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DESCARTE DE EMBALAGENS

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FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS SANTO AGOSTINHO 
(FACET) 
 
 
ALINE FRANCIANE SANTOS MOTA SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UMA ABORDAGEM SOBRE O DESCARTE DE EMBALAGENS DOS 
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS INTERAGINDO COM A EDUCAÇÃO 
AMBIENTALNO MUNICIPIO DE MONTES CLAROS – MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTES CLAROS – MG 
2015 
 
ALINE FRANCIANE SANTOS MOTA SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UMA ABORDAGEM SOBRE O DESCARTE DE EMBALAGENS DOS 
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS INTERAGINDO COM A EDUCAÇÃO 
AMBIENTALNO MUNICIPIO DE MONTES CLAROS – MG 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada a Faculdades de Ciência 
Exatas e Tecnológicas Santo Agostinho, para a 
obtenção do título de Bacharel em Engenharia 
Ambiental. 
 
Orientador: Professor; Flavio LeãoCoelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTES CLAROS - MG 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu DEUS pela perseverança, pela garra, por esforços concedidos, pelo tempo 
gasto,por alegrias e angústias; aos colegas,amigose professores, obrigada senhor por 
todos, e por todo 
 AMOR CORRESPONDIDO. 
 
AGRADECIMENTO 
Agradeço antes de tudo e de todos ao meu Deus, depois de tantas benções 
concedidas me presenteou com mais esta, que toda honra e toda glória seja dada ao 
senhor. 
Não posso deixar de agradecer ao meu sogro Gero que hoje esta junto de Deus, 
sempre me ajudou, sua ajuda foi crucial para minha formação, e não ter o senhor aqui 
para dividir essa alegria não é fácil, eu te agradeço imensamente.Um homem de postura 
admirável conduziu a sua família e passou esse exemplo aos filhos, foi uma honra ter o 
conhecido e fazer parte de sua família.Aminha sogra Helena, uma mulher de Deus que 
com suas orações e sua ajuda financeira, sempre me confortou, com toda certeza teve 
uma extrema influência em meu sucesso. 
A minha família por acreditar em mim, incentivando e ajudando em tantos 
momentos o meu filho Breno e a minha filha Bárbara, vocês foram meu maior 
incentivo, eu quis ser um exemplo pra vocês e consegui mesmo não sendo fácil deixá-
los todas as noites, depois de um dia de trabalho não poderjantar ou vê-los dormir, 
esperava por qualquer dia de folga na faculdade só para despojar destes prazeres. 
Ao meu marido Daniel pela paciência, persistência, ajuda financeira de tantas 
horas, por ficar com nossos filhos, e pelas inúmeras vezes por ter os levado pra buscar-
me, era tão gostoso vê-los no portão me aguardando, ficávamos alegres como se não 
tivéssemos nos vistos há meses. 
Minha mãe Girlanepelas palavras de conforto e estímulos.Ao meu padrasto 
Haroldo por encorajar-me sempre, afirmando que eu já era uma Engenheira Ambiental e 
o quanto eu merecia.Ao meu irmão Thiago que sempre esteve ao meu lado, ajudando-
me com o que eu precisava. 
Não poderia deixar de agradecer ao meu orientador Flavio Leão, por seus 
conselhos, dedicação e comprometimento comigo sempre.A minha professora Renata 
que através de suas aulas consegui me identificar com o que eu quero fazer e ser.Ao 
professor Lúcio que fazia de suas aulas um grande aprendizado. 
A todos que contribuíram de forma direta ou indireta para a realização deste 
trabalho, tenham a certeza de que serão sempre lembrados por mim. 
 
MUITO OBRIGADA!!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la”. 
Cícero 
 
RESUMO 
SOUSA, Aline Franciane Santos Mota, Faculdade de ciências Exatas e tecnológicas 
Santo Agostinho, Outubro 2015.Uma Abordagem Sobre O Descarte De Embalagens 
Dos Defensivos Agrícolas Interagindo Com A Educação Ambiental No Município 
De Montes Claros –(MG). Orientador: Prof. Flavio Leão Coelho. 
 
Os agrotóxicos começaram a ser comercializados desde a primeira guerra mundial no 
combate de insetos nos campos de batalhas, desde então seu crescimento tem sido uma 
preocupação, devido ao aumento populacional aumenta-se também o consumo de 
alimentos, o que significa um aumento constante de lavouras, precisamos de medidas 
mitigadoras para o uso e descarte dos defensivos agrícolas.Neste contesto e mostrado a 
problemática do descarte das embalagens de agrotóxico relacionando com a educação 
ambiental, Trata se de um estudo de caso ondehaverá um contato direto com os 
agricultores para maiores esclarecimentos sobre o uso adequado dos agrotóxico e suas 
devoluções de embalagens, uma educação ambiental será realizado nas escolas com 
participações em eventos do meio ambiente, com um conhecimento mais amplo da 
empresa ARPANORTE, central do INPEv localizada em montes claros , concluiu-seque 
mesmo com tanto amparo ainda há uma falta de informação de muitos, devido ao 
método utilizado abordagem direta com os agricultores, praticas de educação ambiental, 
palestras e participações em eventos, notou-se uma boa recepção entre agricultores, e 
alunos nas escolas que foi palestrado sobre os agrotóxicos, contudo há necessidade de 
uma continuação, pois a educação ambiental não e um ato anual o mensal mas sim 
diário, como manutenção, e novos conhecimentos. 
 
PALAVRAS- CHAVE: Agrotóxicos; Embalagens Vazias de Agrotóxicos; Destinação Final. 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ABRAPA- Associação Brasileira dos Produtores de Algodão 
ANDAV-Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários 
ANDEF - Associação nacional de defesa vegetal 
ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária - 
CONAMA- conselho nacional do meio ambiente 
CNUMAD - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
DDT - (sigla de diclorodifeniltricloroetano), 
DNCL - Dia Nacional do Campo Limpo 
EPI- Equipamentos de proteção individual 
FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental 
IAS- Instituto Algodão Social 
IBAMA- Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis 
IBGE- instituto brasileiro de geografia e estatística 
IMA- Instituto do meio ambiente 
INPEV- Instituto nacional de processamento de embalagens vazias 
MAPA- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
MTE - ministério do trabalho e empregos 
PNRS- política nacional do meio ambiente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 Quadro1 - Classificação Toxologica Dos Agrotoxicos ...................................... 8 
Figura 2 Quantidade Vendido De Agrotóxico .................................................................. 9 
Figura 3- Uso correto dos EPIs ...................................................................................... 11 
Figura 4 - EPIs ................................................................................................................ 12 
Figura 5 - INPEV ............................................................................................................ 29 
Figura 6 - Fluxo do sistema INPEV ............................................................................... 35 
Figura 7- Frente ARPANORTE ..................................................................................... 36 
Figura 8– separação das embalagens. ............................................................................. 37 
Figura 9- Prensa Hidráulica ............................................................................................ 37 
Figura 10- Estocamento .................................................................................................. 38 
Figura 11- Saída de carga. .............................................................................................. 38 
Figura 12- Recebimento das embalagens de revenda ..................................................... 40 
Figura 13- Embalagens laváveis..................................................................................... 42 
Figura 14 – Embalagem lavável, não lavada. ................................................................. 42 
Figura 15- Sacos flexíveis contaminados ....................................................................... 43 
Figura 16- Tampas .......................................................................................................... 44 
Figura 17 - Fardos de papelão compactados .................................................................. 44 
Figura 18- Coleta de embalagens de laboratório ............................................................ 45 
Figura 19 - Caminhão para transporte de embalagens ................................................... 48 
Figura 20 - Armazenamento na central .......................................................................... 49 
Figura 23– Unidade da ARPANORTE .......................................................................... 59 
Figura 24 - Escola Municipal Rotary São Luis .............................................................. 65 
Figura 26– blitz ecológica .............................................................................................. 66 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - FEPAM, (Fundação Estadual De Proteção Ambiental) ................................ 17 
Tabela 2 - Infrações E Multas Para Quem Não Cumpri As Leis .................................. 19 
Tabela 3- Responsabilidade Compartilhada .................................................................. 32 
Tabela 4 - Potencial Poluidor ......................................................................................... 39 
Tabela 5 - classes de risco .............................................................................................. 47 
Tabela 6 - Efeito da exposição aos agrotóxicos ............................................................. 53 
Tabela 7 - Mapa: localização da cidade de Montes Claros, MG. ................................... 55 
Tabela 8 - Acompanhamento Revendedores .................................................................... 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 
2.JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 3 
3. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 4 
3.1. Objetivo Geral ............................................................................................................... 4 
3.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 4 
4. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 5 
4.1. Defensivos Agrícolas .................................................................................................... 5 
4.2. Classificação Dos Agrotóxicos .................................................................................... 7 
4.3. Equipamento De Proteção Individual (Epis) ............................................................. 9 
4.4. Receituário Agrônomo ............................................................................................... 12 
4.5. Soluções Viáveis Para O Uso Do Agrotóxico ......................................................... 13 
5. LEGISLAÇÕES ........................................................................................................ 14 
6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..................................................................................20 
6.1. Historia Da Educação Ambiental ............................................................................. 23 
7 CARACTERIZAÇÃO DO INPEV ....................................................................... 28 
7.1. Responsabilidade Compartilhada .............................................................................. 30 
7.2. Logística Reversa ........................................................................................................ 32 
8. ARPANORTE ............................................................................................................ 36 
8.1. Tipos De Embalagens De Agrotóxicos .................................................................... 39 
8.2. Embalagens Laváveis ................................................................................................. 41 
8.3. Embalagens Laváveis e Não Lavável ....................................................................... 42 
8.4. Embalagens Não Laváveis ......................................................................................... 43 
8.5. Embalagens Não Contaminadas ................................................................................ 44 
8.6. Monitoramento De Controle ...................................................................................... 45 
8.7. Transporte ..................................................................................................................... 45 
8.8. Armazenamento ........................................................................................................... 48 
8.9. Recicladora ................................................................................................................... 49 
8.10. Incineradora ............................................................................................................... 50 
9. IMPACTOS CAUSADOS POR AGROTÓXICOS ................................................... 51 
9.1. Impactos Causados A Saúde Humana ...................................................................... 51 
9.2. Impactos No Solo Por Agrotóxico ............................................................................ 53 
10.MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................... 55 
10.1. Caracterização Do Município .................................................................................. 55 
10.2. Área De Estudo ......................................................................................................... 56 
10.3. Levantamento De Dados Em Campo ..................................................................... 56 
10.4. Análise De Dados E Informações Coletadas ......................................................... 57 
11.RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 59 
11.1. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE RECEBIMENTO .......................... 59 
11.2. Intervenção ................................................................................................................. 59 
12. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 12 
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 70 
14. ANEXO I ........................................................................................................................ 75 
15. ANEXO II ...................................................................................................................... 76 
 
 
1 
1. INTRODUÇÃO 
Embora seja comum o uso dos defensivos agrícolas, abordar a devolução das 
embalagens, a destinação correta para com as embalagens de defensivos agrícolas é de 
suma importância seja com a fauna ou a flora, a humanidade requer a participação de 
todos, sejam eles os fabricantes, os comerciantes, os produtores, a fiscalização e todas 
as atividades relacionadas como transporte, recebimento, manuseio, armazenamento e 
os demais responsáveis pelasua destinação final as recicladoras ou as incineradoras. Os 
defensivos agrícolas, denominados também como o nosso mal necessário, se 
manuseado de maneira inadequada podem trazer grandes consequências, seja ao meio 
ambiente, seja ao homem. É preocupante o número de produtores que não praticam a 
tríplice lavagem, seja porque esquece, por falta de informação, ou pela fiscalização. 
No início da década de 90, uma nova proposta de responsabilidade pós-consumo 
foi semeada pelo setor de defensivos agrícolas e o comprometimento de todos os 
envolvidos no agronegócio brasileiro construiu um bem sucedido programa de logística 
reversa que hoje é referência para outros setores e países ao destinar 94% das 
embalagens plásticas primárias de agrotóxico colocadas no mercado. 
Em 1992 a INPEV- Instituto nacional de processamento de embalagens 
vazias buscou uma solução para o problema, tentando amenizar o impacto 
causado pelas embalagens que até então eram jogadas a céu aberto, em 
cursos hídricos ou até mesmo queimadas sem nenhum controle, com isso a 
própria indústria se uniu para recolhimento destas embalagens, naquele 
tempo era mais difícil de saber a quantidade de produtores, somente essa 
experiência, contribuiu para o funcionamento da lei que temos hoje (INPEV, 
2012). 
 
“A lei federal nº 9.974/2000 que ordena a prática, foi regulamentada dois anos 
após o Decreto Federal nº 4.074, que determinou a responsabilidade compartilhada, hoje 
a revenda por meio da nota fiscal orienta o produtor na devolução das embalagens”. 
(BRASIL, 2000). 
A ARPANORTE - Associação dos Revendedores dos Produtos Agropecuários 
do Norte de Minas, hoje com sede em Montes Claros tem um recebimento de 
embalagens vazias com uma media de 10 a 15 produtor dia, recebimento de postos de 2 
cargas por mês, Jaíba, Pirapora e Janaúba. 
As revendas orientam sobre a importância destas devoluções,há uma carência de 
profissionais da área, no entanto ao serem contratados passam por cursos para melhor 
preparação dos mesmos. As devoluções de embalagem de agrotóxico quando não feitas 
podem acarretar em multa pelo órgão regulamentador o IMA- Instituto do Meio 
2 
Ambiente, a falta de informação pode vir com consequência financeira, os efeitos 
também podem ser ao meio ambiente, causando efeitos drásticos à saúde humana e dos 
animais.Essas embalagens abandonadas em lugares inadequados podem contaminar o 
solo e os rios, os agrotóxicos são nocivos e o uso desenfreado tem sequelas. 
Há umaconscientização em escolas diante das revendas com agricultores sobre a 
devolução correta das embalagens, mesmo porque nem sempre essas devoluções vêm de 
maneira adequada, não fazer a tríplice lavagem e estar em desacordo com a lei.Alémda 
devolução correta precisa estar lavada e furada no fundo para que possa ser 
dimensionada de maneira correta trazendo maior eficiência a logística reversa, 
proporcionando o ambiente que todos queremos, e aumentando os números na 
estatística. 
Esse trabalho é para que vejamos a necessidade da coletividade, uma vez que 
cada umassuma a sua responsabilidade desde a fabricação ao descarte, tornando assim 
eficiente a logística reversa das embalagens de agrotóxico, não permitindo então que o 
ciclo se disfarçar. 
 
3 
2. JUSTIFICATIVA 
 
Devido a alterações ambientais no mundo, podemos estar condenando a uma 
péssima qualidade de vidanossas gerações futuras, sendo que o usufruto desenfreado 
dos nossos recursos naturais hoje geraráconsequências imensuráveis, se não tratadas 
adequadamente. 
O uso do agrotóxico com eficiência é de suma importância no campo, porém 
não é o que vemos a falta de informação ou até mesmo o descaso tornou-se degradante, 
poucos usam EPI - Equipamentos de proteção individual enão fazem a devolução das 
embalagens maneira correta. 
Este trabalho faz delimitações de ações corretivas para o melhoramento da 
educação ambiental nas destinações corretas das embalagens de agrotóxico, sendo feito 
questionários, palestras, blitz ecológica e eventos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
3. OBJETIVOS 
 
3.1. Objetivo Geral 
Mostrar à problemática dos descartes das embalagens de defensivos agrícolas e 
relacionar com a educação ambiental. 
 
3.2. Objetivos Específicos 
 
 Conscientizar sobre a legislação correlata ao tema; 
 Orientar produtores rurais sobre a tríplice lavagem e sua importância; 
 Visitar escolas realizar palestras sobre a conscientização ambiental; 
 Levantamento bibliográfico sobre os agrotóxicos serão feitos, com participações 
em eventos do meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
4. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
4.1. Defensivos agrícolas 
 
De acordo com RIBAS e MATSUMURA (2009) “Os Agrotóxicos também 
denominados como defensivos químicos, pesticidas,praguicidas, remédios de planta e 
venenos, são substancias químicas utilizadas no controle de pragas, sendo essas em 
plantas ou animais”. 
Definição: a Lei Federal nº 7.802 de 11/07/89, regulamentada através do Decreto 
98.816, no seu Artigo 2º, Inciso I, define o termo AGROTÓXICOS da seguinte forma: 
Os produtos e os componentes de processos físicos, 
químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de 
produção, armazenamento e beneficiamento de produtos 
agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou 
implantadas e de outros ecossistemas e também em 
ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade 
seja alterar a composição da flora e da fauna, a fim de 
preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados 
nocivos, bem como substâncias e produtos empregados 
como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores 
do crescimento.(PORTAL EDUCAÇÃO). 
 
 
Na década de 40, ocorreram várias sínteses de outras substâncias, dentre elas a 
dos ciclodienos, que foram largamente utilizados na agricultura. Nos anos que se 
seguiram, o organoclorado DDT, como substância passou a ser designado, começou a 
ser empregado em escala mundial no combate a insetos para prevenir as muitas doenças 
perigosas transmitidas pelos mesmos. Só o emprego do DDT contra o mosquito 
anófeles (transmissor do causador da malária) salvou desde o final dos anos 40, a vida 
de milhões de pessoas. Tal foi o sucesso do DDT que após a Segunda Guerra Mundial, 
Paul Müller ganhou o Prêmio Nobel em 1948. A aplicação do DDT mostrou-se muito 
econômica, pois, uma vez realizado o tratamento ou aplicação, o inseticida continua 
agindo por muito tempo por ação residual, pois a sua degradação é muito lenta. 
Justamente esta degradação lenta do inseticida no meio ambiente, é 
responsável pelos seus aspectos negativos. Com aplicações repetidas o 
composto se acumula na natureza, e como ele é tipicamente lipofílico 
(solúvel em gorduras), deposita-se, sobretudo nas gorduras do organismo, 
além de mostrar uma tendência incontestável de se espalhar por todo o globo 
terrestre, (CARRARO, 1997). 
 
 
Após a Segunda Guerra Mundial, a indústria de agrotóxico expandiu-o, 
entretanto suas primeiras unidades produtivas de agrotóxicos no Brasil datam a partir da 
6 
década de1940.Acompleição do parque industrial dos agrotóxicos no país 
adveiodasegunda metade dos anos 70, sendo que após 1975 com a criação do Programa 
Nacionaldos Defensivos Agrícolas, buscou internalizar a produção de agrotóxicos no 
Brasil, desde então o Brasil e um intenso consumidor dos defensivos agrícolas. 
O uso dos agrotóxicos no Brasil começou a partir da década de 70, quando 
iniciou se a revolução verde, devido ao combate de praga agrícola e insetos, o 
DDT (sigla de diclorodifeniltricloroetano), foi o primeiro pesticida moderno 
usado após a segunda guerra mundial como forma de proteção contra insetos 
que transmitirão doenças como a malária e controle de pragas agrícolas. A 
revolução verde se deu devido a um processo de mudança da política agrícola 
no país a partir da segundaguerra mundial, quase todos os agrotóxicos e 
maquinas veio devido a adaptações de pesquisas e equipamentos utilizados 
na guerra (MPA, 2010). 
 
Conforme Naidin (1985). 
Em fins dos anos 1960 e início da década de 1970, o rápido ciclo de vida dos 
agrotóxicos forçou as empresas a buscar novos mercados, com os quais 
pudessem postergar os efeitos da obsolescência dos agrotóxicos. A autora 
aponta então, que a internacionalização produtiva passou a ser a estratégia 
das firmas líderes na busca por lucros extraordinários. Por sua vez, o rápido 
aumento no consumo de agrotóxicos provocado pela modernização da 
agricultura nacional fora atendido por importações de produtos das empresas 
líderes do mercado mundial até meados da década de 1970. 
 
Segundo a ANVISA (2011) 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, o Ministérioda 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA,junto ao InstitutoNacional do 
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis -IBAMA esses são órgãos 
responsáveis por fazer as normas que avaliam o registrodos agrotóxicos. O 
registro só é feito após estudos rigorosos dos produtos, pelos órgãos citados 
(ANVISA, 2011). 
 
Ainda segundo a ANVISA (2011): 
O Brasil e o maior consumidor de agrotóxico do mundo, o Brasil tem como 
intenção registrar vendas de um milhão de toneladas de agrotóxicos em 2015, 
sendo que diminuir o consumo de agrotóxico, a proibição do uso de produtos 
que comprovem ameaças à segurança alimentar e ocupacional, e a redução da 
toxicidade dos produtos usados, em consequência há melhorias na saúde da 
população e na qualidade do meio ambiente, o grande desafio é conseguir 
isto mantendo ou aumentando a produtividade atual da agropecuária, sendo 
que muitos depende destes insumos. 
 
Tudo aquilo que degradaa qualidade de outro material, e avaliadocomo um 
poluentee podem ser subprodutos ou resíduos de atividades benéficas para a população, 
como os defensivos agrícolas para a produção de alimentos. Isso abrange o uso, e 
igualmente o descarte de embalagens de defensivos agrícolas podendocomprometer a 
saúde do meio ambiente e a saúde humana, pois para rejeiteadequado devem ser 
cumpridas todas as etapas contidas na legislação específica de agrotóxicos. 
7 
É de suma importância o uso de agrotóxico no campo, consistindo em uma 
ferramenta proveitosa no controle de doenças, praga se plantas daninhas, esse uso na 
propriedade determina que o proprietário e os aplicadores tenham um conhecimento 
básico sobre a maneira de ação, as doses recomendadas, hora e época da aplicação, 
formulação do produto, classe toxicológica e cuidados durante e após a aplicação. 
Certificando assim da qualidade de vida dele e dos demais que de forma indireta podem 
ser prejudicados com o mau uso dos defensivos agrícolas. 
É necessário parar imediatamente a aplicação se acaso estiver chovendo tais 
produtos não funcionam com chuva. Agindo assim, você só estaria contaminando o 
solo, os rios, o lagos, o reservatório de água, intoxicando os animais de criação, estaria 
desperdiçando tempo, produto e em consequência dinheiro. A chuva lava o agrotóxico e 
não deixa o produto agir na planta, volte a pulverizar quando a chuva tiver parado 
completamente. 
 
4.2. Classificação dos agrotóxicos 
 
Conforme SAVOY, (2011) “Os agrotóxicos são classificados de diversas 
maneiras: quanto ao seu modo de ação no organismo alvo, em relação à sua estrutura 
química, quanto aos efeitos que causa à saúde humana, pela avaliação da toxicidade 
etc”. 
Quanto a sua toxidade esses agrotóxicos são classificados pela ANVISA, órgão 
de controle do Ministério da Saúde, a classificação e feita em quatro classes de perigo 
para sua saúde, cada uma é representada por uma cor no rótulo e na bula do produto. 
Segundo a EMBRAPA a classificação dos defensivos agrícolas quanto ao 
perigo e feito por cores, vermelho, amarelo, azul e verde, cada cor representa 
seu grau de periculosidade, como mostra o quadro 1,essas cores servem de 
alerta para quem o manuseia ou tem contato direto ou indireto, também feita 
por classes de acordo com a toxicidade dos princípios ativos de cada produto, 
essa toxicidade depende da dose ou do tipo do contato, e do organismo. 
(ANVISA, 2011). 
 
A seguir é apresentadooQUADRO 01, que corresponde á Classificação 
toxicológica dos agrotóxicos. 
 
8 
 
Figura 1 Quadro1- Classificação Toxologica Dos Agrotoxicos 
Fonte: ANVISA, 2011. 
 
 
Sendo que também podem ser classificados de acordo com sua 
periculosidade ambiental, em classes que variam de I a IV, produtos 
altamente perigosos ao meio ambiente (Classe I), produtos muito perigosos 
ao meio ambiente (Classe II), produtos perigosos ao meio ambiente (Classe 
III), e produtos pouco perigosos ao meio ambiente ou a saúde humana 
(Classe IV), como derivados de óleos minerais, (BRAIBANTE e ZAPPE, 
2012). 
 
Ao adquirir o produto informe a venda de preferência a um agrônomo diante a 
sua finalidade em empregar produtos menos tóxicos que são os produtos da Classe IV e 
Classe III. Os produtos da Classe II e I só devem ser utilizados se realmentefor cogente, 
em casos em que não há produtos das Classes IV ou III para a mesma praga ou doença e 
que não permaneçaqualqueroutromodo de combate desta praga. 
Quanto ao seu grupo químico,Inseticidas: possuem ação de combate a 
insetos,larvas e formigas. Os inseticidas pertencem a quatro grupos químicos principais, 
Organofosforados são compostos orgânicos derivados dos ácidos fosfórico, tiofosfórico, 
fosfônico ou ditiofosfórico Carbamatos são derivados do ácido carbâmico 
 Organoclorados, são compostos à base de carbono, com átomos de cloro. São derivados 
do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou do ciclodieno. Foram muito utilizados na 
agricultura, como inseticidas, porém, seu emprego tem sido progressivamente 
restringido ou mesmo proibido. 
Piretróides são compostos sintéticos que apresentam estruturas químicas 
semelhantes à piretrina, substância existente nas flores do crisântemo (Pyrethrum). 
Alguns desses compostos são: aletrina, resmetrina, decametrina, cipermetrina e 
fenpropanato. 
Fungicidasagem no combate a fungos. Existem muitos fungicidas no mercado. 
Os principais grupos químicos são: Etileno-bis-ditiocarbamatos, Trifenil estânico, 
Captan, Hexaclorobenzeno. 
CLASSE TOXICOLÓGICA TOXIDADE DL50 (mg/kg)
I Extremamente Tóxico ≤ 5
II Altamente Tóxico Entre 5 e 50 Amarela
III Mediamente Tóxico Entre 50 e 500 Azul
IV Pouco Toxico Entre 5oo e 5.000
9 
Herbicidas: combatem ervas daninhas. Sua utilização tem sido crescente na 
agricultura nos últimos 20 anos. Seus principais representantes são: Paraquat, Glifosato, 
derivados do ácido fenoxiacético, Pentaclorofenol, Dinitrofenóis. 
Há outros grupos não menos importantes como: Raticidas, utilizados no combate 
a roedores,Nematicidas: combate a nematóides; Molusquicidas: ação de combate a 
moluscos,Fumigantes, agem no combate a insetos e bactérias, Acaricidas, ação de 
combate a ácaros diversos. 
AFigura 2 mostra a participação percentual das classes na quantidade vendida de 
defensivos agrícolas, em produto comercial. 
 
 
 
Figura 2 Quantidade Vendido De Agrotóxico 
Fonte: Estado de São Paulo, 2005. 
 
 
4.3. Equipamento de proteção Individual (EPIS) 
Equipamento de proteção Individual – EPI é de uso de inúmeras atividades, seja 
no campo ou na indústria para manejo de matérias particulado, ferroso ou corrosivo. Os 
EPIS são dispositivos de uso pessoal utilizado pelo empregado, seu objetivo é de uso e 
de proteção de riscos de ameaça à segurança e a saúde, a empresa é obrigada a fornecer 
ao empregador, gratuitamente, EPI adequado ao seu tamanho erisco em estado perfeito 
de conservação. 
10 
Os EPIstêm a função de proteger individualmente cada empregado de 
possíveis lesões quando da ocorrência de acidentes de trabalho e doenças 
ocupacionais. Portanto, o EPI não evita os acidentes em si, mas protegeo 
empregado quando o risco estiver ligado à função ou ao cargo do trabalhador 
e à exposição ao agente. O risco está ligado ao tipo e à quantidade do agente, 
ao tempo de exposição e à sensibilidade do organismo do trabalhador, 
(ALVES,2013). 
 
A sexta Norma Regulamentadora do trabalho urbano - NR 6, Portaria GM n.º 
3.214, de 08 de junho de 1978, cujo título é equipamento de Proteção Individual (EPI), 
estabelece: 
 Definições legais, 
 Forma de proteção, 
 Requisitos de comercialização e 
 Responsabilidades (empregador, empregado, fabricante, importador e 
Ministério do Trabalho e Emprego MTE). 
A interpretação da NR 6, principalmente no que diz respeito à responsabilidade 
do empregador, é de fundamental importância para a aplicação da NR 15 - Atividades e 
Operações Insalubres, na caracterização ou descaracterização da insalubridade. 
Portaria MTE/SIT nº 25, de 15/10/01 - Altera e dá nova redação à NR 6 - EPI - 
Alteração já efetuada no texto. Conforme estabelece a Portaria MTE/SIT nº 25, de 15 de 
outubro de 2001: 
O fabricante ou importador de EPI deve cadastrar-se junto ao MTE, de 
acordo com as disposições contidas no Anexo II da NR 6. A emissão ou 
renovação de qualquer Certificado de Aprovação (CA) de EPI está 
condicionada ao cadastramento efetuado pelo fabricante ou 
importador,Portaria MTE/SIT nº 48, de 25/03/03 - Estabelece as normas 
técnicas de ensaios aplicáveis aos EPIs com o respectivo. 
Como os EPIs existem para proteger a saúde do trabalhador, devem ser 
testados e aprovados pela autoridade competente para comprovar sua 
eficácia. O Ministério do Trabalho atesta a qualidade de um EPI por meio da 
emissão obrigatória do “Certificado de Aprovação” (C.A.). Outro certificado 
emitido pelo Ministério do Trabalho visando cadastrar os fabricantes de EPIs 
é o “Certificado de Registro de Fabricante (C.R.F.)”. (ALVES,2013). 
 
A legislação trabalhista conjeturaocompromisso do empregador de fornecer os 
EPI adequados ao trabalhador, instruir e treinar de acordo com ao uso dos EPI. 
Fiscalizar e exigir o uso, manter e substituir os EPIs, é obrigação do trabalhado havendo 
falhas nestas obrigações poderá ser responsabilizado o empregador onde responderá por 
ação na justiça, além de ser multado pelo Ministério do Trabalho o funcionário poderá 
até ser demitido por justa causa. 
 
11 
Os trabalhadores são, de maneira geral, alertados sobre os riscos associados 
ao agrotóxico e sobre os cuidados que devem ser tomados, conhecer a 
necessidade de se proteger não implica necessariamente que isso seja feito, a 
justificativa do não uso por não achar necessáriopode estar atrelada à falta de 
informação, ao descaso dos serviços públicos, ao baixo nível socioeconômico 
e de escolaridade. (FILHO, PEREIRA,2011). 
 
 
 
Figura 3- Uso correto dos EPIs 
Fonte: próprio autor, ARPANORTE 2015. 
 
Foi possível acompanhar os trabalhos efetuados pela empresa ARPANORTE , 
observando o uso diário dos equipamentos de EPIS, sendo os mesmos compostos por: 
bota impermeável, jaleco, calça, luvas, viseira facial, respirador e protetor auricular 
(fone).No entanto esses equipamentos são para o manuseio das embalagens de 
agrotóxicos vazias, os EPIS para a aplicação de agrotóxicos são um pouco há mais com 
uma proteção mais devida, pois a exposição do homem e maior uma vez que se tem 
contato com o produto mesmo sendo indiretamente. 
 
Muitos agrotóxicos apresentam riscos que podem ser reduzidos, ou mesmo 
eliminados com a adoção de Equipamentos de Proteção Individual. É 
importante que se observe o hábito de usar os EPIs não apenas durante 
aplicação,mas sempre que tiver algum contato com os agrotóxicos e suas 
respectivas embalagens. É de fundamental importância o uso de EPIs com 
oCertificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.(CARRARO, 1997). 
 
 
 
12 
 
Figura 4 -EPIs 
Fonte: Manualde uso EPIs,2015. 
 
 
Estudos evidenciam que os consumosde EPI afetam, em média, menos de 0,05% 
dos investimentos indispensáveis para uma lavoura. Alguns episódios como a soja e 
milho, o valor cai para menos de 0,01%. Insumos, fertilizantes, sementes, produtos 
fitossanitários, mão de obra, custos administrativos e outros materiais adicionam mais 
de 99,95%. O uso dos EPI é obrigatório e o não cumprimento da legislação poderá 
ocasionar em multas e ações trabalhistas. Devemos considerar os EPI como insumos 
agrícolas obrigatórios. 
 
4.4. Receituário agronômico 
O receituário agronômico éa ferramenta correta do agrotóxico, são informações 
complementares eum laudo técnico onde consta a real situação fitossanitária seu 
objetivo é minimizar os riscos e evitar o uso desnecessário da aplicação dos defensivos 
agrícolas, os usuários só poderão adquirir e usar os produtos se feito de maneira correta, 
ou seja, orientados por um profissional habilitado, conforme o Anexo 01. 
Segundo a Lei de Agrotóxicos, a compra destes produtos só pode ocorrer com a 
apresentação do chamado Receituário Agronômico – o equivalente a uma “receita 
medica”, exigido para a compra de medicamentos tarjados. O Receituário Agronômico 
deve ser emitido por profissional legalmente habilitado, Engenheiro Agrônomo, 
Engenheiro Florestal ou Técnico Agrícola. 
Para emissão da Receita Agronômica, o profissional deve basear sua 
prescrição técnica no exame “in loco” da atividade agropecuária, sugerindo-
13 
se os seguintes passos, Visita à propriedade,Identificação da cultura ou 
material a ser tratada, Definição da área ou volume ou peso a ser tratada, 
Identificação do agente etiológico. (CREA,2012). 
 
O principal objetivo do Receituário Agronômico é orientar o uso racional de 
agrotóxicos e o diagnóstico é pré-requisito essencial para a prescrição da 
receita. O ato de diagnosticar pressupõe a análise de sinais e sintomas do 
evento que se pretende controlar, das condições do clima e do estágio e 
condições da lavoura, (RECEITUARIO AGRONOMICO, 2012). 
 
Segundo o Art. 65 do Decreto 4.074/2002, que regulamenta a Lei de 
Agrotóxicos, a receita necessitaestar especificada para cada cultivo ou dificuldade e 
conter informações como o diagnostico, doses de aplicação e quantidades totais a serem 
adquiridas do produto, época de aplicação, intervalo de segurança, entre outras. Em 
tese, para que um profissional possa emitir um receituário agronômico, ele deve antes 
visitar a propriedade rural ou examinar amostra do material infectado. 
Em fatos de emissão dolosa de receituários agronômicos configuram crime e 
também necessitam ser delatada a Secretaria Estadual de Agricultura. A 
Secretarianecessitará apurar a denuncia e constatando a irregularidade, autuar o 
estabelecimento. 
A fiscalização acontece nas propriedades rurais para verificar se a aplicação 
está feita corretamente e de acordo com a receita. Devem constar dela a 
veracidade das informações constantes em receitas e notas fiscais, a real 
aplicação dos agrotóxicos pelos usuários e o fornecimento e condições dos 
equipamentos de proteção individual (aos) dos aplicadores. O fornecimento 
dos EPIs – Equipamentos de Proteção Individual aos funcionários também é 
cobrado das empresas prestadoras de serviços fitossanitários, além da 
utilização de equipamentos adequados para aplicações específicas. 
(RECEITUARIO AGRONOMICO,2012). 
 
 
4.5. Soluções viáveis para o uso do agrotóxico 
Segundo a ANDAV (2000) 
Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, 
sempre ao iniciar uma lavoura, logo se pensa nos cuidados necessários para 
que ela seja de boa qualidade. Sendo importante a escolha do lugar, a seleção 
das sementes, mudas, os equipamentos ou os insumos, as pessoas que vão 
trabalhar e muitos outros. É preciso plantar com consciência para colher boa 
resultados, produzir alimentos saudáveis e de forma econômica os produtos 
fitossanitários são produtos importantes para proteger as plantas do ataque de 
pragas, doenças e plantasdaninhas, mas podem ser perigosas se forem usados 
de forma errada. 
 
A ANVISA (2011) determina que: 
Antes de aderir produto deve sempre consultar um engenheiro agrônomo, 
para que possa ser feita uma análise da plantação, o tipo de ataque de pragas 
ou espécies invasoras, sempre optar por pesticidas de classe III e IV que são 
os menos nocivos ao meio ambiente e saúde humana, mesmo porque nem 
14 
sempre os de classe I e II são somente eles que resolvem porem é os que mais 
degradam o solo e transmitindo doenças. 
 
De acordo com RIBAS, MATSUMURA, (2009): 
Para que o uso de agrotóxicos ocorra deforma consciente e responsável, o 
Brasil vem trabalhando dentro de uma agenda básica de racionalização que 
engloba ações como o desenvolvimento do “Programa Nacional de 
Racionalização do Uso de Agrotóxicos”, no qual autoridades com o poder de 
arbítrio e regulamentação do uso de agrotóxicos estabelecem um protocolo de 
ações para minimização dos impactos ambientais. 
 
Ainda segundo RIBAS, MATSUMURA (2009): 
Diferentes formas de incentivo aos trabalhadores rurais, conscientes dessa 
responsabilidade poderiam ser aplicadas, tanto por parte do Governo Federal 
como dos Estados e Municípios e produtores, já que o fato de reduzir a 
aplicação dos produtos tóxicos diminuiria também à contaminação local. O 
desenvolvimento de diferentes formas de manejo integrado, bem como a 
regulamentação e comercialização de produtos biológicos são saídas para que 
essa atitude seja tomada. 
 
Assim conforme SILVA et al, 2011 “só por meio da consciência é que 
podemos começar a mudar o mundo em que vivemos, mas é necessário que nossas 
ações a partir do preceito de forma sustentável podem garantir a vida das presentes e 
futuras gerações”. 
 
5.LEGISLAÇÃO 
 
Na evolução da legislação ambiental brasileira, a PNRS é muito recente, 
instituída somente em 02 de agosto de 2010 pela Lei nº 12.305, que altera a Lei nº 
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 
 
Esta nova lei do Art. 1º institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, 
dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as 
diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, 
incluindo os perigos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e 
aos instrumentos econômicos aplicáveis (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 
2012). 
 
 Esta nova lei trouxe positividade na área social, econômica e ambiental. A 
Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, 
objetivos, instrumento, diretrizes, metas e ações com vistas à gestão integrada 
e ao gerenciamento ambiental adequado dos resíduos sólidos. Na gestão e 
gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de 
prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos 
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos 
(BARTHOLOMEU; CAIXETA-FILHO, 2011, p 23). 
 
 
15 
A PNRS delega responsabilidades entre os elos do sistema de logística reversa e 
um dos seus instrumentos é o sistema de logística reversa e outras ferramentas 
relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos. De acordo com a Lei, os fabricantes, importadores, distribuidores e 
comerciantes de agrotóxicos, seus resíduo e embalagens são forçados a implementar 
sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos depois o uso pelo 
consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo 
dos resíduos sólidos. 
A ABNT NBR 10004:2004 não é uma Norma que se objetiva a permitir ou não a 
utilização de resíduos sólidos, cabendo a ela tão somente classificá-los como perigosos 
ou não perigosos, e assim servir como uma ferramenta aos diversos setores envolvidos 
com o gerenciamento de resíduos sólidos. 
 
Resíduos classe I-Perigosos Aqueles que apresentam periculosidade, 
conforme definido em 3.2 (risco à saúde pública ou risco ao meio ambiente), 
ou uma das características de: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, 
toxicidade, patogenicidade ou constem nos anexos A ou B. 
Resíduos classe II A-Não inertes: Aqueles que não se enquadramnas 
classificações de resíduos classe I –Perigosos ou de resíduos classe II B –
Inertes. Os resíduos classe II A-Não Inertes podem ter propriedades, tais 
como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. 
Resíduos classe II B-Inertes Quaisquer resíduos que não tiverem nenhum de 
seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de 
potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. 
 
Os objetivos da PNRS mais específicos à questão das embalagens de agrotóxicos 
e a redução do volume e da periculosidade os resíduos perigosos; estímulo à 
implementação da avaliação do ciclo de vida do produto; incentivo ao desenvolvimento 
de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos 
produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o 
aproveitamento energético. É importante ressaltar seu Art. 33da Lei 12.305/2010 onde: 
 
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, 
mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma 
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos 
sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. 
I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos 
cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as 
regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou 
regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e 
do suasa, em normas técnicas; 
II- pilhas e baterias; 
III- pneus; 
IV- óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
16 
V- lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
VI- produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 
 
 
 
Com objetivo de proteger a sua colheita, o homem desenvolveu os 
agrotóxicos, estes produtos químicos eram destinados ao uso, armazenamento 
e beneficiamento dos agrotóxicos, nas pastagens, na proteção das florestas e 
outros ecossistemas urbanos, hídricos e industriais, a fim de preservá-las da 
ação danosa de seres vivos considerados nocivos, também empregados como 
substâncias e produtos desfolhantes, dessecantes,estimuladores e inibidores 
do crescimento, (CARRARO, 1997). 
 
 
Resolução nº 465, de 05 de Dezembro de 2014 - CONAMA 
dispõe sobre os requisitos e critérios técnicos mínimos necessários para o licenciamento 
ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens de agrotóxicos 
ou afins, vazias ou contendo resíduos. A deliberação Normativa COPAM nº 109, de 
maio de 2007. 
Assim o IMA (2005) estabelece que as “normas para a regularização ambiental 
de estabelecimento que comercializam produtos agrotóxicos e altera o anexo I da 
Deliberação Normativa do COPAM nº 74, de 09 de setembro de 2004”. 
Tais normas estãoprotegidas por uma vasta estrutura legal a preservação 
ambiental pautada ao uso de agrotóxicos, que deve ser acatada pela citricultura, a Lei nº 
6.938 de 31 de Agosto de 1981, dispõe sobre a política nacional do Meio Ambiente, 
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências, na mesma 
lei no art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no 
País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança 
nacional e à proteção da dignidade da vida humana. 
Portaria de n°650,do IMA disciplina o cadastro de agrotóxicos e afins 
destinados ao uso nos setores de produção agropecuária, no armazenamento e 
beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, agroindústrias e na 
proteção de florestas no Estado de MinasGerais. Portaria n° 862, baixa 
normas para o registro de estabelecimento de agrotóxico e afim, 
armazenamento, exposição, comercialização de agrotóxico e afim e 
destinação de suas embalagens vazias.(IMA, 2015). 
 
Equivalendo a Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 e seus Decretos n° 
3179/98 (Crimes Ambientais) e n° 6514/08 (Substâncias Tóxicas Perigosas ou Nocivas) 
dispõe a propósito das sanções penais e administrativas provenientes de procedimentos 
17 
e atividades nocivas ao meio ambiente e institui o processo administrativo federal para 
apuração destas infrações. 
 
 
 
VALORES PARA DOCUMETOS LICENCIATORIOS DE AGROTÓXICO 
Abreviaturas Descrição do Documento 
Data inicio da 
Vigência 
Valor do 
Documento 
AGRI 
CERTIFICADO DE CADASTRO DE PRODUTO 
AGROTÓXICO CLASSE TOXICOLÓGICA I 01/01/2011 R$ 12.433,36 
AGRII 
CERTIFICADO DE CADASTRO DE PRODUTO 
AGROTÓXICO CLASSE TOXICOLÓGICA II 01/01/2011 R$ 11.164,93 
AGRIII 
CERTIFICADO DE CADASTRO DE PRODUTO 
AGROTÓXICO CLASSE TOXICOLÓGICA III 01/01/2011 R$ 7.459,10 
AGRIV 
CERTIFICADO DE CADASTRO DE PRODUTO 
AGROTÓXICO CLASSE TOXICOLÓGICA IV 01/01/2011 R$ 6.582,36 
ALTAGR 
ALTERAÇÕES-INFORMAÇÕES DE CADASTRO 
DE PRODUTO AGROTÓXICO 01/01/2011 R$ 2.474,12 
 
Tabela 1 -FEPAM, (Fundação Estadual De Proteção Ambiental) 
Fonte - FEPAM,( 2015). 
 
Legislação Federal Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a Lei de 
Agrotóxico nº 7.802, de 12 de julho de 1989, a produção, a embalagem e 
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda 
comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos 
resíduos e embalagem, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a 
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins. Esta lei define os 
agrotóxicos como “produtos e agentes de processos físicos, químicos ou 
biológicos” (BRASIL, 1989). 
A lei de n° 9.974 de 6 de junho de 2000 
Altera a Lei n° 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a 
experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o 
armazenamento, a comercialização a propaganda comercial a utilização, a 
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o 
registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de 
agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.(IMA, 2015) 
 
Decreto nº 4.074 de 4 de janeiro de 2002 
Regulamenta a Lei n 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a 
pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o 
transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a 
utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e 
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização 
de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras 
providências.(IMA,2015). 
18 
 
 
Legislação Estadual: 
 
Lei 10.545, de 13 de dezembro de 1991 
Dispõe sobre produção, comercialização e uso de agrotóxicos e afins e dá 
outras providências. 
Decreto 41.203, de 8 de agosto de 2000 
Aprova o regulamento da Lei nº 10.545, de 13 de dezembro de 1991, que 
dispõe sobre produção, comercialização e uso de agrotóxico e afins, e dá 
outras providências.(IMA,2015). 
 
A Portaria Normativa do Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos 
Naturais Renováveis - IBAMA nº 84 de 15 de outubro de 1996. Diante disso o IBAMA 
(1996) observar que deste a fabricação, comercialização, uso e descarte dos agrotóxicos 
e afins, há uma forte legislação que estabelece critérios e parâmetros, para que essas 
substâncias, não afetem o meio ambiente ou a saúde humana. 
A nova legislação federal que fala sobre a destinação final de embalagens 
vazias de agrotóxicos ela determina as responsabilidades para o agricultor, o 
revendedor e para o fabricante. O não cumprimento destas responsabilidades 
poderá implicar em penalidades previstas na legislação específica e na lei de 
crimes ambientais, como multas e até pena de reclusão, (ANDAV, 2000). 
 
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades 
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. 
 
 
 
 INFRAÇÃO MULTA 
 
Não devolver a embalagem vazia de agrotóxico ao comerciante, 
no prazo estipulado. 
3.278,91 
Descartar sobras e resíduos de agrotóxico em desacordo com a orientação 
do fabricante ou dos órgãos de agricultura, saúde e meio ambiente. 
3.511,53 
Utilizar equipamento de proteção e de aplicação de agrotóxico 
com defeito ou sem manutenção. 
3.617,94 
Não fornecer equipamento de proteção ao trabalhador 
ou aplicador de agrotóxico. 
4.043,58 
Descartar embalagem de agrotóxico sem fazer a tríplice lavagem 
e em desacordo com a orientação do fabricante. 
19 
4.256,40 
Não respeitar o período de carência após aplicação de agrotóxico. 
4.256,40 
Aplicar agrotóxico sem receita ou em desacordo 
com ela, e não devolver o produto com validade vencida. 
4.788,45 
Armazenar agrotóxico de forma inadequada. 
5.320,50 
Comercializar produto com resíduo de agrotóxico 
ou afim acima do permitido. 
6.384,60 
Comercializar produto agrícola proveniente de área interditada em 
 razão do uso inadequado de agrotóxico ou afim. 
6.491,01 
Aplicar agrotóxico não recomendado para a cultura. 
9.576,90 
Produzir, manipular, comercializar, armazenar e utilizar, 
agrotóxico sem registro. 
10.641,00 
Vender, utilizar ou remover agrotóxico ou afim interditado. 
19.153,80 
Tabela 2 -Infrações E Multas Para Quem Não Cumpri As Leis 
Fonte - IMA,( 2013). 
 
A tríplice lavagem segue as determinações da NBR 13.968 (Norma Técnica da 
ABNT), que foi publicada em 1997,e a INPEV (2012) orienta o procedimento de 
lavagem das embalagens vazias de agrotóxicos no campo de acordo com padrõesaceitos 
e adotados mundialmente. 
Segundo MINAMI, et al, (2008) a classe I-resíduo sólido perigoso, exige 
procedimentos especiais para as etapas de manuseio edestinação adequada. Sendo que 
as embalagens lavadas ou as de tríplice lavagem ou lavagem sob pressão, são 
classificadas como classe III - resíduo sólido não perigoso, inerte. 
Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 09 de setembro de 
2004.Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial 
poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente 
passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual, 
determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de 
autorização e de licenciamento ambiental, e dá outras providências.(IMA, 
2015). 
 
 
Segundo a ABRAPA - Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, 
Multas para o transportador e o expedidor, que não cumpriremas regulamentações de 
transporte. O veículo será apreendido e a carga transbordada, acidentes de transporte 
que provocarem danos ambientais por nãoatenderem às normas vigentes serão 
20 
enquadrados na Lei de Crimes Ambientais(Art. 56 da Lei 9.605 de 13 de fevereiro de 
1998), onde está previsto multa reparação do meio ambiente atingido e até mesmo pena 
de reclusão de2 a 4 anos aos infratores. 
Conforme a ANVISA (2011), o veículo apropriado é uma caminhonete e deve 
estar em perfeitascondições de uso. As embalagens devem estarcolocadas de forma 
segura paranão se deslocar, entornar oudanificar, e cobertas por uma lonaimpermeável, 
presa na carroceria, sempre acompanhada da nota fiscal dos produtos. 
Segundo adeliberação normativa COPAM nº 74, de 9 de setembro de 2004, o 
numero de veículos para o caso de transporte de produtosperigosos listados 
no regulamento do decreto federal 96.044/88, refere-se ao numero total de 
veículos da frota. Cada conjunto “cavalo mecânico + equipamento” 
corresponde a uma unidade para fins de determinado do porte. Entende-se 
por equipamento o semirreboque (tanque, baú, carroceria aberta, etc.). (DN 
COPAM, 74). 
 
 
 
6.EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
A educação ambiental, não é um métodovemos muito nós dias de hoje, apesar de 
muito falada, não évistacomo uma disciplina, pois seu desenvolvimento acontece em 
todas as extensões eem todos os conteúdos, relacionando-os ao homem e sua vida, 
aeducação ambiental, procura solucionar problemas com caráter interdisciplinar, 
integrando acomunidade, onde o indivíduo está inserido ela não trata somente do 
ambiente, mas do comportamento das pessoas. 
A acelerada degradação do ambiente provocada pelo crescimento econômico 
assumiu, a olhos vistos, dimensões globais atingindo todo o planeta sem 
respeitar fronteiras. Nos países industrializados, como resposta à destruição 
onde ela se encontrava de forma mais acentuada e como tomada de 
consciência de que algo já havia sido perdido, movimentos de proteção 
ambiental começaram a se articular questionando o modelo de sociedade 
industrial, especialmente os empreendimentos econômicos e militares que ela 
produz, e que possuem um poder destrutivo da natureza. (RAMOS,1996). 
 
Segundo GLAZER (1999), o senso de identidade indispensável ao 
fortalecimento pessoal okpode ser estabelecido de fora para dentro ou de dentro para 
fora. 
O que vem de fora para dentro é normalmente interpretado como imposição ou 
doutrinação; o que emerge de dentro para fora, que brota de nossas experiências, é 
compreendido como expressão. 
“Cabe ao educador estimular a melhor expressão de cada um, na inter-relação 
grupal e societária. Quando o sentido de identidade coletiva emerge da compreensão de 
21 
vivências compartilhadas, cresce a força organizativa dos grupos sociais”. (PADUA, 
SÁ, 2002). 
Quando mencionamos à educação ambiental, não tratamosexclusivamente da 
natureza, como geralmente esse termo é idealizado, entretanto a um conjunto de 
relações sociais, políticas, históricas e econômicas, cujo homem é sujeito participante, 
transformador, e consequentemente receptor de suas ações. 
 Na década de 60 divulgaram o livro primavera silenciosa (Silent Spring), em um 
dos seus numerososargumentosa autora sita “apenas dentro de seu momento de tempo 
representado pelo século presente e que uma espécie – o homem -adquiriu capacidade 
significativa para alterar a natureza de seu mundo”. (CARSOM, RACHEL, 1964). 
Rachel Carson (1964) segue dizendo que “o controle da natureza” é a frase 
concebida em espírito de arrogância, quando ainda se pressupunha que a natureza 
existia para a conveniência do homem. 
A conferência das nações unidas a propósito do meio ambiente realizado em 
Estocolmo em 1972 confere uma cautela especial ao instrumento de política pública, 
com o objetivo de preparar o homem para viver em harmonia com o meio ambiente, a 
partir de então a educação ambiental passou a ser considerado praticamente em todos os 
fóruns relacionados com á temática do desenvolvimento e meio ambiente. 
A legislação federal que institui a Política Nacional de Educação Ambiental 
(Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 Art.1), entende se por educação ambiental os 
processos por qual o individuo e a coletividade constrói valores sociais, conhecimentos, 
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, 
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 
Segundo PADUA SÁ, (2002): 
A educação ambiental vem claramente conquistando reconhecimento. A 
partir da Lei nº 9.795/99, sancionada pelo Presidente da República em 27 de 
abril de 1999, passou a ser reconhecida oficialmente como uma área essencial 
e permanente em todo processo educacional do país, tanto na educação 
formal quanto na não formal, essa Lei expressa as demandas de vários 
segmentos da sociedade, já que é o resultado de quase cinco anos de debates 
e discussões, e mostra um avanço importante que consolida um entendimento 
amplo da educação ambiental retratado em seus princípios básicos. 
 
SARAIVA (2008) discorre que: 
A educação ambiental tenta resgatar valores, a união homem e natureza 
mostrando caminhos alternados para a sustentabilidade, conscientizando que 
suas ações podem melhorar como destruir o meio em que vivemos, 
prejudicando não só ele como todos que coabitam o planeta, a meta da 
educação ambiental e desenvolver uma população mundial consciente que se 
preocupa com o meio ambiente, que possa atuar individual e coletivamente 
22 
em busca de soluções viáveis para os problemas atuais e para a prevenção de 
problemas futuros. 
 
Constituindo um processo informativo e formativo, tendo por objetivo a 
melhoria de sua qualidade de vida e a de todos os membros da comunidade na qual 
estão inseridos. “O ser humano deve compreender que suas ações podem mudar 
drasticamente o meio no qual vive, prejudicando não somente a si próprio como os 
outros milhões de seres que coabitam no planeta”. (SILVA et al2011). 
De acordo com SARAIVA (2008) a carta BELGRADO, 1975, contém metas, 
objetivos e diretrizes para estruturar um programa de educação ambiental em diferentes 
níveis nacional, regional ou local. 
Destarte como a agenda 21, apresentamos o “Rio+20, como é conhecida a 
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, e que aconteceu 
no Rio de Janeiro, Brasil, em junho de 2012, vinte anos depoisdo marco que representou 
a Cúpula da Terra. 
O Rio+20 representa também uma chance de contemplarmos o futuro, para que 
o mundo que almejamos ter daqui a 20 anos. A agenda 21 em seu capitulo 19, fala sobre 
o “Manejo Ecologicamente Saudável das Substâncias Químicas Tóxicas”, incluindo a 
Prevenção do Trafico Internacional Ilegal dos Produtos Tóxicos e Perigosos. 
Os objetivos da educação ambiental, de acordo com a Carta de Belgrado, são os 
seguintes: 
1. Conscientização: contribuir para que indivíduos e 
grupos adquiram consciência e sensibilidade em relação ao 
meio ambiente como um todo e quanto aos problemas 
relacionados com ele. 
2. Conhecimento: propiciar uma compreensão básica 
sobre o meio ambiente, principalmente quanto às 
influências do ser humano e de suas atividades. 
3. Atitudes: propiciar a aquisição de valores e motivação 
para induzir uma participação ativa na proteção ao meio 
ambiente e na resolução dos problemas ambientais. 
4. Habilidades: proporcionar condições para que os 
indivíduos e grupos sociais adquiram as habilidades 
necessárias a essa participação ativa. 
5. Capacidade de avaliação: estimular a avaliação das 
providências efetivamente tomadas em relação ao meio 
ambiente e aos programas de educaçãoambiental. 
6. Participação: contribuir para que os indivíduos e 
grupos desenvolvam o senso de responsabilidade e de 
urgência com relação às questões 
ambientais.(BARBIERI,SILVA) 
 
O autor aponta ainda a falta de proposições concretas e uma visão pouco 
realística foram às críticas mais frequentes à Carta de Belgrado. Apesar disso, ela é um 
23 
dos documentos mais importantes sobre EA em termos de conceitos, princípios e 
diretrizes associadas ao desenvolvimento sustentável. 
 Muitos de seus termos foram ratificados pela Conferência Intergovernamental 
sobre EA de Tbilisi, na Geórgia, de 1977, na qual foram enunciadas 41 recomendações 
sobre EA. A Recomendação nº 8 especifica três setores da população aos quais a EA 
deve ser endereçada, a saber: 
 A educação do público em geral; 
 A educação de grupos profissionais ou sociais específicos, cujas 
atividades e influência tenham repercussões sobre o meio ambiente, 
como engenheiros, administradores, arquitetos, projetistas industriais, 
formuladores de políticas e agricultores; A formação de determinados grupos de profissionais e cientistas que se 
ocupam de problemas ambientais específicos, por exemplo, biólogos, 
geólogos, toxicólogos, agrônomos, sanitaristas, meteorologistas etc. 
Não se trata apenas de estudar, ou mesmo entender o processo de degradação, 
pelo qual o planeta Terra vem passando, além destes é necessário que 
entendamos a educação ambiental, como educação política, que envolve 
escolhas, decisões e opções, que não tomamos sozinhos, já que vivemos em 
sociedade. No nosso caso, a sociedade da informação, portanto, fazer uma 
educação para o meio ambiente implica envolver todas as áreas do 
conhecimento em prol de um conhecimento comum: o de que somos parte, e 
como tal dependemos do todo.(OLIVEIRA, MEDEIROS, 2010). 
 
6.1. História da educação ambiental 
“O modelo de produção baseado no usointensivo de energia fóssil, na 
superexploração dos recursos naturais e no uso do ar,água e solo como depósito de 
dejetos, é apontado como a principal causa dadegradação ambiental atual”. (Espinosa, 
1993). 
“Os problemas ambientais não existem somente após a Revolução Industrial. 
Porém osimpactos da ação dos seres humanos se ampliaram com odesenvolvimento 
tecnológico e com o aumento da população gerados por essa Revolução”. 
(MARCATTO, 2002). 
O livropublicado em 1962, “Primavera Silenciosa” (“Silent Spring”), de Raquel 
Carson, apontou os primeiros sintomas ao meio ambiente, foi à primeira critica 
mundialmente conhecida sobre os efeitos drásticos ao meio ambiente, da utilização 
devastadora dos defensivos agrícolas,e do despejo de dejetos industriais, em 1972, foi 
24 
realizado em Estocolmo Suécia a Conferência das Nações Unidas sobre o meio 
ambiente onde foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. 
As discussões em relação à natureza da Educação Ambiental passaram a ser 
desencadeadase os acordos foram reunidos nos Princípios de Educação Ambiental, 
estabelecidos noseminário realizado em Tammi. (Comissão Nacional Finlandesa para a 
UNESCO, 1974). 
Esseseminário considerou que a Educação Ambiental permite alcançar os 
objetivos de proteçãoambiental e que não se trata de um ramo da ciência ou 
uma matéria de estudos separada, masde uma educação integral permanente, 
em 1975, a UNESCO, em colaboração com o Programa das Nações Unidas 
para o Meioambiente (PNUMA), em resposta à recomendação 96 da 
Conferência de Estocolmo, cria oPrograma Internacional de Educação 
Ambiental (PIEA), destinado a promover, nos paísesmembros,a reflexão, a 
ação e a cooperação internacional nesse campo. Sem dúvida, aConferência de 
Estocolmo configurou-se mais como um ponto centralizador para identificar 
osproblemas ambientais do que como um começo da ação para resolvê-los. 
(MEDINA, 2008). 
 
EM 1975 - Seminário de Belgradona Sérvia com aCriação do PNUMA e PIEA e 
aCarta de Belgrado constitui um dos documentos mais importantes gerados na então 
década. Falava sobreo desejo de todos os cidadãos da Terra, sugeria temas sobre as 
necessidades básicas da pobreza como a fome, o analfabetismo, a poluição, a 
exploração e dominação, eram tratadas de forma sistêmica, nenhuma nação deve se 
desenvolver a custa de outra nação, havendo necessidade de uma ética global, o jovem 
deve receber um novo tipo de educação na união entre estudantes e professores, entre 
escolas e sociedade, finalizam com a proposta para um programa mundial de Educação 
Ambiental. 
Dois anos mais tarde celebrou-se em Tbilisi, URSS, a Conferência 
Intergovernamental sobre Educação Ambiental, que constitui, até hoje, o 
ponto culminante do Programa Internacional de Educação Ambiental. Nessa 
conferência foram definidos os objetivos e as estratégias pertinentes em nível 
nacional e internacional. Postulou-se que a Educação Ambiental é um 
elemento essencial para uma educação global orientada para a resolução dos 
problemas por meio da participação ativa dos educados na educação formal e 
não formal, em favor do bem estar da comunidade humana, (MEDINA, 
2008). 
 
Medina segue dizendo que no Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, 
definida por meio da Lei nº 6.983/81, situa a Educação Ambiental como um dos 
princípios que garantem “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental 
propícia à vida, visando assegurar no país condições ao desenvolvimento 
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida 
humana”. Estabelece, ainda, que a Educação Ambiental deve ser oferecida em todos os 
25 
níveis de ensino e em programas específicos direcionados para a comunidade. Visa, 
assim, à preparação de todo cidadão para uma participação na defesa do meio ambiente. 
No Decreto n. º 88.351/83, que regulamenta a Lei n. º 
226/87, do conselheiro Arnaldo Niskier, que determina a 
necessidade da inclusão da Educação Ambiental nos 
currículos escolares de 1º e 2º graus. Esse parecer 
recomenda a incorporação de temas ambientais da realidade 
local compatíveis com o desenvolvimento social e 
cognitivo da clientela e a integração escola-comunidade 
como estratégia de aprendizagem. (MEDINA, 2008). 
 
EM 1987- Congresso Internacional na Rússia realiza-se o 
CongressoInternacional sobre a Educação e Formação Relativasao Mio Ambiente, em 
Moscou, na Rússia, promovido pela UNESCO. No documento final, estratégia 
internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decêniode 
90, ressalta-se a indigência de atender prioritariamente à formação de recursos 
humanosnas áreas formais e não formais da Educação Ambiental e na inclusão da 
dimensão ambientalnos currículos de todos os níveis de ensino. 
Realizada no Rio de Janeiro em 1992 a Conferência do Rio de Janeiro reuniu 
delegações de 178 países e trouxe para a cidade 114 Chefes de Estado ou de Governo, a 
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida 
de maneira geral como Rio-92 ou Eco-92,vinte anos apósaConferência de Estocolmo 
teve como objetivo a elaboação de medidas para diminuir a degradação ambiental, 
introduzir a ideia da sustentabilidade, preservar para hoje e as futuras grações. 
A Eco-92 foi um evento bipartido: enquanto no Riocentro ocorreu a Cúpula da 
Terra, e a reunião das delegações oficiais dos países participantes onde as decisões 
diplomáticas e os acordos internacionais foram constituídos, no Aterro do Flamengo 
aconteceu o Fórum Global, envolvendo as ONGs e movimentos sociais, com a 
participação de diversos interessados em debater esta temática. 
A Cúpula da Terra se sobrepôs ao Fórum ao criar a falsa impressão de um 
diálogo ativo entre ambas em torno do desenvolvimento sustentável, quando na verdade 
apenas a primeira possuiu caráter deliberativo. Ideologicamente, o Fórum Global foi 
tratado como um evento festivo onde ocorreu a celebração definitiva do 
desenvolvimento. 
O autor segue dizendo O Fórum Global, com suas lutas e inquietações, se 
proliferaram em inúmeros outros fóruns. Um grande passo foi dado neste sentido na 
Rio-92. Um novo passo pode ser dado na Rio + 20.(OLIVEIRA, RIO-92) 
26 
A Agenda 21, documento aprovado durante a Conferência do Rio de Janeiro, é 
um programa de ação abrangente para guiar a humanidade em direção a um 
desenvolvimento que seja ao mesmo tempo socialmente justo e ambientalmente 
sustentável. Ela é constituída por 40 capítulos, dedicados: 
 Às diversas questões sociais e ambientais de caráter planetário 
(erradicação da pobreza, proteção da atmosfera, conservação da 
biodiversidade etc.); 
 Ao fortalecimento dos principais grupos de parceiros para 
implantar as ações recomendadas (ONGs, governos locais, 
comunidade científica e tecnológica, sindicatos, indústria e 
comércio etc.); 
 Aos meios de implementação, como mecanismos financeiros, 
desenvolvimento científico e tecnológico, cooperação 
internacional e a promoção do ensino. 
De acordo com a AGENDA 21, CAP.36-PAG-433:As autoridades educacionais, com a colaboração apropriada das organizações 
não governamentais, inclusive as organizações de mulheres e de populações 
indígenas, devem promover todo tipo de programas de educação de adultos 
para incentivar a educação permanente sobre meio ambiente e 
desenvolvimento, utilizando como base de operações, as escolas primárias e 
secundárias e centrando-se nos problemas locais. Estas autoridades e a 
indústria devem estimular as escolas de comércio, indústria e agricultura para 
que incluam temas dessa natureza em, seus currículos. O setor empresarial 
pode incluir o desenvolvimento sustentável em seus programas de ensino e 
treinamento. Os programas de pós-graduação devem incluir cursos 
especialmente concebidos para treinar os responsáveis por decisões. 
 
Durante o RIO-92, houve uma proposta de uma carta da terra discutida 
mundialmentepor Organizações Não Governamentais e Governos, 1995 encontro de 60 
representantes de diversas áreas em Haia, na Holanda. 
Foi criada a Comissão da Carta da Terra para organizar uma consulta 
mundial durante 2 anos, resultado “Princípios de Conservação Ambiental e 
Desenvolvimento Sustentado em 1997, Sob a coordenação de Maurice 
Strong (ONU) e Mikhail Gorbachev (Cruz Verde Internacional) foi redigido 
o 1º esboço da Carta da Terra, 1998 a 1999 Amplo debate e discussão em 
todos continentes e em todos os níveis, de escolas primárias a ministérios), 46 
países e mais de 100.000 pessoas envolvidas, ( CARTA DA TERRA, 1998). 
 
Ainda a Carta da Terra (1998): 
 
“A Carta da Terra parte de uma visão integradora e holística. Considera a 
pobreza, a degradaçãoambiental, a injustiça social, os conflitos étnicos, a paz, 
a democracia, a ética e a crise espiritual comoproblemas interdependentes 
que demandam soluções includentes. Ela representa um grito de urgência 
faceàs ameaças que pesam, sobre a biosfera e o projetoplanetário humano. 
27 
Significa também um libelo emfavor da esperança de um futuro comum da 
Terra eHumanidade.” (CARTA DA TERRA, 1998) 
 
Foi dentro desse gráfico de mudanças que se realizou, em 1997, a Conferência 
Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade, em Tessalônica, Grécia. Essa 
conferência marcou uma mudança profunda na trajetória da EA, no âmbito da 
UNESCO, nem sempre bem-vista por praticantes da EA. No mesmo ano em Kyoto, no 
Japão, foiassinado o Protocolo de Kyoto, um novo componente da Convenção, que 
contém, pela primeira vez, um acordo vinculante que compromete os países do Norte a 
reduzir suas emissões de gás na atmosfera. 
Tais gases tratam-se, por conseguinte, a sua ascendência, de um fenômeno 
natural, que não estar sujeito daação do homem. No entanto, o homem, em benefício do 
desenvolvimento das suasatividades industriais e econômicas, emite também gases do 
efeito estufa (GEE),sobretudo o dióxido de carbono (CO2), aumentando a sua 
concentração naatmosfera e ocasionando um processo de intensificação do efeito estufa. 
A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), em seu Artigo 1º, define a 
educação ambiental refletindo preocupações sociopolíticas da sociedade em lidar com o 
meio ambiente, quando afirma: “Entendem-se por educação ambiental os processos por 
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, 
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, 
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. 
E complementa no Artigo 2º: 
“A educação ambiental é um componente essencial e permanente da 
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os 
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”. 
(PADUA, SÁ 2002). 
 
O Art. 9° entende-se por educação ambiental na educação escolar, o 
desenvolvimento no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privada, 
englobando: 
 Educação básica: educação infantil; ensino fundamental e ensino 
médio; 
 Educação superior; 
 Educação especial; 
 Educação profissional; 
 Educação de jovens e adultos. 
28 
Art. 13. Entende-se por educação ambiental não formal as ações e práticas 
educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua 
organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. 
 
O alarmante de todos os assaltos contra o meio ambiente efetuado pelo 
homem, e representado pela contaminação do ar da terra dos rios e dos 
mares, por via de materiais perigosos e ate letais, esta poluição e sua maior 
parte irremediável a cadeia de males que ela inicia não apenas no mundo que 
deve sustentar a vida, mas também nos tecidos viventes, nesta contaminação 
agora universal as substancias químicas, ou seja, os agrotóxicos são os 
parceiros sinistros e pouco reconhecidos (RACHEL CARSOM, 1964). 
 
 
7. CARACTERIZAÇÃO DO INPEV 
Em 2001 foi fundado o INPEV, presidido pelo engenheiro agrônomo João 
Cesar Rando, instalado em 14 de dezembro, começando a funcionar em 
março de 2002, em conformidade com a lei que atribuiu aos usuários de 
defensivos agrícolas a responsabilidade de devolver as embalagens vazias de 
defensivos agrícolas aos comerciantes e estes a destinação correta para que 
ocorra a logística reversa, em 2009 lançaram a ecoplástica triex, embalagem 
reciclada desenvolvida a partir de um processo pioneiro, a embalagem 
materializada a autossuficiência econômica do sistema, que contabiliza em 
um total, de 136 mil toneladas de embalagens vazias retiradas do campo, a 
partir de 412 unidades de recebimento em todo Brasil. (INPEV, 2012). 
 
Após a criação da lei 9.974/00 que regulamenta o recolhimento e destinação 
final das embalagens de defensivos agrícolas, a lei distribui responsabilidades a todos, 
como fabricantes, comerciantes, indústrias e agricultores, tornando assim obrigatória a 
devolução das embalagens de forma apropriada. 
O INPEV- Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias surgiu 
de uma iniciativa da indústria, para atender a legislação vigente, pode-se afirmar que é 
uma entidade sem fins lucrativos criados para gerir a destinação final de embalagens 
vazias de agrotóxicos, e uma forma de atender o mercado ambientalmente e 
economicamente. 
As centrais de recebimentos são unidades ambientalmente licenciadas, com 
no mínimo 80 m² de área construída, administrados por associações de 
distribuidores e cooperativas agrícolas e em muitos casos em parceria com o 
INPEV- Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, essas 
centrais recebem as embalagens, classificam entre lavadas e não lavadas, e 
não laváveis (contaminadas), separam por tipo de material e emitem um 
comprovante de entrega para os agricultores. (INPEV, 2012). 
 
O INPEV tem como anexas mais de 100 empresas produtoras de defensivos 
agrícolas do Brasil e dez institutos representativos do setor. Os produtores são sócios 
colaboradores, têm direito a voto, participação em cargos eletivos e nas Assembleias 
29 
Gerais. As entidades de classe são sócios colaboradores, ou seja, não pagam 
contribuição ao instituto, mas participam das Assembleias Gerais sem direito a voto. 
 
 
Figura 5 - INPEV 
Fonte: INPEV, 2015 
 
Em 2012 a INPEV completou 10 anos de atuação no mercado, contabilizando 
mais de 37 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas entre 
janeiro e dezembro, com um aumento de 9% se comparado com o ano anterior, o Brasil 
e recordista de devolução de embalagens vazias de agrotóxico. 
Do total de recursos aplicados pelo Instituto, cerca de 80% têm origem nas 
contribuições das empresas associadas. O restante são recursos gerados pelo 
próprio Sistema. Uma parcela expressiva dessa receita decorre do fechamento 
do ciclo de vida das embalagens de defensivos agrícolas dentro da própria 
cadeia: a partir da resina reciclada das embalagens pós-consumo, são 
fabricadas

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