Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Sumário 1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO MERCADO.. ...................................................................................................... 12 Funções Básicas ....................................................................................... 12 1.1.1. Conselho Monetário Nacional – CMN ........................................... 14 1.1.2. Banco Central do Brasil – BACEN ................................................ 14 1.1.3. Comissão de Valores Mobiliários – CVM ...................................... 15 1.1.4. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP........................ 15 1.1.5. Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC ..................................................................................................... 16 1.2. Principais Intermediários Financeiros ........................................... 17 1.2.1. Banco Comercial .......................................................................... 17 1.2.2. Banco de Investimento ................................................................. 18 1.2.3. Banco Múltiplo .............................................................................. 19 1.2.4. Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários ........ 19 1.2.5. B3 S/A: Brasil, Bolsa, Balcão ........................................................ 20 1.3. Tipos de Investidores .................................................................... 21 1.4. Códigos da ANBIMA e Melhores Práticas .................................... 23 1.5. Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores ............................................................................ 28 1.6. Convenção de Viena .................................................................... 35 1.7. Normas e Padrões Éticos ............................................................. 36 Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, artigo 1° ........................... 36 1.8. Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento ..................................................................... 40 2. NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS .................................................. 50 2.1. Conceitos Básicos de Economia .................................................. 50 2.1.1. PIB ................................................................................................ 50 2.2. Indicadores de Inflação ................................................................. 51 2.2.1. IPCA ............................................................................................. 51 2.2.2. IGP-M e IGP-DI ............................................................................ 52 2.3. Câmbio (Moeda Estrangeira) ........................................................ 53 2.3.1. Taxa de Câmbio ........................................................................... 53 2.4. Indicadores de Juros .................................................................... 55 2 2.4.1. Taxa Selic (over e meta) ............................................................... 55 2.4.2. Taxa DI / CDI ................................................................................ 57 2.4.3. Taxa TR ........................................................................................ 57 2.5. Políticas do Sistema Econômico................................................... 58 2.5.1. Metas para inflação ...................................................................... 58 2.5.2. Política Monetária ......................................................................... 59 2.5.3. COPOM – Comitê de Política Monetária ...................................... 62 2.5.4. Política Fiscal................................................................................ 62 2.5.5. Política Cambial ............................................................................ 65 2.6. Conceito Básico de Finanças ....................................................... 71 2.7. Capitalização Simples/capitalização composta e Proporção e Equivalência. ............................................................................................. 78 Taxa de Juro Nominal, Taxa de Juro Real e Fórmula de Fischer .............. 85 Série Uniforme de Pagamentos ................................................................. 86 2.8. Sistemas de amortização: SAC (Sistema de Amortização Constante), Tabela Price e SAA (Sistema de Amortização Americano) .... 91 2.9. Método de Análise de Investimentos ............................................ 94 2.10. Custo de Oportunidade ................................................................. 95 2.11. Taxa Interna de retorno (TIR) ....................................................... 95 2.12. Risco de Reinvestimento .............................................................. 97 2.13. Valor Presente Líquido (VPL) ....................................................... 98 3. INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA, RENDA VARIÁVEL E DERIVATIVOS ................................................................................................ 101 3.1. Instrumentos de Renda Fixa ....................................................... 101 3.1.1. Formação da Taxa de Juros (SELIC) ......................................... 101 3.2. Caderneta de Poupança ............................................................. 102 3.3. Principais Características de Títulos Públicos e Privados .......... 103 3.3.1. Precificação de Títulos Públicos e Privados ............................... 103 3.4. Indicadores de Renda Fixa ......................................................... 106 3.4.1. Índice de Mercado Anbima – (IMA-B, IRF-M e IMA-S) ............... 106 3.4.2. IDkA – Índice de Duração Constante Anbima (Segmento Prefixado e Segmento IPCA) ................................................................................... 107 3.5. Estrutura Temporal das Taxas de Juros ..................................... 107 3.5.1. Projeção da Curva de Juros Prefixada ....................................... 107 3 3.5.2. Projeção da Curva de Cupom Cambial (Dolar/ Euro) ................. 109 3.5.3. Projeção da Curva de Cupom de IGPM-M e IPCA ..................... 109 3.6. Estrutura de negociação do Mercado de Títulos Públicos e Privados, Leilão e Mercado de Balcão, negociação no mercado primário e secundário.......... .......................................... ............................................110 3.7. Títulos Públicos .......................................................................... 111 3.8. Principais Títulos Privados Financeiros (emitido por Bancos).............. ...................................................................................... 121 3.8.1. CDB (Certificado de Depósito Bancário) .................................... 121 3.8.2. RDB (Recebido de Depósito Bancário) ...................................... 123 3.8.3. Letras Financeiras ...................................................................... 125 3.8.4. Depósito a Prazo com Garantia Especial – DPGE ..................... 126 3.8.5. LC (Letra de Câmbio) ................................................................. 128 3.9. Principais Títulos Privados (emitido por Empresas não Financeiras)... .......................................................................................... 131 3.9.1. Debêntures ................................................................................. 131 3.9.2. Debêntures Incentivadas ............................................................ 136 3.9.3. Nota Promissória ........................................................................ 136 3.10. Títulos do Segmento Agrícola.....................................................138 3.10.1. Cédula de Produtor Rural ........................................................... 138 3.10.2. LCA ............................................................................................. 139 3.10.3. Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio .................... 140 3.10.4. Certificado de Recebíveis do Agronegócio ................................. 141 3.11. Títulos do Segmento Imobiliário ................................................. 142 3.11.1. Certificado de Recebíveis Imobiliários ........................................ 142 3.11.2. LCI- Letra de Crédito Imobiliário ................................................. 143 3.11.3. Cédula de Crédito Imobiliário ..................................................... 144 Resumo Investimentos Imobiliários ......................................................... 145 3.11.4. Resumo Investimentos Imobiliários e Agronegócio .................... 146 3.12. Operações Compromissadas ..................................................... 146 3.13. Renda Fixa Internacional ............................................................ 147 3.13.1. Principais Títulos Norte Americanos ........................................... 147 3.13.2. Treasury Bills, Treasury Notes, Treasury Bonds e TIPS (Treasury Inflation-protected Security) ..................................................................... 147 3.13.3. Títulos da Dívida Externa Brasileira ............................................ 149 4 3.13.4. CD (Certificates os Deposit) ....................................................... 149 3.13.5. Commercial Papers .................................................................... 149 3.13.6. Repos (Repurchase Agreements) .............................................. 150 3.14. Riscos em Aplicações de Renda Fixa ........................................ 150 3.15. Análise de Títulos de Renda Fixa ............................................... 156 3.15.1. Yield To Maturity ......................................................................... 156 3.15.2. Current Yied................................................................................ 158 3.15.3. Coupon Rate............................................................................... 159 3.15.4. Duration de Macaulay ................................................................. 160 3.15.5. Duration Modificada .................................................................... 162 3.16. Fundo Garantidor de Crédito (FGC) ........................................... 163 3.17. Renda Variável ........................................................................... 165 3.17.1. Ações Tipos, Classes e Espécies ............................................... 165 3.17.2. Certificados ou Recibos de depósitos de Valores Mobiliários (ADR– BDR)............ ............................................................................................ 166 3.17.3. Direito dos acionistas .................................................................. 168 Acionista Controlador............................................................................... 168 Acionista Minoritário................................................................................. 168 Tag along ................................................................................................. 169 Bônus Subscrição .................................................................................... 169 Bonificação .............................................................................................. 170 3.17.4. Estratégia de Precificação em Ações ......................................... 170 3.17.5. Ganho de Capital na Valorização das Ações ............................. 172 Dividendos ............................................................................................... 172 Juros sobre capital próprio ....................................................................... 172 3.17.6. Mercado Primário e Secundário ................................................. 172 3.17.7. Assembleia Geral e Assembleia Extraordinária .......................... 173 Assembleia Geral .................................................................................... 173 Assembleia Extraordinária ....................................................................... 174 3.17.8. Abertura de Capital (Initial Public Offering – IPO) e Oferta Pública de Ações............. .......................................................................................... 174 3.17.8.1. Principais Instituições e suas características.............................174 3.17.10. Tipos de Subscrição ................................................................... 177 3.17.11. Formação de Preço na Emissão de Ações ................................. 178 5 3.17.12. Negociação no Mercado de Ações ............................................. 178 3.17.13. Tipos de Ordem .......................................................................... 179 3.17.14. Índice de Bolsa de Valores ......................................................... 180 3.18. Governança Corporativa ............................................................. 181 3.19. Avaliação de Investimentos em Ações ....................................... 184 Custo Médio Ponderado de Capital ......................................................... 185 EBITDA .....................................................................................................186 Análise Grafista ....................................................................................... 186 Análise Fundamentalista .......................................................................... 187 3.20. Despesas incorridas na negociação com ações ......................... 187 3.21. Tributação: .................................................................................. 188 3.22. Investimentos em Ações no Exterior .......................................... 189 3.22.1. ADR (American Depositary Receipts) ......................................... 189 3.22.2. Global Depositary Receipts ........................................................ 189 3.22.3. Índice de Bolsa de Valores no Exterior ....................................... 190 3.22.4. Clube de Investimento ................................................................ 190 3.23. Derivativos .................................................................................. 192 3.23.1. Mercado a Termo ....................................................................... 193 3.23.2. Mercado Futuro .......................................................................... 194 3.23.3. SWAP ......................................................................................... 195 3.23.4. Opções ....................................................................................... 196 3.23.5. Principais estratégicas com opções ............................................ 201 3.23.5.1. Operação de Financiamento ..................................................... 201 3.23.5.2.Box 2 Pontas.............................................................................. 203 3.23.5.3.Box 4 Pontas.............................................................................. 203 3.23.5.4.Straddle ..................................................................................... 205 3.23.6.1.CAP ........................................................................................... 208 3.23.6.2.Floor ........................................................................................... 209 3.23.6.3.Collars ........................................................................................ 209 3.23.7. Opções Exóticas (com barreiras) ................................................ 210 3.23.8.Modelo Binominal ....................................................................... 211 3.23.9. Black-Scholes ............................................................................. 212 3.24. Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – Non Deliverable Forward)................................................................................ 212 6 3.25. Tributação em derivativos ........................................................... 213 3.26. COE - Certificado de Operações Estruturadas ........................... 214 3.27. Sistemas e Câmeras de Liquidação e Custódia (Clearing House)....... .............................................................................................. 216 3.28. Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB ................................ 218 4. FUNDO DE INVESTIMENTO ................................................................... 220 4.1. Fundo de Investimento ............................................................... 220 4.1.1. Definições e Aspectos Gerais ..................................................... 220 4.1.2. Tipos de Fundos ......................................................................... 222 4.1.3. Gestão Discricionária .................................................................. 225 4.1.4. Gestão não discricionária ........................................................... 225 4.1.5. Marcação a mercado .................................................................. 225 4.1.6. Direitos e Obrigações dos Condôminos ..................................... 226 4.1.7. Administrador e suas funções..................................................... 227 Regras gerais sobre divulgação de informação: ...................................... 228 Informações Relevantes (disclaimers) ..................................................... 228 Substituição Administrador e Gestor........................................................ 229 4.1.8. Divulgação de informações para a venda e distribuição ............. 230 4.1.8.1. Regulamento .............................................................................. 230 4.1.8.2. Formulário de Informações Complementares – FIC ................... 231 4.1.8.3. Lâmina de informações essenciais ............................................. 233 4.1.8.4. Termo de Adesão e Ciência de Risco ........................................ 234 4.1.9. Assembleia Geral de Cotistas..................................................... 235 Convocação da Assembleia .................................................................... 236 Assembleia geral ordinária (AGO) e Assembleia geral extraordinária (AGE)......... .............................................................................................. 236 4.1.10. Taxas em Fundo de Investimento............................................... 236 4.1.11. Gestão de Recursos ................................................................... 238 4.1.12. Cotização .................................................................................... 239 4.1.13. Limite de aplicação por emissor, por mobilidade e ativo financeiro............ ..................................................................................... 240 4.2. PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO....................................................................................... 243 4.2.1. Fundo de Renda Fixa ................................................................. 243 7 4.2.2. Fundo de Renda Fixa de Curto Prazo ........................................ 244 4.2.3. Fundos de Renda Fixa Referenciados ....................................... 245 4.2.4. Fundos de Renda Simples ......................................................... 246 4.2.5. Fundos de Renda Fixa de Dívida Externa .................................. 247 4.2.6. Fundo Cambial ........................................................................... 248 4.2.7. Fundo de Ações .......................................................................... 249 4.2.8. Fundos Multimercados ............................................................... 250 4.2.9. Fundo de Crédito Privado ........................................................... 251 4.2.10. Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento ... 252 4.2.11. Fundos de Investimento em Índice de Mercado – FUNDOS DE ÍNDICE. .................................................................................................... 253 4.2.12. FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (FII) .................... 254 4.2.13. Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC e FIC- FIDC)........ ............................................................................................... 256 4.2.14. Fundos de Investimento em Participações – FIP........................ 258 4.2.15. Fundos OFF-SHORE .................................................................. 259 4.3. Compensação de Perdas em Fundos de Investimento .............. 259 4.4. Come-Cotas................................................................................ 259 4.5. Divulgação de Rentabilidade ...................................................... 260 4.6. Classificação de Fundos de Investimento ANBIMA – NÍVEIS 1, 2 E 3........................... .................................................................................... 261 4.7. RESUMÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO ................................ 264 4.8. Carteira Administrada ................................................................. 266 4.9. Gestão Discricionária .................................................................. 266 4.10. Gestão não discricionária ........................................................... 266 5. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL .............. 268 5.1. Previdência Social X Previdência Privada .................................. 268 5.2. Regime Geral da Previdência – RGPS ....................................... 268 5.3. TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O PRODUTO ......................... 270 Fase de Acúmulo/Diferimento .................................................................. 270 Fase de Renda/Benefício ........................................................................ 270 Taxa de Administração ............................................................................ 270 Taxas de Carregamento .......................................................................... 270 5.4. Portabilidade ............................................................................... 271 8 5.5. Transferências Entre Planos ...................................................... 271 Resgate ................................................................................................... 271 5.6. Fase de Benefício ....................................................................... 272 5.7. Possibilidade de pagamento de juros e/ou excedente financeiro 273 5.8. Tábua Atuarial ou Biométrica ..................................................... 274 5.9. FIE - Conceito ............................................................................. 274 5.10. Classificação dos Fundos ........................................................... 275 Classificação Conforme Anbima .............................................................. 275 5.11. PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL) ............. 276 5.12. VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES(VGBL) .................. 276 5.13. RESUMO PGBL E VGBL ........................................................... 277 5.14. Regimes de Tributação (Imposto de Renda) .............................. 277 6. GESTÃO DE CARTEIRA E RISCO ......................................................... 281 6.1. Noções de Estatística .................................................................281 6.2. Risco, Retorno e Mercado .......................................................... 297 6.3. Seleção de Carteiras e Modelo Markowitz ................................. 297 6.4. Diversificação de risco de uma Carteira e Modelo de Markowitz 298 6.5. Modelo de Precificação de Ativos CAPM ................................... 300 6.6. Capital Market Line – CML ......................................................... 301 6.7. SML – Security Market Line ........................................................ 302 6.8. APT – Arbitrage Pricing Theory .................................................. 303 6.9. Alocação de Ativos ..................................................................... 303 6.10. Acordo de Basileia ...................................................................... 306 6.11. Gestão de risco em Fundos de Investimentos e Carteiras Administradas .......................................................................................... 308 7. PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTO .................................................. 317 7.1. Análise do Perfil do Investidor .................................................... 317 7.2. Decisões do Investidor na Perspectivas de Finanças Comportamentais .................................................................................... 321 7.2.1. Heurísticas ..................................................................................... 322 7.2.2. Disponibilidade ........................................................................... 322 7.2.3. Representatividade ..................................................................... 323 7.2.4. Ancoragem ................................................................................. 324 7.2.5. Aversão à perda ......................................................................... 326 9 7.2.6. Efeitos de estruturação ............................................................... 327 7.3. Vieses Comportamentais ............................................................ 328 7.3.1. Excesso de Confiança ................................................................ 328 7.3.2. Armadilha da Confirmação ......................................................... 328 7.3.3. Ilusão de Controle ....................................................................... 328 7.4. Planejamento de Investimento.................................................... 329 7.4.1. Planejamento Financeiro Pessoal .............................................. 329 7.4.1.1. Etapas e Processo de Planejamento Financeiro ........................ 329 7.4.2. Orçamento Pessoal .................................................................... 329 7.5. Patrimônio Líquido (Ativos e Passivos) e Índice de endividamento................ ..................................................... ......................330 7.6. Reserva de Emergência ............................................................. 331 8. MÓDULO ADICIONAL ............................................................................. 333 8.1. Regimes de Tributação (Imposto de Renda) .............................. 333 8.1.1. TRIBUTAÇÃO EM PREVIDÊNCIA PRIVADA ............................ 333 8.1.2. Tributação em “Fundo de Investimento” ..................................... 334 8.1.3. Investimentos Isentos de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda Fixa): ........................................................................................... 335 8.1.4. Tributação de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda Fixa)................ ......................................................................................... 336 8.1.5. Tributação em compra e venda de Ações .................................. 336 10 Introdução Este material foi desenvolvido pelo Professor Fernando Gaspar para você que deseja mudar sua vida e carreira. Voltado para a certificação CEA Anbima o mesmo busca aliar o conteúdo com a prática oferecendo conteúdo dinâmico desenvolvido através do programa detalhado da Certificação Anbima CEA. O conteúdo do material busca aliar o melhor conteúdo bibliográfico para te apoiar no alcance da sua certificação. Material Atualizado com o conteúdo 01/02/2020. A prova da CEA é desenvolvida com 70 questões, com total de 3:30 horas de prova. A estrutura da prova é extremamente conceitual/pratica, sendo assim será necessário realizar cálculos na prova podendo fazer uso da calculadora HP12C. É necessário obter 70% dos acertos para ser profissional ANBIMA CEA, sendo assim são 49 acertos questões certas para alcançar a sua certificação. Abaixo segue o site para inscrição: http://www.anbima.com.br/pt_br/educar/quero-me-certificar/inscricao.htm O valor da prova é de: • Funcionário de instituição Associada: R$ 717,00; • Não Funcionário de Instituição Associada: R$ 860,00; A prova é dividida nos seguintes percentuais por conteúdo conforme abaixo: http://www.anbima.com.br/pt_br/educar/quero-me-certificar/inscricao.htm 11 Professor Fernando Gaspar @fernandogaspar https://www.instagram.com/fernandogasparoficial/ Fernando Gaspar https://www.youtube.com/channel/UCLzzngQpMSU1lC-2vJ40A_w @prof.fernandogaspar https://www.facebook.com/prof.fernandogaspar Site + Simulados: www.leadinvest.com.br APP Simulado Lead Invest Sou formado em Administração e fiz especialização em Finanças, Controladoria e Auditoria pela FGV-MG e também Gestão de Pessoas pela FGV- MG. Já fui aprovado nas principais certificações financeiras do país: CPA-10, CPA-20, CEA, Ancord (AAI) e CNPI. Atuei por onze anos no mercado financeiro, no Banco Santander e Banco Itaú, atuando como estagiário, Gerente Operacional, Gerente Comercial, Consultor de investimentos. Até que meu maior proposito de vida veio à tona, foi então que decidi começar a ajudar pessoas a conquistarem sua certificação financeira, compartilhar minha experiência profissional e ajudar com a minha jornada no mercado financeiro as pessoas a conquistarem seu objetivo de vida e carreira. Acredito muito que a proximidade e a clareza podem nos levar a destino de sucesso, junto iremos conquistar cada vez nosso selo de qualidade no mercado financeiro e de trabalho. Agora, vamos com tudo, pra cima da certificação, com muita garra, vontade e coragem para transformar a tua vida. Um abraço!! https://www.instagram.com/fernandogasparoficial/ https://www.youtube.com/channel/UCLzzngQpMSU1lC-2vJ40A_w https://www.facebook.com/prof.fernandogaspar www.leadinvest.com.br 12 1. Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado Este módulo equivale de 5 a 15% do conteúdo que cairá em sua prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento do Sistema Financeiro Nacional mostrando as principais instituições que participam da construção e estrutura do mercado financeiro nacional e quais são suas atribuições e seu impacto no contexto brasileiro. Funções Básicas O Mercado Financeiro é o sistema que intermedia os recursos de agentes superavitários (que possuem recursos para aplicação) e os agentes deficitários (que necessitam de dinheiro para empréstimo). Este sistema é composto de diversas instituições financeiras (Banco Múltiplo, Banco de Investimento, Banco Comercial, Bolsa de Valores, Corretoras e Distribuidoras, Selic, B3 Bovespa), Instituições governamentais (CMN, Bacen, CVM e Susep) e instituições acessórias (Anbima) na qual exercem papel fundamental para o seu correto funcionamento. 13 Figura: FunçãoBásica do Mercado Financeiro 1.1. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional A estrutura do sistema financeiro Nacional é a forma como são organizadas as instituições dentro do contexto econômico de um país. Cada instituição possui sua função e forma de organização, na qual atuam em sinergia para que todo sistema econômico seja plenamente atendido e o país consiga manter seu sistema econômico legal e institucional. Um grande exemplo que se assemelha a organização do sistema financeiro nacional é Grande Empresa (multinacional), a empresa para se organizar necessita de uma estrutura organizacional e regras de procedimento para manter-se em plena capacidade operacional. Uma empresa precisa do presidente, do gerente e do operário para que funcione perfeitamente. Assim é o sistema financeiro. 14 1.1.1. Conselho Monetário Nacional – CMN Instituição máxima do Sistema Financeiro Nacional na qual é sua principal função é: “Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária (Controla Quantidade de moeda em circulação e taxa de juros) e de Crédito, compra e venda de ouro” Obs.: É o órgão que determina a Meta para INFLAÇÃO (IPCA – Índice de Preço do Consumidor Amplo) O CMN é um órgão Normativo, sendo assim ele determina o funcionamento do mercado financeiro. Sua atribuição é comandar o mercado, sendo assim é uma instituição financeira que não exerce EXECUÇÃO de atividades. O CMN em si somente determina o que as demais instituições irão seguir e adotar. Dica: Nas questões o CMN é sempre ligado a verbos de comando. Ex.: Determinar, Regulamentar, Fixar, Disciplinar. 1.1.2. Banco Central do Brasil – BACEN O Banco Central é a Instituição Governamental na qual é responsável pelo: “Controle da inflação, atua para regular a quantidade de moeda na economia buscando a estabilidade nos preços (controle de inflação). Instituição também responsável pela regulação e supervisão das demais instituições Financeiras no País”. Órgão Responsável pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). OBS: O BC executa as orientações do Conselho Monetário Nacional (CMN). https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/CMN https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/CMN 15 Além disso, conduz as políticas monetária, cambial, de crédito, e de relações financeiras com o exterior; a regulação e da supervisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN); Autorização para abertura e Funcionamento de Instituições Financeiras, Emite papel-moeda, a administração do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e os serviços do meio circulante. OBS: Comitê criado pelo Banco Central Chamado de COPOM (Comitê de Política Monetária) é o responsável pela “Decisão da TAXA SELIC”, taxa básica de juros do país. 1.1.3. Comissão de Valores Mobiliários – CVM A Comissão de Valores Mobiliários é uma instituição governamental que foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o objetivo: “Fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários um título de propriedade (ação) ou de crédito (obrigação), emitido por um ente público (governo) ou privado (sociedade anônima ou instituição financeira] no Brasil”. Exemplos de Valores Mobiliários: Ação, Debêntures, Cota em Fundo de Investimento, Contrato Futuro, Opções e etc. DICA: A CVM tanto executa, quanto determina e regulamenta o mercado de títulos e valores mobiliários. É a instituição governamental que regula e executa o mercado de valores mobiliários. As leis criadas por este órgão SERÃO sempre superiores e devem ser seguidas 1.1.4. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP A SUSEP é a instituição governamental responsável pelo: “Controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.” https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_(direito) https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(finan%C3%A7as) https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%ADtulo_de_cr%C3%A9dito https://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o_(economia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B4nima https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B4nima https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o_financeira 16 Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. A composição de membros da SUSEP é escolhida pelo Presidente da República. É administrada pelos seguintes Membros: • Superintendente • 4 Diretores 1.1.5. Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é um órgão de supervisão e fiscalização as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensão) e de executar políticas para o regime de previdência complementar. Criado pela Lei n° 12.154, é uma entidade governamental autônoma que possui patrimônio e receita próprios, organizado no sistema de autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. A composição de membros da PREVIC é indicada pelo Ministério da Previdência Social e nomeados pelo Presidente da República. É administrada pelos seguintes Membros: • 1 Diretor-Superintendente; • 4 Diretores, escolhidos dentre pessoas de ilibada reputação e de notória competência. 17 1.2. Principais Intermediários Financeiros 1.2.1. Banco Comercial Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar (emprestar), a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista (conta corrente), livremente movimentáveis, e empréstimo de dinheiro é atividade típica do banco comercial. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco". (Resolução CMN 2.099, de 1994). Para melhor entendimento dos participantes do Banco Comercial: • Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível buscando ganhar com investimentos; • Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação; • Agente Deficitário: Cliente que procura o banco em busca de empréstimo; 18 Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e empresta para o agente deficitário cobrando juros maiores em relação os rendimentos pagos aos agentes superavitários. Esta diferença é chamada de “spread” e este é o lucro das instituições financeiras. 1.2.2. Banco de Investimento Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo (conta de Investimento), repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999). Para melhor entendimento dos participantes do banco de investimento: • Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível buscando ganhar com investimentos;• Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação; • Agente Deficitário: Empresa que busca dinheiro emprestado junto a investidores; Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e repassa a empresa que deseja o dinheiro emprestado. Com isto a empresa cria uma dívida com o investidor que deverá ser paga a fim de garantir investidores disponíveis a financiar as atividades da empresa. 19 Obs.: Nesta modalidade o investidor não é sócio da empresa. Nesta situação ele empresta dinheiro a empresa e a mesma deverá pagar o que foi emprestado mais os juros que serão a remuneração do investidor. 1.2.3. Banco Múltiplo Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: • Comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. OBS: O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994). OBS: Deve possuir UM CNPJ para cada Carteira. Podendo publicar um balanço único. 1.2.4. Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários São empresas especializadas e autorizadas pela CVM que intermediam a compra, venda e distribuição de valores mobiliários através de ordem de terceiros (clientes investidores). 20 Visto a impossibilidade de o investidor realizar compra e venda de títulos e valores mobiliários diretamente na bolsa, a corretora e distribuidora possui extrema importância para continuidade deste mercado sendo obrigatório o envio de ordem de compra e venda por Empresas “Corretoras e Distribuidoras” de valores mobiliários, na qual cobram corretagem e comissões por este tipo de serviço. Estas empresas devem ser constituídas sob forma de S/A (Sociedade Anônima). De acordo com a decisão do BACEN e CVM do dia 17/03/2009, foi definido que não há diferença na área de atuação entre Corretora de Valores e Distribuidora de Valores. Considerações importantes sobre estas empresas: • Uma corretora pode atuar por conta própria; • Pode atuar como agente Fiduciário (pode representar os investidores garantindo seus interesses); • Sua principal função é dar liquidez e segurança ao mercado acionário; • Podem administrar fundos e clubes de investimento; • Podem Intermediar operações com câmbio (compra e venda de moeda estrangeira); 1.2.5. B3 S/A: Brasil, Bolsa, Balcão É a empresa onde ocorrem as operações (compra e venda) de ações, Derivativos, Commodities, Balcão, Operações Estruturadas. É a instituição que permite que corretoras enviem ordem de compra e venda de seus clientes a fim de ocorrer a transacionalidade neste segmento do mercado financeiro. As negociações são realizadas no Pregão Eletrônico (Bovespa) e Via Internet, com intermédio do Home Broker das Corretoras. Na Bolsa, o investidor que deseja comprar uma ação deverá procurar sua corretora que emite uma ordem de compra para a bolsa, assim a bolsa divulga esta informação ao mercado. Após esta divulgação a bolsa procura alguma corretora que tenha enviado ordem de venda de algum investidor que aceite vender pelo preço que o comprador esteja disposto a comprar. Após a finalização desta transação se cria a negociação no mercado. 21 1.3. Tipos de Investidores 1.3.1. Investidores qualificados Investidores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão regulador, possui mais condições do que o investidor comum de entender o mercado financeiro. A vantagem de se tornar um Investidor Qualificado é a possibilidade de ingressar em fundos restritos, como por exemplo, Fundos de Direitos Creditórios –FIDC (Exclusivo para investidores qualificados). É considerado INVESTIDOR QUALIFICADO: • Investidores Profissionais; • Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio; • As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes autônomo de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários em relação a seus recursos próprios. 1.3.2. Investidores profissionais Investidores Profissionais são os únicos que podem constituir Fundos Exclusivos, um tipo de fundo que possui um único cotista, que necessariamente deve ser um tipo de Investidor Profissional. São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS: • Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio; 22 • Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedade de capitalização; • Fundos de Investimento; • Entidades abertas e fechadas de previdência complementar; • Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM em relação a seus recursos próprios; 1.3.3. Investidores Não-Residentes Investidores Não Residentes (INRs) são pessoas físicas ou jurídicas, inclusive fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência, sede ou domicílio no exterior e que investem no Brasil. Estes investidores dependem de aprovação e registro prévio da CVM. 23 1.4. Códigos da ANBIMA e Melhores Práticas 1.4.1. Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários As instituições participantes devem observar os seguintes princípios e regras em suas atividades relacionadas às operações de Oferta Pública de que participem: • Nortear a prestação das Atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre concorrência; • Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios contidos neste Código, na legislação pertinente e/ou nas demais normas estabelecidas pela ANBIMA; • Evitar a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, bem como de quaisquer outras práticas que contrariem os princípios contidos no presente Código, respeitando os princípios de livre negociação; • Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua Atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas durante o período em que prestarem as atividades reguladas por este Código; • Buscar desenvolver suas Atividades com vistas a incentivar o mercado secundário de valores mobiliários, respeitadas as características de cada Oferta Pública. 1.4.2. Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Administração de Recursos de Terceiros As Instituições Participantes devem: • Exercer suas atividades com boa-fé, transparência, diligênciae lealdade; • Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas; 24 • Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, respeitando os princípios de livre negociação; • Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios contidos neste Código e na Regulação em vigor; • Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e profissional; • Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Administração de Recursos de Terceiros e seus participantes, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos, neste Código e na Regulação vigente; • Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que desempenhem funções ligadas à Administração de Recursos de Terceiros atuem com imparcialidade e conheçam o código de ética da Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade; • Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse, nas respectivas esferas de atuação, que possam afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas à Administração de Recursos de Terceiros; • Evitar práticas que possam ferir a Relação Fiduciária mantida com os investidores; • Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos descritos nos Documentos dos Veículos de Investimento e na Regulação em vigor, bem como promover a divulgação de informações a eles relacionadas, inclusive no que diz respeito à remuneração por seus serviços, visando sempre ao fácil e correto entendimento por parte dos investidores; • Transferir ao Veículo de Investimento qualquer benefício ou vantagem que possa alcançar em decorrência de sua condição como Administrador Fiduciário, Gestor de Recursos e/ou Gestor de Patrimônio, observada exceção prevista na norma específica de Fundos. .Oferta Pública. 25 1.4.3. Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada Os princípios e padrões exigidos diretamente das instituições participantes estão dispostos no art. 8º do Código de Certificação, podendo ser resumidos em: • Seguir código de ética e evidenciar a adesão de seus profissionais a ele; • Verificar se seus profissionais têm reputação ilibada e atestar que não tenham: a) Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM, Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) ou Susep; b) Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência de sua atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade sujeita a controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados; • Zelar pelo aperfeiçoamento de seus profissionais, fornecendo atualização profissional constante sobre práticas de mercado, produtos e regulação aplicável; • Manter elevados padrões éticos, adotar práticas transparentes nas negociações e proibir práticas não equitativas e de concorrência desleal; • Divulgar com clareza riscos e consequências que poderão advir dos produtos, instrumentos e modalidades operacionais disponíveis no mercado; • Preservar as informações reservadas ou privilegiadas, excetuadas as hipóteses em que a sua divulgação seja exigida por lei ou tenha sido autorizada; • Adotar procedimentos formais de controle, relacionados à obtenção e manutenção da certificação pertinente a todos os seus profissionais; 26 Padrões de Conduta Principais Padrões de Conduta em relação ao mercado (Eu com o mercado devo): • Manter elevados padrões éticos na condução de todas as atividades; • Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, inclusive as normas de regulação e melhores práticas Anbima; • Assegurar a observância de práticas negociais e equitativas; • Recusar a intermediação de investimentos ilícitos; • Não contribuir para veiculação ou circulação de notícias ou informações inverídicas; • Manter sigilo a respeito de informações confidências a que tenha acesso em razão de sua atividade profissional; Principais Padrões de Conduta em relação a instituição participante (Eu com a empresa que trabalho devo): • Não participar de atividades independentes que compitam direta ou indiretamente com seu empregador; • Informar seu empregador sobre a propriedade de quaisquer valores imobiliários ou outros investimentos que possam influenciar ou ser influenciado por sua atividade profissional; • Informar seu empregador sobre quaisquer valores ou benefícios adicionais que receba; • Não manifestar opinião que possa prejudicar a imagem do seu empregador; • Evitar pronunciamentos a respeito de investimento sob responsabilidade de outra instituição; 27 Principais Padrões de Conduta em relação ao investidor (Eu com o investidor devo): • Manter a independência e objetividade no aconselhamento de investimentos; • Distinguir fatos de opiniões, pessoais ou no mercado, com relação aos investimentos aconselhados; • Agir com ética e transparência quando houver situações de conflito de interesse com seus clientes; • Informar ao cliente a possibilidade de recebimento de remuneração ou benefício pela instituição participante em razão da indicação de investimentos; • Orientar o cliente sobre o investimento que pretende realizar, evitando práticas capazes de induzi-lo ao erro; 1.4.4. Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de Distribuição de Investimento no Varejo As Instituições Participantes devem: • Exercer suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade em relação aos investidores; • Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de 9 seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas; • Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, e respeitando os princípios de livre negociação; 28 • Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios contidos neste Código, na regulação pertinente e/ou nas demais regras estabelecidas pela ANBIMA; • Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e profissional; • Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca dos riscos e consequências que poderão advir dos Produtos de Investimento; • Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de Produtos de Investimento, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos e na regulação vigente; • Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento atuem com imparcialidade, conheçam o código de ética da Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade; • Identificar,administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que possam afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento. 1.5. Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso transforma, recursos obtidos através de atividades ilegais, em ativos comuns a origem aparentemente legal. Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer: 29 • Primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; • Segundo, o disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; • Terceiro, a disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de lavagem de dinheiro podendo ser considerado “limpo”; 1.5.1. Identificação dos clientes A lei sobre crimes de “lavagem” de dinheiro exige que as instituições financeiras entre outros: • Identifiquem seus clientes mantendo cadastro atualizado; inclusive dos proprietários e representantes das empresas (clientes Pessoa Jurídica); • Mantenham registro das transações em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedida; • Atendam no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições formuladas pelo COAF que se processará em segredo de justiça; Arquivem por cinco anos os cadastros e os registros das transações. 30 1.5.2. Fases da lavagem de dinheiro • Colocação: primeira etapa, consiste no ingresso dos recursos ilícitos no sistema econômico em “Espécie”. Para isso, são realizadas as mais diversas operações, como, por exemplo: A colocação se efetua por meio de: • Depósitos na boca do Caixa em dinheiro; • Compra de instrumentos negociáveis (investimentos); • Compra de bens (Carro, Casa, e etc); • Compra de Ouro, Metais e Jóias Preciosas; • Compra de Obra de Arte; Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como: • Fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro;. • Utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie; OBS: NESTA FASE É UTILIZADO DINHEIRO EM ESPÉCIE (DINHEIRO VIVO) • Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depositados em contas “fantasmas”, ou comprando bens e serviços de forma eletrônica. OBS: NESTA FASE É UTILIZADO TRANSFERÊNCIAS ELETRÔNICAS (TED) 31 • Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna- se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal. Principais operações que são indícios de crimes de lavagem de dinheiro: • Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino anteriormente não relacionando com o cliente; • Troca de grandes quantias de notas de pequeno valor por notas de grande valor; • Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e vice-versa; • Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamentos ou outros instrumentos em grande quantidade-isoladamente ou em conjunto independente dos valores envolvidos sem evidências de propósito claro • Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras; • Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do cliente; • Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em dinheiro sem nome de um mesmo cliente, cujos valore, somado, resulte em quantias significativa. • Abertura de conta em agências bancárias localizadas em estação de passageiros, aeroporto, rodovia ou porto internacional ou pontos de atração turística, salvo se o proprietário ou empregado de empresa regulamente instalada nesses locais; • Utilização de cartão de credito em valor não compatível com a capacidade financeira do usuário. 32 Fases Lavagem de Dinheiro 1.5.3. Pena Reclusão de três a dez anos e multa. Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo: • Os converte em ativos lícitos; • Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; • Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. 33 A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior: a) Ao dobro do valor da operação; b) Ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; c) Ai valor de R$ 20.000,00 (Vinte milhões de reais); Obs.: A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar aplica-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime. A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos na lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa. 1.5.4. Comunicação ao COAF De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a complementação da Carta- Circular 3098/03, as instituições financeiras deverão comunicar ao Banco Central: • As operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro de valor acima de R$ 10.000,00 • As operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00; • Depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, independentemente de serem suspeitas ou não, o cliente deve avisar ao banco com no mínimo 3 dias úteis de antecedência ao saque (retirada). Obs: Toda operação realizada por uma instituição financeira acima de R$ 10.000,00 deve ficar 34 registrada no banco. A operação que for igual ou acima de R$ 10 mil e SUSPEITA deve ser reportada ao COAF, através do SISCOAF. 1.5.5. COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras Órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro. OCOAF está vinculado ao Banco Central do Brasil e tem como finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades. Porém, para que as atividades do COAF sejam bem-sucedidas, é importante que, todas as instituições visadas, no que diz respeito à lavagem de dinheiro, proveniente do crime, mantenham em registro, todas as informações de relevância sobre seus clientes e suas operações. Além dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro empresas e instituições que trabalham com a comercialização de joias, metais preciosos e obras de arte. 1.5.6. Quem está sujeito à lei e a regulamentação As pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não: I - A captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira; II – A compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial; III - A custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários; 35 As pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionarias ou por qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas neste artigo: • As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; • As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antiguidades; • As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor, intermediam a sua comercialização ou exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie; • As pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações; • As pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação, comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares; • As empresas de transporte e guarda de valores; • As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comercialização; • As dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, relativamente a residentes no País. 1.6. Convenção de Viena Convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV da Constituição, e considerando que a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas, foi concluída em Viena, a 20 de dezembro de 1988; Considerando que a referida Convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional, pelo Decreto Legislativo nº 162, de 14 de junho de 1991; 36 1.7. Normas e Padrões Éticos Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, artigo 1° Art. 1º Determinar às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil a implantação e a implementação de controles internos voltados para as atividades por elas desenvolvidas, seus sistemas de informações financeiras, operacionais e gerenciais e o cumprimento às normas legais e regulamentares a elas aplicáveis. Parágrafo 1º Os controles internos, independentemente do porte da instituição, devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco das operações por ela realizadas. Parágrafo 2º São de responsabilidade da diretoria da instituição: I – a implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos efetiva mediante a definição de atividades de controle para todos os níveis de negócios da instituição; II – o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos; III – a verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos definido sem função do disposto no inciso II. 37 1.7.1. Segregação de atividades e política de segurança da informação A Segregação de atividades deve ser realizada de forma a evitar possíveis conflitos de interesses (Barreira de Informação) e definição de responsabilidades. Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários da instituição de forma a assegurar que seja conhecida a respectiva função no processo e as responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização, devem prever, em especial: 1. A definição de responsabilidades dentro da instituição; 2. A segregação das atividades atribuídas ao integrante da instituição de forma a que seja evitado o conflito de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar adequadamente áreas identificadas como de potencial conflito da espécie; 3. A existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, segundo o correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis informações consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades; 4. A contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da instituição; 5. A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico. 6. Os controles internos devem ser periodicamente revisados e atualizados, de forma a que sejam a eles incorporadas medidas relacionadas a riscos novos ou anteriormente não abordadas; 7. A atividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de controles internos; 38 1.7.2. (CHINESE WALL) SEGREGAÇÃO ENTRE GESTÃO DE RECURSOS PRÓPRIOS E DE TERCEIROS – Barreira de Informação As instituições financeiras devem ter suas atividades de administração de recursos próprios e recursos de terceiros (Fundos), totalmente separadas (SEGREGADA) e independentes de forma a prevenir potenciais conflitos de interesse. 1.7.3. Utilização Indevida de Informações Privilegiadas Informação Privilegiada: Representa toda e qualquer informação relevante, fora do domínio público, que se venha a obter no exercício das funções diárias de qualquer profissional. Ex.: Analista de investimentos que será responsável pelo IPO de uma empresa, este possui informações privilegiadas desta empresa. Insider Trader: O Insider Trader é o indivíduo que, tendo acesso a informações privilegiadas, na qual é utilizada em seu próprio benefício ou em benefício de terceiros. MURO Gestão de Recursos Próprios Gestão de Recursos Terceiros 39 Ex.: Este mesmo analista por possuir esta informação, faz operações no mercado financeiro em prol de benefício próprio ou repassando estas informações a terceiros em busca de ganhos financeiros. Front Runner: O Front Runner é o indivíduo ou instituição que se utiliza de ordens de clientes para o seu próprio benefício, realizando antes para si próprio a operação ordenada pelo cliente. Ex.: Corretor de ações possui um cliente relevante e este envia grandes ordens para comprar determinada ação, mediante esta informação compra para si a mesma ação em busca de benefício próprio e ganho financeiro. 1.7.4. Confidencialidade Profissional deve manter os mais restritos níveis de confidencialidade das informações com todos os clientes e patrocinadores,a menos que a divulgação seja exigida por lei. Sendo assim, toda e qualquer informação deve se manter em sigilo. 1.7.5. Conflitos de Interesse Conflito de interesses ocorre quando uma decisão é influenciada pelos interesses de apenas uma das partes envolvidas, prejudicando as demais. Portanto, exercer qualquer tipo de ação para obtenção de vantagens pessoais prejudicando outros é agir tanto antiética (por ser contrário ao que se entende por correto) quanto imoralmente (por se concretizar em prejuízo ao outro). Esta prática pode influenciar negativamente o preço das cotas dos fundos de investimentos visto o fato de possuir informação privilegiada pode levar a uma distorção do preço e uma análise incorreta da atual situação do preço no mercado. 40 1.8. Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento 1.8.1. Definições Art. 1º. Para os efeitos deste Código, entende-se por: I. Administração Fiduciária: compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção dos Veículos de Investimento; II. ANBIMA ou Associação: Associação Brasileira dos Mercados Financeiros e de Capitais; III. Canais Digitais: canais digitais ou eletrônicos utilizados na distribuição, que servem como instrumentos remotos sem contato presencial entre o investidor ou potencial investidor e a Instituição Participante; IV. Conglomerado ou Grupo Econômico: conjunto de entidades controladoras diretas ou indiretas, controladas, coligadas ou submetidas a controle comum; V. Criptografia: conjunto de técnicas para codificara informação de modo que somente o emissor e o receptor consigam decifrá-la; VI. Distribuição de Produtos de Investimento: (i) oferta de Produtos de Investimento de forma individual ou coletiva, resultando ou não em aplicação de recursos, assim como a aceitação de pedido de aplicação por meio de agências bancárias, plataformas de atendimento, centrais de atendimento, canais digitais ou eletrônicos, ou qualquer outro canal estabelecido para este fim; e (ii) atividades acessórias oferecidas aos investidores, tais como manutenção do portfólio de investimentos e fornecimento de informações periódicas acerca dos investimentos realizados; VII. Documentos dos Veículos de investimento: são os documentos oficiais exigidos pela regulação específica dos Veículos de Investimento; VIII. Gestão de Recursos de Terceiros: consiste na gestão profissional dos ativos integrantes das carteiras dos Veículos de Investimento, nos termos estabelecidos nos Documentos dos Veículos de Investimento, assim como na regulação em vigor; IX. Instituições Participantes: instituições associadas à ANBIMA ou instituições aderentes a este Código; X. Material Publicitário: material que tenha como objetivo estratégia comercial e mercadológica, divulgado pelas Instituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível e destinado a investidores ou potenciais investidores; XI. Material Técnico: material de suporte técnico a uma decisão de investimento, divulgado pelas nstituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível e destinado a investidores ou potenciais investidores; 41 XII. Produtos Automáticos: aqueles que possuem a funcionalidade de aplicação e resgate automático, conforme saldo disponível na conta corrente do investidor; XIII. Produtos de Investimento: títulos, valores mobiliários, direitos e outros instrumentos de emissor público ou privado, regulados pela Comissão de Valores Mobiliários e/ou pelo Banco Central do Brasil; XIV. Organismos de Supervisão: a Comissão de Acompanhamento para Distribuição de Produtos de Investimento e o Conselho de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento, ambos previstos no Título IV deste Código; XV. Propaganda Institucional: todo material utilizado pelas Instituições Participantes e empresas do mesmo conglomerado ou grupo econômico com o objetivo de estratégia mercadológica e que mencione em seu conteúdo a Distribuição de Produtos de Investimento; XVI. Regulação: normas legais, infralegais e de autorregulação que abrangem a Distribuição de Produtos de Investimento; XVII. Veículo de Investimento: Fundos de Investimento e Carteiras Administradas constituídos com o objetivo de investir recursos obtidos junto a um ou mais investidores. 1.8.2. Objetivo O presente Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento (“Código”) tem como objetivo estabelecer princípios e regras para Distribuição de Produtos de Investimento, visando, principalmente: I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais; I. A concorrência leal; III. A padronização de seus procedimentos; IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos de Investimento; V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado e as características dos investimentos; VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na Distribuição de Produtos de Investimento. 42 1.8.3. Princípios Gerais As Instituições Participantes devem: I. Exercer suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade em relação aos investidores; II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas; III. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, e respeitando os princípios de livre negociação; IV. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios contidos neste Código, na regulação pertinente e/ou nas demais regras estabelecidas pela ANBIMA; V. Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e profissional; VI. Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca dos riscos e consequências que poderão advir dos Produtos de Investimento; VII. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de Produtos de Investimento, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos e na regulação vigente; VIII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento atuem com imparcialidade, conheçam o código de ética da Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade; e IX. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que possam afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento. 1.8.4. Segurança e Sigilo das Informações As Instituições Participantes devem estabelecer mecanismos para: I. Propiciar o controle de informações confidenciais a que tenham acesso os seus sócios, diretores, alta administração, profissionais e terceiros contratados; II. Assegurar a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico; e 43 III. Implantar e manter treinamento para os seus sócios, diretores,
Compartilhar