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Exclusão Social - Práticas Sociais e Subjetividades

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9
UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP
Curso de Psicologia
PRÁTICAS SOCIAIS E SUBJETIVIDADE 
DIFERENCIAÇÃO SOCIAL, CULTURAL E EXCLUSÃO SOCIAL
São José do Rio Preto
Outubro/2020
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	PROCEDIMENTOS	4
4.	CONCLUSÃO	8
5.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	8
ANEXOS	9
INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi desenvolvido por meio de uma proposta da disciplina de Práticas Sociais Subjetivas, onde foi sugerido realizar observações de acontecimentos sociais dentro do tema “Exclusão Social” para dar ênfase ao fenômeno observado em fatos do cotidiano e nas relações interpessoais, notando os aspectos da sua subjetividade, pontuando referenciais teóricos e observando os fenômenos na pratica. Para isso, foram realizadas pesquisas acadêmicas e também observações gerais a respeito da síntese de exclusão social em locais públicos e privados, como também em ambiente domiciliar recorrente à situação pandêmica originária da COVID-19 que ocorreu no período de realização do trabalho. O foco destas observações foi analisar o modelo predominante de exclusão social ali presente, como os indivíduos e grupos excluídos se comportam, se há isolamento social e qual a adoção, pelo Estado, de políticas públicas para implementar medidas que visam assegurar um maior equilíbrio social. 
A temática em torno deste tema está fundamentada na ideia de desigualdade, formas pelas qual um determinado grupo é separado do convívio com o resto da sociedade, esses socialmente excluídos não possuem acesso a certos direitos que são essenciais para seu desenvolvimento. Os excluídos sociais, geralmente são minorias étnicas, culturais e religiosas. Como exemplos, temos os negros, índios, idosos, pobres, homossexuais, desempregados, pessoas com deficiência física e ou mental, dentre outros. É possível observar que o preconceito sofrido por essas pessoas ou grupos sociais, afeta diretamente seus aspectos da vida, e, em muitos casos, gera outro problema chamado de “isolamento social”.
A história da exclusão remonta à Idade Média, época em que corriam muitas matanças e perseguições às pessoas que nasciam com alguma deficiência. No século XV as pessoas consideradas “loucas” ou com alguma deficiência mental ou física eram mandadas para a fogueira, pois eram vistas como possuídas pelos espíritos malignos. A partir do século XVII, os indivíduos que possuíam alguma deficiência eram retirados do convívio social e fechados em celas e calabouços, asilos e manicômios. Portanto, a trajetória das pessoas com necessidades educativas especiais, ou seja, pessoas com deficiência, é marcada pela exclusão, pois elas não eram consideradas pertencentes à maioria da sociedade, eram abandonadas, escondidas ou mortas. Porém, a discussão sobre a exclusão e o uso do termo “Exclusão Social” surgiu inicialmente na Europa, especificamente na França, entre os anos 50 e 60, após um número expressivo de pessoas presas à engrenagem da pobreza, em meio a uma crescente abundância, as quais são consideradas resíduos que o desenvolvimento do pós-guerra pareceu esquecer. 
“A discussão sobre a exclusão social apareceu inicialmente na Europa na esteira do crescimento dos sem-teto e da pobreza urbana, da falta de perspectiva decorrente do desemprego de longo prazo, da falta de acesso a empregos e rendas por parte de minorias étnicas e imigrantes, da natureza crescentemente precária dos empregos disponíveis e da dificuldade que os jovens passaram a ter para ingressar no mercado de trabalho. (DUPAS, 1999, p.19).”
Ainda segundo o autor, o conceito de exclusão social é, em sua essência, multidimensional, incluindo uma ideia de falta de acesso não só a bens e serviços, mas também à segurança, à justiça e à cidadania. Para Sposati (1999), “Exclusão é um processo complexo, multifacetado, que ultrapassa o econômico do ponto de vista da renda e supõe a discriminação, o preconceito, a intolerância e a apartação social” (p.103). Dupas (1999) trabalha o conceito exclusão social pelo viés da pobreza, esta entendida como a incapacidade de satisfazer necessidades básicas.
Portanto, exclusão social designa um processo de afastamento e privação de determinados indivíduos ou de grupos sociais em diversos âmbitos da estrutura da sociedade. Assim, os indivíduos que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos, são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.
PROCEDIMENTOS
Devido as atuais circunstâncias no cenário de pandemia e isolamento social, cada integrante do grupo fez suas observações da maneira que estava em seu alcance, podendo optar por realizá-la em ambiente domiciliar com filmes, documentários, jornais e vídeos ou em locais públicos e posteriormente ocorreu a reunião de todo material com o grupo para a formulação de ideias a respeito do fenômeno observado comparando com a respectiva teoria.
 2.1 Ambiente
As observações foram feitas em diferentes locais de acordo com a preferencia de cada integrante do grupo, sendo eles: Dentro de casa, shopping, praças, albergue e avenidas.
2.2 Material
Os materiais para observação e anotação foram: celulares e computadores
1. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
Definir exclusão social é um tanto quanto polemico, sendo necessário uma reconstrução do processo de sua elaboração, emergência e consolidação no campo social. Quando um termo pode designar muitos fenômenos, acabar por caracterizar fenômeno algum. Para além da questão terminologia a exclusão social deve ser tomada como uma questão multidimensional, ou seja, estará atrelada tanto às desigualdades econômicas, quanto políticas, culturais e étnicas. A exclusão pode advir tanto do mercado de trabalho, quanto pela falta de moradia, saúde, segurança, educação, tudo quanto for necessário para se ter dignidade, ou seja, trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, esse problema social foi impulsionado pela estrutura desse sistema econômico e político (DUPAS, 1998).
A palavra exclusão social é extremamente nova, muito usada por estudiosos, pesquisadores, políticos, muito debatida em congresso geralmente para qualificar situações e condições de extrema pobreza. Em sua origem mais contemporânea, o termo foi título do livro Les exclus: um français sur dix (‘Os excluídos: um em cada dez franceses’) de René Lenoir, publicado em 1974.
A exclusão consiste de processos dinâmicos, multidimensionais produzidos por relações desiguais de poder que atuam ao logo de quatros dimensões principais- economia, política, social e cultural-, e em diferentes níveis incluindo individual, domiciliar, grupal, comunitário, nacional e global. (Popay et al, 2008, p.36)
De acordo com Evaristo (2016) uma outra forma de ver a exclusão social é pelo não reconhecimento de direitos. Essa interpretação ficou conhecida como nova exclusão. Segundo essa abordagem, os excluídos são aqueles que “não tem direito a ter direitos”.
Embora a questão social da pobreza e miséria se perpetue no decorrer da história social da humanidade, a noção de exclusão social é relativamente nova que toma corpo e sentido, ao mesmo tempo em que a globalização, cujo o significado se constrói na aceleração na internacionalização do capital; é potencializada pelos avanços tecnológicos da informação, da comunicação e da informática. Nesse processo mudaram-se as regras do jogo dos processos produtivos e das relações de produção.
Populações historicamente excluídas, idosos, negros, mulheres, deficientes físicos, homossexuais, toxicodependentes, desempregados, pessoas em situação de rua entre outros, são geralmente minorias étnicas, culturais e religiosas, que por serem diferentes não estão inseridos no sistema de produção, por não se encaixarem nos padrões estabelecidos por uma sociedade capitalista, branca e machista.
Podemos salientar as condições financeiras, religião, cultura, sexualidade, escolhas de vida, dentre outros. Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livrementeseus direitos de cidadãos. Isso afeta diretamente aspectos da vida, e, em muitos casos, gera outro problema chamado de “isolamento social”.
É através da exclusão social que se origina a pobreza. Pelas vias da discriminação e do preconceito, gerando a desigualdade e a diferenciação social. A pobreza é um problema que atinge o mundo inteiro, porém se intensifica nos países denominados de “3º Mundo”, como alguns países africanos, asiáticos e sul‐americanos.
Assim sendo, este trabalho vai abordar uma exclusão social de forma ampliada com um olhar mais voltado as questões sociais e a vulnerabilidade da minoria historicamente excluída como idosos, pessoas portadoras de necessidades especiais, mulheres, crianças, homossexuais, dependentes químicos, todos aqueles que não conseguiram e que não se encaixam no sistema capitalista consumista, que muitas vezes são tachados como peso para sociedade ou como ameaça ao sistema de produção e segurança.
Desde invasão do Brasil muitos historiadores já trazem a questão da exclusão à tona, aonde negros, escravos vindos da África, e indignas, população local da época, já eram postos a margem das questões sociais e políticas, sem direitos apenas com deveres aos trabalhos de exploração e escravização, por parte dos brancos europeus. Naquela época, regras eram impostas sem qualquer direito de defesa, os senhores patrões eram tidos como o maioral ditadores do sistema e de leis, muitas delas válidas até hoje. Começava pela discriminação, onde os que não se encaixavam nos estereótipos eram tidos como animais, doentes, vândalos e, desta forma eram postos a exclusão, muitas vezes trancafiados em manicômios. 
Mulheres sem qualquer direito, tinham que ficar a servir aos seus senhores e no comando das tarefas de casa e educação dos filhos, não eram vistas como serem pensantes, como ainda temos essa questão até hoje, onde mulheres ainda ganham 30% à menos comparados ao salários dos homens, essa questão ainda é pior se a mulher for negra ou biologicamente do sexo masculino, transexual.
Podemos pensar que, geralmente, a exclusão leva ao isolamento como acontece com os idosos, com a perspectiva de vida cada vez maior, esses idosos são pensados como um fardo para o sistema de produção, por não colaborar com o giro capital. 
Outra forma de pensar na exclusão dos idosos é com relação a questões familiares, onde muitos não têm tempo para cuidar dessas pessoas e acabam abandonando-os em asilos e pensões. 
O homossexualismo no Brasil é uma crescente, e com o preconceito vem a falta de oportunidade, muitos acabam indo morar nas ruas e se sujeitando a qualquer tipo de sorte, ou, má sorte que lhes surgir. Segundo a impressa, as maiorias dos assassinatos são de pessoas homossexuais, principalmente as negras. Na lei também não é diferente, os homossexuais casados não recebem pensões dos seus parceiros falecidos.
Sob os olhares diferenciados, os deficientes são esquecidos pela sociedade, sem direito ao menos de locomoção, pela falta de acessibilidade, ou até mesmo de trabalho para o seu sustento. Muitos vivem isolados em seus lares, ou mesmo em hospitais sem quaisquer perspectivas de vida.
Não obedecem às normas, regras impostas, está fora! A marginalidade a maior realidade brasileira, pessoas em situação de rua, em sua maioria toxico depende, esse, na minha opinião, são os mais prejudicados. Pedir já não é mais uma forma de viver com dignidade, mas para matar a fome. Jogados nas ruas, eles fazem o que for preciso para conseguir qualquer centavo, como diz o quadro do programa do Faustão Exibido na TV globo, “Se vira nos Trinta”. Na sua maioria são negros, homens, mulheres, idosos, para esta situação não tem idade ou sexo. Todos um dia tiveram mãe, família, um lar, e que com a falta de oportunidades precisaram tomar essa difícil decisão de viver nas ruas. 
Esperamos mostrar estas realidades através das observações essas realidades neste trabalho.
CONCLUSÃO
Contudo, pode-se concluir que exclusão social é visto como um processo histórico situado no tempo e no espaço, no qual constam vários fatores, como a questão do racismo, que está imbricada num contexto histórico; na criminalidade, visto que muitas facções surgem dentro de presídios como forma de proteção dos presidiários da violência e maus tratos que sofrem na cadeia, vivendo em ambientes insalubres; pessoas em situações/moradoras de ruas no qual sobrevivem de ações sociais da população e do governo; a população indígena cujo suas aldeias foram invadidas e muitos nativos morreram tentando lutar, e também às questões sociais e a vulnerabilidade de outras minorias como: idosos, pessoas portadoras de necessidades especiais, mulheres, crianças, homossexuais, dependentes químicos, todos aqueles que não conseguiram e que não se encaixam no sistema capitalista e são vistos como ameaça à segurança.
Com base no foco da realização deste trabalho, foi possível identificar que os grupos e indivíduos excluídos socialmente se excluem por si só, por não se sentirem pertencentes àquela sociedade, ou dignos e merecedores de seus direitos e serviços.
Infelizmente, ainda há muito a se fazer o Estado para que as políticas publicas já existentes funcionem na pratica, não somente no papel, visando um maior equilíbrio social e proporcionando integração, segurança e dignidade à todos os grupos e pessoas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araújo, M. R. (s.d.). EXCLUSÃO SOCIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL. Psicologia em Estudo.
Borba, A. A., & Lima, H. M. (s.d.). Exclusão e inclusão social nas sociedades modernas: um olhar sobre a situacao em Portugal e na Uniao Europeia.
Escorel, S. (1999). Vidas ao Léu: Trajetórias de exclusão social. Rio De Janeiro: FIOCRUZ.
Escorel, S. (s.d.). EXCLUSÁO SOCIAL FENOMENO TOTALITARIO NA DEMOCRACIA BRASILEIRA.
Lopes, J. R. (s.d.). EXCLUSÃO SOCIAL E CONTROLE SOCIAL: ESTRATÉGIAS CONTEMPORANEAS DE REDUCAO DA SUJEITICIDADE. Psicologia & Sociedade.
Zioni, F. (2006). Exclusão social: Noção ou conceito? Saúde Soc, 15-29.
ANEXOS

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