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AULA 6 MODIFICADA D EMEPRESARIAL 2

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EMPRESARIAL II
AULA 06
TÍTULOS DE CRÉDITO
EXERCÍCIOS SOBRE A MATÉRIA DA AULA ANTERIOR
AULA 4 – LETRA DE CÂMBIO E NOTA PROMISSÓRIA
. (FUNDATEC/2018 - Prefeitura de Santa Rosa - RS - Auditor Fiscal)
Analise as assertivas a seguir a respeito de títulos de crédito, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento.
( ) Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do portador.
( ) O pagamento de título de crédito pode ser garantido por aval, sendo que este pode ser parcial ou total.
( ) O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor.
( ) No caso de título à ordem, o endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) F – V – F – V – F.
B) V – F – V – V – F.
C) F – V – F – F – V.
D) V – F – F – V – V.
E) F – V – V – F – F.
RESPOSTA: Alternativa “d”.
(V) Art. 889. §1º É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento.
(F) Art. 889. §2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente.
(F)  Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
ATENÇÃO! Em se tratando de títulos típicos/nominados, é plenamente admissível a figura do aval parcial:
Enunciado 39 da I Jornada de Direito Comercial: “Não se aplica a vedação do art. 897, parágrafo único, do Código Civil, aos títulos de crédito regulados por lei especial, nos termos do seu art. 903, sendo, portanto, admitido o aval parcial nos títulos de crédito regulados em lei especial”.
(V) Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor
(V) Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título.
2. (VUNESP/2018 -TJ/SP - Juiz Substituto)
A ausência de indicação de data de emissão em nota promissória
A) torna-a inexigível como título executivo extrajudicial.
B) extingue o crédito.
C) torna-a inexigível como título executivo judicial.
D) não gera qualquer consequência.
RESPOSTA: Alternativa “a”.
INFORMATIVO 409 STJ
NOTA PROMISSÓRIA. NULIDADE. TÍTULO EXECUTIVO.
A jurisprudência pacífica deste Superior Tribunal entende que a ausência da indicação expressa da data de emissão descaracteriza a nota promissória como título executivo. (Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em 1º/10/2009).
“É pacífica a jurisprudência desta Corte de que a irregularidade formal de ausência de indicação da data de emissão da nota promissória afasta a exigibilidade do título” (AgInt no AREsp 1.280.469). O STJ entende que “a data de emissão da nota promissória é essencial para que se possa verificar a capacidade do emitente que assumiu a obrigação, bem assim para a escorreita contagem dos prazos de vencimento nos casos de títulos emitidos com termo certo” (AgRg no AREsp 733.863).
3. (CESPE/CEBRASPE/2017 - DPE-AC - Defensor Público)
Com relação à nota promissória, assinale a opção correta.
 
A) Para que a cartularidade dessa nota seja garantida, é necessário aceite.
B) É vedada, nesse tipo de título, a utilização de cláusula não à ordem.
C) A obrigação constante desse título deve ficar sujeita a uma condicionante.
D) A referida nota é uma promessa de pagamento.
E) A emissão dessa nota exige vinculação a um negócio jurídico.
RESPOSTA: Alternativa “d”.
a) Para que a cartularidade dessa nota seja garantida, é necessário aceite. ERRADO 
- Não há que se falar em aceite quando se tratar de título de crédito na espécie nota promissória.
b) É vedada, nesse tipo de título, a utilização de cláusula não à ordem. ERRADO
- A nota promissória possui, de forma implícita, a cláusula à ordem. Entretanto, não é vedado a utilização de cláusula não à ordem, hipótese em que esta deverá constar expressamente no título.
c) A obrigação constante desse título deve ficar sujeita a uma condicionante. ERRADO
Os títulos de crédito são, nos termos do artigo 887 do CC, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, semente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
d) A referida nota é uma promessa de pagamento. CERTO
- A nota promissória é uma promessa de pagamento que uma pessoa faz em favor de outra. É promessa de pagamento e NÃO ordem de pagamento.
e) A emissão dessa nota exige vinculação a um negócio jurídico. ERRADO
- Assim como os demais títulos de crédito, a nota promissória NÃO exige sua vinculação a um negócio jurídico. Tal premissa está diretamente relacionada ao princípio da autonomia.
4. (FGV/2018 - XXVI Exame OAB)
Três Coroas Comércio de Artigos Eletrônicos Ltda. subscreveu nota promissória em favor do Banco Dois Irmãos S.A. com vencimento a dia certo. Após o vencimento, foi aceita uma proposta de moratória feita pelo devedor por 120 (cento e vinte) dias, sem alteração da data de vencimento indicada no título. O beneficiário exigiu dois avalistas simultâneos, e o devedor apresentou Montenegro e Bento, que firmaram avais em preto no título. Sobre esses avais e a responsabilidade dos avalistas simultâneos, assinale a afirmativa correta.
 
A) Por ser vedado, no direito brasileiro, o aval póstumo, os avais simultâneos são considerados não escritos, inexistindo responsabilidade cambial dos avalistas.
B) O aval lançado na nota promissória após o vencimento ou o protesto tem efeito de fiança, respondendo os avalistas subsidiariamente perante o portador.
C) O aval póstumo produz os mesmos efeitos do anteriormente dado, respondendo os avalistas solidariamente e autonomamente perante o portador.
D) O aval póstumo é nulo, mas sua nulidade não se estende à obrigação firmada pelo subscritor (avalizado), em razão do princípio da autonomia.
RESPOSTA: Alternativa “c”. 
A empresa Três Coroas é credora do Banco Dois Irmãos, através da nota promissória. Ocorre que a mesma (nota promissória) venceu, mas o credor prorrogou o vencimento pelo prazo por 120 dias e requereu dois avalistas simultâneos (se são simultâneos, possuem responsabilidade solidária, ou seja, são responsáveis pela mesma obrigação). Trata-se de aval póstumo que possui o mesmo efeito do aval realizado antes do vencimento do título, de acordo com o artigo 900, do Código Civil, que dispõe: “O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.”. Assim, Montenegro e Bento respondem solidariamente e automaticamente pelo valor.
a) ERRADA, pois o aval póstumo não é vedado pelo ordenamento jurídico brasileiro. O artigo 900, do Código Civil, permite o aval póstumo.
b) ERRADA, pois jamais o aval poderá ser equiparado ou equivalente à fiança. Tratam-se de institutos diferentes, garantias distintas.
d) ERRADA, pois o aval não é nulo. 
5. (FGV/2018 - XXV Exame OAB)
Para realizar o pagamento de uma dívida contraída pelo sócio M. Paraguaçu em favor da sociedade Iguape, Cananeia & Cia Ltda., o primeiro emitiu uma nota promissória à vista, com cláusula à ordem no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
De acordo com essas informações e a respeito da cláusula à ordem, é correto afirmar que
A) a nota promissória, na omissão dessa cláusula, somente poderia ser transferida pela forma e com os efeitos de cessão de crédito.
B) a cláusula implica a possibilidade de transferência do título por endosso, sendo o endossante responsável pelo pagamento, salvo cláusula sem garantia.
C) a cláusula implica a possibilidade de transferência do título por endosso, porque a modalidade de vencimento da nota promissória é à vista.
D) tal cláusula implica a possibilidade de transferência do título por cessão de crédito, não respondendo o cedente pela solvência do emitente, salvo cláusula de garantia.
RESPOSTA: Alternativa “b”.
Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a naturezadeste título, as disposições relativas as letras e concernentes: (...) Endosso (artigos 11 a 20); LUG
art. 11 - Toda a letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula a ordem, é transmissível por via de endosso.
art. 15 - O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento as pessoas a quem a letra for posteriormente endossada. Endosso sem garantia ou proibitivo: não vincula o endossante na qualidade de coobrigado. Esta cláusula necessita ser expressa. Assim, o endossante só irá pagar ao seu endossatário, ou seja, não garante o pagamento a terceiros.
AULA 6 - DUPLICATA
1. Conceito; Causalidade
2. Classificação; Elementos pessoais e requisitos essenciais
3. Dinâmica – remessa, aceite e devolução
4. Endosso, aval, protesto
5. Triplicata; Duplicata simulada
6. Prescrição
CONCEITO
	É um título de crédito decorrente de contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços, assimilado aos títulos cambiários por determinação legal. 
- Legislação aplicável: Lei nº 5.474/68
	
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador.
- a emissão da duplicata é facultativa. 
 a duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro;
- à sua larga utilização deve-se a quase inexistência da letra de câmbio no comércio nacional.
CAUSALIDADE
- a duplicata mercantil é título causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil.
Exemplo
	Se o locador de veículos emite duplicata para cobrar o devido pelo locatário, o ato extrapola a autorização da lei, que não alcança a atividade de locação. 
	Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio.
Características...
A duplicata mercantil circula como qualquer outro título de crédito. Isso significa que ela comporta:
 	- endosso; 
	- que o endossante responde pela solvência do devedor; 
	- que o executado não pode opor contra terceiros de boa-fé exceções pessoais; 
	- que as obrigações dos avalistas são autônomas em relação às dos avalizados, etc. 
Livro de Registro de Duplicatas
A lei impõe ao empresário que opta pelo saque da duplicata o dever de escriturar um livro obrigatório, o Livro de Registro de Duplicatas (LD, art. 19);
Classificação das duplicatas
a) quanto ao modelo – VINCULADO; 
b) quanto à estrutura – ORDEM DE PAGAMENTO; 
c) quanto às hipóteses de emissão – CAUSAL; 
d) quanto à circulação – NOMINATIVO.
 
Elementos pessoais
SACADOR: é o comerciante que vende a mercadoria;
SACADO: é o comprador, aquele que se obriga a pagar a obrigação.
Requisitos essenciais (art. 2º, § 1º, LD)
	- data de vencimento (ou declaração de ser à vista);
Obs. são vedadas as modalidades de vencimento “a certo termo”.
DINÂMICA: REMESSA, ACEITE E DEVOLUÇÃO
- emitida a fatura, no mesmo ato poderá ser extraída a duplicata, obedecido o padrão fixado pelo Conselho Monetário Nacional (LD, art. 27; Resol. BC nº 102/68); 
- nos 30 dias seguintes à emissão, o sacador deve remeter a duplicata ao sacado (art. 6º, § 1º);
- se o título é emitido à vista, o comprador, ao recebê-lo, deve proceder ao pagamento da importância devida; se a prazo, ele deve assinar a duplicata, no campo próprio para o aceite, e restituí-la ao sacador, em 10 dias. 
- isto é, se não existirem motivos para a recusa do aceite, a duplicata é devolvida ao vendedor (art. 7º, LD).
- diversamente da letra de câmbio, o aceite do sacado na duplicata é obrigatório; (REGRA)
- porém, a LD apresenta exceções à regra, ao admitir a recusa do aceite nos casos especificados no art. 8º, logo, essa recusa não pode ocorrer pela simples vontade do sacado;
A recusa só pode ocorrer nos seguintes casos (art. 8º, LD): 
a) avaria ou não recebimento das mercadorias, quando transportadas por conta e risco do vendedor; 
b) vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade; 
c) divergência nos prazos ou preços combinados.
ENDOSSO, AVAL, PROTESTO E COBRANÇA
a) Endosso
- permite-se o endosso da duplicata, até mesmo porque um dos seus requisitos essenciais, já estudados, é a cláusula à ordem.
Obs. Impossibilidade de ser inserida a “cláusula não à ordem” no ato de emissão da duplicata, até mesmo porque a cláusula à ordem é um requisito essencial. 
b) Aval
	- admite-se o aval na duplicata, ainda que posterior ao vencimento do título, produzindo idênticos efeitos aos já estudados na letra de câmbio (art. 12, LD).
	Art. 12. O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval... 
	
c) Protesto (Lei nº 9.492/97)
- a duplicata pode ser protestada por falta de aceite, de devolução ou de pagamento (art. 13, LD);
- permite-se o protesto, ainda que sem a apresentação do título no cartório; exceção à cartularidade (art. 13, § 1º, LD).
- o protesto deve ser providenciado, pelo credor, no prazo de 30 dias, seguintes ao vencimento da duplicata, sob pena de perda do direito creditício contra os codevedores do título e seus avalistas (art. 13, § 4º, LD);
	- contra o devedor principal (sacado) e seu avalista, não se faz necessário o protesto para fins de cobrança do crédito, desde que tenha aceite.
Triplicata
- a triplicata nada mais é do que uma cópia da duplicata que foi perdida ou extraviada, possuindo ela os mesmos efeitos, requisitos e formalidades da duplicata que substituiu (art. 23);
	- a duplicata é passível de remessa para aceite e, por isso, está sujeita a riscos maiores de perda ou mesmo de destruição, do que outros títulos.
QUESTÃO: A triplicata pode ser extraída no caso de retenção da duplicata encaminhada para aceite?
RESPOSTA: Sim, conforme entendimento do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA:
“(...) É pacífico na jurisprudência que se admitem triplicatas emitidas em razão da não devolução das duplicatas originalmente enviadas ao devedor [para aceite]. Interpretação extensiva do art. 23 da Lei nº 5.474/1968 (Lei das Duplicatas). (...).” (STJ, REsp 1.307.016/SC, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, de 09/03/2015)
DUPLICATA SIMULADA
- a lei considera infração penal a emissão de duplicata sem a correspondente venda efetiva de mercadoria (art. 172, CP).
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado.
	Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas.
PRESCRIÇÃO (art. 18, LD)
- Em regra, o prazo prescricional da duplicata é de 3 anos, contado da data de vencimento contra o devedor principal (sacado) e seus respectivos avalistas;
Porém, a LD estabelece mais 2 prazos:
		
		1 ano da data do protesto – contra endossantes e seus avalistas;
		1 ano da data do pagamento – quando movida por um coobrigado contra os demais. 
EXERCÍCIOS 
1. Quanto aos títulos de crédito, é correto afirmar:
(A) a emissão de duplicata mercantil que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, corresponde a ilícito civil, sem consequências criminais.
(B) emitida a letra de câmbio pelo sacador, nasce de imediato a obrigação cambial de pagamento do título ao sacado.
(C) embora não admitam aceite, as notas promissórias podem ser emitidas com vencimento a certo termo da vista, devendo o credor, nessa hipótese, apresentar o título ao visto do emitente no prazo de um ano do saque.
(D) o credor do cheque pode responsabilizar o banco sacado pela inexistência ou insuficiência de fundos disponíveis, dada a responsabilidade objetiva do estabelecimento bancário.
(E) a divergência nos prazos ou nos preçosajustados com o vendedor não é motivo de recusa de aceite de uma duplicata mercantil pelo comprador.
2. Em relação à duplicata mercantil e à nota promissória, analise as seguintes afirmações:
I. A nota promissória é uma promessa de pagamento. Seu subscritor é o devedor principal e se trata de título que não admite aceite, embora possa ser endossado.
II. A duplicata mercantil deve ser emitida com base na fatura, correspondente a uma compra e venda mercantil e deve ser aceita pelo comprador, que só pode recusá-la em situações expressamente previstas em lei.
III. Somente a duplicata aceita pode ser objeto de protesto cambial.
Está integralmente correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) II.
(B) II e III.
(C) I.
(D) I e II.
(E) I e III.
3. Com relação à duplicata, é correto afirmar que:
(A) a sua exigibilidade em relação ao devedor principal (sacado) depende do prévio registro no cartório de protesto de títulos competente.
(B) só pode ser emitida, se o crédito por ela representado for oriundo de relação de compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços.
(C) pode ser sacada para representar créditos relativos a contrato de mútuo.
(D) a sua exigibilidade em relação ao endossante depende do esgotamento das tentativas de cobrança do crédito em relação ao devedor principal, na via judicial.
(E) constitui título executivo, independentemente de qualquer outra formalidade, mesmo quando não aceita pelo sacado.
RESPOSTAS
1. (FCC/ MP-CE/ PROMOTOR/ 2009) Alternativa “c”.
2. (FCC/ JUIZ/ TJ-AP/ 2009) Alternativa “d”.
3. (FCC/ JUIZ/ TJ-MS/ 2010) Alternativa “b”.
EXERCÍCIOS
1. (FCC/2020 - TJ/MS - Juiz Substituto)
De acordo com a Lei n° 5.474/1968, que dispõe sobre as duplicatas,
 A) é vedado ao comprador resgatar a duplicata antes de aceitá-la.
B) o pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, mas o aval dado posteriormente ao vencimento do título não produz efeitos.
C) não se incluirão, no valor total da duplicata, os abatimentos de preços das mercadorias feitas pelo vendedor até o ato do faturamento, desde que constem da fatura.
D) a duplicata não admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento.E) as fundações, mesmo que se dediquem à prestação de serviços, não podem emitir duplicata.
RESPOSTA 
Alternativa “c”.
Art . 3º A duplicata indicará sempre o valor total da fatura, ainda que o comprador tenha direito a qualquer rebate, mencionando o vendedor o valor líquido que o comprador deverá reconhecer como obrigação de pagar.
§ 1º Não se incluirão no valor total da duplicata os abatimentos de preços das mercadorias feitas pelo vendedor até o ato do faturamento, desde que constem da fatura.
2. (CONSULPLAN/2018 - TJ/MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros)
Com relação à duplicata é correto afirmar que:
A) É protestável por falta de aceite ou de pagamento.
B) O protesto será tirado na praça de pagamento escolhida pelo portador.
C) Para que o protesto seja tirado, em todos os casos, é necessária a apresentação da duplicata ou da triplicata.
D) O portador que não tirar o protesto da duplicata no prazo legal perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas.
RESPOSTA 
Alternativa “d”.
a) Errada
LEI Nº 5.474/68
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento." 
b) Errada
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. [...]
§ 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título.".
c) Errada
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. [...]
§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título.
d) CORRETA 
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. [...]
§ 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas.".
EXERCÍCIOS DO CADERNO
1. CASO CONCRETO
(TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada "duplicata virtual '', "duplicata escritural" ou "duplicata eletrônica", esclareça como se dá o seu saque e quais são os requisitos necessários para que tenha eficácia executiva, bem como forneça dois argumentos, retirados exclusivamente da Lei 5.474168 que, em tese, não permitiriam a constituição do crédito cambial na forma esclarecida
RESPOSTA
A duplicata é um título causal, razão pela qual só pode ser emitida havendo causa específica, ou seja, nos casos de compra e venda mercantil ou prestação de serviços mercantil. Na "duplicata virtual", há uma mitigação do princípio da cartularidade, visto que, de acordo com tal princípio, os títulos de crédito devem se consubstanciar num documento físico. Vale ressaltar que a Lei n° 5.474/1968, em seu artigo 13, §1 º, exige a apresentação do título para protesto, e no artigo 6°, exige sua apresentação ao devedor. Todavia, o artigo 899, § 3º, do Código Civil preconiza que o título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, levando a crer que é admissível a emissão de duplicatas virtuais, o que já é aceito na doutrina e jurisprudência. 
2. Questão Objetiva 
(Magistratura PE – FCC/2011) No que tange à duplicata: 
a) o comprador poderá deixar de aceitá-la por vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, exclusivamente. 
b) é lícito ao comprador resgatá-la antes do aceite, mas não antes do vencimento. 
c) trata-se de título causal, que por isso não admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento. 
d) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. 
e) em nenhum caso poderá o sacado reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, devendo comunicar eventuais divergências à apresentante com a devolução do título. 
RESPOSTA
Alternativa “d” – fundamento: art. 13, LD.
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento.
§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título.

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