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UT- ACAMAR, 07 e 09 de maio

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento de Engenharia 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
Relatório visita técnica- Unidade de Transbordo- ACAMAR 
GRS109- Gestão de Resíduos Sólidos (Gabriela Rezende de Souza) - 19A 
Breno Leal de Paula, Ester Rafael Mahuai, Larissa Botelho e Michel Coutinho de Souza. 
03 de junho de 2019 
 
Nos dias 07 e 09 de maio de 2019, alunos da turma 19A da Universidade Federal 
de Lavras, participaram de visitas técnica à Unidade de Transbordo e ACAMAR, 
respectivamente, para assimilarem na prática, todo conhecimento adquirido em sala 
de aula. 
 
Unidade de Transbordo 
São pontos de destinação intermediários dos resíduos coletados na cidade, criados 
em função da considerável distância entre a área de coleta e o aterro sanitário. As 
Estações de Transbordo, portanto, são locais onde o lixo é descarregado dos 
caminhões e, colocados em uma carreta que leva os resíduos até o aterro sanitário, 
seu destino final. 
Em janeiro de 2016, o município de Lavras passou a usar o serviço de transbordo 
de lixo, antes todo o lixo coletado era destinado ao lixão, localizado às margens da 
BR-265, na comunidade do Itirapuã. A medida dá fim a um problema crônico 
enfrentado há vários anos pelo município, que ocasiona sérios danos ambientais, 
sociais, multas, ações dos órgãos ambientais e Ministério Público. 
A unidade que Lavras participa está instalada na BR-265, próxima à rodovia 
Fernão Dias, e após todo o lixo segue rumo ao aterro sanitário licenciado em Alfenas, 
seu destino final. Local este não escolhido aleatoriamente, mas sim pensando na 
logística das cidades participantes do consórcio (Íngai, Cândeas, Cana Verde, 
Luminárias e Lavras) e destino final- Alfenas. 
Os caminhões que circulam pelas cidades recolhendo o lixo após o trajeto, 
direcionam-se a unidade de transbordo, onde antes de descarregar o lixo diretamente 
na caçamba de uma carreta é pesado. 
A pesagem é necessária, pois o pagamento pelo serviço é referente a quantidade 
em toneladas transportadas, sendo cobrado +/- 220/t para dispor o lixo no Aterro 
Sanitário de Alfenas. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento de Engenharia 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
Cada carreta pode andar pelas rodovias com até 24t, sendo que a pontos nas 
estradas para verificação do mesmo, e mais que essa quantidade pode comprometer o 
bom funcionamento das carretas. 
 Em média por dia são levados a Alfenas de 3 a 4 carretas, o município de 
Lavras com 102.728 habitantes (IBGE 2018), leva por dia até a unidade de transbordo 
14 viagens, cada uma com aproximadamente 5t, acumulando no mês 1900t, tendo 
então um gasto de R$418.000,00 por mês, apenas com o serviço de transporte até o 
aterro sanitário, fora as despesas com os caminhões que fazem a coleta, manutenção, 
salário dos trabalhadores, combustível... 
 No mínimo 20% desse lixo poderia ser reciclado, gerando economia para um 
e renda para outro. O Reciclável é vendido +/- por R$600,00/t. 
 
 
Imagem 1: Caminhão de coleta interna dos municípios, sendo pesado no pátio da unidade 
de Transbordo. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento de Engenharia 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
Imagem 2: Caminhão fazendo a descarga do lixo, diretamente na caçamba de uma 
carreta, que levará até seu destino final- Alfenas. 
Visita técnica na associação de catadores
ACAMAR
3 de Junho de 2019
Conteúdo
1 Contextualização 1
2 Introdução 2
3 Estrutura 2
4 Material coletado 2
4.1 Material destinado para reciclagem . . . . . . . . . . . . . . . 2
4.2 Reśıduos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
5 Vendas e custeio 3
6 Desafios 3
1 Contextualização
O presente trabalho se apresenta como um relatório referente a disciplina
GRS109 Gestão de reśıduos sólidos. Visando descrever a visita realizada na
ACAMAR no dia 09/05/2019.
A visita se passa na cidade de Lavras, MG. Uma cidade com uma po-
pulação estimada de 102728 pessoas1 e com uma geração de cerca de 60
toneladas por dia de reśıduos.2
1IBGE
2Dados estipulados por funcionários do CONSANE
1
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/lavras/panorama
O PMGIRS da cidade é recente, de maneira que a regularização da des-
tinação correta dos RSU ainda está em andamento e com pouca participação
efetiva da população.3
2 Introdução
A acamar surge em 1998 pela atuação conjunta entre um grupo de catadores
na cidade de Lavras e um estudante da Universidade Federal de Lavras. Em
uma época onde não havia a correta regulamentação sobre a destinação dos
reśıduos sólidos e sem o apoio do munićıpio4.
O ińıcio da cooperativa se deu com elevada dificuldade e escassez de re-
cursos, contando com apenas uma mula e com poucos associados. Superando
essas e outras várias dificuldades, hoje a ACAMAR conta com 34 associados,
um terreno cedido em uma parceria com a ufla e dois caminhões para coleta
nas ruas de Lavras.
Atualmente a cooperativa tem um lote cedido pela prefeitura municipal
de lavras, porém não possui recursos para construção das instalações no local
e ampliação do processo de produção.
3 Estrutura
O terreno cedido pela UFLA é composto por um pátio de descarga, um pátio
para acumulo de vidros e materiais de baixo valor ou elevado volume
Um espaço comum para alimentação e confraternizações,
Escritório e banheiro coletivo.
Possui um conjunto de prensas e uma esteira com cerca de 15 m para
triagem dos operários.
4 Material coletado
4.1 Material destinado para reciclagem
Atualmente ACAMAR tem obtido maiores retornos com plásticos (PAD,
PET, PP)5, com papelão, latinas e o vidro.
Acaba recolhendo também o óleo a ser reciclado envazado em garrafas
PET
3Cidades com PMGIRS
4Exigido posteriormente pela PNRS
5sendo o plástico filme o de maior retorno financeiro (62 R$ por quilo)
2
http://www.sinir.gov.br/levantamento-de-informacoes-das-unidades-da-federacao/levantamentos-anteriores
4.2 Reśıduos
O isopor e plásticos laminados são tratados como não recicláveis. Ainda
material que vem misturado com reśıduos orgânicos e de banheiro é tratado
como reśıduo sólido e destinado para o aterro.
5 Vendas e custeio
A maior parte do lucro é proveniente da venda de plásticos e papelão. A
associação ainda recebe um incentivo de cerca de 15000 R$ para custeio e
operação, o que pouco contribui para os gastos elevados de energia, manu-
tenção e pessoal.
6 Desafios
A maior parte do lucro acaba ficando com os atravessadores (que possuem
baixo custo operacional e geram menas renda de maneira distribúıda)
A maior parte da população não destina corretamente os reśıduos sólidos,
em especial para a reciclagem, por questões de cultura e educação.6
Parte dos recicláveis é destinada incorretamente junto com RCC7
6Hábitos no sul de minas para RSU
7Reśıduos de Construção Civil
3
http://repositorio.ufla.br/bitstream/1/367/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Caracteriza%C3%A7%C3%A3o%20gravim%C3%A9trica%20dos%20res%C3%ADduos%20%20s%C3%B3lidos%20domiciliares%20e%20percep%C3%A7%C3%A3o%20dos%20h%C3%A1bitos%20de%20descarte%20no%20sul%20de%20Minas%20Gerais.pdf
https://livros01.livrosgratis.com.br/cp033206.pdf

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