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1 ODONTOPEDIATRIA @odonto.by.gibbs – Direitos Autorais APOSTILA COMPLETA 2 CAPÍTULO 1: ANATOMIA E CARACTERÍSTICAS DA DENTIÇÃO DECÍDUA Aparelho Estomatognático Do Bebê • A boca do bebe possui forma triangular • A criança nasce edêntula (rodetes gengivais em forma de U no arco superior e forma de ferradura no arco inferior) • Músculo da amamentação (é como se fosse um biquinho – desenvolvido no ato de sucção e auxilia na ordenha do seio materno e do bico da mamadeira) • A mandíbula vai ser retruída (posterior em relação à maxila) e a maxila vai ser mais desenvolvida. (próprio da natureza principalmente em crianças nascidas de parto normal) • O osso não está totalmente calcificado, é mais poroso. Não há completa tabua óssea vestibular, onde vai haver o dente se formando na cripta óssea e por transparência é possível ver o dente. • Cripta óssea na radiografia é uma linha radiopaca em volta do germe. • Ramo da mandíbula: bem mais curto do que a de adulto, menor espessura óssea, tabua óssea vestibular inexistente, osso poroso que depende de calcificação maior, ATM aproximada do plano oclusal. Odontogênese • Formação: vida intrauterina • 2° mês de VIU: inicio da formação da dentição decídua • 4° mês de VIU: primeiros molares permanentes • N° total de dentes: 20 dentes. OBS: até os 3 anos de idade, a criança tem que estar com a dentição decídua completa (cronologia de erupção normal – não tem alterações) Ciclo de Vida Curto dos Dentes Decíduos • Incisivo Decíduo - formação a partir da 6ª semana de VIU - calcificação: 14ª semana VIU 3 - erupção: 6 meses (VEU) - esfoliação: 6,5 a 7,5 anos Ciclo de Vida Longo dos Dentes Permanentes • 1° molar - formação: 4° - 5° mês VIU - calcificação: ao nascimento - coroa completa: 3 anos (intra ósseo / ainda não tem raiz) - erupção: 6 anos OBS: o dente precisa de 1/3 da raiz formada pra erupcionar Grupos de Dentes na Troca • Decíduos: incisivos trocam por incisivos / caninos por caninos / molares por pré molares Nomenclatura • Permanentes: 1,2,3,4 • Decíduos: 5,6,7,8 OBS: 61 / 71 (esquerdo) 51/81 (direito) Sequência Favorável de Erupção • Incisivos inferiores • Primeiros molares • Caninos • Segundos molares Erupção dos Incisivos • Primeiro relacionamento dentário = quando erupciona, a criança raspa um dente no outro Erupção dos Molares • Primeiro senso de oclusão • Face do bebe modifica (aumento na distancia entre nariz e mento) • Ganho em altura DV 51 61 81 71 4 Formação Radicular • 1/3 de raiz formada • Raiz completa = após 1 ano da erupção • Se erupcionar sem a formação radicular, o dente não vai se sustentar. Cronologia da Erupção Dentição Mista • Inicio: 5 / 6 anos • Orientar os responsáveis quanto à dentição (higienização) Importância • Mastigação • Fonação • Guia de erupção • Manter espaço Decíduos X Permanentes • Cor • Tamanho • Anatomia • Formato • Caninos permanentes alongados (distancia cervico – incisal maior) • 1°molar decíduo possui tubérculo de Zuckerkandl (triedo MVC) e crista transversa (como se fosse ponte de esmalte que vai da cúspide MV ate a DL) • 2° molar decíduo é semelhante ao 1° molar permanente (raízes bem afastadas para encaixar o germe do dente permanente) • 1° molar deciduo semelhante ao 1° pré molar superior permanente Dente Decíduo Meses Incisivo central 6 a 10 Incisivo lateral 7 a 12 1° molar 12 a 14 Canino 16 a 18 2° molar 20 a 24 (2 anos) 5 • 2° molar decíduo semelhante ao 1° molar superior permanente com tubérculo de Carabelli Morfologia da Coroa dos Molares (Decíduos X Permanentes) • Distancia MD – CO (decíduos) • Distancia MD = CO • Vista proximal: a face proximal possui formato trapezoidal e a face oclusal é mais estreita na área de contato. • Há uma constricção no colo do dente (término na coroa e inicio da raiz, é formado um ângulo nessa região) • Tamanho da série molar decíduo: 1°MD menor e 2°MD maior (crescente) • Tamanho da serie molar permanente: 1°MP maior e 2°MP menor (decrescente) Morfologia Interna dos Molares Decíduos • Volume da câmara pulpar dentro da coroa é superior ao dente permanente • Teto e assoalho da câmara pulpar arredondados • Cornos pulpares mais próximos da camada esmalte – dentina • Implicação clinica: conexão da polpa com o periodonto, gerando maior difusão de toxinas. • Furca: presença de foraminas (perfurações pequenas) é importante porque a lesão que esta dentro do dente, se entra em processo necrótico, passa para a região do periápice de forma mais rápida do que em dentes permanentes. A sensação de dor ocorre mas passa rápido, já que os produtos da necrose se difundem para os tecidos porém há o dente permanente em formação (esses produtos necróticos vão entrar em contato com a cripta óssea, que vai sofrer um rompimento e a lesão entrar em contato com o germe dental, provocando alterações nesse dentinho) Características da Dentição Decídua • Implantação vertical dos dentes no arco (as superfícies oclusais e incisais formarão um plano, fazendo com que não se tenha a curva de Spee) 6 • Os ápices dos incisivos estão ligeiramente voltados para a superfície vestibular (ocorre para ter espaço para a formação do dente permanente) – fisiologicamente Classificação de Baume - Arco tipo 1* - OBS: a mesma criança pode ter os dois tipos de arcos. - Arco tipo 2 - Um arco não se transforma no outro conforme o crescimento Arco Tipo I - diastemas entre os incisivos - isso é bom, porque há espaço para que torne a troca dos dentes mais fácil - torna a oclusão mais aceitável / adequada - é um arco mais estável em relação à perda de espaço - é o tipo mais comum Arco tipo II - é mais estético - pode ocorrer acanhamento - dá mais trabalho na troca dos dentes porque não há espaço suficiente - propicio ao acumulo de placa bacteriana - há necessidade de passar o fio dental sempre - apresentam mais lesões de cárie - é um arco mais instável Espaço Primata • Diastemas Fisiológicos - Maxila: entre o incisivo lateral decíduo e canino decíduo (não há necessidade de fechá-lo porque estão favorecendo o espaço para erupção dos permanentes) - Mandíbula: entre caninos e primeiro molar decíduo. 7 CAPÍTULO 2: CARIOLOGIA, A PEDADOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO. Doença Cárie • Infecciosa crônica - Sinais clínicos = lesões • Etiologia multifatorial - Desequilíbrio entre saúde e doença • “Transmissível” - Doença Individual 1° Sinal Clínico: Mancha Branca • O primeiro sinal é a mancha branca ativa, branca e opaca localizada na região cervical • Para realizar o diagnostico, fazer o exame clínico visual. • Essa macha é o estagio inicial Fatores Primários (Determinantes) • Vão ter efeito local. • Hospedeiro (dente) / Microrganismo / Dieta / Tempo Hospedeiro - Mais favorável a carie são os dentes posteriores por causa dos sulcos e fissuras. - Resistência do esmalte relacionado com o momento da colonização - Se um dente erupciona e há colonização, há mais chance de ter cárie pelo fato do dente não ter sofrido a maturação completa do esmalte. (dente vulnerável) 8 - Saliva: se o dente tiver próximo da saída dos ductos salivares, eles possuem maior auto limpeza Substrato (Dieta) - Alimentos com muito açúcar e ácidos - Os ácidos desmineralizam a estrutura dental - Não escovar logo em seguida que a criança comeu algum alimento acido. - O ideal é fazer um bochecho com água antes de escovar, para remoção do acido. - Efeito local da sacarose - Cuidado com medicamentos que contem alto teor de açúcar Microbiota - Estreptococos do grupoMutans (S. mutans e S. sobrinus) / iniciam a lesão de carie, produzindo polissacarídeos intra e extra celulares. - Extra celulares: adesão da placa bacteriana - Intra celulares: são polissacarídeos que o próprio Estreptococos libera - Lactobacillos casei (progressão da lesão, quando houver cavidade - ambos os microrganismos são fermentadores - Os dois microrganismos são acidófilos (sobrevive em pH acido) e acidogênico (produzem acido) - Risco: fatores com que se tenha o desequilíbrio do processo saúde – doença Tempo - Fluxo salivar - contato - eliminação - mastigação (alimentos mais fibrosos, aumenta o fluxo salivar) Fatores Secundários (Modificadores) - Idade - Fatores sócio econômicos - Sexo - Locais com água fluoretada Saliva • Mecanismo de proteção natural 9 • pH acido = desequilíbrio = desmineralização • capacidade tampão = mantém o equilíbrio da saliva = cálcio, flúor, bicarbonato • É a saliva que interfere na maturação pós eruptiva (o esmalte não esta totalmente maturizado) Maturação Pós Eruptiva • A maturação se completa após a erupção (primeiros dois anos é mais acelerada, ou seja, período critico de erupção) • O flúor vai ser favorável nesse processo. • OBS: se o dente erupcionar numa boca com cárie ativa, ele tende a se destruir Transmissibilidade • Contaminação precoce • Estreptococos do grupo mutans • É necessária a presença de dentes para que o EGM se colonize, já que eles precisam de uma superfície dura para que ocorra esse processo. Contaminação Precoce do Bebê • Através da saliva da mãe ou de quem cuida da criança • Antes dos 24 meses = maior risco de cárie por não sofrer maturação pós eruptiva • Ato de assoprar a comida do bebê • Comparação da cavidade bucal da mãe com a do filho = se a mãe não possui uma cavidade bucal inadequada, ela pode transmitir isso para o filho. • Condições sócio econômicas culturais • Atos inocentes – contatos diretos (beijo na boca) / contato indireto (talher, escova, chupeta) 10 Janela De Infecciosidade • Entre os 19 e 31 meses na dentição decídua • É o período de erupção dos molares decíduos Diagnóstico Precoce • Mancha branca ativa (1° sinal clinico) - Limpeza profissional para remoção de placa bacteriana (profilaxia) - Campo seco / iluminado - Exame visual - Aspecto clinico: rugosa e opaca. - Localizada: terço cervical dos posteriores e anteriores - A mancha ativa pode se transformar em mancha inativa através do flúor Exames Complementares - Radiografia interproximal é a melhor (tanto faz se a carie esta na superfície oclusal ou proximal) - Associar SEMPRE o exame clinico com o exame radiográfico OBS:Separação mecânica: elástico ortodôntico para afastar os dentes para melhor realização do exame visual. - Fluorescência a laser: mede o grau de desmineralização da superfície. Padrão de Lesão de Cárie • Localização Lesões de sulcos, fossas e fissuras e cíngulos (1) - Progressão em profundidade. - Lesão de cárie oculta: localizada no sulco oclusal e que clinicamente pode passar despercebida, caso não tenha sido realizada a profilaxia, se o campo não estiver seco, etc. Normalmente, a dentina já esta socavada, quase chegando à câmara pulpar. - Maturação pós eruptiva = período critico de erupção. Dificuldade de diagnostico: realizar limpeza profissional + exame visual + radiografia proximal. É complexo de enxergar, sendo necessário a utilização desses métodos. 11 - Indicar a escova unitufo com creme dental fluoretado. - Enquadrar o paciente em programa preventivo. Lesões de Superfícies Lisas Proximais - Pode ser proximal ou livre (V e L) - Progressão em extensão (elíptica) - Diagnóstico: limpeza, exame visual e radiografia interproximal. - Outros recursos: separação mecânica ou laser - Enquadrar em programa preventivo (além da escovação, encaixar o fio dental) Lesões de Superfícies Lisas Livres - Lesão inicial = mancha branca ativa - Se não realizar o diagnostico, a lesão progride e forma uma cavidade - É mais extensa do que profunda - Enquadrar no programa preventivo - Ênfase na escovação - Evolução clinica: lesão de carie aguda ou crônica OBS: dependendo do risco e atividade de carie e do meio bucal. • Aspecto clínico Cárie Crônica - Evolução lenta - Endurecida - Acastanhada ou enegrecida - Sem sensibilidade dolorosa. - Polpa produz dentina reacional (melhor proteção dentino – pulpar) - Pode virar aguda se os hábitos não mudarem Cárie Aguda - Evolução rápida Atenção – Molares em Erupção! Há períodos críticos de erupção, quando o molar erupciona, tem o opérculo gengival, que sofre um processo inflamatório fisiológico (gengivite de erupção). Porém, se não houver a correta higiene da região, vai haver acumulo de placa bacteriana (acumulo de alimentos), tornando-se um processo inflamatório patológico. Bactérias Cromófilas: são pigmentações amarronzadas de tonalidade escura. Podem ser confundidas com ingestão de medicamentos que contenham ferro. É uma bactéria que faz parte do meio bucal. 12 - Sensibilidade dolorosa - Amarelo claro ou esbranquiçada - Aspecto umedecido - Pode se cronificar se os hábitos do paciente mudarem Quadros Agudos de Cárie • Cárie Severa na Infância - cárie de amamentação - aleitamento materno prolongado - mamadeira ou chupeta adocicada - cárie rampante = associada com dieta cariogênica. - ocorrem na sequência de erupção EXCETO incisivos inferiores*. - Padrão de Evolução Rápido porque o dente não sofreu maturação. - Padrão de Evolução Simétrico: se há de um lado, há do outro. - Hábitos: sucção durante o sono + redução do fluxo salivar (carie de mamadeira / chupeta adocicada) - Cárie de mamadeira progride da vestibular em direção as proximais, chegando à cervical palatina. Cárie rampante: quadro agudo, envolvendo as proximais dos anteriores inferiores. (ingestão da dieta) Doença periodontal = baixa prevalência / gengivite reversível. A DP aumenta na dentição mista porque muda a colonização bacteriana. Tratamento da Cárie Severa = tratar a doença, mudando os hábitos. Depois se trata a lesão. (doença infecciosa) – enquadrar em programa preventivo, diminuir risco e atividade da doença. Passos do Programa Preventivo - Limpeza profissional Outros nomes: ECC, cáries precoces da infância ou carie de acometimento precoce. *Não começa pelos incisivos inferiores porque o bebê projeta a língua pra fazer a sucção, gerando proteção mecânica. 13 - Hábitos alimentares - Uso racional de flúor - Aplicar selantes - Manutenção periódica. CAPÍTULO 3: HIGIENE BUCAL E CONTROLE DE PLACA Placa Bacteriana • Colonização: as bactérias são instaladas em dentes, próteses, restaurações. • Estágios iniciais: gengivite (em crianças é mais dificil de achar uma periodontite). A gengiva aumenta de volume, as papilas interdentais perdem o controle e a gengiva fica bem mais avermelhada. • Controle necessário Gengiva Normal na Criança • Gengiva mais rosa escurecido • Flácida • Pontilhado da gengiva inserida visível • Gengiva interpapilar mais volumosa • Gengivite de erupção (processo fisiológico) – ocorre quando o dente esta em erupção, força que o dentinho faz quando vai irromper. Se o dente em erupção tiver com placa e começar um sangramento no local, já não é um processo fisiológico e sim patológico. OBS: A escova infantil em geral é sempre macia (ideal), cabeca da escova pequena para escovar os dentes posteriores e não se deve abrir demais a boca para que haja acesso suficiente à superfície vestibular dos dentes. Controle de placa: - Caseiro: orientação das crianças quanto a técnica de escovação, dentifrício, quantidade de pasta,tipo de dentifrício usar, quantas vezes ao dia etc. - Profissional: Evidenciação de placa com corantes, mapa de higiene bucal: IP + IS e realizar a limpeza profissional (profilaxia). Sempre orientar quanto à técnica de escovação, quantidade de dentifrício e fio dental 14 Materiais Necessários para Limpeza Profissional - Baixa rotação - Corantes em forma líquida ou pastilhas - Escova de Robinson + Pasta de borracha + pedra pomes com água no dappen Mapa de Higiene • IP = índice de placa: superfícies coradas (resultado em porcentagens) • IS = índice de sangramento: avaliado com fio dental (presença de sangramento significa alto risco para desenvolvimento de doença gengival) Índice de Placa de O´Leary • Cálculo: n° de dentes presentes na boca que estejam íntegros • Desconsiderar dentes em erupção e dentes destruídos por lesão de carie • Superfícies dentais: V, M, D, L ou P N° total de superfícies = n° dentes x4 IP = N° de superfícies coradas dividido pelo N° total de superficies X100 Caso Clínico Criança de 6 anos de idade com cronologia de erupção normal. Dentes 36 e 46 em erupção. Demais dentes decíduos hígidos. Evidenciação: todas as faces dos molares decíduos e parte da oclusal dos dentes 36 e 46. Há sangramento na região de molares decíduos (M, D e L) N° total de superfícies = 20 dentes x 4 = 80 IP = 32 / 80 x 100 = 40% (índice alto) Índice de placa Índice de sangramento OBS: Não pode usar pasta profilática porque tem gosto, série de gorduras de substancias que podem interferir na adesão dos materiais. 15 Análise do Mapa de Higiene Técnica de Escovação • Orientar a escovação • Kit de higiene: escova infantil, dentifrício infantil e fio dental Técnicas de Escovação Para Crianças • Técnica de Fones - Mais simples e indicada para menores de 6 anos - Criança com dentes em oclusão - Na superfície V, movimentos circulares amplos pegando os dois arcos ao mesmo tempo - Na superfície lingual, movimentos circulares de menor amplitude - Na superfície oclusal, movimentos antero posteriores (vai e vem) • Técnica de Stillman - Indicada para maiores de 6 anos - Colocar a escova lateralmente em direção ao sulco gengival - Tração de cervical pra incisal nas superfícies V e L / P - Nas superficies oclusais, movimentos de vai e vem, apertando as cerdas nos sulcos oclusais • Técnica de Stillman Modificada - Indicada para maiores de 6 anos - Movimentos vibratórios e em seguida continuar a tração. Fio Dental • Só podemos cobrar o uso adequado se o paciente tem acima de 12 anos Alto risco: maior que 10% Alto risco: acima de 0% Baixo risco: menor que 10% Baixo risco: 0% Orientar o núcleo familiar - Dos 0 aos 6 anos: orientar os pais ou responsáveis porque as crianças não tem coordenação motora. - Acima de 6 anos: supervisionar. A coordenação motora fina da criança já melhora, tendo noção espacial da boca muito melhor, introduzindo uma técnica eficiente. Molares em Erupção: vão demorar pra perder o capuz gengival - Unitufo + dentifrício fluoretado porque o dente não terminou a maturação pós eruptiva. Higiene Bucal para os Bebês: Dedeira com gaze, embebida com água filtrada limpando os rodetes gengivais, principalmente no arco superior onde fica estagnado o leite. 16 Limpeza da língua: • Podem ser usados raspadores linguais ou ate mesmo a escova • A língua deve ser sempre de coloração rosada. CAPÍTULO 4: USO RACIONAL DO FLÚOR EM ODONTOPEDIATRIA Flúor • Encontrado na natureza em forma de fluorita (CaF2) • É um elemento eletronegativo, se combinando com elemento eletropositivo para estar presente em natureza Histórico • Descoberta de seu efeito anti cárie • Dentes manchados por causa da água com flúor (abastecimento) • Indivíduos beneficiados: até 13 anos • Desenvolvimento dos dentifrícios fluoretados • Forma mas eficaz de proteção = dentifrício (usado em alta freqüência,sem concentração tão alta) O flúor sozinho, sem medida de orientação, não serve pra nada. É necessária a orientação do dentista para o uso correto dessa substancia. 17 Flúor – Medicamento • Via de absorção (tecidos duros e estomago) • Via de excreção (a principal é no rim, porem já foram encontrados em saliva, urina e fezes)* • Pode causar efeitos colaterais • Usado de acordo com orientação (posologia) Efeitos colaterais • Intoxicação aguda: é um processo mais rápido e será percebido 15 minutos após uma aplicação de flúor em gel (por exemplo) – pode apresentar náusea, vômito, dor de estomago e pode acarretar a desmaios. • Intoxicação crônica: é a fluorose, acontece de forma mais lenta. O individuo entra em contato com o produto por longos períodos quando o dente está em formação. Vai depender do tempo que o produto ficou em contato com o dente e do estagio de desenvolvimento do dente. A quantidade de dentifrício na escova de dente da criança é mínima (tamanho de ervilha) – sinal clinico vem como fluorose / alterações de esmalte (desde mancha até perda de estrutura)/ sintomas = dores nas articulações e baixa mobilidade. - Fatores da Fluorose: depende da dose ingerida, desenvolvimento dental, depende da duração da exposição ao flúor e susceptibilidade individual. - O aspecto clínico é de picos nevados em dentes posteriores, em geral em pontas de cúspide. (Alpes dentais). Nos estágios iniciais, observa-se linhas. - Observar a simetria: se há no lado esquerdo, pode estar no lado direito (dentes homólogos) / Ex: se há no dente 11 vai ter no 21. Fluorose Moderada e Severa • Linha opaca, sem perda de estrutura (moderada) • Ocorre a perda de estrutura e já apresentam manchas mais amarronzadas (severa) Mecanismos de Ação do Flúor – Teorias Antigas • A ação do flúor só ocorria durante o desenvolvimento dos dentes. • Fluoreto = ação passiva (não tinha como melhorar a condição) • Ação apenas em dentes em formação • Formava a Fluorapatita O flúor é considerado um medicamento. O que não for excretado,vai ser absorvido por ossos e dentes (estruturas duras). 18 Teorias Atuais • O esmalte não é inerte • Mecanismo de desmineralização e remineralização • Tópico: glóbulos de fluoreto (na camada externa do dente) • Liberação lenta: reservatórios de flúor (durante os ataques de desmineralização / remineralização, o flúor atua de forma que os microrganismos não consigam fazer a ação do acido comprometer o esmalte do dente. Interfere na metabolização desses ácidos) Meios de Utilização do Flúor • Coletivos (água de abastecimento / SP = 0,7ppm) • Individuais* (uso caseiro) - Bochechos em pediatria são somente indicados com crianças acima de 6 anos, portadores de aparelhos fixos e alto risco de carie. / Diário = NaF 0,05%) - Dentifrícios: indicados para crianças, dosagem de 1000 – 1100 ppm, quantidade pequena na escova, a partir da erupção do 1°molar decíduo. - Baixa concentração de flúor: não é recomendado porque foi lançado para evitar risco de fluorose mas isso não aconteceu, as crianças continuaram tendo fluorose e não protegiam direito os dentes. • Profissionais* Flúor fosfato acidulado em gel - Vantagem: pH acido (consegue penetrar melhor) - Desvantagem: resina (deixa a resina opaca e porosa) - Gel tixotrópico - Indicado para pacientes de alto risco e prevenção de carie - Apresenta concentração altíssima (12.000ppm) - Profilaxia com pedra pomes e água , nas superfícies vestibulares, Trabalhar com taça de borracha e nas oclusais com escova de Robson. Selecionar a moldeira, colocando apenas um filete do flúor em gel, usando constante o sugador. NUNCA lavar a boca porque o efeito da aplicação cai. Cuspir bastante após aplicação e remover os excessos com gaze. Ao responsável, orientar: não comer nem bebernada 30 minutos após a aplicação. Quantidade de dentifrício na escova: - 0 a 3 anos: equivalente a um grão de arroz ou então técnica da tampa (utilizar o mínimo possível de dentifrício) - 4 a 12 anos: colocar o dentifrício lateralmente, pegando a largura da escova e não o comprimento. (técnica transversal) Técnica da tampa: fechar o dentifrício, aperta o tubo e suja a tampa. Encostar a escova na tampa pra utilizar a quantidade correta. 19 Se o paciente passar mal / ficar enjoado, administrar leite, iogurte. Nunca fazer essa aplicação em pessoas em jejum. Verniz Fluoretado - Alta concentração de flúor - A liberação é lenta e gradual por um período de 12 horas. Não é tóxica, porque ao contrario do gel que se dissolve na saliva, ao entrar em contato com a umidade, o verniz muda seu estado físico (parece uma cera), mais difícil do individuo engolir. Em fossas e fissuras, a liberação demora ate 14 dias. - Indicado para bebes, de 0 a 3 anos, mancha ativa, prevenção de caries nas superfícies oclusal e proximal, favorecendo a maturação pós eruptiva. - Indicado para pessoas com náusea, por ser mais difícil de engolir e não provocar reações no trato gastrintestinal. - Técnicas Aplicação do Verniz: dente em erupção, realizar profilaxia, lavar secar e isolamento relativo. Com pincel ou microbrush, aplicar o material na superfície. Recomendações: 1h sem alimentação liquida, 2h sem alimentação solida e 12h sem escovar o dente que recebeu o verniz. O ideal é que não passe em mucosas, porque a criança vai ficar colocando a língua e pode tirar. - Protocolo de Remineralização: em mancha branca ativa lisa, fazer profilaxia. Realizar 4 aplicações 1x na semana por 4 semanas. Ortodontia – Fatores de Risco – Aparelhos • Ocorre maior retenção de biofilme • Gengivite e doença periodontal • Caries proximais. • ATF: gel ou verniz • Dentifrício fluoretado + bitufo • Bochecho com flúor • Orientar quando ao uso do fio dental e correta higienização Risco de Cárie • Alto risco - Menores de 6 anos: presença de lesões e fatores que aumentam o risco por 3 anos, diminuição salivar (xerostomia), exposição insuficiente ao flúor Programa preventivo • Trabalhar de forma individual Uso racional do flúor sempre baseado no risco / atividade. O ideal é usar em baixa concentração e alta freqüência. 20 • Determinar qual vai ser o esquema de uso e tratamento daquele paciente CAPÍTULO 5: HÁBITOS ALIMENTARES EM CRIANÇAS Recursos para determinar o risco do paciente: • Anamnese • Diário alimentar • Mapas de higiene • Exame clinico • Exame radiográfico Associar os 5 recursos para determinar o risco e fazer o planejamento. Padrão de consumo da sacarose • Introdução precoce: 61,7% antes do primeiro mês de vida (Fraiz) • Manutenção da infância • Hábitos maternos (incentivo da mãe para dar aleitamento) • Uma vez o açúcar introduzido na infância, permanecerá sempre. • Educação precoce da dieta familiar: motivação do núcleo familiar. Cárie x Açúcar x Afeto • Aconselhamento personalizado. • Orientar a dieta dos pequenos mas orientar principalmente os pais. Avaliação da Dieta • Método recordatório: entrevista, anotando o que o paciente consumiu no café da manha, almoço e jantar. • Diário alimentar: pode ser de 3 a 7 dias. • Formulários: utilizados em pesquisa. (onde há uma ficha com alimentos / se consome ou não) Indicações do Diário Alimentar 21 • Quadro diferente do esperado • Alta atividade anterior • Expectativa de alto risco (quando se realiza a anamnese, que ajuda a saber se a criança se encaixa em expectativa de alto risco / situações em que se espera o alto risco) • Portadores de aparelhos ortodônticos • Paciente que valoriza a prevenção** - a professora vai ficar muito brava na clinica. • Adolescentes (fase de alto consumo de bebidas acidas com pH bem baixo) Como preencher • Marcar tudo que comer e beber dia e noite (horários) • Colocar os remédios (xarope ou dissolvidos como), balas, bolachas, chicletes, sucos. • Medidas caseiras: açúcar, óleo e chocolate • Mamadeiras: composição / conteúdo / hora. (o que colocou na mamadeira) Diário Alimentar – Comparar: • Risco cariogênico da dieta x Condições bucais do paciente. Anotações Complementares: _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ 22 CAPÍTULO 6: ANAMNESE EM ODONTOPEDIATRIA Abordagem Psicológica – Sala de Espera • Chamar pelo nome • Ser mais receptivo • Captar a confiança da criança Anamnese • Obtenção de dados específicos do paciente infantil. • A presença da mãe é fundamental no atendimento. Preenchimento do Prontuário • Familiarização da criança no consultório • Preencher dados de identificação • Data e assinatura do paciente (nesse caso do responsável / estudante / professor Autorização • Preencher nome do responsável e ler i termo de autorização do tratamento. O professor, responsável pela criança e o estudante devem assinar a ficha de autorização. Presença da mãe • Dados específicos da criança • Preenchimento com a mãe • Participação da criança 23 Pré Natal • Saber como foi a gestação • Saúde da mãe • Se a mãe teve algum problema na gestação, isso pode influenciar na formação dos dentinhos • EX: medicações que a gestante tomou podem alterar a anatomia dos dentes • Saúde materna: “se precisou ficar internada, fazer cirurgia, medicação?” Pós Natal • Tipo de parto (normal, natural, cesárea, humanizado e parto a fórceps) • O parto a fórceps é prejudicial pois pode provocar alterações na criança: fratura da clavícula, deslocamento da ATM. • Amamentação natural: por quanto tempo deu o peito? Ou complementou com mamadeira? • Criança que mama no peito faz o movimento de ordenha, que estimula o crescimento e desenvolvimento da maxila e da mandíbula. Hábitos Direcionados à Saúde Bucal • Amamentação ate qual idade? • Conteúdo da mamadeira / desmame / consistência • Limpeza da boca após mamada (limpar os rodetes gengivais) • Desmame: quando introduz algum tipo de alimento que não seja mamadeira / peito. • Consistência da alimentação: alimentos duros / moles / pastosos. Frutas amassadas são ideais após desmame para que a criança estimule os movimentos de mastigação. História Médica da Criança 24 • Estado geral de saúde (pregressa e atual) • Doenças de infância • Teve / tem algum problema de saúde • Carteira de vacinação / vacinas em dia? • Doenças atuais • Medicamentos • Algum fator relevante para o tratamento odontológico: cardiopatia / alergias / problemas respiratórios / síndromes / disfunções / diabetes / pesquisar esses problemas em familiares. Histórico Comportamental • Já foi ao dentista? • Era Odontopediatra? • Tomou anestesia? • Teve reação? • Qual tratamento realizado? • Queixa anterior de dor? • O que foi feito quando sentiu dor? Comportamento Psicológico • Mimada? • Isolada? • Chorosa ? Conduta Dos Pais • Castigo? Bate na criança? • Chantagem? • Com quem a criança passa o dia? • Tem irmãos? Quantos? • Mais velho / do meio / mais novo / temporão 25 • Administração do comportamento em casa e na escola. • Super proteção? Histórico Dental • Dentes ao nascimento: sim ou não? Foi extraído?• Trauma nos dentes anteriores: como, quando e onde? Hábitos • Chupa chupeta? • Chupa os dedos? • Como que chupa? • Quais horários? • Complementação do ato de sucção • Respirador bucal (avaliar o que impede a respiração nasal) • Tem problema de adenóide? (que atrapalhe a deglutição) • Tem amígdalas ? • Rinite? • Rói unhas? • Morde objetos ou lábios? Hábitos de Higiene bucal • Quem escova? Quantas vezes ao dia? • Uso de pasta de dentes? Engole? • Faz bochechos? Com que? Engole? • Usa fio dental? Quando? • Higieniza a língua? • Já fez aplicação de flúor no dentista? Há quanto tempo? 26 Inter – Consulta • Evolução: detalhar tudo que foi feito. Exame Clínico – Extra Oral • Inspeção geral: observar a criança como um todo / estatura / porte / linguagem / andar / temperatura corpórea • Observar as mãos (chupa ou morde os dedos / rói unhas) • Observar a cabeça: pouco ou muito cabelo? Tem piolho? Lêndia? • Observar as faces (simetria facial) • Observar a pele / tegumento (se há manchas, eritemas, coloração) • Observar a ATM Exame Clínico Intra – Oral • Condições ideais: forma sistemática / limpeza profissional / campo seco e bem iluminado • Examinar os lábios / respirador bucal possui lábio inferior maior • Observar tamanho e volume dos freios / se criam diastemas / fazer ou não a frenectomia? • Há retrações gengivais causadas pelo freio? • Presença de ulceras traumáticas? • Presença de mucocele? Queimaduras? • Avaliação de gengiva e mucosa jugal • Apresenta gengivite fisiológica? Ou possui gengivite patológica? • Papila invertida? = portador de gengivite necrosante aguda • Avaliar os tipos de língua (escrotal, geográfica, fissurada ou framboesa?) • Soalho bucal / ventre de língua (possui alta vascularização) • Palato duro: rugosidades palatinas / palato mole 27 • Amígdalas: possui candídiase? Estão aumentadas? • Contar os dentes e anotar (cronologia de erupção correta?) / alterações no esmalte? • Apresenta mordidas cruzadas? • Apresenta traumatismo dentário? – onde, quando e como? / mudança de cor nos incisivos? • Avaliar forma, tamanho e posição dos dentes / estrutura / hipomineralização do esmalte • Amelogênese imperfeita / fluorose / mancha branca ativa de cárie CAPÍTULO 7: TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS MODIFICADAS EM PACIENTES INFANTIS. As radiografias caminham lado a lado com o exame clinico. Muitas vezes, a radiografia diz uma coisa que clinicamente é complexo de realizar. Condições agudas: sensibilidade que está iniciando que, em radiografias, não é possível observar. Tecidos Moles: quando a criança sofre trauma ou tem tumor, é necessário injetar contraste para observar melhor a lesão. Imagem: há bastante sobreposição de estruturas. *As meninas já nascem com a quantidade de óvulos para a vida toda. É necessário tomar muito cuidado para não ocasionar nenhum tipo de neoplasia / alterações no futuro. Nunca posicionar o biombo atrás do cabeçote de raios X* Limitações do Exame Radiográfico • Condições agudas • Em tecidos moles apresenta contraste • Imagem Aspectos Legais e Conservação 28 • A radiografia é um documento • Deve ser arquivada • O processamento é em papel vegetal ou cartela com nome do paciente e data OBS: para que seja arquivada, o processamento da radiografia é fundamental. Efeitos Nocivos dos Raios X • Efeitos cumulativos • Em crianças: proximidade com os órgãos genitais • Proteção do paciente é fundamental • É pior em meninas* a exposição à radiação Proteção Do Profissional • Nunca segurar o filme para as crianças • Estar atrás de biombos de chumbo* • Nunca ficar atrás da ampola • Dosímetro: qualquer tipo de radiação externa / natural pode interferir. Proteção dos Pacientes • Avental de chumbo • Técnica correta (saber como posicionar o paciente, qual angulação usar) • Posicionadores (dependem da idade do paciente e do tamanho da cavidade bucal) • Explicar o procedimento para os pequenos. • Regular o aparelho antes de colocar o filme na criança • Ver se o filme é compatível com a boca • Começar por tomadas radiográficas mais simples 29 Processamento Radiográfico • Revelador 1 a 2 min – ele que dá as nuances entre claro e escuro • Lavagem 20 s – tirar o excesso dos elementos que não serviram para revelar a imagem • Fixador 3 a 5 min – deixar a imagem instável e fixada porém não melhora a imagem • Lavagem final 1 min – retirada de excesso dos íons de prata (realizar em água corrente) • Secagem: passar a radiografia no álcool para que evapore Interpretação Radiográfica • Picote: voltado para a coroa • Região analisada: dente deve estar no centro da película TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EM ODONTOPEDIATRIA – MODIFICADAS • Modificadas - Para dentição decídua: - Indicação: menores de 6 anos - A criança vai morder o filme - Vantagens: reduz o tamanho do filme / facilita o exame Periapical Modificada Anterior Superior • Indicação - Diagnóstico precoce de supranumerários (4 a 7 anos) - Alta incidência de anomalias nessa região (região de pré maxila) • Posicionamento do paciente - Cabeça = + 30° reclinada • Incidência e Angulação Vertical - Maxila: ponta do nariz / +95° 30 - Mandíbula: mento / - 35° OBS: O filme padrão fica entre as comissuras labiais (não realizar nenhuma dobra / vai parecer um filme oclusal já que o paciente vai morder o filme) Periapical Modificada Região Posterior • Indicações - Lesões de carie: cavidade (qual a relação desta lesão com a polpa?) - Alterações pulpares - Rizólise e rizogênese - Cripta óssea • Posicionamento da cabeça - Maxila: plano de Camper (tragus – asa do nariz) paralelo ao solo - Mandíbula: tragus – comissura labial - Angulação: mesma utilizada para pré molares - Maxila: +30° a +40° - Mandíbula: -5° a -10° • Montagem do filme - A parte sensível do filme é dobrada do meio pra dentro. - Em uma das metades da dobra, fixar rolete de algodão (para que a criança morda) - Colocar uma fita crepe de uma extremidade a outra pra manter a dobra a 90° Cuidado: deixar os dentes no meio da película do filme para não cortar nenhum pedaço de dente. • Imagem 31 - Decíduo com cúspides alongadas - Visualização do germe dos permanentes - Alongamento da imagem Interproximal Modificada • Indicações - Pesquisa da lesão de carie - Estudo da crista alveolar - Adaptação de restaurações OBS: Com 2 interproximais já se pega arco superior e inferior dos dois lados do paciente. • Posicionamento do paciente - Cabeça: tragus – comissura labial (paralelo ao solo) - Angulação vertical: +8° a +10° - Direção: paralela aos espaços interproximais • Filme - Dobrar a parte sensível para fora - Fixar o conjunto de forma que fique fechado e pequeno - Fazer uma haleta de mordida para cada lado, com fita crepe e colocar na metade da metade do filme. (vai formar um avião) 32 Protocolo de Indicação das Radiografias de Rotina Técnica de Clark Técnica de Miller – Winter • Localização da maxila - Localização na mandibula • 2 tomadas radiográficas - RX dirigido perpendicular ao filme ANOTAÇÕES COMPLEMENTARES Paciente Retorno > 7 anos: 2 radiografias interproximais 1ª Consulta 4 - 7 anos: 2rx interproximais +1 periapical modificada anterior superior 2 radiografias interproximais - Tempo de exposição em dobro 33 ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________CAPÍTULO 8: RISCO DE CÁRIE E ASPECTOS CLÍNICOS DAS LESÕES CARIOSAS Aparência clínica da lesão: - Avaliar a consistência, coloração, aspecto, paciente tem dor, não tem dor... Inspeção visual – Importância - Dente deve estar limpo, seco e bem iluminado. Toda vez que se fizer um exame intra oral, deve ser feita a profilaxia. Avaliar a profundidade: saber qual tipo de material protetor colocar. Ver também a consistência e atividade (qual tipo de atividade tem na lesão) Identificação dos fatores de risco • Avaliar a placa bacteriana • Apresenta lesão de cárie? • Anamnese / exame clinico • Avaliar a higiene e a dieta. 34 Diagnóstico x Tratamento • No momento do exame avaliar: - atividade de cárie - aparência clinica da lesão • Fatores clínicos e associados à patogênese da doença: - fluxo salivar - consumo de açúcar - higiene bucal Avaliação Clínica das Lesões de Cárie • Associação da inspeção visual + radiografia • Avaliação da profundidade • Distinção clinica - Inativa: o tratamento é o controle e observação - Ativa: medida para influenciar atividade metabólica (inibir o numero de microrganismos), equilíbrio ecológico do biofilme (controle) e evitar a desmineralização adicional. Em resumo, o tratamento é trabalhar com o flúor e dieta. Lesão em Esmalte • Caracterizadas por uma mancha branca ativa (inicio da lesão de cárie) • Educar a criança quanto à higiene e dieta • Usar dentifrício com flúor • São opacas, rugosas e normalmente sob placa bacteriana. Dentina afetada: menos microrganismos, matriz de colágeno é boa. Ao raspar com cureta, ela sai em lascas. Remoção seletiva: tem como objetivo não expor a polpa. Vai ocorrer a formação de dentina reacional e para que isso ocorra, é necessário colocar um material que tenha auxilio na formação desse tipo especial de dentina – hidróxido de cálcio. O material deve apresentar bom vedamento marginal. 35 • Pode ser feito o selamento com CIV porque libera flúor e é menos invasivo. Lesão em Dentina • Evolução clinica: começa com mancha branca e a criança não higieniza = cavitação • Realizar profilaxia • Mecanismos de defesa da dentina: formação de dentina e esclerose dos canalículos • Evolução mais rápida • Menor mineralização do que o esmalte • Pode ser crônica ou aguda Padrão Clínico das Lesões • Diagnostico - Cor / consistência - Textura OBS: antes de qualquer tratamento é necessário a mudança dos hábitos da criança – higienização e dieta! ICDAS – Internacional Caries Detection and Assessment System • Sistema visual de escores baseado em características da severidade das lesões de carie • Iniciativa: unificar diferentes índices de carie. • Diagnostico adequado: avalia tanto presença quanto profundidade da lesão de carie, associando às características clinicas das lesões (ativa ou inativa) 36 • Classificação das superfícies: hígida e cavidade extensa • Exame visual: após limpeza e secagem. • Calibração prévia – mais para fins de pesquisas Escore 1: opacidade com secagem Escore 2: opacidade sem secagem Escore 3: cavitação em esmalte opaco ou pigmentado Escore 4: sombreamento da dentina adjacente Escore 5: cavitação em esmalte opaco ou pigmentado com dentina visível Escore 6: esmalte opaco – pigmentado e + da metade da dentina exposta REVISÃO ODONTOPEDIATRIA 5° SEMESTRE FATORES PRIMÁRIOS OU ESSENCIAIS DE DESENVOLVIMENTO DA CÁRIE • Substrato (dieta) – sacarose • Microbiota – Streptococcus grupo mutans • Dente • Tempo Quando o dente erupcionou, não possui maturação correta do esmalte. Necessita dos minerais da saliva para realizar a maturação pós eruptiva. CLASSIFICAÇÃO DE LESAO DE CÁRIE • Em geral, se refere a dentina • Em esmalte = mancha branca (não há nada em especifico) – localização: cervical Dentina: localização em sulcos, fóssulas e fissuras. / progressão em profundidade Streptococcus mutans: Possuem propriedade de adesão na película adquirida, formando placa bacteriana. por causa dos polissacarídeos extracelulares e intracelulares. Lactobacillos acidófilos: continuam o processo da doença carie. 37 Aspecto clinico Esmalte: mancha branca ativa ou inativa Dentina: aguda ou crônica. PITTS 2014 • Exame visual – ICDAS – associar ao exame radiográfico para constatar perda mineral conforme vai aumentando os escores. CAPÍTULO 9: PLANO DE TRATAMENTO ODONTOPEDIÁTRICO FASE PREPARATÓRIA Etapa Preventiva • Prevenção de cárie • Orientação dos hábitos alimentares • Orientação de higiene bucal • Realizar limpeza profissional • Uso racional do flúor • Aplicar verniz nos molares permanentes para remineralizar mancha branca ativa e ajudar na maturação • Aplicação de selantes (selamento com CIV) Adequação do Meio Bucal • A finalidade é diminuir a quantidade de microrganismos e diminuir o risco 38 • Condicionamento da criança • Alivio de dor • Diminuir atividade de carie • Aumentar o pH e fluxo salivar • Permitir a higiene bucal • Favorecer a maturação pós eruptiva • Restabelecer a mastigação • Dar tempo para as modificações dos hábitos • Uso de CIV de alta viscosidade (liberação de flúor) Procedimentos: remoção dos tecidos cariados, tratamento endodôntico e exodontias. Fase Restauradora • Após modificação da atividade / risco: • Começar de posterior para anterior, DV e mordida cruzada • Ortodontia preventiva • Restaurações • Próteses • Outros FASE DE MANUTENÇÃO • Reavaliar a dieta, a higiene, as restaurações feitas • Pacientes de alto risco: marcar consulta a cada 1 mês (3 controles mensais) • Realizar profilaxia • Reavaliação radiográfica • Aplicação tópica de flúor ou novo tratamento • Reavaliação dentária • Dar alta e programar um novo retorno Presença da lesão de cárie, avaliar: - profundidade - localização - aspecto clinico (ICDAS) 39 • Paciente de baixo risco: retorno semestral • Paciente de médio risco: retorno trimestral • Sempre manter o paciente enquadrado num programa preventivo Interconsulta • Encaminhamentos para avaliação em outras disciplinas Evolução • Anotar os procedimentos clínicos realizados em cada sessão • Transcrever para a ficha de avaliação diária do professor. CAPÍTULO 10: PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE Introdução • O primeiro molar permanente é importante no estabelecimento da oclusão • É conhecido como o molar dos 100 anos. • Possui alta prevalência de cárie • Início da odontogênese: 4º mês de VIU • Tem origem de uma extensão da lâmina dentária • É o primeiro dente da série permanente a erupcionar 40 Ao Nascimento • Acentuada modificação do meio ambiente • Acúmulo de estímulos de agressão e nocividade ao feto • Manifestações e modificações para adaptação do recém nascido • Início do funcionamento do aparelho digestivo • Alterações metabólicas: perda de peso neonatal e passageira subnutrição Características • Dente permanente com maior volume • Evolução rápida - 3 Anos: coroa formada (período crítico da infância) - 6 anos: início da erupção - 9 anos: rizogênese completa Localização 41 • 1º Molar Permanente Inferior - Na junção corpo com o ramo ascendente da mandíbula - Aposição óssea (aumento em altura) • 1º Molar Permanente Superior - Junto à tuberosidade: face oclusal inicialmente distalizada (inclinada pra distal) - Durante a erupção: movimento de cima para baixo ( S itálico) Dentição Decídua • Transformação natural para a dentição mista • Relação terminal dos 2º molares decíduos • Início da formação da curva de Spee • 2º levantamento de DV • Chave de oclusão de Angle Irrupção – Aos 6 anos • Vulnerabilidade • Erupção assintomática • Desconhecimento dos pais• Localização na arcada • Período crítico de erupção Vulnerabilidade • Apresenta zonas de fusão incompleta 42 - Face oclusal - Depressões vestibulares e linguais - É uma má coalescência do esmalte das cúspides • Rugosidades nas faces oclusais mais acentuadas nos inferiores • Lesões de cárie oculta Oclusão Funcional • 9 anos de idade a criança já apresenta a rizogênese completa • Crianças na faixa etária dos 8 a 9 anos podem apresentar lesões no periápice • Deve ser feito o tratamento endodôntico e em alguns casos a exodontia Preservação • Diagnostico precoce e tratamento imediato • Antes da erupção: cuidados com a face distal / mesial do 2º Molar decíduo • Durante / após a erupção - face oclusal - Período crítico da erupção - Anatomia oclusal - Depressões na face vestibular e lingual / palatina - Lesões de cárie oculta Erupção Ectópica do 1º Molar Permanente 43 • Impacção junto ao colo do 2º molar decíduo • Diagnostico precoce e intervenção por verticalização ou desinclinação • Usar o fio de latão 0,8 torcido, fazer pressão para o dente desinclinar. • Reabsorção da porção distal do 2ºM decíduo – exodontia • Erupção do 1ºM permanente com inclinação acentuada para mesial Limitação do Dano • Presença de cárie - Remoção da lesão de cárie - Tratamento endodôntico - Exodontia Reabilitação • Tratamento ortodôntico • Próteses • Implantes (idades) • Incluir o paciente num programa preventivo1 • Controle da dieta / higiene bucal / flúor1 Conclusões • Merece atenção especial 44 • 2º levantamento de DV • Chave de oclusão (Angle) Desconhecimento dos Pais • União das cúspides ao nascimento • Vulnerabilidade na infância • Erupção por distal dos 2º M decíduos • Falta de preservação dos dentes decíduos CAPÍTULO 11: TERAPIA PULPAR EM DENTES DECÍDUOS. Introdução O processo de cárie quando não tratado, pode evoluir para comprometimento pulpar. O diagnóstico é complexo, devendo ser cauteloso principalmente em relação a idade da criança e o tipo de dor. 45 Anamnese • história médica = avaliação da saúde sistêmica • história dental = presença ou não de dor / evolução e tipo de dor • diagnóstico difícil = difícil estabelecer o tipo de dor Exames Físicos 1. Extra Oral • Assimetria facial e presença de gânglios através da palpação Dente decíduo Aspecto histológico Metabolismo Jovem Ápice aberto Muitos vasos Muitos odontoblastos Poucas fibras Alto (Rizogênese) Adulto Raiz completa Inicio da rizólise Menos células Menos vasos e mais fibras Estável Senil Rizólise avançando Menos vasos e menos células Muito mais fibras Alta (rizólise) 46 2. Intra Oral • Alterações de cor e de volume • Presença e localização de fistulas ou abscessos Diagnóstico 1. Intra Oral – Tecidos Duros Mobilidade dental Profundidade e tipo de lesão de cárie Possibilidade de reconstrução Estágio de contaminação pulpar (tamanho / tempo) Grau de destruição óssea • Avaliação da vitalidade pulpar Exames Complementares • Transluminação Dentes Decíduos – Diagnósticos • O processo de passagem de polpa viva para necrose é muito rápido, pela razão do osso ser mais poroso e menos calcificado. 47 • Permitem a liberação da pressão que causa dor (libera a passagem de gases) Contra Indicações de Tratamento Endodôntico • Em casos de exodontia • Traumas • Fraturas corono – radiculares • Reabsorção radicular patológica • Reabsorção radicular externa Tipos de Tratamentos 1. Conservadores • Remoção seletiva de cárie / capeamento indireto • Capeamento direto (condições especiais) 2. Intermediário • Pulpotomia (apenas em casos de exposição por remoção seletiva – trauma após 24h) 3. Radicais 48 • Pulpectomia ou biopulpectomia • Penetração desinfetante ou necropulpectomia Capeamento Pulpar Direto • Fazer em casos de pulpite irreversível. • Condições especiais: 1. Ciclo biológico = dente decíduo jovem sem inicio de rizólise 2. Exposição acidental pequena (1mm) 3. Dente isolado = cárie removida / sem contaminação pela saliva 4. Fazer em crianças de 3 a 4 anos Capeamento Pulpar Indireto • Procedimento de intervenção mínima • Finalidade = evitar exposição pulpar • Remoção seletiva da cárie: 1. Observar a profundidade e aspecto clínico da lesão 2. Dentes com potencial de recuperação 49 3. Ausência de sinais e sintomas clínicos de inflamação irreversível ou necrose pulpar Pulpotomia • É a remoção da polpa coronária 1. Indicações: - Molares quando a remoção seletiva do tecido cariado resulta em exposição pulpar em dente com diagnóstico de polpa viva em estado reversível que não tenha mais de 2/3 de raiz reabsorvida. - Dente com vitalidade pulpar e polpa exposta por mais de 24h devido ao traumatismo dentário. 2. Diagnóstico Radiográfico - Periapical - Nitidez, contraste e processamento corretos. TÉCNICAS DOS TRATAMENTOS 1. Técnica de Capeamento Pulpar Direto • Exame clínico e radiográfico • Anestesia e isolamento absoluto 50 • Remoção total do tecido cariado infectado e parcial da dentina • Em caso de micro exposição acidental, lavar com água destilada com algodão estéril • Secagem com outra bolinha de algodão estéril • Aplicar hidróxido de cálcio PA apenas na área de exposição • Acompanhamento clínico e radiográfico 2. Pulpotomia • Anestesia • Isolamento absoluto com grampo amarrado • Proteção dos dentes vizinhos nas proximais • Remoção total do tecido cariado • Abertura com broca tronco cônica invertida com movimentos de dentro pra fora • Cirurgia de acesso para remover o teto da câmara • Amputação da polpa coronária com curetas afiadas e estéreis • Preservar os cotos radiculares • Lavagem (opcional) com soro fisiológico • Secagem com a bolinha de algodão estéril seco (ou umedecido com soro) sob pressão • Aplicar pasta reabsorvível Guedes – Pinto 51 • Colocar a pasta sobre a entrada dos condutos e sobre esta um pouco de pó de iodofórmio (pode ser MTA condensado contra as paredes com bolinha de algodão umedecida com soro ou água estéril) – 1.5mm de espessura. 3. Pulpectomia • Diagnóstico clinico e radiográfico • Odontometria na radiografia de diagnostico com régua milimetrada • Anestesia tópica e local por vestibular e palatina • Isolamento absoluto • Proteção dos dentes vizinhos na proximal com tira de matriz de aco 5mm • Remoção total do tecido cariado com brocas de baixa rotação ou cureta de dentina • Abertura da câmara pelos cornos MV com broca esférica carbide • Cirurgia de acesso através da localização axial dos condutos com broca tronco cônica • Esvaziamento da câmara coronária com cureta estéril + irrigação com hipoclorito • Instrumentação com lima K de fino calibre • Irrigação e aspiração final com EDTA T e cânula de aspiração • Secagem com sugador e agulhas hipodérmicas • Obturação inserindo a pasta reabsorvível com a lima • Colocar o bastão de guta percha aplicando uma base delgada selando a entrada • Inserir o material restaurador (CIV ou CIVRM) • Radiografia final periapical • Acompanhamento clínico e radiográfico. 52 Cuidados • Reabsorção externa • Trepanação de furca • Cones de guta percha não devem ser usados OBS: para ter sucesso, deve-se ter rigor na técnica, eliminação de restos necróticos, ação dos medicamentos (prazo de validade) e resposta favorável do organismo. Acompanhamento Clínico e radiográfico das terapias pulpares em dentes decíduos até a época de esfoliação • 1 mês • 3 meses • 6 meses • 12 meses CAPÍTULO 12: TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA PARA PACIENTES INFANTIS53 Introdução O conhecimento das doses dos medicamentos é de extrema importância porque há quantidade correta para cada classe de medicamento a ser dada para uma criança ou qualquer paciente que seja. O organismo das crianças segue em desenvolvimento durante toda a infância, sendo essa população muito sensível e susceptível a ter algum efeito adverso do medicamento. Composição da Receita • Identificação do profissional com nome, CRO, endereço e telefone • Identificação do paciente com nome, endereço. • Uso interno, externo ou tópico • Nome genérico do medicamento e concentração • Posologia contendo dose e horário de ingestão • Data, assinatura do profissional e carimbo. Prescrição Pediátrica 54 Em Odontopediatria, as doses do medicamento são calculadas através de uma fórmula. Existem regras práticas para cada grupo de fármacos. CLASSES DE MEDICAMENTOS 1. Controle da dor • Analgésicos Paracetamol 2oomg / mL Limite de uso = até 35 gotas Frequência de uso = 6 em 6 horas Potente ação analgésica Menor toxicidade Contra indicado em pacientes que usam AZT Dipirona Sódica (500mg / mL) Provoca depressão medular Contra indicada em bebês com -5kg ou 3m Não é de escolha em Odontopediatria Provoca anemia, leucopenia e agranulocitose 55 • Anti Inflamatórios Não Esteroidais Ibuprofeno Ausência de efeitos colaterais Indicado em procedimentos mais demorados devido ao maior tempo de ação Frequência de uso de 8/8h Gotas: alivium 100mg/mL OBS: Naproxeno sódico de 25mg / mL é contra indicado para crianças abaixo de 2 anos. A segurança e a eficácia não foram comprovadas. 2. Controle de Infecção • Antibióticos Nimesulida (50mg / mL) Contra indicado para crianças abaixo de 12 anos Casos de intoxicação Frequência de uso de 12 em 12 horas Solução oral: Nisulid Amoxicilina (250mg / 5mL) É o fármaco de escolha em infecções bucais Menores efeitos colaterais em crianças Absorção inalterada mesmo com alimentos Frequência de uso: 8 em 8 horas 56 Formulário Próprio para Antibióticos Receita em 3 vias: primeira via para farmácia, segunda via para paciente e terceira via para o prontuário. Para o menor (nome da criança e idade + endereço) USO INTERNO: Amoxicilina 250mg / 5 mL --------------------- suspensão oral Tomar, por via oral, 5 mL do medicamento De 8 em 8 horas por 7 dias. Data Nome, assinatura e CROSP • Alérgicos a Amoxicilina Eritromicina (250mg / 5mL) Alternativa para pacientes alérgicos a amoxicilina Pode causar diarreia: administrar junto as refeições Frequência de uso: 6 em 6 horas 57 Profilaxia Antibiótica É recomendada para pacientes com algum problema sistêmico que causem possibilidade de bacteremia, como por exemplo a endocardite. É indicada também para pacientes com defesa imunológica alterada. A posologia apresenta dose mais elevada e níveis séricos e sua natureza transitória é apenas para o procedimento clínico. Amoxicilina Eritromicina 50mg / Kg – peso / dia 40 mg / Kg – peso / dia 1 hora antes da intervenção 2 horas antes da intervenção Cálculo da dose medicamento Líquido Amoxicilina 250mg / 5 mL 250mg ------------------ 5mL 50mg / Kg – peso / dia 750 mg ------------------- X 50mg x 15 = 750 mg 250x = 750 x 5 Cálculo da dose 250 mg ----------- 5mL Eritromicina 250 mg / mL 600 mg -------------x 58 40mg / Kg peso/ dia 250x = 600 x 5 40 mg X 15 = 600mg CAPÍTULO 13: REPERCUSSÕES DA CÁRIE Introdução A primeira repercussão da cárie é nos problemas ortodônticos, podendo ocasionar na perda do espaço mesio – distal. Para isso, deve-se recuperar esse espaço, com auxílio de um fio de cordonê. Contato prematuro = é mais difícil de ser detectado. Inicialmente deve-se radiografar para verificar a reabsorção externa. Para que haja dente de Turner, deve-se ter o sucessor permanente. Quando mais nova a criança e ela tiver uma alteração dessa, mais chance do dente permanente sofrer uma degeneração. (quanto mais nova a criança mais severa) 59 Quanto mais precoce o estágio de Nolla, maior o dano. Pode haver hipomineralização / opalescência (alteração qualitativa, há uma mancha opalescente, podendo ser branca, amarelada ou acastanhada) Perda em quantidade do esmalte = alteração na forma do esmalte na região, chamada de hipoplasia (quando a lesão ficou muito tempo e há uma alteração na matriz do esmalte) O dente de Turner é uma hipoplasia localizada. Quando pega mais de um dente pode ser de origem sistêmica (por causa de alterações no metabolismo, atinge um grupo de dentes que estavam se formando) Hereditária = amelogenese imperfeita e dentinogenese imperfeita. Afeta sempre decíduos e permanentes. Essas alterações afetam tanto dente decíduo como dente permanente. Febre = pode provocar uma hipomineralização / hipoplasia nos dentes por causa da temperatura alta, justamente porque o ameloblasto não gosta de temperatura alta. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Se o permanente erupcionar em boca com alta atividade de cárie, não sofre maturação do esmalte pos eruptiva. O esmalte jovem é bastante permeável e a doença evolui rapidamente. 60 Alveolise =é uma resposta do dente frente a uma contaminação / alterações pulpares, reabsorvendo a tabua óssea vestibular. É uma lise / reabsorção da tabua óssea alveolar vestibular. A causa principal é a evolução da lesão de carie, gerando reabsorção da raiz do dente decíduo. A ponta da raiz exposta provoca hiperplasia no tecido mole, associando-se com dor. O tratamento é a exodontia do dente. Essa alteração é mais comum em incisivos. O dente decíduo tem a raiz com a ponta voltada pra vestibular. A primeira parte que aparece é essa ponta, que serve de estímulo causando a hiperplasia. Repercussões de Ordem LOCAL 1. Problemas Ortodônticos • Perda de espaço mésio – distal • Diastemas por raízes residuais • Retenção do germe por raízes residuais • Extrusão do antagonista • Perda precoce do dente decíduo3 3: A perda precoce do dente decíduo pode levar a consequências como: - Erupção precoce ou retardo do sucessor permanente 61 - Desvio da linha média / sobre mordida (região anterior) - Fechamento de espaço (região posterior) - Perda de dimensão vertical. 2. Problemas com os Dentes Permanentes • Degeneração do germe do dente permanente • Displasia de esmalte = dente de Turner e descalcificação • Maturação pós eruptiva • Erupção precoce com pouco apoio radicular 3. Problemas Endodônticos • Com vitalidade pulpar = dor • Com mortificação da polpa e abscesso dento – alveolar3 3: Com envolvimento da cripta óssea / sem envolvimento da cripta óssea 4. Problemas Endo – Periodontais • Alveolise 62 Repercussões de Ordem GERAL • Problemas psicológicos = alteração na conduta • Problemas digestivos = dificuldade na mastigação • Influencias sobre os órgãos vitais. Exemplos • Cárie com exposição pulpar = realizar o tratamento endodôntico do dente decíduo • Cárie há bastante tempo sem sintomatologia = hipótese de necrose pulpar. • RX: avaliar a região periapical, cripta óssea, furca, profundidade da lesão. • Imagem radiolúcida na região da furca = há necrose pulpar • Penetração desinfetante = optar quando a imagem radiolúcida não atingir a cripta • Exodontia = optar quando houver rompimento da cripta óssea. Cárie precoce na infância • Afeta crianças de baixa idade • Alterações:dor, dificuldade de mastigar, fístula, exposição pulpar, necrose pulpar • Má oclusão = perda de DVO, mordidas cruzadas, mordida aberta anterior • A evolução desse quadro acarreta em uma série de problemas para a criança • Problemas psicológicos (estética envolvida), digestivos, dores, hiperplasia gengival • Tecidos edemaciados e hiperemias 63 CAPÍTULO 14: TRAUMATISMOS EM DENTES DECÍDUOS Introdução As lesões traumáticas em dentes decíduos são bastante frequentes entre as crianças, principalmente porque estão em fases de brincar, explorar e esportes. Para isso, o Odontopediatra deve se atentar ao tipo de lesão e ao tipo de tratamento a ser feito. Exame do paciente Deve ser feito minuciosamente, devendo ser dividido entre história médica e história odontológica. • Histórico Médico = através de uma entrevista objetiva, verificar se a criança apresenta alguma cardiopatia, presença de alergias e se está com a vacinação em dia (principalmente a vacina do tétano). Saber dos responsáveis qual foi a medida tomada imediatamente após uma queda. 64 • Histórico Odontológico = identificar a criança, nome, idade. Fazer uma limpeza da face com sabão neutro suave e da cavidade bucal com auxílio de uma gaze + clorexidina 0,12% ou soro fisiológico. Posteriormente, realizar o exame clínico intra oral e o exame físico dos tecidos moles (extra ou intrabucais), tecidos duros (dentes e ossos) – teste de mobilidade e palpação de modo suave e delicado. Trauma Crânio Encefálico Em casos de quedas complexas como por exemplo, queda de beliche ou do trocador, observar se a criança tiver os sintomas relatados abaixo: • Inconsciência • Náusea e vômitos • Amnésias • Forte cefaleia • Sangramento nasal. Desta forma, o odontopediatra deve suspeitar de traumatismo craniano. Dependendo da forma que o trauma ocorreu e da intensidade, a criança deverá ser encaminhada ao pronto socorro fundamentalmente antes de ser atendida pelo dentista. 65 Etiologia dos Traumas • Acidentes = considerar acidente quando não há intenção de que isso aconteça. Exemplos: caiu correndo, caiu do skate, caiu da bicicleta. • Violência = muitas vezes é violência doméstica. O olhar deve ser diferente, principalmente por ser um caso bem mais delicado. O psicológico da criança está alterado. Ação não acidental, provocada por outras pessoas. Exame Físico • Lábio inferior e língua = muito comum o corte de tecido dessas regiões • Fragmento dentário = levar o fragmento ao consultório (hidratado) • Dente traumatizado = poupá-lo de teste de percussão e vitalidade Classificação das Lesões Traumáticas 1. Lesões aos tecidos de suporte do dente ou periodontais. 66 • Com deslocamento = intrusão, extrusão, luxação lateral e avulsão • Sem deslocamento = concussão e subluxação 2. Lesões de estruturas duras do dente • Fraturas do esmalte • Trincas e fraturas • Fratura de esmalte e dentina • Com e sem exposição pulpar • Fratura coronorradicular • Fraturas radiculares _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 1. Concussão • A dieta pastosa e líquida na temperatura ambiente deve ser por 2 semanas Poderá ocorrer mudança de cor – monitorar com escala de cor e fotografia Aspectos Clínicos Tratamento Ausência de mobilidade Orientação de repouso mastigatório Ausência de deslocamento Dieta pastosa, líquida, t. ambiente. Ausência de sangramento Remoção de chupeta e mamadeira Presença de sensibilidade à percussão Higiene oral rigorosa Presença de sensibilidade à mastigação Controle radiográfico 67 2. Subluxação • Em lesões como concussão e subluxação, pode haver a mudança na cor do dentinho. A alteração cromática em dentes decíduos após a concussão e a subluxação, é uma complicação frequente. Ela ocorre devido a uma hemorragia provocada pelo rompimento de pequenos vasos da polpa, com decomposição de hemoglobina e penetração nos túbulos dentinários. • Quando o processo de alteração de cor for contínuo e progressivo, poderá levar a necrose da polpa. Quando permanecer a vitalidade pulpar, o processo poderá ser revertido. Deve ser feito um acompanhamento clínico e radiográfico do dente que sofreu essa lesão traumática. 68 Aspecto Clínico Tratamento Hemorragia do sulco gengival Repouso mastigatório Discreta mobilidade Dieta líquida e pastosa – 2 semanas 69 • Quando o dente recebe um impacto de maior intensidade, provocará o rompimento de algumas fibras do ligamento periodontal e sangramento do sulco gengival. Nesse caso, diz-se que o paciente sofreu uma subluxação. 3. Luxação Extrusiva É um traumatismo que produz o deslocamento do dente, expulsando-o parcialmente do alvéolo. Esse tipo de lesão vai comprometer o ligamento periodontal. • Tratamento = pode ser imediato ou tardio. Em geral, o tratamento deve ser apoiado no ciclo biológico do dente decíduo, ou seja, no grau de rizólise dele (dente jovem ou senil) • Tratamento imediato = reposicionar e realizar uma contenção semi – rígida (em dentes jovens) e acompanhar clinicamente e radiograficamente. • Tratamento tardio = consiste em acompanhamento radiográfico e clínico. É importante observar as interferências oclusais, caso haja, deve ser feito o desgaste do dente antagonista. RX: dente em posição normal no alvéolo Caso especial = fazer contenção 70 4. Luxação Intrusiva O dente decíduo é deslocado para o interior da loja alveolar em direção apical. O tratamento consiste em acompanhamento clínico e radiográfico, aguardar a reerupção passiva do dente de 2 a 3 meses, avaliar a perda de espaço nos casos do arco tipo II de Baume. 5. Luxação Lateral O deslocamento do dente decíduo vai ocorrer em direção mesio – distal ou vestíbulo – palatina. O seu tratamento é semelhante a luxação extrusiva. 6. Avulsão O deslocamento do dente decíduo vai ocorrer para fora do alvéolo (deslocamento total). O reimplante do dente é contra indicado porque pode lesar o germe do sucessor permanente. • Tratamento = não reimplantar. Avaliar a necessidade e o momento oportuno de aparelho em conjunto com a Ortodontia para manter a estética e função. Avaliar a perda de espaço, principalmente em arcos do tipo II de Baume. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Lesões de Estruturas Duras e Polpa 71 1. Trinca de Esmalte = são fraturas incompletas restritas ao esmalte. Não há perda de estrutura, podendo ser observadas com luz indireta por palatino ou incisal do dente atingido. 2. Fratura de Esmalte = consiste em fratura parcial restrita ao esmalte. O tratamento é o desgaste e o polimento das arestas agudas, para prevenir a laceração dos lábios e da língua. 3. Fratura Esmalte / Dentina sem Expor a Polpa = consiste em fratura tanto de esmalte quanto de dentina, porém sem expor a polpa. O tratamento consiste em proteção do complexo dentino – pulpar + reconstrução com resina composta ou ionômero de vidro; ou ainda; colagem do fragmento precedido de agente de união dentária. 4. Fratura de Esmalte / Dentina com Exposição da Polpa = nesses casos, é fundamental estabelecer o diagnóstico pulpar, o que dependerá do ciclo biológico do dente decíduo, do tempo ocorrido entre o traumatismo e o atendimento profissional e das condições clínicas da exposição pulpar (tamanho e localização). Esse quadro leva ao tratamento radical da polpa com posterior reconstrução do dente. 72 5. Fraturas Coronorradiculares = são fraturas que envolvem esmalte,dentina e cemento. Em fraturas que tenham até 2mm além do limite gengival, o prognóstico é favorável e pode ser realizado o tratamento endodôntico. Já em fraturas com grande extensão subgengival (de 4 a 5mm) abaixo da margem gengival, o tratamento é a exodontia. 6. Fraturas Radiculares = podem ser longitudinais / oblíquas, cujo tratamento é a exodontia ou podem ser do tipo horizontais, cujo tratamento depende do terço atingido. Se atingir o terço cervical da raiz, o tratamento é observação e controle radiográfico. Se atingir o terço médio da raiz, o tratamento é a redução e contenção. E se atingir o terço apical da raiz, o tratamento é a exodontia. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Repercussões dos Traumas aos Sucessores Permanentes • Hipoplasia de esmalte do dente sucessor permanente • Hipomineralização (mancha) de esmalte • Dilaceração coronária ou radicular • Mal formação do tipo Odontoma • Parada na formação radicular • Distúrbios de erupção 73 Sequelas Em Dentes Decíduos • Hiperemia pulpar • Hemorragia pulpar • Necrose pulpar • Calcificação pulpar • Reabsorção interna • Reabsorção externa • Alveólise • Anquilose • Retenção prolongada Acompanhamento clínico e radiográfico Os retornos dependem do tipo de traumatismo e da criança. Dessa forma, poderemos monitorar as possíveis sequelas nos dentes decíduos, além de acompanhar a formação do germe permanente até a sua erupção. Recomenda-se de uma forma geral que o controle radiográfico seja feito da seguinte forma: • RX inicial após 1 mês, 3 meses e 6 meses até a erupção do dente permanente • Apenas na intrusão os controles iniciais devem ser mensais 74 CAPÍTULO 15: ANOMALIAS DE NÚMERO Introdução As anomalias podem ser classificadas de diversas formas, porém, as abordadas aqui serão as anomalias de número. Para isso, é fundamental que o exame radiográfico seja feito para que possamos ter um diagnóstico preciso e completo, sempre unindo com a avaliação clínica. As radiografias usadas no diagnóstico são: Panorâmica, Interproximal e Periapical. 1. Fases da Odontogênese – Baskar 1976 • Iniciação (Broto) / proliferação (capuz) = anomalias de número • Fase de câmpanula = anomalias de forma • Aposição e calcificação = anomalias de textura • Erupção e rizólise = anomalias de erupção 75 Em resumo: anomalias de número = dentes a menos ou dentes a mais. Quando temos dentes a menos, podem existir alterações na forma. ANOMALIAS DE NÚMERO 1. Menor Número de Dentes • Anadontia = menor número de dentes • Hipodontia = ausência de poucos dentes • Oligodontia = ausência de muitos dentes Síndrome da Displasia Hereditária Ectodérmica É uma doença em que o paciente apresenta manifestações como por exemplo o menor número de dentes. É genética / recessiva (x), ocorrendo em 90% pacientes do sexo masculino. Em mulheres, é assintomática. Derivados do Ectoderma = ausência de glândulas • Bossas frontais proeminentes • Nariz em sela 76 • Cabelos ralos • Pele seca • Lábios protrusos (devido à perda de DVO) • Anomalias dentárias 2. Maior Número de Dentes Em relação a forma, os dentes podem ser cônicos, tuberculados, suplementares e odontomas* (há controvérsias). Em maxila, o mais comum, que ocorre cerca de 90% dos casos, são os mesiodens / mesiodens de Bolk. Para esses casos, o tratamento é a cirurgia (avaliar a necessidade e a oportunidade cirúrgica). Dentes Supranumerários / Odontomas • Diagnóstico = radiografia periapical • Localização dos supranumerários = maxila ou mandíbula • Maxila = fazer a técnica de Clark • Mandíbula = fazer a técnica de Miller Winter • Tratamento = exodontia (necessidade e oportunidade cirúrgica) • Consequências = atraso na erupção / deslocamento / diastema / reabsorção da raiz • Supranumerários = podem ser chamados de MESIODENS / MESIODENTE 77 OBS: A ausência de diagnostico precoce pode acarretar no atraso da erupção do dente permanente. Supranumerários Semelhantes aos Dentes da Série Normal • Avaliar o grau de Odontogênese (comparar com dente homólogo / Nolla) • Destruição = lesão de cárie / trauma • Movimentação ortodôntica • Rizogênese Síndrome da Disostose Cleido Craniana É a síndrome relacionada com anomalias de maior número de dentes • Fechamento tardio das fontanelas e suturas • Ausência da clavícula • Presença de dentes supranumerários • Dentes retidos / atraso de erupção 3. Odontoma • É um tumor odontogênico benigno • Composto = massa de tecido calcificado semelhante a dente • Complexo = massa desordenada de tecido calcificado semelhante a dente 78 • Tratamento = remoção cirúrgica + encaminhar para anátomo patológico • As vezes pode retardar a erupção do dente permanente. 4. Dente Natal e Neonatal • 90 a 95% dos casos = anomalia de ERUPÇÃO (dente decíduo da série normal) • Diagnostico = radiografia periapical modificada (metade do tempo de exposição) • Presença de úlcera traumática no ventre de língua – doença de Riga – Fede • Tratamento série normal = alisamento + flúor (verniz) + PP + controle RX • Tratamento supranumerário = exodontia + acompanhamento • Dente natal: vem com a criança ao nascimento • Dente Neonatal: demora ate 30 dias após o nascimento OBS: PP é programa preventivo. 5. Mesiodens • São os dentes supranumerários • Mesiodens de Bolk = situado na linha média, conóide, invertido. • Normalmente, em geral, situados na linha média.
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