Buscar

TCC FINAL ANA LOURDES

Prévia do material em texto

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIOR
CURSO DE ENFERMAGEM
ANA LOURDES SOARES TEXEIRA
	
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL REALIZADO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: revisão de literatura 
São Luis
2020
2
 ANA LOURDES SOARES TEXEIRA
	
	Artigo científico apresentado à Coordenação do Curso de Enfermagem do Instituto Florence de Ensino Superior como requisito para obtenção de título de Bacharel em Enfermagem.
Orientadora: Prof.ª Ma. Tatiana Elenice Cordeiro Siqueira 
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL REALIZADO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: revisão de literatura 
São Luís
2020
ANA LOURDES SOARES TEXEIRAT355p
Teixeira, Ana Lourdes Soares.
O papel do enfermeiro no pré-natal realizado nas unidades básicas de saúde: revisão de literatura / Ana Lourdes Soares Teixeira - São Luís: Instituto Florence de Ensino Superior, 2020.
28 f.;
Orientadora: Tatiana Elenice Cordeiro Siqueira.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) (Graduação em Enfermagem) - Instituto Florence de Ensino Superior, 2020.
1. Cuidado pré-natal. 2. Enfermeiro. 3. Atenção Primaria a Saúde.. I. Cordeiro Siqueira, Tatiana Elenice. II. Título.
CDU 616-083
	
 
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL REALIZADO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: revisão de literatura 
Artigo científico apresentado à Coordenação do Curso de Enfermagem do Instituto Florence de Ensino Superior como requisito para obtenção de título de Bacharel em Enfermagem.
APROVADO EM:	/	_/___
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª Ms.Tatiana Elenice Cordeiro Siqueira
Instituto Florence de Ensino Superior
1º Membro
Instituto Florence de Ensino Superior
2° Membro
Instituto Florence de Ensino Superior
AGRADECIMENTOS
Em honrosa memória sou grata ao criador do universo pela minha existência, pela maneira diligente com que conduziu meus passos até o final desta jornada e pelo zelo que tem para comigo permitindo vida aos meus amados para que estes compartilhassem da minha vitória.
Grata sou por mais uma vez poder fazer parte do corpo discente desta instituição que sempre colaborou com o meu crescimento profissional e ao corpo docente que abriram o seu leque de conhecimento para que eu alcançasse êxito nesta caminhada, pois são pessoas ímpares que contribuíram para o aprimoramento do resultado dessa travessia rumo a minha formação acadêmica.
A minha orientadora Tatiana Siqueira pelos seus ensinamentos, pela dedicação singular que fizeram com que não só este trabalho, mas também este trajeto árduo se tornasse mais leve e possível, pelo olhar diferenciado diante das minhas dificuldades, a ela minha sincera gratidão.
A todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente com esta etapa da minha carreira profissional, etapa esta que me levou a conhecer e a valorizar de forma ímpar cada um que esteve comigo neste percurso, mas em especial a meus pais que são os meus professores da vida, pois me ensinaram o mais importante da dela: Que o temor do Senhor é o princípio do saber.
RESUMO
A gestação é um evento fisiológico e marcante na vida mulher e geralmente evolui para desfechos bem-sucedidos. Esse período deve ser visto pelas gestantes e profissionais de saúde como parte de uma experiência de vida saudável, envolvendo mudanças dinâmicas do olhar físico, social e emocional. Objetivou-se descrever o papel do enfermeiro no pré-natal de baixo risco. Trata-se de revisão integrativa, nas bases de dados SCIELO, LILACS e BDENF. Dos 74 artigos localizados nas bases de dados, apenas 16 compuseram o quadro de resultados, a partir dos critérios de inclusão traçados: estudos publicados nos anos de 2013 a 2019, idioma português e que abordaram a temática proposta pelo estudo. Já os artigos excluídos, levaram em consideração os artigos de outros idiomas, anos anteriores a 2014 e que fugiram ao objetivo do estudo. Em relação ao papel do enfermeiro na Assistência ao pré natal, ela deve ser realizada de maneira abrangente, deve ser realizada de maneira humanizada evitando abandono por parte da gestante do pré-natal, as suas funções são nos niveis de gerenciamneto, cuidado direto e administração. Observou se que é nescessario que o Enfermeiro entenda os fatores que impedem as mulheres deaderir ou não ao pré natal de maneira precoce e adequada, pois só assim é possivel conceber estratégias para melhorar o atendimento e determinar o verdadeiro papel como enfermeiro.
Palavras-chave: Cuidado Pré-Natal. Enfermeiro. Atenção Primaria a Saúde. 
ABSTRACT
Pregnancy is a physiological and remarkable event in women's lives and usually evolves into successful outcomes. This period should be seen by pregnant women and health professionals as part of a healthy life experience, involving dynamic changes in the physical, social and emotional look. The objective was to describe the role of the nurse in low risk prenatal care. It is an integrative review in the databases SCIELO, LILACS and BDENF. Of the 74 articles located in the databases, only 16 composed the table of results, based on the inclusion criteria outlined: studies published from 2013 to 2019, Portuguese language and that addressed the theme proposed by the study. The excluded articles, on the other hand, took into consideration articles from other languages, years prior to 2014 and which escaped the objective of the study. Regarding the role of the nurse in prenatal care, it should be performed in a comprehensive manner, it should be performed in a humanized way avoiding abandonment by the prenatal pregnant woman, its functions are at the levels of management, direct care and administration. It was observed that it is necessary for the nurse to understand the factors that prevent women from dying or not from prenatal care in an early and appropriate manner, because only in this way is it possible to devise strategies to improve care and determine the true role as a nurse.
Keywords: Prenatal Care. Nurse. Primary Health Care. 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	08
MÉTODO	11
RESULTADOS E DISCUSSÃO	12
CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
REFERÊNCIAS	26
1 INTRODUÇÃO
A gestação é um evento fisiológico e marcante na vida mulher e geralmente evolui para desfechos bem-sucedidos. Esse período deve ser visto pelas gestantes e profissionais de saúde como parte de uma experiência de vida saudável, envolvendo mudanças dinâmicas do olhar físico, social e emocional.1
O alto número de mortes maternas em algumas áreas do mundo reflete desigualdades no acesso aos serviços de saúde e destaca a lacuna entre ricos e pobres. 99% ocorrem em países em desenvolvimento. Mais da metade delas ocorre na África Subsaariana e quase um terço no sul da Ásia. Mais da metade das mortes maternas ocorrem em ambientes frágeis e em contextos de crises humanitárias.2
A taxa de mortalidade materna nos países em desenvolvimento em 2016 é de 239 por 100 mil nascidos vivos versus 12 por 100 mil nascidos vivos (NV), em países desenvolvidos. Existem grandes disparidades entre os países e dentro dos países, entre mulheres com baixas e altas rendas e entre a população rural e a população urbana. 3
No Brasil, em 2017, foram registrados 1.552 óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos, com destaque para as regiões Sudeste, com 540 óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos. A Organização Mundial de Saúde considera as taxas de morbimortalidade materna no Brasil alarmantes, em que estão diretamente relacionadas em suma maioria a intercorrências obstétricas possivelmente evitáveis.4 
Em 2010, no Maranhão, a população feminina correspondia a 50,4% do total da população maranhense, sendo que 64,3% das mulheres encontrava-se na idade fértil entre 10 a 49 anos. O número de óbitos de mulheres por causas maternas manteve-se elevado com 123 óbitos neste mesmo ano, o que corresponde a uma razão de mortalidade materna (RMM) de 103 óbitos maternos por 100.000 NV.5
Dentre os programas formulados pelo Ministério da Saúde (MS), destaca-se o Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM), criado na década de 1980, com a finalidade de prestar assistênciaà mulher em todas as etapas do seu ciclo vital, por meio de atividades clínico-ginecológicas, tais como: relacionadas a doenças sistêmicas e do aparelho reprodutivo; pré-natal, parto e puerpério; e atividades educativas que proporcionem conhecimento sobre o próprio corpo. 6
A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para um parto e nascimento saudável, ou seja, ele faz a promoção e a manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento, além de trazer informação e orientação sobre a evolução da gestação e do trabalho de parto à parturiente. Participando do programa, a gestante terá aumentada a possibilidade de ter uma gestação mais saudável e tranquila.7
Um dos principais objetivos do pré-natal é acolher a mulher desde o início de sua gravidez, quando ela passa por um período de grandes mudanças físicas e emocionais, além de dar assistência em todas as suas necessidades. Deve-se lembrar que este período é vivenciado por cada mulher de forma distinta.8
Na atenção básica, o enfermeiro implementa atividades educativas direcionadas a mulheres e suas famílias, consulta de pré-natal, requerimento de exames, orienta quanto a tratamentos conforme os protocolos, referenciamento de pacientes para média e alta complexidade quando necessário, promove praticas com gestantes em grupos, entre outras atividades.9
O enfermeiro faz parte de uma equipe multidisciplinar e possui atribuições importantes para o processo de acolhimento e sequencia no atendimento desta mulher, principalmente no contexto da atenção básica de saúde, por ter atribuições específicas. Sendo uma delas, a realização da Consulta de Enfermagem, com avaliação integral da gestante.10
Tal profissional pode através de sua formação, que é voltada para o cuidado, ser um facilitador durante o pré-natal. Conduzindo a gestante a empoderar-se de si, e ser a protagonista da gestação. Além de aumentar a autonomia dessa mulher através do cuidado, e tudo isso através da ferramenta de escuta sensível e do cuidado centrado na pessoa, centrado na gestante, centrado na mulher. 11
O papel do enfermeiro como cuidador é buscar integralmente a saúde destas mulheres, seja prescrevendo cuidados de enfermagem e medicamentos previstos em programas de saúde e protocolos das instituições de saúde, mantendo esquemas terapêuticos, solicitando exames complementares e fortalecendo o vínculo entre a gestante e sua equipe.12
Diante disso surgiu o seguinte questionamento: Qual o papel do enfermeiro na assistência ao Pré-natal de baixo risco?
Sendo assim, o estudo justifica-se, pois, torna-se necessário descrever o papel dos enfermeiros no pré-natal na unidade médica básica (UBS), pois, nessa perspectiva, pretende-se ajudar a analisar e discutir como os enfermeiros realizam cuidados, métodos e procedimentos completos. acompanhamento. Por meio dele, riscos e vulnerabilidades podem ser identificados, aumentando a probabilidade dessas mulheres grávidas. 
Após o término do pré-natal, além da oportunidade de estabelecer vínculos entre profissionais e mulheres, também ajuda a acompanhar a idade longitudinal do autocuidado no cuidado familiar. Por isso, é de suma importância ter conhecimento do papel do enfermeiro no âmbito do pré-natal, para que o mesmo tenha sua devida valorização e para que as gestantes tenham um pré-natal de qualidade, além de fornecer subsídios para a área. 
O objetivo do presente estudo é conhecer os desafios e possibilidades para a realização do pré-natal de baixo risco para enfermeiros.
2 MÉTODO 
O presente estudo trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa da literatura desta forma permitindo um maior conhecimento aos interessados no tema.
1º Fase: Elaboração da pergunta norteadora: “Qual o papel do enfermeiro no Pré-natal de baixo risco?
2º Fase: Busca na literatura: Realizada nos meses de abril e maio de 2020 nos bancos de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILCAS), Banco de Dados em Enfermagem (BDENF). Foram utilizados os descritores cuidado pré-natal; enfermeiro; atenção primaria a saúde. Os critérios de inclusão dos trabalhos foram artigos publicados entre os anos de 2013 a 2019, disponíveis na integra e no idioma português. Os critérios de não inclusão foram artigos anteriores a 2013, que apresentasse fuga ao tema proposto no presente estudo.
3o Fase: Coleta de dados: Foram levantados 74 artigos, sendo que destes 39 foram excluídos por fuga ao tema, duplicação ou estarem incompletos. Foram selecionados e analisados na integra 35 artigos, para interpretação de cada estudo científico para obtenção de informações relevantes para a pesquisa e realizado a Interpretação dos achados literários para serem comparados e apresentados em quadros de forma clara e objetiva. Após a análise dos 35 artigos apenas 16 contemplaram o objetivo do estudo de maneira eficaz.
4o Fase: Avaliação dos estudos: Para a análise dos dados foi realizado um roteiro obtendo: pré-análise a partir da escolha dos documentos a serem submetidos à análise; exploração do material através de leituras interpretativas. Por fim foram incluídos 16 artigos, categorizados segundo título, autores e ano, objetivos e resultados. O enfoque principal foi dado aos resultados e conclusões dos artigos, a fim de resgatar as melhores evidências relacionadas ao objetivo do estudo.
5o Fase: Interpretação dos resultados: após as leituras selecionados, foi realizado a comparação entre os artigos.
6o Fase: Síntese do conhecimento: Foi realizado a síntese dos artigos selecionados, e os resultados foram disponibilizadas em 04 quadros afim de responder o objetivo do estudo.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a busca nas bases de dados, de acordo com os critérios de inclusão e não inclusão, foram selecionados 16 artigos que auxiliaram na obtenção dos resultados, sendo divididos em 4 quadros.
Diante do exposto, o quadro 1 encontra-se 4 artigos selecionados para discussão relacionados ao perfil sociodemográfico das gestantes atendidas em Unidades Básicas De Saúde.
Quadro 1: Caracterização dos artigos selecionados relacionados ao perfil sociodemográfico das gestantes atendidas em Unidades Básicas De Saúde. São Luís, 2020.
	Título 
	Autor/ Ano
	Objetivos 
	Resultados
	Pré-natal: preparo para o parto na saúde no sul do Brasil.
	Gonçalves et al., 2017.13
	Avaliar a relação entre assistência pré-natal e orientações para o parto na Atenção Primária à Saúde.
	A amostra do estudo apontou a maioria das gestantes eram adultas jovens (53,9%), com escolaridade média (67,6%), ocupação não remunerada (58,9%), com companheiro (84,1%), renda familiar entre dois e três salários mínimos (46,1%) e multíparas (60,6%). Grande parte das mulheres (85,5%) teve seis ou mais consultas de pré-natal e o iniciaram precocemente (71,8%).
	Perfil das gestantes atendidas no serviço de pré-natal das unidades básicas de saúde de Fortaleza – CE.
	Peixoto et al., 2013.14
	Caracterizar as gestantes usuárias do serviço de pré-natal nos Centros de Saúde da Família.
	As gestantes, em sua maioria, tinham entre 20 e 34 anos(67,5%); possuíam renda de até um salário mínimo (90,9%); vivenciaram a menarca entre 9 e 13 anos(71,6%); iniciaram a vida sexual entre 11 e 19 anos(88,4%); tiveram de 2 a 5 parceiros sexuais(54,6%); negaram a realização de tratamento prévio para IST (66,1%).
	Perfil epidemiológico das gestantes atendidas na consulta de pré-natal de uma unidade básica de saúde em São Luís-ma.
	Sousa et al., 2013.15
	Identificar o perfil epidemiológico das gestantes atendidas na consulta de pré-natal de uma UBS em São Luís-MA.
	A prevalência da faixa etária de 20 a 25 anos (70%), com renda familiar entre um e três salários mínimos (68%), com o ensino médio completo (40%), unidas consensualmente (50%). A idade da sexarca predominante foi entre 16 a 19 anos (48%). A maioria das participantes tiveram entre um a três partos normais anteriores(87,5%), nunca sofreram aborto (76%). 
	O perfil epidemiológico de gestantes atendidas nas unidades básicas de saúde de Gurupi, Tocantins.
	Silva et al., 2015.16
	Traçar o perfil clínico e sociodemográfico das gestantes atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Município de Gurupi, Tocantins.
	Foi observado que 47,0% das gestantes não se submeteram a 6 consultas pré-natais, 83,1% eram negras ou pardas e 46,4% não tinham profissão.
Fonte: Autora, 2020. 
A faixa etária predominante nos estudos foi maior as que estão entre 20 a 25. O autor Gonçalves et al., fez uma relação entre as idades de gestantes atendidas em unidades públicas e privadas no sul do Brasil e obteve como resultado que a média da mulheres atendidas nas unidades públicas foi de 24 anos, enquanto as atendidas em unidades privadas média das idades foi de 26,7 anos.13
A idade das gestantes não pode ser vista como um simples aspecto biológico, pois mesmo que de forma isolado ou associada a outros fatores pode ter consequentes problemas a saúde da mãe e seu filho. As condições de vida, a saúde e principalmente a qualidade da assistência obstétrica no pré-natal, seriam mais relevantes que a faixa etária das gestantes.14
No quesito ocupação das gestantes os estudos evidenciaram que a maioria delas cuidam do lar. Observa-se que essa característica favorece o aleitamento materno, pois a mulher que possui trabalhos extradomiciliares corre um maior risco de optar pelo desmame precoce, tendo em vista que a licença-maternidade, geralmente, é de quatro meses, e a mesmas possuírem dificuldades com as técnicas de ordenha e armazenamento do leite materno.15
Em relação a renda familiar, as gestantes dos estudos possuíam entre um e três salários mínimos. No que diz respeito ao número de moradores do domicílio, as gestantes tinham de 01 a 05 moradores. No que diz a respeito a escolaridade, a faixa predominante foi de 9 a 12 anos de estudo. É necessário ser analisado o nível de escolaridade logo na primeira consulta pré-natal, devido a sua influência no entendimento das informações passadas no momento da consulta, principalmente a respeito dos hábitos de vida saudável, refletindo no cuidado com a família e com a gestação.16
O número de gestantes casadas ou unidas consensualmente foi maior do que o das solteiras, variando entre os estudos o percentual de solteiras entre 20 a 23%. A presença do parceiro é de grande importância para a gestante, visto que o período gestacional é um período de mudanças fisiológicas que podem gerar dúvidas, angústias e ansiedade por tudo o que está acontecendo. 14
O parceiro pode tornar esse momento de grande apreensão e medo em algo carregado de emoção, motivando a mulher a se comportar da forma mais natural possível, contribuindo deste modo para o processo de humanização. Em relação ao pré-natal, quase a metade das gestantes não se submeteram às seis consultas pré-natais recomendadas pela OMS, a maioria eram negras ou pardas.16
Diante do exposto, o quadro 2 encontra-se 4 artigos selecionados para discussão relacionados aos fatores para a não adesão do pré-natal pelas gestantes.
Quadro 2: Caracterização dos artigos selecionados relacionados aos fatores para a não adesão do pré-natal pelas gestantes. São Luís, 2020.
	Título 
	Autor/ Ano
	Objetivos 
	Resultados
	Adesão do pré-natal e complicações na saúde materno-infantil.
	Pereira et al., 2017.17
	Avaliar a adesão do pré-natal e complicações na saúde materno-infantil.
	Fatores encontrados no estudo foram condições de moradia, renda familiar, educação das mulheres, urbanização, abastecimento de água e saneamento.
	Fatores que influenciam a não adesão ao programa de pré-natal.
	Rocha et al., 2017.18
	Analisar os fatores que influenciam a não adesão de gestantes ao programa de assistência pré-natal.
	Fatores como: desigualdades regionais, sociais e econômicas, dificuldade no acesso aos locais de consultas, idade inferior a 20 anos, pouco estudo, ser solteira, multípara, não aceitar a gestação, possuir tradições familiares de descrença ao pré-natal, bem como falta de acolhimento e apoio também são influências negativas para a adesão ao pré-natal.
	Fatores associados à não realização de pré-natal em
município de grande porte.
	Rosa et al., 2014.19
	Analisar os fatores associados à ausência de realização de pré-natal em município de grande porte.
	O estudo evidenciou que algumas regiões do município possuíam grandes déficits na captação de pré-natal. Como dificuldades, foram relatadas: falta de alguns medicamentos prescritos e prazos longos para realizar e receber exames de natureza preventiva.
	Fatores associados a não realização de pré-natal no município de Pelotas, RS.
	Rosa, 2014.20
	Analisar fatores relacionados a não adesão do Pré-natal.
	O estudo evidenciou fatores com a associação com a não realização de pré-natal foram: ter menor escolaridade, especialmente menos de quatro anos de estudo, ser solteira e ser multípara.
Fonte: Autora, 2020.
Um baixo nível educacional está intimamente relacionado à ausência de exame pré-natal. Alguns estudos apontam que a baixa escolaridade é um dos principais fatores relacionados ao não uso geral dos serviços de saúde. Mesmo na classe econômica mais baixa, o ensino superior promoverá o pré-natal. Nesse sentido, o efeito de não prestar assistência pré-natal no departamento de saúde é o mesmo de menos pessoas usando menos serviços de saúde.17
As mulheres multíparas apresentaram risco duas vezes maior para não realização de pré-natal, comparadas as primíparas. Estudos apontam que mulheres não primíparas e que não tiveram complicações obstétricas tendem a não realizar pré-natal. 18
Mulheres solteiras têm três vezes mais chances de faltar ao teste pré-natal do que mulheres casadas. A hipótese desse achado pode estar relacionada ao apoio do parceiro durante a gravidez, que provou ser benéfico para a adesão ao pré-natal. Por outro lado, a falta de contato com o pai do bebê e o baixo nível de escolaridade materna levaram a isso. Procure cuidados e reduza o número de consultas durante a gravidez.19
A gravidez em um momento indesejável pode dificultar a aceitação e dar às pessoas um sentimento de rejeição, fazendo com que as mulheres atrasem a verificação da confirmação depois que percebem que seus corpos mudaram, o que atrasa o tempo de ajuda até que já estejam no estágio final.20
Portanto, desejar e planejar a gestação são fatores muito importantes para a realização de um cuidado pré-natal adequado. A não aceitação pode estar diretamente relacionada à situação financeira da mãe, número de filhos, abandono da família ou até doenças infecciosas pré-existentes (como HIV positivo), que podem causar depressão. Eles também podem fazer parte de distúrbios no pré-natal, condições de uso de medicamentos e intenções de aborto.16
Como as gestações das gerações anteriores são boas sem ajuda, a perda das tradições familiares no pré-natal também é uma das causas inerentes à baixa frequência do pré-natal das gestantes. De fato, um ambiente acessível é um requisito básico para o pré-natal de alta qualidade, especialmente quando há custos econômicos. Sob tais circunstâncias, algumas mães tendem a optar por fornecer mantimentos e adiar serviços médicos para suas famílias.19
Na maioria dos estudos, o tempo de espera pela assistência é um fator muito insatisfatório: mais de 50% dos entrevistados questionaram isso, seguidos por instalações de espera insuficientes. Esses fatores são objeto de muitos estudos, indicando que longos tempos de espera combinados com instalações desconfortáveis ​​ameaçam a continuidade dos cuidados.20
As instituições de saúde têm horário limitado e é difícil prestar assistência às mulheres grávidas no trabalho. Quando eles precisam escolher negociar com o chefe ou insistir na consulta, é muito provável que adie a consulta. Pesquisas mostraram que a ausência de testes pré-natais pode levar ao parto prematuro. Por outro lado, estudos mostraram que, à medida que o número de consultas pré-natais aumenta de 0 para 3 para 7 ou mais,a prevalência de bebês com baixo peso e / ou prematuros diminui significativamente.17
Quando os profissionais de saúde não estabelecem contato com as mulheres grávidas ou tratam essa questão como uma questão relacionada, o risco de as mães desistirem ou reduzirem a frequência das consultas aumenta porque elas sempre procuram prestar serviços com maior segurança nos serviços, a fim de encontrar boas Condições para monitorar adequadamente o desenvolvimento e a saúde de ambos.19
Portanto, exige comprometimento e responsabilidade profissional dessas gestantes, sempre permitindo que elas compreendam seu estado de saúde, confirmando as atividades que podem realizar na unidade e demonstrando interesse na felicidade de mães e filhos.18
Assim, um número adequado de consultas e exames básicos recomendados pelo Ministério da Saúde devem ser realizado, pois os profissionais de saúde podem fornecer cuidados detalhados sobre o estado de saúde das gestantes e de seus fetos sem sair das gestantes. Precisa de assistência.20
Diante do exposto, o quadro 3 encontra-se 4 artigos selecionados para discussão relacionados as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro na assistência ao pré-natal.
Quadro 3: Caracterização dos artigos selecionados relacionados as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro na assistência ao pré-natal. São Luís, 2020.
	Título
	Autor/ Ano
	Objetivos
	Resultados
	Pré-natal: dificuldades da assistência de enfermagem na estratégia saúde da família.
	Sousa et al., 2016.21
	Descrever os problemas enfrentados pelos enfermeiros na unidade de saúde da família para realização do pré-natal
	As dificuldades relatadas no estudo são atrasos em marcações, falta de equipe multiprofissional, dados fornecidos de forma errada por parte das gestantes. 
	Dificuldades enfrentadas na perspectiva da gestante adolescente cadastrada na estratégia saúde da família.
	Brito et al., 2015.22
	Descrever as dificuldades encontradas por gestantes adolescentes cadastradas em Estratégias Saúde da Família.
	O estudo caracterizou as dificuldades para a realização do pré-natal em 3 sendo: Dificuldades individuais (financeiras, pouca idade da gestante e falta de maturidade diante da maternidade); dificuldades familiares (baixa renda familiar, e não aceitação da gravidez pelos familiares) e Dificuldades sociais (falta de apoio e preconceito da população) .
	Pré-natal de baixo risco: dificuldades encontradas pelos profissionais enfermeiros.
	Fontanella et al., 2016.23
	Identificar com os profissionais enfermeiros, os problemas relacionados à consulta de pré-natal à gestante de baixo risco, no município de Laranjeiras do Sul.
	O estudo evidenciou referente às dificuldades na realização do pré-natal que 44% dos enfermeiros relataram que existem dificuldades para realizar o atendimento a gestante nas UBS de forma efetiva, dentre elas acessibilidade, falta de recursos materiais e referenciamento as maternidades gerando a denominada peregrinação.
	As dificuldades e as potencialidades encontradas pelo enfermeiro na assistência ao pré-natal da gestante adolescente.
	Sousa et al., 2017.24
	Descrever dificuldades e as potencialidades encontradas pelos enfermeiros
	As dificuldades são falta de recursos humanos e materiais, falha no sistema único de saúde com atrasos de marcações e resultados.
Fonte: Autora, 2020.
A baixa estrutura mostrada no sistema de saúde dificulta a prestação de cuidados de alta qualidade aos profissionais, e eles acabam relutantes em fazê-lo, enfraquecendo o atendimento do profissional a seus pacientes, para que o profissional fique insatisfeito, incapaz de atender aos requisitos e, finalmente, doente.21 
A falta de estrutura adequada e instalações adequadas de assistência de enfermagem prejudicou bastante a promoção da saúde de adolescentes e usuárias grávidas. Essa situação geralmente desqualifica a unidade em termos de atendimento humanizado e refere-se a condições instáveis ​​de trabalho relacionadas à disponibilidade e manutenção de instalações e equipamentos físicos.22
Em relação à gravidez na puberdade, é claro que o estilo de vida da gravidez e da puberdade é muito difícil, a maioria está em um estado instável, não tem visão da vida e, diante das perguntas e respostas levantadas, muitas vezes não têm sinceridade. 23
O apoio da família muitas vezes afeta positivamente o bem-estar das meninas grávidas e a capacidade da mãe. Nesse momento caótico e difícil, o conceito de falta de apoio familiar das jovens grávidas pode criar fatores adversos. Em relação ao apoio dos parceiros, para eles, essa é a base para eles neste período, pois se sentem protegidos e nunca desistidos, o que é considerado uma característica importante.24
Os índices de exame físico, orientação e exame complementar de adolescentes são os mais baixos. A exacerbação está relacionada ao fato de a gravidez na adolescência representar um risco maior para gestantes e recém-nascidos, portanto, a falta de pré-natal nesse grupo indica que o serviço não prioriza o grupo com grandes necessidades de saúde.18
Fatores relacionados ao início tardio do pré-natal no país são a dificuldade de diagnosticar gravidez, barreiras de acesso e problemas pessoais. Em relação ao status socioeconômico das usuárias de pré-natal, as jovens grávidas são responsáveis ​​pela maioria, a renda familiar é baixa e o nível de escolaridade varia do ensino médio ao ensino fundamental. Isso tende a cooperar para que essas mulheres tenham mais oportunidades de obter empregos com baixos salários.21
A equipe multidisciplinar fornece apoio e busca entender o ambiente em que os pacientes vivem, levando em consideração questões socioeconômicas, culturais e religiosas, além de contribuir para o desenvolvimento do cidadão. No sentido prático de ingressar em uma gestante que deseja realizar o pré-natal, utilizando e esclarecendo conhecimentos técnicos, é fundamental a participação dos profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, para tentar intervir na promoção da saúde. Gravidez sem complicações.24
Outra dificuldade enfrentada pela população do estudo é organizar exames. Em alguns departamentos, não há exames de rotina de mulheres grávidas, apenas mulheres são examinadas no principal departamento de saúde da cidade, que está muito longe de outros departamentos e é difícil para as mulheres grávidas.23
A realização do exame geralmente não é concluída, apenas as mulheres estão dispostas a participar da principal unidade de saúde da cidade, que fica longe de outras unidades, o que dificulta a saída das mulheres grávidas. A maioria dos pacientes não sabe que o exame ultrassonográfico pode e deve ser realizado pelo SUS, e eles têm o direito de realizar o exame ultrassonográfico por meio da Estratégia Rede Cegonha (ERC). Considerando as dificuldades que ainda existem, algumas gestantes sabem até que podem ser verificadas pelo SUS, por isso decidem realizar a verificação em uma rede dedicada para planejar e receber os resultados. 24
No estudo sobre exame pré-natal, também enfatizou o desconforto causado pela necessidade de pagar pelo ultrassom imediatamente. Em uma pesquisa em que o assunto da pesquisa eram as preocupações das mulheres no pré-natal, esses achados foram confirmados porque as mulheres grávidas relataram que a entrega dos exames e a nomeação de outras pessoas estavam atrasadas.23
A farmácia básica da UBS (UBS) carece de medicamentos prescritos pelos enfermeiros (paracetamol, ácido fólico, sulfato ferroso, cefalexina etc.), o que tem um impacto negativo na qualidade das consultas, levando à ansiedade das gestantes e à incapacidade de resolver seus problemas. Saúde e prevenção.Uma das dificuldades para os enfermeiros é a autonomia para realizar testes rápidos para HIV e sífilis, porque esses exames são realizados apenas por alguns profissionais e, no departamento em que ela é responsável pela consulta pré-natal, deve fazê-lo porque diz que é capaz Desempenhar suas tarefas; assim, encaminhar seus pacientes para outro departamento também dificulta o atendimento pré-natal abrangente.24Outro problema relatado é que algumas mulheres grávidas fornecem ao enfermeiro o endereço errado, impossibilitando que ele atenda na enfermaria perto de sua casa e escolha a enfermaria que deseja servir, o que dificulta a consulta e a consulta com a enfermeira, porque se necessário Chamando-a de mulher grávida, ela não procurou a enfermaria; ela só procurou exames pré-natais quando sentiu ou teve complicações.18
Apesar de sua prioridade conceitual, a questão da referência e da contrarreferência ainda não é realista no campo de pesquisa para garantir o leito do parto, portanto o vínculo entre gravidez e puerpério ainda é muito pequeno. As mulheres se referem às peregrinações, e as peregrinações são mais frequentes entre as mulheres do Nordeste.21 
As dificuldades relatadas pelos enfermeiros são obstáculos que dificultam a prestação do pré-natal e afetam diretamente a qualidade do atendimento. Devido a essas dificuldades, os enfermeiros não conseguem acompanhar totalmente a gestante, o que pode levar a complicações, o que pode ser demonstrado pela insatisfação com o desempenho no trabalho e a autonomia de cada enfermeiro, principalmente durante a gravidez, o parto ou o puerpério e o parto.24
Diante do exposto, o quadro 4 encontra-se 4 artigos selecionados para discussão relacionados ao papel do enfermeiro na assistência ao pré-natal nas Unidades Básicas De Saúde.
Quadro 4: Caracterização dos artigos selecionados relacionados ao papel do enfermeiro na assistência ao pré-natal nas Unidades Básicas De Saúde. São Luís, 2020.
	Título 
	Autor/ Ano
	Objetivos 
	Resultados
	Consulta de enfermagem no pré-natal: narrativas de gestantes e enfermeiras.
	Gomes et al., 2019.25
	Analisar a consulta de enfermagem no pré-natal, a partir da perspectiva de gestantes e enfermeiras.
	As gestantes destacaram que o enfermeiro realizava o exame físico, destacando o acolhimento e aconselhamentos eram passados a respeito da gestação e intercorrências ocorridas na mesma, como infecção urinaria e outras. 
	Ações do enfermeiro no pré-natal e a importância
atribuída pelas gestantes.
	Anjos et al., 2018.26
	Identificar a importância atribuída pelas gestantes às ações do enfermeiro no pré-natal.
	Os resultados mostraram que os enfermeiros realizavam a mensuração de dados vitais, as orientações a respeito a gestação, realizava reuniões educativas como ações da assistência pré-natal. A gestantes consideraram que os conselhos, esclarecimento de dúvidas e a tranquilidade transmitida pelos enfermeiros durante as consultas do pré-natal como fundamentais para o desenvolvimento da gestação
	Assistência pré-natal: ações essenciais desenvolvidas pelos enfermeiros
	Santos et al., 2015.27
	Investigar o perfil, o conhecimento e prática dos enfermeiros que atuam na atenção pré-natal de baixo risco.
	As orientações passadas para as gestantes foram a respeito do aleitamento materno, vacinas da mãe, alimentação da gestante, modificações corporais e emocionais e sinais e sintomas do parto, cuidados com o recém-nascido, participação do pai durante a gestação e importância do sono, planejamento familiar, complicações gestacionais devido ao esforço no trabalho, métodos contraceptivos.
	O papel do enfermeiro do programa saúde da família no atendimento pré-natal
	Duarte e Almeida, 2014.28
	Descrever as ações do enfermeiro na atenção pré-natal inserida no Programa Saúde da Família.
	Os resultados mostraram que o enfermeiro desenvolve ações clínicas através da consulta de enfermagem; contribuem para a autonomia do cuidado por meio da educação em saúde e participam do acolhimento à mulher grávida e sua família, quesitos considerados essenciais para atenção qualificada ao pré-natal.
Fonte: Autora, 2020.
As consultas pré-natais nos cuidados primários de saúde avaliarão o estado físico, psicológico, nutricional, econômico, cultural, histórico anterior de gravidez, avaliarão o laboratório, status de vacinação, cuidados com os seios, sinais de alerta para iniciar o parto, comportamento sexual precoce Identifique mudanças na sorologia, diagnóstico precoce e necessidades das mulheres e tome as intervenções apropriadas o mais rápido possível.25
É essencial que, durante a consulta pré-natal, mudanças biológicas, psicológicas e comportamentais sejam descobertas o mais cedo possível, com o objetivo de evitar ou reduzir o risco de doença. Para esse fim, é necessário promover a saúde e o bem-estar nesta fase da vida das mulheres e dos bebês. Portanto, a enfermeira acrescentou cuidadores a essa mulher, valorizou o envolvimento dos pais, reduziu o nível de estresse da mulher, forneceu apoio emocional da gravidez ao puerpério e proporcionou uma sensação de segurança e felicidade.26
O Ministério da Saúde recomenda pelo menos seis consultas, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre. Essas consultas são distribuídas de acordo com os riscos da mãe e do filho. Durante os primeiros três meses de gravidez, avaliações de risco de gravidez, requisitos de exame e papelada para sistemas de informação em saúde devem ser realizadas com antecedência.27
A gravidez intermediária está relacionada ao acompanhamento do exame, avaliação da gravidez e crescimento fetal. O terceiro trimestre, onde a maioria das consultas é realizada durante a gravidez, está relacionado ao estágio da gravidez, que visa avaliar possíveis complicações e risco fetal no terceiro trimestre.28
Por meio de um mínimo de seis consultas, são feitas tentativas para garantir atendimento de alta qualidade às mulheres, e um monitoramento adequado é realizado para avaliar seu estado físico e emocional e verificar possíveis alterações patológicas. Este é o requisito mínimo para procurar o melhor serviço.26
Os enfermeiros preparam planos de assistência de enfermagem durante as consultas de pré-natal e formulam intervenções, diretrizes e encaminhamentos para outros serviços com base nas necessidades identificadas e priorizadas para promover ações interdisciplinares, especialmente em odontologia e medicina, Nutrição e psicologia.25
O trabalho do enfermeiro envolve muitos aspectos, pois na enfermagem ele impede, protege, trata, recupera, promove e produz saúde. Existem muitos desafios quando se trata de assumir a responsabilidade de lidar com seres humanos, o que mostra que, tão importantes quanto os resultados alcançados, todo o processo envolve o pré-natal.28
A consulta de enfermagem ajuda a gestante a encarar esta etapa da vida com mais calma, pois permite compreender e expressar os vários sentimentos que experimentou. No entanto, as atividades educacionais são entendidas como atividades adjacentes à reunião de consulta, que incluem orientações sobre planejamento familiar e cuidados ao recém-nascido, incluindo prática e aleitamento materno, e baseiam-se no modelo tradicional de disseminação de informações, onde as mulheres são colocadas nesse modelo. Status passivo, que os impede de usar seus conhecimentos anteriores, para que não possam negociar os cuidados de que precisam.27
A consulta de enfermagem pode ajudar as gestantes a encarar esse estágio da vida com mais calma, pois permite compreender e expressar os vários sentimentos que experimentaram. No entanto, as atividades educacionais devem ser entendidas como atividades adjacentes à reunião de consulta, que incluem orientações sobre planejamento familiar e cuidados neonatais, incluindo prática e aleitamento materno, e são baseadas em modelos tradicionais de disseminação de informações, ou seja, as mulheres são colocadas no modelo.16
De acordo com o "Manual de Pré-natal e Puerpério", as consultas de pré-natal podem ser realizadas no departamento de saúde ou em casa. As visitas domiciliares devem fortalecer o vínculo entre as gestantes e o departamento de atenção básica à saúde, embora sejam voltadas para gestantes, sejam indispensáveis ​​à família e ao seu ambiente social. Portanto, quaisquer alterações ou identificação de fatores de risco para gestantes ou outros membros da família devem ser observadas e discutidas com aequipe do departamento de saúde.15
O atendimento domiciliar das gestantes deve ter os seguintes objetivos: capturar gestantes que não participaram do pré-natal; trazer gestantes de volta ao pré-natal, especialmente gestantes de alto risco; se for inconveniente ou desnecessário transferir as gestantes para a unidade dentro de um determinado período, siga As orientações do departamento monitoram o progresso de certos aspectos da gravidez; concluem o trabalho educacional com mulheres grávidas e suas famílias; e reavaliam, acompanham ou reprogramam as entrevistadas com base em outras ações formuladas pelo departamento de saúde.19
A relação entre o enfermeiro e a gestante, o vínculo, a confiança, as habilidades de escuta, o nível e a relação da relação de tratamento significam uma assistência de qualidade. Atitudes de cooperação com o pré-natal, pois demonstram respeito profissional pelas gestantes.24
A tendência da pesquisa em pré-natal na enfermagem brasileira enfatiza a importância do acolhimento e da contenção. O acolhimento é uma atitude moral, que significa ouvir as queixas do paciente, reconhecer que ele é protagonista no processo de saúde e doença, responsável por solucionar esses problemas e ativar a rede de compartilhamento de conhecimentos. 26
Os enfermeiros precisam realizar exames pré-natais humanizados e qualificados. Os exames pré-natais qualificados devem seguir os princípios básicos e prestar atenção aos antecedentes sociais, epidemiológicos, pessoais, ginecológicos, sexuais e obstétricos e aos dados atuais da gravidez.25
A enfermeira pode solicitar um exame e encaminhar a gestante a outros profissionais de saúde para um tratamento abrangente do monitoramento. O cuidado humanizado é um meio necessário para reduzir o atendimento à gestante, sendo muito importante o cuidado humanizado como objetivo de toda a equipe de enfermagem.28
Durante a gravidez, as enfermeiras precisam enfatizar os princípios norteadores das gestantes por meio da educação em saúde, para que as mudanças físicas e mentais causadas pela gravidez sejam claramente visíveis. Como todos sabemos, este é um período delicado, e a maioria das mulheres e famílias tem grandes expectativas em relação à gravidez. 28
As gestantes acreditam que a consulta, o esclarecimento de dúvidas e a tranquilidade passada pelos profissionais de enfermagem durante a consulta pré-natal são essenciais para o desenvolvimento da gravidez. Nesse sentido, é necessário enfatizar que o enfermeiro precisa desempenhar efetivamente suas funções para que as gestantes reconheçam as ações que realizam.27
A educação em saúde é essencial para fornecer às gestantes informações relevantes e solucionar suas dúvidas em linguagem clara e objetiva. Acredita-se que as ações de educação em saúde possam melhorar a qualidade da atenção primária e, portanto, refletir a mortalidade materna e neonatal.24 
Deve cooperar com outras instituições de saúde, individualmente ou em grupos, na sala de espera, durante consultas ou grupos de gestantes para educação em saúde. É importante fazê-lo de maneira que as mulheres grávidas possam aprender e se reproduzir. Vale ressaltar que as atividades educativas são realizadas pelos enfermeiros.26
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nos artigos discutidos nesta pesquisa, evidenciou que é papel do enfermeiro ações de registro dos dados da gestantes em documentos pertinentes, anamnese, levantamento das queixas, investigação dos antecedentes de doenças familiares das gestantes, investigação dos antecedentes e condições obstétricas, identificação precoce de infecções do trato urinário, hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, além de endocrinopatias, obesidades e viroses, que atualmente tem repercussões importantes no período gravídico. As dificuldades para execução dessas atividades são no quesito recursos materiais e humanos e principais problemas no SUS.
Os profissionais de saúde devem entender os fatores que impedem essas mulheres de obter ou não fornecer ajuda adequada. Somente assim podemos conceber estratégias para melhorar o atendimento e, assim, determinar nosso verdadeiro papel como enfermeiros. Portanto, através deste estudo, pretendemos contribuir com os profissionais de saúde para refletir sobre a importância das gestantes no campo da saúde pública.
	REFERÊNCIAS 	
1. Souza NA de, Queiroz LCC, Queiroz RCS, Ribeiro, TSF, Fonseca MSS. Perfil epidemiológico das gestantes atendidas na consulta de pré-natal de uma unidade básica de saúde. Rev. Ciênc. Saúde. 2015 jan-jun; 15(1):28-38.
2. Martins ACS, Silva LS. Perfil epidemiológico de mortalidade materna. Rev. Bras. Enferm. 2018; 71( Suppl 1): 677-683. 
3. Luz, Leandro Alves da, Aquino, Rosana e Medina, Maria Guadalupe. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde em Debate. 2018 Set.;42(5):111-126.
4. Silva MG da, Gontijo EEL, Ferreira DS, Carvalho FS, Castro AM de. O perfil epidemiológico de gestantes atendidas nas unidades básicas de saúde de Gurupi, Tocantins. Ciênc. da Saú., Brasília. 2015 jul.-dez.; 13(2): 93-102.
5. Sampaio AFS, Rocha MJF da, Leal EAS. Gestação de alto risco: perfil clínico-epidemiológico das gestantes atendidas no serviço de pré-natal da maternidade pública de Rio Branco, Acre. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2018  Set.; 18( 3 ): 559-566. 
6. Viellas, EF. Assistência pré-natal no Brasil. Cadernos de Saúde Pública. 2014, v. 30, n. Suppl 1, pp. S85-S100
7. Gonçalves Mariana Faria, Teixeira Érica Mairene Bocate, Silva Márcia Aparecida dos Santos, Corsi Nathalia Maciel, Ferrari Rosângela Aparecida Pimenta, Pelloso Sandra Marisa et al. Pré-natal: preparo para o parto na atenção primária à saúde no sul do Brasil. Rev. Gaúcha Enferm. 2017;  38 (3): e0063. 
8. Gonçalves MD, Kowalski ISG, Sá AC. Atenção ao pré-natal de baixo risco: atitudes dos enfermeiros da estratégia saúde da família Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2016; 24(6):e18736
9. Carvalho RAS, Santos VS, Melo CM de, Gurgel RQ, Oliveira CCC. Avaliação da adequação do cuidado pré-natal segundo a renda familiar em Aracaju, 2011. Epidemiol. Serv. Saúde. 2016  Jun;  25( 2 ): 271-280. 
10. Rosa CQ, Silveira SD, Costa JSD da. Fatores associados à não realização de pré-natal em município de grande porte. Rev. Saú. Públi. 2014  dez.; 48( 6 ): 977-984.
11. Handell IBS, Cruz MM da, Santos MA dos. Avaliação da assistência pré-natal em unidades selecionadas de Saúde da Família de município do Centro-Oeste brasileiro, 2008-2009. Epidemiol. Serv. Saúde. 2014 Mar; 23( 1 ): 101-110.
12. Andrade UV, Santos JB, Duarte C. A percepção da gestante sobre a qualidade do atendimento pré-natal em UBS, Campo Grande, MS. Rev. Psicol. Saúde. 2019 Abr; 11( 1 ): 53-61.
13. Gonçalves MF, Teixeira EMB, Silva, MAS, Corsi NM, Ferrari RAP, Pelloso SM. Pré-natal: preparo para o parto na atenção primária à saúde no sul do Brasil. Rev. Gaúcha Enferm. 2017; 38(3 ): e0063.
14. Peixoto CR, Lima TM, Costa CC, Freitas LV, Oliveira AS de, Damasceno AK de C. Perfil das gestantes atendidas no serviço de pré-natal das unidades básicas de saúde de Fortaleza-CE. remE – Rev. Min. Enferm. 2013 abr./jun.; 16(2): 171-177.
15. Souza NA, Queiroz LLC, Queiroz RCCS, Ribeiro TSF, Fonseca MSS. Perfil epidemiológico das gestantes atendidas na consulta de prénatal de uma unidade básica de saúde em São Luís-MA. Rev. Ciênc. Saúde, São Luís, 2013 jan.-jun.;15(1):28-38.
16. Silva MG, Gontijo EEL, Ferreira DS, Carvalho FS, Castro AM de. O perfil epidemiológico de gestantes atendidas nas unidades básicas de saúde de Gurupi, Tocantins Universitas: Ciências da Saúde, Brasília. 2015 jul./dez.;1(2):93-102.
17. Rocha IMS, Barbosa VSS, Lima ALS. Fatores que influenciam a não adesão ao programa de pré-natal Fatores que influenciam a não adesão ao programa de pré-natal. São Paulo: Revista Recien. 2017; 7(21):21-29.
18. Pereira DO, Ferreira TLS. Araújo DV. Melo KDF. Andrade FB de. Adesão do prénatal e complicações na saúde materno-infantil. Revista Ciência Plural. 2017; 3 (3):2-15.
19. Rosa CQ da, Silveira DS da, Costa JSD da. Fatoresassociados à não realização de pré-natal em município de grande porte. Rev. Saúde Pública. 2014 Dez; 48( 6 ): 977-984.
20. Rosa CQ da. Fatores associados a não realização de pré-natal no município de Pelotas, RS. Rev. Saúde Pública. 2014 jan./mar.; 19(1):115-124.
21. Sousa LO, Lima TNA, Lima MNF, Nobrega MM da. Pré-natal: dificuldades da assistência de enfermagem na estratégia saúde da família. Tem. Saúde. 2016; 16(3):490-502.
22. Brito JS, Silva ACC, Lacerda SNB, Fernandes JBA , Silva RL, Medeiros FM, Temoteo RCA. Dificuldades enfrentadas na perspectiva da gestante adolescente cadastrada na estratégia saúde da família. Rev enferm UFPE on line., Recife, 2015 nov.;9(11):9833-8.
23. Fontanella APS, Wisniewski D. Pré-natal de baixo risco: dificuldades encontradas pelos profissionais enfermeiros. 2014 jun./ago.;7(3):11-16.
24. Sousa NJC, Vieira R, Santana GR. As dificuldades e as potencialidades encontradas pelo enfermeiro na assistência ao pré-natal da gestante adolescente. Rev. Gaúcha Enferm. 2017 ; 37( spe ): e2016-0029.
25. Gomes CBA, Dias RS, Silva WGB, Pacheco MAM, Sousa FGM, Loyola CMS. Consulta de enfermagem no pré-natal: narrativas de gestantes e enfermeiras. Texto contexto – enferm. 2019; 28: e20170544.
26. Anjos GB, Dias EG, Graduanda LA, Pereira SN, Campos LM. Ações do enfermeiro no pré-natal e a importância atribuída pelas gestantes. Revista SUSTINERE. 2018 Jan./Jun.;6(1):52-62.
27. Santos MO, Machado CA, Silva SSF. Assistência pré-natal: ações essenciais desenvolvidas pelos enfermeiros. Rev.Enfermagem Global. 2015 Out.; 40(10): 112-127.
28. Duarte SJH, Almeida EP. O Papel do Enfermeiro do Programa Saúde da Família no Atendimento Pré-natal. R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 jan/abr; 4(1):1029-1035.

Continue navegando