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Pena 1. Pena: Relato histórico. Garantismo e Princípios constitucionais relacionados á pena. Teorias das Penas. Teorias sobre as funções das penas. Teoria Retributiva da pena. Teoria Preventiva da Pena: prevenção geral e prevenção especial. RELATO HISTORICO Devido a constante necessidade social pela existência de sanções penais em todas as épocas e culturas deu-se origem a pena e ao Direito Penal. Ao Direito Penal se tem incumbido como responsável pela resolução de diversas questões que envolvem a criminalidade e a necessidade de efetivar alguma forma de controle social. Essa tentativa de solução pode ser representada pelas teorias da pena, que representa a principal forma de reação estatal contra os delitos, pelo fato de um ato considerado por lei um crime trazer consigo uma exigência relativa de punibilidade. A história do Direito Penal se encontra dividida em períodos: vingança privada: prevalência da lei do mais forte; vingança divina: o agressor deveria ser castigado para aplacar a ira dos deuses e reconquistar a sua benevolência; A título de exemplo é válido citar cláusulas do Código de Hamurabi. Criado na Mesopotâmia, por volta do ano 1700 a. C., pelo rei Hamurabi, que ao publicar o seu código quis, supostamente, satisfazer o deus Samas, considerado o deus da justiça, prevendo penas que deveriam ser assustadoras para quem transgredisse alguma norma. Assim estabelecia o Código: 2. Se alguém fizer uma acusação a outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio, se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse da casa do culpado, e se ele escapar sem ferimentos, o acusado não será culpado, e então aquele que o fez a acusação deverá ser condenado á morte, enquanto que aquele que pulou no rio deve tomar posse da casa que pertencia a seu acusador. [...] 22. Se estiver cometendo um roubo e for pego em flagrante, então ele deverá ser condenado á morte vingança pública: a pena se torna pública, variando sua severidade de acordo com o tipo de delito. (Grécia e Roma) humanitária: Escola Positivista colocou o homem como centro do Direito Penal, dando à pena o escopo da ressocialização do delinquente. CONCEITO DE PENA É uma das espécies de sanção penal, ao lado da medida de segurança. É a reação do Estado consistente na privação, ou restrição, de um bem jurídico sobre quem praticou um crime ou uma contravenção penal, cujo fim é retribuir e prevenir a prática de novas infrações penais. FINALIDADES DA PENA RETRIBUIR (corrente absolutista): ela funciona como um castigo reparador de um mal. O mal justo da pena compensa o mal injusto do delito. Seu mérito reside em reconhecer a necessidade de que a pena seja proporcional ao crime cometido; e PREVENIR (corrente utilitarista/relativa):encontram o fundamento da pena na necessidade de evitar a prática futura de delitos. Não se trata de uma necessidade em si mesma, de servir à realização da Justiça, mas de instrumento preventivo de garantia social para evitar a prática de delitos futuros. Isso quer dizer que a pena se fundamenta por seus fins preventivos gerais ou especiais. Justifica-se por razões de utilidade social. PREVENIR + RETRIBUIR (corrente eclética/mista): artigos 59 e 121 do CP, artigo ; artigos 10 e 22 da Lei 7210/84 (LEP). PREVENÇÃO GERAL ESPECIAL VISA A SOCIEDADE VISA O DELINQUENTE POSITIVA: quer demonstrar para a sociedade a vigência e eficácia da lei penal (aprendizagem, confiança e pacificação socia) ; e NEGATIVA: coação psicológica para a coletividade não delinquir (intimidação). POSITIVA: ressocialização; e NEGATIVA: Inibir a reincidência. Fundamentos da Pena Politico-estadual: sem a pena o ordenamento jurídico deixaria de ser coativo; Psicossocial: a pena satisfaz o anseio de justiça da comunidade; e Ético individual: permite ao próprio delinquente liberer-se de algum sentimento de culpa. PRINCÍPIOS Da legalidade (art. 5, II, XXXIX CF;art. 1 CP; Decreto n. 678/92); Da individualização (art. 5, XLVI); Da pessoalidade (art 5, XLV); Da proporcionalidade (art. 5, XLVI e XLVII); Da inderrogabilidade/inevitabilidade Da dignidade da pessoa humana (art. 1, III e art. 5, XLII). Da pessoalidade (art 5, XLV) “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.” Da individualização (art. 5, XLVI) “a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos.” Art. 5º da Lei 7210/84: “Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal.” Dupla face do P. da proporcionalidade: Face 1: evitar o EXCESSO Face 2: evitar a INSUFICIENCIA da intervenção do Estado Impedir a hipertrofia da punição Imperativo de tutela ou dever de proteção Garantismo negativo Garantismo positivo Garantia do Individuo contra o Estado Garantia do individuo em ver o Estado protegendo bens jurídicos com eficiência Da dignidade da pessoa humana (art. 1, III e art. 5, XLII). Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) III - a dignidade da pessoa humana; Art. 5º, XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis;
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