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2 PRINCIPAIS FÓRMULAS E PROPRIEDADES DAS DERIVADAS Nesta tabela, f, g, u e v são funções deriváveis de x, e k, a e n são constantes 1) [ k ] ’ = 0 2) [ x ] ’ = 1 3) [ k . f ] ’ = k. f ’ 4) [ f g] ’ = f ’ g ’ (sendo válida para mais de duas funções) 5) [ f . g] ’ = f ’ . g + f . g ’ 6) [ x n ] ’ = n . x n -1 7) [ u n ] ’ = n . u n – 1 . u ’ 8) 2 ' g ' g f - g ' f = g f 9) [ a u ] ’ = a u . ln a . u ' (para a > 0 e a 1) 10) [ e u ] ’ = u ' . eu 11) [ ualog ] ’ = aln u ' u (para a > 0 e a 1e u > 0) 12) [ u ln ] ’ = u ' u (para u > 0) 13) [ vu ] ’ = ' vu ln u 'u u v v1-v + (para u > 0) 14) [ sen u ] ’ = u ’ . cos u 15) [ cos u ] ’ = - u ’ . sen u 16) [ tg u ] ’ = u ’ . sec2 u 17) [ cotg u ] ’ = - u ’ . cossec2 u 18) [ sec u ] ’ = u ’ . sec u . tg u 19) [ cossec u ] ’ = - u ’ . cossec u . cotg u 20) [ arc sen u ] ’ = u' 1 - u 2 21) [ arc tg u ] ’ = 2u + 1 ' u 22) [ arc cos u ] ’ = 2u - 1 'u − 23) [ arc cotg u ] ’ = 2u + 1 'u − 24) [ arc sec u ] ’ = 1 - u u ' 2 u 3 25) [ arc cossec u ] ’ = 1 - u u ' 2 − u 4 PRINCIPAIS REGRAS DE DERIVAÇÃO (Neste quadro, u e v são funções deriváveis de x. Por outro lado, k, a, m e n são constantes.) FUNÇÃO DERIVADA 1. ky = com k 0'=y 2. xy = 1'=y 3. uky = com k '' uky = 4. vuy = ''' vuy = 5. muuuuy = ...321 com *Nm '...'''' 321 muuuuy = 6. nuy = com n '' 1 uuny n = − 7. vuy = ''' vuvuy += 8. muuuuy = ...321 com *Nm '.........'...'' 321321321 mmm uuuuuuuuuuuuy +++= 9. v u y = )0( v 2 '' ' v vuvu y − = 10. uay = com )10( aea aauy u ln'' = 11. uey = ueuy = '' 12. ualogy = com )0,10( uaea aln u ' ' = u y 13. uy ln= com 0)(u u ' u ' y = 14. vuy = com 0)(u u ln vu ' v 'u 1-vu v ' +=y 15. useny = uuy cos'' = 16. uy cos= usenuy −= '' 17. utgy = uuy 2sec'' = 18. ugy cot= uuy 2seccos'' −= 19. uy sec= utguuy = sec'' 20. uy seccos= uguuy cotseccos'' −= 21. usenarcy = u - 1 ' ' 2 u y = 22. uarcy cos= u - 1 ' ' 2 u y −= 23. utgarcy = 2u + 1 ' ' u y = • Definição de Derivada geral: x xfxxf x y dx df dx dy xfy xx −+ = ==== →→ )()( limlim)( ' ' 00 • Definição de Derivada em um ponto p: px )p(f)x(f lim (p)' f px − − = → • Velocidade Instantânea: )(' lim 0 ts dt ds t s v t i == = → • Aceleração Instantânea: )('' (t)' lim 0 tsv dt dv t v a t i === = → • Equação da reta tangente: )()(')( pxpfpfy −=− Normal: )( )(' 1 )( px pf pfy −−=− • Regra da Cadeia: dx du du dy dx dy = • Derivada da função inversa: dx dy dy dx = 1 5 FÓRMULAS E PROPRIEDADES DE INTEGRAIS 1) = dx )(kdx )( xfxfk 2) = dx )(dx )(dx )]()([ xgxfxgxf (sendo válida para mais de duas funções) 3) k n nx x + + + = 1 1 dx n (para 1−n ) 4) k x x |x| lndx 1 dx 1 - +== (para 0x ) 5) =+ + + + = -1n se , |x|ln -1n se , 1 1 dx n k k n nx x (resumindo as fórmulas (3) e (4)) 6) kx += dx (caso particular da fórmula (3)) 7) k u u |u| lndu ' += (extensão da fórmula (4) += kuduu ln 1 ) 8) kee x += dx x ou kedue uu += 9) k e e += .x .x dx (consequência da fórmula (8)) 10) k a a += a ln dx x x ( caso geral da fórmula (8)) 11) kee u += du u' u (extensão da fórmula (8)) 12) ku += cos- duu sen 13) ku += sen duu cos 14) k |u cos|ln-duu tg += 15) k |u sen |ln dxu cotg += 16) k u tgduu sec2 += 17) k u cotg-duu cossec2 += 18) k u sec dxu tgu sec += 19) k ucossec-duu cotgu cossec += 20) k u u tgarc du 1 1 2 += + 21) k au a u tgarc 1 du a 1 22 += + (extensão da fórmula (20)) 22) k u usen arc du 1 1 2 += − 23) k u a u sen arc du a 1 22 += − (extensão da fórmula (22)) 24) kaxdx ax +−= − ||ln 1 25) ++= kutguduu |sec|lnsec 26) du sec 3 u = kutguutgu +++ | sec|ln sec 2 1 27) Fórmulas de recorrência: Guidorizzi (2005) vol.1, pág 387, ex.4. 6 PRINCIPAIS FÓRMULAS E PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS 1) = du )(du )( ufkufk 2) = du )(du )(du )]()([ ugufuguf (sendo válida para mais de duas funções) 3) k n nu u + + + = 1 1 du n (para 1−n ) 4) k u u |u| lndu 1 du 1 - +== (para 0u ) 5) =+ + + + = -1n se , |u|ln -1n se , 1 1 du n k k n nu u (resumindo as fórmulas (3) e (4)) 6) kedue uu += 7) k a a += a ln du u u 8) ku += cos- duu sen 9) ku += sen duu cos 10) k |u cos|ln-duu tg += 11) k |u sen |ln dxu cotg += 12) k u tgduu sec2 += 13) k u cotg-duu cossec2 += 14) k u sec dxu tgu sec += 15) k ucossec-duu cotgu cossec += 16) k u u tgarc du 1 1 2 += + e k u a u tgarc a 1 du a 1 22 + = + 17) k u usen arc du 1 1 2 += − e k u a u sen arc du a 1 22 + = − 18) ++= kutguduu |sec|lnsec e +++= kutguutguduu ]|sec|ln[sec2 1 sec3 19) = du v- vu dvu (integração por partes) 20) kaxdx ax +−= − ||ln 1 • Algumas aplicações das integrais: +=+= == == dy )]('[1oudx )]('[1ArcodeoCompriment dy )]([Voudx )]([VVolume dy )(oudx )(Área 22 22 d c b a d c b a d c b a yfCxfC yfxf yfAxfA • 1cos 22 =+ sen 2cos 2 1 2 1 cos2 += 22 sec1 =+ tg 7 DEFINIÇÕES E FORMULÁRIO DE REVISÃO • Definição de Derivada geral: x xfxxf x y dx df dx dy xfy xx −+ = ==== →→ )()( limlim)( ' ' 00 • Definição de Derivada em um ponto p: px )p(f)x(f lim (p)' f px − − = → 1) Equação da Reta Tangente: p)-(x (p) ' )( =− fpfy • Equação da Reta Normal: )( )(p' 1 )( px f pfy −−=− • Velocidade Instantânea: )(' lim 0 ts dt ds t s v t i == = → • Aceleração Instantânea: )('' (t)' lim 0 tsv dt dv t v a t i === = → • Variação da Função: = 0 (x) ' f edecrescent Função 0 (x) ' f constante Função 0 (x) ' f crescente Função • Concavidade da Função: 0 (x) '' f baixo para Voltada 0 (x) '' f cima para Voltada • Ponto de máximo local: 0)(''0)(' = xfexf • Ponto de mínimo local: 0)(''0)(' = xfexf • Ponto de inflexão: 0)('''0)('' = xfexf • Regra da Cadeia: ( ) ( ) = = dx du du dy dx dy xgxgfxgf )(')(']')([ • Regra de L’Hospital: )(' )(' lim )( )( lim 0 0 xg xf xg xf px ou px → → = • Derivada da função inversa: dy dxdx dy 1 = • Derivação Implícita: dy dF dx dF dx dy yxF − == 0),( 8 • Primitivas ou Antiderivadas: =+= )( f(x)(x) ' Fk F(x) dx )( fDomxxf • Teorema Fundamental do Cálculo (TFC): )()()]([ )( aFbFxFdxxf b a b a −== onde bxaxfxF = ),()(' A integral definida significa, geometricamente, a medida da área da superfície limitada pelo gráfico da curva, pelo eixo dos x e pelas retas x = a e x = b. = b a dxxf )(Área • Integrais aplicações: = == == == FerraudoeRighettoVer xf tvd xfA b a b a b a Revolução de Superfície da Área dx )]([VVolume dt )(Distância dx )(Área 2 • Aplicação Física: == == )( ' )( pois ,dt )()( )( ' )( pois ,dt )()( tvtatatv tstvtvts Nota: As constantes serão determinadas pelas condições iniciais. • Integrais por partes: = = du v- vu dvu ou dx g(x)(x)'f - g(x) f(x) dx (x)'gf(x) • Integração por frações parciais: Seja −− dx xx xP )()( )( , com e P(x) um polinômio. Então: 1) Se o grau de P for estritamente menor que o grau do denominador (grau de P < 2), então: )()()()( )( − + − = −− x B x A xx xP e, assim, −− dx xx xP )()( )( = kxBxA ||ln||ln +−+− Resumindo: Com nm,,,, , temos: kxBxAdx x B dx x A dx xx nmx +−+−= − + − = −− + ||ln||ln)()( 2) Se o grau de P for maior ou igual ao do denominador, precisamos antes fazer a divisão. 9 • ALGUMAS FÓRMULAS ÚTEIS EM CIRCUITOS E MEDIDAS: TENSÃO CORRENTE POTÊNCIA RESISTÊNCIA iRv = R v i = Riivp == 2 INDUTÂNCIA dt di Lv = = dtvL i 1 dt di iLivp == CAPACITÂNCIA = dtiC v 1 dt dv Ci = dt dv vCivp == • POTÊNCIA MÉDIA: = T dtp T P 0 1 onde T é o período e 2 1 == T f • ENERGIA: = 2 1 t t dtpW ou T tW P = • ALGUMAS APLICAÇÕES DO CDI-1 À FÍSICA tvss tt ss t s v t += − − = = = 0 0 0 0 0 e tavv tt vv t v a t += − − = = = 0 0 0 0 0 Se tavv += 0 e em ,0=t temos ,0ss = então: 2 00 2 00 2 1 2 1 )( 0 tatvsskattvdttavs sk ++=++=+= = • Pesquisar: Trabalho e Resistência dos Materiais: Momento fletor e esforço cortante - SÉRIE DE TAYLOR: Seja f derivável até a ordem n no intervalo I e seja x0 I. O polinômio nn xxxf n xxxfxxxfxxxfxfxP )()( ! 1 ...)()(''' !3 1 )()('' !2 1 )()(')()( 00 )(3 00 2 00000 −++−+−+−+= denomina-se polinômio de Taylor, de ordem n, de f em volta de x0. • Definição de limites: −−== → |)(|0||0/)(,0)(lim px LxfpxseLxf • Limites especiais: 1) 1lim 0 = → x xsen x 2) e x x x = + +→ 1 1lim e x x x = + −→ 1 1lim e ( ) ex x x =+ → 1 0 1lim • CONTINUIDADE: f é contínua em x = p )()(lim pfxf px = → • Fourier: Pesquisar • Laplace: Pesquisar 10 • FUNÇÃO QUADRÁTICA (ou polinomial do 2o grau) y = a . x2 + b . x + c, com a 0 1) 2 x: temos,4b doconsideran e 0 22 a b cacxbxaSe − =−==++ 2) xx xx : temos0 21 21 2 −=+ = =++ a b a c cxbxaSe 3) )()( 21 2 xxxxacxbxa −−=++ 4) Vértice da parábola: V(xv, yv), onde: 2 x x 2 x 21V + = −= a b e a −= 4 yV 5) Decomposição de polinômios: )(...)()()()( 321 nn rxrxrxrxaxP −−−−= 6) Fatorações especiais: )...()( 122321 −−−−− +++++−=− nnnnnnn aaxaxaxxaxax • MÓDULO OU VALOR ABSOLUTO: − = 0 xse x, 0 x se x, || x • SOMATÓRIO: n n i i xxxx +++= = ...21 1 • GEOMETRIA ESPACIAL Prisma: = += AlturaBasedaÁreaVolume BasedaÁreaLateralÁreaTotalÁrea 2 Cilindro: = += == hrVolume LateralÁreaBaseÁreaTotalÁrea hrLateralÁrearBaseÁrea 2 2 ;2 2; Cone: = += == hrVolume LateralÁreaBaseÁreaTotalÁrea grLateralÁrearBaseÁrea 2 2 3 1 ; ; Esfera: = = 3 2 3 4 4 rVolume rÁrea 11 • FUNÇÃO EXPONENCIAL: 1a 0 a ay x = e, • Propriedades das potências: 1) n termos x ... x = xxn 2) nmnm xxx =+ 3) n m nm x x x =− 4) 1 n n x x =− 5) nmm xx = )( n 6) n m n m xx = 7) )0(10 = aa • FUNÇÃO LOGARÍTMICA: +== = +→ ..2,7182818. 1 1lim e :onde ,log x ln ,log x x x e x a x 0 x e 1a e 0 a y • Propriedades logarítmicas: 1) ( ) ( ) ( )B log A log BA log aaa += 2) ( ) ( )B log A log B A log aaa −= 2) ( ) ( ) A log n A log n aa = 4) base) de mudança como (conhecida B log A log log a a=A B 5) xa x a = log e por consequência xe x =ln • GEOMETRIA ANALÍTICA: 1) Duas retas não verticais r e s são paralelas se, e somente se os seus coeficientes angulares forem iguais, isto é: sr mmsr =// 2) Duas retas não verticais r e s são perpendiculares se, e somente se o produto de seus coeficientes angulares for igual a menos um, isto é: 1 −=⊥ sr mmsr ou r s m msr 1 −=⊥ • A equação de uma circunferência de centro C(xc, yc) e raio r é dado por: 222 )()( ryyxx cc =−+− . • Considerando a circunferência com centro na origem, temos: 222 )0()0( ryx =−+− 222 ryx =+ . 22 xry −= 2) Equação fundamental da reta: )x-(x p=− myy p , onde x y tgm == 12 TRIGONOMETRIA - Definições, Relação Fundamental e Algumas Consequências: 1) hip co hipotenusa oposto cateto ==sen 2) hip ca hipotenusa adjacente cateto cos == 3) ca co adjacente cateto oposto cateto ==tg ou cos sen tg = 4) sen g cos cot = ou tg g 1 cot = 5) cos 1 sec = 6) sen 1 cossec = 7) 1 cos 22 =+ sen 8) 22 s tg 1 ec=+ 9) 22 secctg1 osco =+ 10) Soma de arcos: +=− −=+ −=− +=+ bsen asen b cos a cos)(cos bsen asen b cos a cos)(cos a cosbsen b cos a )( a cosbsen b cos a )( ba ba senbasen senbasen 11) Arcos duplos: = −= cossen2 2 cos 2cos 22 sen sen 12) Relação fundamental trigonométrica e consequências: =−=− =+ 2222 22 cos1cos1 1cos senesen sen 13) Consequência da relação fundamental trigonométrica e arcos duplos: −= += 2cos 2 1 2 1 2cos 2 1 2 1 cos 2 2 sen 14) Transformação de soma em produto: − + −=− − + =+ + − =− − + =+ 2 2 2coscos 2 cos 2 cos2coscos 2 cos 2 2 2 cos 2 2 qp sen qp senqp qpqp qp qpqp senqsenpsen qpqp senqsenpsen 15) Lei dos Senos e Lei do Cossenos: −+= == Acbcba Csen c Bsen b Asen a ˆcos2 ˆˆ 222 13 PRIMITIVAS 1. INTRODUÇÃO Em muitos problemas, embora a derivada de uma função seja conhecida, torna-se necessário determinar a própria função. É o caso dos seguintes exemplos: • Um sociólogo que, conhecendo a taxa de crescimento da população, poderá usar tal dado para prever futuras taxas de crescimento daquela população; • Um físico que, conhecendo a velocidade de um corpo, será capaz de determinar a posição futura do corpo; • Um economista que, conhecendo a taxa de inflação, poderá fazer estimativas de preço, no futuro; • Entre outros. Ao processo de determinação de uma função a partir de sua derivada dá-se o nome de cálculo das primitivas ou integração. 2. DEFINIÇÃO Uma função F(x) para a qual F ’ (x) = f(x) para todo x pertencente ao domínio de f é uma primitiva (ou integral indefinida) de f. Exemplo: 1) Mostre que F(x) = 25 3 1 3 ++ xx é uma primitiva de f(x) = x2 + 5 Solução: F(x) é uma primitiva de f(x) F ’ (x) = f(x). Assim, derivando F(x), temos: F ’ (x) = x2 + 5 = f(x) 3. PRIMITIVA GENÉRICA DE UMA FUNÇÃO Uma função possui mais de uma primitiva. Por exemplo, F(x) = x3 é uma primitiva da função f(x) = 3x2, pois F ’ (x) = 3x2 = f(x). Da mesma forma, G(x) = x3 + 12 também é uma primitiva de f(x), pois a derivada da constante 12 é zero e G ’ (x) = 3x2 = f(x). Em geral, se F for uma primitiva de f, qualquer função obtida ao acrescentarmos uma constante a F também será uma primitiva de f. Na realidade, podemos obter todasas primitivas de f somando constantes a qualquer primitiva de f. Assim, se F e G forem primitivas de f, existe uma constante k tal que: G(x) = F(x) + k 4. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA Existe uma explicação geométrica simples para o fato de duas primitivas quaisquer de uma função diferirem entre si de um valor constante. Se F for uma primitiva de f, então F ’ (x) = f(x). Isto significa que, para cada valor de x, f(x) é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de F(x). Se G for outra primitiva de f, o coeficiente angular de sua reta tangente também é f(x). Logo, o gráfico de G é “paralelo” ao gráfico de F e pode ser obtido transladando-se verticalmente o gráfico de F. Assim, existe uma constante k, tal que G(x) = F(x) + k. A figura a seguir ilustra esta situação para várias primitivas da função f(x) = 3x2. Figura: Alguns exemplos das primitivas de 3x2 y = x3 + k 14 5. NOTAÇÃO DE INTEGRAÇÃO Costuma-se escrever: kxFdxxf += )( )( para exprimir o fato de toda primitiva de f(x) ser da forma F(x) + k. Por exemplo, para expressar o fato de toda primitiva de 3x2 ser da forma x3 + k, escrevemos: += kxdxx 323 O símbolo chama-se sinal de integração e indica que queremos encontrar a forma mais genérica da primitiva da função que o segue. O sinal de integração lembra um “S” alongado, que representa “SOMA”. Veremos, uma relação tão importante entre derivadas e somas, que recebe o nome de Teorema Fundamental do Cálculo. Na expressão += k F(x) dx )(xf , a função f(x) a ser integrada denomina-se integrando. A constante k (não especificada), acrescentada a F(x) a fim de tornar mais genérica a expressão da primitiva, denomina-se constante de integração. O símbolo dx que segue o integrando serve para indicar que x é a variável em relação a qual efetuaremos a integração. Definição da integral indefinida (ou primitiva) utilizando a notação de integral =+= Dom(f) x f(x), (x) ' F k F(x) dx )(xf 6. REGRAS DE INTEGRAÇÃO A integração é a operação inversa da diferenciação. Logo, podemos formular várias regras de integração partindo das correspondentes (porém no sentido inverso) regras de diferenciação (derivadas). 6.1 REGRAS DA POTÊNCIA PARA INTEGRAÇÃO Segundo a regra de potencia: 1−= nxnnx dx d , ou seja, para derivar uma função potência, retiramos uma unidade do expoente e multiplicamos o expoente original pela função elevada ao novo expoente. Enunciando esta regra no sentido inverso, teremos que, para integrar uma função potência, devemos aumentar seu expoente de uma unidade e dividir o resultado pela nova potência. Segue-se um enunciado mais preciso da regra. Para 1−n , + + + = knxnx 1 1n 1 dx ou seja, para integrar nx ( 1−n ), aumenta-se o expoente de uma unidade, e divide-se a função elevada ao novo expoente por este novo expoente. Para comprovar esta regra, basta observar que: nxnx n nnx ndx d = + + = + + 1 11 1 1 15 Exemplos: 1) Calcule as integrais a) +=++ = + k x k x dxx 413 413 3 b) +=+=+ + == + kxk x k x dxdxx 2 32 3 1 2 1 2 1 3 2 2 3 1 2 1 x c) kxk x k x dxx +=+=+= + + 3 5 3 5 3 5 1 3 2 1 3 2 3 2 . 5 3 d) +=+=++ === + kxk x k x dxdxdx 110 x 1 110 0 e) +=+=+ +− == +− − kxk x k x dxxdx x 2 2 1 1 2 1 1 2 1 1 2 1 2 1 A regra da potência vale para todos os valores de n, à exceção de n = - 1 (caso em que 1 1 +n é indefinido). 6.1.1. Como determinar uma primitiva de x–1 Precisamos determinar uma função cuja derivada é x 1 . O logaritmo natural ln x é a tal função, logo += k x ln 1 dx x . Na realidade, isto só é válido quando x for positivo, pois ln x não é definido para valores negativos de x. Quando x é negativo, segue-se que ln |x| é a primitiva de x 1 , pois, sendo x negativo, |x| = - x e x 1 x- 1- x)](- [ln|]x| [ln === dx d dx d . Quando x é positivo, segue-se que ln |x| é a primitiva de x 1 , pois sendo x positivo, |x| = x e x 1 x][ln|]x| [ln == dx d dx d . Assim, a integral de x 1 é dada por: k |x| ln 1 += dxx . 6.2. INTEGRAL DE ex A integração da função exponencial ex é trivial, pois ex é sua própria derivada. Assim, += k xedxxe 6.3. REGRAS DA CONSTANTE MULTIPLICADA E DA SOMA É fácil rescrever as regras de derivação para soma e constante multiplicada e transformá-las em regras de integração para estes casos. 6.3.1 Regra da constante multiplicada para integrais Para qualquer constante k, = dxxfkdxk )(f(x) ou seja, a integral de uma constante multiplicada por uma função é igual à constante multiplicada pela integral da função. 16 6.3.2. Regra da soma para integrais +=+ dxxgdxxfdx )()( g(x)]f(x)[ ou seja, a integral da soma é a soma de cada uma das integrais. Exemplo: 1) Calcule as integrais a) +== k5x1dx5 dx 5 b) ++=+++=+=+ ke x kek x dxedxxdxex xxxx 33 ][ 3 21 3 22 c) kxxek x xedxxdx x dxedxx x e xxxx +−+=+−+=−+= −+ 3 3 22 6 1 ||ln23 32 1 ||ln23 2 11 23 2 12 3 Nota: pelo exemplo c, temos que ao invés de adicionarmos uma constante a cada uma das 3 primitivas, basta adicionar apenas uma constante k ao final do resultado encontrado. 6.4 INTEGRAIS DE PRODUTOS E QUOCIENTES Não existem regras gerais de integração de produtos e quocientes. Ocasionalmente, conseguiremos exprimir um produto ou um quociente de uma forma integral, com o auxílio das regras já apresentadas. Exemplos: 1) Calcule dx x xx 523 3 5 −+ Fazendo a divisão indicada, temos: 322 333 5 3 5 523 523523 −− −+=−+= −+ xxx xx x x x x xx Assim, =+− − − +=−+=−+= −+ −−−−−− k xxx dxxdxxdxxdxxxxdx x xx 2 .5 1 2 3 3523 ]523[ 523 213322322 3 5 k xx x ++−= 2 3 2 52 2) Calcule dx x x 2 83 − − Fazendo a divisão indicada, temos : 0 84 84 42x- 82x 42 x2x- 2 8- x 2 2 223 3 +− − + − +++ − x x x xx x 42 2 8 2 3 ++= − − xx x x , pois 8)42).(2( 32 −=++− xxxx Assim: +++=+++=++=++=− − kxx x kx xx dxdxxdxxdxxxdx x x 4 3 4 2 2 3 14 2 ]42[ 2 8 2 323 22 3 17 APLICAÇÕES Nos exemplos que se seguem a taxa de variação é conhecida e o objetivo consiste em calcular a expressão da própria grandeza. Como a taxa de variação é a derivada, calculamos sua expressão por integração. Crescimento Populacional Exemplo: Estima-se que, daqui a t meses, a população de uma certa cidade variará segundo a taxa de t62 + pessoas por mês. A população atual é de 5.000 pessoas. Qual a população daqui a 9 meses? Solução: Seja P(t) a população da cidade daqui a t meses. Então, a derivada de P é a taxa de variação da população em relação ao tempo, ou seja, t dt dP 62 += Segue-se que a função população P(t) é uma primitiva de t62 + , ou seja, ++=+== ,42)t6(2dt )( 2 3 kttdt dt dP tP para alguma constante k. Para determinar k, usamos a informação de que a população atual (quando t = 0) é de 5.000, ou seja: ,000.54020000.5 2 3 =++= kk logo 000.542)( 2 3 ++= tttP e a população daqui a 9 meses será: 126.5000.59492)9( 2 3 =++=P Exemplos: 1) Um fabricante calculou que o custo marginal de uma produção de q unidades é de 3q2 – 60q + 400 reais por unidade. O custo de produção das duas primeiras unidades foi de R$ 900,00. Qual será o custo total de produção das cinco primeiras unidades? Solução: Vale lembrar que o custo marginal é a derivada da função custo total c(q). Logo, c’(q) = 3q2 – 60q + 400 e, portanto, c(q) deve ser a primitiva ++−=+−== ,40030 )400603( )(')( 232 kqqqdqqqdqqcqc para alguma constante k. O valor de k é determinado combase no fato de que c (2) = 900. Em particular, 900 = (2)3 – 30(2)2 + 400(2) + k k = 212 Então, c(q) = q3 – 30q2 + 400q + 212 e o custo de produção das 5 primeiras unidades é de: C(5) = (5)3 – 30(5)2 + 400(5) + 212 = R$ 1.587,00 2) Um fabricante constata que o custo marginal da produção de x unidades de uma componente de copiadora é dado por 30 – 0,02x. Se o custo da produção de uma unidade é R$ 35,00, determine a função custo e o custo de produção de 100 unidades? Solução: Seja C a função custo, então o custo marginal é a taxa de variação de C em relação a x, isto é: C ’ (x) = 30 – 0,02x 18 Logo kdxxdxxC +=−= 20,01x -30x C(x) )02,030( )( ' para algum k. Com x = 1 e C(1) = 35, obtemos: 35 = 30 – 0,01 + k, ou k = 5,01 Consequentemente C(x) = 30x – 0,01x2 + 5,01 Em particular, o custo da produção de 100 unidades é C(100) = 3.000 – 100 + 5,01 = R$ 2.905,01 3) Um fabricante de bicicletas espera que daqui a x meses os consumidores estarão adquirindo F(x) = 5.000 + 60 x bicicletas por mês ao preço de P(x) = 80 + 3 x u.m. (unidades monetárias) por bicicleta. Qual é a receita total que o fabricante pode esperar da venda das bicicletas durante os próximos 16 meses? Resposta: R’ (x) = F(x).P(x) R (x) = ... assim, R(x) = 7.267.840 Solução: R’ (x) = F(x).P(x) R’ (x) = [5000 + 60 x ] . [80 + 3 x ] R’ (x) = 400.000 + 15.000 x + 4800 x + 180x R’ (x) = 400.000 + 19.800 x + 180x Assim, ++ dxxx )180800.19000.400( = 400.000x+19.800 2 3 2 3 x + 2 180 2x +k=400.000x + 13.200 x 2 3 + 90x2 + k R(x) = 400.000 x + 13.200 x 2 3 + 90x2 (produção nula k = 0) Logo, R(16) = 400.000 (16) + 13.200 (16) 2 3 + 90 (16)2 R(16) = 6.400.000 + 844.800 + 23.040 R(16) = 7.267.840 unidades monetárias. 19 LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS 1) Nos problemas a seguir, calcule a integral indicada. Comprove as respostas obtidas, derivando-as. a) dxx 5 Resposta: k 6 x6 + b) dx x 1 2 Resposta: k x 1 +− c) dx5 Resposta: kx5 + d) +− dt)2t5t3( 2 Resposta: kt t tkttt ++−=++− 2 3 52 2 3 52 333 23 e) +− dy y 1 y 2 y3 3 Resposta: kyn y ykyn y y +++=+++ 1 1 21 1 2 2 3 2 2 3 f) + dxxx 2 ex Resposta: kx e kx e xx ++=++ 5 5 2 25 2 2 2 5 g) ++− du 2 u e u2 3 u3 1 2 2 Resposta: k u ue u unk u ue u un ++++=++++ 32 3 1 3 1 32 3 1 3 1 322 2 3 h) dx x 1x2x 2 2 ++ Resposta: k x xnx +−+ 1 1 2 i) −− dx x xx 5 1 )2( 23 Resposta: kxx 3 11 x 4 5 234 +−+− j) − dttt )1( 2 Resposta: kttktt +−=+− 37 3 2 7 2 3 2 7 2 2 3 2 7 20 21 PROCEDIMENTO DE INTEGRAÇÃO - INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO SIMPLES Algumas integrais não têm soluções imediatas, porém, através de uma mudança de variável adequada, muitas dessas integrais podem ser calculadas com uso das regras conhecidas. Considere a integral O objetivo desta técnica é transformar o integrando, que é uma função composta, em uma função simples. Entretanto, a técnica só funciona se no integrando aparece uma função (u) e sua derivada (c.u’), onde c *. Passo 1: Introduza a letra u para substituir alguma expressão em x que seja escolhida para simplificar a integral. Passo 2: Reescreva a integral em termos de u. Para reescrever dx, calcule dx du e resolva algebricamente como se o símbolo dx du fosse um quociente, lembrando dos diferenciais. Passo 3: Calcule a integral resultante e então substitua u por sua expressão em termos de x na resposta. Nota: Se o integrando é um produto ou quociente de dois termos e um termo é múltiplo da derivada de uma expressão que aparece no outro, então esta expressão é provavelmente uma boa escolha para u. Exemplos: 1) Calcule: + dxx 5)1( Solução: Fazendo: u = x +1, temos: dxdu dx du == 1 Logo, +=+==+ k u k u duudxx 66 )1( 66 55 = k x + + 6 )1( 6 2) k x dxx + + ==+ 8 )12( ... )12( 4 3 3) kxdxx ++==+ 3)75( 15 2 ...75 4) k x dxx + + ==+ 48 )12( ... x.)12( 83 273 5) kdxx +−== 16 )6x-(7 ...)6x-(7 . 3 42 3 2 6) k xx dx x x + +− −== +− − 5363 2 )13(15 1 ... )13(x )1( 7) k x dxxx + + ==+ 3 )1( ... 1 32 2 8) k xx dxxx + + − + ==+ 3 )1( 5 )1( ... 1 3252 23 (dica: u = 1 + x2 du = 2x dx) 9) kxxdxxxx +++==+++ 9282 )53(... )32()53(9 10) kxkdx x x ++=+ + == + 2 2 2 1ln 2 |x1| ln ... 1 22 11) kdx x x + − == − 2 |1x| ln3 ... 1 3 2 2 12) kdx x + + == + 3 |23x| ln ... 23 1 13) kxdx x x ++−+== + |x1| ln1... 1 (dica: u = 1 + x u – 1 = x e du = dx) 14) k x dx x + ++ == ++ + 2 382x3 ... 382x 63x 2 2 15) k e dxe x x +== 7 ... 7 7 16) k e dxex x x +== + + 4 ... . 2 23 4 4 17) k xs dx +== 4 )4(en ... (4x) cos 18) k xs dxx +== 2 )(en ... )(x cos. 2 2 19) kxdx x x +== sen2... cos (dica: xdx du xu 2 1 == ) 20) k x dx +−== 20 5cos ... 5x)sen 5x(cos 4 3 (dica: x dx du xu 5sen55cos −== ) 21) kdx x +== 3 x)(ln ... (ln x) 32 22) kdx x +== 2 x)(ln ... ln x 2 23) k x dx x +−== ln 1 ... ln x)( 1 2 24) kxdx x +== |ln| ln... ln x . 1 25) k n dx x + + == + 1 x)(ln ... (ln x) 1nn , }1/n { − n LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS 1) Prove, utilizando mudança de variável ou o método da substituição, que: a) +=− k |a-x| ln 1 dx ax , a b) += k x x edxe , * c) +−= k cos x dxxsen , * d) += k cos xsen dxx , * e) +−== k | xcos| ln cos dx x senx dxxtg f) +== k |sen x| ln cos cot dx xsen x dxxg 23 2) Resolva os exercícios a seguir utilizando o método de substituição: Exercício Resposta a) − dx)2x3( 3 b) − dx 2x3 c) dx x 23 1 − d) dx x − )23( 1 2 e) dx sen x 2x f) dxx 2xe g) dxx 3x2 e h) dxx 5sen i) dxxx 43 cos j) dxx 6cos k) dxxsenx cos3 l) dxxxsen cos 5 m) dx x 3 2 + n) dx x 34 5 + o) dx x x 41 2 + p) dx x x + 65 3 2 q) dx x x )41( 22 + r) dxxx 31 2 + s) + dxee xx 1 t) − dx )1x( 1 3 u) dx x x cos sen 2 v) dx e 2-xx a) k 12 )2x3( 4 + − b) k)2x3( 9 2 3 +− c) k2x3ln 3 1 +− d) k )2x3(3 1 + − − e) kxcos 2 1 2 +− f) ke 2 1 2x + g) ke 3 1 3x + h) kx5cos 5 1 +− i) kxsen 4 1 4 + j) kx6sen 6 1 + k) kxcos 4 1 4 +− l) kxsen 6 1 6 + m) k3xln2 ++ n) k3x4ln 4 5 ++ o) k)x41ln( 8 1 2 ++ p) k)x65ln( 4 1 2 ++ q) k x + + − )41(8 1 2 r) k)x31( 9 1 32 ++ s) ke x ++ 3)1( 3 2 t) k )1x(2 1 2 + − − u) k xcos 1 + v) ke 2 1 2x +− − 24 INTEGRAIS TRIGONOMÉTRICAS Sabemos que: • [ sen x ] ’ = cos x • [ cos x ] ’ = - sen x • [ tg x ] ’ = sec2 x • [ cotg x] ’ = - cossec2 x • [ sec x ] ’ = sec x . tg x • [ cossec x ] ’ = - cossec x . tg x Assim, • +−= kxdxx cos sen • += kxdxx sen cos • += kxtgdxx sec 2 • +−= kxgdxx cot seccos 2 • += kxdx sec x tg x sec • +−= kxdxx seccos x cotg seccos Exemplos: 1) Mostre, utilizando derivadas, que +−= kxdx | cos|ln x tg (caso i) cos x > 0 [ - ln | cos x | + k] ’ = [ - ln (cos x) + k] ’ = xtg x x x cos sen cos (-sen x) ==− (caso ii) cos < 0 [ - ln | cos x | + k] ’ = [ - ln (- cos x) + k] ’ = xtg xxcos sen x cos sen x == − − +−= kxdx | cos|ln x tg Nota de revisão: − = 0 xse , 0 xse , || x x x , logo: | x | = x se x 0 e | x | = - x se x < 0 2) Mostre, utilizando derivadas, que ++= kxdx | tg x sec|ln x sec (caso i) sec x + tg x > 0 [ ln | sec x + tg x | + k]’ = [ ln (sec x + tg x) + k]’ = x tg x sec sec x tg x sec 2 + + x = x x sec xtg ) sec x tg( x sec + + = sec x (caso ii) sec x + tg x < 0 [ln | sec x + tg x | + k]’=[ ln (- (sec x + tg x)) + k]’ = x) tg x (sec- sec x tg x sec- 2 + − x = x x sec xtg ) sec x tg( x sec + + = sec x ++= kxdx | tg x sec|ln x sec 3) +−== kxxdxdx tg 1)- x(sec x tg 22 Nota de revisão: sen 2 x + cos 2 x = 1 e 1 + tg 2 x = sec 2 x , pois: x xx xx x x 2 22 22 2 2 sec cos 1 cos sencos cos sen 1 == + =+ 25 4) ++=++= += kkdxdxos 4 2xsen 2 x 2 2xsen . 2 1 x 2 1 2x cos 2 1 2 1 x c 2 Nota de revisão: cos 2x = cos (x + x) = cos x . cos x - sen x . sen x = cos2 x - sen2 x = cos2 x - (1 - cos2 x) = 2 cos2 x - 1, logo cos 2x = 2 cos2 x - 1 cos2 x = x2cos 2 1 2 1 + 5) +−=+ +== kkdxcdx 4 2xsen 2 x 4 2xsen 2 x - x x)os-(1 x sen 22 6) =+ dxxx )cos(sen 2 ... = k x x +− 2 2cos (Sugestão: cos22 = sensen ) 7) =+ dxxx )cos(sen 2 ... = kxx +− 2cos 8) =+ dxxx )cos(sen 2 ... = kxsenx ++ 2 9) =dxx x 2cos 4sen ... = - cos 2x + k (Sugestão: cos22 = sensen ) 10) =+ dxxxsen )cos1( 2 ... = k x + + − 3 )cos1( 3 11) dx xgx cot cos 1 = dx xgx cot 1 cos 1 = ( )dxtgxx sec = sec x + k Nota de revisão: x x cos 1 sec = ; x x sen 1 seccos = ; x x xtg cos sen = ; xtg xg 1 cot = 12) Mostre, utilizando mudança de variável, que +−= kxdx | cos|ln x tg Solução: k | xcos|ln- k |u|-lndu 1 1- du 1 dx cos 1 dx cos dx * +=+=−==== uu senx xx senx xtg * u = cos x x dx du sen−= dxx du sen 1 = − 13) Mostre, utilizando mudança de variável, que += kxdx | sen|ln x cotg Solução: k |sen x|ln k |u|lndu 1 du 1 dx cos 1 dx cos dx cot * +=+===== uu x senxsenx x xg * u = sen x x dx du cos= dxxdu cos= 14) k xs dxx +== 2 )(en ... )(x cos 2 2 15) kxdx x x +== sen2... cos (Dica: xdx du xu 2 1 == ) 16) k x dx +−== 20 5cos ... 5x)sen 5x (cos 4 3 (Dica: x dx du xu 5sen55cos −== ) 26 17) Resolva a equação diferencial f ’’ (x) = 5 cos x + 2 sen x sujeita às condições iniciais f(0) = 3 e f ’ (0) = 4. Resposta: f(x) = -5 cos x – 2 sen x + 6x + 8 18) Resolva a equação diferencial f ’’ (x) = 16 cos 2x – 3 sen x sujeita às condições iniciais f(0) = -2 e f ’ (0) = 4. Resposta: f(x) = 3 sen x – 4 cos 2 x + x + 2. 19) Mostre, utilizando o método de substituição, que: (i) dxxxsen cos = k x + 2 sen2 (Faça: u = sen x) (ii) dxxxsen cos = k x +− 2 cos2 (Faça: u = cos x) 20) Mostre que dxxxsen cos = k x +− 4 2cos (Lembre-se: cos22 = sensen ) Solução: Como sen 2x = 2 sen x cos x xxsen xsen cos 2 2 = Assim, dxxxsen cos = k x kuduu du udxxdx x +−=+−==== 4 2cos cos 4 1 sen 4 1 2 sen 2 1 2sen 2 1 2 2sen ** * u = 2x 2= dx du e dx du = 2 21) Prove, utilizando o método da substituição, que +−= k cos x dxxsen , * Solução: +−=+== k cos k cos 1 * x u du usendxxsen * u = x = dx du e dx du = 22) Prove, utilizando o método da substituição, que += k cos xsen dxx , * Solução: +=+== k en k 1 os os * xs usen du ucdxxc * u = x = dx du e dx du = 27 28 TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO - INTEGRAÇÃO POR PARTES Suponhamos f e g funções definidas e deriváveis em um mesmo intervalo I. Temos, pela regra do produto: [ f(x).g(x)] ' = f ' (x).g(x) + f(x).g ' (x) ou f(x).g ' (x) = [ f(x).g(x)] ' – f ' (x).g(x) Supondo, então, que f ' (x).g(x) admita primitiva em I e observando que f(x).g(x) é uma primitiva de [f(x).g(x)] ' , então f(x).g ' (x) também admitirá primitiva em I e = dx )()('- g(x)f(x) dx )(')( xgxfxgxf (1) que é a regra de integração por partes. Fazendo u = f(x) e v = g(x), teremos du = f ' (x) dx e dv = g ' (x) dx, o que nos permite escrever a regra (1) na seguinte forma usual: = - vu duvdvu Suponha, agora, que se tenha que calcular dxxx )()( . Se você perceber que, multiplicando a derivada de uma das funções do integrando por uma primitiva da outra, chega-se a uma função que possui primitiva imediata, então aplique a regra de integração por partes. Exemplos: Calcule as seguintes integrais: 1) dx x cosx = ... = kxxx ++ cossen. 2) dx x senx = ... = kxxx ++− sencos. 3) dx x cos 2x = ...= kxxxxx +−+ sen2cos.2sen. 2 4) dx x senx 2 = ...= kxxxxx +++− cos2sen.2cos. 2 5) dx x cos xe = ... = kxx e x ++ )cos(sen 2 6) dx x sen xe = ... = kxx e x +− )cos(sen 2 29 7) Sabendo que += kxdxx ||ln 1 , mostre que: dxln x = x. (ln x – 1) + k Resposta: fazendo: f = ln x e g ’ = 1 dxln x = kxx +− )1(ln 8) Sabendo que: +=+ karcdx x x tg 1 1 2 , mostre que: dx x tgarc = =++−=++− kxxkxx 22 1ln x tgarc )1ln( 2 1 x tgarc 9) Sabendo que: += − karcdx x sen x 1 1 2 , mostre que: dxsen x arc = x .arc sen x + 21 x− + k 10) dx x cos 2 = ... = k xx ++ 4 2sen 2 11) dx x sen 2 = ... = k xx +− 4 2sen 2 12) Sabendo que ++= ktgxdxx |sec|lnsec e xxtg 22 sec1 =+ mostre que k ] | x tg x sec|ln x tg x[sec 2 1 sec3 +++= x . 13) Mostre, por integração por partes, que: kbxsenabxb ba e dxbxsene ax ax ++− + = ]cos[22 , com 0, ba . 14) Mostre, por integração por partes, que: kbxsenbbxa ba e dxbxe ax ax ++ + = ]cos[cos 22 , com 0, ba . 30 EXEMPLOS DE INTEGRAIS TRIGONOMÉTRICAS 1) Calcule dxx 2sec . Solução: kxtgdxx += 2sec 2) Calcule dxxtg 2 . Solução: kxxtgdxdxxdxxdxxtg +−=−=−= 1sec]1[sec 22 * 2 Onde: xxtg 22 * sec1 =+ 3) Calcule dxx 2seccos . Solução: kxgdxx +−= cotseccos 2 4) Calcule dxxg 2cot . Solução: kxxgdxdxxdxxdxxg +−−=−=−= cot1seccos]1sec[coscot 22 * 2 Onde: xxg 22 * seccoscot1 =+ 31 5) Calcule dxx sec . Solução: Multiplicando e dividindo o integrando por ,sec xtgx + temos: dx xtgx xtgxx dx xtgx xtgx xdxx + + = + + = sec secsec sec sec secsec 2 Considerando a substituição: dxxxtgxduxtgxu )sec(secsec 2+=+= Assim, ++=+== kxtgxkuduu dxx |sec|ln||ln 1 sec 6) Calcule dxx seccos . Solução: Multiplicando e dividindo o integrando por ,cotseccos xgx + temos: dx xgx xgxx dx xgx xgx xdxx + + = + + = cotseccos cotseccosseccos cotseccos cotseccos seccosseccos 2 Considerando a substituição: dxxxgxduxgxu )seccoscotseccos(cotseccos 2−−=+= Assim, ++−=+−=−= kxgxkuduu dxx |cotseccos|ln||ln 1 seccos 32 7) Utilizando resultados anteriores, calcule dxx 3sec . Solução: =−=−== dxxtgxxtgxtgxduvvudxxxdxx dvu secsecsecsecsec * 23 =−−=−= dxxxxtgxdxxtgxxtgx )1(secsecsecsecsec 2 ** 2 |sec|lnsecsecsecsecsec 3 *** 3 xtgxdxxxtgxdxxdxxxtgx ++−=+−= Onde: ===== xtgdxxvdxxdvdxxtgxduxu 22 * secsecesecsec xxtg 22 ** sec1 =+ += |sec|lnsec *** xtgxdxx Assim, kxtgxxtgxdxxxtgxxtgxdxx+++=++= ]|sec|ln[sec2 1 sec|sec|lnsecsec2 33 8) Mostre que kxgxxgxdxx +−−−= ]|cotseccos|lncotsec[cos2 1 seccos 3 . 33 LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS 1) Calcule as integrais indefinidas: a) dx e x x Resposta: (x – 1) e x + k b) dx e x2 x Resposta: e x (x2 – 2x + 2) + k c) dxln x x Resposta: fazendo u = ln x e dv = xdx => k2 1 xln 2 x2 + − d) dxln x 2x Resposta: fazendo: u = ln x e dv = x2dx k 3 1 xlnx 3 1 3 + − e) dx x sec 2x Resposta: fazendo: u = x e dv = sec 2 x dx x tg x + ln | cos x | + k f) dx (ln x) 2x Resposta: k 2 1 xln)x(ln 2 x 2 2 + +− g) dx (ln x) 2 Resposta: x (ln x)2 – 2x (ln x – 1) + k h) dx .e 2x x Resposta: k2 1 xe 2 1 2x + − i) dxsen x e -2x Resposta: k)xsen2x(cose 5 1 2x- ++− j) dx e 2x3 x Resposta: fazendo: u = x 2 e dv dxex x 2 = ke )1x( 2 1 2x2 +− k) dx xcos 23 x Resposta: fazendo: u = x 2 e dv = x.cos x2 dx k)xcosxsenx( 2 1 222 ++ l) dx2x cos e -x Resposta: fazendo: u = e -x e dv = cos 2x dx k)x2cosx2sen2( 5 e x +− − m) dxln x nx Resposta: k n x n xn + + − + + 1 1 ln 1 1 ( 1−n ) 2) Calcule as integrais definidas: Nota: resolva este exercício após a definição de integral definida. a) dxx 10 e x Resposta: 1 b) dx x ln 2 1 Resposta: 2 ln 2 – 1 c) dx x cose x2 0 Resposta: −1e 2 1 2 π d) 2 1 0 dxsen x arc Resposta: 1 2 3 2 1 sen rc 2 1 −+a = 1 2 3 12 −+ e) t dxxx 1 ln Resposta: 4 1 4 ln 2 22 +− t t t 3) Mostre, por integração por partes, que: kbxsenabxb ba e dxbxsene ax ax ++− + = ]cos[22 , com 0, ba . 4) Mostre, por integração por partes, que: kbxsenbbxa ba e dxbxe ax ax ++ + = ]cos[cos 22 , com 0, ba . 34 INTEGRAIS INDEFINIDAS DO TIPO: −− dx xx xP )()( )( Para calcular integrais desse tipo, precisamos do seguinte teorema. TEOREMA: Sejam n m, , β α, e então existem constantes A e B tais que: • )()()).(( − + − = −− + x B x A xx nmx • 22 )()()( − + − = − + x B x A x nmx Nota: A demonstração decorre da teoria sobre polinômios. Q(x) )( )-).(x-(x )( xR xP ( )xRxxxQxP +−−= )).().(()( , onde: )(xR tem grau menor que 2 Assim, podemos escrever: )).(( )( )( )).(( )( −− += −− xx xR xQ xx xP Lembre-se: +=− k |a-x|lndx 1 ax Prova: Fazendo: u = x– a 1= dx du du = dx e +=+==− k |a-x|lnk |u|lndu 1 dx 1 uax (c. q. d.) Exemplos: 1) − + dx 1 12 2x x = ... = kxx |1|ln 2 1 |1|ln 2 3 +++− Solução: )1()1()1).(1( 12 1 12 2 + + − = +− + = − + x B x A xx x x x = )1).(1()1).(1( )1.()1.( +− −++ = +− −++ xx BBxAAx xx xBxA = = )1).(1( )()( +− −++ xx BAxBA =− =+ 1 2 BA BA 32 =A 2 3 =A e 2 1 =B Logo − + dx 1 12 2x x = + + − dx 11 2 1 2 3 xx = + + − 1 1 2 1 1 1 2 3 dx x dx x = * Fazendo: u = x –1 1= dx du du = dx e v = x + 1 1= dx dv dv = dx Assim, * = + 1 2 1 1 2 3 dv v du u = kvu ||ln 2 1 ||ln 2 3 ++ = kxx |1|ln 2 1 |1|ln 2 3 +++− − + dx 1 12 2x x = kxx |1|ln 2 1 |1|ln 2 3 +++− 35 2) −− ++ dx 32 13 2 2 xx xx = ... = kxxx |1|ln 4 1 |3|ln 4 19 +++−+ Solução: 45x 1 32 32 13 2 22 + ++− −−++ xx xxxx Assim, 32 45 1 32 13 22 2 −− + += −− ++ xx x xx xx )1()3( )3()( )1()3( )3()1( )1()3()1).(3( 45 32 45 2 +− −++ = +− −++ = + + − = +− + = −− + xx BAxBA xx xBxA x B x A xx x xx x 4 19 A 4 1 14 43 5 === =− =+ eBB BA BA Logo: −− ++ dx 32 13 2 2 xx xx = =+ + − += + + − + dx )1( 1 4 1 dx )3( 1 4 19 dxdx )1( 4 1 )3( 4 19 1 xxxx = kxx |1|ln 4 1 |3|ln 4 19 x +++−+ 3) +− ++ dx 12 1 2 3 xx xx = ... = k x xx x )1( 3 |1|ln42 2 2 + − −−++ Solução: 14x 242 12 2 x 2 12 1 2 2 23 23 − −+− + +−+− +−++ xx x xxx xxxx Assim, 12 14 )2( 12 1 22 3 +− − ++= +− ++ xx x x xx xx 2222 )1( )( )1( )1( )1()1()1( 14 − +−+ = − +− = − + − = − − x BAAx x BxA x B x A x x 3 4 1 4 == −=+− = BeA BA A Logo: − + − ++= +− ++ dx x dx x dxx xx xx 22 3 )1( 1 3 1 1 4)2(dx 12 1 * = k x xx x )1( 3 |1|ln42 2 2 + − −−++ * Fazendo: 11 dxdu dx du xu ==−= e assim −=− == − − u u duudu u 1 1 1 12 2 Lembre-se : kaxdx ax +−= − ||ln 1 36 NOTA: Para calcular integrais do tipo − dx x xP n)( )( com *Nn , é mais interessante fazer a mudança de variável −= xu do que utilizar a segunda parte do teorema anterior. Ás vezes, torna-se mais fácil a resolução se for realizada a divisão de )(xP por nx )( − antes de aplicar a mudança de variável. Exemplos: 1) − + = −+− + dx )2( 1 8126 1 3 2 23 2 x x dx xxx x = ... = k xx x + − − − −− 2)2.(2 5 )2( 4 |2|ln Fazendo: 1 22 dxdu dx du euxxu ==+=−= Assim, ++= ++ = +++ = ++ = − + du uuu du u uu du u uu du u u x x 323 2 3 2 3 2 3 2 54154144 )( 1)2( dx )2( 1 = = +− − − −−=+−−=++ −− k xx xk uu uduuduudu u 22 32 )2(2 5 )2( 4 |2|ln 2 54 ||ln54 1 2) dx xx x +− + 12 2 2 3 = − + dx )1( 2 2 3 x x = ... = k x xx x + − −−+−+ − )1( 3 |1|ln3)1.(3 2 )1( 2 Fazendo: u = x – 1 u + 1 = x e du = dx Assim, − + dx )1( 2 2 3 x x = ++++ = ++ du 2133 du 2)1( 2 23 2 3 u uuu u u = +++ du u u u 2 3 3 3 = = k u uu u +−++ 3 ||ln33 2 2 = k x xx x + − −−+−+ − )1( 3 |1|ln3)1(3 2 )1( 2 37 LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS 1) Resolva as integrais do tipo −− dx xx xP )()( )( EXERCÍCIO RESPOSTA a) − dx 4x 1 2 b) − dx 4x x 2 c) dx 1x 1x5 2 − + d) dx xx 3x 2 − + e) dx 9x 3x 2 2 − + f) +− dx 6x5x x 2 g) − + dx )1x( 3x 2 h) − ++ dx xx 1xx 2 2 i) +− ++ dx 3x4x 1xx 2 3 j) −− dx 2xx 1 2 a) k x x + + − 2 2 ln 4 1 b) k4xln 2 1 2 +− c) kxxx +++− 5 2 5 1ln6 2 d) k1xln4xln3 +−+− e) k3xln23xln2x ++−−+ f) k3xln32xln2 +−+−− g) k 1x 4 1xln + − −− h) k1xln3xlnx +−+− i) k3xln 2 31 1xln 2 3 x4 2 x2 +−+−−+ j) k2xln 3 1 1xln 3 1 +−++− 38 INTEGRAIS INDEFINIDAS DO TIPO: −−− dx xxx xP )()()( )( Para calcular integrais desse tipo, precisamos do seguinte teorema. TEOREMA: Sejam p n, m, ,, β α, e , e distintos entre si, então existem constantes A, B e C tais que: • )()()()()()( 2 − + − + − = −−− ++ x C x B x A xxx pnxmx • 22 2 )()()()()( − + − + − = −− ++ x C x B x A xx pnxmx Nota: A demonstração decorre da teoria sobre polinômios. Exemplos: 1) −− ++ dx 2 12 23 4 xxx xx = ... = kxxx x |2|ln 2 7 ||ln 2 1 2 2 +−+−+ 2) +−− + dx 1 12 23 xxx x = ...= k x xx )1(2 3 |1|ln 4 1 |1|ln 4 1 + − −−++− =...= k xx x + − − + − )1(2 3 1 1 ln 4 Sugestão: Resolva também os exercícios do Guidorizzi, Vol. 1, 5 ed. pág. 378-379. 39 INTEGRAIS QUE RESULTAM EM FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS:ARCO TANGENTE E ARCO SENO – MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO SIMPLES De acordo com as derivadas calculadas no capítulo de derivadas, temos: +=+ k x tgdx x1 1 2 arc += − ksen x dx x1 1 2 arc Exemplos: 1) + dx x 5 1 2 = ... = kxtgarc + 5 5 5 5 Solução: + = + = + = + = + du u dx x dx x dx x dx x 5 1 1 5 1 5 1 1 5 1 5 1 1 5 1 5 15 1 5 1 2 * 2222 = kxtgarckutgarcdu u + =+= + = 5 5 5 5 5 5 1 1 5 5 2 * Fazendo: dxdu 5 5 1 5 === dx dux u 2) + dx x 24 5 = ... = k x tgarc + 2 2 5 Solução: = + = + = + = + = + * 22222 2 1 1 4 5 4 1 1 4 5 4 14 1 5 4 1 5 4 5 dx x dx x dx x dx x dx x =+ = + = du u du u 1 1 2 5 2 1 1 4 5 22 k x tgarckutgarc +=+ 2 2 5 2 5 * Fazendo: dxdu 2 2 1 2 === dx dux u 3) + dx x 223 2 = ... = kxtgarc + 3 6 3 6 Solução: =+ = + = + = + du u dx x dx x dx x 2 3 1 1 3 2 3 2 1 1 3 2 3 2 13 1 2 23 2 2 * 222 kxtgarckxtgarckutgarcdu u + =+ =+= + = 3 6 3 6 3 2 23 32 23 32 1 1 23 32 ** 2 * Fazendo: dxdu 2 3 3 2 3 2 === dx du xu ** Racionalizando: 3 6 2.3 62 2 2 . 23 32 23 32 === e 3 6 3 3 . 3 2 3 2 == 40 4) Sabendo que +=+ k x tgdx x1 1 2 arc , mostre que: + = + k a x tg 1 dx xa 1 22 arc a , com +a Solução: = + = + = + = + * 222 2 22 2 2 22 dx a x 1 1 a 1 dx a x 1 1 a 1 dx a x 1a 1 dx xa 1 = =+ = + du u1 1 a 1 du a u1 1 a 1 222 k tg 1 ku tg 1 +=+ a x arc a arc a * Fazendo: dxdu 1 === a adx du a x u 5) + + dx x x 9 1 2 = ... = k x tgarcx + ++ 3 3 1 )9ln( 2 1 2 Solução: + + dx x x 9 1 2 = + dx x x 92 + + dx x 9 1 2 * = 2 1 du u + + dx x 2 3 1 1 9 1 ** = duu 1 2 1 + + dv v 3 1 1 9 1 2 = = dxu 1 2 1 + + dv v 21 1 3 1 = karcxkarcu +++=++ 3 x tg 3 1 )9( ln 2 1 v tg 3 1 ||ln 2 1 2 * Fazendo: dx 2 du 292 xx dx du xu ==+= e * * dx3dv 3 1 3 === dx dvx v 6) + dx x x 41 = ... = ktgarc +2 x 2 1 Solução: * 41 = + dx x x k x tg 2 1 k u tg 2 1 1 1 2 1 21 1 2 22 +=+= + = + arcarcdu u du u * Fazendo: dx 2 du 22 xx dx du xu === 7) Utilizando o exercício anterior, mostre que: dx x + 2 0 24 4 = ... = 2 Solução: Comparando com o que provamos anteriormente, nesse caso a = 2, temos: dx x dx x + = + 2 0 2 2 0 2 4 1 .4 4 4 = = 2 02 x tg 2 1 .4 arc = − 2 0 tg 2 1 2 2 tg 2 1 .4 arcarc = − 0 tg 2 1 1 tg 2 1 .4 arcarc 2 8 .40 . 2 1 4 2 1 .4 = = − 8) Sabendo que += − ksen x dx x1 1 2 arc , mostre que + = − ksen dx xa 1 22 a x arc , com a>0. Solução: − = − = − = − = − du ua a dua ua dx 22 * 2 2 2 2 22 1 1 1 1 a 1 dx a x 1 1 1 a x 1a 1 dx xa 1 = = + =+= − karcdu u a x sen arc k u sen 1 1 2 (c. q. d.) * Fazendo: dxdu 1 === a adx du a x u 41 42 TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO - SUBSTITUIÇÕES TRIGONOMÉTRICAS Objetivo do cálculo: Desenvolver as capacidades de reflexão e de cálculo necessárias para o estudo da engenharia (ou tecnologia). As principais técnicas de integração são: • Método da substituição; • Integração por partes; • Por decomposição. • Frações parciais; • Integração de funções racionais; • Integração de funções irracionais; • Substituição trigonométrica; • Integrais impróprios de 1.ª e de 2.ª espécie; • Fórmulas de recorrências. Sabemos da importância da integração, principalmente as integrais definidas no cálculo da área de uma região compreendida entre a função dada e o eixo das abscissas (eixo x). Desta forma, duas questões nos fazem refletir: 1) Por que integrais envolvendo radicais são importantes? 2) Como calcular a área de um círculo, a área de uma elipse, utilizando integrais definidas? Nesse momento, motivados por estas duas questões estudaremos a técnica de integração por substituição trigonométrica. Pré-requisitos: • Integrais imediatas, primitivas. • Integração por substituição; • Integrais definidas; • Integrais por partes; • Geometria plana; • Geometria analítica; • Trigonometria. Objetivo específico da mudança de variável trigonométrica: Transformar expressões com radicais, em uma expressão trigonométrica sem radicais. Nota: A ocorrência de raiz no integrando é algo muito desagradável. Se perceber uma mudança de variável que a elimine, não vacile. Quadro resumo da substituição trigonométrica: (r > 0, e x é a variável) Expressão no integrando Substituição trigonométrica 22 xr − sen rx = 22 xr + tgrx = 22 rx − sec rx = Nota: Ao fazer uma substituição trigonométrica, admitimos que θ esteja no contradomínio da função trigonométrica inversa correspondente. Assim, para a substituição sen =x , temos − 22 , ou seja, − 2 , 2 , ou ainda, o ângulo está no 1o ou 4o quadrante. Neste caso, 0 cos e: cos | cos| || cos)1( 222222222 ===−=−=− rrrsenrsenrrxr 43 Exemplos: 1) Calcule: dxx − 21 Solução: Fazendo as mudanças: • xsenarcsenx == • ddx d dx coscos == • cos|cos| cos11 222 ===−=− senx Assim, dxx − 21 = d cos cos = d cos 2 = d 2cos 2 1 2 1 + = 24 1 2 1 sen+ k+ = = cos sen 2 4 1 2 1 + k+ = 2x-1 xsen x cos sen 2 1 2 1 + arc k+ dxx − 21 = 2x-1x 2 1 2 1 +xsenarc k+ = 2x-1x 2 1 +xsenarc k+ 2) Utilizando o resultado anterior, calcule: dxx − 1 0 21 Solução: dxx − 1 0 21 = ( ) 1 0 2x-1 xsen x 2 1 +arc = ( ) ( ) 0-10 0sen arc1-11 1sen arc 2 1 22 +−+ = 22 1 = 4 dxx − 1 0 21 = 4 3) Mostre que as substituições trigonométricas indicadas no quadro anterior, eliminam a raiz. 44 4) Aplicação: Prove, utilizando integral definida, que a área do círculo de raio r é dada por Ao = 2 r . Solução: Consideremos uma circunferência de raio r e de centro na origem (0, 0). Assim, a sua equação reduzida é dada por: 222 )0()0( ryx =−+− 222 ryx =+ . Isolando y e considerando-o como positivo, temos: 22 xry −= Geometricamente, temos: Assim, Ao = − r dxxr 0 224 Fazendo as devidas mudanças: • senrx = • cosr d dx = drdx cos= • .cos | cos|rcoscos)1( 2222222222 ====−=−=− rrrsenrsenrrxr • Se 0=x rsen=0 r senarc 0 = 0 senarc= 0= • Se rx = rsenr = r r senarc = 1 senarc= 2 = Logo, =+===− 20 2 0 222 0 2 0 22 2cos 2 1 2 1 coscoscos drdrdrrdxxr r = 2r 2 02 2 2 1 2 1 + sen = ( ) = +− + 0.2 4 1 0. 2 1 2 .2 4 1 2 . 2 12 sensenr = 2r ( ) 4 . 000. 4 1 4 2r =+− + Como Ao = − r dxxr 0 224 , temos: Ao = 2 2 4 . 4 r r = 2 0 rA = (c.q.d.) 456) Sem usar o resultado do exemplo 1, calcule: dxx − 1 0 21 Solução: Fazendo as mudanças: • senx = • ddx d dx coscos == • cos|cos| cos1sen11 222 ==−=−=− x • Se senx == 00 0 senarc= 0= • Se senx == 11 1 senarc= 2 = Logo, =+===− 20 2 0 22 0 1 0 2 2cos 2 1 2 1 coscoscos1 ddddxx = 2 02 2 2 1 2 1 + sen = ( ) = +− + 0.2 4 1 0. 2 1 2 .2 4 1 2 . 2 1 sensen 4 )00(0 4 1 4 =+− + dxx − 1 0 21 = 4 7) Calcule: dxx + 1 0 21 Solução: Lembre-se: du sec 3 u = kutguutgu +++ | sec|ln . sec 2 1 , fizemos anteriormente quando trabalhamos com integração por partes: ' 23 secsecsec gf xxx = , revise, se julgar necessário. Fazendo as mudanças: • tgx = • 2sec= d dx d sec2=dx • sec|sec| sec11 222 ===+=+ tgx • Se 0x = tg=0 0 g tarc= 0= • Se 1x = tg=1 1 g tarc= 4 = Assim, =+ dxx 1 0 21 dss 40 2 ec ec = ds ec 4 0 3 = 4 0| sec| ln tg sec 2 1 tg++ = = ( ) ++− ++ 0 0 sec ln0 tg0 sec 4 4 sec ln 4 tg 4 sec 2 1 tgtg = = ( ) ( ) |01|ln 01|12|ln 12 2 1 ++−++ = )12( ln2 2 1 ++ dxx + 1 0 21 = )12( ln2 2 1 ++ 46 8) Calcule: dxx + 21 Solução: Lembre-se: du sec 3 u = kutguutgu +++ | sec|ln sec 2 1 , fizemos anteriormente quando trabalhamos com integração por partes: ' 23 secsecsec gf xxx = , revise, se julgar necessário. Fazendo as mudanças: • tgx = • 2sec= d dx d sec2=dx • sec|sec| sec11 222 ===+=+ tgx Assim, =+ dxx 21 dss ec . ec 2 = ds ec3 = | sec| ln tg. sec2 1 tg++ + k = = kxxxx +++++ |1| ln .1 2 1 22 = kxxxx +++++ |1| ln1. 2 1 22 dxx + 21 = kxxxx +++++ |1| ln1. 2 1 22 9) Calcule: dxxr − 22 Solução: Fazendo as mudanças: • senrx = • cos r d dx = drdx cos= • .cos | cos|.cos.|| )sen1(sen 22222222 rrrrrrxr ===−=−=− Assim, dxxr − 22 = dr cos.r cos. = dr cos. 22 = d 2cos 2 1 2 1 .2 +r = + 2sen 4 1 2 1 .2r +k = = + cos sen 2. 4 1 2 1 .2r + k = + − r xarc r 22r r x r x sen 2 cos sen 2. 4 1 2 1 . + k = = − + r xr r x arcr 22 2 .. 2 1 r x sen 2 1 + k = − + 2 222 . r x sen 2 r xrx arc r + k dxxr − 22 = − + 2 222 . r x sen 2 r xrx arc r + k 47 MUDANÇA DE VARIÁVEL EM 222222 e, axaxxa −+− A integração de funções envolvendo radicais do tipo 222222 e, axaxxa −+− pode simplificar- se fortemente por meio do uso das variáveis senax = ou cos= ax , tgax = ou gax cot= , sec= ax ou seccos= ax , uma vez que as substituições referidas transformam os radicandos em quadrados perfeitos. Tais considerações decorrem diretamente da identidade trigonométrica fundamental e consequências dessa. 1cos22 =+ sen 22 sec1 =+ tg 22 seccoscot1 =+ g Por exemplo, as substituições senax = , tgax = e sec= ax transformam os radicais 222222 e, axaxxa −+− , respectivamente, em cosa , seca e tga . Integração por Substituição Trigonométrica - Adaptado de: Doherty Andrade Integrar é uma técnica, assim como derivar. Existem muitas técnicas de integração: integração por substituição, integração por partes, integração por frações parciais, integração por substituição trigonométrica. Todas bem simples, é só pegar o jeito. Continuando veremos a integração por substituição trigonométrica. Usada quando o integrando contém uma das seguintes formas 222222222 e, axbaxbxba −+− Vejamos alguns exemplos: 1) Para dxxba − 222 faça a substituição sen b a x = 2) Para dxaxb + 222 faça a substituição tg b a x = 3) Para dxaxb − 222 faça a substituição sec b a x = Fazendo essas substituições obteremos integrais na variável . A expressão da integral na variável original x pode ser obtida por meio do auxílio de um triângulo retângulo. Como se faz? Exemplo: Na integral − dxx 21 fazendo a substituição senx = , eliminamos o radical. Por outro lado, façamos um triângulo indicando a substituição trigonométrica realizada. Do triangulo observamos que senx = e 21cos x−= . 48 ANEXO I - LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS 1) Mostre que: − − 4 4 216 dxx = 8 2) Mostre que: − 4 0 216.2 dxx = 8 (interprete geometricamente o resultado) 3) Mostre que: − 3 0 29 dxx = 4 9 4) Mostre que: − 3 0 29.4 dxx = 9 (interprete geometricamente o resultado) 5) Mostre que: − 6 0 236.4 dxx = 36 (interprete geometricamente o resultado) 6) Indique uma mudança de variável que elimine a raiz do integrando a) − dxx 29 Resposta: senx 3= b) + dxx 29 Resposta: tgx 3= c) − dxx 9 2 Resposta: sec3=x d) − dxxx 22 1 Resposta: senx = e) − dxx 243 Resposta: senx 2 3 = Solução: −= −=− 2 22 3 2 13 3 4 1343 x xx , pois: se xsen x sen == 2 3 3 2 f) − dxx 245 Resposta: senx 2 5 = g) − dxx 241 Resposta: senx 2 1 = Solução: cos|cos|cos)(1)2(1 222 ===−=− senx , pois: senxxsen 2 1 2 == h) + dxx 243 Resposta: tgx 2 3 = i) −− dxx 2)1(1 Resposta: sec1+=x Solução: senxsenx +==− 11 j) − dxxx 1 Resposta: ou 0,1 2 += uux Assim =+=− ...2)1(1 2 duuuudxxx Outra forma: tgtgxx ==−=−= 222 1sec1sec . Assim, ...sec2sec2sec1 2422 ===− dtgdtgtgdxxx 7) Mostre que: k r xrx arc r dxxr + − + =− 2 222 22 r x sen 2 8) Mostre que: + dxx 21 = ( ) k| x tg x sec|ln x x tgecs 2 1 +++ Dica: du sec 3 u = kutguutgu +++ sec|ln . sec 2 1 49 Referências: FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, B. G. Cálculo A: Funções, Limite, Derivação, Integração, 5a ed. São Paulo: Makrow Books, 1992. FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, B. G. Cálculo B: Funções de Várias Variáveis, Integrais Duplas e Triplas. São Paulo: Makrow Books, 1999. FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, B. G. Cálculo C: Funções Vetoriais, Integrais Curvilíneas, Integrais de Superfície. São Paulo: Makrow Books, 1999. GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo, 5a ed. Vol. I, São Paulo: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2001 GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo, 5a ed. Vol. II, São Paulo: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2001 GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo, 5a ed. Vol. III, São Paulo: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2001 GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo, 5a ed. Vol. IV, São Paulo: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2001 HOFFMANN, L. D., Cálculo: Um Curso Moderno e suas Aplicações, 7a ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2004. RIGHETTO, A.; FERRAUDO, A. S. Cálculo Diferencial e Integral. Vol. I, São Paulo: IBEC – Instituto Brasileiro de Edições Científicas Ltda, São Paulo, 1982 RIGHETTO, A.; FERRAUDO, A. S. Cálculo Diferencial e Integral. Vol. II, São Paulo: IBEC – Instituto Brasileiro de Edições Científicas Ltda, São Paulo, 1982 Bibliografia de Apoio: ANTON, H. Cálculo, um novo horizonte. Trad. Cyro de C. Patarra e Márcia Tamanaha. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, Vol.I, 2000. ANTON, H. Cálculo, um novo horizonte. Trad. Cyro de C. Patarra e Márcia Tamanaha. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, Vol.II,2000. LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. Vol. I, São Paulo: Harbra, 1986. LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. Vol. II, São Paulo: Harbra, 1986. MUNEN, F. Cálculo. Vol. II, Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A., 1982. LARSON, H. E. Cálculo com Aplicações. Trad. Alfredo Alves de Farias. Rio de Janeiro: LTC, 1995. SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com Geometria Analítica. 2. ed. Vol. I, São Paulo: Makrow Books, 1994. SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com Geometria Analítica. 2. ed. Vol. II, São Paulo: Makrow Books, 1994. SIMMONS, G. Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: McGraw-Hill, v. 2, 1987. 50 51 INTEGRAL DEFINIDA (Adaptado de Guidorizzi, 2005, vol.1, 5 ed. p. 299ss) Objetivo: Introduzir o conceito de integral de Riemann, suas propriedades e aplicações. 1. Partição de um intervalo Uma partição P de um intervalo [a, b] é um conjunto finito P = {x0 , x1 , x2 , x3 , ... , xn}, onde: a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b Uma partição P de [a, b] divide [a , b] em n intervalos [xi-1 , xi], i = 1, 2, ..., n A amplitude do intervalo [xi-1 , xi] será indicada por ix = xi-1 - xi. Assim, x1 = x1 – x0 ; x2 = x2 – x1; x3 = x3 – x2 ; ... ; xn = xn - xn-1 Os números x1 , x2 , ... , xn não são necessariamente iguais. O maior deles denomina-se amplitude (ou norma) da partição P e indica-se por máx xi . Uma partição P = {x0 , x1 , x2 , x3 , ... , xn} de [a , b] será simplesmente indicada por: P : a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b Exemplo: [a , b] = [0 , 1] P = {0, ½ ,1} P = {0, ¼ , ½ , ¾, 1} P = {0, 1/10 , 1} 2. Soma de Riemann Sejam f uma função definida em [a , b] e P : a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b uma partição de [a , b]. Para cada índice i (i = 1, 2, 3, ... , n) seja ci um número em [xi-1 , xi] escolhido arbitrariamente. Pois bem, o número: = +++= n i nnii xcfxcfxcfxcf 1 2211 )(...)()()( denomina-se soma de Riemann de f, relativa à partição P e aos números ci. a = x0 x1 x2 ... xi-1 xi ... xn-1 xn = b 0 ½ 1 0 ¼ ½ ¾ 1 0 1/10 1 Amplitude = máx xi = ½ Amplitude = máx xi = ¼ Amplitude = máx xi = 9/10 a = x0 x1 x2 ... xi-1 xi ... xn-1 xn = b . . . . c1 c2 ... ci ... cn 52 Observe que, se f(ci) > 0, ii xcf )( será então a área do retângulo Ri determinado pelas retas x = xi-1, x = xi, y = 0 e y = f(ci). Área de Ri = ii xcf )( Por outro lado, se f(ci) < 0, a área de tal retângulo será: ii xcf − )( Área de Ri = ii xcf − )( Geometricamente, podemos então interpretar a soma de Riemann = n i ii xcf 1 )( como a diferença entre a soma das áreas dos retângulos Ri que estão acima do eixo x e a soma das áreas dos que estão abaixo do eixo x. Uma dessas situações é evidenciada na figura a seguir. = 6 1 )( i ii xcf = soma das áreas dos retângulos acima do eixo Ox menos a soma das áreas dos abaixo do eixo Ox. 53 Exemplo: Seja F uma função definida em [a, b] e seja P: a = x0 < x1 < x2 < x3 < x4 = b uma partição de [a, b]. O acréscimo F(b) – F(a) que F sofre quando se passa de x = a para x = b é igual à soma dos acréscimos F(xi) – F(xi-1) para i variando de 1 a 4: F(b) - F(a) = F(x4) – F(x0) = [F(x4) – F(x3)] + [F(x3) – F(x2)] + [F(x2) – F(x1)] + [F(x1) – F(x0)] Isto é: = −−=− 4 1 1)()([)()( i ii xFxFaFbF De modo geral, se P: a = x0 < x1 < x2 < ... < xn = b for uma partição de [a, b], então: = −−=− n i ii xFxFaFbF 1 1)()([)()( Teoremas: Teorema 1: Teorema de Rolle. Se f for contínua em (a, b) e derivável em (a, b) e f(a) = f(b), então existirá pelo menos um c em (a, b) tal que f ’(c) = 0 Geometricamente: Teorema 2: Teorema do Valor Médio (TVM). Se f for contínua em [a , b] e derivável em ]a , b[, então existirá pelo menos um c em ]a , b[ tal que: (c) ' )()( f ab afbf = − − ou )( (c). ' )()( abfafbf −=− Geometricamente, este teorema conta-nos que se s é uma reta passando pelos pontos (a, f(a)) e (b, f(b)), então existirá pelo menos um ponto (c, f(c)), com a < c < b, tal que a reta tangente ao gráfico de f, nesse ponto, é paralela à reta s. Como ab afbf − − )()( é o coeficiente angular de s e f ’ (c) o de T, (c) ' )()( f ab afbf = − − . a c b x f(b) f(a) y T s f a c b 54 Exemplo do T. V. M. 1) Seja f (x) = x2 onde 20 x e encontremos um ponto (c, f (c)) que satisfaça o T.V.M. Represente geometricamente. Solução: Temos f (x) = x2, logo f ’ (x) = 2x Pelo T. V. M. x ff 2 02 )0()2( = − − x2 02 04 = − − 2 = 2x x = 1 O ponto é (1, 1) Teorema 3: Sejam F e f definidas em [a , b] e tais que: F ’ = f em [a, b], assim F é uma primitiva de f em [a, b]. Seja a partição P: a = x0 < x1 < x2 <...< xn = b de [a, b], escolhendo conveniente ic em ],[ 1 ii xx − tem-se: = =− n i ii xcfaFbF 1 ).()()( Prova: Pelo que vimos anteriormente: = −−=− n i ii xFxFaFbF 1 1 )]()([)()( Pelo TVM, existe ic em [xi-1 , xi] tal que: )).(c( ' )()( 1i1 −− −=− iiii xxFxFxF e como F ’ = f em [a , b] e 1−−= iii xxx resulta: = =− n i ii xcfaFbF 1 ).()()( Nota: Se f é contínua em [a , b] e se os ix são suficientemente pequenos, para qualquer escolha de ci em [xi-1, xi] temos: )()( ii cfcf Logo = − n i ii xcfaFbF 1 ).()()( É razoável esperar que a aproximação será tanto melhor quanto menor forem os ix . 55 3. Integral de Riemann: Definição Sejam f uma função definida em [a, b] e L um número real. Dizemos que = n i ii xcf 1 )( tende a L, quando 0 → ixmáx , e escrevemos: Lxcf n i ii xmáx i = = → 1 0 )(lim se, para todo 0 , existir um 0 que só depende de mas não da particular escolha dos ci, tal que: − = Lxcf n i ii 1 )( para toda partição P em [a , b], com ixmáx Tal número L, que quando existe é único, denomina-se integral (de Riemann) de f em [a , b] e indica- se por dx )( b a xf . Então por definição: dx )( b a xf = = → n i ii xmáx xcf i 1 0 )(lim Se dx )( b a xf existe , então diremos que f é integrável (segundo Riemann) em [a , b]. É comum nos referirmos a dx )( b a xf como integral definida de f em [a , b]. Definimos, ainda: • 0dx )( = a a xf • dx )(dx )( −= b a a b xfxf (com a < b) 56 4. Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) Se f for integrável em [a, b] e se F for uma primitiva de f em [a, b], então: F(a)-F(b)dx )( = b a xf . Prova: Temos pelo teorema 3 que se P : a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b é uma partição de [a , b], existem ic em ],[ 1 ii xx − tal que = =− n i ii xcfaFbF 1 )()()( . Assim, )()( aFbF − = = → n i ii xmáx xcf i 1 0 )(lim = dx )( b a xf Notas: • A integral definida é igual à diferença entre os valores numéricos da integral indefinida, obtidos para x = a e x = b, respectivamente. • É possível provar que toda função contínua em [a, b] é integrável em [a, b]. • Temos então pelo TFC que, se f é contínua em [a, b] e F é uma primitiva de f em [a , b], então: F(a)-F(b)dx )( = b a xf • É usual denotar a diferença )]()([ aFbF − por ba )]([ xF. Assim, F(a)-F(b) )]([dx )( ba == xFxf b a Exemplos: Calcule 1) dx 2 1 2 x = ... = 3 7 Solução: 3 )( 3x xF = é uma primitiva de f(x) = x2 e f é contínua em [1 , 2] Assim, dx 2 1 2 x = 3 1 - 3 8 3 2 1 3 = x 3 7 2) − 3 1 2 3 dxx = ... = 28 3) dx 4 3 1− = ... = 16 4) dx )13( 2 0 3 −+ xx = ... = 8 5) dx 12 1 2 x = ... = 2 1 5) 4 1 2 dx x = ... = ln 16 2,77 6) dx 112 1 3 + xx = ... = 8 32ln8 + 7) dx 1 0 −xe = ... = e 1 1− 8) − 2 2 x os dxc = ... = 2 9) dx 2sen8 0 x = ... = 4 22 − 10) − 1 0 10 dx )1(x = mudança de variável = ... = 11 1 11) dxx − 1 2 1 12 = mudança de variável = ... = 3 1 12) 1 0 3 dxe x = mudança de variável = ... = 3 13 −e 13) + 1 0 2 1 dx x x = mudança de variável = ... = 2 2ln 14) + 2 1 2 1x . dxx = mudança de variável = ... = 3 2255 − 57 LISTA DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS 1) Calcule as seguintes integrais definidas a) 21 0 dxx Resposta: 3 1 b) + dxx )52( 3 1 Resposta: 18 c) dxx 32 0 Resposta: 4 d) − dxx 30 2 Resposta: - 4 e) − dxx 32 2 Resposta: 0 f) +− dxxx )34( 25 0 Resposta: 3 20 g) − dxx)1( 3 1 Resposta: - 2 h) 25 0 dxx Resposta: 3 125 i) 73 0 dxx Resposta: 8 561.6 j) 7 1 0 dx Resposta: 7 k) 9 7 3 dx Resposta: 36 l) 34 1 dxx Resposta: 4 255 m) dxx 25 2 Resposta: 39 n) − 53 1 dxx Resposta: 3 364 o) − dxx 53 16 Resposta: 728 p) + dxx )73( 2 0 Resposta: 20 q) ++ dxxx )35( 23 0 Resposta: 2 81 r) −+− dxxx )85( 32 1 Resposta: 4 51 − s) +− dxxx )( 52 2 Resposta: 0 t) cos20 dxx Resposta: 1 u) dxxs en 20 Resposta: 1 v) dxxc os0 Resposta: 0 w) en 0 dxxs Resposta: 2 x) dxe x1 0 Resposta: e - 1 y) − dxe x1 1 Resposta: e e 1 − z) Represente geometricamente e interprete o resultado das seguintes integrais (i) − 21 1 dxx Resposta: 3 2 (ii) − 31 1 dxx Resposta: 0 58 INTEGRAL DEFINIDA Adaptado de MARQUES, Jair Mendes. Matemática Aplicada para cursos de Administração, Economia e Ciências Contábeis. Curitiba: Juruá, 2002. 322p. Seja a função y = f(x) e consideremos o seguinte problema: calcular a área A limitada pelo gráfico dessa função, pelo eixo x e pelas retas x = a e x = b, conforme a Figura abaixo. Vamos dividir o intervalo [a, b] em n subintervalos tais que: a = x0 < x1 < x2 < ... < xi-1 < xi < ... < xn = b Seja ci um ponto qualquer de um subintervalo e xi = xi - xi-1 o seu comprimento. Para cada retângulo construído, a sua base é xi e a sua altura f(ci). Conforme a Figura anterior, a soma das áreas dos n retângulos é dada por: = =+++= n i iinnn xcfxcfxcfxcfA 1 2211 )()(...)()( sendo conhecida como soma de Riemann da função f sobre o intervalo [a, b]. Note que, à medida que n cresce, o valor de xi decresce fazendo que a área An se aproxime da área sob a curva. Assim, podemos dizer que a área limitada pela curva y = f(x), pelo eixo x, de a até b, é dada pelo limite = → = n i ii xmáx xcfA i 1 0 )(lim ou equivalentemente = → = n i ii n xcfA 1 )(lim Este limite recebe o nome de integral definida da função f sobre o intervalo [a, b], sendo indicada pela notação dxxf b a )( , ou seja, = → = n i ii xmáx b a xcfdxxf i 1 0 )(lim)( onde: a = limite inferior de integração e b = limite superior de integração. Como o cálculo do limite anterior é muito trabalhoso, a integral definida poderá ser calculada através do Teorema Fundamental do Cálculo. 59 INTEGRAL DEFINIDA (Adaptado de: RIGHETTO e FERRADAUTO, 1982) Introdução: Seja y = f (x) uma função contínua no intervalo fechado [a, b]. Tomemos nesse intervalo os pontos: x0 , x1 , x2 , x3 , ... , xn-1, xn tais que: a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn-1 < xn = b Esses pontos estabelecem uma partição do intervalo fechado [a , b], decompondo-o nos subintervalos [x0 , x1], [x1 , x2], [x2 , x3], ..., [xi-1 , xi], ..., [xn-2 , xn-1], [xn-1 , xn] cujos comprimentos: x1 – x0 = x1 , x2 – x1 = x2 , xi – xi-1 = xi , ... , xn-1 – xn-2 = xn-1 , xn - xn-1= xn Portanto, de modo geral: xi = xi – xi-1 , i = 1, 2, ..., n O maior dos comprimentos: x1 , x2 , ..., xn-1, xn é chamado amplitude ou norma da partição. Tomemos, para cada índice i um ponto i [xi-1 , xi] e consideremos o valor yi = f(i) da função neste ponto. Se multiplicarmos cada valor de f(i) pelo comprimento do correspondente subintervalo teremos as áreas dos retângulos de base xi e altura f(i). A1 = x1 . f(1) , A2 = x2 . f(2) , ... , An = xn . f(n) Somemos estas áreas: = +++= n i nnii xfxfxfxf 1 2211 ).(...).().().( A soma = n i ii xf 1 ).( aproxima-se de um número real L, tal que: − = n i ii xfL 1 ).( , sendo um número positivo arbitrário, tão pequeno quanto se desejar, então: Lxf n i ii n = =→ → 1)( 0x ).( lim i O número L diz-se integral definida da função f(x) no intervalo [a, b]. 60 Esta integral é indicada pelo símbolo b a dxxf )( . Temos, assim: b a dxxf )( = Lxf n i ii n = =→ → 1)( 0x ).( lim i A integral definida significa, geometricamente, a medida da área da superfície limitada pelo gráfico da curva, pelo eixo dos x e pelas retas x = a e x = b. No nosso caso: b a dxxf )( = Área da superfície AabB Teorema Fundamental do Cálculo Habitualmente, indicamos: )()()]([ )( aFbFxFdxxf b a b a −== que é a expressão do teorema fundamental do cálculo. A integral definida é igual à diferença entre os valores numéricos da integral indefinida, obtidos para x = a e x = b, respectivamente. Exemplos: 1) − 3 1 2 3 dxx = ... = 28 2) 4 1 2 dx x = ... = ln 16 2,77 3) − 2 2 x os dxc = ... = 2 TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO Nas aulas sobre derivadas resolvemos problemas do tipo: Dada uma função f, determinar a sua derivada, ou seja, determinar f'. Estudaremos agora um problema relacionado: Dada uma função f, achar uma função F tal que F' = f. Este relevante teorema possibilita achar valores exatos de integrais definidas utilizando uma anti derivada ou integral indefinida. Esse processo pode ser encarado como o inverso da determinação da derivada de uma função. Este teorema estabelece uma relação entre derivadas e integrais – um resultado chave para o cálculo. Notação: → sinal (símbolo) de Integral → dxxf )( integral indefinida de f(x) k→constante de integração f(x)→ integrado Usa-se o adjetivo indefinido pois dxxf )( representa uma família de antiderivadas e não uma função específica. dx → símbolo que especifica a variável independente. A notação dxxf b a )( foi criada por LEIBNIZ (1646-1716) para representar a integral de f(x) em [a, b], o símbolo S se origina de um S alongado, pois decorre da associação da integral com uma soma onde as parcelas ii xcf ).( são representadas por f(x) dx. A integral definida surge de modo natural quando consideramos o problema da determinação da área de uma região do plano xy. Salienta-se que esta é apenas uma das aplicações (pode ser utilizada por exemplo para...). FÓRMULAS: dxxfAÁrea ba )(== dttvdDistância b a )(== dxxfVolume b a 2))((= 61 62 A ÁREA DE UMA FIGURA PLANA – Adaptado de: http://www.cepa.if.usp.br/e-calculo/ Sabemos calcular a área de algumas figuras planas como, por exemplo, retângulos, triângulos,
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