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OBRAS DE TERRAS E CONTENÇÕES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
LUCAS JOEL DA SILVA REBELO 
 
 
 
 
 
 
 
OBRAS DE TERRA E CONTENÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus 
2020 
 
LUCAS JOEL DA SILVA REBELO 
MATRICULA: 03096781 
TURMA: UNN0470109NNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPACTAÇÃO DE SOLOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus 
2020 
O trabalho tem por objetivo à 
obtenção de nota, na disciplina de Obras de terras 
e Contenções, do curso de Engenharia Civil, na 
turma UNN0470109NNA, ministrada pelo 
professor Willace Lima de Souza. 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1 
2. COMPACTAÇÃO DE SOLOS ......................................................................................................... 2 
2.1. Conceito ............................................................................................................................. 2 
2.2. Diferenças de compactação e adensamento ....................................................................... 2 
3. METODOS DE ENSAIOS ............................................................................................................... 2 
3.1. Ensaio Proctor Normal ........................................................................................................ 3 
3.2. Ensaio Modificado .............................................................................................................. 3 
3.3. Ensaio Intermediário .......................................................................................................... 3 
4. COMPACTAÇÃO NO CAMPO ....................................................................................................... 4 
5. GRAU DE COMPACTAÇÃO .......................................................................................................... 6 
6. NORMAS TÉCNICAS A SEREM CONSIDERADAS ............................................................................ 7 
7. IMPORTÂNCIA DA COMPACTAÇÃO DO SOLO PARA OBRAS DE TERRA ......................................... 7 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 8 
9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................................... 9 
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1. INTRODUÇÃO 
Os solos quando compactados só terão benefícios diretos quando são 
principalmente obras de contenção, mostrando assim, os trabalhos da compactação 
que podem ocorrer de forma natural e/ou mecanizada. 
Para Pinto (2006), o solo ao ser levado e dispersado para a construção de um 
aterro, se encontrará fofo e heterogêneo, não sendo ainda compactado, porém o 
mesmo não terá resistência, podendo ocorrer deformações e ter seu comportamento 
modificado, de acordo com o local. Mas, a compactação do solo vem para tornar maior 
a área de contato entre os grãos, tornando-os mais resistentes, assim, o aterro ficará 
mais homogêneo. 
A importância da redução do número de vazios ocorre pelo fato de melhorar as 
mais variadas propriedades do solo. 
O emprego da compactação se dá em diversas áreas de atuação da 
engenharia, como em aterros, que por si só possuem diversas finalidades. Citam-se 
como exemplo: solos para pavimentação, construção de barragem de terra, 
preenchimentos de vazios entre os muros de arrimo e em operações tapa buracos, e 
nos preenchimentos das valetas em cidades. Para cada tipo de obra, existe um tipo 
de processo para compactação. Portanto, identificaremos como e qual aplicar, quando 
se conhece não só uma obra, mas o conhecimento do solo a se trabalhar. Deve-se 
observar a umidade atual e a densidade a ser atingida, reduzindo assim objetivamente 
os recalques e a permeabilidade, aumentando a rigidez e a resistência do solo 
(PINTO, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
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2. COMPACTAÇÃO DE SOLOS 
2.1. Conceito 
Segundo Caputo (1988), a compactação do solo pode ser definida como 
ação de mecanismos, sejam eles mecânicos ou manuais, com a finalidade de reduzir 
o número de vazios, tornando o solo mais estável e resistente. É uma operação 
simples, porém importante, pois não visa apenas resistência, mas também a 
permeabilidade, compressibilidade e a absorção de água. 
Seixas (1988) classifica a compactação de solos como sendo toda força de 
agregar partículas de solo, diminuindo o volume por elas ocupado. 
Só ocorrerá compactação máxima dos solos, quando os mesmos estiverem 
na capacidade ou próximos da capacidade de campo, quando os micro poros estão 
preenchidos com água e os macros com ar (BAVER, 1972). 
A compactação com uma baixa umidade eleva o atrito entre as partículas, 
não reduzindo assim, o número de vazios. Quando compacta, as partículas de água 
permanecem constantes e o aumento da massa específica se dá pela diminuição dos 
números de vazios (PINTO, 2006). 
Os estudos geotécnicos de compactação tiveram início com a teoria de 
compactação desenvolvida por Ralph Proctor. Em 1933, divulgou seu método de 
controle de compactação e concluiu que a densidade com que um solo é compactado, 
sob uma determinada energia de compactação, depende do teor de umidade do solo. 
2.2. Diferenças de compactação e adensamento 
Pelo processo de compactação, a diminuição dos vazios do solo se dá por 
expulsão do ar contido nos seus vazios, de forma diferente do processo de 
adensamento, onde ocorre a expulsão de água dos interstícios d o solo. A s cargas a 
plicadas quando compactamos o solo são geralmente de natureza dinâmica e o efeito 
conseguido é imediato, enquanto que o processo de adensa mento é deferido no 
tempo (pode levar muitos anos para que ocorra por completo, a depender do tipo d e 
solo) e as cargas são normalmente estáticas. 
3. METODOS DE ENSAIOS 
O ensaio de compactação, hoje em dia, é conhecido como Ensaio normal 
de Proctor (ou AASHTO Normal). Essa metodologia foi desenvolvida pelo engenheiro 
Ralph Proctor em 1933, sendo normatizada nos Estados Unidos pela A.A.S.H.O - 
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American Association of State Highway Officials e no Brasil sua execução segue a 
norma ABNT NBR 7182/1986 - Ensaios de Compactação. 
3.1. Ensaio Proctor Normal 
O ensaio Proctor Normal utiliza o cilindro de 10 cm de diâmetro, altura de 
12,73cm e volume de 1.000cm3 é submetida a 26 golpes de um soquete com massa 
de 2,5Kg e caindo de 30,5cm. Corresponde ao efeito de compactação com os 
equipamentos convencionais de campo. 
3.2. Ensaio Modificado 
O ensaio Modificado utiliza o cilindro de 15,24 cm de diâmetro, 11,43 cm 
de altura, 2.085 cm3 de volume, peso do soquete de 4,536 kg e altura de queda de 
45,7 cm aplicando-se 55 golpes por camada. É utilizado nas camadas mais 
importantes do pavimento, para os quais a melhoria das propriedades do solo, justifica 
o emprego de uma maior energia de compactação. 
3.3. Ensaio Intermediário 
O ensaio denominado Intermediário difere do modificado só pelo número 
de golpes por camada que corresponde a 26 golpes por camada, sendo aplicado nas 
camadas intermediárias do pavimento. 
Com os resultados obtidos no ensaio de compactação são efetuados 
cálculos para a determinação do peso específico aparente seco (γd) e a determinação 
da curva de saturação. 
O peso específico aparente seco é dado pela fórmula: 
 
Onde: 
 γd = peso específico aparente seco, em g/cm³; 
 Ph = peso úmido do solo compactado, em g; 
 V = volume útil do molde cilíndrico (interno), em cm³; 
 W = teor de umidade do solo compactado em %. 
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Para determinação da curva de saturação de um solo, utiliza-se a fórmula: 
 
Onde: 
 γd = peso específico aparente seco, em g/cm³; 
 Sr = grau de saturação, considerado igual a 100%; 
 w = teor de umidade em %; 
 γw = peso específico da água, considerado igual a 1,0 g/cm³; 
 γg = peso específico dos grãosdo solo, em g/cm³). 
 
4. COMPACTAÇÃO NO CAMPO 
O processo de compactação no campo pode ocorrer das seguintes 
maneiras: 
• Por compressão: Onde a força vertical é o peso próprio do equipamento. 
Corresponde aos compressores de rodas metálicas com elevado peso e 
pequena superfície de contato. Indicado para solos granulares, macadames e 
britas graduadas, sendo que para solos com baixa capacidade de suporte inicial 
a compactação não fica homogênea; 
• Por amassamento: Onde atuam a força vertical (peso) e a força horizontal 
(efeitos dinâmicos). Consiste nos rolos pneumáticos com rodas oscilantes e nos rolos 
pé de-carneiro, sendo que o processo gera um adensamento mais rápido do solo; 
• Por vibração: Onde a força vertical é aplicada com frequências maiores 
que 500 golpes/min. Existem vários tipos de equipamentos com a freqüência 
variando entre 900 e 2000 golpes/min, sendo que a situação ideal ocorre quando 
a compactação do rolo se combina com a oscilação do material; 
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• Por impacto: Semelhante ao processo por vibração, sendo que a 
freqüência é menor que 500 golpes/min. Consiste em equipamentos do tio sapo 
mecânico e bate-estacas, utilizados em locais de difícil acesso. 
A escolha do equipamento que irá ser utilizado no campo 
depende principalmente do tipo de material que se deseja compactar. Os principais 
equipamentos utilizados são: 
• Rolos lisos de rodas de aço: Consistem no equipamento mais antigo. Os 
fatores que interferem na compactação são a carga por unidade de largura das rodas, 
largura e diâmetro das rodas. 
 
São utilizados para compactar pedregulhos, areias bem graduadas, 
misturas de areia a argila de média plasticidade e para a compactação de 
acabamento. Não são recomendados para areias uniformes e solos finos com elevada 
plasticidade, podendo ocorrer má compactação das camadas inferiores. 
• Rolos pneumáticos: Existem rolos rebocados com um eixo (mais 
pesados), rebocados com dois eixos (leves; 8 a 13 t) e auto-propulsores (8 a 36 t). 
São aplicados para solos arenosos ou pouco coesivos, devendo-se ter cuidados 
especiais com a velocidade de operação (5 a 8 km/h). Os principais fatores que 
interferem na compactação são a pressão de enchimento dos pneus, área de contato 
entre pneu e superfície e a pressão de contato. 
Na seleção do tipo de equipamento a ser utilizado deve-se observar o 
espaçamento entre rodas, peso bruto e número de rodas. 
• Rolos pé-de-carneiro: Estes rolos são compostos de cilindros metálicos 
ocos com “patas” adaptadas (15 a 25 cm). Geralmente, as filas com as “patas” são 
alternadas com 4 “patas” por fila e o diâmetro do tambor varia entre 1,0 e 1,5 m. Este 
tipo de equipamento gera maior porcentagem de vazios que os rolos pneumáticos e 
lisos. 
Os fatores que interferem na compactação são a pressão dos pés-de-
carnerio, extensão da camada comprimida pelo rolo, peso total do rolo, área de 
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contato de cada pé, número de pés em contato com a camada num dado tempo e o 
número total de pés por tambor. 
• Rolos vibratórios: Podem ser compostos por um ou dois cilindros, 
rebocados ou não e são eficientes para materiais não coesivos. Os fatores que 
interferem são a frequência de vibração (1750 vpm a 3000 vpm), amplitude (0,3 mm 
a 0,7 mm), força dinâmica, força estática, formas e dimensões da área de contato e 
estabilidade do equipamento. 
Existem outros tipos de equipamentos como o rolo de grelha, as 
placas vibratórias, os rolos combinados e os soquetes mecânicos. 
O controle de compactação no campo se baseia na verificação do teor 
de umidade e do peso específico aparente seco. Na obra, é fixada uma faixa de 
variação da umidade permitida em torno da ótima (geralmente, wot ± 2%). Para 
determinar a umidade no campo pode-se utilizar três métodos: 
• coleta de amostras hermeticamente fechadas e determinação da umidade 
em laboratório; 
• método da frigideira; 
• Speedy. 
O peso específico aparente seco de campo pode ser determinado através 
do ensaio de frasco de areia (NBR 7185). Com este dado é possível determinar o 
Grau de Compactação (GC) que para ser considerado aceitável deve variar entre 95% 
e 100%. 
 
onde: gd = peso específico aparente seco máximo de campo (kN/m3); 
gdmax = peso específico aparente seco máximo determinado em laboratório (kN/m3). 
5. GRAU DE COMPACTAÇÃO 
O grau de compactação é o índice que determina a compatibilidade que um 
terreno deve assumir após o trabalho de apiolamento do mesmo. Com os dados do 
https://sites.google.com/site/geotecniaefundacao/terraplenagem/compactacao-de-solos/FIGURA 14.JPG?attredirects=0
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peso especifico aparente seco, com este dado é possível determinar o Grau de 
Compactação (GC) 
6. NORMAS TÉCNICAS A SEREM CONSIDERADAS 
O controle executivo e o cumprimento normativo são essenciais para 
atender às demandas do mercado. As normas técnicas determinam os parâmetros 
mais eficientes e seguros para a construção civil. 
Quando se fala da compactação do solo, é preciso respeitar a norma ABNT 
NBR 7182:2016 – Solo – Ensaio de compactação. Ela foi revisada em 2016, 
determinando a relação entre o teor de umidade e a massa específica aparente seca 
dos solos. O DNE-RM 162/94 é outro documento importante. 
7. IMPORTÂNCIA DA COMPACTAÇÃO DO SOLO PARA OBRAS DE TERRA 
A compactação do solo é um procedimento que aumenta a densidade do 
terreno onde será construída uma edificação. A partir disso, é possível garantir mais 
resistência e estabilidade para todas as etapas posteriores de um canteiro. 
Dessa forma, é essencial utilizar os procedimentos corretos, respeitando 
as normas técnicas existentes. O uso de equipamentos de segurança e a realização 
de estudos laboratoriais são outras questões que não podem faltar em seu 
planejamento. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto e esclarecer suas 
principais dúvidas. 
 
 
 
 
 
 
 
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com base nas nesta pesquisa, verificou-se que a compactação do solo é 
de suma importância nas obras de engenharia, constituindo-o para maior 
estabilização. Na agropecuária, pode ocorrer por meio do manuseio de máquinas de 
preparo ao solo e manejo de animais, assim, impermeabilizando o solo e diminuindo 
a compressibilidade do mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e Suas Aplicações. Rio de Janeiro/RJ: LTC - 
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1988. 172p 
PINTO, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas/3ª Edição. São 
Paulo/SP: Oficina de Textos, 2006. 65p. 
SEIXAS, F. Compactação do Solo Devido a Mecanização Florestal: Causa, 
Efeitos e Práticas de Controles. IPEF – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, 
1988. 
BAVER, L. D. et al. Soil Phisics. 4ª ed. New York, JhonWiley, 1972. 498p. 
ABNT NBR 7182/1986 - Ensaios de Compactação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	1. INTRODUÇÃO
	2. COMPACTAÇÃO DE SOLOS
	2.1. Conceito
	2.2. Diferenças de compactação e adensamento
	3. METODOS DE ENSAIOS
	3.1. Ensaio Proctor Normal
	3.2. Ensaio Modificado
	3.3. Ensaio Intermediário
	4. COMPACTAÇÃO NO CAMPO
	5. GRAU DE COMPACTAÇÃO
	6. NORMAS TÉCNICAS A SEREM CONSIDERADAS
	7. IMPORTÂNCIA DA COMPACTAÇÃO DO SOLO PARA OBRAS DE TERRA
	8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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