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GT3- Os Núcleos de Prática Jurídica como forma de acesso à Justiça

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OS NÚCLEOS DE PRÁTICA JURÍDICA COMO FORMA DE ACESSO À JUSTIÇA 
 
 
RAMOS, Felipe dos Santos 
Estudante de Direito na 
Universidade Veiga de Almeida 
E-mail:lipesaramos@gmail.com 
 
 
RESUMO 
 
O trabalho a seguir tem como objetivo principal analisar como surgiram os Núcleos de 
Prática Jurídica como mecanismo pedagógico de ensino das faculdades de Direito, além de 
proporcionar acesso à Justiça, bem como descrever sua importância no âmbito do 
ordenamento jurídico brasileiro. Através de pesquisas bibliográficas acerca do tema, 
esperamos deixar claro que os NPJ’s são verdadeiros mecanismos essenciais para a 
concretização de direitos da população brasileira mais carente. 
 
Palavras-chave: Núcleo de Prática Jurídica. Acesso à Justiça. NPJ. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho visa apresentar como foram historicamente construídos os Núcleos 
de Prática Jurídica no Brasil, bem como descrever como o atual ordenamento jurídico 
pátrio encarra esse meio de acesso à justiça. 
Pretendemos com isso mostrar a importância dos NPJ’s como forma de permitir 
a população mais carente o acesso judicial para dirimir seus dilemas legais, além de 
mostrar sua importância para o processo pedagógico nas universidades e faculdades de 
Direito no país. 
Através de pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão, esse artigo se divide 
em quatro capítulos, sendo estudado no primeiro capítulo a definição do que vem a ser 
um Núcleo de Prática Jurídica, seguindo num segundo capítulo que mostra a construção 
histórica desse moderno meio de concretização da Justiça. Continuamos com um terceiro 
capítulo que aborda a atual legislação acerca dos NPJ’s, terminando no quarto capítulo 
que busca esclarecer a importância da presença desse organismo garantidor de direitos 
da população. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A formação acadêmica do aluno de Direito prevê a participação do estudante em 
situações simuladas e reais de atendimento ao público, de forma a fomentar a compreensão 
crítica e atual do funcionamento do sistema jurídico nacional. 
Tendo em vista essa preocupação academia foi que surgiram os Núcleos de Prática 
Jurídica, em verdade, verdadeiros prestadores de serviços de assistência jurídica integral e 
gratuita para a comunidade ao redor de sua localização. 
Entendidos como um escritório modelos onde os estudantes dos últimos períodos da 
faculdade de direito têm a oportunidade de praticar todo o conteúdo teórico aprendido, o 
Núcleo é uma espécie de estágio orientado, no qual os alunos por intermédio de um 
profissional habilitado prestam atendimentos gratuito e público, a população. 
Tal é a importância desses Núcleos, também conhecidos como NPJ’s, que o próprio 
Ministério da educação impôs sua criação para todas as Universidades e Faculdades do Brasil, 
conforme normas presentes nos artigos 2º, § 1º, inciso IX, e 7º, § 1º, da Resolução 09/2004 
do Conselho Nacional de Educação (CES/CNE - MEC), que instituiu as diretrizes curriculares 
do curso de graduação em Direito. 
Além disso, a própria Ordem dos Advogados do Brasil, conhecida também como 
OAB, em seu Regimento Geral do Estatuto da OAB, no art. 27, § 1º, facultou às instituições 
de ensino a criação dos Núcleos de Prática Jurídica como forma de proporcionar o estágio 
profissional de advocacia obrigatória para os estudantes de Direito. 
Diante dessa necessidade foram surgindo no nossos pais centenas de NPJ’s com um 
papel relevante no ensino do direito, aproximando os alunos de situações reais ou simuladas 
capazes de proporcionar uma reflexão e entendimento do funcionamento do sistema legal em 
nosso país. 
Nosso legislador não ficou omisso diante desse organismo, pois no Código de 
Processo Civil ,a Lei 13.105/2015, estabeleceu no seu artigo 183, § 3º, o prazo em dobro 
como prerrogativa dos Núcleos de Prática. 
 As atividades desenvolvidas em seu cerne permitem aos bacharéis uma formação de 
maior solidez resultante da conjuntura entre aulas teóricas e atividades práticas, o que sob a 
ótica educacional traduz-se em uma rica experiência. além de permitir a concretização da justiça 
para milhares de pessoas carentes é que não podem arcar com despesas processuais. 
 
 RESULTADOS ALCANÇADOS 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894974/artigo-183-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
Diante da análise de diversos artigos científicos sobre a importância dos Núcleos de 
Pratica Jurídica no Brasil, percebemos que não existe uma uniforme classificação do que vem 
a ser esse instituto , mas existe uma uniformidade quanto a sua importância e objetivo , que é 
servir de meio para o estudante de direito aprender praticas jurídicas de forma a complementar 
seus estudos, bem como servir de forma de acesso a ajustiça para a população regional carente 
de atendimento judiciário. 
A história dos cursos de Direito no Brasil nos mostra que o surgimento do NPJ está 
ligado a efetivação do cumprimento de estágio curricular obrigatório estabelecido tanto pelo 
Conselho Nacional de Educação, órgão pertencente ao Ministério da Educação, quanto por 
diretriz preconizada pela Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB. 
Atualmente, vemos que a legislação processual civil garante aos NPJ’s algumas 
prerrogativas similares aos da defensoria público, como o prazo em dobro para peticionar ações. 
Mas embora seja um mecanismo de acesso a justiça, sua função primordial é de aprendizagem, 
portanto a função pedagógica deve ser sempre pensada antes da função social de prestar 
serviços jurídicos a comunidade. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Chegamos à conclusão de que os NPJ são essenciais para o correto aprendizado dos 
discentes de Direito. E mostraram se também importante ferramenta para a concretização da 
Justiça principalmente para a população carente de atendimento de um advogado, visto que 
muitos não possuem condições de arcar com as custas de um advogado, bem como pelo fato de 
as defensorias públicas estarem abarrotadas de processos e filas que dificultam o correto 
atendimento aos mais necessitados. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
EID, Arnaldo Gaspar. O papel dos Núcleos de Prática Jurídica no ensino da Ciência do Direito. 
Disponível em http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=73e0f7487b8e5 
297#:~:text=As%20atividades%20do%20est%C3%A1gio%20supervisionado,negocia%C3%
A7%C3%B5es%20coletivas%2C%20arbitragens%20e%20concilia%C3%A7%C3%A3o%2C
. Acessado em 01 nov. 2020. 
 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação em Ensino Superior. 
Resolução n. 9, de 29 de setembro de 2004. Institui as diretrizes curriculares nacionais do curso de 
graduação em direito e dá outras providências. Disponível em 
https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2186/resolucao-ces-cne-n-
9#:~:text=Resolu%C3%A7%C3%A3o%20CNE%2FCES%20n%C2%BA%209%2C%20DE
%2029%20DE%20SETEMBRO%20DE%202004&text=Institui%20as%20Diretrizes%20Cur
riculares%20Nacionais,Revoga%3A%20N%C3%A3o%20revoga%20nenhuma%20Legisla%
C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 05 set. 2011 
 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Portaria n. 1.886, de 30 de dezembro de 1994. 
Fixa as diretrizes curriculares e o conteúdo mínimo do curso jurídico. Disponível em: 
http:www.oab.org.br/arquivos/pdf/LegislacaoOab/LegislacaosobreEnsinoJurídico. Acesso em: 
01 nov. 2020.

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