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modelo Ação Reconhecimento e Dissolução de União Estavel com guarda e alimentos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA____VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU/PR
		FULANA, brasileira, solteira, vendedora, portadora da cédula de identidade n. ************** – SSP/PR e do CPF/MF n° ******************, residente e domiciliada na Rua ********************** n° 123, ****************I, CEP: 85+859-280, nesta Cidade e Comarca de *****************, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seus Advogados que ao final assinam (procuração anexa), os quais receberão intimações no endereço constante do rodapé, com fulcro na Lei nº 9.278/96, propor a presente
AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C ALIMENTOS E GUARDA. 
em face de FULANO, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na Rua ******************** – Residencial–**************, , pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I – DOS FATOS
		A Requerente e o Requerido permaneceram em união estável durante 11 anos, deste relacionamento nasceu Eduardo Cordeiro Ramos, atualmente com 03 anos de idade (certidão de nascimento em anexo). 
		A união do casal era conhecida por terceiros (rol de testemunhas ao final) e por ambas as famílias e parentes do ex-casal, ou seja, convivência pública. 
		Viveram durante esses 11 (onze) anos em uma relação continua e duradoura, romperam o vinculo afetivo na data de 15 de Maio de 2014.
		A união mantida entre o casal era revestida de todos os elementos comuns ao casamento, ou seja, coabitação, o dever de fidelidade e lealdade, assim como de mútua assistência.
		A requerente exerce a guarda de fato do menor, sendo que a mesma pretende regulariza-la.
		O requerido se comprometeu verbalmente a pagar à requerente a título de alimentos o valor de somente R$ 100,00, sendo que no momento não supri todas as necessidades do menor.
		Contudo, cumpre aduzir que o valor estipulado verbalmente pelas partes sequer é suficiente para pagar o transporte escolar do menor (contrato de prestação de serviço em anexo). 
		Por todo o exposto, a Requerente preenche todos os requisitos legais para ser declarado por sentença o reconhecimento e a dissolução de união estável, bem como a guarda e os alimentos do menor.
II – DOS DIREITOS
II-A – DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA GRATUITA
A Requerente é pobre na acepção jurídica do termo e bem por isto não possui condições de assumir os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento e de sua família (Declaração de Insuficiência Econômica anexa), nos termos do que preceituam os Art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal; o parágrafo único, Art. 2º, da Lei n. 1.060/50 e o § 2º, Art. 1º, da Lei n. 5.478/68, necessitando do benefício da justiça gratuita.
II-B – DO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL E DA DISSOLUÇÃO
		A Constituição Federal de 1988, em seu Art. 226, § 3º, reconheceu, para efeito de proteção do Estado, a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar. Instituiu também, norma programática no sentido de a lei facilitar sua conversão em casamento.
				Após o dispositivo constitucional, adveio a Lei nº 8.971/94, que disciplinou o direito dos companheiros a alimentos e à sucessão. No entanto, não definiu o instituto da união estável, o que veio a acontecer apenas com a Lei nº 9.278/1996.
		Este último diploma legal, em seu artigo 1º, edificou o significado da união estável no momento em que dispôs que "é reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com o objetivo de constituição de família".
		O Novo Código Civil consolidou a matéria relacionada com a união estável – também denominado concubinato puro -, trazendo normas reguladoras da entidade entre os seus artigos 1.723 a 1.727.
II-C – DOS ALIMENTOS
A teor do Art. 1703 do Código Civil, os cônjuges são obrigados a contribuir na proporção de seus recursos, para o sustendo dos filhos, mesmo após o término do casamento. É o que depreende do texto legal:
“Art. 1703: Para a manutenção dos filhos, os cônjuges são obrigados a contribuir na proporção de seus recursos;”
Ademais, cumpre ressaltar a obrigação estabelecida pelo Código Civil, em seu Art. 1694, §1°:
“Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§1° Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.”
A requerente demonstrou ter necessidade da quantia de R$ 236,40 (duzentos e trinta e seis reais e quarenta centavos) mensais, ao passo em que a possibilidade do requerido arcar com tal quantia que compreende apenas 30% do salário mínimo vigente, detendo assim o binômio necessidade/possibilidade.
Assim, demonstrada a necessidade do filho menor e a possibilidade do requerido, rigor se impõe a condenação, para que a requerente não fique desamparada financeiramente.
II-D – DA GUARDA
 Conforme dispõe o Art. 1634, inciso II, do Código Civil, ter a companhia e a guarda dos filhos é complemento do dever de educá-los e criá-los, eis que a quem incumbe criar, incumbe igualmente guardar; e o direito de guardar é indispensável para que possa, sobre o mesmo, exercer a necessária vigilância, fornecendo-lhes condições materiais mínimas de sobrevivência, sob pena de responder pelo delito de abandono material, moral e intelectual.
No pleito em tela, resta provado ter a requerente condições psicológicas e emocionais para cuidar dos menores, valendo esclarecer que os menores têm uma ótima convivência com aquela, requerendo que seja deferida judicialmente.
Tal pedido encontra amparo legal no Art. 33 §1° do ECA, devendo ser deferida.
II-E – DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
A teor do Art. 4° da Lei de Alimentos, comprovados o parentesco, a necessidade e a possibilidade, de rigor se impõe a fixação de alimentos provisórios.
Art. 4°: Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.”
Ademais, no caso em análise, restou comprovada a necessidade da fixação de tal provisão legal, face à dificuldade financeira enfrentada pela requerente, comprometendo sua subsistência e seu desenvolvimento.
III – DOS PEDIDOS
		Diante do exposto e mais pelo que poderá ser suprido pelo impoluto conhecimento desse juízo, requer-se:
a) O recebimento da presente peça vestibular e a concessão da assistência judiciária gratuita, nos termos da lei;
b) A Citação do Requerido, no endereço registrado no preâmbulo, para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de revelia, acompanhando-a até final decisão;
c) Seja julgada procedente a presente ação para reconhecer a união estável entre FULANA e FULANO e, logo em seguida, dissolvida esta união estável em 15 de Maio de 2014; 
d) Seja declarada a guarda do menor em favor da requerida, em seguida;
e) A fixação dos alimentos provisórios em R$ 236,40 (duzentos e trinta e seis reais e quarenta centavos), com depósitos na conta AG 4156 OP 013 CONTA 00018837-0; 
f) Seja decretada o valor de 30 % do salário do requerente a título de alimentos, devendo ser depositado no 10º dia de cada mês na conta AG 4156 OP 013 CONTA 00018837-0.
g) A ciência do Ilustre Representante do Ministério Público;
h) Protesta produção de todos os meios de provas em direito permitidas, depoimento pessoal do Requerido, em especial a testemunhal, rol segue abaixo, consoante documentos que neste ato se juntam;
i) A condenação do Requerido ao pagamento de custas processuais e de honorários advocatícios, no percentual a ser fixado por este Juízo;
		Atribui-se à causa o valor de R$ 788,00 (setecentos e oitenta e oito reais), para todos os efeitos legais.
		Rol de Testemunhas que comparecerão sem necessidade de intimação:
		Nestes termos, pede deferimento.
Foz do Iguaçu, 04 de Novembro de 2015.
	
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