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TCC - ENGENHARIA AMBIENTAL

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42
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO 
CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL 
CRISTIANO PEDROSA GOMES - RA 3269558
ERONILDES SILVA DE MELO - RA 3377105
KLEITON MARQUES DA SILVA - RA 3348121
RUBIAN DA SILVA DE OLIVEIRA - RA 3262944
MANEJO DAS EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS NO ESTADO DE ALAGOAS
Maceió/AL
2020
CRISTIANO PEDROSA GOMES
ERONILDES SILVA DE MELO
KLEITON MARQUES DA SILVA
RUBIAN DA SILVA DE OLIVEIRA
MANEJO DAS EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS NO ESTADO DE ALAGOAS
Monografia apresentada ao Curso de Graduação Lato Sensu em Engenharia Ambiental na Universidade Santo Amaro - UNISA, como requisito para obtenção do título de graduação em Engenharia Ambiental. 
 
Maceió/AL
2020
FOLHA DE APROVAÇÃO
KLEITON MARQUES DA SILVA
CRISTIANO PEDROSA GOMES
RUBIAN DA SILVA DE OLIVEIRA
ERONILDES SILVA DE MELO
MANEJO DAS EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS NO ESTADO DE ALAGOAS
Monografia apresentada à Universidade Santo Amaro - UNISA, exigências do Curso de Graduação em Engenharia Ambiental, para obtenção do título de graduação, aprovada em: ( ) de ( ) de ( ).
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. (Examinador Externo)
________________________________________
Prof. (Examinador Interno)
________________________________________
Prof. (Examinador Interno)
Maceió/AL
2020
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, que nos deu força e coragem para conclusão de mais uma etapa em nossas vidas.
Aos nossos pais, pelo incentivo a lutar pelos nossos objetivos.
E finalmente, agradecemos a todos que de alguma forma colaboraram para a nossa formação acadêmica.
Não é a espécie mais forte que sobrevive, tampouco a mais inteligente. É a mais adaptável às mudanças.
 Charles Darwin.
RESUMO
O agronegócio tem papel fundamental no desenvolvimento econômico do Brasil e em sua projeção no cenário produtivo mundial. O crescimento continuado da produtividade no campo nos últimos anos repercute diretamente na logística reversa de embalagens pós-consumo de defensivos agrícolas. Criado em 2001 para representar o setor de fabricante de agroquímicos e promover a destinação ambientalmente adequada das embalagens de defensivos agrícolas pós-consumo em todo o Brasil, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – inpEV baseia sua operação na dinâmica da logística reversa, respondendo pela integração e articulação de todos os elos dessa cadeia. O Brasil é líder e referência mundial na destinação final de embalagens de agrotóxicos, não há em outro país um trabalho de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas pós-consumo. O percentual de devolução das embalagens vazias de agrotóxicos no Estado de Alagoas registrou variações em números de recolhimentos, mas mesmo assim alcançou números expressivos nos últimos cinco anos.
Palavras-chave: inpEV, logística reversa, embalagens, agrotóxicos.
ABSTRACT
Agribusiness has a fundamental role in the economic development of Brazil and its projection in the productive world scenario. The continued growth of productivity in the field in recent years reflects directly on reverse logistics of post-consumer packaging of agrochemicals. Created in 2001 to represent the agrochemical manufacturer sector and promote environmentally appropriate disposal of pesticide containers post-consumer throughout the Brazil, its operation is based on dynamic inpEV of reverse logistics, responding for the integration and coordination of all links of this chain. The Brazil is a leader and a world reference in final disposal of pesticide containers, there is in another country a job of reverse logistics packaging of agrochemicals post-consumer. The percentage of return of empty containers of chemicals in the State of Alagoas recorded variations in numbers of gatherings, but still reached significant numbers in the past five years.
Keywords: inpEV, reverse logistics, packaging, pesticides.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Relatório de Sustentabilidade 2018......................................................13
FIGURA 2 Estoque de Embalagens Laváveis	19
FIGURA 3 Estoque de Embalagens Não Laváveis Contaminadas	20
FIGURA 4 Estoque de Embalagens Não Laváveis e Não Contaminadas	21
FIGURA 5 Guia sobre o Funcionamento do Sistema Campo Limpo......................21
FIGURA 6 Embalagens Destinadas pelo Sistema (em mil toneladas)...................23
FIGURA 7 Destinação de Material (%)...................................................................24
FIGURA 8 Associação dos Distribuidores e Revendedores de Agroquímicos de Alagoas	26
FIGURA 9 Crescimento Anual no Recolhimento das Embalagens	27
FIGURA 10 Ranking de Devolução de Embalagens vazias de Agrotóxicos	28
FIGURA 11 Variedades de Artefatos produzidos por embalagens de agrotóxicos reciclados	30
FIGURA 12 Funcionário do InpEV manuseando a embalagem vazia de agrotóxicos	36
FIGURA 13 Embalagens com bula e rótulo de acordo com a NR 31	37
FIGURA 14 Uso dos EP’IS na prensa das embalagens	37
FIGURA 15 Local de recebimento de embalagens de agrotóxicos de acordo com a NR 31	38
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	09
2. OBJETIVOS	11
2.1. Objetivo Geral	11
2.2. Objetivos Específicos	11
3. JUSTIFICATIVA.	11
4. HIPÓTESE	12
5. REFERENCIAL TEÓRICO	12
5.1. O inpEV	12
5.2. Logística reversa, gestão ambiental e sustentabilidade.................................13
5.3. Sistema campo limpo	17
5.3.1. Tipos de Embalagens...................................................................................18
5.3.1.1. Embalagens Laváveis................................................................................18
5.3.1.2. Embalagens Não Laváveis........................................................................19
5.3.2. Sobre o Sistema Campo Limpo....................................................................20
5.3.3. Sistema Campo Limpo em Números............................................................23
5.3.4. Financiamento do Sistema...........................................................................24
5.3.5. Dia Nacional do Campo Limpo.....................................................................25
5.3.6. Unidade Central no Estado de Alagoas........................................................26
6. DADOS DO BRASIL E ALAGOAS	27
7. DESTINAÇÃO DAS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS	28
7.1. Reciclagem	29
7.2. Incineração	30
8. AGROTÓXICOS	31
8.1. Agrotóxicos e Trabalhadores	33
9. NORMA REGULAMENTADORA 31	35
10. METODOLOGIA	39
11. RESULTADOS E DISCUSSÃO	41
12. CONCLUSÃO	44
REFERÊNCIAS	45
1 INTRODUÇÃO
 Esta monografia alude do manuseio das embalagens de agrotóxicos no Estado de Alagoas, essas embalagens, habitualmente, são rejeitadas em lugares inapropriados, fazendo assim, um imenso impacto ambiental. Refletindo nesse problema, foram desenvolvidas leis que regem essa conjuntura, para que os produtores que usam os produtos saibam o destino correto para as embalagens. O objetivo geral é analisar a forma de descarte dos resíduos de embalagens de agrotóxicos e o seu destino final conforme determina a legislação em vigor e as normas de acondicionamento, no Estado de Alagoas, descrevendo os impactos ao meio ambiente motivada pelos agrotóxicos e, descrever e analisar as práticas atuais de destinação de embalagens de agrotóxicos no Estado de Alagoas, verificar qual a metodologia mais eficiente para evitar o descarte incorreto das embalagens de agrotóxicos, descrever a legislação e normas municipais, e a estrutura pública disponível para efetivar o controle desta destinação correta, identificar e descrever o fluxo dos resíduos, desde a comercialização, uso e descarte final e verificar a existência ou não de uma logística reversa adequada no município supracitado.
Como implicação desta pesquisa, pode-se afirmar que a atual prática da sustentabilidade na agricultura acha-se em andamento. Os produtores não recebem treinamento adequado para manipulação e não costumam ler os rótulos dos agrotóxicos, pondo embalagens na natureza. De outro modo, as indústrias produtorasde agrotóxicos estão dando destaque ao uso adequado de pesticidas e o supervisionamento deve ser mais rígido quanto ao armazenamento, aumentando a conscientização dos agricultores, para que façam uso e descarte de maneira justa.
Sabe-se que o agronegócio tem papel fundamental no desenvolvimento econômico do Brasil e em sua projeção no cenário produtivo mundial, representando 48% das exportações totais do país em 2016 e 23% do PIB (CNA, 2017). O crescimento contínuo da produtividade no campo nos últimos anos influencia diretamente na logística reversa de embalagens pós-consumo de defensivos agrícolas. 
O consumo de defensivos agrícolas tem crescido ano após ano no Brasil, acompanhando o aumento das áreas plantadas, do desenvolvimento tecnológico e do surgimento de novas pragas, tendência observada pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias desde sua fundação, em 2001. Para acompanhar esse fenômeno, o instituto vem aprimorando suas ações, sempre com foco na destinação ambientalmente correta das embalagens vazias. Além disso, tem reforçado as campanhas de educação e de conscientização voltadas aos agricultores, entre outros agentes do Sistema Campo Limpo (SCL), sobre as responsabilidades de cada um em relação a toda a logística reversa, ou seja, a volta da embalagem do consumidor para a indústria, envolvida nessa atividade (inPEV, 2016).
As parcerias estabelecidas e os convênios firmados com empresas e entidades permitiram a implantação de diversas centrais de recebimento de embalagens no Brasil, que hoje ajudam a reduzir o número de embalagens abandonadas na lavoura, estradas e às margens de mananciais d’água.
A destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos é um procedimento complexo que engloba a participação efetiva de todos os agentes envolvidos na fabricação, comercialização, utilização, licenciamento, fiscalização e monitoramento das atividades relacionadas com o manuseio, transporte, armazenamento e processamento dessas embalagens. O principal motivo para realizar a destinação adequada de embalagens vazias de agrotóxicos é minimizar os efeitos nocivos dos agrotóxicos ao ambiente e a saúde humana, tendo em vista que a ação dos agrotóxicos sobre a saúde humana é diversa os casos de intoxicações e outros agravos à saúde humana demonstrados em estudos científicos. Um estudo realizado por Teixeira et al.[footnoteRef:1] constatou que, no período de 1999 a 2009, foram registrados quase 10 mil casos de intoxicação por agrotóxicos no Nordeste do Brasil, e que o estado de Pernambuco foi o mais acometido. Nesse estado, entre os anos de 2007 a 2010, foram identificados 549 casos de intoxicações[footnoteRef:2]. São 2.052 óbitos por intoxicação por agrotóxicos no período de 2000 a 2009, e, somente no ano de 2005, foram mais de 1.200 casos de intoxicações no Nordeste brasileiro[footnoteRef:3],[footnoteRef:4]. [1: Soares WI, Porto MFS. Uso de agrotóxicos e impactos econômicos sobre a saúde. Rev. Saúde Pública. 2012; 46(2): 209-217.] [2: Medeiros MNC, Medeiros MC, Silva MBA. Intoxicação aguda por agrotóxicos anticolinesterásicos na cidade do Recife, Pernambuco, 2007-2010. Epidemiol. Serv. Saúde. 2014; 23(4): 509-518.
] [3: Santana VS, Moura MCP, Nogueira FF. Mortalidade por intoxicação ocupacional relacionada a agrotóxicos, 2000-2009, Brasil. Rev. Saúde Pública. [internet]. 2013 [acesso em 2020 fev. 12]; 47(3): 598-606. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102013000300598
» http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102013000300598] [4: Araújo IMM, Oliveira AGRC. Agronegócio e agrotóxicos: impactos à saúde dos trabalhadores agrícolas no nordeste brasileiro. Trab. Educ. Saúde. 2017; 15(1): 117-129.] 
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
 
Analisar a forma de descarte dos resíduos de embalagens de agrotóxicos e o seu destino final conforme determina a legislação em vigor e as normas de acondicionamento, no Estado de Alagoas, descrevendo os impactos ao meio ambiente causados pelos agrotóxicos.
2.2. Objetivos Específicos 
- Descrever e analisar as práticas atuais de destinação de embalagens de agrotóxicos no Estado de Alagoas. 
- Verificar qual a metodologia mais eficiente para evitar o descarte incorreto das embalagens de agrotóxicos.
- Descrever a legislação e normas municipais, e a estrutura pública disponível para efetivar o controle desta destinação correta. 
- Identificar e descrever o fluxo dos resíduos, desde a comercialização, uso e descarte final. 
- Verificar a existência ou não de uma logística reversa adequada no município supracitado.
3. JUSTIFICATIVA
Esta pesquisa justifica-se pela forma de como as embalagens de agrotóxicos no Estado de Alagoas são manuseadas, elas geralmente são descartadas em locais não apropriados, sendo prejudiciais à saúde da população e trazendo impactos ambientais.
4. HIPÓTESE
O manuseio inadequado das embalagens de agrotóxicos no Estado de Alagoas e a falta de uma legislação rígida, poderá acarretar danos à saúde pública e ao meio ambiente.
5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 O inpEV
O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), com sede em São Paulo – SP, é uma sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos, constituída por mais de 100 empresas associadas. Sua fundação data de 14 de dezembro de 2001, mas o instituto começou a operar em março de 2002, com sete entidades e 27 empresas associadas. Em seu primeiro ano de operação, 3.700 toneladas de embalagens vazias receberam destinação adequada, quantidade que, ao final de 2011, superava 34.000 toneladas, um aumento de mais de 8 vezes de performance. (inpEV, 2011).
	O inpEV cumpre com os requisitos estabelecidos pela Lei Federal nº 9.974/2000 e pelo Decreto nº 4.074/2002, que se baseiam na responsabilidade compartilhada da destinação das embalagens vazias do setor entre os agentes que atuam na produção agrícola: agricultores, canais de distribuição e indústria, com o apoio do poder público. O inpEV surge para representar a indústria fabricante nesse processo e viabilizar uma forma eficiente do cumprimento das leis vigentes. (inpEV, 2011).
	O instituto funciona como um núcleo de inteligência do sistema, promovendo, além da integração da cadeia, a gestão operacional da logística reversa, coordenação de campanhas educativas, consolidação de informações e divulgação de resultados para toda a sociedade. (inpEV, 2011).
Figura 1: Relatório de Sustentabilidade 2018
	Destaques de 2018
	1) Mais de 500 mil toneladas de embalagens vazias destinadas corretamente desde 2002;
2) 44,3 mil toneladas de embalagens vazias destinadas ao longo do ano;
3) 93% do material recebido pelo Sistema Campo Limpo retornou ao ciclo produtivo como matéria-prima, o que corresponde ao percentual de embalagens passíveis de reciclagem;
4) 99,8 toneladas de embalagens com sobras pós-consumo destinadas pelo Sistema Campo Limpo;
5) 110 centrais e 301 postos de recebimento de embalagens vazias compõe o Sistema Campo Limpo;
6) 103 centrais e 101 postos aptos para o recebimento de sobras pós-consumo de defensivos agrícolas;
7) Mais de 14 mil participantes do curso de Educação a Distância do Sistema Campo Limpo, por meio da plataforma on-line;
8) 77 mil participantes das atividades do Dia Nacional do Campo Limpo;
9) 230 mil alunos participantes do Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo.
Fonte: Elaboração do autor com base no relatório de 2018 do inpEV.
	As informações destaques 2018 na figura 1, não tem apenas um significado numérico, ele posiciona o programa brasileiro de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas, como referência mundial.
5.2 Logística reversa, gestão ambiental e sustentabilidade
A Logística Reversa é uma área relativamente nova para as empresas e sociedades no Brasil e no mundo. De acordo com Barbosa et al (2003), a Logística Reversa é a Área da Logística que trata dos aspectos de retorno de produtos, embalagens ou matérias ao seu centro produtivo. Conforme Castro (2004, p. 36):
[...] a LogísticaReversa pode ser entendida como a área da Logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações Logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ciclo produtivo, por meio de canais de distribuição reversos. Agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, de imagem corporativa, entre outros.
A relação entre crescimento econômico e ambiental natural apresenta conflitos desde há muito tempo. Mas a degradação dos recursos naturais renováveis e não renováveis, a poluição (água, solo e ar) e a criação de situações de risco de desastres ambientais se intensificaram nas ultimas décadas. Conforme os ensinamentos de Nascimento (2009, p. 17-19):
Na década de 1960, Raquel Carson lançou, em 1962 exatamente, o livro Primavera Silenciosa. Esse livro se refere à compreensão das interconexões entre o meio ambiente, a economia e a questões relativas ao bem-estar social. Nessa década ocorreu um incremento da preocupação ambiental com o impacto das atividades antrópicas sobre o meio ambiente [...] A década de 1970 ficou conhecida como a década da regulamentação e do controle ambiental, ou seja, a época do “comando-controle”[...] Na década de 1980,entrou em vigor uma serie de legislações especificas que visavam controlar a instalação de novas indústrias e estabelecer exigências para emissões das indústrias existentes. Nessa época surgem as empresas especializadas na elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e de Relatórios de Impacto Ambiental [...] Ainda na década de 1980, a proteção ambiental, que era vista sob um ângulo defensivo, estimulando apenas soluções corretivas baseadas no estrito cumprimento da legislação [...] A década de 1980 se encerrou com a globalização das preocupações com a conservação do meio ambiente [...].
Outro ponto fundamental com relação às questões ambientais é o Relatório de Brundtland, é considerado um marco no processo de debate sobre a interligação entre as questões ambientais e o Desenvolvimento Sustentável[footnoteRef:5], pois ele faz um alerta para a necessidade de as nações unirem-se na busca de alternativas para os rumos vigentes do desenvolvimento, a fim de evitar a degradação em nível planetário. [5: Para saber mais sobre Desenvolvimento Sustentável, acesse: < http: //www.economiabr.net/economia/3_desenvolvimento_sustentavel_conceito.html>>.] 
No relatório de Brundtland foi definido o conceito de Desenvolvimento Sustentável. Conforme Nascimento (2009, p. 20):
[...] o conceito de Desenvolvimento Sustentável como sendo aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. Esse conceito, que foi desenvolvido no final da década de 1980, só ganhou força a partir da Conferencia Mundial de Desenvolvimento e Meio Ambiente, realizada no Rio de Janeiro, em 1992.
Utilizando o conceito de Desenvolvimento Sustentável, o Relatório Brundtland tentou considerar os dois lados da questão relativa ao desenvolvimento econômico. Em seu sentido mais amplo, a estratégia de desenvolvimento sustentável visa promover a harmonia entre os seres humanos e entre a humanidade e a natureza. Segundo os ensinamentos de Nascimento (2009, p. 21):
[...] A busca do desenvolvimento sustentável requer: um sistema politico que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório; um sistema econômico capaz de gerar excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e constantes; um sistema social que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não equilibrado; um sistema de produção que preserve a base ecológica do desenvolvimento; um sistema tecnológico que busque constantemente novas soluções; um sistema internacional que estimule padrões sustentáveis de comercio e financiamento; e um sistema administrativo flexível e capaz de se autocorrigir.
Como foi possível observar, o conceito de desenvolvimento sustentável é uma frase simples, mas suas implicações são profundas. Entretanto, seu maior significado é o seguinte; devemos colocar nosso modo de vida atual em um alicerce que seja baseado em gerar renda e não em terminar com os ativos (WILLUMS; GOLUKE, 1992).
Portanto, o desenvolvimento sustentável trata de como aprender a valorizar, manter e desenvolver o nosso patrimônio ambiental de tal maneira que possamos viver de sua renda e não de seu capital. Ainda nos anos 1980, mais precisamente em 1989, em Basileia, Suíça, é firmada um convenio internacional que estabelece as regras para os movimentos transfronteiriços de resíduos; dispõe sobre o controle da importação e exportação e proíbe o envio de resíduos para países que não possuam capacidade técnica, legal e administrativa para recebê-los. É a Convenção de Basileia[footnoteRef:6], já ratificada por muitos países, criada, entre outras razoes, para coibir o comercio de resíduos tóxicos que são descartados em países menos desenvolvidos. [6: Para saber mais sobre a Convenção de Basileia, acesse:<htpp: //bo.io.gov.mo/i/99/34/decretolei37.asp#ptg> .] 
Na década de 1990, a sociedade se encontrava um pouco mais preparada para internalizar os custos da qualidade de vida e pagar o preço de manter limpo o ambiente em que vive. As pessoas passaram a se dar conta da importância de manter o equilíbrio ambiental e de entender que o efeito nocivo de um resíduo ultrapassa os limites da área em que foi gerado ou disposto.
Em 2002, ocorreu a Rio+10, em Johanesburgo, na África do Sul. Eventos como esse mostraram que, no final do Século XX e inicio do Século XXI, a questão ambiental ultrapassou os limites das ações isoladas e localizadas, para se constituir em uma inquietação de toda a humanidade. A preocupação com o uso parcimonioso das matérias primas escassas e não renováveis, a racionalização do uso de energia e a opção pela reciclagem, que combate o desperdício, convergem para uma abordagem mais ampla e logica do tema ambiental que pode ser resumida pela expressão “qualidade ambiental’’.
Portanto, nos anos de 1990, pudemos perceber que ocorreu uma mudança de enfoque com a gestão ambiental ou gestão e coeficiente. Pudemos observar que o foco passou a ser otimizar todo o processo produtivo, buscando reduzir o impacto ambiental. Surgiu o conceito de prevenção, fazendo uso de tecnologias mais limpas, menos poluentes ou perigosas , assim como o conceito do “ciclo de vida” do produto, que é a busca por torna-se ecologicamente correto, desde o nascimento do produto ate o seu descarte ou com o reaproveitamento do mesmo. Ocorreu o surgimento do Ecodesign, que passa a ser inserido como uma importante ferramenta para a produção sustentável. Conforme os ensinamentos de Vezzoli (2005, p.16):
[...] entende que o Ecodesign é um “modelo projetual” orientado por critérios ecológicos, ou seja: “O termo apresenta-se, portanto, como a expressão que sintetiza um vasto conjunto de atividades projetuais que tendem a enfrentar o tema posto pela questão ambiental partindo do ponto inicial, isto é, do redesenho dos próprios produtos”.
Com relação a Tecnologias Mais Limpas:
Conjunto de soluções que começam a ser estabelecidas e disseminadas, por sua ampla utilização, a fim de prevenir e resolver problemas ambientais, seguindo o principio de proteger e conservar o ambiente natural, evitando o desperdício de recursos e a degradação ambiental, almejando o desenvolvimento sustentável (NASCIMENTO, 2009, p. 24).
A introdução de novos conceitos, como: Certificação Ambiental, Atuação Responsável e Gestão Ambiental, tende a modificar a postura reativa que marcava, até recentemente, o relacionamento entre as empresas, de um lado, e os órgãos de fiscalização e as ONGs atuantes na questão ambiental, de outro. É nesse contexto de discussões que, paralelamente, é articulada e desenvolvida a chamada gestão ambiental. No meio empresarial, ela evolui de forma a, inicialmente, atender as regulamentações do setor publico e, posteriormente, as exigências dos stakeholders e da sociedade como um todo.
Stakeholdersé traduzido para o português como “partes interessadas” e refere-se a todos os envolvidos, direta ou indiretamente num processo temporário ou duradouro. São pessoas ou grupos capazes de influenciar ou ser influenciados pelos resultados estratégicos alcançados (NASCIMENTO, 2009, p. 25).
5.3 Sistema Campo Limpo
	Sistema Campo Limpo é o nome do programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, no qual o inpEV atua como núcleo de inteligência. Ele abrange todas as regiões do país e tem como base o conceito de responsabilidade compartilhada: agricultores, indústria fabricante, canais de distribuição e poder público têm papéis e responsabilidades específicas no fluxo de funcionamento do programa, definidas por lei[footnoteRef:7]. Antes de falarmos sobre o Sistema Campo Limpo, iremos classificar e conceituar as embalagens, pois devemos considerar o impacto ambiental que a mesma possui no meio ambiente. Segundo a RDC 259/2002[footnoteRef:8] embalagem é o recipiente, o pacote ou a embalagem destinada a garantir a conservação e facilitar o transporte e manuseio dos alimentos. Lautenschlager[footnoteRef:9] menciona que o conceito de embalagem varia conforme a perspectiva em que é observada[footnoteRef:10]. [7: Disponível em: https://www. inpEV.org.br/sistema-campo-limpo, Acesso em 23 de fev. 2020.] [8: RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 259, DE 20 DE SETEMBRO DE 2002. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-rdc-no-259-de-20-de-setembro-de-2002.pdf/view. Acesso em 12 de fev. 2020.] [9: Lautenschlager, B. I. (2001). Avaliação de embalagem de consumo com base nos requisitos ergonômicos informacionais (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.] [10: Sustentabilidade quanto às embalagens de alimentos no Brasil. Disponível em; http://www.scielo.br/pdf/po/2016nahead/0104-1428-po-0104-14281897.pdf. Acesso em; 08 de fev. de 2020.] 
5.3.1 Tipos de Embalagens
	Conforme a utilização as embalagens são classificadas em primárias, secundárias e terciárias. 
As primárias estão em contato direto com o produto, já as secundárias têm a função de agrupar, para facilitar a manipulação e a apresentação, podendo exercer também a função de proteger a embalagem primária, em seu interior, evitando choques e vibrações excessivas. As embalagens terciárias protegem a mercadoria durante as fases do transporte e assim por diante. Vê-se que a necessidade, às vezes excessiva, em se tratar apenas de estética ou marketing, tem aumentado o volume de materiais utilizados em um único produto, o que torna crescente a quantidade de resíduo sólidos referente às embalagens[footnoteRef:11]. [11: Sustentabilidade quanto às embalagens de alimentos no Brasil. Disponível em; http://www.scielo.br/pdf/po/2016nahead/0104-1428-po-0104-14281897.pdf. Acesso em; 08 de fev. de 2020.] 
As embalagens de defensivos agrícolas são classificadas em dois grandes grupos:
5.3.1.1Embalagens Laváveis
As embalagens laváveis são as de material rígido, como as plásticas, metálicas ou de vidro, e servem para acondicionar formulações líquidas para serem diluídas em água (Ver figura 2). As metálicas representam apenas 10% de todo o volume de embalagens de defensivos agrícolas no Brasil, sendo plásticas as que predominam (inpEV, 2016).
Figura 2: Estoque de embalagens laváveis.
FONTE: ADRAAL, 2016.
As embalagens plásticas diferem quanto ao tipo de resina utilizado em sua produção. Os plásticos são produzidos por meio da nafta obtida durante o refino do petróleo[footnoteRef:12]·. [12: Machado, E. L. (2002). Economia de baixo carbono: petróleo e petroquímica. São Paulo: EBC] 
A partir desta matéria prima têm-se os monômeros, que por polimerização formam os polímeros – macromolécula. Esses polímeros quando formados por um único tipo de monômero são chamados homopolímeros e quando compostos de dois ou mais tipos de monômeros são chamados copolímeros. Dividem-se em dois grandes grupos, termoplásticos e termo fixos. Os termo fixos são aqueles que sofrem reações químicas em sua moldagem as quais impedem uma nova fusão, portanto não são recicláveis. Os termoplásticos não sofrem alterações químicas quando aquecidos e depois de resfriadas podem novamente passar pelo processo de fundição[footnoteRef:13]·, podendo ser remoldados[footnoteRef:14]. [13: Paine, F. A., & Paine, H. Y. (1992). A handbook of food packaging. Glasgow: Blackie Academic and Professional. Hernandez, R. J., Selke, S. E. M., & Culter, J. D. (2000). Plastics packaging: properties, processing, applications and regulations. Munich: Hanser. Marsh, K., & Bugusu, B. (2007). Food packaging: roles, materials, and environmental issues. Journal of Food Science, 72(3), 39-55. http://dx.doi.org/10.1111/j.1750-3841.2007.00301.x. PMid:17995809] [14: Sustentabilidade quanto às embalagens de alimentos no Brasil. Disponível em; http://www.scielo.br/pdf/po/2016nahead/0104-1428-po-0104-14281897.pdf. Acesso em; 08 de fev. de 2020.] 
5.3.1.2 Embalagens Não Laváveis
As embalagens não laváveis são aquelas que não utilizam água como veículo de pulverização, embalagens flexíveis, embalagens secundárias, e são divididas em contaminadas e não contaminadas (Ver figura 3). As embalagens contaminadas não laváveis podem ser feitas de material flexível ou rígido, como saquinhos de plástico, sacos de papel, sacos plásticos metalizados ou outro material flexível, além de embalagens rígidas como as utilizadas em produtos para o tratamento de sementes (inpEV, 2016).
Figura 3: Estoque de embalagens não laváveis contaminadas
FONTE: ADRAAL, 2016.
As embalagens não contaminadas são aquelas que não entram em contato direto com o produto do agrotóxico, como por exemplo, caixas secundárias de papelão, que são usados para transportar outras embalagens (inpEV, 2016) (Ver figura 4).
É importante lembrar que 95% das embalagens de defensivos agrícolas colocadas no mercado pertencem ao tipo lavável, e podem ser recicladas desde que corretamente limpas após o uso do produto no campo. Os 5% restantes são representados pelas embalagens não laváveis que são embalagens contaminadas e são incineradas (inpEV, 2016).
Figura 4: Estoque de embalagens não laváveis não contaminadas.
FONTE: ADRAAL, 2016.
5.3.2 Sobre o sistema Campo Limpo
Figura 5: Guia sobre o Funcionamento do Sistema Campo Limpo.
Fonte: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo/sobre-sistema/
	A figura 5 mostra o esquema de funcionamento do sistema e será detalhado a seguir:
	Lavagem das embalagens: A legislação brasileira determina que todas as embalagens rígidas de defensivos agrícolas devem ser lavadas com o objetivo de evitar a sua contaminação com produto residual. Além disso, os procedimentos de lavagem, quando realizados durante a preparação da calda, evitam desperdício do produto e reduzem riscos de contaminação do meio ambiente. A lavagem é indispensável para a reciclagem posterior do produto e deve ser feita conforme norma específica (NBR 13.968) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Armazenamento no campo: Após o processo de lavagem, o agricultor deve armazenar as embalagens vazias com suas respectivas tampas, rótulos e caixas em um lugar adequado, separadas por tipo. Elas devem ser devolvidas na unidade de recebimento indicada pelo revendedor no corpo da nota fiscal até o prazo de um ano após a compra. As embalagens com sobra de produto devem ser devolvidas até seis meses após o vencimento. O agendamento da devolução pode ser feito eletronicamente. Unidades de Recebimento: O Sistema Campo Limpo conta com mais de 400 unidades de recebimento, localizadas em 25 Estados e no Distrito Federal e geridas por associações. Os postos de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas devem estar de acordo com a Resolução 334 do CONAMA, serem obrigatoriamente licenciados ambientalmente e ter no mínimo, 80m² de área construída. São geridos por uma Associaçãode Distribuidores ou Cooperativa e são assim classificados por realizam os seguintes serviços:
· Recebimento de embalagens lavadas e não lavadas;
· Inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas;
· Emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens pelos agricultores;
· Encaminhamento das embalagens às centrais de recebimento.
As centrais de recebimento também seguem as determinações da Resolução 334 do CONAMA, porém com área mínima construída de 160 m2 o que corresponde ao dobro da área exigida para os postos de recebimento. Diferenciam-se também por serem conduzidas por uma Associação de Distribuidores ou Cooperativa, com a supervisão do inpEV. As centrais se caracterizam pela realização dos seguintes serviços:
· Recebimento de embalagens lavadas e não lavadas (de agricultores, dos postos e dos estabelecimentos comerciais licenciados);
· Inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas;
· Emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens;
· Separação das embalagens por tipo (COEX, PEAD MONO, metálica, papelão);
· Compactação das embalagens por tipo de material;
· Emissão de ordem de coleta para que o inpEV providencie o transporte para o destino final (reciclagem ou incineração).
Os postos ou centrais de recebimento são alocados em pontos estratégicos de cada região, viabilizando a entrega por parte dos produtores rurais das embalagens acumuladas em suas propriedades. Destinação Final: Reciclagem ou Incineração: Para colocar em prática sua responsabilidade de promover a destinação ambientalmente correta das embalagens vazias, como representante da indústria fabricante, o inpEV mantém parcerias com mais de dez empresas recicladoras. Essas empresas recebem e reciclam as embalagens vazias respeitando os padrões preestabelecidos de segurança, qualidade e rastreabilidade, as normas dos órgãos ambientais e as exigências legais[footnoteRef:15]·. [15: Disponível em: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo/sobre-sistema/, Acesso em 23 de fev. de 2020.
] 
5.3.3. Sistema Campo Limpo em Números
Dados atualizados do desempenho e dos impactos do Sistema:
Figura 6: Embalagens Destinadas pelo Sistema (em mil toneladas)
verde: Concluído. laranja: Previsão.
Fonte: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo, Acesso em 23 de fev. 2020.
 Verifica-se o maior desempenho, com relação à destinação das embalagens pelo sistema, no ano de 2015. Outro ponto significativo é o aumento significativo da destinação das embalagens pelo sistema, no período de 2002 a 2014, constatando a eficiência do Sistema (Ver figura 6).
Figura 7 : Destinação do Material(%)
*Alguns produtos: embalagens (de defensivo
agrícola ou óleo lubrificante), conduítes e dutos,
tubo para esgoto, caixa de bateria automotiva e pellet.
Fonte: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo, Acesso em 23 de fev. 2020.
 Segundo uma pesquisa realizada pela Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), em 1999, 50% das embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil naquela época eram doadas ou vendidas sem qualquer controle; 25% tinham como destino a queima a céu aberto, 10% ficavam armazenadas ao relento e 15% eram simplesmente abandonadas no campo[footnoteRef:16]. Conforme o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, 93% das embalagens são recicladas e apenas 7% são incineradas (Ver figura 7). [16: Disponível em: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo/sobre-sistema/, Acesso em: 23 de fev. 2020.] 
5.3.4. Financiamento do Sistema
Sob o conceito da responsabilidade compartilhada na logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas, cada agente da cadeia agrícola arca com uma parte das despesas para assegurar o funcionamento do Sistema. O inpEV, financiado integralmente pelas empresas associadas, concentra a maior parte dos custos. O agricultor arca com o transporte da propriedade até o local de devolução indicado na nota fiscal de venda. Os canais de distribuição (revendedores e cooperativas) são responsáveis pela construção e administração das unidades de recebimento. A indústria fabricante se encarrega dos custos de logística e destinação final, atividades realizadas pelo inpEV. O governo apoia os esforços de educação e conscientização do agricultor em conjunto com fabricantes e comerciantes[footnoteRef:17]. [17: Disponível em: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo/financiamento-sistema/,Acesso em: 23 de fev. 2020.] 
5.3.5. Dia Nacional do Campo Limpo
O Dia Nacional do Campo Limpo é comemorado anualmente no dia 18 de agosto. A data integra o Calendário Nacional desde 2008, e foi criada pelo inpEV com o objetivo de reconhecer a participação dos diferentes agentes – agricultores, canais de revenda e cooperativas, indústria fabricante e poder público – da logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil e celebrar os resultados alcançados com a atuação conjunta. Para marcar a data, conferir mais visibilidade ao tema e reforçar a conscientização da comunidade, o Instituto promove anualmente uma série de eventos. São ações comunitárias, concursos em escolas, palestras em universidades e encontros com autoridades locais, entre outras iniciativas, realizadas no entorno das unidades de recebimento, que estimulam a comunidade local a refletir sobre a importância da conservação do meio ambiente e o papel que podem desempenhar nesse esforço[footnoteRef:18]·. [18: Disponível em: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo/dncl/, Acesso em 24 de fev. 2020.] 
 
	
5.3.6. Unidade Central no Estado de Alagoas
A unidade central para recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos no Estado de Alagoas fica localizada no polo cloro químico da cidade de Marechal Deodoro Rod. BR 424, s/n km 102,6, gerenciada pela ADRAAL – Associação dos Distribuidores e Revendedores de Agroquímicos de Alagoas (Ver figura 8). 
Figura 8. Associação dos Distribuidores e Revendedores de Agroquímicos de Alagoas
FONTE: ADRAAL, 2016
6. DADOS DO BRASIL E ALAGOAS
O Brasil é líder e referência mundial na destinação final de embalagens de agrotóxicos, não há em outro país um trabalho de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas pós-consumo.
De acordo com o inpEV a destinação correta das embalagens vem progredindo a cada ano, no período de 2010 a 2015 houve um crescimento de 45,64% no número de embalagens recolhidas, um padrão crescente presente em todos os estados que usufruem desta matéria prima para o sistema produtivo agropecuária (Ver figura 9).
Figura 9: Crescimento anual no recolhimento das embalagens
FONTE: (inpEV e ADRAAL, 2016).
O Estado de Alagoas é o 17º colocado no ranking de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos (inpEV, 2015), recolhendo no período de 2010 a 2015 mais embalagens que os estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte, importantes produtores de alimentos no Brasil e usuários de uma maior quantidade de agrotóxicos (Ver figura 10). No período de cinco anos, o número de recolhimento de embalagens no nosso estado oscilou de forma significativa, com média de 133,6 embalagens por ano. Apesar deste fato, as campanhas realizadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias estão sendo acolhidas com receptividade pelos produtores, que têm entendido a importância ambiental e sanitária da devolução das embalagens de agrotóxicos. 
Figura 10: Ranking de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos
FONTE: inpEV, 2015)
7. DESTINAÇÃO DAS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS
	As embalagens plásticas de agrotóxicos podem ter como destino final, a reciclagem ou incineração. O tipo de material e seu nível de contaminação irá determinar o processo a qual será submetida.
São passíveis de reciclagem aproximadamente 95% das embalagens vazias de defensivos agrícolas colocadas no mercado, e para serem encaminhadas para a reciclagem, as embalagens precisam ser lavadas corretamente (tríplice lavagem ou lavagem sob pressão) no momento de uso do produto no campo. São incineradas as embalagensnão laváveis (5% do total) e as embalagens que não passaram pelo processo da tríplice-lavagem pelos agricultores (inpEV, 2016).
7.1 Reciclagem
Reciclar é o processo de reaproveitamento de materiais como matéria-prima para outros produtos, é revalorizar os descartes domésticos e industriais mediante uma série de operações (DOMINGUES et al., 2006). 
A reciclagem de embalagens lavadas de agrotóxicos é executada somente por empresas autorizadas pelo inpEV, e ambientalmente licenciadas por órgãos competentes. Essas empresas constam com um sistema fechado de tratamento de efluentes, e são fabricantes principalmente de produtos de uso industrial, como caixa de passagem de fossa e conexões elétricas, cruzetas de poste, caixa para cimento e tubos para esgoto (Ver figura 11).
No Brasil, a presença de empresas licenciadas para este tipo de reciclagem está limitada às regiões Sul, Sudeste e Centro – Oeste, sendo elas: Cimflex indústria e comércio de plásticos Ltda., Pasa – papelão Apucaraninha Ltda., Campo limpo reciclagem e transformação, Coletti – produtos siderúrgicos, Dinoplas, Eco Paper, Recicap Garboni, Plastibras indústria e comércio Ltda.
Figura 11: Variedades de artefatos produzidos por embalagens de agrotóxicos recicladas
Fonte: (inpEV, 2016).
7.2 Incineração
A incineração é um processo usado com o objetivo de destruir resíduos sólidos, líquidos industriais e resíduos hospitalares. Os resíduos são incinerados em instalações apropriadas capazes de promover a combustão controlada, de modo a assegurar a completa transformação do material e dos resíduos em cinzas inertes e em gases de natureza conhecida e ambientalmente aceitáveis.
Apesar de ser uma alternativa técnica e ambientalmente viável para a eliminação de embalagens contaminadas, apresenta limitações de ordem econômica pelos elevados custos do processo e do transporte. A incineração deve ser preferencialmente adotada para as embalagens contaminadas que não apresentam um destino alternativo menos oneroso (BVSDE).
O sistema de incineração das embalagens contaminadas de agrotóxicos é executado apenas pelas empresas autorizadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias e ambientalmente licenciadas por órgãos ambientais competentes. Como as empresas BASF, Clariant, Essencis Soluções Ambientais, FOXX Soluções Ambientais Completas, HAZTEC e EcoVital (inpEV, 2016).
8. AGROTÓXICOS
A pertinência do tema leva a descrever também que: o uso de agrotóxicos se iniciou na década de 20 e, depois da 2ª Guerra Mundial, estes produtos passaram a desempenhar um papel de crescente relevância na agricultura (FARIA, 2003), causando um grande impacto no planeta, tanto positivo quanto negativo. Um bom exemplo disso é ocaso do Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT), que foi sintetizado em 1874 por um estudante alemão, sendo utilizado durante a Segunda Guerra Mundial para proteger soldados contra insetos, tornando-se um pesticida de amplo uso para combater doenças transmitidas por insetos e para controlar pestes agrícolas. Em 1948, o suíço Paul Müller, descobridor do moderno DDT, ganhou o prêmio Nobel de medicina, pois seu produto era capaz de eliminar o mosquito Anopheles, transmissor do parasita da malária (KLANOVICZ, 2007).
Segundo (CARSON, 1962),
Estudos associam o DDT a problemas nos sistemas hormonal, nervoso e reprodutivo do homem, nos animais está relacionado ao afinamento da casca dos ovos, inviabilizando seu “nascimento”, entre muitos outros efeitos. 
As preocupações acerca dos impactos adversos dos agrotóxicos na saúde humana e no ambiente começaram a ser discutidas no início dos anos 60, quando Carson (1962) expôs os riscos dos resíduos de agrotóxicos organoclorados para os seres humanos e o meio ambiente. Apesar de muito criticada pela indústria química, esta autora conseguiu barrar a utilização do agrotóxico DDT, por meio dos relatos contidos em seu livro, nos Estados Unidos. A autora ainda colocou em evidência os riscos da utilização desenfreada e a falta de estudos científicos em relação aos efeitos negativos dos usos dos agrotóxicos, instigando, assim, a mudanças revolucionárias nas leis que preservam o ar, a terra e a água, com a criação, em 1970, da Agência de Proteção Ambiental Norte-Americana. Mesmo assim, o DDT só foi proibido de ser utilizado em lavouras brasileiras, a partir de 1985 (KLANOVICZ, 2007). 
De acordo com (ANVISA, 2016),
Os conceitos relacionados aos agrotóxicos são diversos e atendem aos interesses de quem os utiliza. Por exemplo, os conceitos para pesticida, praguicida e defensivo agrícola estão associados ao setor que o emprega, como as empresas de agrotóxicos que preferem utilizar o termo “defensivos agrícolas”, pois em sua visão os produtos são utilizados com o objetivo de proteger à produção agrícola.
O termo “defensivos agrícolas” insinua que as plantas são completamente vulneráveis as doenças e pragas, omitindo os efeitos negativos à saúde humana e ambiental (ESPÍNDOLA, 2011).
Desta forma, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) utiliza a palavra “agrotóxicos”, pois transmite a ideia dos riscos potenciais do produto e alerta os trabalhadores e a população. Ainda existem os termos “Praguicida” que é derivado de plaguicidas, denominação utilizada pelos países de língua espanhola e “pesticida” que tem como equivalente o termo pesticide, utilizado na língua inglesa (ANVISA, 2016). 
Consoante (SOBREIRA, 2003),
A controvérsia sobre a denominação destas substâncias pode ser entendida como uma discussão menor sobre o que representa o emprego destes insumos no Brasil. Todavia, é pertinente ressaltar que a origem da denominação agrotóxicos data da década de 80 entre ambientalistas e pesquisadores críticos deste assunto. 
Porém, a adoção desta denominação de forma oficial só se deu após grande mobilização da sociedade civil organizada (OPAS, 1997), por meio da aprovação da Lei Federal Nº 7.802 de 11 de julho de 1989 (BRASIL, 1989) que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, entre outras providências. Esta Lei foi regulamentada pelo Decreto Federal Nº 98.816, de 11 de janeiro de 1990 (BRASIL, 1990) que foi revogado, posteriormente, esta Lei foi regulamentada, novamente, por meio do Decreto Federal Nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002 (BRASIL, 2002). Na época da aprovação da Lei 7.802/89, no sentido de atualizar o Decreto Nº 24.114 de 12 de abril de 1934 (BRASIL, 1934), foi considerada avançada e vitoriosa pelos ambientalistas e pesquisadores, principalmente por proibir o uso de substâncias agrícolas compostas de organoclorados e a venda de agrotóxicos sem o receituário agronômico (SOBREIRA, 2003).
8.1 Agrotóxicos e Trabalhadores 
Os agrotóxicos, direta ou indiretamente, estão presentes na vida da maioria da população que manipula essas substâncias ou que consome produtos provenientes dos cultivos que as utilizam (RESSURREIÇÃO, 2016). No Brasil, a introdução de inseticidas fosforados para substituir o uso do DDT na década de 50, veio acompanhada de um método desumano. Na época, havia sido ensinado que para misturar o DDT, formulado como pó solúvel na água, o agricultor deveria usar seu braço, colocando-o imerso, com a mão aberta e girando em um sentido e outro, para facilitar a mistura. No entanto, como o DDT demanda uma alta absorção do produto para poder provocar a morte, os problemas de saúde começariam a aparecer somente cerca de 15 anos depois. Quando o agricultor tentava repetir a técnica com o Parathion, primeiro fosforado introduzido no Brasil, era intoxicado e vinha a óbito rapidamente, pois a dose de absorção deste agrotóxico, em relação ao DDT, para causar a morte é muito baixa (KLANOVICZ, 2007).
Não raramente populações inteiras são expostas aos riscos da contaminação.Na maioria das vezes, as pessoas que adoecem por conta da exposição aos agrotóxicos, se quer conseguem comprovar a causa das doenças desenvolvidas, deixando com que os responsáveis pela contaminação escapem de arcar com os custos dos tratamentos de saúde ou das medidas para mitigar os efeitos da contaminação ambiental (AUGUSTO et al., 2015). É interessante notar que a intoxicação por agrotóxico é considerada um agravo de notificação compulsória no Brasil, sendo considerada de interesse nacional e notificada pelas unidades de saúde no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (BRASIL, 2004).
Para (PORTELA; TOURINHO, 2015), 
Sabe-se que a exposição ocupacional a agrotóxicos atinge principalmente os agricultores, que podem ser afetados pela manipulação direta (uso agrícola) ou por meio de armazenamento inadequado, reaproveitamento de embalagens, roupas contaminadas ou contaminação da água.
 Em um estudo desenvolvido por Bochner (2015), observou-se que, apesar da comprovação da relação causal entre exposição a agrotóxicos e o óbito, não havia nenhum registro sobre esse agente tóxico no sistema, dificultando ainda mais os estudos sobre a relação de agrotóxicos com o agravo à saúde dos trabalhadores. 
De acordo com o Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológicas - SINITOX (2012), em 2012 foram registrados no Brasil 4.656 casos de intoxicações em uso agrícola com 128 óbitos. A região Sudeste apresenta um maior número de intoxicação, com 2.434 casos (52,28%), seguidos pelo Centro-Oeste com 916 casos (19,67%), Nordeste com 624 casos (13,40%), Sul com 620 casos (13,32%) e Norte com 62 casos (1,33%). Do número de óbitos por agente agrotóxico em uso agrícola, 117 casos são de suicídios. O preocupante em relação à região Sul, é que todos os 620 casos ocorreram no Rio Grande do Sul, tendo 173 tentativas de suicídio e seis óbitos devido ao mesmo problema.
Embora os óbitos de origem ocupacional representem uma pequena proporção, cada uma destas fatalidades carrega muita informação, uma vez que atrás de cada óbito existem diversos trabalhadores convivendo nas mesmas condições, exercendo as mesmas funções, estando expostos aos mesmos fatores de risco (BOCHNER, 2015). 
As intoxicações às substâncias químicas podem ser de dois tipos, agudas ou crônicas e podem se manifestar de forma leve, moderada ou grave. A intoxicação aguda é decorrente de uma única exposição ao agente tóxico ou mesmo de sucessivas exposições, desde que ocorram num prazo médio de 24 horas, podendo causar efeitos imediatos sobre a saúde. Pode ocorrer de forma leve, moderada ou grave, dependendo da quantidade de substância química absorvida pela via de absorção (pele, respiração, deglutição, entre outras), do tempo de 
absorção, da toxicidade do produto e do tempo decorrido entre a exposição e o atendimento médico. A intoxicação crônica pode manifestar-se por meio de inúmeras doenças, que atingem vários órgãos e sistemas, com destaque para os problemas neurológicos, imunológicos, endocrinológicos, hematológicos, dermatológicos, hepáticos, renais, malformações congênitas, tumores, entre outros (MS, 2016) que podem aparecer vários anos após o contato. 
9. NORMA REGULAMENTADORA 31
Um dos setores mais desprezados na atividade agrícola é o que compreende questões relacionadas à saúde e segurança do trabalhador. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) (2012), 50% da população trabalha no setor primário, entre elas a exploração agropecuária, considerada uma das três atividades com risco mais elevado, incluindo fatal. Dos 330 mil acidentes ocorridos no mundo no setor trabalhista, 170 mil foram no setor primário, com alguns países nos quais as taxas de acidentes fatais nesse setor representando duas vezes dos demais setores, o que torna as adequações às legislações um processo difícil e oneroso, tendo em vista os inúmeros riscos existentes. O setor rural, ao lado da mineração e da construção civil apresenta-se como atividades com o maior número de acidentes de trabalho no mundo. Para que a produção dessas propriedades não seja reduzida, com a migração desses trabalhadores para a área urbana, alternativas que visem melhorar as condições de trabalho dos funcionários devem ser aplicadas, principalmente a adequação e padronização dos serviços (GOIS, 2013; MAIA; RODRIGUES, 2012).
Para garantir um ambiente de trabalho seguro foram elaboradas, no Brasil, as Normas Regulamentadoras (NRs) relativas à segurança e medicina do trabalho. Essas normas são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas, bem como, pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (Ver figura 12). A falta de cumprimento das disposições legais e regulamentares relacionadas à saúde e segurança no trabalho incidem na aplicação de penalidades previstas na legislação pertinente ao empregador (BRASIL, 2005). Dentre as NRs, podemos destacar a NR 31 que possui o objetivo de estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho (BRASIL, 2005). No entanto, é possível verificar que existem dificuldades na implantação efetiva desta norma, pois apesar desta estar bem detalhada, não é seguida no ambiente de trabalho onde deve ser empregada, tendo em vista os riscos supracitados (FIGUEIREDO; HENRIQUES, 2017). Conforme Oliveira (2018, p.16), com relação à NR 31, no item 31.8 são considerados:
[...] Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins / Medidas Complementares de proteção no uso de agrotóxicos que os trabalhadores em exposição direta, os que manipulam os agrotóxicos e produtos afins, em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas; e os trabalhadores em exposição indireta, os que não manipulam diretamente os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, mas circulam e desempenham suas atividades de trabalho em áreas vizinhas aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas, e ainda os que desempenham atividades de trabalho em áreas recém-tratadas [...].
Figura 12: Funcionário do inpEV manuseando a embalagem vazia de agrotóxico
 FONTE: ADRAAL, 2016. 
Os produtos devem ser mantidos em suas embalagens originais, com seus rótulos e bulas (Ver figura 13), onde se encontram os cuidados e recomendações para o manuseio da embalagem, ou em caso de contaminação humana e ambiental como devem ser realizados os procedimentos corretos para minimizar ou solucionar a contaminação (Ver figura 12). 
 Os equipamentos de proteção individual (EPI) deveram ser fornecidos obrigatoriamente aos funcionários como medida de proteção pessoal, caso, as medidas de proteção coletivas não sejam suficientes. Cabe ao trabalhador usar os equipamentos de proteção individual indicados para as finalidades a que se destinarem e zelar pela sua conservação (Ver figura 14). 
Figura 13: Embalagem com bula e rótulo de acordo com a NR 31
.FONTE: ADRAAL, 2016
Figura 14: Uso dos EPI'S na prensa das embalagens
 FONTE: ADRAAL, 2016.
O local de armazenamento dos agrotóxicos deve seguir parâmetros determinados na NR 31, onde cita que a infraestrutura deve ser feita com distância de moradias, ter paredes e coberturas resistentes, possuir ventilação, possibilitar limpeza e descontaminação entre outros itens a serem seguidos para a devida instalação da edificação (Ver figura 15).
Figura 15: Local de recebimento de embalagens de agrotóxicos de acordo com a NR 31.
FONTE: ADRAAL, 2016.
10. METODOLOGIA
Para atingir os objetivos do presente trabalho de conclusão de curso, foi feito uma pesquisa de caráter Exploratória. Trata-se, segundoZanella (2006. p. 26), tem “[...] a finalidade de ampliar o conhecimento a respeito de um determinado problema”. A ampliação do conhecimento a ser estudado, colabora profundamente para a melhoria do tipo de pesquisa escolhida.
Dessa forma, este tipo de estudo visa proporcionar um maior conhecimento para o pesquisador (grifo nosso) acerca do assunto, a fim de que esse possa formular problemas mais precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos posteriores Gil (1999).
 
Além de aprofundar o conhecimento, a pesquisa exploratória proporcionara subsídios para que o pesquisador amplie seus conhecimentos acerca do tema proposto. Partindo da premissa do ponto de vista dos seus objetivos, a pesquisa exploratória, é aquela que segundo Prodanov (2013, p.51-52): 
[...] tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas (grifo nosso) [...]. 
	
	A pesquisa bibliográfica, de certa forma é o meio mais adequado para a realização deste trabalho. Para Marconi & Lakatos (2003, p.182), “[...] a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”.
	As pesquisas bibliográficas é um instrumento riquíssimo e essencial para a elaboração do trabalho de conclusão de curso em questão, pois foi feito uma seleção do que há de mais significado, com relação ao tema proposto. Segundo Prodanov (2013, p.54): “[...] O elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados [...]”. A coleta de dados possibilitara a seleção e analise dos mesmos. Já do ponto de vista da abordagem do problema da pesquisa, o presente trabalho de conclusão de curso tem a característica qualitativa e quantitativa, que segundo Prodanov (2013, p. 70), afirma que:
Pesquisa qualitativa (grifo do autor): considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.
	 Os métodos quantitativos e qualitativos são muito utilizados nas pesquisas em Ciências Humanas, mas adotam diferentes estratégias de pesquisa. O quantitativo utiliza métodos oriundos das ciências físicas, da matemática e da estatística. Conforme os ensinamentos de Zanella (2006, p. 92):
Caracteriza-se pela adoção de métodos dedutivos e busca a objetividade, a validade e a confiabilidade. O qualitativo origina-se na antropologia e utilizam métodos indutivos, objetivando a descoberta, a identificação, a descrição detalhada e aprofundada [...] A pesquisa quantitativa é apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferencias como comportamentos [...].
Com o objetivo geral de analisar a forma de descarte dos resíduos de embalagens de agrotóxicos e o seu destino final conforme determina a legislação em vigor e as normas de acondicionamento, no Estado de Alagoas, descrevendo os impactos ao meio ambiente causados pelos agrotóxicos, foi definido a escolha dos métodos e técnicas e serem utilizadas. Dessa forma, poderemos classificá-los e analisá-los, visando observar, registrar e descrever o manejo das embalagens de agrotóxicos no Estado de Alagoas, coletando dados que permitam responder aos problemas relacionados à realidade da utilização e descarte das embalagens de agrotóxicos. 
	
11. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O manuseio apropriado das embalagens vazias de agrotóxicos, no Brasil muito ainda precisa ser feito para conscientizar o produtor rural. A atenção para uso e armazenamento apropriado das embalagens de agrotóxicos vazias e cheias deve sempre ser redobrada a fim de evitar uma série de consequências aos manipuladores e contaminação ao meio ambiente. Logo, ações que desenvolvam a sustentabilidade com sucesso merecem ser valorizadas. Para isso, as fiscalizações devem ser rígidas e controladas de acordo com a legislação, trabalhos de educação ambiental intensificada aos produtores quanto ao uso seguro, manejo, armazenamento e descarte, visando à conscientização e atenção máxima a esta questão. Algumas recomendações são necessárias para o correto armazenamento das embalagens: o depósito deve ficar num local livre de inundações e separado de fontes de água, de residências e de instalações para animais; a construção deve ser de alvenaria (tijolos), com boa ventilação e iluminação natural, não permitindo o acesso de animais, crianças e pessoas não autorizadas; colocar cartazes com símbolo de perigo; o piso e telhado devem ser cimentados e sem rachaduras, para que o depósito fique sempre seco; a instalação elétrica deve estar em bom estado de conservação para evitar curto-circuito e incêndio; as embalagens devem ser colocadas em local alto, para evitar o contato com o piso; as embalagens devem ser estáveis e afastadas das paredes e do teto, bem como armazenar e utilizar os agrotóxicos em suas embalagens originais.
Outro ponto fundamental para minimizar os impactos ambientais é a logística reversa, em que há preocupação em reduzir a geração de resíduos e com isso diminuir os custos logísticos; outro benefício que a empresa tem ao realizar essa política é o reconhecimento da adoção de boas práticas ambientais e logísticas. tendo hoje muitos pontos de coletas implantados em diversas cidades, com excelentes resultados de coletas aumentando no decorrer dos anos. É importante que os municípios assumam responsabilidades quanto a esses pontos de recolhimentos, a fim de ter pelo menos um em cada cidade. Também, quanto à fiscalização nas propriedades rurais, que estas tenham suas próprias leis municipais para punir os produtores que fazem mau uso dos agrotóxicos e que descartam e armazenam as embalagens em lugares inadequados. Além disso, é de responsabilidade do fiscalizador aplicar as devidas punições, sempre evitando que as fraudes passem despercebidas. O início de um meio ambiente limpo e saudável envolve o descarte correto em cada localidade.
O aumento populacional e a necessidade de se produzir mais alimentos, tem relação direta com o aumento do consumo dos agrotóxicos nos principais polos produtivos do país, com intuito de melhorar o manejo das culturas, controle de pragas e doenças, assegurando sua produtividade. Paralelamente ao aumento do consumo de agrotóxicos cresce também o número de embalagens contaminadas descartadas no meio rural, podendo provocar contaminação do meio ambiente e acarretar problemas à saúde humana. 
A criação do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – inpEV aumentou positivamente a perspectivas de melhora no quadro agropecuário brasileiro, com organização e parcerias com empresas privadas promoveram grandes avanços no recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos, fazendo com que a destinação seja feita corretamente. A logística reversa das embalagens vazias de agrotóxicos é uma ferramenta fundamental para minimização dos impactos ambientais ocasionados pela disposição inadequada das embalagens, sendo uma condicional utilizada progressivamente para o desenvolvimento no setor agrícola. 
As alternativas e ações oferecidas pelos inpEV facilitam a devolução das embalagens vazias de agrotóxicos e as parcerias entre o instituto e as empresas promovem a alta eficiência do trabalho, melhorando a qualidadede vida de quem trabalha no meio rural, protegendo o meio ambiente e ajudando no desenvolvimento agropecuário em todo o país. 
Em Alagoas a quantidade de embalagens vazias entregue na central de recolhimento sofreu variações nos últimos anos, porém não deve ser atribuído a este fato, falhas de cumprimento de legislação ou de ações, pois o uso de agrotóxicos é variável e seu uso depende de inúmeros fatores como a cultura produzida, fatores climáticos a até mesmo fatores econômicos. A reciclagem se tornou a principal solução para a destinação final das embalagens plásticas do mercado agrícola em Alagoas. 
Posteriores estudos devem ser feitos a fim de acompanhar e comparar quantitativamente a entrega de embalagens vazias de agrotóxicos na central estadual de recolhimento. Estes dados, além do consumo irão demonstrar se os usuários estão conscientes do risco que estão retirando de suas propriedades. 
12. CONCLUSÃO
O manuseio de embalagens vazias de agrotóxicos é um problema recorrente no meio rural, pois a falta de orientação gera tomada de ações, por parte dos agricultores, consideradas errôneas, como é o caso da queima, o aterramento e a reutilização das mesmas. Ainda, o desconhecimento das normas e legislações implica diretamente no aumento do potencial de ocasionar um acidente toxicológico nas propriedades rurais, o local de armazenamento em material de fácil 80 propagações de incêndios, o método de mistura da calda, o descarte da água da tríplice lavagem, entre outros.
Acredita-se que com uma boa conscientização e campanha de divulgação dos problemas causados pelo manuseio não adequado das embalagens de agrotóxicos e seu uso indiscriminado pode causar, estes produtos deveriam ser usados com maior responsabilidade a fim de não causar problemas de saúde a comunidade e desastres ambientais. Para isso é necessário, que seja acrescentada à legislação já existente, a informação sobre a atuação dos produtos em todo o ecossistema. Em resumo, alterar a lei para obrigar os fabricantes e demais integrantes da cadeia a dar mais informações aos usuários destes produtos, sobre os malefícios que eles podem causar. Aplicando a legislação vigente em caso de descumprimento da mesma.
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