Buscar

TCC-CRIPTOMOEDAS PAULO 8 PER

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISÃOMIGUEL 
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
PAULO RODRIGO CARVALHO DA SILVA 
 
 
 
AS CRIPTOMOEDAS ENQUANTO PLATAFORMAS DA NOVA 
ECONOMIA: UM ESTUDO COMPARATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2020 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
2 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISÃOMIGUEL 
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
PAULO RODRIGO CARVALHO DA SILVA 
 
 
 
AS CRIPTOMOEDAS ENQUANTO PLATAFORMAS DA NOVA 
ECONOMIA: UM ESTUDO COMPARATIVO 
 
 
Monografia apresentada ao curso de 
Administração do UNISÃOMIGUEL, como 
requisito para obtenção do grau de Bacharel em 
Administração. (2020.1) 
 
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Mendonça 
Teixeira 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2020 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
3 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISÃOMIGUEL 
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
PAULO RODRIGO CARVALHO DA SILVA 
 
AS CRIPTOMOEDAS ENQUANTO PLATAFORMAS DA NOVA 
ECONOMIA: UM ESTUDO COMPARATIVO 
 
Monografia apresentada ao curso de 
Administração da UNISÃOMIGUEL, como 
requisito para obtenção do grau de Bacharel em 
Administração. 
 
 
Trabalho Aprovado com conceito ____ em ____/____/_____ 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
 
______________________________ 
(Nome do (a) examinador (a) 
 
 
 
______________________________ 
(Nome do (a) examinador (a) 
 
 
RECIFE 
2020 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
4 
 
DEDICATÓRIA 
Aos meus queridos pais a Sra. Woina Carvalho da Silva (in memoriam), e 
Paulo Damião da Silva (in memoriam), e cujo o empenho com seus esforços e a 
dedicação com o incentivo em sempre educar a mim e minha irmã sempre esteve em 
primeiro lugar. Eis aqui os resultados dos seus esforços. Com muita gratidão. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades que 
ocorreram na caminhada de cada dia . 
Ao meu orientador Prof. Dr Marcelo Mendonça Teixeira , pelo suporte durante 
 esse período de aprendizado no pouco espaço de tempo que tivemos por suas 
correções e também incentivos. Onde incluo a Profa. Dra. Lígia Costa na Disciplina de 
 Monografia pela sua dedicação . 
A minha família, que sempre fizeram presente em minha vida e a todos 
 que puderam colaborar de uma forma ou de outra na conclusão do curso. . 
A minha querida esposa Severina Tenório da Silva “ iluminada ” que sempre 
me deu apoio em todos os momentos dessa jornada . E a todos que de modo direto e 
indireto fizeram parte da minha formação , e aqui cito Omar Cândido Adriano e ao 
amigo de turma Quirino Paiva Neto. Grato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
5 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Primeiro, lembrem-se de olhar para as estrelas lá no alto e não para seus 
pés lá embaixo. 
Dois, nunca desistam do seu trabalho. O trabalho lhe dá sentido e 
propósito, e a vida é vazia sem isso. 
Três, se você for afortunado a ponto de encontrar amor, lembre-se de que 
ele está ali e nunca o jogue fora.” 
(conselho para seus filhos, em ‘ABC News’, 2010), 
( STEPHEN HAWKING ) 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
6 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A intenção do presente instrumento é de documentar , a partir da revisão bibliográfica 
de textos técnicos, compreender o funcionamento das chamadas criptomoedas, bem 
como suas perspectivas de possíveis inovações institucionais na Economia, com 
enfoque no os dilemas jurídicos que podem ser gerados. Diante do cenário atual , vemos 
que os mercados e os governos buscam alternativas , para baixar custo do dinheiro e de 
suas economias onde cada vez mais a velocidade e segurança de suas transações .A 
tecnologia, apontada por um lado como promissora em adesão e usada para levar 
acesso à população a serviços bancários e uma moeda protegida de políticas 
econômicas desestabilizadas, as criptomoedas, por outro lado, se mostrariam de difícil 
compatibilidade com a aplicação de regulações, proibições e incidências de tributos, o 
que lançaria novos desafios nas políticas públicas , para atender seus clientes e suas 
necessidades .Um white paper { papel em branco } lançado pelo pseudônimo Satoshi 
Nakamoto em 2008, na esteira de uma crise mundial econômica cujos efeitos são 
sentidos até hoje, lançou as bases das moedas virtuais . O documento descrevia o 
funcionamento de uma moeda digital totalmente livre e descentralizada. Independente 
de uma autoridade monetária central. Em janeiro do ano seguinte, seria lançada a 
primeira versão dela, o bitcoin. Tal como dinheiro, o bitcoin é uma representação de 
valor. Por exemplo, se alguém faz um trabalho para outra pessoa, ela recebe em troca 
dinheiro, que representa o valor daquele trabalho feito. Esse dinheiro pode ser usado 
para ser trocado por um outro bem ou serviço. E assim sucessivamente. Ao longo da 
história, diversos materiais diferentes serviram como representação de valor, 
destacando-se o ouro. Ou seja, havia uma confiança de que esses materiais tinham 
valor para quem os detivessem. De 100 anos para cá, tudo vem mudando . 
Primeiramente os bancos comerciais e, depois, os bancos centrais passaram a emitir um 
certificado de valor, que é o que conhecemos por dinheiro. E há uma confiança de que 
esse papel de fato representa um valor. A moeda virtual veio para inverter 
completamente essa lógica. Ao invés de ter sua confiança baseada nos bancos centrais 
ou comerciais, a criptomoeda tem sua confiança baseada em um consenso entre 
diversos computadores em uma rede, que mantém um registro público e imutável da 
quantidade de moedas emitidas, das transações e de seus detentores. Isso nada mais é 
do que a blockchain, a tecnologia que está por trás das criptomoedas. Bitcoin é uma 
criptomoeda de código aberto. Em seu site, a criptomoeda é definida da seguinte forma: 
 
 
 
Palavra chave : Tecnologia , Moeda virtual , Politicas econômicas. 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
7 
 
SUMÁRIO 
 
 
1.INTRODUÇÃO .........................................................................................................8 
2.OBJETIVOS ........................................................................................................ ;;;11 
2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 11 
2.2 Objetivos Específicos ......................................................................................;; 11 
3. REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................;; 12 
4. DA PEDRA AO UNIVERSO VIRTUAL ...........................................................;;;.. 13 
5. DO ESCAMBO À MOEDA ..................................................................................... 14 
6. ESTADO DA ARTE DA MOEDA ......................................................................... 16 
7. EVOLUÇÃO DAS MOEDAS VIRTUAIS ( DIGITAIS ) ..........................................;. 18 
7.1. Investindo em criptomoedas ............................................................................... 18 
7.2 Como funciona o blockchain ? ............................................................................. 19 
7.3 Vantagens e desvantagens do blockchain .......................................................... 20 
8. CRIPTOMOEDAS ............................................................................................... 25 
9. POSIÇÕES OFICIAIS SOBRE CRIPTOMOEDAS ................................................ 30 
10.CASOS ................................................................................................................. 35 
11.PANDEMIA COVID DESABA CRIPTOMOEDAS ECONOMIAS MUNDIAIS ...41 
12.FUTURO DAS MOEDAS VIRTUAIS ....................................................................46 
13.METODOLOGIA DE PESQUISA .......................................................................... 47 
13.1Natureza da Pesquisa ........................................................................................ 47 
14.CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 48 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49 
ANEXO A – TERMO DE COMPROMISSO DE ORIENTAÇÃO DE TCC ................ 52 
ANEXO B - ATA DE ORIENTAÇÃO DE TCC .......................................................... 53 
ANEXO C - FICHA DE FREQUÊNCIA DE ORIENTAÇÃO DA MONOGRAFIA ........ 54 
 
 
 
 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
8 
 
1.INTRODUÇÃO 
Assim como uma cédula do Real tem tecnologias de proteção, o dinheiro virtual 
também precisa ter. As novas cédulas do Real têm faixas holográficas, alto relevo, 
elementos fluorescentes, fio de segurança, marca d’água, quebra-cabeça, 
microimpressões e um número escondido; é muita tecnologia para evitar falsificações . 
Isso traz custos para não facilitar a falsificação e trazer mais segurança e confiança ao 
sistema monetário. Do mesmo modo, para que o dinheiro virtual não seja clonado, ele é 
protegido por um conjunto de princípios e técnicas chamado de criptografia. 
Criptografia: é um conjunto de técnicas que visam cifrar uma informação para que ela 
só possa ser lida por quem conhece o código, garantindo a segurança das informações. 
Fazendo uma metáfora, seria como enviar um baú trancado para um amigo por 
meio de um mensageiro: ele levará o baú para a outra pessoa, mas não poderá abrir, só 
o seu amigo que tem a chave poderá ver o que tem dentro. Uma moeda que não tem 
uma instituição mediadora como governos ou bancos é totalmente livre. Com isso, um 
governo não pode estimular sua inflação, por exemplo, “imprimindo” mais cédulas. Por 
esse motivo, o próprio mercado com sua lei de oferta e procura vai ditar a dinâmica das 
criptomoedas .A falta de mediação por parte de uma instituição financeira também 
reduz os valores para transações e agiliza a velocidade dos tramites .Além disso, os 
dados referentes às transações ficam armazenados até que possam ser validados pelos 
chamados mineradores e esse processo acontece de forma transparente: o código é 
livre, então é possível que qualquer um acesse as informações para conferir sua 
validade .Uma moeda que não tem uma instituição mediadora como governos ou bancos 
é totalmente livre. Com isso, um governo não pode estimular sua inflação, por exemplo, 
“imprimindo” mais cédulas. Por esse motivo, o próprio mercado com sua lei de oferta e 
procura vai ditar a dinâmica do Bitcoin. A partir de forks (bifurcações) do bitcoin, muitas 
outras criptomoedas surgiram. A primeira delas foi a namecoin (NMC), em circulação até 
hoje. A mais famosa das criptomoedas originada do fork , do bitcoin, contudo, foi a 
litecoin, que ainda permanece como uma das maiores e ela mesma tendo diversas 
bifurcações. A partir daí, outras foram surgindo, seja por meio de forks do bitcoin, como 
a dash, seja como criação original, entre elas o ether (moeda da Ethereum), monero, 
entre outras. O fato é que hoje as criptomoedas são uma realidade inexorável. E elas 
estão no momento imediatamente anterior a uma explosão consistente. 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
9 
 
Seja pela entrada do capital institucional, seja pela adesão de instituições 
financeiras centenárias. Não é preciso lembrar que há 40 anos, eram bem raros os 
estabelecimentos que aceitavam cartão de crédito para concretizar as vendas , desde 
então .E passávamos eles lá naquele carbono sem pensar na revolução que viriam a 
ser. Só que hoje as mudanças ocorrem mais rápido. E não é difícil pensar que as 
criptomoedas estão exatamente naquele momento do cartão de crédito no papel 
carbono, mas vão ser adotadas com muito mais rapidez. Existem sim alguns gargalos a 
serem vencidos, mas elas caminham a passos largos para se consolidarem como meios 
de pagamento e ativos de investimento, como o ouro. E vencerão aquelas que 
resolverem da melhor forma o problema das pessoas um meio de pagamento rápido e 
seguro, com baixíssimos custos de transação e sem a necessidade de intermediários. É 
o poder nas mãos dos cidadãos. 
A regulação das criptomoedas no Brasil ainda está engatinhando, é verdade. Há 
muito desconhecimento sobre o assunto, posições ainda resistentes aos criptoativos e 
muita preocupação com lavagem de dinheiro e financiamento de atividades ilegais. Mas 
alguns passos positivos já foram dados. 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu em 19 de setembro de 2018 
um ofício circular relativo às criptomoedas no Brasil. Nesse documento, a autarquia 
confirmava a possibilidade do investimento indireto em criptoativos pelos fundos 
regulados pela instrução 555. O posicionamento da CVM foi um sinal importante para o 
mercado de fundos no Brasil. Isso porque o órgão regulador do mercado de capitais 
brasileiros reconheceu as criptomoedas como uma possibilidade legítima de 
investimento. Além disso, o ofício reforça a legalidade do investimento em criptoativos. 
Portanto, mostra que o regulador não tem uma postura contrária a esse tipo de 
operação. Segundo o CEO da Transfero Swiss AG gestora de investimentos em 
criptoativos, Thiago Cesar.; 
 
 “Isso mostra que a CVM não tem uma postura contrária ao mercado de 
cripto, desde que ele siga os parâmetros e regras do mercado de 
investimentos”. 
 
 
As criptomoedas são códigos virtuais projetados para facilitar compras de bens 
e serviços. Funcionam como qualquer outro meio de pagamento tradicional. Sua 
negociação se dá pela internet, sem burocracias, intermediários ou a necessidade de 
submeter as transações a uma autoridade financeira. Aí estão grandes vantagens para 
sua manutenção no mercado. As moedas virtuais são registradas por meio de um 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
10 
 
arquivo chamado blockchain. Cada blockchain é exclusivo de um usuário e de 
uma carteira de investimentos pessoal. 
Todas as transações de compra e venda de bitcoin devem ser registradas em 
um livro de domínio público, o que evita fraudes, transações duplicadas e que as 
moedas sejam copiadas. Portanto, embora não seja possível verificar a identidade dos 
compradores ou os detalhes das transações comerciais, é possível ter acesso ao 
histórico financeiro de uma carteira de bitcoins. Ou seja, esse mecanismo fornece 
transparência e segurança a todos os investidores da modalidade. 
A valorização de muitas criptomoedas é impressionante, o que acabou por 
chamar a atenção de todo o mercado financeiro. Em 2017, por exemplo, a valorização 
do bitcoin chegou a casa dos 500% em apenas alguns meses, fato que levou alguns 
economistas a acreditarem que esse desempenho positivo continuaria pelos próximos 
anos. Muitos investidores tiraram proveito da situação. Um dos casos mais conhecidos é 
do americano Erik Finman, que aos 18 anos comprou 83 bitcoins pagando 12 dólares 
por cada um. Na cotação atual, ele receberia cerca de R$42 mil por bitcoin. 
Existem muitas diferenças entre as transações realizadas com Bitcoins e em 
banco regulares. Uma delas é que com os bancos você fica sabendo somente sobre 
suas próprias transações, com Bitcoins todo mundo sabe sobre as transações de todos. 
Outra diferença importante é que os bancos funcionam como uma entidade central que 
autoriza cada transação e solicitação do usuário. Já com o Bitcoin, as transações não 
precisam de uma figura central. O controle é feito em vários servidores ao mesmo tempo 
de forma descentralizada, tornando os pagamentos mais rápidos, seguros e baratos (por 
não precisar de um terceiro).( Souza ,Estadão 2017 ). 
Quer dizer que em banco de dados, conhecido como Blockchain, qualquer 
pessoa com um computador pode registrartransações que são validadas por uma rede 
distribuída. Ou seja, para realizar uma nova transação e verificar sua veracidade é 
preciso que as informações anteriores sejam checadas. Isso quer dizer que todos os 
computadores que fazem parte dessa rede distribuída têm informações sobre as 
transações, porém não existe a possibilidade de alterá-las. Uma vez que uma 
informação é gravada, ela não pode ser apagada .Nas operações bancárias, o valor da 
moeda é determinado pela quantidade de impressões e emissões, que são controlados 
pelo governo. Já com as criptomoedas não há controle de nenhum governo, e o 
processo é totalmente descentralizado .Especificamente no caso do Bitcoin, existe um 
limite de novas moedas. Isso significa que a oferta dessas criptomoedas é limitada 
(somente 21 milhões de Bitcoins podem circular entre os usuários), o que ajuda na sua 
valorização. O que não acontece, por exemplo, com o papel moeda que pode ser 
impresso de forma a criar uma desvalorização da moeda. 
https://labfinprovarfia.com.br/blog/como-montar-a-carteira-de-investimentos-ideal/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
11 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
Analisar um estudo comparativo por meio de textos técnicos entre as vantagens 
e as regras das criptomoedas e suas possibilidades no mercado e como se comporta 
as economias com essa nova modalidade de investir e efetuar transações entre 
investidores , empresas e governos mundiais .. 
 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
 Definir como funciona; 
 Demonstrar sua evolução ; 
 Identificar a universalidade do mundo digital ; 
 Como investir ; 
 Garantir a segurança nas transações . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
12 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
Diante de um mundo bastante interligado , com as informações chegando muito 
rápido onde são poucos os governos que buscam uma liberdade para tomada de 
decisões a nível global .Vendo essa necessidade criou-se um método livre e sem regras 
de interesses e aberto a qualquer pessoa que queira usá-lo. 
Mas , porquê estão sendo reverenciadas agora ? Quais circunstancias as 
tornam seguras e tão procuradas , como surgem e quais seus efeitos nas economias 
mundiais . Uma moeda de difícil rastreio imune a bancos e a governos . Tal tema torna-
se relevante e extremamente complexo com as mudanças causadas no sistema 
monetário mundial , e não se sabe ao certo ao futuro dessa nova tecnologia . Este 
aspecto decorre também dos dois usos anteriores. Segundo o Findex48 2014 do Banco 
Mundial, apenas 62% da população mundial tem acesso a algum serviço bancário. 
A Pesquisa de Tecnologia Bancária 2019 da Federação Brasileira de Bancos, 
elaborada pela consultoria Deloitte, apontou também crescimento de atividades 
financeiras pela Internet, a partir de informações de bancos brasileiros. Segundo este 
último levantamento, o número de pessoas que usam aplicativos do celular para realizar 
serviços bancários triplicou entre os anos de entre 2014 e 2018, passando de 25 milhões 
(16% do total) para 70 milhões (45%). Já os que utilizam acesso pela Internet para o 
mesmo fim passaram de 31 milhões (20%) para 53 milhões (34%) no mesmo período. 
Em 2018, 2,5 milhões de contas foram abertas por meio de telefones celulares, o 
que representa crescimento de 56% em relação ao ano anterior (1,6 milhão de contas). 
As contas bancárias criadas por Internet banking passaram de 26 mil para 434 mil no 
mesmo período. “Os brasileiros são altamente conectados e isso tende a popularizar o 
uso de carteiras digitais. Além disso, demonstram uma vontade de se atualizar 
tecnologicamente. O país tem um mercado com altíssimo potencial, com muitos usuários 
e é um dos mais competitivos da região. Isto gera uma oferta de melhores serviços”, 
analisa Paula Paschoal, diretora-geral da PayPal no Brasil.. 
Atualmente, cerca de 3,9 bilhões de pessoas usam a internet em todo o mundo, 
o que representa mais da metade da população mundial – informou a Organização das 
Nações Unidas . A agência da ONU para informação e comunicação, a UIT, informou 
que ou que 2018, 51,2% da população mundial estava usando a internet, apontou a 
France Presse .Este é um passo importante para uma sociedade global da informação. 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
13 
 
 4. DA PEDRA AO UNIVERSO VIRTUAL 
 
Em 1944 na cidade de Bretton Woods no estado de New Hampshire EUA, 
representantes de 44 nações se reuniram em uma conferência no Mount Washington 
Hotel. Esse evento marcou a história da humanidade, pois nele as nações presentes 
firmaram um acordo estabelecendo que os governos só deveriam emitir moedas 
proporcionalmente aos seus depósitos em ouro (lastro).Sendo assim, a quantidade de 
moeda impressa pelas autoridades monetárias não deveriam ultrapassar as suas 
reservas desse metal. Essa realidade perdurou por 27 anos, sendo que em 1971 esse 
acordo foi rompido pelos EUA que passou emitir mais moeda sem o seu respectivo 
lastro em reserva de valor física. 
A consequência desse movimento foi a centralização do poder econômico nas 
mãos dos bancos centrais. Por todo o mundo eles passaram a influenciam o poder de 
compra das moedas para cima ou para baixo conforme a conveniência das suas 
políticas econômicas. As crises econômicas oriundas dessa centralização também são 
uma prova de que afinal os governos não assim tão confiáveis a ponto de termos todos 
os nossos recursos a mercê das suas decisões. O que isso tem a ver com as moedas 
digitais? Bom, entendendo um pouco do funcionamento do sistema financeiro atual você 
será capaz de compreender o poder das moedas digitais frente a essa realidade de 
dependência e centralização que as pessoas comuns têm para estabelecer trocas entre 
si, que demandem moedas. 
Assim, se você precisa realizar transações como pagamentos, transferências e 
investimentos você necessariamente procura por bancos, corretoras, seguradoras e 
outras entidades que intermedeiam as operações para você.Com o advento de 
tecnologias de segurança como a criptografia e a democratização do acesso a 
computadores e a própria internet, começaram a surgir vários movimentos de grupos 
entusiastas que buscavam a criação de uma moeda que fosse capaz de permitir a troca 
de recursos de maneira mais livre da ingerência de governos e outras instituições. 
As moedas digitais, e em especial o Bitcoin, surgiram como uma alternativa à 
diversificação e hoje já atrai milhares de investidores especialmente pela 
supervalorização que atingiu no ano de 2017 quando chegou a crescer 1.400%. Neste 
ano, a cotação do Bitcoin logo no início do primeiro semestre era de algo em torno de R$ 
3.400, já em dezembro o seu valor saltou para quase 70 mil reais ou 19 300 dólares. 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
14 
 
Esse fato foi um dos maiores chamarizes para o mercado de criptomoedas e que 
acabou levantando o “hype” do assunto em todo o mundo. Assim, mesmo aqueles 
investidores mais conservadores avessos ao risco passaram a acompanhar de perto o 
movimento desse mercado buscando ser talvez o próximo milionário cripto. 
 
 
5. DO ESCAMBO À MOEDA 
 
O dinheiro sempre foi a parte fundamental da sociedade e o grande responsável 
por fazer a economia girar. Desde as grandes navegações , caminho da seda ,as 
grandes cruzadas do império romano , sempre em busca de acumular riquezas e ter 
para trocar por algo que não produzisse mas de relativa importância para seu povo . 
Está tão intrínseco no nosso dia a dia que não conseguimos imaginar um mundo 
onde ele não esteja presente, mas nem sempre foi assim. A tecnologia mudou 
completamente a forma como nos comunicamos, nossos hábitos e também como 
pagamos. Da troca de mercadorias ao pagamento foram muitos anos e importantes 
transformações. 
Até o surgimento do dinheiro, o escambo ( troca ) era a principal maneirade se 
fazer negócio. Havendo uma mínima equivalência de necessidade ou importância 
estava feita , realizada pela necessidade do seu povo ou família .Cada um trocava o que 
tinha pelo o que precisava. Alimentos, animais e prestação de serviços eram a principal 
moeda de troca e não existia a noção de equivalência de valor a grande dificuldade 
nesse sistema, além do transporte, era encontrar alguém que estivesse procurando o 
que se era oferecido e oferecendo o que se era procurado .A partir do momento que 
alguns produtos passaram a ser mais procurados que outros, eles se tornaram moeda. 
Isso ocorreu com o sal, por exemplo. Por ser um artigo difícil de se adquirir e de grande 
utilidade para conservar os alimentos, era considerado bastante valioso. Em algumas 
regiões as pessoas eram pagas com sal, e foi por causa disso que surgiu o termo 
“salário”.( Marquezim, 2017 ). 
Muitos produtos foram utilizados ao longo dos anos até a descoberta do metal. Por ser 
raro, difícil de se conseguir e durável, ele serviu perfeitamente como moeda, em estado 
natural ou na forma de joias e armas.O valor variava de acordo com a abundância do 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
15 
 
material, quanto mais raro, mais valioso.Com o tempo, as moedas passaram a ser 
cunhadas com o peso e valor padronizados. No início, o valor era correspondente ao 
material utilizado para confeccioná-la. Com a evolução da técnica, outros materiais 
passaram a ser utilizados na confecção e elas passaram a valer o que estava gravado 
na face e não o material que havia sido utilizado na confecção .Guardar as posses com 
ourives se tornou uma prática comum entre as pessoas, e foi assim que surgiram as 
primeiras cédulas. O recibo emitido como garantia passou a ser utilizado como 
pagamento, circulando entre as pessoas. Mais tarde, os bancos passaram a emitir e a 
regular as cédulas. As moedas passaram a ser usadas como troco. 
De lá para cá muita coisa mudou, e sempre com a ajuda da tecnologia. Com o 
surgimento do cartões de plástico e pagamentos eletrônicos, as cédulas estão sendo 
cada vez menos utilizadas. E a tendência é que diminua ainda mais.Com apenas um 
smartphone já é possível realizar pagamentos , sem a necessidade de carregar a 
carteira com cartões. E existem ainda as moedas virtuais, como a bitcoin, que estão 
contribuindo para que o dinheiro se torne cada vez menos físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
16 
 
6. ESTADO DA ARTE DA MOEDA 
 
Na economia moderna, produz-se riquezas para trocá-las ou permutá-las por 
outras para satisfação de nossas necessidades. A troca representa uma economia 
orientada pelo interesse das partes nela intervenientes. Os indivíduos oferecem os 
produtos do seu trabalho em troca daqueles de que necessitam e não podem produzir 
.Conforme o argumento de Gastaldi (2015), a troca não é natural no homem; nas 
sociedades primitivas surgiu ocasionalmente ou por doação recíproca (troca entre povos 
selvagens). Ampliou-se mais tarde com a divisão de ofícios e com o crescimento do 
mercado local para os mercados nacional e mundial. 
A doação e o roubo são, ainda, anteriores à troca. Vêm depois as sociedades 
em que aparece a troca direta; depois, aquelas em que há mercadorias intermediárias; 
entre estas se opera uma seleção... Pela troca cada um de nós não precisa produzir 
todas as coisas de que tem necessidade; cada um trabalha e produz no ramo de sua 
atividade, com o fim de trocar o produto de seu trabalho pelos produtos do trabalho de 
outros. Portanto, a troca pode ser considerada um escambo ou permuta e um acordo em 
que uma das partes dá o equivalente ao que recebe. A troca representa um importante 
papel na vida moderna. Ela impele o homem à vida em sociedade e ao intercâmbio, 
através de uma melhor utilização das riquezas e aproveitamento das pessoas e das 
suas capacidades produtivas. 
Nas sociedades primitivas a diversidade dos produtos era pequena, tornando-se 
fácil o encontro de indivíduos que dispunham de excedentes desejados por outros cujos 
excedentes não eram rigorosamente coincidentes. Nesta fase, o que era rigorosamente 
coincidente era o desejo de trocas diretas, ou seja, o indivíduo A dispunha de 
excedentes desejados pelo indivíduo B e vice-versa. Esta coincidência mútua levava a 
uma operação rudimentar de troca. Com o passar do tempo, se tornou difícil para as 
pessoas trocarem o que produziam pelas coisas que precisam através das trocas diretas 
(escambo). Bem mostra essa dificuldade ao contar a história do cuteleiro e do padeiro. O 
cuteleiro, para adquirir pão, irá ao padeiro oferecendo-lhe facas. O padeiro já possui 
facas e necessita de roupas. Para tê-las, ofereceria pão ao alfaiate. Mas este não 
precisa de pão e sim de carne. E assim por diante. A diferença na coincidência de gosto 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
17 
 
fez com que fosse criado um intermediário de troca, ou seja, alguma mercadoria que 
possuísse um valor comum para todos. Essa mercadoria é a moeda. 
A moeda é essencial para a manutenção do modo de vida desenvolvido pela 
sociedade moderna. De acordo com Galves (1996), em uma sociedade que progrediu 
adotando a divisão do trabalho, diversificando os gastos e que precisa intensificar a 
circulação, a moeda é um instrumento útil e aceito por toda a comunidade como 
intermediária de trocas; ou seja, todos a recebem ou a dão em troca de qualquer coisa 
ou serviço. Define-se assim por essa função, e não pela matéria de que é feita. 
A moeda representa o instrumento por excelência da troca. Segundo Gastaldi 
(2001), ela decompõe a troca em compra e em venda, sendo uma terceira mercadoria, 
convencional e representativa do valor de troca dos bens e mercadorias .Segundo, essa 
troca operada pela moeda, que neste trabalho também será denominada de dinheiro, 
cria importantes efeitos na economia. Na troca direta realizada através da moeda não é 
possível alienar sem adquirir, assim a oferta cria sua demanda. Na troca indireta não é 
assim, por que esta se caracteriza por vender agora e em troca receber dinheiro e optar 
por não gastá-lo de imediato e sim poupar, entesourar-se, emprestar ou investir no 
mercado. Sob o ponto de vista da evolução histórica. Uma das funções mais antigas do 
dinheiro, de acordo com Weber (1968), é o meio legal de pagamento. Neste período, o 
dinheiro não tem nada a ver com a troca. Esta função se tornou possível desde que uma 
economia sem troca conheceu também prestações econômicas que requeriam um meio 
de pagamento como tributos, presentes aos chefes, preço da noiva, dotes, ajustes, 
multas, castigos etc. Em resumo, eram prestações que exigiam determinados meios de 
pagamentos. 
. Para isso, mantinham como meios de entesouramento, determinados objetos 
típicos. Neste caso, o dinheiro não era só um meio de troca, mas também um objeto de 
propriedade permanente. Quem o tinha, o possuía por razões de prestígio e para 
alimentar a sua vaidade social .Assim, muitos são os objetos que serviram como 
dinheiro nesta fase e não havia um meio só de pagamento, mas sim vários objetos que 
circulavam ao mesmo tempo. Torna-se imprescindível estabelecer uma equivalência 
entre eles, ou seja, fixar uma escala de valores. Disto resulta o valor de uso dos bens, a 
sua importância social e a necessidade de contar em “números redondos” e de fácil 
manejo. 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
18 
 
A moeda, portanto, “é mercadoria ou riqueza de aceitação geral, quer pela 
confiança que oferece em matéria de troca de objetos ou de serviços, quer por sua 
qualidade de medida comum de valores” (Gastaldi, 2001, p.222). 
7. EVOLUÇÃO DAS MOEDAS VIRTUAIS ( DIGITAIS ) 
 
O Bitcoin foi a primeira criptomoeda. Mas, como toda boa invenção, não é a 
única. Segundo o site Coin Market Cap, já existem mais de 1.500 criptomoedas 
diferentes. Essas outras criptomoedas,em inglês, são chamadas de Altcoins (alternative 
coins ou moedas alternativas). Algumas dos principais altcoins são Ethereum, Ripple, 
Litecoin e Monero. 
A Ethereum, que vem ganhando bastante destaque, é uma plataforma 
alternativa que oferece uma maior flexibilidade de uso, diferente do Bitcoin. Além de 
registrar transações, a plataforma permite também a execução segura de pequenos 
programas automatizados, conhecidos como “smart contracts” (ou contratos 
inteligentes). Isso permite que seja possível, por exemplo, o gerenciamento de acordos 
entre os usuários – caso um compre seguro do outro. 
 
7.1 nvestindo em criptomoedas 
 
A Astéria, empresa nacional de tecnologia especialista no desenvolvimento de 
soluções digitais, anunciou recentemente seu apoio ao lançamento da criptomoeda 
brasileira, Niobium Coin (NBC), por meio do site TrocaJogo (desenvolvido pela Astéria). 
Blockchain é um registro público de transações, que garante sua eficiência, 
segurança e transparência por meio da criptografia e de um modelo de funcionamento 
em rede.Entenda que não se trata de um produto ou um fornecedor, nem de um único 
sistema (existem vários blockchains!). Estamos falando de um conceito de arquitetura 
de dados, que pode ser aplicado para o registro de transações em diversas 
áreas.Embora não se limite a transações financeiras, o blockchain mais popular é o que 
suporta as movimentações com moedas virtuais. Por isso, vamos explicar antes o que 
são bitcoins e criptomoedas para você entender o papel do blockchain. 
Nos últimos anos, você deve ter ouvido a história de alguém que investiu em 
bitcoins e ganhou uma boa grana com isso, Lançado no mercado em 2009, bitcoin é um 
tipo de criptomoeda, ou seja, um dinheiro virtual. Assim como qualquer moeda física, 
https://rockcontent.com/blog/bitcoin/
https://rockcontent.com/blog/bitcoin/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
19 
 
também pode ser usado para pagamentos ou transações, inclusive investimentos 
financeiros .Isso significa que você pode comprar a moeda e vendê-la por um valor 
superior, dependendo das flutuações do mercado financeiro. E, nos últimos anos, as 
criptomoedas passaram por uma grande valorização, já que se popularizaram até com 
grandes players, como IBM e Microsoft. E foi assim que muita gente ganhou dinheiro 
com bitcoins. Porém, as criptomoedas têm uma característica muito particular que as 
diferencia das moedas físicas: a ausência de regulação do Estado. Os participantes 
podem negociar diretamente um com o outro, no sistema chamado de peer to peer 
(P2P), ou ponto a ponto.Esse sistema que viabiliza as transações é chamado de 
blockchain. Nesse ambiente livre, ele funciona como um grande livro contábil virtual, 
público e compartilhado, que é responsável por garantir a segurança das 
movimentações. 
7.2 Como funciona o blockchain ? 
Em um ambiente sem regulação, o sistema precisa ter algumas características 
para despertar a confiança dos usuários. Por isso, o blockchain possui alguns 
mecanismos que garantem eficiência, segurança e transparência para o sistema, além 
da confidencialidade dos dados. Basicamente, o blockchain é uma “corrente de blocos”, 
em tradução literal. Nesse sistema, as transações são registradas em blocos de dados 
criptografados, que são validados pelos próprios usuários da rede e, então, encadeados 
uns aos outros (formando uma “corrente”). 
Parece complicado? Vamos explicar melhor como funciona o blockchain nesse passo a 
passo: 
1. O banco de dados registra uma solicitação de transação, que deve ser 
assinada digitalmente pelas partes interessadas. Embora as informações sejam 
compartilhadas, a identidade das pessoas envolvidas é protegida por uma chave 
privada (chamada de endereço), que é gerada por criptografia. 
2. Quando uma transação é solicitada, ela é analisada para obter validação. Essa 
análise é realizada por algum integrante da rede (chamado de miner, ou 
minerador), que verifica a autenticidade da assinatura digital e oficializa a 
transação. Por esse serviço, ele recebe uma remuneração em bitcoins. Esse 
modelo de trabalho descentralizado é uma característica essencial do 
blockchain. 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
20 
 
3. Como qualquer integrante da rede pode visualizar as transações, é preciso 
garantir que elas não possam ser alteradas. Por isso, quando uma transação é 
validada, ela é encadeada ao bloco anterior e ao seguinte, o que gera uma 
sequência de códigos únicos e imutáveis. Dessa forma, enfim, a transação está 
registrada, validada e segura no banco de dados. 
 
7.3 Vantagens e desvantagens do blockchain 
Seguindo o processo não é nada simples. Mas você já consegue perceber como 
o sistema é diferente de um banco tradicional .O blockchain é conhecido como um 
sistema trustless. Isso quer dizer que ele independe da confiança em terceiros — como 
acontece quando você transfere dinheiro para alguém com a intermediação de um 
banco. Você sequer precisa confiar na pessoa com a qual está fazendo negócio, pois o 
modelo do sistema garante a segurança. 
E essa é uma grande vantagem do blockchain! O próprio sistema, 
descentralizado e criptografado, impede tentativas de fraudes ou ação de hackers, que 
precisariam burlar milhões de computadores e algoritmos para ter sucesso .Além disso, 
a ausência de intermediadores e o sistema online agilizam as operações e reduzem os 
seus custos mais motivos para o blockchain atrair tantos interessados. 
Assim, se todas as operações são rastreadas, confiáveis, protegidas de ataques 
e ainda sofrem menos taxação, o blockchain não parece uma excelente tecnologia para 
as empresas? É por isso que ele vem se destacando como uma solução para registrar 
transações. 
Ainda assim, é preciso pontuar que o blockchain não é totalmente imune a fraudes. 
Existe um tipo potencial de ataque, chamado de ataque de 51% que pode acontecer 
quando uma organização domina mais da metade do poder computacional do 
blockchain. Dessa maneira, ela poderia interferir no funcionamento do sistema ou 
modificar intencionalmente o registro das transações mais recentes .Apesar de esse 
risco existir, nunca houve um ataque bem-sucedido às transações de bitcoins e outras 
grandes criptomoedas .Além disso, outro grande desafio da aplicação dessa tecnologia 
é a necessidade de colaboração geral. É impossível criar um blockchain se não houver 
uma rede de computadores e operadores que faça o sistema funcionar com segurança. 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
21 
 
Mas, mesmo com alguns riscos e desvantagens, blockchain é um conceito que veio para 
ficar, como solução para diversas áreas de atuação inclusive no Marketing Digital, como 
veremos a seguir. 
A tecnologia do blockchain é disrruptiva. Ela não está transformando apenas o 
mercado financeiro, mas também outras áreas de negócios que demandam segurança 
para transações comerciais e processos corporativos. E isso pode acontecer em 
qualquer mercado. Ainda não entendeu como o blockchain pode ser aplicado em outras 
áreas, vamos ao exemplo bacana é este: em parceria com a Microsoft, e a Prefeitura de 
Belo horizonte, em substituição aos talões de papel. 
Agora, os créditos de transporte de BH são comercializados via blockchain às 
empresas interessadas que, por sua vez, oferecem aos usuários em seus próprios 
aplicativos. Assim, toda transação é validada pela rede, o que torna a venda de créditos 
muito mais eficiente, segura e transparente qualidades essenciais para um sistema 
público. 
A Prefeitura optou pelo sistema descentralizado em detrimento de um único 
fornecedor que desenvolveria o sistema intermediador, como acontece em outras 
cidades. Esse é um bom exemplo de como o blockchain é uma solução ideal 
para situações que envolvem intermediários e partes que não confiam umas nas 
outras (as empresas parceiras e a Prefeitura, por exemplo).Agora, pensando no 
MarketingDigital, é comum que existam intermediários nas mais diversas atividades da 
área, não é? E, muitas vezes, as partes envolvidas sequer se conhecem. 
É isso que acontece, por exemplo, quando você paga por um banner em um site 
por meio do Google Ads ou do Facebook Ads. É isso que acontece também quando 
você compra um produto no e-commerce e essa transação é validada por uma 
instituição financeira. E existem muitos outros exemplos de transações no mercado 
digital, em que é necessário ter um intermediário para garantir a segurança da 
negociação. 
Porém, blockchain e Marketing Digital podem se unir para eliminar essa 
necessidade. Se as partes envolvidas quiserem negociar uma com a outra, elas podem 
fazer isso por meio do sistema descentralizado do blockchain .Mesmo sem se conhecer, 
um anunciante e um site que oferece espaço publicitário teriam a segurança do sistema 
https://rockcontent.com/blog/facebook-ads-e-google-ads/
https://rockcontent.com/blog/e-commerce-guia/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
22 
 
em rede, cujos participantes validam as transações e atestam a confiabilidade das 
partes. Além disso, sem a presença do intermediário e com a negociação direta entre as 
partes, os preços tendem a baixar. 
A seguir, vamos entender melhor como essa relação entre blockchain e 
Marketing Digital pode trazer algumas mudanças para as empresas .O blockchain ainda 
não é tão popular. Vamos esperar ainda alguns anos para ver essa tecnologia 
transformar o modo de fazer Marketing Digital e negociar os serviços dessa área. Como 
meio de pagamento no mercado digital . Nos próximos anos, o blockchain pode se tornar 
um meio de pagamento no mercado digital. Em vez de aceitar ou fazer pagamentos em 
dinheiro, boleto ou cartão de crédito, você pode utilizar criptomoedas. 
Muitas vezes, os fornecedores de Marketing Digital estão em outros países. 
Então, o blockchain também facilitaria as transações com o seu sistema online e sem 
intermediadores de um ou outro país, que dificultariam e onerariam os pagamentos.Com 
o amadurecimento do blockchain nos próximos anos, isso tende a se tornar cada vez 
mais comum. Mas as criptomoedas ainda precisam de uma aderência maior entre as 
empresas, inclusive pequenos negócios, para que essa forma de pagamento se 
popularize e elimine os intermediários nas negociações e os preços poderão cair em 
um futuro próximo. 
Não é apenas como meio de pagamento que o blockchain pode ser usado no 
mercado digital. O próprio sistema descentralizado pode ser uma solução para os 
anunciantes, em um mercado em que a presença de intermediários é constante .Por 
exemplo: quando uma marca quer colocar um banner na internet, ela pode falar 
diretamente com sites e portais. Porém, por não conhecer o proprietário daquele site, a 
marca fica com um pé atrás de negociar e fazer transações com ele. 
Por isso, o Google costuma atuar como intermediário, por meio do seu sistema 
de anúncios, o Google Ads. Essa plataforma conecta os anunciantes a milhares de sites 
confiáveis da internet e ao seu próprio mecanismo de pesquisa. Além de ampliar o 
alcance das campanhas, ele também traz segurança, aos anunciantes e sites, de que os 
pagamentos serão de fato realizados .Porém, o Google não faz isso de graça. Para cada 
transação, ele fica com uma parte do valor, o que aumenta os custos da publicidade. E, 
como é um dos gigantes da internet, ele tem o controle sobre os preços dos anúncios, 
aos quais as marcas precisam se adaptar. 
https://rockcontent.com/blog/google-adwords/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
23 
 
Já pensou, então, se as empresas pudessem eliminar esse intermediário, 
mantendo o nível de confiança nas transações? O blockchain pode viabilizar essa 
mudança. Nesse sistema colaborativo, anunciantes e editores podem ser verificados 
pelos integrantes da rede, que validam as transações que considerarem confiáveis. 
Além disso, as negociações se tornam mais ágeis e menos custosas sem a presença do 
intermediário, o que tende a tornar os anúncios mais lucrativos e aumentar o retorno 
sobre o investimento. Mas vale a pena acompanhar a evolução dessa tecnologia que 
pode, aos poucos, eliminar o uso de plataformas de terceiros. O blockchain pode 
transformar a maneira de fazer negócios no mercado digital — e mais que isso, pode 
mudar a internet como a conhecemos hoje. 
A gente nem percebe, mas sempre que acessamos um site, existe um 
intermediador: o navegador. O mesmo acontece quando acessamos o Facebook ou o 
WhatsApp, que também são aplicativos intermediários. E sabe o que esses 
intermediadores fazem? Eles ficam com todos os dados dos usuários, sabem tudo o que 
eles fazem na internet desde o que compram até as pessoas com quem eles falam e 
ainda utilizam essas informações para vender publicidade em seus canais. 
Porém, privacidade é uma exigência cada vez mais valiosa para os usuários da 
internet. Quem disse que eles querem compartilhar dados com plataformas em que 
sequer confiam? Eles só querem usar a internet. Por isso, já existem algumas iniciativas 
para transformar esse ambiente e criar “uma nova internet descentralizada” com base no 
blockchain., Blockstack e Skycoin são alguns exemplos. 
Esses projetos pretendem oferecer acesso a sites e aplicações online com total 
controle dos dados pelos usuários, sem que precisem entregá-los às grandes 
companhias da internet. Agora, imagine como o mercado de Marketing Digital pode ser 
transformado com isso? Atualmente as empresas e agências se baseiam nos gigantes 
Facebook e Google para se comunicar com o seu público na internet. Sem os dados 
dos usuários em mãos, o que elas poderiam fazer para divulgar suas marcas? Seria 
preciso coletar esses dados diretamente com os consumidores. E, assim, elas 
precisariam ser muito mais relevantes para convencê-los a isso! Aí sim estamos falando 
de uma grande revolução no mercado digital: o poder nas mãos dos usuários. Mas tenha 
calma! Isso ainda está longe de acontecer. Confiabilidade de dados e transações de 
mídia online Quando um anúncio da sua marca está rodando no Google ou no 
Facebook, quem garante que ele está recebendo cliques e visualizações de usuários 
https://rockcontent.com/blog/roi/
https://rockcontent.com/blog/roi/
https://rockcontent.com/blog/marketing-no-facebook/
https://rockcontent.com/blog/lgpd/
https://blockstack.org/
https://www.skycoin.net/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
24 
 
reais? Não há qualquer garantia. As marcas simplesmente confiam nos números das 
plataformas. O próprio Facebook já admitiu que, por muito tempo, apresentou uma 
métrica equivocada aos anunciantes, que inflava os números de visualizações de 
vídeos. Robôs e fazendas de cliques são outros problemas que prejudicam os 
resultados com o Marketing Digital e a transparência dos investimentos. Uma pesquisa 
revelou que as fraudes em anúncios custariam uma perda de 19 bilhões de dólares aos 
anunciantes em 2018. 
Não é por acaso que grandes marcas, como P&G e Unilever, levantaram a 
voz para tornar a compra de mídia digital mais transparente. Resolver esse problema é 
complexo. Mas o blockchain pode oferecer uma solução: uma vez que as transações 
realizadas pelo sistema podem ser visualizadas e validadas pelos integrantes da rede, 
inclusive pelas partes interessadas, o processo se torna muito mais confiável e 
transparente. Então, sob a lógica de compartilhamento do sistema, toda compra e 
veiculação de anúncios poderia ser vista, compartilhada e validada no blockchain. 
Assim, anúncios falsos, visualizações por robôs e entregas fraudulentas seriam 
identificadas e impedidas pela rede. Hoje já existem soluções específicas para isso, 
baseadas em blockchain, como o AdChain. Outra maneira de garantir a confiabilidade 
dos dados em transações é a adoção dos contratos inteligentes (smart contracts). 
Também já existem soluções para isso baseadas em blockchain,como o ClearCoin. 
Esse sistema adota um modelo de transações contínuas entre anunciantes e 
editores. Os pagamentos são liberados à medida que a campanha roda e entrega 
resultados. Para isso, o sistema compartilhado garante a confiabilidade das entregas, de 
acordo com os termos acordados, o que também evita fraudes na publicidade 
digital.Enfim, se você é um profissional de Marketing Digital, já sabe como esse mercado 
é dinâmico. A todo momento surgem novas tendências e tecnologias, e é preciso estar 
por dentro delas para aproveitar as melhores oportunidades. Blockchain, portanto, é uma 
das forças que pode mudar o mercado publicitário e digital nos próximos anos. Ao 
eliminar a necessidade de intermediários e trazer mais transparência para as 
transações, as marcas vão precisar adotar uma nova mentalidade de fazer negócios. 
Não se trata mais de uma palavra da moda ou de algo que apenas o “pessoal de 
TI” utiliza . Blockchain é um conceito que tende a se espalhar nos mais diversos tipos 
de negócios que estão em processo de transformação digital, em busca de mais 
eficiência e segurança para as suas transações. 
https://www.facebook.com/business/news/facebook-video-metrics-update
https://www.juniperresearch.com/press/press-releases/ad-fraud-to-cost-advertisers-19-billion-in-2018
https://www.juniperresearch.com/press/press-releases/ad-fraud-to-cost-advertisers-19-billion-in-2018
https://www.marketingmag.com.au/news-c/momentum-grows-calls-ad-agency-transparency-unilever-cmo-speaks-france-passes-landmark-law/
https://www.marketingmag.com.au/news-c/momentum-grows-calls-ad-agency-transparency-unilever-cmo-speaks-france-passes-landmark-law/
https://martechtoday.com/adchain-blockchain-launches-rescue-ad-tech-199424
https://clearcoin.co/
https://rockcontent.com/blog/internet-trends-report/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
25 
 
“Ela é uma tecnologia digital que permite reproduzir em 
pagamentos eletrônicos a eficiência dos pagamentos com cédulas 
de papel. Pagamentos com bitcoins são rápidos, baratos e sem 
intermediários. Além disso, eles podem ser feitos para qualquer 
pessoa, que esteja em qualquer lugar do planeta, sem limite 
mínimo ou máximo de valor.” ( Satoshi Nakamoto ) 
 
8. CRIPTOMOEDAS 
O que é esse gênero de moeda digital que promete transformar o sistema 
monetário físico , dentre o tema de criptomoedas , a principal intenção é difundir o 
assunto e comparar suas vantagens e difundir mais suas inovações no mercado 
financeiro e transações eletrônicas , esclarecer seu funcionamento. 
Fora as inúmeras vantagens que podemos detectar e que vem transformando a 
maneira de negociar no mundo muito em breve estará totalmente difundida pelo 
mercado e instituições financeiras e muitos perderam o temor de investir e acompanhar 
essa nova e segura forma de investir e efetuar pagamentos onde cada dia mais 
buscamos segurança , menos custos e tempo para efetuar , transações que precisamos 
realizar em nosso cotidiano. 
Existe um projeto de lei em Tramitação na Câmera dos Deputados de autoria do 
Dep. Aureo Ribeiro ,(Solidariedade-RJ), apresentado em 04/04/2019 , aguardando 
analise das comissões de Desenvolvimento Econômico , Tributação , Justiça e de 
Constituição . Daí seguirá ao plenário para votação . 
O projeto de lei em questão tem como finalidade criar um ambiente em que os 
elementos positivos da tecnologia do Blockchain sirvam a fomentar a higidez e 
transparência do Sistema Financeiro Nacional e ao mesmo tempo às necessidades da 
economia e aos anseios da população. 
Os benefícios da regulação para utilização das Criptomoedas e Tokens Virtuais 
são diversos. Essencialmente segura, a tecnologia, quando fomentada em ambiente 
regulado, constitui elemento instrumental à redução de fraudes nas relações comerciais, 
dada a imutabilidade de sua cadeia de blocos de dados. 
 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
26 
 
 Serve, por seu caráter público, ao combate à lavagem de dinheiro e à 
corrupção, utilidade que se mostra premente no atual contexto brasileiro. O esforço 
regulatório está presente em todos os países e deve estar também em um nível 
supranacional, visto que o alcance dos Estados sobre tais operações é limitado. Porém, 
justamente para permitir uma coordenação mais ampla e eficaz, não pode a regulação 
interna ser desmedida a ponto de tolher transações entre agentes nacionais e entre 
agentes nacionais e estrangeiros. O aspecto “sem fronteiras” é intrínseco às trocas de 
Criptomoedas e Tokens Virtuais, pelo que as regulações nacionais que incidem sobre 
tais operações não podem ser restritivas e congelar tal potencialidade ao tentar adequá-
las aos moldes de investimentos e ativos financeiros tradicionais. 
 A ideia é criar um ambiente em que essa tecnologia sirva para fomentar o 
Sistema Financeiro Nacional e as necessidades da economia e da população. Muito 
além de dinheiro virtual, a criptomoeda é caracterizada por utilizar a tecnologia 
blockchain, criada para tornar as transações digitais mais seguras, com um protocolo 
praticamente inexpugnável, quase impossível de ser violado por hackers. 
A ferramenta, podendo ser convertida em valores reais, garante, além de maior 
segurança, independência de uma autoridade financeira, como os bancos 
convencionais. A negociação, a cotação e a compra das criptomoedas se dão através da 
internet. Infográfico elaborado pelos autores. 
Para o Dr. Ranulfo Paiva Sobrinho, envolvido com a tecnologia blockchain desde 
2009 e professor colaborador do Instituto de Economia da UNICAMP, a importância 
histórica do Bitcoin está em mostrar que é possível criar um sistema financeiro muito 
melhor do que o existente. “O qual é passível de corrupção, adulteração de dados, altos 
custos de transação e sujeito às decisões de bancos centrais” explica o professor, 
evidenciando que o atual sistema financeiro têm contribuído para a criação de bolhas 
econômicas, que resultam em crises. 
Além de armazenamento de dinheiro e reserva de valor, as criptomoedas 
também são utilizadas como investimento, como é feito pelo estudante de Economia da 
Ufes, Lorenzo Kill. 
considera ínfimo o impacto das criptomoedas no mercado financeiro, mas, ainda 
assim, uma alternativa atrativa. “Considerando que as opções tradicionais de 
investimentos como títulos de dívidas de governos centrais estão com taxas de retorno 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
27 
 
iguais ou próximos a zero, e, alguns com taxas de juros negativos, as criptomoedas 
podem ser um investimento atrativo”. 
Ainda assim, para o professor, é necessário que os investidores adquiram mais 
conhecimento a fim de diferenciar as criptomoedas que representam modelos de 
negócios viáveis daqueles que são infrutíferos. Algumas pessoas estão aderindo à 
tecnologia para se protegerem de crises econômicas e dos efeitos danosos da inflação, 
como por exemplo, pessoas da Venezuela. 
Os professores do departamento de Economia da Ufes, Paulo Nakatani e 
Gustavo Mello, ao exercerem um estudo crítico às criptomoedas, afirmam que qualquer 
criptomoeda pode se tornar uma nova moeda nacional e até substituir o dólar. 
 
“Não há impedimentos para a substituição das moedas 
nacionais e do dinheiro mundial por qualquer moeda privada virtual na 
dinâmica de reprodução e expansão do capital, que atendam aos 
requisitos das leis gerais da circulação monetária sob as determinações 
do capital e às leis gerais da acumulação capitalista”. 
 
Alguns países como a Rússia, Venezuela e Cuba estão estudando a 
possibilidade de adesão às tecnologias de criptomoedas. Segundo o professor João 
Paulo Candia Veiga, isso acontece porque, por razões políticas e econômicas, os três 
países gostariam de ter uma alternativa digital ao dólar. 
O professor Paiva Sobrinho espera que, no futuro, as pessoas conheçam mais 
sobre o uso da tecnologia blockchain e comecem a ver que há aplicações muitomais 
interessantes que as criptomoedas. “Essas devem ser um recurso para facilitar as 
transações em negócios futuros que espero que possam contribuir para a regeneração 
deste Planeta” 
O Bitcoin é uma moeda online com tráfego de pagamento P2P (peer to peer), ou 
seja, ela não precisa de um servidor central intermediário. Qual a vantagem disso? 
Pense nas transações financeiras tradicionais: 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
28 
 
 Pagamento por boleto: Você gasta com transporte até o banco e além do 
tempo gasto na locomoção, o destinatário só recebe o dinheiro alguns dias depois. 
 Compras no cartão: Taxas no ato da compra, ou taxas de manutenção do 
cartão. 
 Transferências: Taxas para transferências e tempo de espera quando são 
entre instituições diferentes. 
No sistema P2P você não tem uma instituição financeira, por exemplo, mediando 
a compra, portanto ela é instantânea e com custo reduzido. Atualmente as transações 
online exigem mediação de instituições financeiras, já com o Bitcoin o processo será tão 
simples quando comprar um produto com uma cédula em uma loja física: Comprar uma 
camisa por R$ 65,00 em uma loja física: você entrega cédulas para chegar nesse valor, 
retira seu produto sem necessidade de um banco mediar a compra.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
29 
 
Na figura 1 , abaixo vemos uma relação das 14 moedas mais procuradas no mercado e 
suas variações no mercado . 
Movimentação do dia 10/06/2020 , com uma participação de 22.614 mercados , com 
5.563 criptomoedas . 
 
 figura 1 
 
 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
30 
 
O texto cria definições para criptoativos. Considera intermediador a pessoa 
jurídica prestadora de serviços de intermediação, negociação, pós-negociação e 
custódia. A emissão de criptoativos poderá ser realizada por pessoas jurídicas de direito 
público ou privado, estabelecidas no Brasil, desde que a finalidade seja compatível com 
as atividades ou com os mercados de atuação. 
A proposta altera a Lei do Mercado de Valores Mobiliários (6.385/76) para inserir 
a categoria dos criptoativos no rol de itens abrangidos pela norma e determinar que a 
CVM poderá dispensar o registro de atividades regulamentadas com a finalidade de 
instituir ambiente de testes de novas tecnologias e inovações, desde que considerando 
limites e restrições preestabelecidos. 
O texto insere no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) uma nova modalidade 
de crime de emissão de título ao portador sem permissão legal, destinada a abranger os 
criptoativos. A pena prevista é de detenção de 1 a 6 meses ou multa. 
Na Lei dos Crimes Contra a Economia Popular (1.251/51), a pena para “pirâmide 
financeira” (obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento de uma coletividade 
mediante especulações ou processos fraudulentos) passa a ser de reclusão de 1 a 5 
anos e multa. Atualmente, esse crime tem pena prevista de seis meses a dois anos e 
multa. 
Plenário ( PLEN ), foi apreciado em 13/06/2019 
 Apresentação do Requerimento n. 1746/2019, pelo Deputado Eduardo Cury 
(PSDB/SP), que "Requer a apensamento do Projeto de Lei nº 2.060, de 2019, ao 
Projeto de Lei nº 2.303, de 2015". 
 
9. POSIÇÕES OFICIAIS SOBRE CRIPTOMOEDAS 
O Itamaraty, embora tenha incluído no Edital do CACD o tema “Criptomoedas, 
blockchain e os impactos na economia mundial“, não conta ainda com posições ou 
declarações oficiais específicas sobre a temática. 
Por outro lado, em matéria de criptomoedas, alguns órgãos e fóruns vem 
desempenhando um papel mais ativo para monitorar desenvolvimentos recentes desse 
tema, sendo: 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-6385-7-dezembro-1976-357234-norma-pl.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1950-1959/lei-1521-26-dezembro-1951-362018-norma-pl.html
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
31 
 
 FMI; 
 Financial Stability Board; 
 G20; 
 Gafi/FATF; 
Nesse sentido, o Clipping recomenda que o candidato, seja no TPS ou em uma eventual 
prova discursiva, busque aproximar-se da posição desses fóruns internacionais, que 
mantêm uma visão mais equilibrada e objetiva sobre o tema, fugindo tanto dos extremos 
da criptoeuforia e do criptopessimismo presente em boa parte das publicações sobre o 
tema. Vale ressaltar que, no léxico desses fóruns, não se usa o termo “criptomoedas”, 
mas criptoativos. Essa opção terminológica deriva da própria incerteza sobre a 
capacidade do Bitcoin e dos mais de 2.000 alcoins preencherem as 3 funções clássicas 
da moeda: reserva de valor, unidade de conta e meio de troca. É recomendável que os 
candidatos, em uma prova aberta, prefiram a terminologia e a posição adotada pelo FMI, 
G20, Financial Stability Board e esses outros fóruns que vem dando destaque às 
discussões sobre criptoativos (a menos que o comando da questão sugira uma 
abordagem terminológica diferente.) 
No relatório do FMI denominado Global Financial and Stability Report, de Abril 
de 2018, são destacados 4 riscos dos criptoativos e seus impactos na economia 
mundial. 
 
 Riscos da integração de criptoativos em produtos financeiros: à medida em 
que surgem produtos financeiros e opções de investimento associadas a 
criptoativos, aumentam as chances de que investidores tradicionais optem por 
criptoativos para diversificarem seus portfólios. Com isso, aumentam as 
correlações entre criptoativos e ativos tradicionais e, em consequência, os riscos 
de transmissão de choques e crises. 
 
 Risco para modelo de negócio dos bancos: Uma eventual migração das 
moedas para os criptoativos pode trazer um risco significativo para o modelo de 
negócio dos bancos, que eventualmente podem passar a ter um papel reduzido 
no controle de sistema de pagamentos e concessão de empréstimo, etc. Uma vez 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
32 
 
que criptomoedas não contam ainda com a rede de segurança mínima, como a 
existente em torno do sistema bancário (regulações, etc), consumidores em 
particular e a economia podem ficar sujeitas a riscos mais evidentes. 
 Risco de transmissão de crise: Falta de transparência e o rápido 
desenvolvimento dos mercados de criptoativos podem causar problemas e crises 
que transbordam fronteiras. Isso ocorre sobretudo ao considerar as diferentes 
abordagem regulatórias em cada país e a falta de coordenação nas políticas de 
regulação de criptomoedas. 
 Risco de Lavagem de dinheiro e terrorismo: Pelo próprio desenho da 
tecnologia, criptoativos favorecem um alto grau de anonimato nas transações. 
Como resultado, pode ser usado como um mecanismo para lavagem de dinheiro 
e financiamento de terrorismo. Por essa razão, autoridades devem estar atentas 
para o desafio de regulação e supervisão de criptoativos. 
Embora o Relatório tenha levantado esses 4 riscos, a conclusão do FMI é de 
que criptoativos não representam um perigo imediato: 
Global Financial and Stability Report de 2018 do FMI :Em apenas 4 páginas do relatório, 
pode o candidato ter um entendimento detalhado dos 4 pontos listados acima (pag. 21-
26);Para além da perspectiva oficial do FMI sobre os criptoativos, é aconselhada a 
leitura dos seguintes breves textos de autoria de Christine Lagarde, Diretora-Gerente 
do FMI, cuja perspectiva pessoal corresponde, em linhas gerais, à perspectiva do FMI e 
abrange outros aspectos sobre Criptoativos, Blockchain e seus impactos na economia 
mundial. 
 Enfrentar o lado escuro do mundo das criptomoedas: para uma breve visão dos 
riscos associados ao uso de criptoativos e exemplos de superação desses riscos 
por meio da cooperação internacional; 
 Uma abordagem imparcial para os criptoativos: para uma breve visão das 
oportunidades associadas ao uso de criptoativo, com destaque para o uso de 
tecnologias como o DLT – distributed ledger technology(Blockchain e similares) 
para além dos criptoativos, como em certificações e smart contracts; 
http://www.imf.org/en/Publications/GFSR/Issues/2018/04/02/Global-Financial-Stability-Report-April-2018
https://www.imf.org/external/lang/portuguese/np/blog/2018/031318p.pdf
https://www.imf.org/external/lang/portuguese/np/blog/2018/041618p.pdf
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
33 
 
Posição do Financial Stability Board sobre criptomoedas 
O Financial Stability Board, é um órgão internacional fundado pelo G20 em 2009, 
com o objetivo de fazer recomendações sobre o sistema financeiro global. Esse órgão 
elaborou em 2018, a pedido dos Ministros das Finanças e governadores dos Bancos 
Centrais do G20, um relatório que chega a conclusões bem alinhadas com as 
conclusões pelo FMI sobre criptoativos: 
O Clipping recomenda fortemente aos candidatos Relatório do Financial Stability 
Board (apenas página 2): para o reforçar o entendimento do argumentos exposto pelo 
FMI, com destaque para o fato de que as linkagens dos criptoativos com o restante da 
economia ainda são limitadas. 
 Posição do G20 sobre criptomoedas 
Na Declaração de Osaka dos Líderes do G20, em Julho de 2019, há um 
parágrafo dedicado exclusivamente à temática dos criptoativos. Essa posição do G20 
endossa, de modo geral, a posição exposta no Relatório do Financial Stability Board, 
vista no tópico anterior, nos seguintes termos: 
As inovações tecnológicas podem trazer benefícios significativos para o sistema financeiro e 
para a economia em geral. Embora os criptoativos não representem uma ameaça à estabilidade 
financeira global neste momento, estamos monitorando de perto os desenvolvimentos e permanecemos 
vigilantes em relação aos riscos existentes e emergentes. Saudamos o trabalho em andamento no FSB 
e outros órgãos criadores de normas e pedimos que aconselhem sobre respostas multilaterais 
adicionais, conforme seja necessário. Reafirmamos nosso compromisso de aplicar os Padrões 
GAFI recentemente atualizados aos ativos virtuais e provedores relacionados, para combate à lavagem 
de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Saudamos a adoção da “Nota Interpretativa e Orientação”, 
do GAFI. Saudamos também o trabalho do FSB sobre as possíveis implicações das tecnologias 
financeiras descentralizadas e sobre como os reguladores podem envolver outras partes interessadas. 
Também continuamos a intensificar os esforços para aumentar a resiliência cibernética. (Declaração de 
Osaka dos Líderes do G20, parágrafo 17) 
É importante destacar que, pela primeira vez, o tema dos criptoativos mereceu 
tratamento específico em uma declaração de Cúpula do G20. É importante também 
destacar que o fato desse reconhecimento ter vindo na Cúpula de Osaka, no Japão, não 
https://www.fsb.org/wp-content/uploads/P180318.pdf
https://www.fsb.org/wp-content/uploads/P180318.pdf
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/20562-declaracao-de-osaka-dos-lideres-do-g20
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
34 
 
é um dado ao acaso, mas um reflexo do protagonismo do Japão em matéria de 
criptoativos. O Japão recentemente ultrapassou os EUA como o país com maior 
presença no mercado de criptoativos. 50% do câmbio de criptoativos-moeda local é feito 
com o Yen japonês e 44% é feito com o dólar americano. Juntas, as moedas japonesa e 
americana detém 94% da presença nas trocas envolvendo criptoativos. O Japão tornou-
se o primeiro país a regulamentar a atividade das casas de câmbio de moedas digitais, 
além de ter considerado o Bitcoin como um meio de pagamento legal e um ativo 
financeiro. 
Posição do GAFI sobre criptomoedas 
No tópico anterior, percebe-se que, na Declaração de Osaka, o G20 faz 
referência à nota interpretativa e orientação do Gafi no trecho: 
Reafirmamos nosso compromisso de aplicar os Padrões GAFI recentemente atualizados aos 
ativos virtuais e provedores relacionados, para combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do 
terrorismo. Saudamos a adoção da “ Nota Interpretativa e Orientação”, do GAFI. 
O Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento 
do Terrorismo (Gafi/FATF), é uma organização intergovernamental, fundada em 1989 
sob a iniciativa do então G7 para desenvolver políticas de combate à lavagem de 
dinheiro. As Recomendações do GAFI constituem-se como um guia para que os países 
adotem padrões e promovam a efetiva implementação de medidas legais, regulatórias e 
operacionais para combater a lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo. Em 
2001, no contexto do 11 de Setembro, seu mandato se expandiu e passou a abrigar 
combate ao financiamento de terrorismo. O Secretariado do Gafi/FATF fica na OECD, 
em Paris. O Brasil é membro do Gafi e vale lembrar que, recentemente, em Maio de 
2019, o Ministro da Justiça Sérgio Moro endossou a renovação do mandato do Gafi e 
reconheceu os trabalhos recentes desse órgão nos seguintes termos: 
Como o Gafi é considerado uma força-tarefa, passa a ser essa força-tarefa permanente, com 
a grande relevância de articular os standards internacionais, uniformizar as legislações e, também, 
fomentar a cooperação entre países nesta importante temática da lavagem de dinheiro e financiamento 
do terrorismo . A nota interpretativa do Gafi a que a Declaração de Osaka faz referência 
orienta países no sentido de que: 
http://www.fazenda.gov.br/assuntos/atuacao-internacional/prevencao-e-combate-a-lavagem-de-dinheiro-e-ao-financiamento-do-terrorismo/gafi
http://www.fazenda.gov.br/assuntos/atuacao-internacional/prevencao-e-combate-a-lavagem-de-dinheiro-e-ao-financiamento-do-terrorismo/gafi
https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-1555105847.55
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
35 
 
Para mitigar riscos oriundos de ativos virtuais, os países devem assegurar que ativos virtuais 
e provedores relacionados [currency exchanges, casas de câmbio que operam transações bitcoins-
moeda local, plataformas que trabalham com negociação de criptomoedas] sejam regulamentados para 
impedir lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo e licenciadas ou registradas e sujeitos a 
mecanismos de controle baseados em recomendações do Gafi. 
 
Recomenda-se aos candidatos a leitura da: 
 Nota Interpretativa à Recomendação 15 nas páginas 55 a 57 do Guidance for a 
Risk-Based Approach to Virtual Assets and Virtual Asset Service Providers: para o 
entendimento das recomendações gerais e o debate geral sobre a 
regulamentação das criptomoedas e provedores relacionados para combate de 
lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo (pags 55-57); 
Recomenda-se, também, aos candidatos a leitura do 
 Relatório do Gafi aos Ministros das Finanças do G20: basta leitura do parágrafo 
11 para compreender em detalhes as recomendações sugeridas para se tornarem 
standart internacional em matéria de regulamentação (parágrafo 11); 
 
10. Casos 
 Casos relevantes sobre criptomoedas 
Embora não seja o intuito desse post exaurir todos os casos recentes envolvendo o uso 
de criptoativos, listamos alguns casos que ilustram alguns riscos e oportunidades 
trazidos pelos criptoativos. 
 
http://www.fatf-gafi.org/media/fatf/documents/recommendations/RBA-VA-VASPs.pdf
http://www.fatf-gafi.org/media/fatf/documents/recommendations/RBA-VA-VASPs.pdf
http://www.fatf-gafi.org/media/fatf/documents/G20-April-2019.pdf
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
36 
 
 Caso AlphaBay: 
Em 2017, ano em que o Bitcoin atingiu seu valor recorde, uma operação liderada pelos 
EUA retirou do ar o AlphaBay, um marketplace de armas de fogo, drogas e armas 
químicas que, em dois anos movimentou cerca de 1 bilhão em criptoativos. Essa 
operação somente foi possível por ter envolvido a Europol e outras autoridades na 
Holanda, Canada, UK, França e Tailândia, o que destaca a importância da cooperação 
internacional em matéria de combate dos riscos advindos das criptomoedas. 
O que o casoilustra: A relevância da cooperação internacional no combate a riscos 
trazidos pelo uso de criptoativos para atividades ilícitas. 
Para saber mais: Massive blow to dark web activities after globally coordinated 
operation – Europol 
 Caso “Building Blocks” 
O World Food Program, da ONU, vem usando Blockchain no programa 
piloto Building Blocks com o intuito de efetuar transferência direta de dinheiro, sem 
mediação de instituições bancárias, para refugiados sírios na Jordânia. Trata-se de um 
projeto piloto que vem validando a ideia de que, para fins de assistência humanitária, o 
uso de criptomoedas e blockchain têm potenciais, como: a) as transferências via 
blockchain dispensam taxas bancárias (custo zero de transação), otimizando os 
recursos de programas de assistência; b) o uso do Blockchain protege os dados de 
pessoas em situação de vulnerabilidade e perseguição (refugiados), já que há a 
possibilidade de manutenção de anonimato dos donatários. Detalhe: a criptomoeda 
usada no programa não é Bitcoin, mas uma altcoin, o Ethereum. 
O caso ilustra: Potenciais de uso de criptomoedas para programas de assistência 
humanitária, com destaque para otimização de recursos e privacidade de pessoas em 
situação de risco 
https://www.europol.europa.eu/newsroom/news/massive-blow-to-criminal-dark-web-activities-after-globally-coordinated-operation
https://www.europol.europa.eu/newsroom/news/massive-blow-to-criminal-dark-web-activities-after-globally-coordinated-operation
https://innovation.wfp.org/project/building-blocks
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
37 
 
Para saber mais: Inside the Jordan refugee camp that runs on blockchain – Technology 
Review. 
 Caso do “Petro” venezuelano 
Em fevereiro de 2018, Maduro anunciou o lançamento do “Petro”, criptomoeda 
lastreada no petróleo. Trata-se da primeira criptomoeda oficialmente lançada por um 
governo. De acordo com Maduro, o Petro busca gerar “um sistema financeiro mais 
justo”. Segundo analistas, a criação do Petro visaria, sobretudo, a criar mecanismos 
para se contornar sanções aplicadas à Venezuela, viabilizando transferência de recursos 
sem o intermédio do sistema financeiro e captação de recursos via ICO (initial coin 
offering).O ICO (Initial Coin Offering) é um processo por meio do qual um projeto de 
criptomoeda arrecada fundos vendendo ao público suas moedas “recém-cunhadas”. 
Essa prática evita o rigoroso processo de captação exigido por bancos e instituições 
tradicionais. 
O que o caso ilustra: Potencial de criação de criptomoedas por governos e seu uso 
para contornar sanções internacionais e restrições quanto a captação de recursos. 
Para saber mais: Venezuela launches the Petro: its cryptocurrency – The Washington 
Post 
 Caso da Coreia do Norte 
Embora ainda não comprovado, relatórios têm levantado indícios de 
participações da Coreia do Norte em ataques cibernéticos que teriam resultado no 
roubo de mais de 2 bilhões de dólares de bancos e casas de câmbio especializadas em 
criptomoedas para financiamento de programa militar. Segundo notícias, especialistas 
da ONU dizem que “esses ataques contra câmbios de criptomoeda permitem que a 
Coreia do Norte gere receita de maneiras difíceis de serem rastreadas e sujeitas a 
menos supervisão e regulamentação do governo do que o setor bancário tradicional“. 
https://www.technologyreview.com/s/610806/inside-the-jordan-refugee-camp-that-runs-on-blockchain/
https://www.bbc.com/news/business-43133853
https://www.washingtonpost.com/news/worldviews/wp/2018/02/20/venezuela-launches-the-petro-its-cryptocurrency/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
38 
 
O que o caso ilustra: Possibilidade de haver roubo a provedores relacionados de 
criptoativos [currency exchanges, casas de câmbio que operam transações bitcoins-
moeda local, plataformas que trabalham com negociação de criptomoedas] e 
dificuldades de monitorar ou investigar esses casos em razão da fraca regulação a 
esses provedores. 
Para saber mais: Coreia do Norte roubou US$ 2 bi por meio de ciberataques, diz ONU – 
( Folha de São Paulo ). 
Caso do M-Pesa no Kenya 
Na África subsariana, existe a questão da inclusão financeira de cerca de 100 
milhões de pessoas que não possuem formalmente uma conta bancária. De acordo 
relatório do Banco Mundial, cerca de 1,7 bilhões de pessoas não tem uma conta 
bancária. A maior parte dessas pessoas estão na África ou Ásia. 
Em 2007, foi implantado no Kenya um sistema de transferência online por 
celulares chamado M-Pesa, que entrou em funcionamento em 2007. Desde 2013, o M-
Pesa permite transferência de Bitcoins. Como resultado, atualmente, qualquer pessoa 
pode transferir Bitcoins diretamente para outra pessoa no Kenya com zero custo de 
transação. Isso é significativo sobretudo em se tratando de um país no qual cerca de 3 
milhões de cidadãos migraram em busca de trabalho no exterior e precisam 
periodicamente fazer “remittances” (transferência de recursos a familiares que ficaram 
no país), mediante taxas de intermediários bancários. 
O que o caso ilustra: Criptoativos podem ser uma alternativa barata para 
transferências feitas por imigrantes, sobretudo em países em desenvolvimento onde é 
baixa a penetração de instituições bancárias tradicionais no mercado e onde as taxas 
bancárias oneram os custos de transação, inviabilizando, inclusive, transações de baixo 
valor. 
Para saber mais: Kenya diaspora remittances in East Africa – Business Daily 
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/08/coreia-do-norte-roubou-us-2-bi-por-meio-de-ciberataques-diz-onu.shtml
https://www.businessdailyafrica.com/datahub/Kenya-diaspora-remittances-top-in-East-Africa/3815418-5187522-vyrsde/index.html
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5254&m=db
39 
 
Vimos acima posicionamentos oficiais, após destacarmos alguns casos 
concretos de uso de criptoativos com as devidas recomendações de leitura. Inclusive 
com indicações de páginas e parágrafos mais relevantes. 
Propõe uma curadoria de leituras complementares para aprofundamento. 
 Examining the future of Bitcoin – Stratfor: Para uma análise dos diferentes 
impactos das criptomoedas em países em desenvolvimento e em países desenvolvidos. 
 Bitcoin and Geopolitics – Medium: Para uma análise sobre os casos da 
Venezuela e Coreia do Norte. 
 Crypto Rogue nations want to use blockchain to undermine the US dollar –
 The MIT Technology Review: Para entender os riscos de uso de criptomoedas para 
contornar sanções nos casos da Rússia, Irã e China. 
 Energy cost of Bitcoin – The Guardian: Para considerações sobre a 
natureza energo intensiva da atividade de mineração de criptoativos 
 The trust machine – The Economist: Para uma análise sobre outras 
aplicações do Blockchain para além das criptomoedas. 
A segurança das suas moedas é um quesito que você precisa ficar muito atento. 
A liberdade e a autonomia proporcionada pelo Bitcoin e demais criptomoedas também 
traz o seu custo. Como você não conta mais com as grandes instituições para guardar o 
seu dinheiro, você também não conta com o seu poder de segurança que o mantinha 
protegido contra ciberataques, segurança armada nas agências, cofres e etc. 
Uma vez de posse da sua chave privada você se torna totalmente responsável 
pela guarda delas. Note, não é possível armazenar as moedas em si, mas apenas a sua 
“chave privada” que na prática é uma sequência de caracteres únicos que dão acesso 
ao blockchain onde estão registrados o seu saldo em criptomoedas. Porém, calma, não 
precisa se alarmar. 
 
 
 
 
https://worldview.stratfor.com/article/examining-future-bitcoin
https://medium.com/@cryptoslawyer/bitcoin-and-geopolitics-c28e27017f76
https://www.technologyreview.com/s/614054/crypto-rogue-nations-want-to-use-blockchains-to-undermine-the-us-dollar/
https://www.theguardian.com/technology/2018/nov/05/energy-cost-of-mining-bitcoin-more-than-twice-that-of-copper-or-gold
https://www.economist.com/leaders/2015/10/31/the-trust-machine

Continue navegando