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Maioridade penal

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Colégio: Benedicto de Oliveira Barros Aluna: Rebeca Souza Serie: 8° Ano B Data: 30/05/2017 Professor: Agnaldo 
Maioridade Penal 
A questão da maioridade penal está novamente em foco no Congresso, com a possível aprovação da redução da maioridade de 18 para 16 anos no caso de alguns crimes. Mas você sabe exatamente como funciona o sistema penal de menores hoje em dia, e por que ele funciona desse jeito?
O Politize vai esclarecer essas questões para, mostrando como o Brasil julga crimes cometidos por menores de idade, quais os princípios que guiam o procedimento legal para esses jovens e como isso pode mudar com a aprovação da PEC 171/93. 
iMPORTANTE: NÃO CONFUNDA MAIORIDADE PENAL COM RESPONSABILIDADE PENAL!
 Vamos entender a diferença entre maioridade penal e responsabilidade penal. São parecidos, mas são coisas diferentes! A maioridade penal se refere à idade em que a pessoa passa a ter responder criminalmente como um adulto, ou seja, quando ele passa a responder ao Código Penal. Já a responsabilidade penal pode ser atribuída as jovens com idade inferior à da maioridade penal. Para essa responsabilidade, muitos países também costumam atribuir uma idade mínima.
A MAIORIDADE PENAL NO BRASIL
 A maioridade penal a partir dos 18 anos está estabelecida na Constituição, no artigo 228, que afirma que os menores de idade são inimputáveis e está sujeitos a norma especial. Mas por que 18 anos, e não qualquer outra idade? Isso tem a ver com a chamada doutrina da proteção integral, uma diretriz internacional criada a partir da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, adotada pela Organização das Nações Unidas em 1989.
Apesar de que a convenção não determina qual idade deve ser escolhida para a maioridade penal, ela define como criança todo ser humano com menos de 18 anos de idade. O Brasil e quase todos os países do mundo são signatários desse tratado e grande parte deles baseia seu sistema penal para jovens a partir dessa convenção.
A doutrina da proteção integral aparece mais claramente no artigo 227 da Constituição, que fala sobre a obrigação da família, da sociedade e do Estado de assegurar, com prioridade absoluta, à criança, ao adolescente e ao jovem os seus direitos fundamentais. Por tudo isso, antes de completar 18 anos de idade, uma pessoa não pode ser responsabilizada como um adulto no Brasil.
 E QUAL A NORMA ESPECIAL DEDICADA AOS MENORES DE 18 ANOS?
Essa norma é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A ECA foi promulgada em 1990 e é o instrumento legal que consolida as garantias da Constituição aos jovens. Ele garante vários direitos para crianças e adolescentes, como direito à saúde, à educação, à liberdade, entre outros. Além disso, ele determina as medidas que devem ser tomadas quando o adolescente comete alguma infração.
Como esse estatuto está baseado no que rege a Constituição, o seu objetivo é que os jovens sejam protegidos e tenham seus direitos garantidos. Por isso, a lógica dele é diferente do Código Penal, que tem como objetivo estabelecer punições adequadas para os vários tipos de crime. A ECA tem um caráter protetivo e pedagógico. As medidas da ECA prezam pela educação do jovem, e não pela punição.
Até a linguagem adotada no Estatuto muda em relação ao Código Penal: a ECA não fala de crimes, e sim de infrações; também não menciona pena, e sim medidas socioeducativas.

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