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RESUMO Direito Civil - Contratos

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DIREITO CIVIL - CONTRATOS
UNIDADE 1 – SEÇÃO 1
INTRODUÇÃO AOS CONTRATOS E CLASSIFICAÇÃO
Conceito: o contrato é um ato jurídico bilateral, dependente de pelo menos duas declarações de vontade, cujo objetivo é a criação, a alteração ou até mesmo a extinção de direitos e deveres. Os contratos são, em suma, todos os tipos de convenções ou estipulações que possam ser criadas pelo acordo de vontades e por outros fatores acessórios.
Quanto aos direitos e deveres das partes envolvidas: 
a) Contrato unilateral - é aquele em que apenas um dos contratantes assume deveres em face do outro. É o que ocorre na doação pura e simples: há duas vontades (a do doador e a do donatário), mas do concurso de vontades surgem deveres apenas para o doador; o donatário apenas auferirá vantagens. 
b) Contrato bilateral - os contratantes são simultânea e reciprocamente credores e devedores uns dos outros, produzindo o negócio direitos e deveres para ambos os envolvidos, de forma proporcional. O contrato bilateral é também denominado contrato sinalagmático, pela presença do sinalagma, que é a proporcionalidade das prestações, eis que as partes têm direitos e deveres entre si (relação obrigacional complexa).
c) Contrato plurilateral - envolve várias pessoas, trazendo direitos e deveres para todos os envolvidos, na mesma proporção. Exemplos: seguro de vida em grupo e o consórcio.
Quanto ao sacrifício patrimonial das partes:
a) Contrato oneroso - aquele que traz vantagem para ambos os contratantes, pois estes sofrem o mencionado sacrifício patrimonial (ideia de proveito alcançado). Ambas as partes assumem deveres obrigacionais, havendo um direito subjetivo de exigi-lo. Há uma prestação e uma contraprestação. Exemplo: compra e venda. 
b) Contrato gratuito ou benéfico - aquele que onera somente uma das partes, proporcionando à outra uma vantagem sem qualquer contraprestação. Deve ser observada a norma do art. 114 do CC, que enuncia a interpretação restritiva dos negócios benéficos. Exemplo: doação pura ou simples
Quanto ao momento do aperfeiçoamento do contrato:
a) Contrato consensual - aquele que tem aperfeiçoamento pela simples manifestação de vontade das partes envolvidas. Exemplos: compra e venda, doação, locação, mandato, entre outros. 
b) Contrato real - apenas se aperfeiçoa com a entrega da coisa (traditio rei), de um contratante para o outro. Exemplos: comodato, mútuo, contrato estimatório e depósito. 
Quanto aos riscos que envolvem a prestação:
a) Contrato comutativo - aquele em que as partes já sabem quais são as prestações, ou seja, essas são conhecidas ou pré-estimadas. 
b) Contrato aleatório - a prestação de uma das partes não é conhecida com exatidão no momento da celebração do negócio jurídico pelo fato de depender da sorte, da álea, que é um fator desconhecido.
Quanto à previsão legal:
a) Contrato típico - aquele com uma previsão legal mínima, ou seja, com um estatuto legal suficiente. 
b) Contrato atípico - não há uma previsão legal mínima, como ocorre com o contrato de garagem ou estacionamento.
Quanto à negociação do conteúdo pelas partes:
Contrato de adesão x contrato de consumo
a) Contrato de adesão - aquele em que uma parte, o estipulante, impõe o conteúdo negocial, restando à outra parte, o aderente, duas opções: aceitar ou não o conteúdo desse negócio.
b) Contrato paritário ou negociado - aquele em que o conteúdo é plenamente discutido entre as partes, o que constitui raridade no atual momento contratual.
Quanto à presença de formalidades ou solenidades:
a) Contrato formal - aquele que exige qualquer formalidade, caso da forma escrita. Exemplo: o contrato de fiança deve ser celebrado por escrito (art. 819 do CC).
 b) Contrato informal - não exige qualquer formalidade, constituindo regra geral pelo sistema civil brasileiro, pelo que consta do art. 107 do CC, que consagra o princípio da liberdade das formas. Exemplo: prestação de serviço. 
c) Contrato solene - aquele que exige solenidade pública. 
Quanto à independência contratual:
a) Contrato principal ou independente - existe por si só, não havendo qualquer relação de dependência em relação ao outro pacto. 
b) Contrato acessório - aquele cuja validade depende de um outro negócio, o contrato principal.
Quanto à independência contratual:
 a) Contrato principal ou independente - existe por si só, não havendo qualquer relação de dependência em relação ao outro pacto.
b) Contrato acessório - aquele cuja validade depende de um outro negócio, o contrato principal.
Quanto à pessoalidade:
a) Contratos pessoal, personalíssimos ou intuitu personae - aqueles em que a pessoa do contratante é elemento determinante de sua conclusão. 
b) Contrato impessoal - aquele em que a pessoa do contratante não é juridicamente relevante para a conclusão do negócio.
Quanto à definitividade do negócio:
a) Contrato preliminar ou pré-contrato (pactum de contrahendo) - negócio que tende à celebração de outro no futuro. Exemplo: compromisso de compra e venda de imóvel. 
 b) Contrato definitivo - não têm qualquer dependência futura, no aspecto temporal.
UNIDADE 1 - SEÇÃO 2
PRINCÍPIOS CONTRATUAIS NO CÓDIGO CIVIL DE 2002:
Os princípios são regramentos básicos aplicáveis a um determinado instituto jurídico, no caso em questão, aos contratos. Os princípios são abstraídos das normas, dos costumes, da doutrina, da jurisprudência e de aspectos políticos, econômicos e sociais.
PRINCÍPIOS: 
Princípio da autonomia privada: a liberdade de contratar está relacionada com a escolha da pessoa ou das pessoas com quem o negócio será celebrado, sendo uma liberdade plena, em regra.
Princípio da função social dos contratos: um princípio de ordem pública - art. 2.035, parágrafo único, do Código Civil -, pelo qual o contrato deve ser, necessariamente, interpretado e visualizado de acordo com o contexto da sociedade.
Princípio da força obrigatória do contrato (pacta sunt servanda): a força obrigatória dos contratos preconiza que tem força de lei o estipulado pelas partes na avença, constrangendo os contratantes ao cumprimento do conteúdo completo do negócio jurídico.
Princípio da boa-fé objetiva: conceituada como sendo exigência de conduta leal dos contratantes, está relacionada com os deveres anexos ou laterais de conduta, que são ínsitos a qualquer negócio jurídico, não havendo sequer a necessidade de previsão no instrumento negocial.
Princípio da relatividade dos efeitos contratuais: O contrato, como típico instituto de direito pessoal, gera efeitos inter partes, em regra, máxima que representa muito bem o princípio em questão. Contrapõe-se tal regramento, inerente ao direito obrigacional, à eficácia erga omnes dos direitos reais, regidos pelo princípio da publicidade.
O contrato nasce da conjunção de duas ou mais vontades coincidentes, sem prejuízo de outros elementos, o que consubstancia aquilo que se denomina autonomia privada. Sem o mútuo consenso, sem a alteridade, não há contrato. Desse modo, reunindo o que há de melhor na doutrina, é possível identificar quatro fases na formação do contrato civil:
 • Fase de negociações preliminares ou de puntuação.
 • Fase de proposta, policitação ou oblação. 
• Fase de contrato preliminar. 
• Fase de contrato definitivo ou de conclusão do contrato
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