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ADM1 - REVISÃO AV1

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Direito Administrativo 1
Prof. Silvio Jr.
REVISÃO AV1
SOBRE A AV1:
- Valor: 8 pontos
- 1 questão valendo 2,5
- 2 questões valendo 2,0
- 1 questão valendo 1,0
- 1 questão valendo 0,5
- A AV1 será feita em formulário, com 24 horas de prazo!
Temas que são cobrados na AV1
- Tarefas da Administração
- Princípios implícitos do Direito Administrativo
- Organização Administrativa
- Administração Indireta
- Autarquias
- Fundações Públicas de Direito Privado
- Empresas estatais
- Consórcios públicos
- Ato Administrativo
- Poderes Administrativos
- Poder de Polícia
Tarefas da Administração
Tarefas da Administração Pública
1 – Poder de Polícia: função negativa do Estado: limitação/condicionamento da propriedade privada – interesse público 
2 – Serviço Público: função positiva do Estado: pós 1ª guerra / constituição social (weimar 1919 e mexicana 1917) novo 
caráter do Estado 
3 – atividade de fomento: incentivo/estímulo a desenvolvimento de atividades econômicas/sociais 
Princípios implícitos do Direito Administrativo
Princípios Implícitos/Reconhecidos
* Embora não estejam no rol, também devem orientar a administração pública
Principio da I N S I N D I C A B I L I D A D E do Mérito Administrativo
- O Poder Judiciário não pode alterar o mérito das decisões advindas de atos administrativos, mas, tão somente, fazer análise formal
de legalidade dos atos praticados. Há decisões políticas que admitem certa discricionariedade do administrador e esse conjunto
de decisões não pode ser atacado/questionado.
- Exemplo da extradição
Violação dos Princípios
A violação de qualquer um dos princípios está sujeita ao controle dos atos da Administração Pública por todas as vias legais
(mandado de segurança, ação popular, ação civil pública além da aplicação de sanções civis, penais e administrativas).
Organização Administrativa
Administração Indireta
AUTARQUIAS: Pessoas Jurídicas de Direito Público, dotada de capital público, criada para prestação de serviço público de
forma descentralizada, com capacidade administrativa e patrimônio próprio.
Criação, Organização e Extinção
- Criação e Extinção: mediante lei específica
- Iniciativa do Projeto de Lei: Presidente da República (Chefe do Executivo) – CF, art. 61, § 1º, II, “e”.
- Exemplo de Lei de Extinção – Lei n. 7.732/89 (extinguiu a SUDHEVEA, autarquia vinculada ao Ministério da Indústria e do
Comércio)
Texto original - 1988
Emenda Constitucional n. 19/1998 Texto original – 1988
ADI 2.135/00 (2008)
Ex nunc
Regra do Regime Único Regra do Regime Único
Estatuto OU CLT
Pessoal - Regime Jurídico – Autarquias
Vigência do art. 39 da CF/88
(EC n. 19/98 e ADI 2.135/00)
Relações já 
estabelecidas 
mantidas
Fundações Públicas
- Conceito e Espécies
Pessoa Jurídica sem fins lucrativos
B) Personalidade de Direito Privado: FUNAI e FUNARTE
* Critério: exercício do Poder de Autoridade
- DIFERENÇA BÁSICA (em relação às autarquias), Nº 1: DOTAÇÃO PATRIMONIAL
- Criação e Extinção
B) Fundação Pública de Direito Privado:
Autorização legal para serem instituídas
Nascimento da personalidade jurídica: inscrição do ato constitutivo no Registro
Extinção: regra do art. 69 do Código Civil (extinção de Fundações)
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua
existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se
o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação,
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
Fundações Públicas
- Objeto
Atividades socialmente relevantes, sem fins lucrativos
Assistência social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde;
segurança alimentar e nutricional; preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, promoção
da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos, entre outras.
- Regime de Pessoal
B) Fundações Públicas de Direito Privado: CLT – empregados públicos
- Patrimônio
B) Fundações Públicas de Direito Privado: bens particulares com algumas prerrogativas de bens públicos
(impenhorabilidade dos bens afetos ao serviço público e exigência de licitação para alienação dos bens
afetos ao serviço público)
Empresas Estatais
(Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista)
- Conceito
“Empresa Estatal” – expressão genérica, utilizada para qualquer entidade civil ou comercial que tenha
controle acionário do Estado
- Características Gerais
Empresas Públicas
A empresa pública é pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Indireta, criada por
autorização legal, sob qualquer forma societária admitida em direito, cujo capital é formado por bens e
valores oriundos de pessoas administrativas, que prestam serviços públicos ou executam atividades
econômicas
Exemplos: BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ECT (Empresa de
Correios e Telégrafos), Caixa Econômica Federal, EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares), EBC (Empresa Brasil de Comunicação)
Sociedades de Economia Mista
A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração
Indireta, criada por autorização legal, sob a forma societária de sociedade anônima, cujo capital é
formado por bens e valores oriundos de pessoas administrativas e de particulares, com controle
acionário do Estado, que prestam serviços públicos ou executam atividades econômicas.
Exemplos: PETROBRAS (Petróleo Brasileiro S.A.), Banco do Brasil S.A.
Empresas Estatais
- Foro competente
Empresas Públicas
Justiça Federal para as Empresas Públicas Federais e Justiça Estadual para as demais
Sociedades de Economia Mista
Regra: competência da Justiça Estadual, mesmo que a sociedade de economia mista seja federal.
Exceções:
- As sociedades de economia mista federais serão processadas e julgadas na Justiça Federal se a União
intervier como assistente ou opoente (Súmula 517 do STF).
- A Justiça Federal também é competente para processar e julgar mandado de segurança contra ato
praticado por sociedade de economia mista federal (art. 109, VIII, da CRFB).
Empresas Estatais
- Patrimônio (ambas): privado, com modulações de Direito Público
Art. 49. A alienação de bens por empresas públicas e por sociedades de economia mista será precedida de:
I - avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas as hipóteses previstas nos incisos XVI a XVIII do art.
29;
II - licitação, ressalvado o previsto no § 3º do art. 28.
Art. 50. Estendem-se à atribuição de ônus real a bens integrantes do acervo patrimonial de empresas
públicas e de sociedades de economia mista as normas desta Lei aplicáveis à sua alienação, inclusive em
relação às hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de licitação.
* Penhora: os bens das sociedades de economia mista que se destinarem a prestação de serviço público
não poderão ser objeto de penhora
Consórcios Públicos
- Características principais do Consórcio Público
- Caráter contratual
- Foro Processual: se envolver a União, Justiça Federal. Se não envolver, o foro da sede do Consórcio
- Partícipes do Consórcio
Entes federativos: União, Estados, DF e Municípios
Consórcios Públicos
- Procedimento para instituição do Consórcio (6 etapas)
1 – Protocolo de Intenções – minuta do contrato (7 itens, previstos no art. 4º da Lei n. 11.107/05)
2 – Autorização legislativa – cada ente envolvido no consórcio precisa publicar uma lei de ratificação ao protocolo de
intenções
3 – Contrato de consórcio – assinado após as leis de ratificação
4 – Personificação do Contrato – pode ser pessoa jurídica de direito público (autarquia interfederativa) ou privado
(fundação pública de direito privado) – a opção constará já no protocolo de intenções. A personalidade jurídica da
pessoa jurídica de direito público começa com a vigência de todas as leis de ratificação doprotocolo de intenções e a
personalidade jurídica da pessoa jurídica de direito privado é instituída com o registro do ato constitutivo.
5 – Contrato de Rateio – instrumento que formaliza qual será o repasse de cada ente envolvido no consórcio.
Vigência de 1 ano do contrato, porque deve condizer com as leis orçamentárias anuais de cada ente envolvido. Há
hipóteses em que o contrato pode ter mais de um ano de vigência: 1 – projetos constantes no plano plurianual e 2 –
gestão associada de serviços públicos custeados por tarifa ou outro preço público
* A celebração do contrato de rateio sem suficiente e prévia dotação orçamentária configura ato de improbidade
administrativa
6 – Contrato de programa – consolida as obrigações que cada ente assumiu para com os outros entes ou para com o
consórcio público
Ato Administrativo
Discricionariedade e Vinculação
- Conceitos que se relacionam com a liberdade do administrador, com determinação legal
- Atos discricionários são aqueles que o administrador pode praticar ou não
- Critério: conveniência e oportunidade
- Atos vinculados são aqueles que a lei obriga o administrador a praticar
- Critério: preenchimento de requisitos legais
- Mérito Administrativo: liberdade do administrador para poder interpretar conveniências e oportunidades
nas tomadas de decisão que envolvam o interesse coletivo
- Controle judicial dos atos discricionários
- Legalidade: cumprimento de formalidades
- Controle de Mérito: aferição de adequação entre o mérito, o motivo e o objeto do ato
* Princípio da insindicabilidade do mérito administrativo
Classificação dos Atos Administrativos
Quanto à formação:
1.1. Simples: vontade de um único órgão público
1.2. Complexos: participação de mais de um órgão (nomeação de ministro do STF – Presidência e Senado)
1.3. Compostos: mais de uma etapa (formação de um consórcio público)
Poderes Administrativos
Poderes Administrativos
Em Direito Administrativo, a expressão “Poder” pode ter dois sentidos:
1) Divisão advinda da tripartição de Poderes (Poder Orgânico)
2) Exercício da Função Administrativa (Poder Funcional)
- Espécies de Poderes Administrativos
- Normativo
- De Polícia
- Hierárquico
- Disciplinar
Poder de Polícia
- Conceito: prerrogativa legal para restringir e condicionar exercício de direitos 
- Fases (ciclo do Poder de Polícia)
1) Ordem: fase em que a lei estabelece restrição ou condicionamento para exercício de algum direito/atividade
2) Consentimento: aceite do Estado para que o particular desenvolva a atividade policiada
2.1. Licença – ato vinculado que reconhece o direito (dirigir)
2.2. Autorização – ato discricionário (mérito), sem a criação de direito subjetivo para o indivíduo
3) Fiscalização: aferição do cumprimento da ordem ou do consentimento (de ofício ou por provocação)
4) Sanção: medida coercitiva aplicável pelo descumprimento da ordem ou do consentimento
Poder de Polícia
- Características:
- Delegação do Poder de Polícia – a regra é que exercício do Poder de Polícia seja monopólio do Estado, no
entanto, em casos especificados em lei, é aceitável que pessoas físicas ou jurídicas privadas possam exercer
Poder de Polícia.
- Exemplos: comandante de aeronave, capitães de embarcações, notários e registradores e etc.
- Parâmetros para a delegação do Poder de Polícia:
- Excepcionalidade – o exercício do Poder de Polícia por pessoas privadas deve ser subsidiário
- Legalidade – previsão legal, com indicação de limites e condições
- Conteúdo – delegação de atividades instrumentais ou técnicas (≠ punitivas e de soberania)
- Observância dos princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade
- Respeito aos Direitos e Garantias dos administrados/policiados
Questionário de orientação
(perguntas dissertativas que, se você tentar responder antes da prova, 
certamente não sentirá dificuldades para fazer nossa AV1 – eu fiz a prova 
contando que você já saiba as respostas de todas as perguntas que seguem)
Questionário de orientação
1 – Quais são as tarefas da Administração Pública? Explique.
2 – Explique o princípio da insindicabilidade do Mérito Administrativo.
3 – Como nasce e se extingue uma autarquia?
4 – Explique a regra do Regime Jurídico Único, indicando a trajetória do art. 39 da CF, passando pela EC 19/98
e pela ADI 2135/00.
5 – Como nasce e se extingue uma Fundação Pública de Direito Privado?
6 – Qual é o regime jurídico de pessoal aplicável às Fundações Públicas de Direito Privado?
Questionário de orientação
7 – Quais as diferenças principais entre empresas públicas e sociedades de economia mista?
8 – O patrimônio das empresas estatais é considerado público ou privado?
9 – Quais as principais características dos consórcios públicos?
10 – Quais são as etapas de formação de um consórcio público? Explique cada uma delas.
11 – Diferencie ato administrativo vinculado e de ato administrativo discricionário
12 – Explique a formação de um ato administrativo, do ponto de vista da formação.
Questionário de orientação
13 – Diferencie Poder Orgânico de Poder Funcional
14 – Conceitue e explique o Poder de Polícia em suas etapas execução
15 – O Poder de Polícia pode ser delegado? Explique.

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