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DireitoTributrio CadernoAcadmico

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Prévia do material em texto

Pág. 1
DIREITO 
TRIBUTÁRIO I
Pág. 2
	 Olá,	estudante!	
	 É	com	grande	alegria	que	compartilhamos	o	Caderno	–	Direito	Tributário	I.
	 O	Caderno	Acadêmico	é	um	material	digital,	na	qual	pretende	proporcionar	aos	estudantes	de	Direito	uma	experiência	
inovadora	durante	os	estudos,	temos	como	pilares:	
	 •	Planejamento	de	estudo	individualizado	para	cada	disciplina;	
	 •	Um	bom	caderno,	isto	é,	um	caderno	que	possui	os	principais	assuntos;	
	 •	Estímulo	de	aprendizagem	visual	através	de	ilustrações	dos	assuntos;	e	
	 •	Aplicação	do	conhecimento	através	da	resolução	de	questões.
	 Todos	os	cadernos	possuem	um	compilado	de	resumos	dos	principais	temas	cobrados	em	provas	da	ordem,	este	em	especial,	
você	irá	encontrar:
	 •	Teorias	do	Direito	Tributário
	 •	Sistema	Tributário	
	 •	Competência	Tributária	
	 •	Limitações	do	Poder	de	Tributar	
	 •	Obrigação	e	Responsabilidade	Tributária	
	 •	Classificação	dos	Tributos	
	 •	Tributos	em	Espécie	
	 •	Extinção	do	Crédito	Tributário	
	 •	Exclusão	do	Crédito	
	 •	Suspensão	do	Crédito	Tributário	
		 Além	do	conteúdo,	contém	checklist	de	planejamento	de	estudo	e	50	questões	com	gabarito.	
 Orientações	Gerais
	 O	arquivo	é	de	uso	pessoal	para	o	titular	do	e-mail	cadastrado,	proibido	o	repasse,	sendo	permitido	tão	somente	a	impressão	
do	material	para	melhor	aproveitamento	nos	estudos.		
	 Para	sugestões,	críticas	ou	elogios	entre	em	contato	pelo	e-mail	contatocadernoacademico@gmail.com,	ou	nos	envie	uma	
mensagem	no	Instagram	@cadernoacademico.
Esperemos	que	o	material	possa	auxiliar	nos	seus	estudos	e	atenda	às	suas	necessidades	de	aprendizagem.	
No	mais,	estamos	à	disposição	nas	redes	sociais	para	eventuais	dúvidas	sobre	o	caderno.	
Para	ficar	por	dentro	das	novidades,	dicas	jurídicas	diárias	dos	assuntos	mais	recorrentes	no	exame	e	os	temas	da	atualidade,	basta	
acompanhar	nas	redes	sociais.	
	 Com	carinho,	
	 Caderno	Acadêmico!
Pág. 3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................05
2. SISTEMA TRIBUTÁRIO .............................................................06
3. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA .................................................08
4. LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR ..............................11
 
 4.1- Princípio da legalidade.....................................................11
 4.2 - Princípio da Isonomia.....................................................12
 4.3 - Princípio da anterioridade..............................................12
 4.4 - Princípio do Não Confisco..............................................13
 4.5 - Princípio da não cumulatividade...................................13
 4.6 - Imunidades........................................................................13
5. OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA...........16
6. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS............................................20
 6.1 - Vinculado e não Vinculado.............................................20
 6.2 - Fiscais, Extrafiscais e Parafiscais.....................................20
7. TRIBUTO EM ESPÉCIE ................................................................21
 7.1 - Impostos.............................................................................21
 7.2 - Taxas...................................................................................30
 7.3 - Contribuição de Melhoria...............................................31
 7.4 - Empréstimo Compulsório ..............................................32
 7.5 - Contribuições Especiais...................................................36
8. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...............................37
9. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...............................39
10. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...........................40
11. LISTA DE EXERCÍCIOS..............................................................42
12. GABARITO....................................................................................61
13. REFERÊNCIA.................................................................................62
Pág. 4
CHECK-LIST	DE	ESTUDO
1 - INTRODUÇÃO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
2 - SISTEMA TRIBUTÁRIO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
3 - COMPETÊNCIA LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
 TRIBUTÁRIO
4 - LIMITAÇÃO DO PODER LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
 DE TRIBUTAR
5. OBRIGAÇÃO E LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
 RESPONSABILIDADE 
 TRIBUTÁRIA
6. CLASSIFICAÇÃO DOS LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
 TRIBUTOS
7. TRIBUTOS EM ESPÉCIE LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
8. EXTINÇÃO DO CRÉDITO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
 TRIBUTÁRIO
9. EXCLUSÃO DO CRÉDITO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
 TRIBUTÁRIO
10. SUSPENSÃO DO CRÉDITO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 
 TRIBUTÁRIO
Orientação:
 O Check-list de Estudos tem o objetivo de auxiliar no processo dos estu-
dos, é recomendado que siga as etapas descritas (primeira leitura do conteúdo,
leitura dos artigos, resolução de questões e por fim, a revisão).
 A cada etapa concluída deverá marcar da forma de sua preferência, fun-
ciona também como um estimulo de metas.
Pág. 5
DIREITO TRIBUTÁRIO 
1.	INTRODUÇÃO
Direito Tributário é o ramo que estuda as rela-
ções entre o fisco e os contribuintes, sendo matéria de 
Direito Público. 
Os sujeitos da relação jurídica são os credo-
res (polo ativo - fisco: União, Estados, Municípios e o 
Distrito Federal) e o contribuinte ( polo passivo - pes-
soas físicas ou jurídicas).
• Teorias do Direito Tributário - Quantos 
tributos existem no ordenamento ?
 
- Teoria bipartite: Reconhece apenas dois, sendo eles, 
impostos e taxas; 
- Teoria tripartite: Reconhece como espécies tributá-
rias os citados no art. 5º do CTN “os tributos são im-
postos, taxas e contribuições de melhoria.”;
- Teoria tetrapartida: Reconhece como tributo os im-
postos, as taxas, as contribuições de melhorias e o em-
préstimo compulsório; 
- Teoria pentapartite: Por fim, a teoria pentapartite 
considera como tributo os impostos, as taxas, as con-
tribuições de melhoria, empréstimo compulsório e as 
contribuições especiais, previstas no art. 149 e 149-A 
da Constituição Federal.
Como já mencionado, o art. 5º do CTN dispõe 
que “os tributos são impostos, taxas e contribuições 
de melhoria”, sendo assim, o Código Tributário Na-
cional, entende que existem apenas três tributos, a sa-
ber: impostos, taxas e contribuições de melhoria, por 
tanto, adotando a teoria tripartite.
Em contrapartida, o Supremo Tribunal Fede-
ral – STF entende que existem cinco espécies de tri-
butos, a saber: a) impostos; b) taxas; c) contribuições 
de melhoria; d) empréstimos compulsórios; e) con-
tribuições especiais, sendo assim, adotando a teoria 
pentapartite. 
Pág. 6
2. SISTEMA	TRIBUTÁRIO 
• O que é tributo ? 
Art. 3º, CTN:
É toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda oucujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e co-
brada mediante atividade plenamente vinculada.
- Características: 
 1- Toda prestação pecuniária compulsó-
ria que é pago em moeda. 
• Em regra, é pago em dinheiro 
• Exceção: será permitido o pagamento do cré-
dito tributário, através da dação em pagamento 
de bem imóvel (art. 156, XI CTN) - somente 
poderá acontecer na existência de lei especifica 
do ente competente autorizando essa forma de 
pagamento. (apenas excepcionalmente poderá 
pagar com a entrega de bem imóvel em caso de 
autorização em lei) - lei 13.259/16.
 
- NÃO se trata de uma opção do contribuinte. 
 
 2- Pago de forma compulsória.
• Isto significa que é obrigatório o pagamento.
• Com a prática do fato gerador (situação elen-
cada pelo legislador, como sendo passível de 
ser objeto de tributos), nasce a obrigação de 
pagar.
 
 3- Que não constitua sanção por ato ilí-
cito. 
• Isto significa que o tributo não pode ser utili-
zado como uma forma de penalização para o 
contribuinte.
 
• Do mesmo raciocínio, não poderá ser exigido 
de ato ilícito (ex.: não pode exigir tributos de 
vendas de drogas, armas etc.) 
 
Pág. 7
 Os frutos decorrentes da atividade ilícita po-
derão ser tributados (art.118, I, CTN) 
 
 - A atividade vender drogas, jogo do bicho, 
por exemplo, não pode ser tributada, porém os frutos 
decorrentes dessas atividades poderão ser tributados. 
 (a renda que o traficante aufere este pode ser 
tributada, isto porque se abstrai a validade da ativida-
de ilícita para cobrar tributos dos frutos)
 
 - Princípio da Pecúnia non olet (o dinheiro 
não tem cheiro) refere-se à questão que o Estado não 
está impedido de tributar uma renda pelo fato dela ser 
ilícita.
 - Princípio da Isonomia (art.150, II, CF)
 
 - Princípio da capacidade contributiva (art. 
145, §1º, CF)
 
Em síntese, não é cobrada ICMS perante a atividade, 
mas os frutos/renda são tributados. 
- Menores de idade pagam tributos? Sim, para 
o direito tributário o que importa é a prática do 
fato gerador (art. 126,I, CTN)
4- Instituído por lei. 
 
 - Não existe tributo sem lei que o prever (o tri-
buto deve estar previsto em lei) 
 - Princípio da taxatividade
 
5- Atividade vinculada da administração
 
- A cobrança do tributo independe dos cri-
térios de conveniência e oportunidade, sendo clara-
mente um ato vinculado. Todos devem pagar tributos 
nos termos da lei.
 
Pág. 8
3. COMPETÊNCIA	TRIBUTÁRIA 
 
• Quem pode criar tributos ? 
De início vale mencionar que, a Constituição 
federal NÃO cria tributos, apenas outorga poderes 
para os entes (pessoas jurídicas de direito público).
A competência tributária é a atribuição dada 
pela Constituição Federal aos entes políticos do Esta-
do (União, governos estaduais, Municípios e Distrito 
Federal) da prerrogativa de instituir (criar e majorar 
tributos) os tributos.
Em síntese, a CF não cria, atribui competência para 
que a UNIÃO, DF, ESTADOS E MUNICÍPIOS, pos-
sam criar tributos. 
Os Entes podem criar tributos (gênero) que 
contém 5 espécies: 
 - Imposto 
 - Taxas 
 - Contribuição de melhoria 
 - Contribuição especial 
 - Empréstimo compulsório
• Características da Competência Tributária
1- Indelegável: Significa que a criação, majo-
ração, redução ou extinção, não poderá ser delegado 
para outro ente. 
A competência tributária (criar, majorar, re-
duzir ou extinguir) não poderá ser delegada, mas a 
capacidade ativa (funções administrativas - arrecadar, 
fiscalizar e executar) podem ser delegadas para outra 
pessoa jurídica de direito público. - art. 7º CTN po-
dendo ser revogadas a qualquer tempo, por ato unila-
teral, inclusive.
O ato de arrecadação também poderá ser dele-
gada para pessoa jurídica de direito privado. 
2 - Facultativa: A competência tributária será fa-
cultativa (cria se quiserem) - art. 145, Cf. 
Pág. 9
3- Irrenunciável: Não se pode abrir mão dela. 
4- Inalterável: Não pode ser alterada mediante norma infraconstitucional. 
 
5 - Incaducável: Não prescreve.
IMPOSTOS
Competência PRIVATIVA (A Constituição determina o rol de impostos inerentes a cada ente, na qual 
cada ente pode criar seus tipos de impostos). Mas se tratando do DF, este tem competência concorrente.
União - Art. 153, 
CF
Estados - Art. 
155, CF
Distrito Federal - 
Art. 155, CF 
Municípios - Art. 156, 
CF
Imposto de Importação 
(II)
Imposto sobre circu-
lação de mercadorias 
e serviços (ICMS
Imposto sobre circulação 
de mercadorias e serviços 
(ICMS)
Imposto sobre a propriedade 
predial e territorial urbana 
(IPTU)
Imposto de Exportação 
(IE)
Imposto sobre a pro-
priedade de veículos 
automotores (IPVA)
Imposto sobre a proprie-
dade de veículos automo-
tores (IPVA)
Imposto sobre serviços de 
qualquer natureza (ISS)
Imposto sobre Produto 
Industrializados (IPI)
Imposto sobre trans-
missão causa mortis 
e doação de qualquer 
bem ou direito (IT-
CMd)
Imposto sobre transmis-
são causa mortis e doação 
de qualquer bem ou direi-
to (ITCMd)
Imposto sobre transmissão 
de bens imóveis intervivos 
(ITBI)
Imposto sobre Opera-
ções de Crédito, câm-
bio e seguro (IOF)
O DF ACUMULA OS 
IMPOSTOS MUNICI-
PAIS, NA FORMA DO 
ART. 147 NA CF
Imposto de renda (IR)
Imposto sobre a pro-
priedade territorial 
rural (ITR)
Imposto sobre grandes 
fortunas (IGF) não 
regulamentado
Residual - Novo im-
posto (art.154,cf)
Imposto extraordinário 
(art.154,cf)
Pág. 10
TAXAS e CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
 Art. 145, II e III, CF a competência é comum para todos os entes, ou seja, todos eles podem criar para 
suas respectivas taxas de serviços e contribuição de melhoria
 Competência COMUM; todos podem criar para seus respectivos serviços e obras públicas.
União Estados Distrito Federal Município
Comum Comum Comum Comum
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
 Na forma do artigo 149, caput CF via de regra será da união. 
 Na forma do mesmo artigo, os estados, DF e municípios poderão criar a contribuição previdenciária 
para os seus servidores públicos.
 Através de uma emenda constitucional, o DF e municípios ganharam mais uma atribuição, a contribui-
ção de iluminação pública. (artigo 149-A, CF)
 Competência EXCLUSIVA DA UNIÃO (em regra)
União Estados Distrito Federal Município
Seguridade Social Contribuição previdenci-
ária para servidores (regi-
me próprio para servidor)
Contribuição previdenci-
ária para servidores (regi-
me próprio para servidor)
Contribuição previdenci-
ária para servidores (regi-
me próprio para servidor)
Intervenção no domínio 
econômico
Contribuição de ilumina-
ção pública (COSIP)
Contribuição de ilumina-
ção pública (COSIP)
Contribuição de catego-
ria profissional
Contribuição previdenci-
ária para servidores (regi-
me próprio para servidor)
 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
 
 
Competência exclusiva da UNIÃO. Art. 148, CF
Pág. 11
4.	LIMITAÇÕES	DO	PODER	DE	TRIBUTAR
• O que limita a competência de tributar?
Limitações ao poder de tributar são ferramen-
tas de proteção ao contribuinte, tais ferramentas são 
previstas na Constituição Federal. São divididas em: 
 • Princípios 
 • Imunidades
4.1- Princípio da legalidade (dirá de que forma 
que o ente irá exercer sua competência) 
 
 Art. 150, I, CF. 
 Art. 97, I, II, CTN. 
 
Esses artigos dizem que os entes apenas po-
derão criar, majorar, reduzir ou extinguir tributo por 
intermédio de lei. 
 - Via de regra mediante LEI ORDINÁRIA. 
 - Exceção: Existem 4 espécies tributárias que 
apenas poderão ser criadas por meio de LEI COM-
PLEMENTAR (criar, majorar, reduzir ou extinguir), 
sendo esses: 
 - IGF (ART. 153, VII, CF)
 - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (art. 148, CF)
 - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL RESIDUAL (ART.195, iv, cf)
 - IMPOSTO RESIDUAL (ART. 154, I,CF)
Exceções ao Princípio da Legalidade:
1- Em regra, apenas lei (poder legislativo) pode-
rá criar, majorar, reduzir ou extinguir. Porém o poder 
executivo, também poderá fazer isso, por meio de de-
creto (art. 153 §1º, CF). 
- Poderá o poder executivo por meio de decreto,portaria ou resolução, alterar (majorar, reduzir, resta-
belecer ou zerar) as alíquotas dos seguintes impostos: 
 
 II - Imposto de Importação 
 IE- Imposto de Exportação
 IOF - Imposto sobre operação financeira 
 IPI - Imposto sobre produto industrializado
- Isso porque esses impostos são conhecidos como 
impostos fiscal com o objetivo de regular o mercado.
Pág. 12
2- Outra maneira que o poder executivo poderá 
atuar é na forma do artigo 177, §4º, I - B, CF/ art. 155, 
§4º, IV- C, CF.
 Por meio de decreto, portaria ou convênio po-
derá reduzir ou restabelecer as alíquotas da: 
 
 CIDE - Combustível 
 ICMS - Combustível
 
4.2 - Princípio da Isonomia: De acordo com o 
art. 150, II da CF, fica vedado o tratamento desigual 
entre os contribuintes, sendo assim todos terão trata-
mento igualitário perante a norma tributária.
4.3 - Princípio da anterioridade: Tal princípio 
tem relação com o que dispõe o art. 150, III, ‘‘b” e “c” 
da CF: 
Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias assegu-
radas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios...
III – cobrar tributos (...)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
• Refere-se à anterioridade anual ou anteriorida-
de de exercício, na qual, instituído novo tributo 
ou majorado, deverá aguardar o exercício se-
guinte para que seja cobrado, sendo que exercí-
cio é o primeiro dia do ano seguinte.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, 
observado o disposto na alínea b;
• Refere-se à anterioridade nonagesimal, na qual 
sendo o tributo, majorado ou instituído, deve-
rá ser exigido apenas depois de decorridos 90 
(noventa) dias da publicação da lei.
Exceções ao Princípio da Anterioridade:
Não se enquadra nas regas do princípio da anterio-
ridade de exercício os seguintes tributos:
 - Imposto de Importação;
 - Imposto de Exportação;
 - Imposto Extraordinário de guerra;
Pág. 13
- Imposto sobre Produtos Industrializados; 
 
- Imposto sobre Operações Financeiras;
 
- Empréstimo Compulsório para Calamidade 
Pública ou para Guerra Externa; 
- CIDE-Combustível e ICMS-Combustível.
Não se enquadra as regas do princípio da anteriori-
dade nonagesimal os seguintes tributos:
- Imposto de Importação; 
- Imposto de Exportação; 
- Imposto de Renda; 
- Imposto sobre Operações Financeiras ;
- Imposto Extraordinário; 
- Empréstimo Compulsório para Calamidade Pú-
blica ou para Guerra Externa; 
- Alterações na base de cálculo do IPTU e do IPVA.
4.4 - Princípio do Não Confisco: Trata-se da 
proibição de ente público em estabelecer ou exigir 
tributos com caráter confiscatório, um ente público 
poderá estabelecer ou exigir tributo com caráter con-
fiscatório, ou seja, que impeça o uso adequado da pro-
priedade/bens. 
4.5 - Princípio da não cumulatividade: É a 
proibição de serem criados pela União, novos tributos 
que sejam cumulativos ou tenham base de cálculo ou 
fato gerador próprios dos discriminados na CF.
4.6	IMUNIDADES	
A imunidade é uma das hipótese de limitação 
constitucional ao poder de tributar, em sua ocorrên-
cia, fica proibido a cobrança de tributos, em alguns 
casos. 
• Diferença entre incidência e a não incidên-
cia:
Incidência: Ocorrência de um fato gerador 
previsto na legislação que gera a obrigação tributária.
Não incidência: É a ausência da previsão legal 
de um determinado fato que gere a incidência de um 
tributo.
Pág. 14
 
• Diferença entre imunidade e isenção tribu-
tária: 
Imunidade: É o impedimento constitucional, 
isto é, a Constituição impede a incidência de tribu-
tação. Em outras palavras, a imunidade retira do ente 
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal) o po-
der de tributar determinadas pessoas ou bens. 
Isenção: É uma hipótese de não incidência le-
galmente qualificada ou a dispensa legal do pagamen-
to do tributo devido.
 1- Imunidade Tributária: É a dispensa 
constitucional ao poder de tributar, na qual a cons-
tituição impossibilita o poder que o ente competente 
tem. 
É dividida em: 
 
 - Imunidade específicas; 
 - Imunidade genéricas (imposto, art.150, VI, 
CF); 
 a) Imunidade Recíproca (apenas imposto) 
(art.150, VI, “a”,CF)
 
 - Os entes competentes (União, DF, Estados e 
Municípios) não poderão cobrar impostos entre eles 
sob seus patrimônios, rendas ou serviços. 
 EX.: É vedado ao estado cobrar impostos de 
bens, rendas ou serviços do município. 
 Art.150, §2 e 3º da CF, diz que essa imunida-
de recíproca se estende para as autarquias e fundações 
públicas SOB A CONDIÇÃO de: 
 - Instituídas ou mantidas pelo poder público 
 - Não poderão cobrar taxa ou tarifas
 - Não poderão entrar na concorrência priva-
da.
 b) Imunidade Religiosa (apenas impostos) - 
(art. 150, VI, “b”, CF)
 
É vedado aos entes instituir impostos sob tem-
plos de qualquer culto, pois tens o desejo de tutelar a 
liberdade religiosa e com isso, o papel dessa imunida-
de é conceder a todo e qualquer templo a imunidade 
para que não paguem impostos sobre seus patrimô-
nios, rendas ou serviços.
Pág. 15
 “TODO E QUALQUER TEMPLO” = todo 
templo que tem um Deus (igreja evangélica, católica 
ou de qualquer outra religião)
 
Não se aplicando à maçonaria, isso porque maço-
naria é filosofia de vida, não sendo religioso.
 
Para gozar de tal imunidade é necessário o 
cumprimento dos requisitos previstos no art. 150, 
§4º,CF, isto é, devem reverter toda a renda, serviço e 
patrimônio ao cumprimento de sua finalidade essen-
cial (adoração a palavra divina), em outras palavras, 
os bens e rendas devem pertencer ao templo.
NÃO SE APLICA PARA BENS EM NOMES DE PA-
DRES, PASTORES ETC.
 
c) Imunidade Subjetiva (apenas impostos) - 
(art. 150, VI, “c”, CF):
 
 - Trata-se de Entidade de Assistência Social 
sem fins lucrativos. Essas também não pagam con-
tribuição de seguridade social, ou seja, o empregador 
fica imune na contribuição, mas nada impede de co-
brarem do funcionário (que seja pago a sua parte de-
vida à seguridade social).
 - Entidades de educação sem fins lucrativos 
 - Partidos e suas fundações 
 - Sindicados dos trabalhadores 
 
 • Terão imunidade, não podendo ser exigido 
impostos sobre seus respectivos patrimônios, rendas 
ou serviços, desde que: 
 
- Reverta seus patrimônios, rendas ou serviços 
a sua finalidade essencial. Art. 150 §4º, CF. 
- Requisitos do art. 14 do CTN. Não dividir 
renda entre seus diretores, não enviar dinheiro para o 
exterior e cumprir com as escritas contábeis.
 d) Imunidade Cultural (apenas de impos-
to) (art. 150, VI, “d”, CF) 
 
 - É uma imunidade puramente objetiva. 
- É a proibição dos Entes federados em insti-
tuir tributos sobre: 
 1. Livros 2. Periódicos/ revistas 
 3. Jornais 4. Papéis destinados a sua im-
pressão 
Pág. 16
É imune todos os livros e revistas seja ele de 
cunho sexual (playboy), conhecimento ou fofoca,-
mesmo que dentro deles existam alguns anúncios de 
marcas diversas, isso porque o intuito da revista não é 
de venda direta pelo anúncio.
- O livro é imune, mas tal imunidade não é 
estendida à livraria, às editoras, aos autores, etc. Des-
ta forma, não há imunidade do IPTU do imóvel ou do 
IR da pessoa jurídica, por exemplo.
- Não é qualquer papel que terá a imunidade, 
é conferido imunidade apenas para papeis destinados 
a impressão de algum dos outros objetos listados, ou 
seja, livros, revistas, jornais que transmitam pensa-
mento/conhecimento/informação. 
 Objetos com cunho publicitário, isto é, com a 
intenção de vendas não terá imunidade. 
Ex.: Revista da Avon não tem imunidade, ten-
do em vista o seu cunho publicitário, a revista é feita 
com a intenção clara de obter vendas, logo os papeis 
destinados a impressão dessa revista não terá imuni-
dade.
A imunidade objetiva pertence aos objetos 
listados, desde que: 
 - Transmitam pensamento 
 - Tenham uma ideia formal orientada 
 - Não tenham objetivopublicitário
 e) Imunidade genérica (apenas de impostos) - 
CD’S e DVD’S art.150, VI, “e”,CF
A produção de cd’s e dvs’s, produzidos no Bra-
sil por artistas e/ou interpretes brasileiros será imune, 
porém, a replicação não tem imunidade. 
 
 A produção será imune, mas não abrange re-
alizar cópias para venda.
5.	OBRIGAÇÃO	E	RESPONSABILIDA-
DE	TRIBUTÁRIA		
A obrigação tributária legal em que o sujeito 
passivo tem que prestar (pagar) ao sujeito ativo pelo 
tributo correspondente (fisco).
Na forma do art. 113, CTN, temos obrigações: 
Pág. 17
 
 ▶ Principais (art. 113, § 1, do CTN): é toda 
obrigação de pagar (dar), podendo ser o pagamento 
de tributo ou multa decorrente do objeto. 
- Surge quando se tem a ocorrência do fato ge-
rador previsto na legislação.
▶ Acessórias (art. 113, § 2, do CTN): é toda 
obrigação de prestação a ser cumprida, fazer ou não 
fazer, podendo ser, emissão de notas fiscais, balanço 
contábil, etc. tendo o objetivo de evitar sonegação fis-
cal. 
✳No direito tributário não existe relação entre 
as obrigações principais e acessórias, ou seja, as aces-
sórias não seguem as principais, como no direito civil.
✳Mesmo alguém sendo imune não estará dis-
pensado das obrigações acessórias, ex.: as entidades 
sem fins lucrativos, elas são imunes mas não são dis-
pensadas das obrigações acessórias, ou seja, elas de-
verão emitir notas fiscais, balanço contábil e demais 
escrituras contábeis. 
✳O descumprimento das obrigações acessó-
rias gera o pagamento de MULTA.
Em relação ao sujeito ativo da relação obriga-
cional, o art. 119 do CTN dispõe que este é a pessoa 
jurídica de direito público titular da competência para 
exigir o cumprimento. 
Se tratando do sujeito passivo, a definição se 
encontra nos arts. 121 e 122 do CTN, em que este po-
derá ser o contribuinte ou responsável. 
Contribuinte: é aquele que tem relação pessoal 
e direta com a situação que constitua o fato gerador. 
→ A responsabilidade é originária.
Responsável: é aquele que mesmo sem ter en-
volvimento direito ao fato gerador ou da condição de 
contribuinte, tem sua obrigação decorrente de dispo-
sição expressa de lei.
→ A responsabilidade é derivada. 
Pode ser dividida em: 
1. Por Substituição - Ocorre quando a legislação 
atribui o dever de pagar a outra pessoa diversa daque-
la que deu origem ao fato gerador, neste caso o con-
tribuinte é afastado da relação originária onde o seu 
substituto é um terceiro (desde a ocorrência do fato 
gerador). 
Podendo ser subdividida em: 
Pág. 18
1.1 - Substituição regressiva (antecedente 
ou “para trás”): Representa, o fenômeno conhecido 
por diferimento , no qual os ocupantes das posições 
anteriores nas cadeias de produção e circulação são 
substituídas por aquelas que ocupam as posições pos-
teriores. 
Em linhas gerais, ocorre o adiamento do reco-
lhimento do tributo devido para um momento poste-
rior à ocorrência do fato gerador.
Exemplo: O produto leite cru. 
Aqui temos o produtor rural versus a empresa 
de laticínio, se tratando da substituição regressiva, a 
legislação determina como substituto para recolher o 
tributo a empresa de laticínios sendo que o fato gera-
dor ocorreu "lá trás". 
1.2 - Substituição progressiva (subsequente 
ou “para frente”): Ao contrário da repressiva, a subs-
tituição progressiva é a antecipação do recolhimento 
do tributo na qual o fato gerador se quer aconteceu 
(ocorrerá), sendo assim, uma expectativa/ fato gera-
dor presumido. 
Em linhas gerais, o fato gerador ocorre “lá na 
frente”, enquanto o pagamento é antecipado, ou seja, 
é realizado o recolhimento do tributo sem que haja o 
fato gerador.
Exemplo: Veículos novos. 
Aqui temos a indústria automobilística versus 
as concessionárias, se tratando da substituição pro-
gressiva, o fato gerador vai ocorrer "lá na frente" com 
a venda na concessionária porém o ICMS é recolhido 
antes da ocorrência do fato.
2. Por Transferência - Ocorre com a "transfe-
rência" do ônus tributário para um terceiro determi-
nado em lei após a ocorrência do fato gerador. 
Podendo ser subdividida em: 
• Responsabilidade solidária (CTN, arts. 124 a 
125);
• Responsabilidade dos sucessores (CTN, arts. 
130 a 133);
• Responsabilidade de terceiros (CTN, arts. 134 
e 135).
1. Responsabilidade Solidária - 
São solidariamente obrigadas:
a. as pessoas que tenham interesse comum na si-
tuação que constitua o fato gerador da obrigação 
principal; → Solidariedade natural.
Pág. 19
b. as pessoas expressamente designadas por lei; 
→ Solidariedade legal.
✳ Importante destacar que os devedores soli-
dários respondem pelo todo, na qual não comporta 
benefício de ordem, ou seja, o Fisco pode exigir a to-
talidade do crédito de qualquer dos codevedores. 
2. Responsabilidade por sucessão -
A obrigação tributária se transfere a terceiro em de-
corrência do "desaparecimento" do sujeito passivo 
original. Podendo ser por: 
a) Transferência causa mortis: por morte do primei-
ro devedor, recaindo o ônus aos herdeiros, havendo a 
responsabilidade pessoal (art. 131, II e III, CTN); ou
b) Transferência inter vivos: a obrigação se transfere 
para o adquirente, nas 4 (quatro) hipóteses:
• 1ª Hipótese – art. 130: transmissão de imóveis (su-
cessão imobiliária); 
• 2ª Hipótese – art. 131, I: transmissão de bens mó-
veis (sucessão mobiliária); 
• 3ª Hipótese – art. 133: transmissão de estabeleci-
mento comercial, industrial ou profissional (su-
cessão comercial); 
• 4ª Hipótese – art. 132: transmissão decorrente de 
fusão, incorporação, transformação ou cisão (su-
cessão empresarial).
3. Responsabilidade de terceiros - 
Nos casos de impossibilidade de exigência do 
cumprimento da obrigação principal pelo contribuin-
te, respondem solidariamente com este nos atos em 
que intervierem ou pelas omissões de que forem res-
ponsáveis:
a - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos 
menores;
b - os tutores e curadores, pelos tributos devidos 
por seus tutelados ou curatelados;
c - os administradores de bens de terceiros, pelos 
tributos devidos por estes;
Pág. 20
d - o inventariante, pelos tributos devidos pelo es-
pólio;
e - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos 
pela massa falida ou pelo concordatário;
f - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de 
ofício, pelos tributos devidos sobre os atos prati-
cados por eles, ou perante eles, em razão do seu 
ofício;
g - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de 
pessoas. 
São pessoalmente responsáveis pelos créditos 
correspondentes a obrigações tributárias resultantes 
de atos praticados com excesso de poderes ou infra-
ção de lei:
a - as pessoas referidas no artigo anterior;
b - os mandatários, prepostos e empregados;
c - os diretores, gerentes ou representantes de 
pessoas jurídicas de direito privado.
6.	CLASSIFICAÇÃO	DOS	TRIBUTOS
6.1 - Vinculado e não Vinculado: 
O Tributo Vinculado é aquele que têm por fato 
gerador uma atividade estatal voltada diretamente 
para a prestação de um serviço específico ao contri-
buinte, isto é, somente haverá essa cobrança quando 
existir uma atuação do Estado diretamente dirigida 
para beneficiar o particular.
Exemplo: taxas e contribuições de melhoria.
O Tributo Não Vinculado é aquele tipo de tri-
buto que o fato gerador independe de qualquer ati-
vidade estatal específica em relação ao contribuinte, 
sendo assim, os valores arrecadados podem ser desti-
nados a qualquer prestação diversa inclusive daquele 
que lhe deu causa.
Exemplo: são os impostos especificados nos 
arts. 153, 155 e 156 da CF/88 + o imposto extraordi-
nário e o residual.
6.2 - Fiscais, Extrafiscais e Parafiscais
Os tributos fiscais são aqueles que tem por fi-
nalidade a mera arrecadação de receita, não existindo 
nenhuma prestação recíproca por parte do Estado. Ou 
seja, é a mera captação de receita para os cofres públi-
cos.
Pág. 21
Os tributos extrafiscais além de possuir finali-
dade arrecadatória, exercem a função de controle de 
mercado, corrigindo anomalias. 
Exemplo: Impostode Exportação.
O termo parafiscal, tem por finalidade o dire-
cionamento para abastecer os recursos financeiros de 
entidades com atribuições específicas. Isto é, os valo-
res arrecadados recaem para as entidades diversas do 
Estado.
7. TRIBUTOS	EM	ESPÉCIE
Defende a maioria da doutrina que existem 
cinco tributos no atual sistema tributário constitucio-
nal brasileiro (teoria pentapartite), sendo eles: 
a) impostos; 
b) taxas; 
c) contribuição de melhoria; 
d) empréstimo compulsório; 
e) contribuições gerais ou especiais.
7.1 - IMPOSTOS
O conceito poderá ser retirado do art. 16, CTN: 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por 
fato gerador uma situação independente de qual-
quer atividade estatal específica, relativa ao contri-
buinte.
 ↓
Isso quer dizer que o fato gerador não 
depende de uma atividade estatal, 
sendo atividade a ser praticada pelo 
contribuinte. (Pessoa física ou jurídi-
ca). 
 - EM REGRA, Impostos são criados por lei ORDI-
NÁRIA. 
 - De finalidade meramente fiscal.
Exceção: como regra, pois alguns impostos assumem 
natureza extrafiscal, tais como o II, IE, IPI e IOF. 
 - É uma espécie tributária cujo fato gerador não está 
vinculado a nenhuma atividade estatal diretamente 
relacionada com o contribuinte.
Não há retorno direito em termos de serviços e bens para 
os seus pagadores. (Diferentemente da taxa, por exemplo).
Pág. 22
- Não há afetação - não há vinculação a receita pro-
veniente de impostos a qualquer fundo ou despesa 
pré-estabelecida.
Atenção: existem 3 exceções: 
1. Repartição constitucional dos impostos: 
Cada tipo de imposto vai para um determinado ente 
federativo (União, Estados, DF e Municípios) 
*Veja que a União recebe mais impostos, por isso, 
uma porcentagem prevista na constituição desses 
impostos da União será enviado para os outros entes 
da federação. (art. 157 e 158, CF)
2. Destinação de recursos para área priori-
tárias: saúde, educação + atividade tributária 
3. Prestação de garantias: a) operação de crédi-
to por antecipação de receita; b)União federal; 
c) pagamento de débitos com a União Federal
→ Impostos diretos e indiretos 
Diretos: São os impostos que os governos 
(federal, estadual e municipal) arrecadam sobre o 
patrimônio (bens) e renda (salários, aluguéis, rendi-
mentos de aplicações financeiras) dos trabalhadores. 
São considerados impostos diretos, pois o governo 
arrecada diretamente dos cidadãos. Ex.: IRPF, IPVA, 
IPTU
Indiretos: São os impostos que incidem sobre 
os produtos e serviços que as pessoas con-
somem. São cobrados de produtores e comerciantes, 
porém acabam atingindo indiretamente os consu-
midores, pois estes impostos são repassados para os 
preços destes produtos e serviços. Ex.: ICMS, ISS, IPI
 União
Estados 
DF
Municípios 
Pág. 23
 → Impostos pessoais e reais
Pessoais: São aqueles que estabelecem diferen-
ças tributárias em função das condições próprias do 
contribuinte. Exemplo: Imposto de Renda das Pessoas 
Físicas e Pessoas Jurídicas. Vinculados à pessoa.
Reais: São aqueles que não levam em conside-
ração as condições do contribuinte, indicando igual-
mente a todas as pessoas. Exemplo: IPTU. Vinculados 
à coisa, ou seja, a obrigação nasce da coisa.
→ Impostos fiscais e extrafiscais 
Fiscais: Criado para arrecadar recursos a pes-
soa jurídica de direito público interno, para que possa 
cobrir seus gastos. Exemplo: Imposto de Renda.
Extrafiscais: Quando não visa só a arrecada-
ção, mas também, corrigir anomalias. Exemplo: Im-
posto de Exportação.
→ Proporcionalidade 
São caracterizados quando os impostos são es-
tabelecidos em porcentagem única incidente sobre o 
valor da matéria tributável .Exemplo: ITBI.
→ Progressividade 
São os impostos cujas alíquotas são fixadas em 
percentagens variáveis e crescentes, mas a base de cál-
culo será fixa . Exemplo: Imposto de Renda – Pessoa 
Física.
Competência PRIVATIVA (cada ente pode 
criar seus tipos de impostos). Mas se tratando do DF, 
este tem competência concorrente. 
Ver tabela 01
• Impostos municipais:
- Art. 156, CF > cabe aos municípios criar:
 IPTU 
 ISS 
 ITBI
 → Em razão do art. 147, CF, os 
impostos de competência dos municípios também são 
recepcionados pelo Distrito Federal. 
Pág. 24
1. IPTU - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDA-
DE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA
- Tem previsão no art. 156, I, CF e arts. 32 a 34, 
CTN 
O fato gerador é ser proprietário de imóvel urbano 
Aqui temos uma divergência legislativa, no entendi-
mento entre a Constituição Federal e o Código Tribu-
tário Nacional:
CF → o imposto é devido pelo proprietário. 
CTN → o imposto é devido pelo proprietário, 
também pelo possuidor ou detentor do imóvel - em 
casos de pagamento pelo locatário, será a título de 
transmissão por contrato cível, pois, tributariamente 
não é o sujeito passivo.
O CTN é de 66 e a CF é de 88, pela hierarquia, apli-
ca-se o que diz a CF, porém por ter sido recepcio-
nado, irá ter a aplicação do CTN, no que se refere 
ao pagamento feito pelo possuidor (desde que este 
tenha animus domini - animus de ser proprietário, 
ex. promitente comprador que já tem a posse do 
imóvel) e o detentor.
• O que é um imóvel urbano? 
O imóvel é considerado urbano pela locali-
zação, se este estiver na zona urbana, deverá pagar o 
IPTU, caso esteja na zona rural, pagará ITR. Em casos 
de dúvidas quanto ao local, cabe a lei municipal dizer 
qual zona é aquela.
→Porém, não cabe apenas a lei munici-
pal relatar, para caracterizar zona urbana 
o art. 32, CTN estabelece que aquela área 
deverá conter ao menos 2 melhoramentos 
dos 5 citados no art. 31, §1º.
→ Se houver um imóvel dentro da zona urbana mas 
com destinação econômica rural, este deverá recolher ITR.
→ É permitido alíquotas diferenciadas em razão da uti-
lidade do imóvel (residencial ou comercial). 
Pág. 25
2. ITBI - IMPOSTO SOBRE A TRANSFE-
RÊNCIA DE BENS IMÓVEIS INTERVIVOS
 - Tem previsão no artigo 156, II, CF e arts. 35 a 42, 
CTN. 
O fato gerador é a transferência de imóvel por 
título oneroso (compra e venda de casas e apartamen-
tos). 
Existindo mais duas incidências também pre-
vistos no artigo 156, II, CF: 
Transmissão de direitos reais de bens imóveis 
por título onerosos (exceto os de garantias);
Cessão de direitos a sua utilização (dação em 
pagamento de bem imóvel). 
3. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE 
QUALQUER NATUREZA
- Tem previsão art. 156, III e lei complementar 
116/03. 
 
O fato gerador será sobre:
 
1) Serviços: desde que não estejam na competência 
do ICMS (transporte intermunicipal ou interestadual/ 
serviço de comunicação) e que tenha previsão em lei 
complementar. 
- Súmula vinculante 31: é inconstitucional a inci-
dência do ISS sobre locação de bens móveis.
• Impostos Estaduais e Distritais:
- Tem previsão no art. 155, CF > cabe aos Estados 
e Distrito Federal, criar:
 
ICMS 
ITCMd 
IPVA
1. ICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO 
DE MERCADORIAS E SERVIÇOS
- Tem previsão art. 155, II e lei complementar 
87/96.
O fato gerador deste imposto é na incidência de:
1. Operações de circulação de mercadorias; 
2. Serviço de transporte intermunicipal e 
interestadual;
Pág. 26
3. Serviço de comunicação; 
4. Energia elétrica; 
5. Importação.
Princípios: 
Seletividade - De acordo com a necessidade da 
mercadoria, quanto mais essencial o bem, menor 
será a tributação, quanto menos essencial a merca-
doria, maior será a tributação do produto. 
Não cumulatividade - Compensando-seo que for 
devido em cada operação relativa à circulação de 
mercadorias ou prestação de serviços com o mon-
tante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro 
Estado ou pelo Distrito Federal.
2. ITCMD - IMPOSTO DE TRANSMISSÃO 
CAUSA MORTIS OU DOAÇÃO
- Tem previsão no artigo 155, I, CF e 35-a - 42, 
CTN. 
ITCMD ITBI
Estados e DF Municípios e DF
Gratuito Oneroso
Causa mortis ou doação Compra e venda ou 
permuta
Qualquer bem - imóvel 
e móvel
Apenas imóveis
→ Súmula 112: o imposto de transmissão "causa 
mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da 
abertura da sucessão.
→ Súmula 113: o imposto de transmissão "causa 
mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data da 
avaliação.
 
→ Súmula 114: o imposto de transmissão "causa 
mortis" não é exigível antes da homologação do cál-
culo.
→ Súmula 115: sobre os honorários do advogado 
contratado pelo inventariante, com a homologação do 
juiz, não incide o imposto de transmissão causa mor-
tis.
Pág. 27
 - Em caso de imóveis (causa mortis ou doação) o 
estado que irá receber o imposto é o do local do bem.
 
Em caso de móveis
→ Art. 155, §1º, III, CF - Caberá a lei complemen-
tar dizer qual estado competente para ficar com o im-
posto caso os fatos geradores ocorrer no exterior. 
→ Se tratando de causa mortis = pagará os herdei-
ros. 
 
→ Causa mortis = o estado que ficará com o im-
postos será aquele em que for processado o inventário.
→ Doação = estado do domicilio do doador. 
 
→ Se tratando de causa mortis = pagará os herdei-
ros. 
→ Se tratando de doação = pagará o doador ou 
quem a lei dizer.
3. IPVA - IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE 
DE VEICULO AUTOMOTOR
- Tem previsão no art. 155, III, CF.
Incide apenas em veículos terrestres; 
O STF decidiu por meio do RE 255.111/SP, que so-
mente veículos automotores terrestres devem ser tri-
butados.
Poderá ter alíquotas diferenciadas em razão do 
tipo e da utilização do veículo. 
Causa mortis = o 
estado que ficará 
com o imposto 
será aquele em 
que for processa-
do o inventário.
Doação = Estado 
do domicílio do 
doador. 
Pág. 28
• Impostos Federais:
- Previsão nos arts. 153 e 154, CF.
Art. 153, CF Art. 154, CF
IPI RESIDUAL
IE GUERRA
IR
II
ITR
IOF
IGF
1. IMPOSTO RESIDUAL - art. 154, I
Requisitos : 
- Apenas a união pode criar.
- Deve ser criado por meio de lei complementar. 
- Não cumulativo = quando se pode compensar na 
cadeia posterior com o que foi pago na cadeia ante-
rior. 
- Fato gerador e base de cálculo diferente dos im-
postos já criados/previstos.
2. IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA 
- art. 154, II
Na iminência ou no caso de guerra externa, a 
União pode instituir, temporariamente, impostos ex-
traordinários.
3. IE IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO - II IMPOS-
TO DE IMPORTAÇÃO - IOF - IMPOSTO SOBRE 
OPERAÇÕES FINANCEIRAS
II - O fato gerador do Imposto de Importação se dá 
quando ocorre a entrada de produtos estrangeiros (de 
outros países) no território nacional.
IE - O fato gerador do Imposto de Exportação se 
dá quando ocorre a saída de produtos nacionais (ou 
nacionalizados) para o exterior.
IOF - Ocorre com as operações relativas a títulos 
mobiliários quando da emissão, transmissão, paga-
mento ou resgate destes títulos.
Pág. 29
4. IPI - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUS-
TRIALIZADOS
O IPI é o Imposto sobre Produtos Industrializa-
dos, ele incide nos produtos industrializados, nacio-
nais e estrangeiros.
Esse imposto está previsto no art. 153, IV, da 
Constituição Federal, sendo que suas disposições es-
tão descritas no Decreto nº7.212, de 15 de junho de 
2010, que regulamenta a cobrança, fiscalização, arre-
cadação e administração do Imposto sobre Produtos 
Industrializados.
Fato gerador: saída de produto do estabeleci-
mento industrial (ou equiparado a industrial) ou o 
desembaraço aduaneiro de produtos de procedência 
estrangeira.
5. IR - IMPOSTO DE RENDA
Imposto de renda significa o valor anual des-
contado do rendimento do trabalhador ou da empre-
sa e entregue ao governo federal, sendo que a porcen-
tagem de desconto é fixada pelo governo de cada país 
onde é aplicado tal imposto.
6. ITR - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE 
TERRITORIAL RURAL
É um tributo federal que se cobra anualmente 
das propriedades rurais. Precisa ser pago pelo pro-
prietário da terra, pelo titular do domínio útil ou pelo 
possuidor a qualquer título.
7. IGF – IMPOSTO SOBRE GRANDES FOR-
TUNAS
Imposto sobre grandes fortunas, trata-se de um 
imposto federal, ou seja, de competência exclusiva da 
União para sua instituição e aplicação (Constituição 
Federal, art. 153, inciso VII), demanda lei comple-
mentar para a sua regulamentação que não foi apro-
vada até os dias de hoje.
Pág. 30
7.2 - TAXAS
Taxa é o tributo que tem como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e 
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua dis-
posição. Taxas são tributos, previstos no art. 5º, do 
CTN e no artigo 145, II, Constituição Federal.
• Existe duas formas de taxas: 
1. Taxa decorrente do poder de polícia (vincu-
lada ao artigo 78, CTN) - também conhecida como 
taxa de fiscalização
2. Taxa decorrente serviço público - art. 77, 78 
e 79
- Não haverá sobre serviço particular, exceto 
se for prestado por uma pessoa jurídica de direito pri-
vado licitada pelo Poder Público; ex.: coleta de lixo. 
É disponibilizado ao contribuinte, este usando 
ou não do serviço, visto o que diz art. 77, CTN (é 
devido por serviço efetivo ou posto a sua disposição - 
efetiva ou potencial).
As taxas podem ser exigidas dos cidadãos em 
duas situações: (1) quando o Poder Público prestar 
ao contribuinte um serviço público, específico e di-
visível. Neste caso denominamos de taxa de serviço. 
Ou então (2) quando houver o exercício regular do 
Poder de Polícia. 
• Especifico > Ele será específico quando pu-
der ser apontado qual é o serviço. Por exemplo, o ser-
viço de coleta de lixo, o serviço de segurança pública, 
de coleta de esgoto, entre outros.
• Divisível > Essa característica se encontrará 
sempre que for possível determinar quem é o benefi-
ciado do serviço.
Diferença entre taxa e tarifa
Pág. 31
Taxa Tarifa
Objeto Exercício do 
poder de polícia 
ou a utilização de 
serviços públicos 
específicos e di-
visíveis. Art. 145, 
II, CF.
Serviços públi-
cos explorados 
por conces-
sionários. Art. 
175, parágrafo 
único, III, CF.
Obrigatorie-
dade
Existente por se 
tratar de tributo. 
A contrapresta-
ção pelo serviço 
é devida inde-
pendentemente 
da vontade do 
contribuinte. Art. 
145, II, CF
Inexistente. 
Fica obrigado a 
pagar somente 
aquele que opta 
pelo serviço.
Finalidade 
Lucrativa
Não há. A pres-
tação pecuniária 
existe apenas para 
cobrir os custos 
da atividade.
Existente como 
o principal 
interesse do 
particular em 
explorar uma 
atividade pú-
blica.
Natureza 
jurídica
Tributo Preço público
7.3 - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Contribuição de melhoria é o tributo cobrado 
pelo Estado em decorrência de obra pública que pro-
porciona valorização do imóvel do indivíduo tributa-
do.
A contribuição de melhoria é um tributo que 
pode ser exigido pelo Poder Público (União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios) quando houver:
(1) a realização de uma obra pública e 
(2) uma valorização imobiliária decorrente 
desta obra. 
Sem estas duas características, ou então ocor-
rendo somente uma delas (apenas a obra pública ou a 
valorização), não é possível criar uma contribuição de 
melhoria. A finalidade desse tributo é custear a obra 
pública.
Não é uma cobrança pela obra, não é o preço 
da obra > é o pagamento de um valor pela valorização 
imobiliária decorrente das melhorias feitas ; diz res-
peito à valorização imobiliária pela obra pública.
Pág. 32
Pode ser cobrado pelo Poder Público nas 
seguintes situações:
 
1. Realização de uma obra pública;
2. Valorização imobiliária decorrente de uma obra 
pública ( o valor do imóvel é maior depois da obra 
em relação ao que era antes da obra).Obs.: o que se leva em consideração, para efeitos de 
cálculo, não é o valor inicial do imóvel, nem o valor 
final do imóvel, mas a diferença entre eles, ou seja, 
a valorização. 
Obs.: em caso de desvalorização, o poder público 
será responsabilizado, por indenização de compe-
tência cível.
Obs.: deve ser imóvel particular (não cobrança 
para imóveis de poder público) - apenas proprietá-
rio (locatário não pode ser cobrado).
Obs.: não cabe contribuição de melhoria em casos 
de obra de reforma/melhoria de patrimônio pú-
blica (deve ser uma obra para construção de algo 
novo).
Obs.: não pode ser obra executada por pessoa pri-
vada.
Quanto ao valor da contribuição de melhoria exis-
tem duas limitações: 
(1) limite individual. > Cada proprietário de um 
imóvel valorizado por uma obra pública não pode 
ser cobrado mais do que sua valorização.
 
(2) limite global. > A soma de todas as contribui-
ções de melhoria cobradas não pode ser maior que 
o preço total de uma obra pública.
7.4 - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Os empréstimos compulsórios são regulados 
no artigo 148 da Constituição Federal e art. 15 do Có-
digo Tributário Brasileiro, em caráter de tributo como 
uma forma de um empréstimo obrigatório, forçado. 
Ou seja, todos os indivíduos serão obrigados a em-
prestar dinheiro para o Poder Público, mas em con-
trapartida a devolução deste valor é garantida pelo 
próprio.
Pág. 33
Os empréstimos compulsório faz parte da te-
oria pentapartite, sendo assim, é uma espécie tribu-
tária.
- São compulsórios mas sempre são emprésti-
mos, e dessa forma deve ser devolvido. (caráter res-
tituibilidade). A lei que institui o empréstimo deverá 
regulamentar a devolução.
Obs.: A súmula 418, STF, dispondo que o em-
préstimo compulsório não seria um tributo, está su-
perada.
Súmula 418
O empréstimo compulsório não é tributo, e sua ar-
recadação não está sujeita à exigência constitucional 
da prévia autorização orçamentária.
↓
Essa súmula está revogada, visto que à época 
de sua edição, fixou a orientação de que o empréstimo 
compulsório não era tributo.
- Deve ainda, ser instituto por meio de lei com-
plementar.
Também dependem de lei comple-
mentar: 
Imposto residual, imposto sobre 
grandes fortunas e da contribuição so-
cial residual. 
Obs: todos aqueles que dependem de 
lei complementar, ainda não foram ins-
tituídos.
- É de competência privativa da união, em nenhu-
ma hipótese haverá declinação da competência.
↓
Alguns livros constitucionais 
usam o termo competência exclu-
siva, porém no âmbito tributário o 
termo usado é privativa.
Obs.: STF reconhece competência concorrente de 
estados, DF, municípios e União no combate à Co-
vid-19.
Pág. 34
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por 
unanimidade, confirmou o entendimento de que as 
medidas adotadas pelo Governo Federal na Medida 
Provisória (MP) 926/2020 para o enfrentamento do 
novo coronavírus não afastam a competência con-
corrente nem a tomada de providências normativas 
e administrativas pelos estados, pelo Distrito Fede-
ral e pelos municípios. A decisão foi tomada nesta 
quarta-feira (15), em sessão realizada por videocon-
ferência, no referendo da medida cautelar deferida 
em março pelo ministro Marco Aurélio na Ação Di-
reta de Inconstitucionalidade (ADI) 6341. 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?id-
Conteudo=441447
↓
O STF em sua decisão confirmou a competên-
cia concorrente de Estados, Distrito Federal, Municí-
pios e União para o enfrentamento da pandemia do 
Covid-19. Isto é, Governadores e Prefeitos tem au-
tonmia para estabelecer medidas como o isolamento 
social e o fechamento do comércio de acordo com a 
sua situação local. 
Deve ter atenção, pois, tal decisão diz respeito 
tão somente para medidas de competência concor-
rente, logo, para o âmbito tributário a decisão não 
muda as regras de competência tributária. Repete-se 
que não haverá declinação da competência.
CASOS QUE AUTORIZAM A CRIAÇÃO 
DO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: 
O art. 148, CF/88 dispõe sobre as hipóteses ex-
cepcionais, que na ocorrência deles, poderá ser criado 
Empréstimo Compulsório, que é em caso de despesas 
extraordinárias para atender: 
(1) calamidade pública;
(2) guerra externa ou sua ameaça; ou então
(3) no caso de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional.
Art. 148, CF.
- Para atender a despesas extraordinárias, decor-
rentes de calamidade pública, de guerra externa ou 
sua iminência:
Pág. 35
Empréstimo calamidade + guerra
Esse inciso diz a respeito que o empréstimo 
compulsório será instituto decorrente de calamidade 
ou em guerra, mesmo que em sua iminência. 
A calamidade do Empréstimo Compulsório 
decorre de fenômeno da natureza, como maremotos, 
enchentes catastróficas, etc.
Deve ser algo fora da normalidade, de fato, algo 
fora do comum, por exemplo não poderia instituir o 
empréstimo pela seca do sertão, por mais que seja de 
extrema preocupação, não é suficiente para autorizar 
a criação do Empréstimo Compulsório por calamida-
de, visto que já está dentro da normalidade da região.
Além disso, a calamidade deve ser em âmbito 
nacional, uma vez que se trata de tributo federal, mo-
tivo pelo qual as catástrofes que ocorrem apenas em 
determinados municípios ou em certos estados não 
são suficientes.
Entende-se por guerra externa como um con-
flito internacional armado. Essa hipótese apenas ocor-
rerá em caso de outro país ameaçar ou declarar guerra 
contra o Estado brasileiro. Vale a atenção para o ter-
mo externa, que em razão disso, conflitos internos 
não se encaixam nessa hipótese.
No caso de investimento público de caráter urgente 
e de relevante interesse nacional, observado o dispos-
to no art. 150, III, "b".
Despesas extraordinárias são 
aquelas que não estavam pre-
vistas no orçamento, assim 
como uma outra denominada 
de suplementar.
Suplementar: as despesas já es-
tavam previstas, mas não hou-
ve orçamento suficiente; 
Extraordinária: não estava 
prevista pois não era esperado.
Pág. 36
7.5 - CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
As contribuições integram a teoria quintapar-
tite, sendo a quinta espécie tributária. Está previsto no 
artigo 149 da Constituição Federal:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissio-
nais ou econômicas, como instrumento de sua atua-
ção nas respectivas áreas, observado o disposto nos 
arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto 
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a 
que alude o dispositivo.
De acordo com o artigo, a espécie “contribui-
ções” comporta outras subespécies, quais sejam:
a) As contribuições de intervenção no domí-
nio econômico.
b) As contribuições de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas.
- Categorias profissionais (empregados)
- Categorias econômicas (empregadores)
• Contribuição anuidade-anuidade 
Tem a função de arrecadar para os órgãos de 
regulação das categorias profissionais (CREA, CRE-
FITO, CRM) - conselhos de fiscalização. 
Obs.: anuidade da OAB não é um tributo, sen-
do a cobrança de caráter civil. (deliberação da OAB) 
Ex.: Deixar de pagar a OAB gera uma dívida civil. Dei-
xar de pagar os demais conselhos, gera uma dívida tri-
butária. (por ter natureza tributária).
• Contribuição-Sindical 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sin-
dical, observado o seguinte: 
I.... 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição 
que, em se tratando de categoria profissional, será 
descontada em folha, para custeio do sistema confe-
derativo da representação sindical respectiva, inde-
pendentemente da contribuição prevista em lei;
Pág. 37
Contribuição sindical: contribuição prevista em lei 
- é aquela que é descontada no salário dos emprega-
dos celetistas, correspondente ao valor de 1 dia traba-
lhado uma vez ao ano; 
Obs.: Por maioria, o Supremo Tribunal Federal 
confirmou a constitucionalidade dos textos normati-vos oriundos da reforma trabalhista que extinguiu a 
obrigatoriedade da contribuição sindical.
Contribuição confederativa: assembleia geral - é 
pago todo mês, de caráter facultativo, somente pagará 
quem for filiado a sindicato;
8.	EXTINÇÃO	DO	CRÉDITO	TRIBUTÁRIO
 A extinção do crédito tributário tem função de 
extinguir, ou fazer desaparecer o crédito tributário.
A forma mais comum de extinção do crédito 
tributário é pelo pagamento, quando o contribuinte 
simplesmente paga o seu crédito tributário, e por essa 
razão ela se extingue.
O artigo 156 do CTN elenca as hipóteses que 
acarretam tal fim ao crédito tributário.
MODALIDADES:
 
 • Pagamento
 - A forma mais comum de extinção. 
 - A imposição de multa não dispensa o paga-
mento do crédito (tributo). 
 - Não existe presunção de pagamento 
 - O lugar do pagamento, será o domicilio do 
sujeito passivo
 - Caso ocorra antecipação do pagamento, o 
contribuinte pode ter DESCONTO 
 • Compensação 
 - Poderá ser realizada a compensação, quando 
houver uma credora/devedora uma da outra. 
 Ex.: O Fisco e contribuinte são credoras e de-
vedoras uma da outra. 
 Em que uma contribuinte é credora (tem um 
crédito a receber do Fisco) e devedora ao mesmo tem-
po, neste caso a contribuinte irá buscar a compensa-
ção tributária. 
 
Pág. 38
 - Esta modalidade somente poderá ser reali-
zada nos termos da lei específica do ente competente. 
Isto significa que não adianta ter créditos a receber, 
deve atender aos requisitos da lei de cada ente. 
Ex.: Em algumas leis de estados só admite compensa-
ção se tratar de créditos de naturezas iguais. 
 
 • Transação 
 - Transação é um acordo celebrado, com base 
em lei, entre o Fisco e o contribuinte, pelo qual a pri-
mitiva obrigação tributária desaparece, dando lugar 
a uma ou mais novas obrigações tributárias. É causa 
extintiva da obrigação tributária, muito rara.
 • Remissão 
 - Assim, remissão é o perdão legal do débito 
tributário, que pode ser total ou parcial. Somente a 
lei pode perdoar o débito tributário (lei remissiva), 
não podendo, a remissão, ser concedida por decretos, 
portarias ou qualquer outro ato que não seja lei pro-
priamente dita (princípio da legalidade e princípio da 
indisponibilidade do interesse público). Somente lei 
específica da pessoa política tributante pode conceder 
a remissão. (art. 150, § 6.º, da CF/88).
 - Em sua regra, apenas por créditos já existen-
tes.
 • Decadência 
 - É a perda do direito material pelo seu titular, 
pelo seu não exercício durante um certo tempo. 
 - O direito já nasce com um prazo certo para 
ser exercido, o que não se dá com a prescrição, que 
passa a correr do momento em que nasce a ação. Está 
relacionada a prazo previsto em lei para exercício de 
direito indisponível e não patrimonial.
 Caso o contribuinte não pague o crédito tri-
butário, o ente tributante tem o direito de pleitear em 
juízo a cobrança deste crédito por meio da ação de 
execução fiscal.
 A Administração Tributária possui um prazo 
para efetuar o lançamento do crédito tributário, sen-
do este prazo decadencial de 5 (cinco) anos. Novais 
(2018, p. 400), descreve pontualmente algo interes-
sante nesta modalidade:
 - PRAZO QUE O FISCO TEM DE 5 ANOS 
PARA COBRAR TRIBUTOS NÃO PAGOS OU NÃO 
DECLARADOS . 
Pág. 39
9. EXCLUSÃO	DO	CRÉDITO	TRIBUTÁ-
RIO
A exclusão ocorre quando o credito tributário 
é afastado e o contribuinte é excluído do dever de pa-
gar o tributo. 
Hipóteses: 
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I – a isenção;
II – a anistia. isenção e a anistia.
• Isenção - art. 175, I do CTN.
A isenção consiste em uma norma infracons-
titucional que exclui o crédito tributário, impedindo a 
incidência da norma de tributação, previsto no inciso 
I do art. 175 do CTN
Isenção é diferente de imunidade: não há que se 
confundirem os dois institutos.
A distinção é simples, a isenção é a retirada, 
mediante lei, da possibilidade de tributar, ou seja, 
pode tributar, mas o ente, por política de gestão pú-
blica, opta pela renúncia da receita, o que pode ser 
revogada posteriormente.
Já se tratando da imunidade, está é a impos-
sibilidade originária, pois a CF estabelece a retirada 
do ente o poder de tributar determinadas pessoas ou 
bens. 
• Anistia - art. 175, II do CTN.
A anistia é o perdão de sanção tributária, de 
penalidade (multas).
Os casos de anistia refletem apenas a exclusão das 
penalidades e não do crédito tributário.
- Abrange as infrações cometidas antes da vi-
gência da lei que a concede.
- Não haverá perdão de infração futura. 
- Existe 2 limites temporais: 
1. Após o cometimento da infração.
2. Antes do lançamento da penalidade, depois 
disso o crédito já está será constituído e só pode ha-
ver dispensa por remissão. 
Pág. 40
10. SUSPENSÃO	DO	CRÉDITO	TRIBUTÁRIO
As causas de suspensão do crédito tributário estão 
elencadas no art. 151 do CTN. 
- Podem ocorrer mesmo se for antes do lançamen-
to.
- O que suspende é o dever de cumprir a obrigação 
tributária, desta forma, o sujeito ativo (fisco) fica im-
pedido de exercitar atos de cobrança, devendo aguar-
dar que cesse a causa suspensiva.
A suspensão é da exigibilidade do crédito tributário 
e não do crédito em si.
“Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito 
tributário: 
I – moratória; 
II – o depósito do seu montante integral; 
III – as reclamações e os recursos, nos termos das 
leis reguladoras do processo tributário administrati-
vo; 
IV – a concessão de medida liminar em mandado 
de segurança; 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela 
antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
VI – o parcelamento."
A suspensão atinge apenas a obrigação principal, 
ficando integra a obrigação acessória, que deve ser 
cumprida (art. 151, §único do CTN).
Vejamos: 
I - Moratória: 
Consiste no aumento do prazo para o pagamen-
to do tributo, desta forma, sendo concedida tem-se a 
extensão do prazo para adimplemento da obrigação 
tributária.
Divide-se em:
Moratória geral: abrange todos os contribuintes 
dentro de um dado território.
Moratória especial: abrange somente um grupo de 
pessoas dentro de um dado território.
Pág. 41
I - Depósito do montante integral: 
É um meio de suspender a exigibilidade do crédito 
enquanto se discute a obrigação.
- Modalidade do rol que suspende a incidência de 
juros e multa. 
- Súmula Vinculante nº 28: É inconstitucional a 
exigência de depósito prévio como requisito de ad-
missibilidade de ação judicial na qual se pretenda dis-
cutir a exigibilidade de crédito tributário.
III – As reclamações e os recursos:
A suspensão da exigibilidade do crédito tributário, 
se dá em razão do processo administrativo iniciado.
A simples impugnação do lançamento feito de ofí-
cio ou por declaração suspende a exigibilidade do 
crédito tributário.
IV – A concessão de medida liminar em mandado 
de segurança:
Pressupostos para suspensão: 
– Relevante fundamento do pedido, também co-
nhecido na expressão latina fumus boni juris; 
– Ineficácia da medida, caso não seja deferida de 
imediato, também intitulada periculum in mora.
V – A concessão de medida liminar ou de tutela 
antecipada, em outras espécies de ação judicial: 
Suspende-se a exigibilidade do crédito tributário, 
porém, não cessa a correção monetária. 
O termo “liminar” é usado para qualquer decisão 
de cognição sumária.
VI – Parcelamento:
Deve ser instituído, exclusivamente, por meio de 
lei. 
- O objetivo é tentar recuperar os tributos que fo-
ram deixados de pagar, concedendo benefícios para 
incentivar o pagamento, como desconto na multa e 
pagamentos em longo prazo (parcelamento).
Pág. 42
LISTA	DE	EXERCÍCIOS
Capítulo 01 e 02
 1) VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase 
 No que tange à definição de tributo, é correto afirmar que é toda prestação pecuniária compulsó-
ria, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, 
 • A - que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade ple-
namente vinculada.• B - que constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade plenamen-
te vinculada.
 • C - que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei complementar e cobrada mediante 
atividade plenamente vinculada.
 • D - que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada mediante atividade legis-
lativa.
 2) CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase 
 Considerando que Júnior, Júlio e Augusto tenham diferentes ocupações profissionais, exerçam di-
ferentes funções e percebam remunerações de diferentes denominações jurídicas, assinale a opção correta 
à luz do princípio constitucional tributário da isonomia.
 • A - Os três devem ser tributados com a mesma carga de imposto de renda.
 • B - As normas somente permitem diferenciar a carga tributária de imposto de renda em bene-
fício de um dos três indivíduos citados em razão da ocupação profissional.
 • C - Caso um dos indivíduos citados ocupe função pública especial, o benefício quanto à carga do 
imposto de renda poderá ser-lhe concedido.
 • D - As normas somente permitem diferenciar a carga tributária de imposto de renda em preju-
ízo de um dos indivíduos citados, em razão da denominação jurídica de sua remuneração.
Pág. 43
Capítulo 03
 3) FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIII - Primeira Fase 
 Determinado Estado, localizado na Região Norte do país, instituiu, mediante lei específica, a con-
tribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. Nessa linha, com base na competência tributá-
ria prevista nas normas constitucionais em vigor, tal contribuição instituída pelo respectivo estado- mem-
bro da Federação é: 
 • A - constitucional, sendo possível sua cobrança com base nas regras constitucionais em vigor. 
 • B - inconstitucional, por ser o referido tributo de competência tributária da União Federal.
 • C - inconstitucional, por ser o referido tributo de competência do Distrito Federal e dos Muni-
cípios. 
 • D - inconstitucional, visto que somente lei complementar poderá instituir o referido tributo.
 4) FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIX - Primeira Fase 
 
O Estado X, visando aumentar a sua arrecadação, instituiu novo imposto, não previsto na Constituição 
Federal. 
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. 
 
 • A - O Estado X pode instituir imposto, mediante lei complementar, desde que previsto na Cons-
tituição Estadual. 
 • B - Para exercer a competência residual do Estado X, é necessária lei de iniciativa do Governador 
do Estado. 
 • C - O Estado X não pode instituir o imposto novo, tendo em vista que a competência residual 
para a instituição de novos impostos é somente da União. 
 • D - É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a instituição de impostos 
não previstos na Constituição Federal. 
 5) FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase 
 Determinado ente da Federação instituiu um tributo incidente sobre a folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que preste serviço a empre-
gador privado, ainda que sem vínculo empregatício, com o objetivo de financiar a seguridade social. Em 
sintonia com a CRFB/88, assinale a opção que indica o ente da federação competente para a instituição do 
tributo descrito e o nome do tributo em questão. 
 
Pág. 44
 • A - Estados-membros e o Distrito Federal. Contribuição previdenciária. 
 • B - União. Contribuição social. 
 • C - União. Imposto sobre a renda.
 • D - Todos os entes da Federação. Contribuições sociais. 
 6) FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira Fase 
 A competência tributária não se confunde com a capacidade tributária ativa. Aquela se traduz na 
aptidão para instituir tributos, enquanto esta é o exercício da competência, ou seja, a aptidão para cobrar 
tributos. Nesse sentido, é correto afirmar que 
 • A - compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos, taxas, 
contribuições de melhoria, assim como as contribuições para o custeio do serviço de iluminação pública.
 • B - em virtude do princípio federativo, que, entre outras consequências, delimita entre os entes 
políticos o poder de tributar, ao Distrito Federal compete apenas instituir espécies tributárias próprias dos 
Estados- membros da federação.
 • C - a União pode instituir, via lei ordinária, impostos além dos previstos na Constituição, me-
diante dois requisitos: que eles sejam não cumulativos e que não tenham fato gerador próprio dos impos-
tos já previstos constitucionalmente.
 • D - em Território Federal, os impostos estaduais são de competência da União. Caso o Território 
não seja dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais também são de competência 
da União.
 7) ND - 2007 - OAB-SC - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase 
 Assinale a afirmação correta. A Constituição Federal vigente estabelece as competências comuns e 
privativas dos entes federativos, para instituir os tributos que discrimina. Nesse sentido, podemos afirmar 
que: 
 • A - Compete aos Estados-membros da Federação instituir o IPVA, o ICMS e o IOF.
 • B - A União, Estados, Distrito Federal e Municípios podem instituir taxas de serviço, sendo as de 
polícia de competência privativa da União.
 • C - O ITR é de competência federal, mas os Municípios podem legislar sobre citado imposto se 
firma rem convênio com a União.
 • D - Compete somente à União instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas e o Empréstimo Com-
pulsório.
Pág. 45
 8) ND - 2006 - OAB-DF - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase 
 Sobre a competência tributária, assinale a alternativa INCORRETA: 
 • A - compete a União instituir impostos sobre grandes fortunas, importações e exportações;
 • B - compete aos Municípios instituir impostos sobre a propriedade territorial urbana;
 • C - compete ao Distrito Federal e aos Municípios instituir a contribuição para o custeio do ser-
viço de iluminação pública;
 • D - compete aos Estados instituir impostos sobre a transferência onerosa de imóveis entre vivos.
Capítulo 04
 9) FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira Fase 
 Assinale a alternativa que indica os impostos cujas alíquotas podem ser majoradas por ato do Po-
der Executivo, observados os parâmetros legais. 
 • A - Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre a Pro-
priedade Territorial Rural (ITR).
 • B - Imposto sobre a Importação (II), Imposto sobre a Exportação (IE) e Imposto sobre Grandes 
Fortunas (IGF).
 • C - Imposto de Renda (IR) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e Imposto sobre 
Grandes Fortunas (IGF).
 • D - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 
e Imposto sobre a Importação (II).
10) FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase 
Texto associado 
A Presidência da República, por meio do Decreto 123, de 1º de janeiro de 2015, aprovou novas alíquotas 
para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), dentro das balizas fiadas na lei tributária, a saber: 
Cigarro – alíquota de 100% 
Vestuário – alíquota de 10% 
Macarrão – alíquota zero 
Sobre a hipótese, é possível afirmar que 
Pág. 46
 • A - o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio da legalidade.
 • B - o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio do não confisco.
 • C - as alíquotas são diferenciadas em razão da progressividade do IPI.
 • D - as alíquotas são diferenciadas em razão do princípio da seletividade do IPI.
 11) FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase 
 O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos (cujas receitas, inclusive seus eventuais 
superávits, são integralmente reinvestidas no estabelecimento de ensino) deseja saber se está correta a 
cobrança de impostos efetuada pelo fisco, que negou a pretendidaimunidade tributária, sob o argumento 
de que a instituição de ensino privada auferia lucros. 
 Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a afirmativa correta. 
 • A - O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições de ensino 
que não sejam superavitárias. 
 • B - O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições públicas de 
ensino. 
 • C - O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo estabe-
lecimento de ensino imune. 
 • D - O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituição não 
precisa ser deficitária, desde que o superávit seja revertido para suas finalidades. 
 12) VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase 
 Com relação ao exato significado (inclusive em função do julgamento pelo Supremo Tribunal 
Federal) do termo isenção, constante do art. 195, § 7.o, da Constituição Federal, que dispõe: “São isentas 
de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam as 
exigências estabelecidas em lei”, pode-se afirmar que 
 
 • A - se trata efetivamente do instituto da Isenção.
 • B - se refere à hipótese de não incidência.
 • C - se trata de Imunidade Constitucional.
 • D - se refere à isenção condicionada.
 
Pág. 47
 13) FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase 
 O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, sobre o serviço público de coleta, re-
moção e tratamento de lixo e resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, 
foi notificada da cobrança da referida taxa. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 • A - As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X. 
 • B - A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível. 
 • C - A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a instituição 
de taxas de serviço público. 
 • D - A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes. 
 14) FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira Fase 
Determinada editora de livros, revistas e outras publicações foi autuada pela fiscalização de certo Estado, 
onde mantém a sede da sua indústria gráfica, pela falta de recolhimento de ICMS incidente sobre álbum 
de figurinhas. 
Nessa linha, à luz do entendimento do STF sobre a matéria em pauta, tal cobrança é 
 • A - inconstitucional, por força da aplicação da isenção tributária.
 • B - inconstitucional, por força da aplicação da imunidade tributária.
 • C - constitucional, por força da inaplicabilidade da imunidade tributária.
 • D - inconstitucional, por estar o referido tributo adstrito à competência tributária da União Fe-
deral.
 15) CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase 
O princípio constitucional da imunidade recíproca
 • A - não se aplica aos municípios, abrangendo apenas a União, os estados e o DF.
 • B - aplica-se aos entes políticos que exerçam atividade econômica em concorrência com o parti-
cular.
 • C - não se aplica aos impostos diretos, abrangendo apenas os indiretos.
 • D - é extensivo às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público, no que se 
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorren-
tes.
Pág. 48
16) FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase 
 A imunidade recíproca impede que 
 • A - a União cobre Imposto de Renda sobre os juros das aplicações financeiras dos Estados e dos 
Municípios.
 • B - o Município cobre a taxa de licenciamento de obra da União.
 • C - o Estado cobre contribuição de melhoria em relação a bem do Município valorizado em 
decorrência de obra pública.
 • D - o Estado cobre tarifa de água consumida em imóvel da União.
 17) FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
 O Chefe do Executivo do Município X editou o Decreto 123, em que corrige o valor venal dos 
imóveis para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de acordo com os índices 
inflacionários anuais de correção monetária. 
 No caso narrado, a medida 
 • A - fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode ser realizada 
por meio de lei em sentido formal. 
 • B - está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo do IPTU 
dispensa a edição de lei em sentido formal. 
 • C - está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo 
do IPTU pode ser realizada por meio de decreto.
 • D - fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU não 
dispensa a edição de lei em sentido formal. 
 
18) FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
Pedro tem três anos de idade e é proprietário de um apartamento. Em janeiro deste ano, o Fisco notificou 
Pedro para o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por meio do envio do carnê de 
cobrança ao seu endereço. Os pais de Pedro, recebendo a correspondência, decidiram não pagar o tributo, 
mesmo possuindo recursos suficientes para tanto. 
Diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação por Pedro, assinale a afirmativa correta. 
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 • A - Os pais de Pedro devem pagar o tributo, na qualidade de substitutos tributários. 
 • B - O Fisco deverá aguardar Pedro completar 18 anos para iniciar o processo de execução da 
dívida. 
 • C - Os pais de Pedro responderão pelo pagamento do tributo, uma vez que são responsáveis 
tributários na condição de terceiros. 
 • D - O Fisco deve cobrar o tributo dos pais de Pedro, já que são contribuintes do IPTU. 
 19) FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase 
 Considere que Luís é um andarilho civilmente capaz que não elegeu nenhum lugar como seu do-
micílio tributário, não tem domicílio civil, nem residência fixa, e não desempenha habitualmente ativida-
des em endereço certo. 
 A partir da hipótese apresentada, de acordo com o Código Tributário Nacional e no silêncio de 
legislação específica, assinale a afirmativa correta. 
 • A - Luís nunca terá domicílio tributário. 
 • B - O domicílio tributário de Luís será o lugar da situação de seus bens ou da ocorrência do fato 
gerador. 
 • C - O domicílio tributário de Luís será, necessariamente, a sede da entidade tributante. 
 
 • D - O domicílio tributário de Luís será a residência de seus parentes mais próximos ou o lugar 
da situação dos bens de Luís. 
 20) FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase 
 João e Maria celebraram entre si contrato de locação, sendo João o locador e proprietário do imó-
vel. No contrato, eles estipularam que a responsabilidade pelo pagamento do Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana (IPTU) do imóvel será de Maria, locatária. 
Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta. 
 • A - O contrato será ineficaz entre as partes, pois transferiu a obrigação de pagar o imposto para 
pessoa não prevista em lei. 
 • B - O contrato firmado entre particulares não poderá se opor ao fisco municipal, no que tange à 
alteração do sujeito passivo do tributo. 
 • C - O contrato é válido e eficaz, e, por consequência dele, a responsabilidade pelo pagamento do 
tributo se tornará solidária, podendo o fisco municipal cobrá-lo de João e/ou de Maria.
 • D - No caso de o fisco municipal cobrar o tributo de João, ele não poderá ajuizar ação regressiva 
em face de Maria. 
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 21) FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase 
 A União instituiu determinado tributo federal e conferiu a uma autarquia as tarefas de fiscalizá-lo 
e arrecadá-lo. 
 Tendo em vista a situação narrada, assinale a opção correta. 
 • A - A capacidade tributária ativa (realizar atos de fiscalização e arrecadação) é delegável.

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