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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA GNE 283 – CONSTRUÇÃO CIVIL AULA 9 – REO 4 QUANTITATIVOS ORÇAMENTO QUANTITATIVO ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO Para se elaborar um orçamento, que seja efetivamente viável, do ponto de vista técnico, é necessário levantar e conhecer com profundidade o consumo de materiais em cada um dos serviços as serem realizados, a quantidade de mão de obra, a incidência das leis trabalhistas sobre o custo total da mão- de-obra, os custos financeiro decorrentes, custos administrativos, a carga tributária, etc. ORÇAMENTO QUANTITATIVO ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO Os elementos necessários são chamados de Especificações Técnicas, as quais contemplam as informações relativas ao empreendimento que se pretende desenvolver, procurando fazer com que o vai ser previsto em termos de custos fique o mais próximo da realidade ORÇAMENTO QUANTITATIVO ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO As Especificações Técnicas são formadas pelos seguintes elementos: a. Projeto Arquitetônico; b. Projetos Complementares estrutural; elétrico; hidro-sanitário; telefônico; prevenção contra incêndios; c. Memorial descritivo. ORÇAMENTO QUANTITATIVO PLANILHA ORÇAMENTÁRIA É o documento onde são registradas todas as operações de cálculos e discriminados todos os serviços que serão executados na obra. As planilhas podem ser de vários modelos, dependendo do tipo de obra e/ou contrato firmado entre o construtor e o cliente. As planilhas registram as quantidades de cada serviço e seus custos. PLANILHA ORÇAMENTÁRIA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA Em uma planilha devem constar, no mínimo, as seguintes informações: a. No cabeçalho (inicio) logotipo da construtora; identificação da obra; área construída; local, juntamente com as especificações técnicas; cliente. PLANILHA ORÇAMENTÁRIA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA Em uma planilha devem constar, no mínimo, as seguintes informações: b. No encerramento custo final; data; assinatura do autor do orçamento; nome do responsável técnico (autor) número do CREA/UF PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 1. SERVIÇOS INICIAIS Limpeza; Terraplenagem (movimento de terra); Barracos; Tapume; Locação da obra; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 2. INFRAESTRUTURA Escavação e reaterro; Estacas; Embasamento; Baldrame; Impermeabilização; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 3. SUPRAESTRUTURA Formas; Armaduras; Concreto; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 4. ALVENARIA DE VEDAÇÃO Paredes externas; Paredes Internas; Encunhamento; Vergas e contra-vergas; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 5. COBERTURA Madeiramento; Telhas; Calhas; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 6. REVESTIMENTOS DE PAREDES E TETOS Chapisco teto; Chapisco parede; Emboço teto; Emboço parede interna; Emboço parede externa; Cerâmicas; Forros; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 7. INSTALAÇOES ELÉTRICAS 8. INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 9. ESQUADRIAS Metálicas; Madeira; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 10. REVESTIMENTO DOS PISOS Reaterro; Apiloamento; Lastro; Impermeabilização; Contrapiso; Cerâmicas; Madeira; Carpetes; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 11. REVESTIMENTO DE FORROS Gesso; Madeira; PVC; PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 12. APARELHOS SANITÁRIOS E ACESSÓRIOS 13. VIDROS PLANILHA ORÇAMENTÁRIA RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 14. PINTURA Reboco – chapisco e emassamento; Pintura Acrílica – externa; Pintura PVA – interna; 15. SERVIÇOS COMPLEMENTARES Limpeza de terreno PLANILHA ORÇAMENTÁRIA LEVANTAMENTO QUANTITATIVO Essa etapa da elaboração do orçamento se resume a levantar, de forma técnica, as quantidades de serviços informados nas especificações (projetos e memoriais) e estimar os serviços que não foram devidamente especificados, mas que são essenciais e necessários à obra. E QUAL A TÉCNICA UTILIZADA PARA LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS? CPU – COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS LEVANTAMENTO QUANTITATIVO LEVANTAMENTO QUANTITATIVO Como fazer? 1) Para estabelecer um quantitativo criterioso, você deve ter em mãos todos os projetos que envolvem aquela obra, desde o arquitetônico até o projeto do sistema preventivo de incêndio; 2) Separe os serviços conforme suas especificações técnicas. Você deve separar piso cerâmico de piso vinílico, selador de pintura e projeto estrutural e seus serviços de projeto elétrico. Cada um desses itens é único e específico e terá um impacto diferente no orçamento do projeto 3) Não esqueça, tudo que você quantificar gerará um custo (preço). Então, a unidade que for usada (m², unidade, m³, Kg) deve estar diretamente relacionada ao que se pratica no mercado LEVANTAMENTO QUANTITATIVO LEVANTAMENTO QUANTITATIVO Como fazer? 4) Não esqueça da memória de cálculo! Está aqui uma dica importantíssima. Cada cálculo que você fizer para determinar um quantitativo deve constar na memória de cálculo. Isso permite a conferência posterior, alteração com simplicidade, facilidade para ajustes e transparência no processo; 5) Para facilitar, crie uma planilha ou formulário específico com essa finalidade, padronizando o levantamento de quantidades dos seus projetos LEVANTAMENTO QUANTITATIVO COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 25 • Dá-se o nome de composição de preços ao processo de estabelecimento dos custos incorridos para a execução de um serviço ou atividade, individualizado por insumo e de acordo com certos requisitos pré estabelecidos. • A composição lista todos os insumos que entram na execução do serviço, com suas respectivas quantidades, e seus custo unitários e totais. COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS Baseia-se na decomposição do ‘produto’ em conjuntos ou partes, NORMALMENTE ORGANIZADAS EM SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA DE EXECUÇÃO COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS Requer conhecer ou determinar-se o consumo de recursos: • Tempo da tarefa, conforme sua unidade de medição específica, ou seja, a PRODUTIVIDADE da mão de obra envolvida. • Consumo de materiais, ou seja, quantidades específicas para produção da tarefa, de acordo com sua unidade específica COEFICIENTE DE CONSUMO COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS Requer conhecer ou determinar-se o consumo de recursos: • Coeficientes de ‘perda’ pelo uso/manuseio de insumos • Requer ainda conhecer questões relativas a preço de insumos – obtidos através de cotações, e questões relativas a LEIS SOCIAIS (LS) que incidem sobre o s recursos de mão de obra. COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? • Qual o custo de 1,0m² de alvenaria? Determinar a composição necessária para a construção de 1m² de alvenaria, com bloco cerâmico 9 x 19 x 19 cm, alvenaria de meia vez, com juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento, cal e areia, traço 1:3:7. COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? • Qual o custo de 1,0m² de alvenaria? COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? • Qual o custo de 1,0m² de alvenaria? COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? • Qual o custo de 1,0m² de alvenaria? COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? • Qual o custo de 1,0m² de alvenaria?COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? • Qual o custo de 1,0m² de alvenaria? COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? • E para cada atividade temos que encontrar os índices? COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS COMO SÃO MONTADAS? COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 38 A composição de custos unitários é representada por uma tabela com cinco colunas: • É cada um dos itens de material, mão de obra e equipamento que entram na execução do serviço • É a unidade de medida do insumo: • Para material, pode ser kg, m³, m², m, um, entre outras; • Para mão de obra, a unidade é sempre hora (homem-hora); • Para equipamento, hora (de máquina). Unidade Insumo COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 39 • É o custo total do insumo na composição de custos unitários. • É obtido pela multiplicação do índice pelo custo unitário. • A somatória dessa coluna é o custo total unitário de serviço. A composição de custos unitários é representada por uma tabela com cinco colunas: Índice • É a incidência de cada insumo na execução de uma unidade de serviço. Custo unitário • É o custo de aquisição ou emprego de uma unidade de insumo. Custo total COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 40 COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 41 Exemplo 1. Para a composição de custos unitários abaixo: • Interpretar a composição; • Calcular as quantidades de custos de cada insumo para uma obra cujo quantitativo seja de 80m³ de concreto estrutural; • Dimensionar a equipe para concretar os 80m³ em um prazo de 40 horas. • Serviço: preparo, transporte, lançamento e adensamento de concreto estrutural fck = 200 kgf/cm². • Unidade: m³ COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 42 Exemplo 1. Tabela de composição de custos unitários: COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 43 Exemplo 1. Interpretação da composição: Para o preparo de 1m³ de concreto são requeridos: • 306,00 kg de cimento (=6,12 sacos); • 0,901 m³ de areia; • 0,209 m³ de brita 1; • 0,627 m³ de brita 2; • 8 horas de servente; • 1 hora de pedreiro; • 0,35 hora de betoneira. COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 44 Exemplo 1. Interpretação da composição: • O custo orçado para o preparo, transporte, lançamento e adensamento de 1 m³ de concreto estrutural é de R$226,37; • O insumo que mais incide no custo do serviço é o cimento (R$110,16/m³), que representa 48,7% do custo do concreto; • O segundo insumo que mais incide no custo do serviço é o servente (R$33,60/m³), que representa 14,8% do custo do concreto; COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 45 Exemplo 1. Para uma obra de 80m³ de concreto estrutural: • Quantidades totais: COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 46 Exemplo 1. Para uma obra de 80m³ de concreto estrutural: • Custos totais: COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS 47 Exemplo 1. Para uma obra de 80m³ de concreto estrutural: • Dimensionamento da equipe para prazo de 40 horas: Servente: 640 homens-hora / 40 horas = 16 serventes Pedreiro: 80 homens-hora / 40 horas = 2 pedreiros COMPOSIÇÕES DE PREÇOS UNITÁRIOS AGORA SIM PODEMOS IR AO LEVANTAMENTO QUANTITATIVO LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS! NÃO LEVANTAMENTO DE INSUMOS! 49 As unidades mais comuns para os serviços usuais são: • Metro – m : Estacas; calhas; tubos; rodapés. • Metro quadrado – m²: Alvenaria; formas; revestimento. • Metro cúbico – m³: Concreto; argamassa, reaterro. • Kilograma – kg : Cimento, armadura. • Milheiro – mil :Tijolos, telhas. • Unidades – un. : Portas, caixas, pontos de luz, pontos de esgoto. • Verba – vb : Instalações, projetos. LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 50 O levantamento dos preços ou cotação dos preços deve ser feito preferencialmente junto ao fornecedor do material, equipamento ou serviço no local onde a obra será edificada. No caso da não existência de determinado insumo na localidade da obra, fazer a cotação junto ao fornecedor mais próximo, tendo de levar em consideração o frete para transporte. Em último caso pode-se recorrer as revistas especializadas ou publicações técnicas de cotação de preços na construção civil. LEVANTAMENTO DOS PREÇOS 51 Recomenda-se então, recorrer a uma planilha de cotação de preços para garantir um histórico sobre o trabalho realizado. A planilha de cotação de preços deve conter, no mínimo, as seguintes informações: LEVANTAMENTO DOS PREÇOS 52 a. Data da cotação; b. Nome dos fornecedores; c. Itens a serem pesquisados; d. Unidades dos itens pesquisados; e. Valor de cada item; f. Condições de pagamento; g. Dados do fornecedor e comprovantes. LEVANTAMENTO DOS PREÇOS 53 LEVANTAMENTO DOS PREÇOS BIBLIOGRAFIA MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2006. TCPO, Tabelas de composição de preços para orçamentos. 13ª edição. São Paulo: PINI, 2010. 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