para o âmbito tributário a decisão não muda as regras de competência tributária. Repete-se que não haverá declinação da competência. CASOS QUE AUTORIZAM A CRIAÇÃO DO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: O art. 148, CF/88 dispõe sobre as hipóteses ex- cepcionais, que na ocorrência deles, poderá ser criado Empréstimo Compulsório, que é em caso de despesas extraordinárias para atender: (1) calamidade pública; (2) guerra externa ou sua ameaça; ou então (3) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Art. 148, CF. - Para atender a despesas extraordinárias, decor- rentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência: Pág. 35 Empréstimo calamidade + guerra Esse inciso diz a respeito que o empréstimo compulsório será instituto decorrente de calamidade ou em guerra, mesmo que em sua iminência. A calamidade do Empréstimo Compulsório decorre de fenômeno da natureza, como maremotos, enchentes catastróficas, etc. Deve ser algo fora da normalidade, de fato, algo fora do comum, por exemplo não poderia instituir o empréstimo pela seca do sertão, por mais que seja de extrema preocupação, não é suficiente para autorizar a criação do Empréstimo Compulsório por calamida- de, visto que já está dentro da normalidade da região. Além disso, a calamidade deve ser em âmbito nacional, uma vez que se trata de tributo federal, mo- tivo pelo qual as catástrofes que ocorrem apenas em determinados municípios ou em certos estados não são suficientes. Entende-se por guerra externa como um con- flito internacional armado. Essa hipótese apenas ocor- rerá em caso de outro país ameaçar ou declarar guerra contra o Estado brasileiro. Vale a atenção para o ter- mo externa, que em razão disso, conflitos internos não se encaixam nessa hipótese. No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o dispos- to no art. 150, III, "b". Despesas extraordinárias são aquelas que não estavam pre- vistas no orçamento, assim como uma outra denominada de suplementar. Suplementar: as despesas já es- tavam previstas, mas não hou- ve orçamento suficiente; Extraordinária: não estava prevista pois não era esperado. Pág. 36 7.5 - CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS As contribuições integram a teoria quintapar- tite, sendo a quinta espécie tributária. Está previsto no artigo 149 da Constituição Federal: Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissio- nais ou econômicas, como instrumento de sua atua- ção nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. De acordo com o artigo, a espécie “contribui- ções” comporta outras subespécies, quais sejam: a) As contribuições de intervenção no domí- nio econômico. b) As contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. - Categorias profissionais (empregados) - Categorias econômicas (empregadores) • Contribuição anuidade-anuidade Tem a função de arrecadar para os órgãos de regulação das categorias profissionais (CREA, CRE- FITO, CRM) - conselhos de fiscalização. Obs.: anuidade da OAB não é um tributo, sen- do a cobrança de caráter civil. (deliberação da OAB) Ex.: Deixar de pagar a OAB gera uma dívida civil. Dei- xar de pagar os demais conselhos, gera uma dívida tri- butária. (por ter natureza tributária). • Contribuição-Sindical Art. 8º É livre a associação profissional ou sin- dical, observado o seguinte: I.... IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confe- derativo da representação sindical respectiva, inde- pendentemente da contribuição prevista em lei; Pág. 37 Contribuição sindical: contribuição prevista em lei - é aquela que é descontada no salário dos emprega- dos celetistas, correspondente ao valor de 1 dia traba- lhado uma vez ao ano; Obs.: Por maioria, o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade dos textos normati-vos oriundos da reforma trabalhista que extinguiu a obrigatoriedade da contribuição sindical. Contribuição confederativa: assembleia geral - é pago todo mês, de caráter facultativo, somente pagará quem for filiado a sindicato; 8. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO A extinção do crédito tributário tem função de extinguir, ou fazer desaparecer o crédito tributário. A forma mais comum de extinção do crédito tributário é pelo pagamento, quando o contribuinte simplesmente paga o seu crédito tributário, e por essa razão ela se extingue. O artigo 156 do CTN elenca as hipóteses que acarretam tal fim ao crédito tributário. MODALIDADES: • Pagamento - A forma mais comum de extinção. - A imposição de multa não dispensa o paga- mento do crédito (tributo). - Não existe presunção de pagamento - O lugar do pagamento, será o domicilio do sujeito passivo - Caso ocorra antecipação do pagamento, o contribuinte pode ter DESCONTO • Compensação - Poderá ser realizada a compensação, quando houver uma credora/devedora uma da outra. Ex.: O Fisco e contribuinte são credoras e de- vedoras uma da outra. Em que uma contribuinte é credora (tem um crédito a receber do Fisco) e devedora ao mesmo tem- po, neste caso a contribuinte irá buscar a compensa- ção tributária. Pág. 38 - Esta modalidade somente poderá ser reali- zada nos termos da lei específica do ente competente. Isto significa que não adianta ter créditos a receber, deve atender aos requisitos da lei de cada ente. Ex.: Em algumas leis de estados só admite compensa- ção se tratar de créditos de naturezas iguais. • Transação - Transação é um acordo celebrado, com base em lei, entre o Fisco e o contribuinte, pelo qual a pri- mitiva obrigação tributária desaparece, dando lugar a uma ou mais novas obrigações tributárias. É causa extintiva da obrigação tributária, muito rara. • Remissão - Assim, remissão é o perdão legal do débito tributário, que pode ser total ou parcial. Somente a lei pode perdoar o débito tributário (lei remissiva), não podendo, a remissão, ser concedida por decretos, portarias ou qualquer outro ato que não seja lei pro- priamente dita (princípio da legalidade e princípio da indisponibilidade do interesse público). Somente lei específica da pessoa política tributante pode conceder a remissão. (art. 150, § 6.º, da CF/88). - Em sua regra, apenas por créditos já existen- tes. • Decadência - É a perda do direito material pelo seu titular, pelo seu não exercício durante um certo tempo. - O direito já nasce com um prazo certo para ser exercido, o que não se dá com a prescrição, que passa a correr do momento em que nasce a ação. Está relacionada a prazo previsto em lei para exercício de direito indisponível e não patrimonial. Caso o contribuinte não pague o crédito tri- butário, o ente tributante tem o direito de pleitear em juízo a cobrança deste crédito por meio da ação de execução fiscal. A Administração Tributária possui um prazo para efetuar o lançamento do crédito tributário, sen- do este prazo decadencial de 5 (cinco) anos. Novais (2018, p. 400), descreve pontualmente algo interes- sante nesta modalidade: - PRAZO QUE O FISCO TEM DE 5 ANOS PARA COBRAR TRIBUTOS NÃO PAGOS OU NÃO DECLARADOS . Pág. 39 9. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁ- RIO A exclusão ocorre quando o credito tributário é afastado e o contribuinte é excluído do dever de pa- gar o tributo. Hipóteses: Art. 175. Excluem o crédito tributário: I – a isenção; II – a anistia. isenção e a anistia. • Isenção - art. 175, I do CTN. A isenção consiste em uma norma infracons- titucional que exclui o crédito tributário, impedindo a incidência da norma de tributação, previsto no inciso I do art. 175 do CTN Isenção é diferente de imunidade: não há que se confundirem os dois institutos. A distinção é simples, a isenção é a retirada, mediante lei, da possibilidade de tributar, ou seja, pode tributar, mas o ente, por política de gestão pú- blica, opta pela renúncia da receita, o que pode ser revogada posteriormente. Já se tratando da imunidade, está é a impos- sibilidade originária, pois a CF estabelece a retirada do ente o poder de tributar determinadas pessoas ou bens. • Anistia - art. 175, II do CTN. A anistia é o perdão de sanção tributária, de penalidade (multas). Os casos de anistia refletem apenas a exclusão das penalidades e não do crédito tributário. - Abrange as infrações cometidas antes da vi- gência da lei que a concede. - Não haverá perdão de infração futura. - Existe 2 limites temporais: 1. Após o cometimento da infração. 2. Antes do lançamento da penalidade, depois disso o crédito já está será constituído e só pode ha- ver dispensa por remissão. Pág. 40 10. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO As causas de suspensão do crédito tributário estão elencadas no art. 151 do CTN. - Podem ocorrer mesmo se for antes do lançamen- to. - O que suspende é o dever de cumprir a obrigação tributária, desta forma, o sujeito ativo (fisco) fica im- pedido de exercitar atos de cobrança, devendo aguar- dar que cesse a causa suspensiva. A suspensão é da exigibilidade do crédito tributário e não do crédito em si. “Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I – moratória; II – o depósito do seu montante integral; III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrati- vo; IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança; V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI – o parcelamento." A suspensão atinge apenas a obrigação principal, ficando integra a obrigação acessória, que deve ser cumprida (art. 151, §único do CTN). Vejamos: I - Moratória: Consiste no aumento do prazo para o pagamen- to do tributo, desta forma, sendo concedida tem-se a extensão do prazo para adimplemento da obrigação tributária. Divide-se em: Moratória geral: abrange todos os contribuintes dentro de um dado território. Moratória especial: abrange somente um grupo de pessoas dentro de um dado território. Pág. 41 I - Depósito do montante integral: É um meio de suspender a exigibilidade do crédito enquanto se discute a obrigação. - Modalidade do rol que suspende a incidência de juros e multa. - Súmula Vinculante nº 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de ad- missibilidade de ação judicial na qual se pretenda dis- cutir a exigibilidade de crédito tributário. III – As reclamações e os recursos: A suspensão da exigibilidade do crédito tributário, se dá em razão do processo administrativo iniciado. A simples impugnação do lançamento feito de ofí- cio ou por declaração suspende a exigibilidade do crédito tributário. IV – A concessão de medida liminar em mandado de segurança: Pressupostos para suspensão: – Relevante fundamento do pedido, também co- nhecido na expressão latina fumus boni juris; – Ineficácia da medida, caso não seja deferida de imediato, também intitulada periculum in mora. V – A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial: Suspende-se a exigibilidade do crédito tributário, porém, não cessa a correção monetária. O termo “liminar” é usado para qualquer decisão de cognição sumária. VI – Parcelamento: Deve ser instituído, exclusivamente, por meio de lei. - O objetivo é tentar recuperar os tributos que fo- ram deixados de pagar, concedendo benefícios para incentivar o pagamento, como desconto na multa e pagamentos em longo prazo (parcelamento). Pág. 42 LISTA DE EXERCÍCIOS Capítulo 01 e 02 1) VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase No que tange à definição de tributo, é correto afirmar que é toda prestação pecuniária compulsó- ria, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, • A - que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade ple- namente vinculada.• B - que constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade plenamen- te vinculada. • C - que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei complementar e cobrada mediante atividade plenamente vinculada. • D - que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada mediante atividade legis- lativa. 2) CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase Considerando que Júnior, Júlio e Augusto tenham diferentes ocupações profissionais, exerçam di- ferentes funções e percebam remunerações de diferentes denominações jurídicas, assinale a opção correta à luz do princípio constitucional tributário da isonomia. • A - Os três devem ser tributados com a mesma carga de imposto de renda. • B - As normas somente permitem diferenciar a carga tributária de imposto de renda em bene- fício de um dos três indivíduos citados em razão da ocupação profissional. • C - Caso um dos indivíduos citados ocupe função pública especial, o benefício quanto à carga do imposto de renda poderá ser-lhe concedido. • D - As normas somente permitem diferenciar a carga tributária de imposto de renda em preju- ízo de um dos indivíduos citados, em razão da denominação jurídica de sua remuneração. Pág. 43 Capítulo 03 3) FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIII - Primeira Fase Determinado Estado, localizado na Região Norte do país, instituiu, mediante lei específica, a con- tribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. Nessa linha, com base na competência tributá- ria prevista nas normas constitucionais em vigor, tal contribuição instituída pelo respectivo estado- mem- bro da Federação é: • A - constitucional, sendo possível sua cobrança com base nas regras constitucionais em vigor. • B - inconstitucional, por ser o referido tributo de competência tributária da União Federal. • C - inconstitucional, por ser o referido tributo de competência do Distrito Federal e dos Muni- cípios. • D - inconstitucional, visto que somente lei complementar poderá instituir o referido tributo. 4) FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIX - Primeira Fase O Estado X, visando aumentar a sua arrecadação, instituiu novo imposto, não previsto na Constituição Federal. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. • A - O Estado X pode instituir imposto, mediante lei complementar, desde que previsto na Cons- tituição Estadual. • B - Para exercer a competência residual do Estado X, é necessária lei de iniciativa do Governador do Estado. • C - O Estado X não pode instituir o imposto novo, tendo em vista que a competência residual para a instituição de novos impostos é somente da União. • D - É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a instituição de impostos não previstos na Constituição Federal. 5) FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase Determinado ente da Federação instituiu um tributo incidente sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que preste serviço a empre- gador privado, ainda que sem vínculo empregatício, com o objetivo de financiar a seguridade social. Em sintonia com a CRFB/88, assinale a opção que indica o ente da federação competente para a instituição do tributo descrito e o nome do tributo em questão. Pág. 44 • A - Estados-membros e o Distrito Federal. Contribuição previdenciária. • B - União. Contribuição social. • C - União. Imposto sobre a renda. • D - Todos os entes da Federação. Contribuições sociais. 6) FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira Fase A competência tributária não se confunde com a capacidade tributária ativa. Aquela se traduz na aptidão para instituir tributos, enquanto esta é o exercício da competência, ou seja, a aptidão para cobrar tributos. Nesse sentido, é correto afirmar que • A - compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos, taxas, contribuições de melhoria, assim como as contribuições para o custeio do serviço de iluminação pública. • B - em virtude do princípio federativo, que, entre outras consequências, delimita entre os entes políticos o poder de tributar, ao Distrito Federal compete apenas instituir espécies tributárias próprias dos Estados- membros da federação. • C - a União pode instituir, via lei ordinária, impostos além dos previstos na Constituição, me- diante dois requisitos: que eles sejam não cumulativos e que não tenham fato gerador próprio dos impos- tos já previstos constitucionalmente. • D - em Território Federal, os impostos estaduais são de competência da União. Caso o Território não seja dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais também são de competência da União. 7) ND - 2007 - OAB-SC - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase Assinale a afirmação correta. A Constituição Federal vigente estabelece as competências comuns e privativas dos entes federativos, para instituir os tributos que discrimina. Nesse sentido, podemos afirmar que: • A - Compete aos Estados-membros da Federação instituir o IPVA, o ICMS e o IOF. • B - A União, Estados, Distrito Federal e Municípios podem instituir taxas de serviço, sendo as de polícia de competência privativa da União. • C - O ITR é de competência federal, mas os Municípios podem legislar sobre citado imposto se firma rem convênio com a União. • D - Compete somente à União instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas e o Empréstimo Com- pulsório. Pág. 45 8) ND - 2006 - OAB-DF - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase Sobre a competência tributária, assinale a alternativa INCORRETA: • A - compete a União instituir impostos sobre grandes fortunas, importações e exportações; • B - compete aos Municípios instituir impostos sobre a propriedade territorial urbana; • C - compete ao Distrito Federal e aos Municípios instituir a contribuição para o custeio do ser- viço de iluminação pública; • D - compete aos Estados instituir impostos sobre a transferência onerosa de imóveis entre vivos. Capítulo 04 9) FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira Fase Assinale a alternativa que indica os impostos cujas alíquotas podem ser majoradas por ato do Po- der Executivo, observados os parâmetros legais. • A - Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre a Pro- priedade Territorial Rural (ITR). • B - Imposto sobre a Importação (II), Imposto sobre a Exportação (IE) e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). • C - Imposto de Renda (IR) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). • D - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre a Importação (II). 10) FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase Texto associado A Presidência da República, por meio do Decreto 123, de 1º de janeiro de 2015, aprovou novas alíquotas para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), dentro das balizas fiadas na lei tributária, a saber: Cigarro – alíquota de 100% Vestuário – alíquota de 10% Macarrão – alíquota zero Sobre a hipótese, é possível afirmar que Pág. 46 • A - o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio da legalidade. • B - o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio do não confisco. • C - as alíquotas são diferenciadas em razão da progressividade do IPI. • D - as alíquotas são diferenciadas em razão do princípio da seletividade do IPI. 11) FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos (cujas receitas, inclusive seus eventuais superávits, são integralmente reinvestidas no estabelecimento de ensino) deseja saber se está correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco, que negou a pretendidaimunidade tributária, sob o argumento de que a instituição de ensino privada auferia lucros. Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a afirmativa correta. • A - O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições de ensino que não sejam superavitárias. • B - O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições públicas de ensino. • C - O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo estabe- lecimento de ensino imune. • D - O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituição não precisa ser deficitária, desde que o superávit seja revertido para suas finalidades. 12) VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase Com relação ao exato significado (inclusive em função do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal) do termo isenção, constante do art. 195, § 7.o, da Constituição Federal, que dispõe: “São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam as exigências estabelecidas em lei”, pode-se afirmar que • A - se trata efetivamente do instituto da Isenção. • B - se refere à hipótese de não incidência. • C - se trata de Imunidade Constitucional. • D - se refere à isenção condicionada. Pág. 47 13) FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, sobre o serviço público de coleta, re- moção e tratamento de lixo e resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi notificada da cobrança da referida taxa. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. • A - As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X. • B - A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível. • C - A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a instituição de taxas de serviço público. • D - A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes. 14) FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira Fase Determinada editora de livros, revistas e outras publicações foi autuada pela fiscalização de certo Estado, onde mantém a sede da sua indústria gráfica, pela falta de recolhimento de ICMS incidente sobre álbum de figurinhas. Nessa linha, à luz do entendimento do STF sobre a matéria em pauta, tal cobrança é • A - inconstitucional, por força da aplicação da isenção tributária. • B - inconstitucional, por força da aplicação da imunidade tributária. • C - constitucional, por força da inaplicabilidade da imunidade tributária. • D - inconstitucional, por estar o referido tributo adstrito à competência tributária da União Fe- deral. 15) CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase O princípio constitucional da imunidade recíproca • A - não se aplica aos municípios, abrangendo apenas a União, os estados e o DF. • B - aplica-se aos entes políticos que exerçam atividade econômica em concorrência com o parti- cular. • C - não se aplica aos impostos diretos, abrangendo apenas os indiretos. • D - é extensivo às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorren- tes. Pág. 48 16) FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase A imunidade recíproca impede que • A - a União cobre Imposto de Renda sobre os juros das aplicações financeiras dos Estados e dos Municípios. • B - o Município cobre a taxa de licenciamento de obra da União. • C - o Estado cobre contribuição de melhoria em relação a bem do Município valorizado em decorrência de obra pública. • D - o Estado cobre tarifa de água consumida em imóvel da União. 17) FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase O Chefe do Executivo do Município X editou o Decreto 123, em que corrige o valor venal dos imóveis para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de acordo com os índices inflacionários anuais de correção monetária. No caso narrado, a medida • A - fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode ser realizada por meio de lei em sentido formal. • B - está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo do IPTU dispensa a edição de lei em sentido formal. • C - está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU pode ser realizada por meio de decreto. • D - fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU não dispensa a edição de lei em sentido formal. 18) FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase Pedro tem três anos de idade e é proprietário de um apartamento. Em janeiro deste ano, o Fisco notificou Pedro para o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por meio do envio do carnê de cobrança ao seu endereço. Os pais de Pedro, recebendo a correspondência, decidiram não pagar o tributo, mesmo possuindo recursos suficientes para tanto. Diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação por Pedro, assinale a afirmativa correta. Pág. 49 • A - Os pais de Pedro devem pagar o tributo, na qualidade de substitutos tributários. • B - O Fisco deverá aguardar Pedro completar 18 anos para iniciar o processo de execução da dívida. • C - Os pais de Pedro responderão pelo pagamento do tributo, uma vez que são responsáveis tributários na condição de terceiros. • D - O Fisco deve cobrar o tributo dos pais de Pedro, já que são contribuintes do IPTU. 19) FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase Considere que Luís é um andarilho civilmente capaz que não elegeu nenhum lugar como seu do- micílio tributário, não tem domicílio civil, nem residência fixa, e não desempenha habitualmente ativida- des em endereço certo. A partir da hipótese apresentada, de acordo com o Código Tributário Nacional e no silêncio de legislação específica, assinale a afirmativa correta. • A - Luís nunca terá domicílio tributário. • B - O domicílio tributário de Luís será o lugar da situação de seus bens ou da ocorrência do fato gerador. • C - O domicílio tributário de Luís será, necessariamente, a sede da entidade tributante. • D - O domicílio tributário de Luís será a residência de seus parentes mais próximos ou o lugar da situação dos bens de Luís. 20) FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase João e Maria celebraram entre si contrato de locação, sendo João o locador e proprietário do imó- vel. No contrato, eles estipularam que a responsabilidade pelo pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do imóvel será de Maria, locatária. Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta. • A - O contrato será ineficaz entre as partes, pois transferiu a obrigação de pagar o imposto para pessoa não prevista em lei. • B - O contrato firmado entre particulares não poderá se opor ao fisco municipal, no que tange à alteração do sujeito passivo do tributo. • C - O contrato é válido e eficaz, e, por consequência dele, a responsabilidade pelo pagamento do tributo se tornará solidária, podendo o fisco municipal cobrá-lo de João e/ou de Maria. • D - No caso de o fisco municipal cobrar o tributo de João, ele não poderá ajuizar ação regressiva em face de Maria. Pág. 50 21) FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase A União instituiu determinado tributo federal e conferiu a uma autarquia as tarefas de fiscalizá-lo e arrecadá-lo. Tendo em vista a situação narrada, assinale a opção correta. • A - A capacidade tributária ativa (realizar atos de fiscalização e arrecadação) é delegável.
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