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regime simplificado em sede de imposto sobre rendimento das pesoas colectivas IRC- STP-Fiscalidade

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MESTRADO EM DIREITO PÚBLICO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
MODULO: FISCALIDADE
TEMA: O REGIME SIMPLIFICADO EM SEDE DE IMPOSTO SOBRE RENDIMENTO DAS PESSOAS COLECTIVAS (IRC) EM STP
Autor: João Riôa da Mota
Outubro de 2020
Resumo
Este trabalho tem como objectivo discorrer sobre o regime simplificado em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) em STP. Portanto, dado o grande flagelo “informalidade” que desde sempre assola este país, há uma enorme necessidade de através de alternativas fiscais encontrar uma solução para este desafio.
Tendo em atenção, o próprio nome do regime simplificado de tributáção e conmunitantemente, visto que, este versa sobre a tributação ideal para actividades menores, sendo assim, iremos debruçar sobre o seu conceito, caracteristicas, vantagens e desvantegens visando uma compreensão deste instituto do nosso sistema fiscal.
Palavras-chaves: Administração Fiscal, Regime simplificado; Impostos; Pessoas Colectivas. 
 
Abstract
This paper aims to discuss the simplified regime in terms of corporate income tax (IRC) in STP. Therefore, given the great scourge “informality” that has always plagued this country, there is an enormous need to find a solution to this challenge through fiscal alternatives.
Bearing in mind, the very name of the simplified taxation regime and concomitantly, since it deals with the ideal taxation for smaller activities, therefore, we will focus on its concept, characteristics, advantages and disadvantages aiming at an understanding of this institute of our tax system.
Keywords: Tax Administration, Simplified regime; Taxes; Legal Persons.
Índice
Resumo	I
Abstract	II
1.	Introdução	4
1.1.	Contexto do estudo	5
2.	Regime simplificado	6
i.	Definição do termo	6
ii.	Os objectivos	6
iii.	As Características	7
iv.	As vantagens e desvantagens	7
3.	Regime simplificado em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivos (IRC) em STP	8
3.1.	Enquadramento normativo	9
(i)	Âmbito de aplicação	9
(ii)	Período mínimo de permanência	11
(iii)	Transição entre grupos	11
(iv)	Pagamento por conta no regime simplificado	12
(v)	Obrigação declarativa no regime simplificado	12
4.	Comparação entre o regime simplificado entre Cabo Verde e STP	12
5.	Críticas ao regime simplificado de STP	13
6.	Proposta para melhoria	14
7.	Conclusão	14
Referências bibliográficas	16
1. Introdução
1.1. Contexto do estudo
Às dificuldades económicas e financeiras, nos nossos dias afectam todos os países em diferentes escalas, porém, naqueles de renda baixa, como é caso de São Tomé e Princípe (STP) o impacto é maior. 
Não obstante, as dificulades, o Estado santomense tem lançado mão a um conjunto de actividades financeiras, com vista, a satisfação das necessidades públicas, tentando, assim, garantir aos cidadãos santomenses meios para que possam viver com dignidade. 
Como já é sabido, existem distintos meios de obtenção de receitas pelo Estado, visando, assim, prosseguir os seus fins, todavia, entre aqueles, se destaca os tributos, ou sendo mais especifico o imposto. 
Portanto, quando se fala de imposto em STP, acresce a este a complexidade do sistema fiscal, a informalidade, justiça tributária, entre outros desafios. 
Mas, como solucionar os inumeros desafios que o nosso sistema fiscal enfrenta? Assim, importa encontrar novas alternativas de tributação, de aplicação mais simples, que possam contribuir para um sistema fiscal globalmente mais justo e eficiente, sem perder de vista os princípios básicos da legalidade e igualdade, da justiça tributária, da equidade e da capacidade contributiva (Rodrigues, 2015). 
Entre as alternativas, encontra-se o regime simplificado, que segundo, a autora Rodrigues (2015) “independentemente das opiniões divergentes sobre a utilidade deste, as necessidades de financiamento do Estado são crescentes, tornando a luta contra a fraude e evasão fiscal uma urgência, para a qual o RST pode ser uma solução por permitir abranger uma franja de rendimentos que de outra forma ficariam por tributar”.
 Assim, se escolheu debruçar sobre o regime simplificado em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) em STP. Neste trabalho procurou-se para além da apreciação normativa do RST, análisou-se os problemas que lhe estão inerentes e das suas virtudes, bem como, buscou-se responder as seguintes questões: (i) As razões subjacentes a adopção precoce desde regime em STP? (ii) A quem a se plica e quais são as condições de sujeição? (iii) É opcional ou obrigatório? (iv) O que há em comum e de diferente entre o RST de Cabo Verde e STP? (v) Quais são as proposta para melhoria?
Portanto, o presente trabalho, num primeiro momento, se fará a contextualização, em seguida se discorrerá sobre o conceito, objectivos, caracteristicas e vantagens e desvantagens do RST, depois se debruçará acerca do enquadramento normativo do regime simplificado em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) em STP, e por último, refletiremos sobre as críticas a este regime e conmunitantemente apresentaremos proposta para sua melhoria.
Relativamente ao tipo de metodologia usada, para realização deste trabalho, convém sublinhar que se baseou na leitura, análise e tratamentos de bibliográfias, legislações e também algumas referências publicadas em sítios da internet.
2. Regime simplificado
A carência ao nível técnicos e de recursos humanos, faz com que o regime simplificado constitua uma alternativa para muitos países, tanto em sede IRS como de IRC, por razões de equidade fiscal, bem como, por razões administrativas relacionadas a incapacidade da autoridade tributária em acompanhar um elevado número de sujeitos passivos de pequena e média dimensão, em geral, com elevadas taxas de evasão fiscal (Rodrigues, 2015). Mas, antes de entrar no estudo propriamente dito do RST, convém primeiramente, discorrer sobre sua: (i) definição; (ii) objectivos, (iii) características e (iv) vantagens e desvantagens.
i. Definição do termo
Regime simplificado se traduz no regime de tributação ideal para actividades menores, uma vez que quanto menor for a atividade, menor será a sua complexidade. Este só considera os proveitos aplicados aos conficientes e presume-se que o resto é custo e não se aplica aos custos. É uma maneira mais simples de se apurar ou de se fazer apuramento da matéria coletável, daí o nome de regime simplificado.
O regime simplificado pode ser: imposto de rendimento sobre a pessoa coletiva ou imposto de rendimento sobre a pessoa singular.
ii. Os objectivos
O regime simplificado tem como principal objetivo a simplificação da tributação, especialmente para as micros e pequenas empresas (MPE), contudo, visa também, contribuir para se alcançarem os princípios fiscais como o da equidade, simplicidade, neutralidade e justiça, bem como captar contribuintes para o sistema contributivo, que com o regime de contabilidade organizada, seriam não declarantes ou faltosos em muitas das suas obrigações fiscais (Seara, 2014). 
O objetivo deste não é determinar o rendimento real, mas encontrar um critério que permita colocaram dentro do sistema tributário contribuintes que, de outra forma, não pagaria qualquer imposto, ainda que para isso, tenha de se recorrer ao rendimento presumido. Normalmente, o rendimento é sempre presumido porque no regime simplificado dispensa-se sempre os técnicos de conta.
iii. As Características
O regime simplificado possui as seguintes características (Madeira, 2014): 
· É um regime opcional, pois os sujeitos passivos podem optar entre o regime simplificado e o apuramento pelo regime de contabilidade organizada de acordo com a sua contabilidade;
· Em sede de IRC, este, se trata de um regime dirigido a empresas de reduzida dimensão;
· É regime presuntivo, uma vez que presume os gastos e assume como reais os rendimentos apurados pelo sujeito passivo;
· Por último, como próprio nome evidencia, é um regime simples por tributar os rendimentos através da aplicação de coeficientes, desconsiderando os gastos incorridospelo sujeito passivo, sendo esta a sua principal caraterística.
iv. As vantagens e desvantagens 
Quando o assunto é regime simplificado, na verdade, coexistem elogios e críticas, assim sendo, passaremos a discorrer sobre eles.
Relativamente, as vantagens do regime simplificado, devido seu nome tem-se, a partida a ideia deste ser simples, ou seja, menos burocrático (Seara, 2014). 
Contudo, as principais vantagens deste tipo de regime prendem-se com as obrigações e com as despesas: não existe a obrigatoriedade de contratação de um técnico oficial de contas e não pressupõe tantas obrigações como contabilidade organizada, nem despesas adicionais.
Se estivermos, por exemplo, perante o regime de contabilidade organizada, onde se contemplam as empresas grandes, para além, de se ter a obrigação de contratar um técnico de conta, para a realização do seu capital social, cada socio terá que entrar com alguma coisa (um entrar com carro, outro com dinheiro), o que já não sucede em relação às empresas do regime simplificado, onde não precisa de capital, desde que se regista nas finanças, o início da sua atividade, dispensam-se técnicos de conta, capital social, etc.
As entidades que optarem pelo regime simplificado estão dispensadas de realização pagamento especial por conta de determinados encargos (nomeadamente a despesas de representação ajudas de custo por compensação pela deslocação entre a tuas próprias do trabalhador e os gastos relativos a indenizações bônus outras variáveis pagos a determinados membros de órgãos sociais) não se encontram sujeitos à tributação autônoma (Rodrigues, 2014).
A grande desvantagem, desde regime, reside no facto de não ser possível deduzir as despesas. No regime simplificado não é permitido fazer a dedução de custos, mas sim de lucros. O que levanta debates acerca deste, e até mesmo críticas por conta da não dedução da despesa.
Muitos autores, dizem que o regime simplificado, apesar de, ter o nome de simplificado, mas, na verdade, é mais complexo e burocrático do que simples. 
Por exemplo, em STP a lei determina que, os sujeitos passivos abrangidos neste regime devem escriturar uma serie de livros, sendo esses, os seguintes: livros de vendas de mercadoria, livros de registos de produtos fabricados e livros de registos de serviços prestados (art.º,58.º CIRC), todos eles registados na Administração Fiscal. Em Cabo Verde tem que ter livros de compra e livros de venda e tudo digital. O que sucede é que apesar de muitos países terem adoptados o regime simplificado, mesmo assim, as empresas não têm aderido. 
3. Regime simplificado em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivos (IRC) em STP
Antes de começarmos a discorrer sobre o regime simplificado em STP, coloca-se a seguinte, questão: Qual foi razão de se ter adoptado o regime simplificado em STP desde ano de 2009? Quando a adopção deste regime se se comparar com outros países do PALOP, como, por exemplo, o Cabo Verde, só acontece anos de 2015.
Os especialistas em fiscalidade de STP alegam que, por motivos de haver neste país um número muito grande de comércio informal, e tendo em atenção, que o regime simplificado que como o próprio nome diz “simples” visar incentivar a formalização de muitos negócios informais, as empresas, não precisariam de se preocupar com as obrigações e com as despesas.
Pois, como já vimos, neste regime não existe a obrigatóriedade de contratação de um técnico de contas, o que não pressupõe tantas obrigações como a contabilidade organizada, em despesas adicionais. E também acrescentam que em consequência da formalização de um considerável número de negócios informais acabaria por alargar a base tributária e o fazer o Estado santomense ganhar mais em receitas.
3.1. Enquadramento normativo
O nosso Código de Impostos sobre Rendimento de Pessoas Colectivas (CIRC) consagra dois tipos de sujeitos passivos, os de Grupo 1 e os de Grupos 2, nos artigos 19.º e 20.º . Sendo que no artigo 20.º n.º, 2.º estabelece que “Os sujeitos passivos do Grupo 2 estão sujeitos, nas condições e termos definidos neste Código, à escrituração simplificada ou ao regime simplificado de determinação do lucro tributável”.
(i) Âmbito de aplicação
Segundo o disposto do artigo 58.º do CIRC “ficam abrangidos pelo regime simplificado de determinação do lucro tributável, os sujeitos passivos do Grupo 2, que não tenham optado pelo regime de escrituração simplificada nos termos da secção anterior”.
 Após a análise do supracitado artigo, conclui-se que o RST não é um regime vinculativo ou obrigatório, visto que, este contempla a possibilidade (opção) de o sujeito passivo optar pelo regime de contabilidade organizada. Assim, o regime simplificado tem como pressuposto a opção do sujeito passivo de renunciar o seu direito subjetivo de tributação baseada na contabilidade, optando pelo regime que lhe for mais vantajoso (Rodrigues, 2014).
É um regime opcional e só está aberto para determinadas entidades, ou seja, está aberto para pequenas ou micro e pequenas empresas são entidades do volume do negócio mais baixo. Mas a pergunta que se coloca é quando é que se exerce a opção? 
A opção se exerce quando inicia esta atividade “o exercício do início de actividade, o enquadramento no regime simplificado faz-se, verificados os demais pressupostos, em conformidade com o valor total anual de proveitos estimado, constante da declaração de início de actividade, caso não seja exercida a opção a que se refere o n.º 1” (art. 58.º, do CIRC).
De acordo o estabelece o n.º 3 do supramencionado artigo “o apuramento do lucro tributável resulta da aplicação aos valores de base, de indicadores técnico-científicos definidos para os diferentes sectores da actividade económica, aprovados por despacho do Ministro responsável pelas Finanças”.
Montante mínimo de lucro tributável é igual ao valor de 18 salários mínimos mensais legalmente estabelecidos (art. 58.º , do CIRC). Segundo especialistas santomenses em fiscalidade, defendem que o montante mínimo de lucro tributável é muito alto. Após a análise e calculo, passamos a partilhar a mesma opinião dos especialistas, visto que, 18 salários mínimos correspondem 19.800 dobras (equivalente a 792€) o que constitui um entrave para negociante que optar pelo regime simplificado e consequentemente sair da informalidade.
Aplica-se também o regime simplificado de determinação do lucro tributável aos seguintes casos (Art.59.º , n.º, 1.º do CIRC): 
a) “Quando a matéria tributável do sujeito passivo se afastar, sem razão justificada, mais de 30% para menos ou, durante três anos seguidos, mais de 15% para menos, da que resultaria da aplicação do regime simplificado de determinação do lucro tributável”. Após análise desta alínea, constatamos que quando o legislador usa a expresão “sem razão justificada” suscita divergência entre administração fiscal e o contribuinte. Porque, não se sabe o que o legislador quer dizer com a expressão “sem razão justificada”. Visto que, esta expressão usada pelo legislador, levamos a deduzir, que a Administração Fiscal dentro da sua discricionalidade decide e o contribuinte está a mercê da vontade dela. Pois, a razão justificada do contribuinte pode não ser a mesma da Administração Fiscal.
b) “Quando os sujeitos passivos apresentarem, sem razão justificada, resultados tributáveis nulos ou prejuízos fiscais durante os três últimos exercícios consecutivos, salvo nos casos de início de actividade, em que a contagem deste prazo se faz do termo do terceiro ano, ou em três anos durante um período de cinco”. Vale sublinhar, após analise desta alinea, constatamos que, o que sucede no nosso país é que o contribuinte apresenta resultados fiscais negativos vários anos sucessivos, porém, exteriormente apresenta sinais de riqueza (carros, casas novos, etc.). Sendo assim, quid juris?
c) “Quando aos sujeitos passivos do Grupo 2 forem aplicados durante dois anos consecutivos os métodos indiciários por violação dos seus deveres de registo, aplica-se o regime simplificado de determinação do lucro tributávela partir do terceiro ano, por três anos, a não ser que o regime de escrituração simplificada conduza a uma tributação superior”. 
(ii) Período mínimo de permanência 
1. “O período mínimo de permanência no regime de tributação simplificada é de três anos prorrogável automaticamente por iguais períodos, excepto se sujeito passivo comunicar ao fim de um período de três anos a opção pela aplicação do regime de escrituração simplificada ou se o sujeito passivo passar a integral grupo 1”(art.60.º, CIRC).
O tempo que dispõe este artigo, sobre o período de permanência (3 anos prorrogável automenticamente) revela-se um pouco excessivo, visto que, se o contribuinte iniciar uma atividade empresarial e optar pela escolha do regime simplificado, este só após 3 anos, é que poderá mudar para um outro regime. 
Contudo, tendo em atenção, a função principal deste regime, que consiste em dar chance ou oportunidade a quem está a começar no mundo do negócio, não deveria contemplar esse tempo minímo de três anos de permanência. O que para muitos acaba por atrapalhado o negócio da empresa quando deveria simplificar. Imaginemos, que um contribuinte, no inicio da sua actividade empresarial opte pelo regime simplificado, porém, ao fim, de um ano e pouco, vê o volume de negócio aumentar consideravelmente e este decida mudar para um regime diferente (regime de contabilidade organizada) simplesmente não conseguirá, dado o facto de estar obrigado a esperar que finda o prazo de 3 anos.
(iii) Transição entre grupos 
Relativamente aos sujeitos passivos do grupo 2 que transita para grupo 1 não são admitidos como custo as reintegrações e amortizações dos elementos do ativo sujeito e deperecimento adquiridos em anos fiscais anteriores e sujeito ao regime do grupo 2.
O sujeito passivo do grupo que transita em regime de escrituração simplificada do grupo dos e que não tenha deduzido Total ou parcialmente as reintegrações e amortização de elementos do ativo imobilizado sujeitos a deperecimento, adquiridos em anos anteriores ao abrigo, das regras do grupo 1, podem deduzir montante em falta (art. 61.º do CIRC).
(iv) Pagamento por conta no regime simplificado 
Os sujeitos passivos do grupo 2 enquadrados no regime simplificado de determinação de lucro tributável deve efetuar (art. 94.º do CIRC):
a)Três pagamentos por conta de IRC anualmente devido, com convencimento nos meses de Junho, Setembro e Dezembro do próprio ano a que respeito a lucro tributável, podendo por opção e requerimento da Direcção dos Imposto fazer pagamento mensal;
b) O pagamento da diferença apurada entre imposto total calculado e o somatório das importâncias entregues por conta do imposto durante ano anterior com vencimento em Fevereiro do ano seguinte a que respeita o lucro tributável.
Os pagamentos por conta, bem como a liquidação anual do imposto a que se refere este artigo são calculados pela Direção dos Impostos. Os sujeitos passivos a que se refere este artigo são notificados dos prazos do pagamento de imposto, pelos meios de comunicação social, e os montantes devidos se realizam comunicados nos locais definidos pela direção dos impostos.
(v) Obrigação declarativa no regime simplificado
Os sujeitos passivos do grupo 2 submetidos ao regime simplificado de determinação do lucro tributável, só estão obrigados a apresentar as declarações no início da atividade de alterações de atividade, caso as haja e de cessação de atividades (art. 112.º, do CIRC).
4. Comparação entre o regime simplificado entre Cabo Verde e STP
O regime simplificado não é exclusivo do regime fiscal santomense. São vários os países que adotaram regimes alternativos de tributação, como, por exemplo, Espanha, Austria, Alemanha e Itália. Para além dos supramencionados países, temos o Cabo Verde.
Antes de comparar o regime simplifica destes dois país, convém primeiramente, discorrer sobre o regime simplificado de Cabo Verde, a Lei foi publicada em 2015, mas só nos anos seguinte timidamente começou a ser aplicado. Os objetivos de regime simplificado em Cabo Verde, acabam por ser identicos aos de STP que são os seguintes: (i) fomentar a constituição das novas MPE; (ii) estimular a formalização de uma fração importante de unidades informais existentes; (iii) alargar a base tributária.
Em Cabo Verde o regime simplificado é chamado REMPE. E a matéria coletável é a apurada aplicando 4% sobre o volume de vendas, enquanto em STP fala-se de coeficientes técnicos-cientificos para apuramente do lucro. Em Cabo Verde, o regime simplificado aplica-se (i) às micro empresas, entendendo-se como tal “aquelas que empregam até cinco trabalhadores e/ou têm um volume de negócios bruto anual não superior a 5.000.000$00”, e (ii) às pequenas empresas, entendendo-se como tal “as unidades empresariais que empreguem entre seis a dez trabalhadores e/ou tenham um volume de negócios bruto anual superior a 5.000.000$00 e inferior a 10.000.000$00” . Este regime simplificado é de aplicação opcional, em Cabo Verde tal como em STP, sendo que uma vez exercida a opção pelo regime de contabilidade organizada, os sujeitos passivos deverão nele permanecer durante um período mínimo de cinco anos, o que já não sucede em STP, visto que o periodo minimo de permanencia é de 3 anos, prorrogaveis.
5. Críticas ao regime simplificado de STP
Como já vimos o regime simplificado, suscita inumeras divergências de opiniões entre distintos autores e também entre o contribuinte e Administração Tributária. E que, não obstante, ter sido adoptado por inumeros países, com vista a, combater principalmente a evasão fiscal e consequentemente o negócio informal, dado o seu caracter simplista, o que se constata é que na prática, este revela mais complexo, e em vez de ser um facilitar passar ser um entrave no desenvolvimento das empresas (Seara, 2014).
Se constatarmos, as críticas ao regime simplificado é extensiva a quase todos os países que o adoptaram. Sendo assim, STP não seria excepção. O facto de, que na prática o regime simplificado ser complexo, quando foi idealizado para ser simples, actrativo e facilitador das vidas das micro e pequenas empresas e também dos empreendedores iniciantes, faz com que o de STP seja críticado, principalmente por duas razões: (i) o valor correspondente ao “ montante minimo de lucro tributável” fora do padrão de vida dos contribuintes santomenses; e o (ii) o “período minimo de permanência” no regime simplificado de três anos, constituindo um entrave para o empreendedor que vê o seu volume de negócio crescendo e quer mudar para o regime de contabilidade organizada. Assim, conclui-se que quando se fala de regime simplificado, na verdade, coexistem elogios e críticas.
6. Proposta para melhoria
Debruçando agora, sobre a proposta de melhoria particularmente no sistema santomense, começaria por sugerir alteração do artigo que dispõe sobre o período minimo de permanência no regime simplificado. Dando assim, a possibilidade aos empreendedores de mudar de regime simplifica para o de contabilidade organizada quando que o seu volume de negócio crescesse e visse a necessidade de alteração para um regime que se encaixa a sua nova realidade.
Também sugeria que se alterasse o montante do lucro tributável, que como já vimos corresponde a 18 salários minimos mensais (equivalente á 792 €) o que é muito para realidade de São Tomé e Príncipe. Assim, a sugestão é que altere para um valor dentro do padrão e realidade santomese.
7. Conclusão 
Concluimos que o regime simplificado se traduz naquele regime de tributação ideial para actividades menores. E entre muitas vantagens que este regime possue, destacam as principais, as que se prendem-se com as obrigações e com as despesas. Sendo que, não existe neste a obrigatoriedade de contratação de um técnico oficial de contas e não pressupõe tantas obrigações como a contabilidade organizada nem despesas adicionais; enquanto que as suas desvantagens residem no facto de não ser possível deduzir despesas.
O regime simplificado, existe em diversos países, sendo que em STP, foi adoptado no ano de 2009,segundo os fiscalistas santomense visando principalmente fazer face ao sector informal, consequente alargando a base tributária e fazendo o Estado santomense ganhar mais receitas.
Constatamos que estão sujeitos a este regime simplificado de determinação de lucro tributável, os sujeitos passivos do grupo 2 que não tenham optado pelo regime de escrituração simplificada. O segundo o disposto deste artigo concluimos também este regime é opcional. E que o apuramento do lucro tributável resulta da aplicação aos valores de base, de indicadores técnicos-científicos.
Por últimos, vimos que quando se fala de regime simplificado, há sempre opiniões divergentes com relação ao seu caracter simplista, o que nos levou-nos a uma reflexão sobre as distintas críticas feitas a esse regime, sendo importante destacar aqui, aquelas feitas ao regime simplificado santomense, que foram, primeiramente o periodo minímo de permanencia e em seguida o montante minímo do lucro tributável. Em jeito de contribuição para melhora deste regime proposemos o alteração dos artigos que dispõe sobre essas duas matérias. 
Sendo que relativamente ao periodo minímo proposemos que se alterasse, permintindo, assim, que haja possibilidade dos empreendedores que no começo da sua actividade empresarial, tenha optado pelo regime simplificado, e depois do crescimento de volume de negócio mudasse para o regime de contabilidade organizada. E no que diz respeito ao o montante miníno do lucro tributável, sugerimos que se alterasse o valor actual para uma mais acessível, tendo em conta, a nossa realidade económica e financeira.
Referências bibliográficas 
Ferreira, R. F. (2013). O Novo imposto sobre o rendimemto das pessoas colectivas. Cabo Verde.
Madeira, M. P. (2014). Os Regimes Simplificados em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)-Análise comparativa entre Portugal e Espanha.
Nacional, a. (2007). Código Geral Tributário. São Tomé e Príncipe.
Nacional, a. (2008). Primeira Alteração ao Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (irc),. São Tomé e Principe.
Nacional, a. (2015). Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas. Cabo Verde.
Rocha, a. a. (2018). Os Impostos Sobre o Rendimento: Portugal versus Cabo Verde.
Rodrigues, A. I. (2015). Os Regimes Simplificados de Tributação do Rendimento em Portugal.
Seara, m. t. (2014). O Regime Simplificado de Tributação em IRC – Problemas de Regime e de Harmonização.
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