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07 - Princípios Fundamentais

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Princípios Fundamentais
1. Preâmbulo
Representa os ideais e valores presentes na época da criação da nossa Constituição. Ele não é
norma constitucional embora seja importante fonte de interpretação e, portanto, não é– –
parâmetro de controle de constitucionalidade não se pode arguir a inconstitucionalidade de uma–
lei por ter violado o preâmbulo. Além disso, o preâmbulo não é de reprodução obrigatória nas
Constituições Estaduais.
A menção a Deus no preâmbulo não é uma orientação religiosa específica, pois o Estado
brasileiro é laico, não havendo violação à laicidade do Estado. A Constituição incentiva a liberdade
religiosa, como nos Incisos VI a VIII do Art. 5º e no Art. 210 da CRFB/88.
2. Princípios Fundamentais República e Federação–
São considerados elementos orgânicos ou organizacionais e tratam da estrutura principal do
país, estando contidos entre os artigos 1º e 4º. Já no caput do Artigo 1º encontramos vários
princípios fundamentais.
A República é a forma de Governo, ou seja, a relação entre governantes e governados.
Existem duas formas de governo: A monarquia e a república.
Na monarquia, o poder é oriundo da vontade divina, sendo vitalício e hereditário, personificando
o poder político naquele governante e em sua família. Além disso, o poder é irresponsável, já que
em sua origem o monarca estava acima da Constituição, diferentemente do que ocorre
atualmente nas monarquias constitucionais. 
Já na república temos eleições periódicas, mandados temporários e não há personificação do
poder político. Além disso, o governante deve ser responsabilizado pelos seus atos. Embora seja
princípio fundamental e constitucional sensível, a república não é cláusula pétrea, visto que não
está prevista no Art. 60, §4º, da CRFB/88. É considerada limitação material implícita ao poder de
reforma.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos:
Princípio constitucional sensível, na forma do Art. 34, é aquele cuja desobediência poderá 
ensejar a intervenção federal na unidade da federação que o desrespeitou.
A Federação é uma forma de Estado, ou seja, de que modo o poder político é representado
no país. Aqui, há a divisão geográfica do poder político, sendo que cada ente da federação goza de
autonomia: Poder político no plano interno. Antes de nos tornamos Federação adotávamos o
Estado Unitário, onde o império estava concentrado nas mãos do poder central.
A Federação é uma característica tão importante para o nosso Estado que está prevista no
Art. 60, §4º, I, cláusula pétrea, limitação material expressa que deve ser respeitada pelo poder
reformador. Em uma federação, não é permitida a secessão, estando essa proibição prevista
expressamente por meio do termo “união indissolúvel”.
3. Fundamentos da República Federativa do Brasil
A Soberania é o respeito que recebe o Estado, não sendo internamente limitado por nenhum
outro poder nem estando em posição hierárquica inferior a outros Estados. Refere-se à República
Federativa do Brasil, pessoa jurídica de direito público internacional, não aos entes que compõem a
Federação, pois estes são pessoas jurídicas de direito público interno e gozam de autonomia.
A Cidadania, como fundamento do Estado brasileiro, engloba direitos políticos e ter os direitos
fundamentais amplamente assegurados. Já em seu sentido mais estrito, está associada ao título
de eleitor, aquele que está em gozo de seus direitos políticos e pode, assim, votar, apresentar
projeto de lei popular, participar de plebiscito e referendo. 
A Dignidade da Pessoa Humana é o grande fundamento que reverbera por todo o texto da
Constituição. É a base axiológica de todos os direitos e garantias fundamentais, sendo possível
encontrá-la de forma implícita em vários dispositivos, como na proibição da tortura e no artigo 60,
§4º, IV, que protege os direitos e garantias individuais.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos:
I a soberania;–
II a cidadania;–
III a dignidade da pessoa humana;–
IV os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;–
V o pluralismo político.–
Os Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa também são fundamento. Como os valores
sociais do trabalho se encontram antes da livre iniciativa marca do capitalismo entende-se que– –
é adotada pelo país a ordem econômica compromissória, que primeiro se preocupa com o
trabalhador e, em um segundo momento, com o lucro.
O Pluralismo Político é um fundamento que comprova que a Constituição é eclética, que adota
várias ideologias e liberdades. Consiste na liberdade de ideias, de manifestações sendo exemplos–
a liberdade de reunião e de associação mas não deve ser confundido com o pluripartidarismo,–
que é apenas uma das formas de manifestação do pluralismo.
Por fim, o parágrafo único traz o Princípio Democrático, de onde temos que o titular do poder
é o povo. Como o exercente pode ser realizada diretamente pelo povo ou por meio de seus
representantes eleitos, essa é uma democracia participativa, também podendo ser chamada de
semidireta ou semi-indireta.
4. Separação de Poderes
É cláusula pétrea, sendo preservado pelo Art. 60, §4º, III. 
Quando a Constituição se refere a independência, ela está se referindo às funções típicas,
próprias dos Poderes. Já a harmonia nos remete às atividades atípicas, exercidas pelos Poderes
para evitar um superpoder, tanto que não há funções exclusivas de um Poder.
Há uma relação simbiótica de pesos e contrapesos entre os Poderes que não pode–
contrariar a harmonia e independência , tendo como exemplos a aprovação do tratado–
internacional pelo Congresso, a sanção/veto do Presidente frente a projeto de lei e a declaração
de inconstitucionalidade pelo Judiciário.
Art. 1º 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e 
o Judiciário.
O Poder Legislativo exerce duas funções típicas: A de legislar e a de fiscalizar as contas 
públicas controle externo das finanças, orçamentária, financeira, etc. Além disso, exerce –
atividade atípica de Poder Executivo, como os contratos administrativos e procedimento 
licitatórios, e de Poder Judiciário, como julgar Presidente da República por crime de 
responsabilidade.
5. Objetivos Fundamentais
O Art. 3º apresenta-os em rol exemplificativo., tendo conteúdo limitado programático, já que
estabelece metas e programas que devem ser realizadas pelo Poder Público. O desenvolvimento
nacional une os desenvolvimentos econômico e social, garantindo condições dignas de vida.
6. Princípios nas Relações Internacionais
O Art. 4º apresenta os princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais
A independência nacional associa-se à soberania, sendo esse um princípio que rege as
relações internacionais a muito tempo., e unindo-a a prevalência dos direitos humanos, pode-se
dizer que a soberania hoje é relativa. Isso significa que a nossa independência deve ser respeitada
na medida em que respeitarmos os direitos da nossa gente.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I construir uma sociedade livre, justa e solidária;–
II garantir o desenvolvimento nacional;–
III erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;–
IV promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer –
outras formas dediscriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios:
I independência nacional;–
II prevalência dos direitos humanos;–
III autodeterminação dos povos;–
IV não-intervenção;–
V igualdade entre os Estados;–
VI defesa da paz;–
VII solução pacífica dos conflitos;–
VIII repúdio ao terrorismo e ao racismo;–
IX cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;–
X concessão de asilo político.–
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, 
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
Destaque-se que o racismo é, segundo o Art. 5º, XLII, da CRFB/88, crime inafiançável,
imprescritível e sujeito a pena de reclusão; Já o parágrafo único refere-se à criação do Mercosul,
que já foi concretizada.

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