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Tutelas Coletivas do Consumo e Meio Ambiente Aula 1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL • TÍTULO II • DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS • CAPÍTULO I • DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Referência ao CONSUMIDOR na CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Interesses individuais homogêneos em casos de tutela coletiva, previsto no artigo 81, parágrafo único, inciso III do Código de Defesa do Consumidor. Será discutido como estes direitos se comportam neste tipo de tutela, uma vez que, se trata de direitos ou interesses individuais com a possibilidade de uma tutela coletiva devido a sua origem comum. Desta forma, será abordado como se comportam tais direitos, como são aplicados na esfera jurídica, os legitimados e como se comporta a questão da sentença e coisa julgado nestes casos específicos. Direitos Fundamentais TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS • Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: • XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; • CDC. Art. 4o A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: • I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; Uma importante referência ao MEIO AMBIENTE na CONSTITUIÇÃO FEDERAL • Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, BEM DE USO COMUM DO POVO e ESSENCIAL À SADIA QUALIDADE DE VIDA, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações DESTAQUE PARA 2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS • Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: • III-ADIGNIDADEDAPESSOAHUMANA; • IV - OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA; RELEVÂNCIA DOS TEMAS • CONSTITUIÇÃO FEDERAL • TÍTULO VII • DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA • CAPÍTULO I • DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA • Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: • V - defesa do consumidor; • VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; Referência aos Direitos Difusos e Coletivos • Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: • (...) • III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; • § 1o - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. I- O Interesse e o Direito Interesse público e interesse social; - Interesse público primário: afetos ao interesse da coletividade. Aqui reside a supremacia sobre o particular; - Interesse público secundário: concerne ao interesse patrimonial do Estado. Aqui impera a isonomia. II- Interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. Código de Defesa do Consumidor • Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercido em juízo individualmente, ou a título coletivo • Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: • I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato • II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base • III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. • Art. 5o OBS • LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data , quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; • LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: • a) partido político com representação no Congresso Nacional; • b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Lei 12.016/09 • Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. • Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: • I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; • II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. Aula. 2. Tutelas Coletivas: espécies de sanções e interesses Espécies de interesses tutelados Lembrança Constitucional: DIVISÃO ORGÂNICA DO PODER • Art. 2o São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Espécies de Interesses tuteláveis • Individual • Coletivo Obs. Direitos Coletivos e Políticas Públicas Considerações Preliminares • Atos Estatais que, antes de tratarmos das espécies de tutela, demandam considerações. • Lei / Ato administrativo / Sentença Espécies de interesses coletivos • DIFUSOS, COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS • Ambiental • Interesses de Consumo •Outros Interesses Coletivos (grupos raciais, étnicos e religiosos, patrimônio público e social, crianças, adolescentes, idosos, entre outros •Diferenças entre tutela Civil, Penal e Administrativa Exemplos com base no Meio Ambiente •Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. • (....) • § 3o As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Ainda nessa toada Ambiental. Sanções Penais • Lei 6.905/98 - Sanções Penais e Administrativas por atividades lesivas ao Meio Ambiente, entre outras providências • Art. 7o As penas restritivas de direitos sãoautônomas e substituem as privativas de liberdade quando: • Art. 8o As penas restritivas de direito são: • I - prestação de serviços à comunidade; II - interdição temporária de direitos; III - suspensão parcial ou total de atividades; IV - prestação pecuniária; V - recolhimento domiciliar. • Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: • I - suspensão parcial ou total de atividades; • II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; • III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. Na mesma lei... Sanções Administrativa • Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6o: • I - advertência; II - multa simples; III - multa diária; IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; V - destruição ou inutilização do produto; VI - suspensão de venda e fabricação do produto; VII - embargo de obra ou atividade; VIII - demolição de obra; IX - suspensão parcial ou total de atividades; X – (VETADO) XI - restritiva de direitos. Lei 6938/81- PNM- Aspecto Civil • Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: • (....) • § 1o - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. • CF 225 Interesses em espécie • DIREITO AO MEIO AMBIENTE • Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. • PNMA (Lei 6938/81) • Art 3o - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: • I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; Meio Ambiente Natural • Meio Ambiente Natural – (dispositivos importantes já mencionados anteriormente). • CF/88 - Art. 225- Meio Ambiente • Obs. Visão Biocêntrica x Visão Antropocêntrica • Lei 6938/81 – Política Nacional de Meio Ambiente Meio Ambiente Artificial - Exemplos • Política Urbana – CF/88 – Art. 182 • Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes • Lei 10.257/01 • Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: • I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; • CF/88 Meio Ambiente Cultural • Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. • (...) • Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: • I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. Meio Ambiente do Trabalho • CF/88 • Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: • • (...) • VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Relações de Consumo • Primeiramente, lembrar que o conceito de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos foi ofertado pela lei 8078/90 – CDC • CF/88 • Art. 5o (...) XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; • CF/88 –ADCT – Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. Princípios Gerais da Ordem Econômica – CF/88 • Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: • I - soberania nacional; • II - propriedade privada; • III - função social da propriedade; • IV - livre concorrência; • V - defesa do consumidor; • VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional no 42, de 19.12.2003) • VII - redução das desigualdades regionais e sociais; • VIII - busca do pleno emprego; • IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Lei 8078/90 - CDC Obs1. Um conceito de consumidor por equiparação no CDC Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. • Obs2. A defesa dos interesses do consumidor, consoante visto na CF/88, também se faz presente no âmbito da ordem econômica. Lei Federal 12.529/11 • Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica; altera a Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, e a Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985; revoga dispositivos da Lei no 8.884, de 11 de junho de 1994, e a Lei no 9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá outras providência Interessante observar • Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados: • I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; • II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; • III - aumentar arbitrariamente os lucros; e • IV - exercer de forma abusiva posição dominante. Parágrafo Terceiro do Art. 36 • § 3o As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem hipótese prevista no caput deste artigo e seus incisos, caracterizam infração da ordem econômica: • I - acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma: • a) os preços de bens ou serviços ofertados individualmente; • b) a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de bens ou a prestação de um número, volume ou frequência restrita ou limitada de serviços; • c) a divisão de partes ou segmentos de um mercado atual ou potencial de bens ou serviços, mediante, dentre outros, a distribuição de clientes, fornecedores, regiões ou períodos;• d) preços, condições, vantagens ou abstenção em licitação pública; • II - promover, obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme ou concertada entre concorrentes; • III - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado; •IV - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços; • V - impedir o acesso de concorrente às fontes de insumo, matérias-primas, equipamentos ou tecnologia, bem como aos canais de distribuição; • VI - exigir ou conceder exclusividade para divulgação de publicidade nos meios de comunicação de massa; • VII - utilizar meios enganosos para provocar a oscilação de preços de terceiros; • VIII - regular mercados de bens ou serviços, estabelecendo acordos para limitar ou controlar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, a produção de bens ou prestação de serviços, ou para dificultar investimentos destinados à produção de bens ou serviços ou à sua distribuição; • IX - impor, no comércio de bens ou serviços, a distribuidores, varejistas e representantes preços de revenda, descontos, condições de pagamento, quantidades mínimas ou máximas, margem de lucro ou quaisquer outras condições de comercialização relativos a negócios destes com terceiros; • X - discriminar adquirentes ou fornecedores de bens ou serviços por meio da fixação diferenciada de preços, ou de condições operacionais de venda ou prestação de serviços; • XI - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, dentro das condições de pagamento normais aos usos e costumes comerciais; • XII - dificultar ou romper a continuidade ou desenvolvimento de relações comerciais de prazo indeterminado em razão de recusa da outra parte em submeter-se a cláusulas e condições comerciais injustificáveis ou anticoncorrenciais; • XIII - destruir, inutilizar ou açambarcar matérias-primas, produtos intermediários ou acabados, assim como destruir, inutilizar ou dificultar a operação de equipamentos destinados a produzi-los, distribuí-los ou transportá-los; • XIV - açambarcar ou impedir a exploração de direitos de propriedade industrial ou intelectual ou de tecnologia; • XV - vender mercadoria ou prestar serviços injustificadamente abaixo do preço de custo; • XVI - reter bens de produção ou de consumo, exceto para garantir a cobertura dos custos de produção; • XVII - cessar parcial ou totalmente as atividades da empresa sem justa causa comprovada; • XVIII - subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou à utilização de um serviço, ou subordinar a prestação de um serviço à utilização de outro ou à aquisição de um bem; e • XIX - exercer ou explorar abusivamente direitos de propriedade industrial, intelectual, tecnologia ou marca. Ação Popular • LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; • Lei 4.717/65 Ação Civil Pública • CF/88 - Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: • (...) • III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; Lei 7.347/85 • Art. 1o Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei no 12.529, de 2011). • l - ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei no 8.078 de 1990) V - por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei no 12.529, de 2011). VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória no 2.180-35, de 2001) VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei no 12.966, de 2014); VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela Lei no 13.004, de 2014) Vedações à Utilização da ACP • Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória no 2.180-35, de 2001) Aula 3. Tutela Administrativa Ambiental Meio Ambiente Se tivéssemos que decompor o meio ambiente ao seu elemento mais simples? Pensar no conceito de meio ambiente.... o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; • PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Bem de uso e essencial a sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações e art. 170 VI (defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação). 5 Princípios: 1 . Princípio do Poluidor Pagador • Art. 225, par. 3o. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais, administrativa, independentemente de reparar os danos. • 1a vertente: evitar ocorrência de danos; • 2a vertente: ocorrido o dano, visa a reparação. 2. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO • Art. 225 – proteger e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações • (importância de estrutura de defesa e consciência ambiental) 3. PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO • Ação conjunta do Estado e da Sociedade na proteção e preservação do meio ambiente 4. Princípio da Informação Ambiental •Educação ambiental – art. 225, par. 1o., VI. Também atua nesse ponto o art. 220 (direito de informa e ser informado) 5. Princípio da Ubiquidade* • Levar em consideração questões ambientais no exercício de atividades, políticas e legislações CONCEITOS IMPORTANTES DA POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE Política Nacional de Meio Ambiente Lei no. 6938 de 31 de Agosto de 1981 • Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. • Art 3o - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: • I - meio ambiente*, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; • II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; • III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: • a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; • b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; • c) afetem desfavoravelmente a biota; • d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; • e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; • IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; • V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. (Redação dada pela Lei no 7.804, de 1989) ATENÇÃO!!! • Os dispositivos constitucionais a seguir demonstram – de modo exemplificativo - as diversas incumbências do Poder Público, as quais serão levadas a efeito mediante atividade administrativa. CF Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, IMPONDO-SE AO PODER PÚBLICO e à coletividade O DEVER DE DEFENDÊ-LO E PRESERVÁ- LO PARA AS PRESENTES E FUTURAS GERAÇÕES. • § 1o Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: • I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; • II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; • III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; • IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; • V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; • VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; • VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. • § 2o Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. • § 3o As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. • § 4o A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. • § 5o São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. • § 6o As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. • § 7o Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1o deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1o do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda Constitucional no 96, de 2017) CF - Competência Administrativa • Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: • VI - PROTEGER O MEIO AMBIENTE E COMBATER A POLUIÇÃO EM QUALQUER DE SUAS FORMAS; • VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; • XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; • Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Competência Legislativa • Seguramente, para falar de conduta administrativa, imperioso, antes, a previsão legal. Desta forma, importante a lembrança do art. 24 da Constituição Federal (c/c 30,II) Constituição Federal • Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) • VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; • Art. 30. Compete aos Municípios: • I - legislar sobre assuntos de interesse local; • II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; • PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL : art. 24, VIII Na definição Paulo Affonso de Leme Machado: • poder de polícia ambiental é a atividade da Administração Pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato em razão de interesse público concernente à saúde da população, à conservação dos ecossistemas, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividade econômica ou de outras atividades dependentes de concessão, autorização/ permissão ou licença do Poder Público de cujas atividades possam decorrer poluição ou agressão à natureza. Sanções Administrativas • Lei 9605/98 • Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA • Art. 70. CONSIDERA-SE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA AMBIENTAL: Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. • § 1o São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. • § 2o Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia. • § 3o A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade. • § 4o As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei. Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6o: • I - advertência; • II - multa simples; • III - multa diária; • IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; • V - destruição ou inutilização do produto; • VI - suspensão de venda e fabricação do produto; • VII - embargo de obra ou atividade; • VIII - demolição de obra; • IX - suspensão parcial ou total de atividades; • X – (VETADO) • XI - restritiva de direitos. DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – SISNAMA – Lei 6938/81 Lembrar do art. 23 da CF • Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: • VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - SISNAMA • Art. 6o Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: • I - ÓRGÃO SUPERIOR: O CONSELHO DE GOVERNO: Função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; • II - ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO: O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) Finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamenteequilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; • III - ÓRGÃO CENTRAL: A SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; • IV - ÓRGÃOS EXECUTORES: O INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA e o INSTITUTO CHICO MENDES (CONTINUA...). Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; • V - ÓRGÃOS SECCIONAIS: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; • VI - ÓRGÃOS LOCAIS: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; • § 1o - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA. • § 2o O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior. • § 3o Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada. • § 4o De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico científico às atividades do IBAMA. (Redação dada pela Lei no 7.804, de 1989) DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE • Art. 9o - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: • I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; • II - o zoneamento ambiental; • III - A AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS; • IV - O LICENCIAMENTO E A REVISÃO DE ATIVIDADES EFETIVA OU POTENCIALMENTE POLUIDORAS; • V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; • VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; • VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; • VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental; • IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. • X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; • XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; • XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. • XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. Importante Instrumento de Tutela Administrativa Ambiental: LICENCIAMENTO AMBIENTAL 2a Parte - Licenciamento Ambiental LC 140/11 • Art. 1o Esta Lei Complementar fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora. Licenciamento • licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental; Licença Ambiental • ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. Licenças ambientais • Art. 8o - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: • I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; • II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; • III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. EPIA • Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. • § 1o Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: • (....) • IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; • Somente é exigido em face de atividades que possam causar potencial significativo impacto ambiental. Não é qualquer atividade que se exige o estudo prévio de impacto ambiental • Art. 225 – mostra uma preocupação com o meio ambiente e traz a necessidade de se exigir o estudo prévio de impacto ambiental. (parag 1o. IV) • O poder público poderá exigir estudo prévio de impacto ambiental – tem uma diferença em relação ao licenciamento – somente é exigido em face de atividades que possam causar potencial e significativo impacto ambiental. Não é exigido para todas as atividades • Seu nome é bem sugestivo. É algo que se busca fazer antes que se venha a consumar qualquer dano ou possibilitar o exercício de atividade que possa causar dano ou significativo impacto ambiental – tem previsão constitucional e sua regulamentação é por resolução do CONAMA. (Res. N. 1/1986) • É um estudo multidisciplinar. Todas as questões que podem envolver qualquer tipo de impacto, esse estudo irá procurar todas as possíveis situações decorrentes da liberação daquela atividade no meio ambiente • É uma atividade técnica – diversos profissionais passam sua análise sobre sua área de conhecimento (química, social) • A atividade será suportada pelo empreendedor. Torna-se imprescindível para a liberação da atividade. • Se o empreendedor é quem custeia? A atividade é isenta ou não? Poderá ser influenciada. Por meio da responsabilidade ele poderá ser responsabilizado posteriormente, inclusive criminalmente na lei de crimes ambientais. Não é isenta, mas há mecanismos de proteção • Órgão ambiental – recebe o estudo prévio e defere ou indefere o licenciamento. Se todos os requisitos forem preenchidos olicenciamento será concedido pelo Estado • Se o estudo tiver impactos pode conceder o licenciamento? Ele não é vinculante quando aponta irregularidades. O órgão encarregado do deferimento ou indeferimento competente para licenciar poderá conceder ou não de acordo com seu entendimento. Ele poderá destoar do estudo prévio de impacto ambiental. Isto dificilmente ocorre. Na presença de pontos negativos pode outorgar a licença, mediante apontamentos. Se ele concede assume eventual risco pelo dano ambiental (lógica mais adequada para o professor) • Portanto estudo favorável, normalmente licença concedida. Na outra ponta, plano desfavorável poderá exigir os ajustes necessários ou conceder a licença a despeito dos riscos, onde neste caso assume a responsabilidade indireta pelo eventual dano ambiental. • O estudo é técnico e, portanto, não é de fácil entendimento. A constituição determina a publicidade. Para isso é obrigatório o RIMA – Relatório de impacto ambiental – busca simplificar e tornar acessível a linguagem do estudo prévio de impacto ambiental • Poderá esse estudo ainda ensejar uma audiência pública, viabiilzando um debate mais aprofundado. • O CONAMA traz a resolução 1/86 que regulamente o estudo prévio de impacto ambiental e quais atividades obrigatoriamente o exigem. É um rol exemplificativo. Se houver indícios que determinada atividade poderá causar significativo impacto ambiental o órgão licenciante poderá exigi-lo. Aula 4. Política Nacional das Relações de Consumo CF- Princípios Fundamentais • Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: • I - a soberania; • II - a cidadania • III-ADIGNIDADEDAPESSOAHUMANA; • IV - OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA • V - o pluralismo político. • Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição LIVRE INICIATIVA; . CF - Art. 5o • TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS • Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: • (...) • XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; ADCT • Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. CF – ORDEM ECONÔMICA • Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, princípios: observados os seguintes • I - soberania nacional; • II - propriedade privada; III - função social da propriedade; • IV - livre concorrência; • V - defesa do consumidor; • VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional no 42, de 19.12.2003) • VII - redução das desigualdades regionais e sociais; • VIII - busca do pleno emprego; • IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional no 6, de 1995) • Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: • I – (...) V - produção e consumo; • VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, § 1o No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. • § 2o A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. • § 3o Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. • § 4o A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. CF • Art. 30. Compete aos Municípios: • I - legislar sobre assuntos de interesse local; • II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; Código de Defesa do Consumidor - CAPÍTULO II Da Política Nacional de Relações de Consumo Art. 4o A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei no 9.008, de 21.3.1995) b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; c) pela presença do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; • VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; • VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros: I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. CAPÍTULO VII Das Sanções Administrativas Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa, baixarão normas relativas à produção, industrialização, distribuição e consumo de produtos e serviços. § 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do consumidor,baixando as normas que se fizerem necessárias. § 2° (Vetado). § 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o mercado de consumo manterão comissões permanentes para elaboração, revisão e atualização das normas referidas no § 1°, sendo obrigatória a participação dos consumidores e fornecedores. § 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem informações sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas: I - multa; II - apreensão do produto; III - inutilização do produto; IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente; V - proibição de fabricação do produto; VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; VII - suspensão temporária de atividade; VIII - revogação de concessão ou permissão de uso; IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade; XI - intervenção administrativa; XII - imposição de contrapropaganda. Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo. Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento administrativo, revertendo para o Fundo de que trata a Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de proteção ao consumidor nos demais casos. (Redação dada pela Lei no 8.656, de 21.5.1993) Parágrafo único. A multa será em montante não inferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equivalente que venha a substituí-lo. Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de proibição de fabricação de produtos, de suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cassação do registro do produto e revogação da concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou serviço. • • Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão temporária da atividade, bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das infrações de maior gravidade previstas neste código e na legislação de consumo. § 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à concessionária de serviço público, quando violar obrigação legal ou contratual. § 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem a cassação de licença, a interdição ou suspensão da atividade. § 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade administrativa, não haverá reincidência até o trânsito em julgado da sentença. Art. 60. A imposição de contrapropaganda será cominada quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às expensas do infrator. § 1o A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da mesma forma, freqüência e dimensão e, preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva. CDC e compromisso de ajustamento de conduta • Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as normas do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo que não contrariar suas disposições. • Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985: • "IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo". • Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: • "II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo". • Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes: • "Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor". Lei 7347/85 - LACP • Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor. (Incluído Lei no 8.078, de 1990) Aula 5. Tutela Administrativa III – Inquérito Civil • Investigação e Atribuições do Ministério Público • Inquérito Civil: noção e características MINISTÉRIO PÚBLICO ( Das funções essenciais a Justiça de acordo com a CF) • Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. • um órgão independente, que não está vinculado a nenhum dos Poderes. Sua independência é uma característica importante para que ele exerça a suas funções institucionais. • Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: • I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; • II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; • III - PROMOVER O INQUÉRITO CIVIL E A AÇÃO CIVIL PÚBLICA, PARA A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E SOCIAL, DO MEIO AMBIENTE E DE OUTROS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS; • IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; • V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; • VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí- • VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; • VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; • IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas • § 1o A LEGITIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA AS AÇÕES CIVIS PREVISTAS NESTE ARTIGO NÃO IMPEDE A DE TERCEIROS, NAS MESMAS HIPÓTESES, SEGUNDO O DISPOSTO NESTA CONSTITUIÇÃO E NA LEI. los, na forma da lei complementar respectiva; INQUÉRITO CIVIL Lei 7.347/85 • Art. 8o Para instruir a inicial, O INTERESSADO PODERÁ REQUERER às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. •§ 1o O MINISTÉRIO PÚBLICO PODERÁ INSTAURAR, SOB SUA PRESIDÊNCIA, INQUÉRITO CIVIL, ou REQUISITAR, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) diasúteis. • (vide art. 10 da LACP) • § 2o Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. Legitimidade para a propositura da ACP • Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: • I - o Ministério Público; II - a Defensoria Pública; III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; V - a associação que, concomitantemente: • a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; • b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. • (....) • § 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei na 8.078, de 11.9.1990) • O inquérito Civil é um Procedimento Administrativo, de caráter meramente informativo. Não tem natureza acusatória. Sua previsão legal está no Parágrafo 1o do artigo 8o da Lei da Ação Civil Pública. CNMP – Res 23/07 • Art. 1o O inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, será instaurado para apurar fato que possa autorizar a tutela dos interesses ou direitos a cargo do Ministério Público nos termos da legislação aplicável, servindo como preparação para o exercício das atribuições inerentes às suas funções institucionais. • Obs. Não é condição de procedibilidade para a ACP Objetivo •Aparelhar, instruir, a Ação Civil Pública. CNMP – Res. 23/07 • Art. 2o O inquérito civil poderá ser instaurado: • I – de ofício; • II – em face de requerimento ou representação formulada por qualquer pessoa ou comunicação de outro órgão do Ministério Público, ou qualquer autoridade, desde que forneça, por qualquer meio legalmente permitido, informações sobre o fato e seu provável autor, bem como a qualificação mínima que permita sua identificação e localização; • III – por designação do Procurador-Geral de Justiça, do Conselho Superior do Ministério Público, Câmaras de Coordenação e Revisão e demais órgãos superiores da Instituição, nos casos cabíveis. Antes do ajuizamento de uma Ação Civil Pública A instauração do inquérito civil público é obrigatória? Lei 7347/85 • Art. 9o Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. • § 1o Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público. • § 2o Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação. • § 3o A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento. • § 4o Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. • Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público. Será possível firmar um TAC em um IC? • § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. (Incluído pela Lei na 8.078, de 11.9.1990) (Vide Mensagem de veto) Algumas Reflexões • Inquisitivo? • Sujeito ao Contraditório? • Valor da provas? • Lesão ou ameaça a direito? Recurso? Mandado de Segurança? Aula 6. Ajustamento de Conduta Objetivos • O Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta é o ato jurídico pelo qual alguém assume perante o agente tomador legitimado a requerer a tutela judicial do conflito, o compromisso de reparar, mitigar ou compensar a ofensa, eliminar ou reduzir o risco, através do AJUSTE de SUA CONDUTA às EXIGÊNCIAS LEGAIS, FORMALIZANDO UM TERMO com força de título executivo extrajudicial. Legitimados para ACP • Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: • I - o Ministério Público; • II - a Defensoria Pública; • III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; • IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; • V - a associação que, concomitantemente: • a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; • b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico Art 5o Lei 7347/85 • § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. Partes no Ajustamento • Os TOMADORES (compromissários) • OS INTERESSADOS (compromitentes) Natureza • instrumento de natureza contratual e bilateral • Obs: a Administração Pública não pode transigi; Do objeto do Termo de Compromisso • o ajuste de determinada conduta às exigências legais, observadas condições de modo, tempo e lugar do cumprimento da obrigação, visando de mitigar os efeitos danosos causados pela conduta do interessado ou preveni-los. •O bem jurídico recebe a tutela em decorrência. Formalização • Qualificação • Considerandos • Cláusulas Aula 7 Ação Popular Ambiental Direito de Ação Art. 5o (...) XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário LESÃO ou AMEAÇA A DIREITO; Releitura Democrática do Processo • Contribuição do CPC, como leitura afinada à Constituição Federal COOPERAÇÃO DE TODOS OS SUJEITOS • Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Ainda no CPC NÃO SURPRESA • Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. • Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: • I - à tutela provisória de urgência; • II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III ; • III - à decisão prevista no art. 701 . CPC • Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. NOVOS TEMPOS • COOPERAÇÃO, NÃO SURPRESA E CONTRADITÓRIO COM PODER DE INFLUÊNCIA AÇÃO POPULAR AÇÃO DE HÁ MUITO CONHECIDA. A SEGUIR EXEMPLOS RETIRADOS DOS TEXTOS CONSTITUCIONAIS QUE A ELA SE REFERIRAM CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DO IMPÉRIO DO BRAZIL Império do Brazil Art. 157. Por suborno, peita, peculato, e concussão haverá contra elles acção popular, que poderá ser intentada dentro de anno, e dia pelo proprio queixoso, ou por qualquer do Povo, guardadaa ordem do Processo estabelecida na Lei. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL Dos Direitos e Garantias Individuais • Art 113 - A Constituição assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no País a inviolabilidade dos direitos concernentes à liberdade, à subsistência, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes: • 38) Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de nulidade ou anulação dos atos lesivos do patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios. REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL • Texto de 1937 – nada sobre ação popular República Federativa do Brasil • CF 67. Art. 150- § 31 - Qualquer cidadão será parte legítima para propor ação popular que vise a anular atos lesivos ao patrimônio de entidades públicas. • EC 69. Art. 153. § 31. Qualquer cidadão será parte legítima para propor ação popular que vise a anular atos lesivos ao patrimônio de entidades públicas. CF/88 - Art. 5o • LXXIII - QUALQUER CIDADÃO É PARTE LEGÍTIMA PARA PROPOR AÇÃO POPULAR QUE VISE A ANULAR ATO LESIVO ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, AO MEIO AMBIENTE e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Lei 4.717/65 • Art. 1o Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos Art. 1o § 1o - Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico. (Redação dada pela Lei no 6.513, de 1977) § 2o Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as conseqüências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos Voltando ao Texto Constitucional CF/88 - Art. 5o • LXXIII - QUALQUER CIDADÃO É PARTE LEGÍTIMA PARA PROPOR AÇÃO POPULAR QUE VISE A ANULAR ATO LESIVO ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, AO MEIO AMBIENTE e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Ato Lesivo LESÃO ou AMEAÇA a DIREITO • Ato lesivo que causou ou que pode causar lesão. O risco de lesão já se considera lesivo para efeito de ação popular Lei da Ação Popular • Art. 5o (...) • § 4o Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do impugnado ato lesivo Ação ou Omissão • Os atos lesivos sempre se depreendem de ação? Ou podem decorrer, também, de alguma omissão? • Patrimonial ou extrapatrimonial? Anular ato lesivo • Não se mostra como uma ação de responsabilidade civil por dano aos bens jurídicos que podem ser tutelados pela Ação Popular. • Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa. Lei 4.717/65 • Legitimidade Ativa: CIDADÃO • Art. 1o (....) • § 3o A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. MINISTÉRIO PÚBLICO • Art. 6o • § 4o O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo- lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. • Art. 9o Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7o, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação. • Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução. o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave. PERGUNTA • Será o Ministério Público parte legítima para promover uma AÇÃO POPULAR? AÇÃO CIVIL PÚBLICA • PRINCIPAL INSTRUMENTO DE DEFESA DE DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS; A PROPÓSITO, POR MEIO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA É POSSÍVEL DEDUZIR QUALQUER TIPO DE PEDIDO, DESDE QUE SE MOSTRE COMO ADEQUADO À TUTELA DO BEM JURÍDICO. LITISPENDÊNCIA • Quando uma ação se apresenta idêntica a outra que já está em curso. • Ações idênticas (mesmos elementos): • - mesma partes; • - mesma causa de pedir e; • - mesmo pedido PERGUNTA • PODEREMOS TER UMA LITISPENDÊNCIA ENTRE UMA AÇÃO POPULAR, PROMOVIDA PELO CIDADÃO E UMA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROMOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. • Trata-se de um caso hipotético, em que acerca do mesmo evento lesivo encontramos as duas ações envolvendo exatamente os mesmos pedidos e causa de pedir? • O domicílio eleitoral pode frustrar a legitimidade? STJ • PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO POPULAR. ELEITOR COM DOMICÍLIO ELEITORAL EM MUNICÍPIO ESTRANHO ÀQUELE EM QUE OCORRERAM OS FATOS CONTROVERSOS. IRRELEVÂNCIA. LEGITIMIDADE ATIVA. CIDADÃO. TÍTULO DE ELEITOS. MERO MEIO DE PROVA. • Resp 1.242.800/MS. Rel. Min. Mauro Campbell Marques Legitimidade Passiva Pessoa Jurídica de Direito Público Agentes públicos participantes Beneficiários diretos E no caso ambiental? Interessante. • III - Qualquer pessoa, beneficiada ou responsável pelo ato impugnado, cuja existência ou identidade se torne conhecida no curso do processo e antes de proferida a sentença final de primeira instância, deverá ser citada para a integração do contraditório, sendo- lhe restituído o prazo para contestação e produção de provas, salvo, quanto a beneficiário, se a citação se houver feito na forma do inciso anterior. Competência para a Ação Popular • Art. 5o Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município. ATENÇÃO Competência Absoluta e Relativa ABSOLUTA A competência absoluta NÃO pode ser modificada. - Matéria(exemplo: eleitoral) - Pessoa (mandado de segurança em face ato de órgão jurisdicional monocrático) - Funcional (em razão da atividade ou função do órgão jurisdicional – julgamento de recurso) RELATIVA • Compatível com a modificação da competência. - Valordacausa(juizadosespeciais) - Territorialidade(domicíliodoréu) Competência para a Ação Popular • Art. 5o Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município. Lei da Ação Civil Pública Lei 7.347/85 • Art. 2o As ações previstasnesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. • Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto Pergunta •Levando em consideração o local do dano (em que seu deu o ato lesivo), a competência relacionada à Ação Popular será absoluta ou será relativa? TRF 5 - Número do Processo: 201000000006637 • PROCESSO COMPETÊNCIA. COMPETÊNCIA LOCAL DO DANO. MODIFICAÇÃO POR CONEXÃO. JUÍZES COM COMPETÊNCIAS TERRITORIAIS DISTINTAS. IMPOSSIBILIDADE. AÇÃO ANTERIOR EXTINTA SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. RISCO DE DECISÕES CONTRADITÓRIAS. INEXISTÊNCIA. CONVENIÊNCIA PROBATÓRIA. CIVIL. CONFLITO DE AÇÃO POPULAR. FUNCIONAL ABSOLUTA. 1. Incidente no qual se busca definir quem é o juízo competente para julgar a Ação Popular 93.0006610-2: a 10a Vara da Seção Judiciária de Pernambuco (suscitante), para onde foi originalmente distribuída a ação, ou a 1a Vara da Seção Judiciária do Ceará (suscitado), onde tramitou outra ação popular (n. 92.0014974-0), supostamente conexa a esta. 2. Dado o viés eminentemente público que a inspira, a competência na ação popular é de caráter funcional. Mesmo não sendo a Lei n. 4.717/65 expressa quanto a isso, é possível colher no subsistema processual das ações coletivas (em cujo gênero se insere a ação popular) regras que, por analogia, apontam para tal solução, como o art. 2o da Lei n. 7.347/85 e o art. 93, I, do Código de Defesa do Consumidor. Modificação de Competência (relativa) Conexão e Continência • Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações QUANDO LHES FOR COMUM o PEDIDO ou a CAUSA DE PEDIR. • Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações QUANDO HOUVER identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. PERGUNTA Poderá ocorrer continência ou conexão entre uma ação civil pública e uma ação popular? OBS •O JULGAMENTO A SEGUIR É ANTERIOR AO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, CONTUDO, A RAZÃO DO JULGADO É A MESMA. TJSP- AGRAVO DE INSTRUMENTO No 0264204-89.2011.8.26.0000 • AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTINÊNCIA - Ação popular em trâmite na Justiça Estadual e ação civil pública promovida na Justiça Federal Processos que guardam relação, sendo o fato principal de discussão em ambos as irregularidades e vícios decorrentes da Concorrência Pública no 02/99 e seu consequente Contrato Ocorrência de continência (art. 104 do CPC), o que autoriza a reunião dos processos - A propositura daquela ação (ação civil pública) tem o condão de deslocar a competência desta (ação popular) para o Juízo da 2a Vara Federal de Guarulhos, evitando-se decisões contraditórias, em observância ao princípio da segurança AGRAVO DE INSTRUMENTO No 0264204-89.2011.8.26.0000jurídica - Decisão recorrida que determinou a remessa do feito para a Justiça Federal Decisão mantida Precedentes - Recurso improvido • LAP Rito • Art. 7o A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observadas as seguintes normas modificativas: • RITO COMUM – NOVO CPC Ministério Público • Atuará como Fiscal da Lei ou como sucessor processual. • Faculdade • LAP Art. 9o Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7o, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação. • Obrigação • LAP Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução. o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave. Contestação • IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital. Tutela Liminar • LAP Art. 5o Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município. • (...) • § 4o Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado. Julgamento Antecipado da Lide • V - Caso não requerida, até o despacho saneador, a produção de prova testemunhal ou pericial, o juiz ordenará vista às partes por 10 (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 48 (quarenta e oito) horas após a expiração desse prazo; havendo requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário. Pedido e Sentença • LAP • Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa. Coisa Julgada • LAP Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. Recurso e Recurso Necessário • Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo. Custas e ônus da Sucumbência • Isenção, exceto se houver comprovada má-fé. Prescrição • Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos. E Começa a contar da publicidade do ato lesivo • 1) Que tipo de legitimidade será a conferida pela ação civil Pública? • 2) é Possível que outro cidadão se habilitar como litisconsorte? • 3) Cabe reconvenção? • 4) Após 5 anos da ocorrência do ato lesivo, prescreve a possibilidade de utilização de AP. É possível ajuizar outro tipo de ação? • 5) A LAP se mostra eficiente para a tutela do meio ambiente?
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