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48 Unidade IV GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 Unidade IV 7 O que é sOftware livre Vamos conhecer agora um breve histórico. Um computador é uma máquina que executa operações. Um conjunto de operações forma um programa para o computador. O programa de computador é chamado software. Geralmente, o software é desenvolvido por programadores que utilizam linguagens de programação para construí-lo. Os primeiros computadores eram muito caros, e existiam poucos. Antigamente, nos anos de 1960 e 1970, os programadores compartilhavam seus códigos-fontes uns com os outros, e assim todos podiam modificar o programa, sendo possível partilhar as melhorias, as mudanças. Quando o computador passou a ser comum – viável como produto –, as coisas começaram a mudar. As empresas, os desenvolvedores e os programadores adotaram a estratégia comercial de não divulgação dos códigos-fontes dos softwares. Eles passaram a cobrar pelo software e a impedir o compartilhamento e o acesso ao código-fonte. Isso ficou tão comum que os desenvolvedores que queriam seguir trocando o software e deixá-lo livremente utilizável não conseguiram mais fazer isso, porque outros – da vertente mais comercial – roubavam o código-fonte, atribuíam um direito autoral a ele e passavam a cobrar pelo uso. A forma usual de um software ser distribuído livremente é ser acompanhado por uma licença de software livre (como a GPL ou a BSD) e com a disponibilização do seu código-fonte. Fonte: Campos (2006). Software livre, ou free software, conforme a definição criada pela Free Software Foundation (2013), é aquele que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem restrições. lembrete Os obstáculos tecnológicos, culturais, organizacionais e estruturais para o pleno desenvolvimento do comércio eletrônico devem ser analisados para se entenderem mais claramente seus possíveis efeitos no ambiente de negócios. 49 GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 SiStemaS para internet e Software Livre 7.1 Diferença entre software livre e software em domínio público O software livre, quando utilizado em combinação com licenças típicas (como as licenças GPL e BSD), garante os direitos autorais do programador/organização. Um software cai em domínio público quando o autor do software renuncia à propriedade do programa (e a todos os direitos associados), tornando-o um bem comum. Em 1984, um dos programadores de uma universidade americana, a Massachusetts Institute of Technology (MIT), Richard Stallman, inconformado com a comercialização do conhecimento, fundou o Projeto GNU (GNU is Not Unix), visando criar uma plataforma de software totalmente livre; estabeleceu um instrumento de lei para quem quisesse garantir a liberdade do seu software. Esse instrumento é chamado Licença GNU/GPL (General Public License – Licença Pública Geral). Um software com esse tipo de licença é livre e tem como característica a garantia das seguintes quatro liberdades: • liberdade n˚ 0: utilizar o programa para qualquer propósito; • liberdade n˚ 1: estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades; o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para essa liberdade; • liberdade n˚ 2: redistribuir cópias, de modo que você possa ajudar o seu próximo; • liberdade n˚ 3: aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie; novamente, o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para essa liberdade. O termo software livre refere-se à liberdade que o usuário tem de executar, distribuir, modificar e repassar as alterações, sem que, para isso, tenha de pedir permissão ao autor do programa. Imagine que um programa para computador, um software, seja um bolo. Também para fazer um software, você precisa de uma receita, ou seja, de um conjunto de instruções. Se não possuir a receita, a única coisa que poderá fazer é comprar o bolo pronto e, assim, ser dependente de quem o produz. Essa dependência é uma limitação da liberdade de você mesmo produzir o bolo, de modo que não é possível, por exemplo, alterar a receita colocando algo a mais de que você goste, depois compartilhá-la com os amigos e ainda saber o que tem no bolo. Se você tiver a receita, será possível compartilhar com os amigos, e talvez alguém faça alguma mudança interessante, criando um novo bolo. Usar software livre é como passar – além do bolo, como produto final – as receitas. Certamente, assim como nem todos gostam de cozinhar, nem todos vão desenvolver programas para computadores. Mesmo assim, quem não quiser cozinhar poderá usufruir do trabalho de, provavelmente, muitos cozinheiros. Quem sabe haja um na sua comunidade. Agora vamos imaginar o Ponto de Presença como a cozinha de um restaurante. Além dos cozinheiros, que são os desenvolvedores, temos ainda o ajudante de cozinheiro, o que, num telecentro, poderia 50 Unidade IV GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 ser um técnico. Sendo ele um ajudante de cozinheiro e tendo o acesso às receitas, terá muito mais facilidade em ajudar. A mesma coisa acontece com o software livre. Normalmente, os softwares livres, além de disponibilizar o código-fonte (as receitas), agregam pessoas em comunidades de apoio que criam documentação e oferecem apoio na internet. É um sistema de suporte de ajuda horizontal e solidária, gerando redes de conhecimento e compartilhamento de informação. Um programa será software livre se os usuários tiverem todas essas liberdades. Portanto, você deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um, em qualquer lugar. Ser livre para realizar essas ações significa (entre outras coisas) que você não tem de pedir permissão nem pagar por ela, uma vez que esteja de posse do programa. Você deve, também, ter a liberdade de fazer modificações e usá-las privativamente em seu trabalho ou lazer, sem nem mesmo mencionar que elas existem. Se você publicar as modificações, não deverá ser obrigado a avisar a ninguém em particular, de nenhum modo em especial. A liberdade de utilizar um programa significa que qualquer tipo de pessoa física ou jurídica pode utilizar o software em qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade em especial. A liberdade de redistribuir cópias deve incluir formas binárias ou executáveis do programa, assim como o código-fonte, tanto para as versões originais quanto para as modificadas. Para que a liberdade de fazer modificações e de publicar versões aperfeiçoadas tenha algum significado, deve-se ter acesso ao código-fonte do programa. Para que essas liberdades sejam reais, elas têm de ser irrevogáveis, desde que você não faça nada errado; caso o desenvolvedor do software tenha o poder de revogar a licença, mesmo que você não tenha dado motivo, o software não é livre. lembrete Acesso ao código-fonte é uma condição necessária ao software livre. Com relação as atividades do processo de software, pode-se dizer que a maioria dos projetos tem requisitos fundamentalmente definidos pelos seus autores e que a base de usuários de grande parte dos softwares é composta dos seus desenvolvedores e da comunidade de software livre. Uma parcela significativa dos projetos baseia-se em outros softwares preexistentes e em padrões publicados previamente. Pouca ênfase é dada à usabilidade e às atividades de garantia de qualidade convencionais. Surpreendentemente, também recebem pouca atenção as atividades de revisão de código e teste sistemático. 51 GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 SiStemaS para internet e Software Livre ObservaçãoDentre as ferramentas que os projetos de software livre utilizam, destacam-se as listas de discussão e os sistemas de controle de versão. 7.1.1 O que é copyleft? Copyleft é uma extensão das quatro liberdades básicas e ocorre na forma de uma obrigação. Segundo o site da Free Software Foundation, o copyleft diz que qualquer um que distribua o software, com ou sem modificações, tem de passar adiante a liberdade de copiar e modificar novamente o programa. O copyleft garante que todos os usuários tenham liberdade. Em outras palavras, se você tiver recebido um software com uma licença livre que inclua cláusulas de copyleft e se optar por redistribuí-lo (modificado ou não), terá de mantê-lo com a mesma licença com a qual o recebeu. Nem todas as licenças de software livre incluem copyleft. A licença GNU/GPL (adotada pelo kernel Linux) é o maior exemplo de uma licença copyleft. Outras licenças livres, como a BSD ou a ASL (Apache Software License), não incluem copyleft. O símbolo do copyleft é . Essa palavra é um trocadilho com copyright, e sua tradução aproximada seria “deixamos copiar”, ou “cópia permitida”. A utilização do software livre para a inclusão digital tem grande importância, pois: • estimula naturalmente a difusão do conhecimento, permitindo que mais pessoas tenham acesso às oportunidades abertas pelas novas tecnologias; • cria uma rede de compartilhamento de usuários de softwares livres; • estimula o desenvolvimento da tecnologia nacional, porque os desenvolvedores brasileiros podem criar soluções totalmente adaptadas à realidade do país, a partir dos programas desenvolvidos pela comunidade mundial de programadores; • auxilia na estabilização da economia, pois não é mais necessário o envio de dinheiro ao exterior a título de compra de serviços de software proprietário; • incentiva o desenvolvimento de tecnologia local; • permite interagir e compartilhar soluções com sua comunidade, seja ela física ou virtual; • o usuário não permanece dependente de novas versões/inovações de softwares proprietários com preços abusivos e que, eventualmente, apresentam incompatibilidades com versões antigas. 52 Unidade IV GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 7.2 Diferença entre software livre e software gratuito saiba mais Leia o artigo: AVELAR, A. S. R.; FABRIS, A. R. Software livre na administração pública. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/ueadsl/ article/viewFile/2800/2756>. Acesso em: 10 jul. 2013. Agora leia o texto que segue: O Linux, como é do conhecimento de todos os adeptos da computação, vem se tornando um sistema operacional cada vez mais presente em nossas vidas, mesmo indiretamente. Uma das razões para isso é que, além de sua qualidade, ele é um sistema que proporciona baixo custo em implementações pelo simples motivo de ser gratuito. Assim como o próprio sistema, uma variedade enorme de softwares encontra-se disponível sem ser necessário pagar nada por eles. É aí que entra em cena uma contradição da qual muitos não se dão conta: “vamos instalar tais programas em nossos computadores, porque eles são livres, não iremos gastar praticamente nada”. Não seria mais adequado dizer: “vamos instalar tais programas porque eles são gratuitos”? Sim, com certeza seria, pois software livre e software gratuito não são a mesma coisa. Software livre é um conceito de extrema importância no mundo da computação. De forma básica, quando um software é livre, significa que seu código-fonte está disponível para qualquer um e você pode alterá-lo para adequá-lo às suas necessidades, sem ter de pagar. Portanto, software livre é, de fato, gratuito, mas usar esse termo somente para designar softwares sem custo é um erro grosseiro. O software gratuito (freeware), por si só, é um software que você usa sem precisar pagar. Você não tem acesso ao seu código-fonte, portanto não pode alterá-lo ou simplesmente estudá-lo, somente pode usá-lo, da forma como ele foi disponibilizado. Isso deixa clara a diferença entre um software livre e um software simplesmente gratuito. O software livre possui tanta importância que, se não fosse assim, o Linux não existiria, ou ficaria restrito aos muros de uma universidade. Linus Torvalds, o “pai do Linux”, quando criou o sistema, não quis guardá-lo para si só. Quis montar um sistema que atendesse às suas necessidades, mas que também pudesse ser útil para mais alguém. Fez isso sem saber que estava acabando de “fundar” [...] a comunidade Linux. Essa comunidade [conta com] um [grande] número [...] de programadores e colaboradores no mundo todo que trabalham com um único objetivo: ter um sistema operacional robusto, [confiável], dinâmico e que, principalmente, esteja ao alcance de todos. A ideia é muito 53 GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 SiStemaS para internet e Software Livre simples: para ser um sistema ao alcance de todos, todos podem colaborar, mostrar suas ideias e participar [...]. Não é à toa que o Linux, a cada dia, vem conquistando novos usuários domésticos e cada vez mais atraindo empresas de todos os portes, que buscam um sistema [confiável e] barato [...]. [Uma vantagem adicional é que pode ser alterado] para suprir necessidades e [dispensa] gastos com sistemas pagos e limitados. Tudo isso se tornou possível graças ao fato de o Linux ser um sistema livre. Sua licença de uso é a GPL, sigla para GNU Public License [...], uma das formas mais conhecidas de distribuição de programas. A maior parte dos softwares para Linux é baseada na licença GPL. Vale dizer que uma licença é um documento que permite o uso e a distribuição de programas numa série de circunstâncias. É uma espécie de copyright (direitos autorais) que protege o proprietário do programa. Tendo copyright, o dono pode vender, doar, tornar freeware [etc.]. A Microsoft, por exemplo, atua assim. [Seus produtos são vendidos e, tipicamente, não se pode utilizar a mesma cópia em mais de um computador.] [...] a licença GPL faz exatamente o contrário. Ela permite que você copie o programa, instale em quantos computadores quiser, veja, estude, altere o código-fonte e não pague nada por isso. A GPL não é simplesmente um texto que diz o que você deve fazer para desenvolver um software livre. É, resumidamente, um documento que garante a prática e a existência [do software]. Sua filosofia consiste em defender vários pontos, dentre os quais [se destacam] os mais importantes: liberdade [de] executar um programa para qualquer finalidade; liberdade [de] estudar um programa e adaptá-lo às suas necessidades; liberdade de distribuir cópias e, assim, ajudar um colega ou uma instituição qualquer; liberdade de melhorar o programa e entregá-lo à comunidade. Fonte: Alecrim (2004). Observação São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro. Estão incluídos aqui textos de obras literárias, artísticas ou científicas; conferências, alocuções, sermões etc.; obras dramáticas e dramático-musicais; obras coreográficas cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra forma qualquer; obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as 54 Unidade IV GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 cinematográficas; obras fotográficas; desenho, pintura, gravura, escultura, litografia, arte cinética; ilustrações e mapas; projetos, esboços e obras plásticas referentes à arquitetura, paisagismo, cenografia etc.; adaptações, traduções e outras informações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; programas de computador; coletâneas, antologias, enciclopédias, dicionários, base de dados, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituem uma criação intelectual.Para um software ter licença GPL, deve seguir essas quatro liberdades. Essa é uma licença pertencente à Free Software Foundation, que, como o próprio nome diz, é uma organização que trabalha em prol do software livre. É válido dizer que o conceito de software livre não se aplica somente ao Linux. Qualquer programa, independentemente da plataforma, pode ter código aberto. O navegador de internet Mozilla, por exemplo, possui código-fonte disponível tanto para Linux quanto para Windows e outros sistemas operacionais. O software livre, sem dúvida, é essencial não só para a concepção e o uso de programas, mas também por ser de grande importância em pesquisas e avanços tecnológicos, principalmente em países com problemas sociais. Larry Wall, criador da linguagem de código aberto Perl, disse exatamente isso numa entrevista concedida à revista Info Exame, no Fórum Internacional do Software Livre, realizado em Porto Alegre no mês de maio de 2003: “[...] para nós, dos EUA, escrever software de código aberto é quase um luxo, mas para muitos no resto do mundo é o único caminho acessível para o futuro” (EMERSON, 2004). 7.3 uso crescente do software livre O presidente da Índia, Abdul Kalam, em maio de 2003, durante uma visita ao International Institute of Information Technology (IIIT), no Parque Tecnológico de Software, em Hinjewadi, comunicou a necessidade de se investir em software aberto para depender menos de soluções baseadas na plataforma proprietária Windows. Segundo a imprensa, Kalam contou que, ao encontrar Bill Gates na Índia, conversaram sobre os futuros desafios na área de Tecnologia da Informação. “Eu deixei claro que preferíamos o software livre por ser mais fácil a incorporação de algoritmos de segurança. A partir desse ponto, nossa conversa ficou difícil, já que nossos pontos de vista diferem completamente”. Durante o discurso, o presidente afirmou que “a pior coisa que pode acontecer é a Índia depender de soluções proprietárias”. A declaração de Kalam é inédita, visto que não se tem conhecimento de outro chefe de Estado que tenha sido tão enfático na defesa do software livre (GRANDE..., 2003). 55 GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 SiStemaS para internet e Software Livre O mais interessante é que nas negociações prévias para a Declaração de Princípios da Cúpula da Sociedade da Informação, a delegação norte-americana tentou evitar, de todas as formas, a referência ao software livre como algo fundamental para a inserção das nações na sociedade informacional. O mais irônico é que a poderosa Casa Branca utiliza em seus servidores dois softwares livres, o GNU/Linux e o Apache. O avanço do Apache, um software livre para hospedagem de páginas na web, é tão intenso que atingiu dois terços dos servidores do planeta. Um dos mais importantes exemplos de uso intensivo de software livre da atualidade vem da Espanha, da província de Extremadura, a mais pobre região da Espanha e a segunda menos desenvolvida da Europa ocidental. Apesar dessa condição pouco privilegiada, o governo da província de aproximadamente um milhão de habitantes decidiu dar um salto em direção ao futuro, optando por romper as condições estruturais que a aprisionam ao atraso. Em fevereiro de 1998, o presidente da Junta de Extremadura, Juan Carlos Rodríguez Ibarra, anunciou ao Parlamento que seu governo apostaria suas principais fichas na inserção de sua região na sociedade da informação. Poucos entenderam. O que as Tecnologias de Informação e Comunicação poderiam fazer em uma região praticamente agrícola? Pouco mais de cinco anos depois, Extremadura é a região que mais cresce na Europa e tem o maior número de computadores por estudante. Também é um dos maiores ícones do software livre no mundo. Buscando recursos da União Europeia, transformaram o programa da sociedade da informação em um conjunto de ações de impacto social, cultural e econômico. Enquanto o governo federal conservador de José Maria Aznar desdenhava a importância de uma clara estratégia tecnológica, Extremadura transformou o uso intensivo das tecnologias da informação em elemento central de suas políticas públicas. Como não poderia ser diferente, a educação tornou-se o foco decisivo da política desenvolvimentista. lembrete Uma distribuição de Linux é um sistema operacional Unix-like incluindo o kernel Linux e outros softwares de aplicação, formando um conjunto. Distribuições mantidas por organizações comerciais, como Red Hat, Ubuntu, SUSE e Mandriva, bem como projetos comunitários como Debian e Gentoo montam e testam seus conjuntos de software antes de disponibilizá-los ao público. Como o Linux e a maior parte dos softwares incluídos em distribuições são livres, qualquer organização ou indivíduo suficientemente motivado podem criar e disponibilizar (comercialmente ou não) a sua própria distribuição. Isso faz que hoje haja registro de mais de trezentas distribuições ativamente mantidas, embora menos de vinte delas sejam largamente conhecidas. 56 Unidade IV GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 Algumas distribuições populares oferecem (como opção ou como seu único modo de operação) a possibilidade de execução em modo Live CD, que permite o uso integral do Linux sem instalação ou alteração dos dados armazenados no disco rígido do computador: o sistema roda integralmente a partir de um CD-ROM desde o momento em que o computador é ligado. Exemplos de Live CDs bastante conhecidos são o alemão Knoppix (<http://www.knoppix.org/>) e o brasileiro Kurumin (<http://www. guiadohardware.net/linux/kurumin/>). 7.4 Desenvolvimento de software: aberto versus proprietário Leia o texto a seguir: O Blender é um software 3D e já foi empregado em muitos efeitos especiais de Hollywood. A história do desenvolvimento do Blender é muito semelhante à de inúmeros outros softwares de código aberto. Projetado e escrito nos padrões tradicionais da engenharia de software, o Blender foi adquirido pela comunidade de software livre após uma grande campanha de arrecadação de fundos pela internet. Com o seu código aberto, um grande número de pessoas passou a desenvolvê-lo em rede. O Blender tem melhorado a cada nova versão, e o valor econômico do trabalho de seus colaboradores já ultrapassa o valor pago à empresa que o criou. Esse processo de desenvolvimento colaborativo e horizontal foi denominado por Eric Raymond, hacker e liberal norte-americano, modelo “bazar” de construção de software. Já a indústria de software proprietário utiliza o modelo fechado e hierarquizado que Raymond chamou de “catedral”. A verticalização e a burocratização do modelo proprietário não conseguem fazer frente à enorme efervescência do modelo centrado na colaboração e na interação de milhares de pessoas, tais como em uma feira, em um bazar. Por exemplo, ao abrir o desenvolvimento do GNU/Linux para todos os que tivessem interesse e competência, Linus Torvalds gerou um processo extremamente rico e veloz de melhoria do software. [...] Se a maior empresa de software proprietário do mundo tivesse todos os seus aproximadamente 30 mil funcionários voltados exclusivamente para o desenvolvimento e a melhoria de seu sistema operacional, ainda assim não conseguiria fazer frente ao crescente coletivo de mais de 100 mil desenvolvedores que trabalham no projeto GNU/Linux. Helio Gurovitz constatou que “No site SourceForge2 (www.sourceforge.net) destinado a programadores, havia, em abril de 2001, quase 18 mil projetos de programas livres, desenvolvidos por 145 mil programadores. Em outubro de 2002, já eram 49 mil projetos e 500 mil programadores” (GUROVITZ, 2002). O modelo de desenvolvimento e uso do software livre permite que os usuários, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, tornem-se desenvolvedores, ou, no mínimo, interfiram no desenvolvimento do software. Mensagens são enviadas aos coordenadoresde projetos, 57 GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 SiStemaS para internet e Software Livre apontando falhas e bugs, propondo novas funcionalidades ou redefinindo as existentes. Como o código-fonte é aberto, uma nova versão de um software livre tende a ter seus problemas constatados e também corrigidos mais rapidamente. O GNU/Linux possui um núcleo, um centro essencial responsável pela articulação de todos os seus componentes. Ele se chama kernel. A cada ano, o coletivo mundial de desenvolvedores coordenado por um mantenedor central lança novas versões desse kernel. Também chamadas de releases, essas versões são empacotadas de maneiras diferentes por vários coletivos comerciais e comunitários, que chamamos de distribuições ou simplesmente “distros”. As principais distros comerciais são Mandrake, RedHat, Suse, Conectiva. As distros comunitárias mais conhecidas são Slackware e Debian. As distribuições são como sabores diferentes do GNU/Linux. A distribuição comercial vende serviços de suporte para empresas que querem utilizar a sua versão de Linux. É o caso da Conectiva, empresa brasileira que, além de traduzir as versões do GNU/Linux para o português, customiza o seu pacote conforme os interesses de seus clientes. A distro não comercial Debian é mantida por um coletivo mundial de aproximadamente mil hackers. Para participar desse coletivo, é preciso demonstrar ser um bom programador e estar de acordo com a filosofia do software livre. O modelo de negócios do software livre é baseado em serviços. O modelo de software proprietário é centrado em licenças de propriedade. O primeiro, por expor seu código-fonte, busca vender desenvolvimento, capacitação e suporte especializado. O segundo vive do aprisionamento dos seus clientes ao pagamento de licenças de uso. O primeiro modelo exige que a empresa inove permanentemente para manter sua clientela. Já o segundo utiliza a vantagem das enormes dificuldades de mudança de sua solução fechada. Cresce no mundo o modelo de negócios baseado mais nos serviços e menos na propriedade das ideias. A própria IBM aposta no software de código aberto. A Sony integra um consórcio para adequar o GNU/Linux aos aparelhos eletroeletrônicos, uma vez que a portabilidade desse sistema operacional permite que seja perfeitamente embarcado nos vários equipamentos, sem a necessidade de autorização e pagamento de licenças para quem quer que seja. Não é à toa que o software livre tem se tornado sinônimo de software embedded, ou seja, software embutido em tudo o que necessite de um sistema de processamento de informações, como celulares, micro-ondas, painéis de veículos automotores, máquinas industriais, entre outros. Suas vantagens são grandes para a empresa, que pode adequar o kernel do GNU/Linux, completamente documentado e aberto, às suas necessidades e às exigências de seu aparelho. Tudo indica que a TV digital brasileira utilizará o sistema operacional livre em seu projeto. Também é intenso o uso de software livre por empresas como a Itautec. Suas máquinas 58 Unidade IV GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 para automação comercial já são vendidas com software livre. Recentemente essa empresa incorporou a tecnologia de computação em grade desenvolvida pelo professor Zuffo, do Laboratório de Sistemas Integrados da USP, e vendeu-a para a Petrobras. O cluster, ou conjunto integrado de processadores, trabalha mais intensamente que um supercomputador e roda sobre a plataforma GNU/Linux. O novo modelo de negócios vai também se afirmando em áreas que não são necessariamente vinculadas ao sofware livre. O antropólogo Hermano Vianna recentemente constatou que: Os games on-line encontraram um antídoto muito eficiente contra a pirataria. Os CDs que instalam o game nos computadores dos jogadores podem ser pirateados à vontade, pois eles não funcionam sozinhos. Para participar do jogo é preciso se conectar ao servidor e só ali é possível encontrar os outros jogadores. Isso não se faz sem pagamento mensal. O que o “Everquest” vende não é um produto que pode ser armazenado em casa ou num computador, mas um serviço, uma experiência em tempo real, compartilhada naquele momento com milhares de outras pessoas. É como a diferença entre um disco de música e um show (VIANNA, 2004). Se está na internet, está em um ambiente baseado em protocolos livres, abertos, desenvolvidos compartilhadamente e não proprietários. Fonte: Silveira (2004, p. 63-7). 8 PersPectivas futuras Para O sOftware livre A respeito desse assunto, leia o texto que segue, também da autoria de Silveira (2004): Certamente quem utiliza a internet já recorreu ao Google, um buscador eficiente e extremamente veloz, indispensável diante do ritmo de crescimento exponencial das informações. Talvez as pessoas nunca tenham parado para pensar em quão importantes estão se tornando essas tecnologias de armazenamento, indexação, recuperação e distribuição de informações. O mais instigante é descobrir que a tecnologia do Google é livre, aberta e não proprietária. Os mais de 20 mil servidores que atendem às buscas de milhões de usuários do planeta rodam GNU/Linux e utilizam o banco de dados livre MySQL. Funcionam, e funcionam muito bem. O alto processamento distribuído se une perfeitamente ao sistema operacional nascido para o trabalho em rede. A superioridade do desenvolvimento e uso do software livre vai se tornando evidente. O professor Roberto Hexsel advoga que as principais vantagens do software livre são: 59 GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 SiStemaS para internet e Software Livre • custo social baixo; • não se fica refém de tecnologia proprietária; • independência de fornecedor único; • desembolso inicial próximo de zero; • não obsolescência do hardware; • robustez e segurança; • possibilidade de adequar aplicativos e redistribuir versão alterada; • suporte abundante e gratuito; • sistemas e aplicativos geralmente muito configuráveis. Hexsel acrescenta ainda que, enquanto o software proprietário se orienta para o benefício do fabricante, o software livre se orienta principalmente para o benefício de seus usuários. As desvantagens do início dos anos 1990 vão sendo colaborativamente superadas. Hoje, as experiências demonstram que a instalação e as interfaces dos softwares abertos vão se tornando mais e mais amigáveis. Enormes quantidades de aplicativos surgem como alternativas às soluções proprietárias, o que faz crescer a rede de suporte e atendimento aos usuários. Todavia, a grande consequência sociocultural e econômica do software livre é sua aposta no compartilhamento da inteligência e do conhecimento. Ele assegura ao nosso país a possibilidade de dominar as tecnologias que utilizamos. O uso local de programas desenvolvidos globalmente aponta ainda para as grandes possibilidades socialmente equalizadoras do conhecimento. Assim, em uma sociedade de geração e uso intensivo do conhecimento, estamos criando uma rede que permite redistribuir a todos os seus benefícios. Fonte: Silveira (2004, p. 73-4). saiba mais Leia o seguinte trabalho: RAMOS, A. L. Utilização de software open source em três agrupamentos de escolas do distrito de Bragança. 2013. 63 f. Dissertação (Mestrado em TIC na Educação e Formação) – Escola Superior de Educação, Bragança, 2013. Disponível em: <https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/8437/1/ a26550_Ant%C3%B3nio_Luis_Ramos_disserta%C3%A7%C3%A3o_final. pdf>. Acesso em: 10 jul. 2013. 60 Unidade IV GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 resumo Podemos verificar as potencialidades econômicas reais de uso do software livre em todos os segmentos de mercado. O modelo de negócios de software proprietário predominante atualmente no mercadomantém um elevado custo de aquisição e leva todas a sociedade a um enorme aprisionamento tecnológico. Mostramos nesta Unidade que a adoção do modelo alternativo, o software livre, possui vantagens econômicas concretas em sua utilização. Foram apresentados os modelos de negócios, as características e a viabilidade do software livre. exercícios Questão 1. (Cespe 2011, adaptada) Com relação aos fundamentos do software livre, julgue os itens seguintes. I – Shareware é o mesmo que software de domínio público, ou seja, software que não é protegido por direitos autorais e pode ser usado ou alterado sem nenhuma restrição. II – Software livre é aquele que pode ser livremente executado, copiado, distribuído, estudado, modificado e aperfeiçoado pelos usuários. III – Um software é denominado freeware se o autor optar por oferecê-lo gratuitamente a todos, mas mantiver a sua propriedade legal, do que se conclui que ele pode impor restrições de uso a esse software. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): A) I e II. B) I, II e III. C) II e III. D) I. E) I e III. Resposta correta: alternativa C. 61 GT I - R ev isã o: J ul ia na /L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 4/ 07 /1 3 SiStemaS para internet e Software Livre Análise das alternativas A afirmativa I está incorreta. O termo shareware é utilizado para designar o software disponibilizado gratuitamente, embora com suas funcionalidades reduzidas. As afirmativas II e III estão corretas. Questão 2. Com relação às licenças de software livre, julgue as seguintes afirmativas: I – As licenças GPL e BSD garantem os direitos autorais do programador e/ou da organização. II – O software torna-se de domínio público quando seu autor renuncia à propriedade do programa e a todos os direitos associados a ela. III – As licenças GNU permitem executar, estudar e modificar softwares, mas sua distribuição é proibida. Está correto o que se afirma em: A) I e II. B) I, II e III. C) II e III. D) I. E) I e III. Resolução desta questão na plataforma. 62 FiGuRAs e iLustRAções Figura 1 LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informações gerenciais. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. ReFeRênciAs ALECRIM, E. Software livre, código aberto e software gratuito: a diferença. Publicado em 27/03/2003. Info Wester, 10 dez. 2004. Disponível em: <http://www.infowester.com/linlivrexfree.php>. Acesso em: mar. 2010. AVELAR, A. S. R.; FABRIS, A. R. Software livre na administração pública. 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SILVEIRA, S. A. Software livre: a luta pela liberdade do conhecimento. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. TANENBAUM, A. S. Introdução a sistemas distribuídos. 2. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2008. ______. Redes de computadores. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. ______. Sistemas operacionais modernos. São Paulo: Prentice Hall, 2004. sites <http://audacity.sourceforge. net/>. Exercícios Unidade I – Questão 1: CENTRO DE SELEÇÃO DE CANDIDATOS AO ENSINO SUPERIOR DO GRANDE RIO (CESGRANRIO). Técnico(a) de administração e controle júnior (Petrobras) 2011. Questão 51. Disponível em: <http://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/prova/arquivo_prova/23699/cesgranrio-2011- petrobras-tecnico-de-administracao-e-controle-junior-prova.pdf>. Acesso em: 16 maio 2014. Unidade I – Questão 2: FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (FGV). Analista de sistemas - Desenvolvimento de sistemas (TFC) 2010. Questão 26. Disponível em: <http://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/ prova/arquivo_prova/3512/fgv-2010-badesc-analista-de-sistemas-desenvolvimento-de-sistemas- prova.pdf>. Acesso em: 16 maio 2014. Unidade II – Questão 1: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Concurso público para provimento de cargos de Analista de Tecnologia da Informação Especialidade Banco de Dados 2010. Questão 35. Disponível em: <http://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/prova/arquivo_prova/2108/fcc- 2010-mpe-rn-analista-de-tecnologia-da-informacao-banco-de-dados-prova.pdf>. Acesso em: 16 maio 2014. Unidade II – Questão 2: FUNDAÇÃO UNIVERSA (FUNIVERSA). Analista de Sistemas (CEB) 2010. Questão 40. Disponível em: <http://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/prova/arquivo_prova/5646/ funiversa-2010-ceb-analista-de-sistemas-prova.pdf>. Acesso em: 16 maio 2014. Unidade III – Questão 1: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Concurso Público para provimento de cargos de Analista Judiciário - Especialidade Biblioteconomia Área Apoio Especializado (2011). Questão 55. Disponível em: <http://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/prova/arquivo_prova/24083/ fcc-2011-trt-23-regiao-mt-analista-judiciario-biblioteconomia-prova.pdf>. Acesso em: 16 maio 2014. 64 Unidade IV – Questão 1: CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS (CESPE). Analista dos Correios. Analista de Sistemas - Suporte de Sistemas (Correios) 2011. Afirmativas 83, 84, 85. Disponível em: <http://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/prova/arquivo_prova/24042/cespe-2011- correios-analista-de-correios-analista-de-sistemas-suporte-de-sistemas-prova.pdf>. Acesso em: 16 maio 2014. 65 66 67 68 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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