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Princípios do Direito Administrativo

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2º modulo material adm I
Princípios do Direito Administrativo 
Slides II 
Princípios do Direito Administrativo 
No DA são proposições básicas, fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturas e institutos; alicerces e parâmetros para a interpretação das demais normas jurídicas. 
No regime jurídico administrativo podem ser implícitos ou expressos.
ATENÇÃO: art. 37 CF/88
 
5 Princípios mínimos que a Administração Direta e Indireta devem obedecer. 
LIMPE 
L -I -M -P -E 
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. 
Lei 9.784/99 – Processo Administrativo 
Art. 2o - legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
moralidade, razoabilidade, legalidade, proporcionalidade, finalidade 
MO-RA LEGAL, PRO-Fi! 
ampla defesa, motivação, eficiência, interesse público, segurança jurídica, contraditório, 
A-M-E-I SE-CO! ❤ 
C.A.B. de M. - Supraprincípios: 
Princípio da Supremacia do interesse público sobre o interesse particular; 
Princípio da indisponibilidade do interesse público. 
Princípios Administrativos 
Princípios Expressos 
Legalidade 
Impessoalidade 
Moralidade 
Publicidade 
Eficiência 
Princípios Reconhecidos 
Princípio da Supremacia do Interesse Público 
Princípio da Autotutela 
Princípio da Indisponibilidade 
Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos 
Princípio da Segurança Jurídica (proteção à confiança) 
Princípio da Precaução 
Princípio da Razoabilidade 
Princípio da Proporcionalidade 
Princípio da Supremacia do Interesse Público 
Determina privilégios jurídicos e um patamar de superioridade do interesse público sobre o particular. 
Prerrogativas e obrigações não extensíveis aos particulares. 
Princípio geral do direito, inerente a qualquer sociedade, como condição de sua existência e como pressuposto lógico do convívio social; 
NÃO ESTÁ ESCRITO EXPRESSAMENTE NA CONSTITUIÇÃO; 
Várias regas constitucionais que aludem a ele ou impliquem nessa superioridade do interesse público; 
Desapropriacão – aquisição por parte do Estado da propriedade do particular, independentemente da vontade deste; (forma de aquisição originária da propriedade); 
Art.5o, XXIV - Desapropriação comum ou ordinária, por necessidade, utilidade pública e interesse social, garantida a indenização prévia, justa e em dinheiro. 
Arts. 184 e 191 - desapropriação em razão do desrespeito à função social da propriedade protegida pela Constituição Federal, como forma de sanção – extraordinária. 
Requisição de bens do particular – art. 5o, XXV iminente perigo, proteção ao meio ambiente, relações de consumo 
Convocação de particulares (requisição de serviços) – convocação de mesários; 
Prazos Processuais em dobro para União, Estados, DF, Municípios, autarquias e fundações para recorrer, contestar e responder recurso (exceto quando a lei estabelecer prazo próprio) 
No CPC 1973, o prazo era em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar; Prazo para responder recurso é simples; 
Dever o particular em dar passagem no trânsito; 
Impossibilidade de perda de bens por usucapião (imprescritibilidade dos bens públicos; 
Possibilidade de cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos 
Identificável em vários institutos do DA: 
Prerrogativas do regime público de algumas pessoas jurídicas, como as autarquias que possuem privilégios tributários e processuais, proteção especial quanto aos bens e o regime de precatório para agendamento dos seus débitos judiciais; 
Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade, de autoexecutoriedade e de imperatividade, pois são morais, legais e verdadeiros até que se prove o contrário; 
Contratos administrativos – possibilidade de modificação ou rescisão unilateralmente de um contrato etc 
Princípio da indisponibilidade do interesse público 
Server para limitar a atuação do agente público, funcionando como um contrapeso à superioridade contida no princípio da supremacia. 
“Em nome da supremacia do interesse público, o Administrador pode muito, pode quase tudo, mas não pode abrir mão do interesse público.” 
O administrador tem o dever de guardar, aprimorar e conservar os bens, direitos e interesses públicos; 
Mas o que é INTERESSE PÚBLICO? 
Categoria contrária ao interesse privado, individual; 
C.A.B. de M.: “o interesse público deve ser conceituado como o interesse resultante do conjunto dos interesses que os indivíduos pessoalmente têm quando considerados em sua qualidade de membros da Sociedade e pelo simples fato de o serem.” 
Alice Gonzalez Borges: “Somatório de interesses individuais coincidentes em torno de um bem da vida que lhes significa um valor, proveito ou utilidade de ordem moral ou material, que cada pessoa deseja adquirir, conservar ou manter em sua própria esfera de valores e que passa a ser público quando dele participa e compartilha um tal número de pessoas que o mesmo passa a ser identificado como um querer valorativo predominante da comunidade.” 
Interesse público 
Primário: o resultado da soma dos interesses individuais enquanto partícipes de uma sociedade; interesses públicos propriamente ditos. 
Secundário: consiste nos anseios do Estado, PJ, um simples sujeito de direitos; são os interesses privados desse sujeito. 
O Estado apenas pode defender seus próprios interesses privados quando não conflitar com os interesses públicos primários; 
Existem limites ao interesse público? 
• Sim. A administração deve respeito ao interesse privado, obedecendo ao direito adquirido, à coisa julgada e ao ato jurídico perfeito. 
• O Problema da indefinição do conceito; 
• Crítica ao DA baseado na supremacia e indisponibilidade do interesse público. 
• Problemas no exercício da atividade administrativa, justificando muitas vezes abusos e arbitrariedades dos administradores; 
• Marçal Justen Filho 
• “critério da ‘supremacia do interesse público” apresenta utilidade reduzida, uma vez que não há interesse único a ser reputado como supremo e que esse instrumento não permite resolver de modo satisfatório os conflitos, nem fornece um fundamento consistente para as decisões administrativas.” 
• Personalização do direito administrativo que retrata a rejeição à supremacia da burocracia sobre a sociedade civil. Volta-se contra fenômeno usual: a propósito de identificar o “interesse público”, o agente público acaba por escolher a realização de fins mais convenientes ao aparato administrativo, o diz inadmissível, uma vez que a atividade administrativa tem de legitimar-se como via de realização dos interesses de todos os seres humanos.” 
• Alice Borges situa o problema na aplicação e não na existência em si. 
Questões 
• (MP/MG, 2008) O princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular permite a existência das chamadas cláusulas exorbitantes no bojo dos contratos administrativos, em prol da Administração Pública 
• (Procurado do DF, Esaf) O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é princípio geral do Direito. Nesse diapasão, como expressão dessa supremacia, a Administração, por representar o interesse público, tem a possibilidade, nos termos da lei, de constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais 
• (Auditor da Receita Federal, Esaf) A aplicação do regime jurídico-administrativo autoriza que o Poder Público execute ações de coerção sobre os administrados sem necessidade de autorização judicial 
• (AGU, Cespe) A exigibilidade do ato administrativo decorre, também, da posição de supremacia da Administração na relação com os particulares 
Questões 
• (MP/MG, 2008) O princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular permite a existência das chamadas cláusulas exorbitantes no bojo dos contratos administrativos, em prol da Administração Pública 
• Correto 
• (Procurado do DF, Esaf) O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é princípio geral do Direito. Nesse diapasão, como expressão dessa supremacia, a Administração, por representar o interessepúblico, tem a possibilidade, nos temos da lei, de constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais 
• Correto 
• (Auditor da Receita Federal, Esaf) A aplicação do regime jurídico-administrativo autoriza que o Poder Público execute ações de coerção sobre os administrados sem necessidade de autorização judicial 
• Correto 
• (AGU, Cespe) A exigibilidade do ato administrativo decorre, também, da posição de supremacia da Administração na relação com os particulares 
• Correto 
Questões 
• (Magistratura/SP, 2009) A demora da Administração Pública em cumprir com a obrigação de saldar os débitos líquidos, certos e devidamente requisitados pelo Poder Judiciário por meio de precatório judicial, ainda que sob a ótica doutrinária, ofende o princípio da supremacia do interesse público primário do Estado, considerando que a demora da solução dos precatórios atende exclusivamente ao interesse secundário do Estado. 
• (Auditor da Receita Federal, Esaf) O regime jurídico-administrativo compreende um conjunto de regras e princípios que baliza a atuação do Poder Público, exclusivamente, no exercício de suas funções de realização do interesse público primário. 
• (Analista da CGU, Esaf) Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que os interesses públicos e privados são equitativos entre si 
Questões 
• (Magistratura/SP, 2009) A demora da Administração Pública em cumprir com a obrigação de saldar os débitos líquidos, certos e devidamente requisitados pelo Poder Judiciário por meio de precatório judicial, ainda que sob a ótica doutrinária, ofende o princípio da supremacia do interesse público primário do Estado, considerando que a demora da solução dos precatórios atende exclusivamente ao interesse secundário do Estado. 
• Correto 
• (Auditor da Receita Federal, Esaf) O regime jurídico-administrativo compreende um conjunto de regras e princípios que baliza a atuação do Poder Público, exclusivamente, no exercício de suas funções de realização do interesse público primário. 
• Errado 
• (Analista da CGU, Esaf) Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que os interesses públicos e privados são equitativos entre si 
• Errado Prof.
• Princípio da Legalidade 
• Expressão máxima do Estado Democrático de Direito; 
• Art. 5o, II, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
• Art. 37, caput; 
• Art. 84, IV, o ato administrativo é subordinado à lei e visa a permitir a sua fiel execução; 
• Art. 150, I, não há tributo sem lei anterior que o defina; 
• Legalidade no Direito Privado - Princípio da não contradição à lei; 
• Legalidade no Direito Público - Princípio da subordinação a lei; 
• Não exclui o exercício da atuação discricionária do administrador, considerando a conveniência e a oportunidade do interesse público, o juízo de valor da autoridade e a sua liberdade; 
• Atos discricionários e Atos arbitrários 
• Discricionários: têm como base a conveniência e a oportunidade do interesse público, admitindo um juízo de valor por parte do agente público, com liberdade, estando essa restrita aos limites da regra geral; 
• Arbitrário: atos praticados fora dos limites da norma, ato ilegal, inválido, que deve ser retirado da ordem jurídica; 
 
• Jurisprudência reconhece atualmente a legalidade em sentido amplo: condiciona-o não apenas à aplicação da lei, mas também às regras constitucionais, sendo possível o controle da legalidade de um ato e sua revisão em face de qualquer espécie normativa, inclusive para a realização de princípios e regras constitucionais; 
• CUIDADO ⚠ 
• Princípio da LEGALIDADE não é princípio da RESERVA DE LEI! 
•Regulamentação de determinadas matérias para a qual a Constituição indica uma espécie normativa específica. 
•Ex: relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa é matéria reservada à lei complementar; 
• C. A. B. de M.: Três restrições excepcionais ao princípio da legalidade: 
• 1) Medida Provisória – Não são leis, mas tem força de lei; exercem o papel de lei, mas têm características, pressupostos e efeitos diferentes; 
• 2) Estado de defesa – 136, CF; 
• 3) Estado de Sítio – 137, CF. 
• Teoria da Supremacia especial 
• Proposta europeia de novo alcance do princípio da legalidade 
• A teoria identifica duas espécies de relação jurídica entre a Administração e os particulares: 
• 1. Relações de sujeição ou supremacia geral 🡪 são os vínculos jurídicos comuns que ligam a Administração e os particulares no contexto do poder de polícia. 
• 2. Relações de sujeição ou supremacia especial 🡪 algumas situações ensejadoras de relações jurídicas peculiares marcadas por uma maior proximidade diante da estrutura estatal, surgindo a hipótese de o particular ingressar, física ou juridicamente, na intimidade da Administração Pública, de modo a atrair a incidência de um conjunto especial de princípios e normas derrogatórias da disciplina convencional aplicável ao poder de polícia. 
•Ex de relações de sujeição especial: usuário de biblioteca municipal e o aluno de universidade pública; (Questão doméstica da Administração) 
• Nestes casos, admite-se a criação de deveres e proibições por meio de ato administrativo 
Bloco da Legalilidade – Mazza 
• Princípio da Impessoalidade 
• A atuação do agente público deve basear-se na ausência de subjetividade; 
• Objetiva a igualdade de tratamento que a Administração deve aplicar aos administrados que se encontrem em idêntica situação jurídica – princípio da isonomia; 
• C.A.B de M.: 
• “traduz a ideia de que a Administração tem de tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo, nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem interferir na atuação administrativa”. (...) “o princípio em causa não é senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia” 
• Dois aspectos: 
• 1.Dever de atendimento ao interesse público; 
• 2. A atividade administrativa exercida por um agente público seja imputada ao órgão ou entidade, e não ao próprio 
• Aplicações concretas do princípio: 
• Art. 37, II, exigência de concurso público para o exercício de cargos ou empregos públicos; 
• Art. 37, XXI, ordena a aplicação do procedimento licitatório como instrumento eficaz para que a Administração celebre o melhor contrato possível; 
• Proibição do Nepotismo (moralidade, eficiência e isonomia) – Regra expressa no art. 117, VIII, 8.112/90; 
•Reforma do Judiciário, EC 45/2004, CNJ e CNMP; 
•ADC 12, STF admitiu a constitucionalidade da regra. 
•Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3o grau inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
• Art. 37, §1o - dever de publicidade dos atos e programas dos órgãos públicos de forma desvinculada da pessoa dos administradores públicos, impedindo que constem nomes, símbolos ou imagens que representem promoção pessoal de qualquer autoridade pública; 
•Caráter educativo e de orientação social. RE 191.668, STF 
•Subprincípio da vedação da promoção pessoal 
• Princípio da Finalidade 
• Divergência doutrinária quanto ao seu conceito e ligação com outros princípios; 
• Para H.L.M. 
• O princípio da impessoalidade nada mais é que um sinônimo do clássico princípio da finalidade ou imparcialidade; 
• É como se a finalidade tivesse sido substituída pela impessoalidade; 
• Se a finalidade é pública, impede a atuação pessoal do administrador; 
 Para C.A.B. de M é um Princípio apartado; 
• “Não se compreende uma lei, não se entende uma norma, sementender o seu objetivo, logo, só se cumpre a legalidade quando se atende a sua finalidade.” 
• A finalidade é o espírito da lei; 
• Exige que o administrador persiga o objetivo legal, certo e inafastável de qualquer ato administrativo: 
· Interesse público, 
· Bem comum e as 
· Finalidade específicas apontadas na lei, sob pena de ilegalidade do ato, caracterizando abuso de poder, na modalidade desvio de finalidade; 
• Ex.: Na Lei 9.784/99, que cuida da finalidade, definindo que nos processos administrativos, deve-se observar a objetividade no atendimento do interesse público, o critério da interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades (art. 2o, parágrafo único, III e XIII); 
• Fundamento na legalidade; 
• Atribuições fora dos limites da lei, um dos limites é a finalidade; 
•Mandado de segurança em caso de ilegalidade ou abuso de poder; 
• Teoria do Desvio de Finalidade 
• Surgida a partir da teoria civilista do abuso de direito para anular o exercício de um poder usado para atingir objetivo diverso daquele que foi conferido pela lei. 
• Desvio de finalidade / desvio de poder / tredestinação ilícita é defeito que torna nulo o ato administrativo quando praticado, tendo em vista fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência (art. 2o, parágrafo único, e, da Lei n. 4.717/65) 
OBS: Não se confunde com excesso de poder!!!! 
Abuso de poder pode ser: 
· Desvio de poder (ou desvio de finalidade): o agente atua visando o interesse alheio ao interesse público; 
· Excesso de poder: age fora da competencia , exorbita no uso de suas atribuições indo além da sua competência; 
• Exemplos de abusos de poder: 
• 1) remoção de servidor público usada como forma de punição; 
• 2) estrada construída com determinado trajeto somente para valorizar fazendas do governador; 
• 3) ordem de prisão executada durante o casamento de inimigo do delegado; 
• 4) processo administrativo disciplinar instaurado, sem fundamento, contra servidor desafeto do chefe; 
• 5) transferência de policial civil para delegacia no interior a fim de afastá-lo da namorada, filha do governador; 
• 6) desclassificação imotivada de empresa licitante porque contribuíra com o financiamento da campanha de adversário político do prefeito; 
• 7) instauração de inquérito civil, sem qualquer fundamento, contra político inimigo do promotor de justiça. 
É possível se falar em vício de intenção ou de comportamento? 
A concepção tradicional defende a concepção da teoria subjetiva, segundo a qual o desvio de finalidade seria um defeito, predominantemente, de intenção ou de vontade do agente. Para os adeptos dessa teoria, a comprovação da intenção viciada é condição suficiente para determinar a nulidade do ato. 
Exemplo: diante da demonstração de que o prefeito decide desapropriar determinado imóvel somente porque pertence a um inimigo político, tal circunstância é, de per si, bastante para tornar nulo o decreto expropriatório. 
Concepção da teoria objetiva: o desvio de finalidade é um defeito no comportamento. 
CUIDADO!!!! Para provas atualmente, e pelo menos por enquanto, prevalece a concepção da teoria objetiva; 
A intenção é condição necessária, mas não suficiente para determinar a nulidade do ato; 
É preciso a violação concreta do interesse público; 
Tredestinação lícita:
Existem casos raros em que a própria ordem jurídica autoriza a válida substituição da finalidade que inicialmente motivou a prática do ato administrativo. São casos de tredestinação autorizada pela ordem jurídica. 
Exemplo: art. 519 do Código Civil: “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa”. 
Reconhecido pelo STJ 
CUIDADO!!!! ⚠ 
É diferente da adestinação: Na adestinação o bem expropriado não recebe destinação alguma, nem de interesse público, nem de interesse privado, sendo mantido completamente desafetado e sem uso. 
Princípio da Moralidade: Atuação mediante princípios éticos aceitáveis socialmente; Honestidade, boa-fé, lealdade; 
Novidade na CF/88 
Conceito jurídico vago, indeterminado; 
Problema da invalidação de um ato por lesão à moralidade administrativa pelo Judiciário; 
Moralidade administrativa: correção de atitudes, regras de boa administração, função administrativa, interesse do povo, de bem comum; ligado ao conceito do bom administrador; BOA-FÉ OBJETIVA; 
Mecanismos para impedir atos de imoralidade: 
· Improbidade administrativa, Art. 37, §4o, CF e Lei 8.429/92; 
· Crimes de responsabilidade do Presidente e outros agentes políticos, art. 85, V, CF; 
· Remédios constitucionais, especialmente ação popular, art. 5o LXXIII; 
· Lei de responsabilidade Fiscal, Lei complementar 101/00; 
· Lei da probidade empresarial ou Lei Anticorrupção, 12.846/13. 
Princípio da Publicidade 
Os atos administrativos devem ser públicos, ou seja, devem ser publicisados e publicados, os atos administrativos devem por seus administradores prestados as contas.
Tem como finalidade o conhecimento público; 
A função pública é atividade exercida em nome e interesse do povo, logo este deve ter ciência do que está sendo feito com seus direitos; 
O princípio da publicidade é condição de eficácia para os atos administrativos, marcando a produção de efeitos externos; 
O cumprimento do ato administrativo pressupõe o conhecimento de sua existência; 
Só goza de imperatividade e operacionalidade após a divulgação oficial; 
Ex.: Lei 8.666/93 – condição indispensável de eficácia dos contratos administrativos, a publicação de seu extrato. 
Uma vez celebrado, o contrato é válido, mas só deverá ser cumprido e terá produzidos efeitos após a publicação. 
Publicidade representa também o termo inicial para a contagem de prazos. 
Prazo de defesa de autuação de trânsito ou multa por descumprimento de regra sanitária; 
Viabiliza o controle e fiscalização dos atos do Poder Público; 
Efeito inibitório;  
Cuidado !!!! ⚠ 
Não confundir publicidade com publicação. 
A publicação, enquanto divulgação no diário oficial, é somente uma das hipóteses de publicidade; 
Pode ocorrer: via cientificação pessoal no próprio processo, por meio de correio, divulgação em diário oficial ou jornal de grande circulação, ou até mediante sessões realizadas de portas abertas, como a licitação, por exemplo. 
Abrange não apenas a divulgação oficial dos atos, como o conhecimento da conduta interna dos agentes como garantia de informação. 
Publicidade na CF:
· Art. 37, caput, CF; 
· Art. 5o, XXXIII, direito à informação; 
· Art. 5o, XXXIV, b, direito de certidão; 
· Art. 5o, LXXII, habeas data. 
· A desobediência ao dever de publicar os atos oficiais pode caracterizar improbidade administrativa, Lei 8.4.29/92, art. 11, IV. 
Exceções ao princípio da publicidade – garantia de sigilo 
· Art. 5 o, X, inviolabilidade da intimidade, da vida privada, honra e imagem das pessoas, havendo indenização por danos materiais e morais em caso de violação; 
· Art. 5o, XXXIII, direito à informação, ressalvada as informações imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado; 
· Regulamentação dada pela Lei 12.527/11 (Lei de acesso à informação).
· Regulamentação também do inciso II, §3o, art. 37 e §2o, art. 216 da CF. 
· Alteração da Lei 8.112/90 que regulamenta os procedimentos para a garantia do acesso à informação e para a classificação de informações sob restrição de acesso, observados grau e prazo de sigilo; 
· Art. 24 da lei dispõe que a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado. Poderá haver classificação como ultrassecreta, secreta ou reservada.
· Art. 5o, LX, a lei poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.Ex.: Lei 8.112/90, Estatuto dos Servidores da União, art. 150, estatui que a comissão do processo disciplinar exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração; 
Pela regra, processos administrativos são públicos, embora excepcionalmente a lei possa instituir o sigilo. 
A maioria dos processos ético-disciplinares deverão ser sigilosos para evitar a destruição precoce da carreira de um determinado profissional e viabilizar a instrução probatória. 
CUIDADO !!!! Art. 37, §1o CF ⚠ 
1) dever de publicidade dos administradores públicos para informar, orientar e educar a sociedade. Em havendo descumprimento, o agente deve ser responsabilizado, caracterizando improbidade administrativa, art. 11, Lei 8.429/92 
2) vedação da promoção pessoa observando diversos princípios constitucionais; Publicidade é diferente de propaganda pessoal;
A jurisprudência reconhece que a Constituição não proíbe que constem nomes, símbolos e imagens, visando identificar a autoria, dar informação, porém não admite que seja feita promoção pessoal, devendo a publicidade ser impessoal, o que dependerá de muito bom senso e razoabilidade; 
CUIDADO !!! ⚠ 
A Lei 12.550 inseriu no Código Penal “Fraudes em certames de interesse público”, art. 311-A 
Objetivos da Publicidade: 
· Exteriorizar a vontade da Administração Pública divulgando o seu conteúdo para conhecimento público; 
· Tornar exigível o conteúdo do ato; 
· Desencadear a produção de efeitos do ato administrativo; 
· Permitir o controle de legalidade do comportamento; 
O modo de se dar publicidade varia conforme o tipo de ato: 
· Atos individuais - dirigidos a um destinatário certo ou para atos internos – simples comunicação do interessado.
Ex: autorização para o servidor sair mais cedo. 
· Atos gerais - dirigidos a destinatários indeterminados – depende de publicação no Diário Oficial. 
Ex: edital convocatório para concurso público. (PRESUME QUE É PARA TODOS)
· Atos individuais de efeitos coletivos - interesse imediato de um indivíduo, mas com repercussão para um grupo de pessoas.
Ex: deferimento de férias de servidor. (AFETA O GRUPO)
 
Natureza jurídica da publicação dos atos gerais 
· Corrente majoritária (H.L.M): o dever de publicação dos atos administrativos é condição de eficácia; 
Se o governador assina um decreto e deixa de enviá-lo para publicação no Diário Oficial, o ato já existe, sem irradiar efeitos. Para revogação, exige-se a expedição de um segundo decreto, decreto revocatório. 
· 2. Corrente minoritária: constitui elemento de existência, de modo que antes da publicação o ato não ingressa no mundo do direito, sendo vazio de significado jurídico. 
Questões 
• (PFN 2007) Considerando o princípio da Supremacia do Interesse Público, verifica-se que o ordenamento jurídico brasileiro, ao expressamente prever o interesse público, dispõe que, ao observar o atendimento a fins de interesse geral, a autoridade administrativa está autorizada a renunciar total ou parcialmente os poderes ou competências, não necessitando de autorização legal para fazê-lo”. 
• (Auditor da Receita Federal) Por decorrência do regime jurídico-administrativo não se tolera que o Poder Público celebre acordos judiciais, ainda que benéficos, sem a expressa auto rização legislativa 
• (OAB/SP) Na relação moderna entre Administração e administrado não mais se admite a ideia da supremacia absolu ta do interesse público sobre o interesse privado 
Prof. Hector L. C. Vieira 
Questões 
• (PFN 2007)Considerando o princípio da Supremacia do Interesse Público, verifica-se que o ordenamento jurídico brasileiro, ao expressamente prever o interesse público, dispõe que, ao observar o atendimento a fins de interesse geral, a autoridade administrativa está autorizada a renunciar total ou parcialmente os poderes ou competências, não necessitando de autorização legal para fazê-lo. 
• Errado • (Auditor da Receita Federal) Por decorrência do regime jurídico-administrativo não se tolera que o Poder Público celebre acordos judiciais, ainda que benéficos, sem a expressa auto rização legislativa. 
• Correto • (OAB/SP) Na relação moderna entre Administração e administrado não mais se admite a ideia da supremacia absolu ta do interesse público sobre o interesse privado. 
• Correto 
Questões 
• (Analista de Finanças e Controle/Esaf) Da publicidade dos atos e programas dos órgãos públicos poderão constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde que tal iniciativa possua caráter educativo. 
• (Auditor Fiscal da Receita Federal) Pode ser considerado como imperfeito (inexistente) o ato de nomea ção de Secretário de Estado ainda não publicado no respectivo Diário Oficial. 
• (Analista do TCU) A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio indevido para a prática de um ato administrativo, pois o princípio da publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle de legalidade 
Questões 
• (Analista de Finanças e Controle/Esaf) Da publicidade dos atos e programas dos órgãos públicos poderão constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde que tal iniciativa possua caráter educativo 
• Errado 
• (Auditor Fiscal da Receita Federal) Pode ser considerado como imperfeito (inexistente) o ato de nomea ção de Secretário de Estado ainda não publicado no respectivo Diário Oficial. 
• Correto 
• (Analista do TCU) A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio indevido para a prática de um ato administrativo, pois o princípio da publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle de legalidade 
• Errado 
Princípio da Eficiência 
Explicitado na E. C. 19/98 – princípio constitucional expresso; embora já existisse implicitamente; 
Eficiência = presteza, perfeição e rendimento funcional; 
Busca de resultados práticos de produtividade, de economicidade, reduzindo o desperdício do dinheiro público; Meios eficazes na implementação, quantos aos resultados obtidos, eficiência qualitativa e quantitativa; 
Lei 8987/95, art. 6 – lei da concessão e permissão de serviços públicos e definição do serviço adequado; 
 
Mecanismos no texto constitucional: 
· Quanto aos servidores, a eficiência aparece como requisito indispensável para a aquisição e perda da garantia de estabilidade, art. 41 da CF. 
· Quanto à racionalização, art. 169 da CF; Não pode, por exemplo, exceder os limites previstos em lei complementar (101/2000) com despesa pessoal, seja ativo ou inativo.
· EC 19/98, art. 37, §3o, CF (princípio da participação) - disciplina da participação do usuário na administração direta e e indireta; 
· EC 45/2004 – “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.” 
Crítica ao princípio da eficiência: dispositivos que dependem de regulamentação, ações práticas e investimentos. 
Eficiência, eficácia e efetividade para J. S. C. F:
· Eficiência seria o modo pelo qual se exerce a função administrativa; 
· Eficácia diz respeito aos meios e instrumentos; 
· Efetividade é voltada para os resultados de sua atuação 
Questões 
(Fiscal do Trabalho/2006) O gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o princípio da eficiência. 
(Analista do Tesouro) A adoção do princípio da eficiência no texto constitucional, nos termos da Emenda Constitucional n. 19/98, autoriza a prevalência deste princípio em relação ao da le galidade na busca pela Administração Pú blica gerencial. 
(Delegado Federal) A possibilidade de reconsideração por parte da autoridade que proferiu uma decisão objeto de recurso administrativo atendeao princípio da eficiência 
(AGU) Na Constituição Federal, a inserção do princípio da eficiência como princípio administrativo geral fez acompanhar-se de alguns mecanismos destinados a facilitar sua concretização, como a participação do usuário na administração pública indireta e a possibilidade de aumento da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta 
 
Questões 
(Fiscal do Trabalho/2006) O gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o princípio da eficiência. 
Correto 
(Analista do Tesouro) A adoção do princípio da eficiência no texto constitucional, nos termos da Emenda Constitucional n. 19/98, autoriza a prevalência deste princípio em relação ao da le galidade na busca pela Administração Pú blica gerencial. 
Errado 
(Delegado Federal) A possibilidade de reconsideração por parte da autoridade que proferiu uma decisão objeto de recurso administrativo atende ao princípio da eficiência 
Correto 
(AGU) Na Constituição Federal, a inserção do princípio da eficiência como princípio administrativo geral fez acompanhar-se de alguns mecanismos destinados a facilitar sua concretização, como a participação do usuário na administração pública indireta e a possibilidade de aumento da autonomia ge rencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta 
Correto 
Princípio da Participação 
Art. 37, §3o, CF; 
A lei deverá estimular as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: 
a) reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral 
b) o acesso dos usuários a registros administrativos e informações sobre atos de governo; 
c) a disciplina de representação contra o exercício negligente ou abusivo do caro, emprego ou função na administração pública. 
 
Princípio da celeridade processual 
Art. 5o, LXXVIII; 
Razoável duração do processo 
Na Lei 9.784/99: 
A Adm. Tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência; 
Concluída a instrução de processo administrativo, a Adm. tem o prazo de até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada; 
Quando a lei não fixar diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 dias; 
O recurso administrativo tramitará por no máximo três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. 
Princípio do devido processo legal 
A) formal - exige o cumprimento de um rito predefinido na lei como condição de validade da decisão 
B) material ou substantivo - além de respeitar o rito, a decisão final deve ser justa, adequada e proporcional. 
No processo administrativo, busca-se a verdade real; 
 
Princípio da Isonomia 
“Tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades” 
Dificuldade de fixação de quem são os iguais e a medida das desigualdades; 
Passos para verificação da violação: 
· Qual é o fator de discriminação? 
· O fator de exclusão está ou não de acordo com o objetivo da norma? 
Ex: Concurso para salva-vidas que estabelece no edital que deficientes físicos não podem fazer o concurso; 
E se fosse para uma atividade administrativa qualquer? 
Licitação e concurso público; 
RMS 20.637/SC; ⚖ 
A isonomia jurídica visa promover as medidas necessárias à satisfação equivalente de todas as necessidades e objetivos individuais e coletivos, o que significa assegurar a um sujeito ou a um grupo deles soluções específicas, que não são adequadas para todos. 
 
 Idade em concurso? 
Maioria da doutrina e jurisprudência entende que a definição de limite de idade está proibida, art. 3o, IV, CF; 
STF, súmula 683 – “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7o, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.” 
CUIDADO!!!!! ⚠ 
Exigência no Edital e na lei da carreira; 
ARE 678.112; RE 572.499 e RE 600.885 (idade como requisito para ingresso nas forças armadas) ⚖ 
Princípio do contraditório 
Os processos administrativos devem ser a regra na Administração Pública, considerando as suas funções de documentação, legitimação da conduta do administrador e mecanismo de defesa em inúmeros casos; 
Devem seguir o modelo constitucional, fundado no princípio do devido processo legal e do contraditório e ampla defesa; 
Art. 5o, LV, “em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.” 
Processo Formal Regular; 
Por exemplo, a Administração Pública está obrigada a dar ciência da existência do processo e de seu conteúdo ao interessado; 
Não basta intimar a parte, deve-se garantir o direito dela de influir no convencimento do julgador. 
Questões 
(PFN/2007) Considerando os princípios expressos e implícitos componentes do regime jurídico-administrativo no Direito Brasileiro, a Lei n. 9.784/99 arrola os princípios da legalidade; finalidade; motivação; razoabilidade; proporcionalidade; moralidade; ampla defesa; con traditório; segurança jurídica; interesse público e eficiência. 
(Analista Ministerial/TO) Pelo princípio da sindicabilidade, todos os atos administrativos são passíveis de controle pela Administração. 
(Procurador do Estado/PR, 2007) O princípio da autotutela diz respeito ao controle que a Administração Pública exerce sobre os próprios atos, anulando os ilegais e revogando os inconvenientes ou inoportunos. 
(Ministério Público TCU, Cespe) A revogabilidade dos atos administrativos, derivada do princípio da autotutela, comporta hipóteses em que a revogação não é possível. 
 
Questões
(PFN/2007) Considerando os princípios expressos e implícitos componentes do regime jurídico-administrativo no Direito Brasileiro, a Lei n. 9.784/99 arrola os princípios da legalidade; finalidade; motivação; razoabilidade; proporcionalidade; moralidade; ampla defesa; con traditório; segurança jurídica; interesse público e eficiência. 
Correto
(Analista Ministerial/TO) Pelo princípio da sindicabilidade, todos os atos administrativos são passíveis de controle pela Administração. 
Correto
(Procurador do Estado/PR, 2007) O princípio da autotutela diz respeito ao controle que a Administração Pública exerce sobre os próprios atos, anulando os ilegais e revogando os inconvenientes ou inoportunos. 
Correto
(Ministério Público TCU, Cespe) A revogabilidade dos atos administrativos, derivada do princípio da autotutela, comporta hipóteses em que a revogação não é possível. 
Correto 
 
Questões 
(Fiscal do Trabalho/2006) Um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade administrativa, sob o aspecto material 
(OAB/SP) Um açodado membro do Ministério Público ingressa, de forma temerária, sem prévio inquérito civil público, com Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa contra um prefeito, seu desafeto pessoal. A ação foi trancada no seu nascedouro, reconhecendo o juiz a inadequação da ação, extinguindo a lide sem julgamento do mérito. Nesse caso, cabe responsabilidade civil pelos danos eventualmente causados ao acionado pela responsabilidade objetiva do Poder Público, desde que presentes os requisitos (nexo causal, dano) 
(Polícia Civil/SP) A razoabilidade pode ser utilizada como parâmetro para o controle dos excessos emanados de agentes do Estado, servindo para reprimir eventuais abusos de poder. 
 
Questões 
(Fiscal do Trabalho/2006) Um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade administrativa, sob o aspecto material 
Correto
(OAB/SP) Um açodado membro do Ministério Público ingressa, de forma temerária, sem prévio inquérito civil público, com Ação Civil Pública por Improbidade Administrativacontra um prefeito, seu desafeto pessoal. A ação foi trancada no seu nascedouro, reconhecendo o juiz a inadequação da ação, extinguindo a lide sem julgamento do mérito. Nesse caso, cabe responsabilidade civil pelos danos eventualmente causados ao acionado pela responsabilidade objetiva do Poder Público, desde que presentes os requisitos (nexo causal, dano) 
Correto
(Polícia Civil/SP) A razoabilidade pode ser utilizada como parâmetro para o controle dos excessos emanados de agentes do Estado, servindo para reprimir eventuais abusos de poder. 
Correto 
 
Princípio da Ampla Defesa 
Dar à parte o direito de defender-se, independentemente de ela usar ou não o prazo que lhe é concedido; 
 
STF: “Não há ofensa à garantia do contraditório e da ampla defesa, inerente ao devido processo legal, quando, em procedimento administrativo, o interessado, notificado, deixa, sem justa causa, de apresentar defesa no prazo legal.” 
Direito do cidadão de alegar e provar o que alega para buscar a verdade real; 
Necessária a observação das seguintes regras para não violação do princípio no DIREITO ADMINISTRATIVO: 
a) o caráter prévio da defesa: é a anterioridade da defesa em relação ao ato decisório, exigindo-se procedimentos e penas predeterminados, para que a parte saiba exatamente como e do que deve se defender; 
b) o direito à informação geral decorrente do contraditório, o acesso ao processo, além do direito de cópias desde que as despesas corram a cargo do interessado; 
c) o direito de solicitar a produção de provas, vê-las realizadas e interferindo efetivamente no convencimento do julgador; 
d) a defesa técnica: seria aquela realizada pelo representante legal do interessado, o advogado, que contribui substancialmente para o equilíbrio e a legalidade do processo, mas tem presença facultativa. No processo administrativo disciplinar, hoje, a sua presença é uma escolha da parte. 
Súmula Vinculante n. 5 do STF, que diz: “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição”; ⚖ 
e) o direito de interpor recurso administrativo, independentemente de previsão explícita em lei, com a aplicação da parte final do art. 5o, inciso LV, que garante esse direito, além do exercício do direito de petição, previsto no art. 5o, XXXIV, alínea “a”, todos da CF88. 
STF, Súmula Vinculante 3 – “Nos Processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” 
Relação com o princípio do duplo grau; 
 
Questões 
(AGU) Os princípios do direito administrativo constantes na Constituição da República são aplicáveis aos três níveis de governo da Federação. 
(Polícia Federal, Cespe) Na Constituição de 1988 prevê-se expressamente que a administração pública deve obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, economicidade e probidade. 
(Delegado de Polícia/RS, 2007) São princípios orientadores da Administração Pública com explícita assinalação constitucional: legalidade, moralidade, participação e razoabilidade. 
(Delegado/SC, 2008)A duração do processo judicial e administrativo que não se revelar razoável afronta o princípio constitucional da eficiência. 
 
Questões 
(AGU) Os princípios do direito administrativo constantes na Constituição da República são aplicáveis aos três níveis de governo da Federação 
Correto 
(Polícia Federal, Cespe) Na Constituição de 1988 prevê-se expressamente que a administração pública deve obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, economicidade e probidade 
Correto 
(Delegado de Polícia/RS, 2007) São princípios orientadores da Administração Pública com explícita assinalação constitucional: legalidade, moralidade, participação e razoabilidade. 
Correto 
(Delegado/SC, 2008) A duração do processo judicial e administrativo que não se revelar razoável afronta o princípio constitucional da eficiência. 
Correto 
 
Questões 
(Magistratura/SC, 2008) O princípio da legalidade vincula a Administração aos mandamentos da Lei (Estado de Direito). Em todos os Estados contemporâneos se admite que a Administração está vinculada pela regra de Direito” 
(Fiscal de Tributos/AL) O princípio da legalidade impõe que o agente público observe, fielmente, todos os requisitos ex pressos na lei 
(Analista de Finanças e Controle, Esaf) A legalidade, como elemento essencial dos atos administrativos em geral, consiste em que seu objeto seja autorizado ou permitido em lei” 
(Magistratura/MG, 2007) O Preâmbulo da Constituição de 1988 influi no controle de legalidade do ato da Administração. 
 
Questões 
(Magistratura/SC, 2008) O princípio da legalidade vincula a Administração aos mandamentos da Lei (Estado de Direito). Em todos os Estados contemporâneos se admite que a Administração está vinculada pela regra de Direito” 
Correto 
(Fiscal de Tributos/AL) O princípio da legalidade impõe que o agente público observe, fielmente, todos os requisitos ex pressos na lei 
Correto 
(Analista de Finanças e Controle, Esaf) A legalidade, como elemento essencial dos atos administrativos em geral, consiste em que seu objeto seja autorizado ou permitido em lei” 
Correto 
(Magistratura/MG, 2007) O Preâmbulo da Constituição de 1988 influi no controle de legalidade do ato da Administração. 
Correto 
 
Questões 
(Auditor Fiscal TCU) O princípio da legalidade impede que a Administração crie direitos de qualquer espécie mediante ato administrativo 
(Auditor Fiscal TCU) Ao contrário dos particulares, que podem fazer tudo aquilo que a lei não veda, pelo princípio da legalidade, a Administração só pode rea lizar o que lhe é expressamente autorizado em lei. 
(Assistente Jurídico do DF/Cespe) No princípio da impessoalidade, traduz-se a ideia de que a administração tem que tratar todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. 
(Analista do TRF) Entre os requisitos ou elementos essenciais à validade dos atos administrativos, o que mais condiz com o atendimento da observância do princípio fundamental da impessoalidade é o relativo à finalidade 
 
Questões 
(Auditor Fiscal TCU) O princípio da legalidade impede que a Administração crie direitos de qualquer espécie mediante ato administrativo 
Correto 
(Auditor Fiscal TCU) Ao contrário dos particulares, que podem fazer tudo aquilo que a lei não veda, pelo princípio da legalidade, a Administração só pode rea lizar o que lhe é expressamente autorizado em lei. 
Correto 
(Assistente Jurídico do DF/Cespe) No princípio da impessoalidade, traduz-se a ideia de que a administração tem que tratar todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. 
Correto 
(Analista do TRF) Entre os requisitos ou elementos essenciais à validade dos atos administrativos, o que mais condiz com o atendimento da observância do princípio fundamental da impessoalidade é o relativo à finalidade 
Correto 
 
Princípio da Razoabilidade 
Proíbe a atuação do administrador de forma despropositada ou tresloucada, quando age de forma arbitrária e sem bom senso; 
Princípio da proibição de excessos; 
É um limite para a discricionariedade do administrador, exigindo a relação de pertinência entre a oportunidade e conveniência, de um lado, e a finalidade legal de outro; 
É admitido que o Poder Judiciário acabe interferindo no juízo de valor do administrador, no mérito do ato administrativo, limitando sua liberdade; 
Logo, não são admitidas mais qualquer conveniência e oportunidade, estas devem ser razoáveis; 
A intervenção apenas é possível quando existir violação à razoabilidade, ofendendo o texto constitucional e, consequentemente, o princípio da legalidade; Prof. Hector L. C. Vieira 
ADPF 45 ⚖ 
EMENTA: ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. A QUESTAO DA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO CONTROLE E DA INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIOEM TEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, QUANDO CONFIGURADA HIPÓTESE DE ABUSIVIDADE GOVERNAMENTAL. DIMENSÃO POLÍTICA DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL ATRIBUÍDA AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INOPONIBILIDADE DO ARBÍTRIO ESTATAL À EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E CULTURAIS. CARÁTER RELATIVO DA LIBERDADE DE CONFORMAÇÃO DO LEGISLADOR. CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA CLÁUSULA DA “RESERVA DO POSSIVEL”. NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO, EM FAVOR DOS INDIVIDUOS, DA INTEGRIDADE E DA INTANGIBILIDADE DO NÚCLEO CONSUBSTANCIADOR DO “MÍNIMO EXISTENCIAL”. VIABILIDADE INST RUMENTAL DA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENT O NO PROCESSO DE CONCRET IZAÇÃO DAS LIBERDADES POSITIVAS (DIREITOS CONSTITUCIONAIS DE SEGUNDA GERAÇÃO). Decisão: (...) 
 
Não obstante a formulação e a execução de políticas públicas dependam de opções políticas a cargo daqueles que, por delegação popular, receberam investidura em mandato eletivo, cumpre reconhecer que não se revela absoluta, nesse domínio, a liberdade de conformação do legislador, nem a de atuação do Poder Executivo. É que, se tais Poderes do Estado agirem de modo irrazoável ou procederem com a clara intenção de neutralizar, comprometendo-a, a eficácia dos direitos sociais, econômicos e culturais, afetando, como decorrência causal de uma injustificável inércia estatal ou de um abusivo comportamento governamental, aquele núcleo intangível consubstanciador de um conjunto irredutível de condições mínimas necessárias a uma existência digna e essenciais à própria sobrevivência do indivíduo, aí, então, justificar-se-á, como precedentemente já enfatizado – e até mesmo por razões fundadas em um imperativo ético-jurídico –, a possibilidade de intervenção do Poder Judiciário, em ordem a viabilizar, a todos, o acesso aos bens cuja fruição lhes haja sido injustamente recusada pelo Estado. (...) Em princípio, o Poder Judiciário não deve intervir em esfera reservada a outro Poder para substituí-lo em juízos de conveniência e oportunidade, querendo controlar as opções legislativas de organização e prestação, a não ser, excepcionalmente, quando haja uma violação evidente e arbitrária, pelo legislador, da incumbência constitucional. No entanto, parece-nos cada vez mais necessária a revisão do vetusto dogma da Separação dos Poderes em relação ao controle dos gastos públicos e da prestação dos serviços básicos no Estado Social, visto que os Poderes Legislativo e Executivo no Brasil se mostraram incapazes de garantir um cumprimento racional dos respectivos preceitos constitucionais. (...). Em geral, está crescendo o grupo daqueles que consideram os princípios constitucionais e as normas sobre direitos sociais como fonte de direitos e obrigações e admitem a intervenção do Judiciário em caso de omissões inconstitucionais” (ADPF 45-9/DF, STF, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 04.05.2004, p. 12) 
 Portanto, assim sendo, logo, por conseguinte... 
O princípio da razoabilidade é uma norma a ser empregada pelo Poder Judiciário, a fim de permitir uma maior valoração dos atos expedidos pelo Poder Público, analisando-se a compatibilidade com o sistema de valores da Constituição e do ordenamento jurídico, sempre se pautando pela noção de Direito justo, ou justiça. 
Exemplos: 
 1.) ordem emitida pelo Ministro da Previdência obrigando todos os aposentados e pensionistas com mais de 80 anos a comparecer pessoalmente a um posto do INSS, sob pena de suspensão do benefício, a fim de provar que estavam vivos; 
2) edital de concurso para o provimento do cargo de varredor de ruas que exige dos candidatos nível superior; 
3) candidato eliminado do concurso para provimento do cargo de médico hospitalar estadual porque tinha uma tatuagem nas costas. 
 
Princípio da proporcionalidade 
H.L.M e Di Pietro – está contido na razoabilidade; 
Exige equilíbrio entre os meios de que se utiliza a Administração e os fins que ela tem que alcançar, analisando sempre o caso concreto; 
A atuação proporcional da autoridade pública exige também uma relação equilibrada entre o sacrifício imposto ao interesse de alguns e a vantagem geral obtida, de modo a não tornar a prestação excessivamente onerosa para uma parte. 
Se, por exemplo, a Administração toma uma decisão manifestamente inadequada para alcançar a finalidade legal, ela terá exorbitado os limites da discricionariedade, violando o princípio da proporcionalidade; 
 
Princípio da Continuidade 
Exige que a atividade administrativa seja prestada de forma contínua, não comportando intervalos, lapsos ou falhas; 
Constância e homogeneidade; 
C. A. B. de M. – é um subprincípio derivado do princípio da obrigatoriedade do desempenho de atividade pública, que é oriundo do princípio fundamental da indisponibilidade; 
Consequências em três esferas: Serviço público, servidores públicos e contratos administrativos; 
1. Para os serviços públicos, principalmente os essenciais, há o impedimento da interrupção, salvo hipóteses autorizadas em lei. 
A lei 8987/95, art 6o, §3o, dispõe que não há descontinuidade do serviço, e portanto violação a tal princípio, na sua interrupção quando há emergência ou após prévio aviso, motivado por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações e por inadimplemento do usuário, considerando o interesse coletivo; 
Em se o corte for em razão do inadimplemento??? 
 
Duas vertentes: 
Sim, pode interromper, tendo em vista que, se a pessoa jurídica prestadora do serviço estiver obrigada a prestá-lo a quem não paga, ela se tornará economicamente inviável e não conseguirá mais mantê-lo para os usuários adimplentes, em razão do equilíbrio econômico e financeiro do contrato; 
Além disso: isonomia, supremacia do interesse público, vedação ao enriquecimento ilícito; 
Várias Decisões jurisprudenciais que autorizam a interrupção de energia elétrico, telefonia, água, exigindo-se prévia comunicação; 
REsp 1.062.975/RS, STJ; ⚖ 
Resp 363.943/MG; ⚖ 
Vertente majoritária!!! 
Não, porque a interrupção seria inconstitucional, uma vez que o legislador ordinário não poderia criar uma exceção ao princípio da continuidade, estabelecido implicitamente na Constituição, apenas restando ao prestador do serviço a cobrança o débito na via judicial; 
Há reconhecimento da possibilidade de indenização em caso de interrupção; 
Compatibilização com o CDC; 
Posição minoritária; 
CUIDADO!!! ⚠ 
Há decisões que impedem o corte do serviço, mesmo que autorizado por lei, quando a ausência causar um prejuízo irreparável; 
Ex: energia em hospitais públicos, logradouros ou repartições.Prof. Hector L. C. Vieira 
E se o corte advém de débitos pretéritos? 
STJ – o corte é ilegítimo uma vez que a interrupção pressupõe o inadimplemento de conta regular, relativo ao mês de consumo. 
2. Para os servidores, o que o princípio tem a ver com o direito de greve? 
Trabalhadores em geral, regulado pelo Lei 7.783/89; 
Servidores Públicos – ausência de regulamentação do exercício; 
Mandado de Injunção 670, 708 e 712 - aplicação aos servidores públicos, no que couber, a lei de greve vigente para o setor privado; 
ARE 654.432 – legitimidade da greve na área de segurança pública e o exercício do direito de greve por policiais civis; 
MI 774 – o direito de greve atribuído aos servidores não ampara indiscriminadamente todas as categorias e carreiras. É o caso dos agentes armados e policiais; a categoria Policiais civis organizados deve ser tratada como condição análoga aos militares e, portanto, não conta com o direito de greve; 
 
3. Para os contratos administrativos, devem-se considerar: 
3.1 - Regra do exceptio non adimpleti contractus ou exceção do contrato não cumprido – não se admite que um contratante inadimplente exija o cumprimento da outra parte; 
Aplicação da regra não é entendimento pacífico na doutrina; 
Para a doutrina tradicional, não há aplicação da cláusula nos contratos administrativos, ou seja, mesmo que a Administração seja inadimplente, o contratado terá que continuar prestando esse serviço; Cláusula Exorbitante; 
Para a doutrina mais moderna, incide a cláusula, porém não se tipifica uma cláusula exorbitante. 
Ex:Lei 8.666/93 que autoriza, ressalvadas as situações excepcionais elencadas como calamidade pública, grave perturbação da ordem ou guerra, o contratado a suspender a prestação de serviços e buscar a rescisão judicial do contrato, quando o atraso dos pagamentos devidos pela Administração for superior a 90 dias; 
Aplicação diferenciada da cláusula exceptio a partir de um determinado prazo. 
 
3.2. Instituto da ocupação provisória dos bens da contratada 
Garantia da prestação da atividade, enquanto tramita o processo administrativo para a extinção do contrato; 
Se houver decisão pela rescisão, o Poder Público poderá realizar a reversão dos bens essenciais ao serviço, com a devida indenização. Art. 8.87/95, art. 36. 
3.3. Instituto da encampação e da caducidade 
Autorizam a extinção unilateral do contrato por parte da Administração 
Encampação: por motivo de interesse público 
Caducidade: por descumprimento de cláusula contratual por parte da contratada 
Fundamento, em ambos os casos, da continuidade do serviço. 
 
Questões 
(Analista do TCU) O atendimento do administrado em consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração pública 
(Defensoria/MG) O princípio da impessoalidade terá duplo sentido: afasto o rosto do administrador e as influências dos administrados particularmente considerados. 
(Ministério Público do TCU/Cespe) Regras relativas a impedimentos e suspeições são aplicadas a servidores públicos como corolário do princípio da impessoalidade. 
 
Questões 
(Analista do TCU) O atendimento do administrado em consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração pública 
Errado 
(Defensoria/MG) O princípio da impessoalidade terá duplo sentido: afasto o rosto do administrador e as influências dos admi nistrados particularmente considerados. 
Correto 
(Ministério Público do TCU/Cespe) Regras relativas a impedimentos e suspeições são aplicadas a servidores públicos como corolário do princípio da impessoalidade. 
Correto 
 
Questões 
(Magistratura/BA, 2006) A moralidade administrativa possui conteúdo específico, que não coincide, necessariamente, com a moral comum da sociedade, em determinado momento histórico; não obstante, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por afronta concomitante à moralidade administrativa. 
(Fiscal do Trabalho/2006) A nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei para o referido cargo. 
(Procurador do DF) Em atenção à necessidade de se preservar os padrões de moralidade no serviço público, sublinha-se a disciplina aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça, em resolução regulamentadora de dispositivo constitucional, pela qual ficou expressamente vedada a condenável prática do nepotismo. 
 
Questões 
(Magistratura/BA, 2006) A moralidade administrativa possui conteúdo específico, que não coincide, necessariamente, com a moral comum da sociedade, em determinado momento histórico; não obstante, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por afronta concomitante à moralidade administrativa 
Correto
(Fiscal do Trabalho/2006) A nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei para o referido cargo 
Errado
(Procurador do DF) Em atenção à necessidade de se preservar os padrões de moralidade no serviço público, sublinha-se a disciplina aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça, em resolução regulamentadora de dispositivo constitucional, pela qual ficou expressamente vedada a condenável prática do nepotismo. 
Correto  
Questões 
(Magistratura/SC, 2008) Os princípios da razoabilidade e proporcionalidade encontram-se implícitos na Constituição Federal e ganham relevância cada dia no estudo da atividade administrativa, embora hoje eles se estendam a outras áreas do Direito. 
(Auditor do TCE) Correlação entre meios e fins’ é expressão que costuma ser diretamente associada ao princípio da proporcionalidade”. 
(Auditor Fiscal da Receita Federal) Tratando-se de poder de polícia, sabe-se que podem ocorrer excessos na sua execução material, por meio de intensidade de a medida maior que a necessária para a compulsão do obrigado ou pela extensão da medida ser maior que a necessária para a obtenção dos resultados licitamente desejados. Para limitar tais excessos, impõe-se observar, especialmente, o princípio da proporcionalidade 
 
Questões 
(Magistratura/SC, 2008) Os princípios da razoabilidade e proporcionalidade encontram-se implícitos na Constituição Federal e ganham relevância cada dia no estudo da atividade administrativa, embora hoje eles se estendam a outras áreas do Direito. 
Correto 
(Auditor do TCE) Correlação entre meios e fins’ é expressão que costuma ser diretamente associada ao princípio da proporcionalidade”. 
Correto 
(Auditor Fiscal da Receita Federal) Tratando-se de poder de polícia, sabe-se que podem ocorrer excessos na sua execução material, por meio de intensidade de a medida maior que a necessária para a compulsão do obrigado ou pela extensão da medida ser maior que a necessária para a obtenção dos resultados licitamente desejados. Para limitar tais excessos, impõe-se observar, especialmente, o princípio da proporcionalidade 
Correto

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