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História da Psicologia Moderna

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História da Psicologia Moderna 
Influências Filosóficas sobre a Psicologia
Zeitgeist: Clima intelectual e cultural ou espírito da época. O universo é visto como uma enorme máquina.
Mecanicismo: os processos naturais são determinados mecanicamente e passíveis de explicação por meio das leis da física e química a ideia do mecanicismo se originou na filosofia natural (física) como resultado dos trabalhos do Galileu Galilei e do Isaac Newton a teoria afirmava que todo objeto existente era composto de partículas de matéria em movimento (átomos) o funcionamento do universo era comparado ao do relógio, ou seja, organizado e preciso, os cientistas acreditavam que se conseguissem dominar as leis de funcionamento do universo, seriam capazes de prever seu comportamento futuro. Nesse período, a observação e a experimentação tornaram- se os diferenciais da ciência, assim como a medição. 
Determinismo: os atos são determinados pelos eventos do passado de acordo com essa doutrina, o universo era comparado ao relógio, ou seja, ele funcionava perfeitamente sem qualquer interferência externa, já que fora criado e colocado em funcionamento por Deus, sendo assim é possível prever as mudanças que ocorrem no funcionamento do relógio, assim como no universo, com base na sequência e na regularidade do funcionamento das peças.
Reducionismo: doutrina que explica os fenômenos em um nível (como as ideias complexas no que se refere a fenômenos de outro nível (como as ideias simples) dessa forma, bastava reduzir o universo físico, bastava analisá-lo ou reduzi-lo às partes mais simples, ou seja, às moléculas e átomos, com essa teoria surgiram questionamentos sobre como ela poderia ser aplicada aos seres humanos ou animais. 
Autômatos: surgiram com a evolução da tecnologia, aparelhagens mais sofisticadas com a finalidade de imitar as atitudes e movimentos humanos para o entretenimento da população, os autômatos realizavam movimentos incríveis e inusitados e com precisão e regularidade, sendo que os dois mais complexos foram o flautista e o pato. Para descartes os autômatos poderiam ser comparados ao homem, e o criador do autômato a Deus, pois autômatos e homens funcionavam de formas iguais, ou seja, máquinas. 
Os Primórdios da Ciência Moderna
Empirismo: busca do conhecimento mediante a observação da natureza e a atribuição de todo conhecimento à experiência.
René Descartes (1596- 1650): problema mente-corpo: a questão da distinção entre as qualidades mentais e físicas. 
Teoria do ato reflexo: ideia de que um objeto externo (um estímulo ) pode provocar uma resposta involuntária.
 Essa teoria ser viu como subsídio para a crescente tendência à hipótese científica da previsibilidade do comportamento humano. O modo de operação do corpo mecânico pode ser previsto e calculado, desde que os estímulos sejam conhecidos. 
Teoria mente - corpo: a mente é imaterial, mas é pro vida de capacidade de pensamento e de outros processos cognitivos e proporciona aos seres humanos informações a respeito do mundo exterior (capacidade de pensar, a qual a separa do mundo físico ou material). A mente de alguma forma influencia o corpo e é por ele influenciada. 
Doutrina das ideias: a mente é produtora de dois tipos de ideias.
Ideias Derivadas: são produzidas pela aplicação direta de um estímulo externo. 
Ideias Inatas: surgem da mente ou da consciência, independente mente das experiências sensoriais ou dos estímulos externos.
 As Bases Filosóficas da Nova Psicologia 	
Positivismo: reconhece somente os fenômenos naturais ou fatos que são objetivamente observáveis, Auguste Comte (1798 - 1857) considerava ilusório qualquer estudo de natureza especulativa, dedutível ou metafisica, positivismo dominou o Zeitgeist europeu do final dos anos 1800. 
Materialismo: considera os fatos do universo como suficientemente explicados em termos físicos pela existência e natureza da matéria, assegurava a possibilidade de descrição dos fatos do universo em termos físicos e da sua explicação por meio das propriedades da matéria e da energia, a proposta dos materialistas a firmava ser possível compreender até mesmo a consciência humana com base nos princípios da física e da química, o trabalho dos materialistas relacionado aos processos mentais concentrava-se nas propriedades físicas, mais especificamente nas estruturas anatômicas e fisiológicas do cérebro. 
Um terceiro grupo de filósofos, os defensores do empirismo, preocupava-se em descobrir como a mente adquiria o conhecimento, afirmava ser todo o conhecimento resultante da experiência sensorial, o positivismo, o materialismo e o empirismo vieram a se tornar as bases filosóficas da nova ciência da psicologia., dentre essas três orientações filosóficas, foi o empirismo que desempenhou o papel principal. O empirismo estava relacionado com o desenvolvimento da mente, ou seja, com a forma com o ela adquiria o conhecimento, de acordo com a visão empirista, a mente evolui com o acúmulo progressivo das experiências sensoriais. Essa ideia contrasta com a visão nativista, exemplificada por Descartes, da existência das ideias inatas, são considerados os principais empiristas britânicos : John Locke, George Berkeley, David Hartley, James Mill e John Stuart Mill. ”. John Locke (1632- 1704) : sua obra Ensaio Sobre o Entendimento Humano foi a mais importante para a psicologia e marca o início formal do empirismo britânico. Locke se interessava pelo funcionamento cognitivo. Ele rejeitou a teoria de descartes sobre as Ideias Inatas, apresentando o argumento de que o ser humano nascia sem qualquer conhecimento prévio, como se fosse um papel em branco (Tabula Rasa) e adquiria conhecimento a partir das experiências vividas. Para Locke, assim como para Aristóteles, o conhecimento é adquirido por meio das experiências. Locke admitia dois tipos de experiências: uma derivada da sensação e outra da reflexão “As ideias resultantes da sensação, ou seja, derivadas da experiência sensorial direta com os objetos físicos presentes no ambiente, são simples impressões do sentido. Essas impressões sensoriais operam na mente que também opera nas sensações, fazendo um a reflexão para formar as ideias. Essa função cognitiva ou mental da reflexão como fonte de conceitos depende da experiência sensorial, já que as ideias produzidas pela reflexão da mente têm com o base as impressões anteriormente percebidas por meio dos sentidos. No curso da evolução humana, as sensações aparecem primeiro. Elas são necessariamente precursoras das reflexões porque, sem a existência de um reservatório das impressões do sentido, não há como a mente refletir sobre elas. Durante a reflexão, resgatam os as impressões sensoriais passadas, combinando-as para formar abstrações e outras ideias de nível superior. Desse modo, todas são frutos da sensação e da reflexão, mas a fonte final continua sendo nossas experiências sensoriais”. 
Ideias Simples: podem surgir tanto da sensação quanto da reflexão e são recebidas passivamente pela mente, elas são elementares, ou seja, não podem ser analisadas nem reduzidas a concepções ainda mais simples. 
Ideias Complexas: mediante o processo de reflexão, a mente Cria ativamente novas ideias, combinando as simples, estas dão origem as ideias complexas e podem ser analisadas e estudadas com base nas ideias simples. 
Associação: é o nome inicial dado ao processoatualmente conhecido como aprendizagem. É a noção de que o conhecimento resulta da ligação o u associação entre ideias simples para formar ideias complexas. 
Qualidades Primárias: existem em um objeto, sejam ou não percebidas por nós, o tamanho e a forma de um edifício são qualidades primárias. Elas existem independente de nossa percepção. 
 Qualidades Secundárias: depende da experiência do individuo, já que a capacidade perceptiva é individual. A cor, odor, som, sabor, existem não no objeto em si, mas na percepção individual do objeto. Ex. A sensação do toque da pena não se encontra nela, mas na reação ao toque dela. 
George Berkeley (1685- 1753): concordava com a teoria da Tabula Rasa de Locke, no entanto, divergia da distinção entre as qualidades primárias e secundárias. A legava não existir qualidades primárias, mas somente as qualidades secundárias. Para ele, todo o conhecimento era uma função ou dependia da experiência ou da percepção do indivíduo. Posteriormente essa teoria foi chamada de Mentalismo, como expressão da ênfase no fenômeno exclusivamente mental. 
 Mentalismo: doutrina que considera que todo conhecimento é função de um fenômeno mental e dependente da pessoa que o percebe ou vivencia. Berkeley afirmava ser a percepção a única realidade da qual se tem certeza, não se pode conhecer como precisão a natureza dos objetos físicos no universo experimental. Tudo que sabemos é como percebemos ou sentimos esses objetos. Então, sendo a percepção interna e subjetiva, não reflete o mundo exterior. O objeto físico nada mais é do que o acúmulo das sensações experimentadas simultaneamente, de forma que se associem à mente pelo hábito. sendo assim, o universo das nossas experiências é o somatório das sensações. 
David Hartley (1705 - 1757): A associação e por contiguidade e por repetição – para Hartley, a lei fundamental da associação é a contiguidade, que usou como base para explicar os processos da memorização, do raciocínio, da e moção e da ação voluntária e involuntária. Ideias ou sensações que ocorrem juntas, simultânea ou sucessivamente, tornam- se associadas, de modo que a ocorrência de uma resulta na ocorrência da outra. Para ele, a repetição das sensações e das ideias é necessária para a formação das associações. 
Repetição: noção de que, quanto mais frequente é a ocorrência de duas ideias simultâneas, mais rápida será sua associação. Influência Mecanicista: Hartley enxergava o mundo mental com base no mecanicismo, além de explicar os processos psicológicos com base nos princípios mecânicos, ele também tentou explicar da mesma forma os processos fisiológicos subjacentes. 
James Mill (1773- 1836): “A mente como um a máquina – Mill aplicou a doutrina do mecanicismo à mente humana com rara objetividade e clareza. Seu objetivo era destruir a ilusão a respeito de toda a subjetividade ou das atividades psíquicas e demonstrar que a mente não passava de uma máquina. Mill não se convencia com a argumentação dos empiristas de que a mente era semelhante á máquina apenas no seu funcionamento. A mente era um a máquina – funcionava da mesma forma previsível e mecânica de um relógio, era colocada em funcionamento por forças físicas externas e operada por forças físicas internas. De acordo com essa perspectiva, a mente é uma entidade completamente passiva e acionada totalmente por estímulos externos. a reação a esses estímulos é automática; a atitude não é espontânea. A teoria de Mill, no entanto, não com portava o conceito de livre-arbítrio. Para Mill, sensações e ideias são as únicas espécies de elementos mentais que existem.
Na linha tradicional empirismo associacionismo, todo conhecimento tem início com as sensações, das quais são derivadas as ideias complexas de nível mais elevado mediante o processo da associação, que é uma questão de contiguidade ou apenas de simultaneidade e pode ser sucessiva ou concomitante. 
John Stuart Mill (1806- 1873): “Química Mental – John lutava pela posição mecanicista de seu pai, James Mill, ou seja, a visão da mente passiva que reage mediante o estímulo externo. Para ele, a mente exercia um papel ativo na associação de ideias. Afirma que ideias complexas não são apenas o somatório de ideias simples por meio do processo de associação. Ideias complexas são mais que a simples soma das partes individuais (as ideias simples). Porque acabam adquirindo novas qualidades antes não encontradas nos elementos simples. Por exemplo: a mistura de azul, vermelho e verde nas proporções corretas resulta na cor branca, uma qualidade completamente nova. De acordo com essa perspectiva, conhecida como a síntese criativa, a combinação correta de elementos mentais sempre produz alguma qualidade distinta que não estava presente nos próprios elementos. Síntese Criativa: noção de que ideias complexas, formadas de ideias simples, adquirem novas qualidades; combinação dos elementos mentais cria um conjunto maior ou diferente do que a som a dos elementos originais.”

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